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Nome do Estudante: António Fernando Josefa Chefo

Docente: Mestre Afonso Taela

De acordo com OLIVEIRA (2008) o termo motivação vem do latim movere que significa
mover. O dicionário Aurélio online traz uma definição mais ampla acerca do termo.
Afirma ser o acto ou efeito de motivar ou ainda ligado uma causa que justifica
determinado comportamento dos indivíduos.

Diante do exposto, é possível observar que a motivação está ligada a uma ação, causa
ou motivo que se mantém em movimento, ou seja, existe uma razão específica para
sentir-se motivado ou não, o que remete a pensar que faz parte de uma composição
psicológica.

A motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos, que lhe


favoreçam determinado tipo de conduta. No sentido didático, consiste em oferecer ao
aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficiente
(HAIDT, 2003).

É necessário aos professores, tentar criar situações que auxilie seus alunos a
conseguirem se sentir motivado a aprender. Um desses pontos é conseguir atrair a
atenção dos alunos, criando possibilidades para que eles alcancem seus objectivos,
permitindo discussões, debates e que sejam dadas condições para que eles avaliem o
próprio desempenho em sala de aula. Tais experiências aumentam a auto-estima e
conseqüentemente favorecem a aprendizagem (HAIDT: 2003).

Para GARRIDO (1990), a motivação é um processo psicológico, uma força que tem
origem no interior do indivíduo e que o empurra, o impulsiona a uma acção.
Assim, inicia-se como um fenómeno afectivo que posteriormente é suscetível de
educação, a partir do momento que passa do estado de heteromotivação (pelos outros)
para a automotivação (si próprio) (BARBOSA:2011).
O mesmo autor complementa enfatizando ser a motivação uma base importante para
a educação e harmonia da vida, pelo fato de mover a pessoa humana do campo da
inteligência, vontade e afectividade, para âmbito do sentir, querer e agir.
OLIVEIRA(2008) confirma a ideia acima quando se refere à motivação como uma força
que impulsiona alguém a alcançar um determinado objectivo. Em poucas palavras, o
autor explica que a motivação é o que coloca um sujeito em movimento em direcção a
esse fim proposto. A motivação tem sido vista como um fator psicológico, um conjunto
de factores, ou um processo que varia de pessoa para pessoa.

O interesse pelos aspectos motivacionais na aprendizagem é relativamente novo, as


teorias antigas sobre a aprendizagem restringiam a motivação a uma pré-condição
importante.
Um conceito utilizado no estudo da motivação e, que também aparece no estudo da
motivação para a aprendizagem escolar é o de motivação intrínseca e extrínseca.
Um aluno motivado intrinsecamente, ao contrário, é aquele cujo envolvimento e
manutenção
actividade acontece pela tarefa em si, porque é interessante e geradora de satisfação,
alunos com
este tipo de motivação trabalham nas atividades, pois as consideram agradáveis.
A partir da proposição do conceito de motivação intrínseca, alguns estudos foram
direcionados para a busca de possíveis fontes geradoras deste tipo de motivação. A
curiosidade, o desafio, o controlo sobre a acção e a fantasia destacaram-se como as
mais proeminentes fontes (LEPPER, SETHI, DIALDIN & DRAKE:1997).

MURRAY (1986) apontou que existem dois métodos gerais para se acessar a
motivação, um deles seria verificar por meio de medidas, as condições externas nas
quais se presume produzir um impulso que leve a uma acção. O outro método seria
medir certos aspectos do comportamento de um indivíduo que de alguma forma refletir
seus motivos.
KNUPE (2006) aponta a motivação como uma condição prévia para a aprendizagem,
tendo em vista, qualquer que seja a acção dos indivíduos que envolvam atividade
cognitiva, necessitam de motivação para concretizar-se. Assim, dentre os estudos que
tratam sobre a motivação humana, pode-se destacar a abordagem de várias teorias
que explicam as origens, bases e manifestações deste construto, como por exemplo: a
teoria cognitiva e a Teoria das Necessidades de Maslow.
A primeira teoria citada busca entender o que “se passa na mente” do indivíduo. Nesse
sentido, afirma que o comportamento dos indivíduos não são respostas automáticas,
mas sim condutas organizadas previamente com base em suas próprias experiências.
“Assim, nós escolhemos, por meio da percepção, pensamento e raciocínio, os valores,
as crenças, as opiniões e as expectativas que regularão a conduta para uma meta
almejada” (PISANI; BISI; RIZZON; NICOLETTO:1985:103).
Portanto, as teorias cognitivas da motivação consideram as cognições, sejam elas,
crenças, valores, ideias ou pensamentos, como factor principal dos processos
motivacionais, além de reconhecerem que ao comportamento e sua ação ligam-se
fatores de maneira consciente, assim como, a influência do meio em que os seres
humanos estão inseridos (BARRERA:2010).
Por esta razão, importa destacar também a segunda teoria citada acima: Teoria da
Hierarquia das Necessidades, de Maslow, a qual é a chave para entender o processo
de motivação humana mais minuciosamente.
A partir do tema da 1ª unidade da 8ª classe, na disciplina de Biologia (Importância da
Biologia para a sociedade), o professor pode motivar o aluno explicando lhe que está
disciplina é importante para a sociedade visto que estuda os seres vivos (plantas e
animais), ou seja, é o estudo da vida. A biologia exerce um grande fascínio em todos
aqueles que nela se aprofundam, pois é uma ciência que tenta explicar os fenômenos
ligados à vida e à sua origem.

Na visão de SOBRINHO (2009), A biologia está presente em praticamente tudo no


nosso cotidiano e influência directamente a nossa vida e a sociedade. Por estar
presente em praticamente em tudo o que fazemos, a Biologia é uma ciência de grande
importância, e o entendimento dela e de suas divisões torna-se cada vez mais
importante, pois através destes conhecimentos poderemos preservar o meio ambiente.
A partir da utilidade que esta disciplina tem, que em algum momento desta utilidade,
são situações que o aluno acompanha no seu cotidiano, isto pode motivar o próprio
aluno a motivar se pelas aulas de Biologia.
BARBOSA, I. G. Os motivos do enfermeiro para a inserção em cursos lato sensu sob o
olhar da complexidade. Rio de Janeiro. 2011.
BARRERA, S. D. Teorias cognitivas da motivação e sua relação com o desempenho
escolar. São Paulo. 2010
GARRIDO, I. Motivacion, emocion y accion educativa. Em: Mayor, L. & Tortosa, F. (Ed)
Âmbitos de aplicacion de la psicologia motivacional. 1990
HAIDT, Regina, Célia, Cazaux. A interação professor-aluno. 7ª. ed. São Paulo. Ática,
2003
KNUPPE, L. Motivação e desmotivação: desafio para as professoras do Ensino
Fundamental, Curitiba. 2006.

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