- Análise da viabilidade econômica e financeira;
Empreendedorismo
Inovação e o processo de empreender
→ O tema empreendedorismo está relacionado à
criação de empresas, à geração do auto emprego, ao
empreendedorismo social, ao empregado
empreendedor, ao intraempreendedorismo, às políticas
públicas de incentivo ao desenvolvimento
empreendedor, entre outros.
Obs.: A inovação pode ser em cima de coisas já
existentes, apenas precisa visualizar as necessidades.
→ Empreendedor: Agente de mudanças, que
desenvolve e realiza visões. Diferencial a qual sua
vontade e determinação em realizar e concretizar seus
planos.
Obs.: Para ser empreendedor precisa-se ter ideia e
saber criar mecanismos para aproveitar as
oportunidades, para isso deve-se possuir
conhecimentos técnicos. Além disso, saber administrar
e ser um investidor (ter dinheiro) é fundamental.
→ Elementos principais que devem ser desenvolvidos
no empreendedor: a capacidade de identificar
oportunidades no mercado; a vontade e firme
determinação em buscar seus sonhos; e a capacidade
técnica e comportamental para empreender.
 Características para desenvolver o esses vínculos.
comportamento empreendedor:
→ Estabelecimento de metas: É preciso definir
claramente o que se deseja. As metas podem ser
imediatas ou de médio e longo prazo.
Obs.: Planejamento tático, Planejamento operacional,
Planejamento mensal
→ Busca de oportunidades e iniciativa: Estar atento às
transformações do mercado, identificando as
oportunidades, para adaptá-las sempre que necessário.
Ex.: Buscar oportunidade a partir das reclamações dos
outros. Observação, atenção ao comportamento
humano.
→ Correr riscos calculados: Antes de se colocar uma
ideia em prática, é necessário que se faça uma análise
cuidadosa.
Oba.: O empreendedor deve seguir algumas etapas
antes da abertura da empresa:
- Definição da ideia;
- Oportunidade percebida no mercado;
- Elaboração do Plano de Negócio;
- Implantação da empresa;
→ Busca de informações: Conhecer o tipo de
informação que influencie seu negócio, estando
sempre atualizado.
→ Planejamento e monitoramento sistemático:
planejar cada etapa do projeto e estabelecer prazos e
objetivos que se pretendem alcançar, monitorando
cada etapa, para resolver possíveis problemas e
consequentemente alcançar os resultados
estabelecidos.
→ Exigência de qualidade e eficiência: Por exemplo o
cumprimento dos prazos.
→ Persistência: Os caminhos a serem percorridos são
cheios de obstáculos; ser persistente é enfrentar as
dificuldades, procurando recursos alternativos para a
solução de problemas;
→ Comprometimento: Muitas vezes são necessários
sacrifícios pessoais para garantir o desenvolvimento e
crescimento da organização.
→ Persuasão e rede de contatos: Atrair clientes,
parceiros ou qualquer pessoa que possa ser útil para a
organização faz parte da estratégia de convencimento
do empreendedor perante terceiros; a rede de contatos
é uma das formas estratégicas de ampliar e manter
→ Independência e autoconfiança: Tomar decisões
com segurança, ser independente e acreditar em sua
capacidade como empreendedor.
 Tipos de Empreendedorismo
→ Negócio (start-up): É o mais constante e aparente
em nossa sociedade. O empreendedor percebe uma
oportunidade no mercado e cria uma nova empresa
para aproveitar essa oportunidade.
Obs.: Precisam ter um plano de negócio, ou seja,
planejar a empresa antes.
→ Corporativo (intraempreendedorismo): Utilização
dos princípios empreendedores dentro de uma empresa
já existente, ou da empresa que já se trabalha.
Obs.: Atualmente, a competição está acirrada para a
maior parte das empresas e com o objetivo de se
manterem competitivas, é necessário inovar
constantemente para criar diferenciais para o
consumidor. Por isso a importância de ter pessoas
empreendedoras, com capacidade criativa e de
realização no quadro de funcionários. Essas pessoas
atuam como se o negócio fosse seu e buscam soluções
para se destacar no mercado.
- Iniciativa, criatividade, proatividade e realização.
Fazer diferente.
→ Social: Empreendedores preocupados com os
problemas sociais e ambientais da sua comunidade,
como saúde, educação, segurança, etc., desenvolvem
soluções com o objetivo de diminuir esses problemas.
O empreendedor deve possuir uma forte ligação com a
comunidade e um senso de coletividade bastante
desenvolvido.
Obs.: Ter coragem para fazer, pois esses vivem na
instabilidade.
Dados sobre o Empreendedorismo no
Brasil
→ Segundo dados da Pesquisa GEM, realizada pelo
SEBRAE em 2017, a taxa total de empreendedorismo
foi de 36,4%, ou seja, a cada 100 brasileiros e
brasileiras adultos (18 – 64 anos), 36 deles estavam
conduzindo alguma atividade empreendedora, quer
seja na criação ou aperfeiçoamento de um novo
negócio, ou na manutenção de um negócio já
estabelecido.
- Significa que quase 50 milhões de brasileiros estava
envolvido com o empreendedorismo em 2017.
→ Os fatores que levaram a pessoas a se envolver com
o empreendedorismo são, tanto a oportunidade, como a
necessidade. Os que se envolveram por necessidade
(aquele que afirma ter iniciado o negócio pela ausência
de alternativas para a geração de ocupação e renda)
somam 39,9% e os que se envolveram por
oportunidade somam 59,4%.
 O papel econômico e social dos novos
negócios
→ Historicamente, a origem das mudanças no mercado
de trabalho no mundo se deve às chamadas Revoluções
Industriais.
→ Nos dias atuais, a importância do
empreendedorismo vem ao encontro das novas
relações de trabalho.
- As empresas enxugaram seus quadros de pessoal e,
por necessidade, muitos abriram novos negócios.
- Trabalhadores desenvolvem novos negócios para nas
empresas que trabalham, mantendo até mesmo uma
relação de trabalho intermitente.
→ Antigamente a tradição era formar empregados, e
atualmente é necessário formar empreendedores. Ou,
pensava-se em empregos formais e hoje, pensa-se em
trabalho.
∟ Então, algumas universidades inseriram
como disciplina o empreendedorismo, para que o
estudante possa se preparar para o mercado de trabalho
(perspectiva empreendedora).
→ Relações de trabalho:
Antes Agora
Contratos formais Sem garantia do emprego
Sindicatos fortes Pouco interesse aos sindicatos
O tempo era garantia de Maior risco do desempregado
“carreira”
Perfil masculino Perfil misto e competitivo
Baixa escolaridade Maior escolaridade
Pressão constante por
produtividade
Possibilidade de negociar
rendimento em função do valor
→ Fatores da construção de novas realidades de
trabalho frente a novos pensamentos e nova construção
social: A globalização econômica, a disseminação das
inovações tecnológicas e organizacionais, a
transformação no papel dos Estados, o crescimento da
participação feminina no mercado de trabalho, a
disseminação do individualismo como valor nas
sociedades contemporâneas, e antagonicamente, a
disseminação de nova consciência de consumo.
Obs.: Com novas construções sobro o mercado de
trabalho, as taxas de desemprego, que eram medidas
com base no emprego formal, passam a ser repensadas
e estudadas para serem medidas pela desocupação.
→ Mercado de trabalho composto por/em 2018:
- Desempregados: Aqueles que estão fora do mercado
formal de trabalho. 13,7 milhões.
- Desocupados: Aqueles que, além de estar fora de um
mercado formal, não desenvolvem outras atividades de
trabalho.
- Subocupados: Pessoas que trabalham menos de 40
horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais.
6,2 milhões.
- Desalentados: Desistiram de procurar emprego. 4,6
milhões.
Obs.: 7,8 milhões de pessoas que poderiam trabalhar,
mas não trabalham. 3,2 milhões de pessoas que podem
trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum
motivo, como mulheres que deixam o emprego para
cuidar os filhos.
→ Com o desemprego, há a precarização do trabalho,
que no Brasil vem acompanhada de baixos salários;
trabalho informal; sub-rendimento; baixa qualidade de
vida e condições ruins de trabalho, dificuldade do
primeiro emprego; perda de direitos e benefícios;
alteração da jornada de trabalho; incentivo ao PDV
(programa de demissão voluntária); e enfraquecimento
sindical.
→ Com a precarização e a ausência de empregos
formais, o empreendedorismo tem sido a saída para
muito trabalhadores produzirem para si mesmo, para
sustento de suas famílias e para o crescimento de seu
país.
∟ Especialmente no Brasil, vimos a tendência
do empreendedorismo, mesmo para aqueles que tem
escolha do emprego formal, entretanto, há que se:
- Planejar e monitorar o negócio.
- Adequar a legislação para contribuir e garantir os
direitos previdenciários e assistenciais.
- Pensar na inovação para manter competitividade e
crescimento, no empreendedorismo que ocorre dentro
de empresas existentes.
 O papel da qualificação profissional e o
mercado de trabalho
→ Apesar de gastar 6% do seu PIB em educação, o
Brasil, e este valor ser superior à média dos países que
compõem a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ocupa as
últimas posições em avaliações internacionais de
desempenho escolar, e investimentos baixos por aluno
do nível básico.
→ Não é possível falar em crescimento econômico,
geração de empregos e renda, sem investimentos na
educação média e profissionalizante.
→ A preocupação não deve estar apenas na oferta de
profissionais no mercado, mas na articulação da
demanda, a partir da introdução de disciplinas que
favoreçam a inserção dos estudantes na economia
local.
→ A aprendizagem deve ser contínua, e o profissional
deve estar apto a “aprender a aprender”: esse é um dos
diferenciais no desenvolvimento de competências. E
projetos de educação continuada são fundamentais.
Obs.: Para os profissionais que já atuam no mercado de
trabalho ou para aqueles que estão iniciando a carreira,
é primordial estar apto para atender esse mercado
exigente, repleto de contínuas mudanças.
 Arranjos Produtivos e empreendedorismo
coletivo
→ O conceito geral de “sistemas de produção
localizados”, ou “sistemas produtivos locais” surge das
investigações de juventude de Alfred Marshall.
→ Vários teóricos produziram diferentes conceitos
tentando retratar as principais características de cada
uma das formas organizacionais de que derivaram
conceitos como os de clusters, de arranjos produtivos,
de redes de empresas e, mais recentemente, o de
empreendedorismo coletivo.
→ Arranjos produtivos locais:
- Se considerarmos que a base de uma rede de
empresas é a interação, torna-se possível sugerir que
tal forma de coordenação pode evoluir e dar origem a
um cluster, porém não se pode deixar de ressalvar que
em tais aglomerações o ponto central é sua
espacialidade.
- As demais características não aparecem
explicitamente na definição dada por Porter (1999), de
que cluster (agrupamento geograficamente
concentrado de empresas inter-relacionadas e
instituições correlatas numa determinada área
vinculada por elementos comuns e complementares).
- No Brasil generalizou-se o uso do termo Arranjo
Produtivo Local (APL), para se referir às
características particulares que os diferem daquelas
que constituem os tradicionais clusters.
∟ Seriam concentrações de empresa e
empreendimentos em uma mesma área territorial, neste
caso podendo envolver uma ou várias localidades, que
além de apresentarem especialização produtiva e
algum tipo de coordenação, mantêm vínculos de
cooperação, articulação, aprendizagem e interação
tanto entre si como com outros atores locais.
∟ Agrupamento de empresas que têm suas
ações voltadas a uma atividade produtiva principal.
∟ Podem ser fundamentais como mecanismos
construtores de projetos estratégicos que envolvam
inovações organizacionais empreendedoras.
- A atuação em conjunto aumenta as chances de
sobrevivência e de crescimento das empresas.
- Em tais organizações a conjunção de pessoas, ideias e
processos em um mesmo local, mesmo que
pertencentes a diversas organizações, mas que
desenvolvam trabalhos conjuntos pode gerar a
transformação de ideias em oportunidades.
→ Empreendedorismo coletivo:
- É possível encontrar uma afirmação em Schumpeter
(1934) que retrata o empreendedor como alguém que
‘destrói a ordem econômica existente a partir da
introdução de novos produtos e serviços’, um agente
criador de novas formas de organização ou exploração
de novos recursos materiais.
 ∟ Remete à visão do empresário
‘empreendedor’ como um ator “revolucionário” cuja
arma básica é a inovatividade. Além disso, aquele que
enfrenta o risco, ou seja, não ter medo de enfrentar a
transformação que deve introduzir.
- No entanto, em alguns negócios e em certos
territórios, as características do ambiente, das
atividades ali desenvolvidas e de seus empresários não
admitem a ação individual, por exigirem várias
especialidades dos agentes empreendedores, sobretudo
estarem voltados tanto para o desenvolvimento do
espaço territorial, como estarem dispostos em
consenso e à ação em conjunto.
- Indicando o ‘empreendimento coletivo’ como uma
ação em que aqueles que dele fazem parte obtêm um
retorno positivo.
→ Os Arranjos Produtivos Locais são entendidos
como manifestações do empreendedorismo coletivo:
- Por serem aglomerações produtivas, da mesma forma
que os distritos industriais e os clusters.
- Nos referidos sistemas em que, mesmo existindo
competição entre os empreendedores, são apresentadas
ações conjuntas, direcionadas para debelar problemas
comuns e para a identificação e a concretização de
oportunidades que demandam atuação coletiva.
→ Existe um crescente consenso de que os
aglomerados ajudam as pequenas empresas a superar
restrições de crescimento e aumentar a
competitividade. A estruturação de empresas no
formato de rede é especialmente importante para
pequenas e médias empresas, uma vez que estas não
possuem seus próprios recursos para competirem
efetivamente com outras empresas.
→ O fato de estarem próximas fisicamente não só
facilita a ocorrência do empreendedorismo coletivo,
como garante às empresas alguns benefícios, como
custos de transporte reduzidos e acesso a outros atores
da região. Além disso, essa proximidade pode
estimular o fluxo de conhecimento e informações e
aumentar a colaboração.
→ A dinâmica de cooperação nos APLs, propiciada
pelas ações empreendedoras coletivas, permite que
empresas alcançarem sinergias que dificilmente seriam
possíveis de ocorrer se trabalhassem isoladamente.
Obs.: Mesmo os APLs sendo formados por empresas
de maior similaridade e concorrência, estas unem-se
em busca do bem comum, cooperando em metas que
tragam ganhos mútuos e tendo como provável
consequência o aumento da produtividade das
empresas sediadas na região e estímulo da formação de
novos negócios para fortalecimento do arranjo.