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preparação de uma solução

A preparação de soluções requer alguns cuidados. Estes estão diretamente


relacionados com a solubilidade limitada da maioria das substâncias, a mudança
de volume da mistura e a alteração da temperatura da mistura.
É conveniente, sempre que se preparam soluções desconhecidas, consultar
tabelas com dados de solubilidade. Evita-se assim o inconveniente de obter
"soluções" turvas ou com duas fases, devido à adição não adequada da
quantidade de soluto.

As etapas a realizar para a preparação de soluções são as seguintes:

1) Cálculo da quantidade de composto necessária:

? Conhecidos a concentração e o volume da solução a preparar, calcula-


se a quantidade química de soluto que é necessário diluir.

? Converte-se essa quantidade química em massa ou volume e procede-se à


medição dessa massa ou volume.

2) Medição:

? Para a medição da uma massa usa-se:


Balança de precisão nos casos corrente
Balança analítica para medições rigorosas

? Para a medição de volumes usa-se:


Provetas para medições não rigorosas
Pipetas para medições rigorosas
Balões volumétricos para diluições rigorosas

3) Dissolução/Diluição:

? Após pesagem do soluto sólido num vidro de relógio, transfere-se essa massa
para um gobelé de capacidade nunca superior ao volume pretendido, e adiciona-
se água destilada mexendo com uma vareta de modo a facilitar a diluição,
lavando o vidro de relógio para arrastar todas as partículas de soluto que tenham
ficado agarradas a este (se necessário, aquecer para facilitar a completa
dissolução do soluto).

? Transfere-se, com as devidas precauções, a solução para um balão volumétrico


de volume coincidente com o da solução a preparar com o auxílio de um funil e
vareta.

? Em seguida deve-se lar com um pouco de águas destilada, umas 2 a 3 vezes, o


gobelé onde se fez a diluição, de modo a arrastar todas as partículas de soluto que
tenham ficado agarradas às paredes do gobelé.

? Finalmente, com o auxílio do esguicho, completa-se o volume de solução


requerido e que é definido pelo traço de referência do balão (menisco) (cuidado
para não ultrapassar o referido traço).

? Caso ocorra a formação de bolhas de ar sobre o menisco, deve-se retirar estas


com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, para possibilitar uma correta leitura do
volume da solução.

? Se o soluto for líquido, mede-se o volume calculado e adiciona-se lentamente


ao solvente, agitando e completando o volume final pretendido.

4) Homogeneização:

? Rolha-se o balão volumétrico e agita-se a solução para completa


homogeneização.

5) Armazenagem:

? As soluções devem ser sempre transferidas e guardadas em frascos apropriados


e devidamente rotulados (nome/fórmula química do soluto/concentração/data da
preparação/fases R e S se necessário).
Soluto e Solvente - Na dissolução de uma substância em outra substância, a que se
dissolveu (disperso) é chamada soluto e o meio em que foi dissolvida (dispersor) é
chamada solvente.

Solução aquosa é aquela no qual o solvente é a água, solvente natural nos sistemas
biológicos.

Solução Standard – É aquela cuja concentração é rigorosamente conhecida.

Solução Diluída – Concentrada e Saturada.

A solução diluída é aquela que contém proporções relativamente pequenas de


soluto, enquanto a concentrada contem proporções relativamente maior. Soluções
concentradas são somente possíveis quando o soluto é muito solúvel.

Uma solução saturada é aquela em que as moléculas do soluto em solução estão


em equilíbrio com o excesso de moléculas não dissolvidas.

Existe ainda soluções supersaturadas, são aquelas em que o soluto em solução


está em maior proporção do que a solução saturada à mesma temperatura e pressão. São
soluções instáveis e podem cristalizar-se.

Concentração de uma solução.

A concentração de uma solução refere-se à quantidade de soluto em uma dada


quantidade de solução. Costuma-se expressar essa concentração em unidades Físicas
e/ou Químicas.

Unidades Físicas
Quando se utiliza unidade física, a concentração da solução é geralmente expressa
nas seguintes maneiras

1- Pelo peso do soluto por volume-unidade (ex. 20g de KCl por l de solução)

2- Percentagem da composição pode relacionar volume de soluto por 100ml de


solução (%v/v).

pode relacionar peso de soluto por 100g de solução (% p/p).

ou ainda peso de soluto por 100ml de solução (% p/v).

Esta última, apesar de incorreta, é a mais usada.


Quando falarmos em percentagem, sem especificar as grandezas relacionadas
estaremos nos referindo a peso/volume.

Exemplo:

NaCl 1% ( = 1g de NaCl em 100ml de solução).

3- Pelo peso do soluto em relação ao peso do solvente.

Ex. 0,05 de NaCl em 1g de água.

Unidades Químicas
1- Molaridade (M) – relaciona número de moléculas-grama (moles) de soluto com
volume da solução em litros.

M = n/v : onde M – molaridade

n = número de moles do soluto;

v = volume da solução em litros.

n = m/mol : onde n = n0 de moles;

m = massa em gramas;

mol = molécula-grama.

2- Molalidade (m) - relaciona o número de moléculas-grama (moles) de soluto por


quilograma de solvente.

3- Normalidade (N) – é a relação entre o número de equivalentes-grama do soluto e


o volume da solução em litros.

N = e/V : onde N = normalidade;

e = no de equivalentes-grama do soluto e

V = volume da solução em litros.

e = m/Eq : onde m= massa da substância em gramas;

Eq = equivalente-grama.

Para calcular o equivalente-grama basta dividir o valor do peso molecular:

a) dos ácidos, pelos seus hidrogênios dissociáveis;

b) das bases. Pelo número de grupos OH ou pela valência do íon metálico;


c) dos sais, pelo número de íons metálicos (cátion ou ânion) multiplicado por sua
valência.

3- Diluição: tem-se uma solução de molaridade M1 e volume V1 e deseja-se obter a


molaridade M2; para tanto é necessário conhecer o volume V2 a que deve ser
diluída a solução inicial. Quando aumentamos o volume da solução de V1 para
V2, acrescenta-se apenas solvente, a quantidade de soluto permanecendo a
mesma. Sendo o no de moles do soluto da solução original, na solução final
teremos o número n de moles de soluto.

Para a solução inicial: n = M1V1

Para a solução diluída: n = M2V2

Portanto: M1V1 = M2V2

O mesmo raciocínio é aplicado para a normalidade.

TESTE
PARA A REALIZAÇÃO DESTE TESTE É SUGERIDO QUE O ALUNO LEIA
ATENTAMENTE A TEORIA A RESPEITO, LOGO APOS RESOLVA OS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS EM SEU CADERNO E SÓ DEPOIS RESPONDAS AS
QUESTÕES NESTE FORMULÁRIO E ENVIE AO PROFESSOR.

1- Quantos moles há em:

a) um litro de H2SO4 0,5M;

b) 300ml de NaOH 0,6M.

2- Quantos equilalentes-grama de soluto há em:

a) 2 litros de HCl 0,1N;

b) 250ml de Na2SO4 0,4N.

3- Tendo-se 20ml de uma solução 2M de sacarose, para que volume se deve


aumentar esta solução, a finde que a mesma seja 0,25M?

4- Tem-se uma solução de glicose a 9%. Qual a molaridade desta solução?

5- Qual a normalidade de uma solução NaOH 6%?

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