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A titulação é um processo no qual a solução

padrão é adicionada lenta e cuidadosamente à


solução contendo o analito até que a reação química
esteja completa, ou seja, momento em que o analito
foi completamente consumido, reagiu
completamente.
A retrotitulação é um processo no qual o
excesso estequimétrico de uma solução padrão é
usado para reagir completamente com o analito, ou
seja, consumir o analito, é medido.

O excesso da solução padrão é determinado


por uma segunda solução padrão
É uma opção analítica importante e
frequentemente utilizada quando a velocidade da
reação química entre o analito e a solução titulante
é lenta ou quando a estabilidade da solução
titulante é baixa.
Quantos mols de NaOH reagiram
com HCl em excesso?

Quantos mols de HCl restaram?

Quantos mols de HCl foram


adicionados?

Quantos mols de HCl reagiram


com a base?
O ponto de equivalência é o momento em que a
titulação está concluída. É o ponto final teórico ou
estequiométrico da titulação.
OBS: não conseguimos determinar o ponto de
equivalência de uma titulação, mas podemos estimar
sua posição no tempo de reação pelas observações de
algumas alterações na solução que contém o analito.
O ponto final é definido no momento em que
ocorrem alterações perceptíveis na solução que contém o
analito, ou seja, na solução que está sendo titulada,
mudanças que estão associadas à condição de
equivalência química. São exemplos:

✓ Alteração de coloração
✓ Turvação
✓ Formação de precipitados
É usual a adição de reagentes auxiliares que
facilitam a percepção do ponto final. Tais
reagentes em titulometria volumétrica são
chamados de indicadores.

Em geral, os indicadores evidenciam


alterações de cor quando atingido o ponto final.

FeCl3 + SCN- → FeSCN2-


Indicador incol vermelho
or
Outros recursos podem ser utilizados para identificar o
ponto de equivalência em titulometria, quando não se dispõe
de um indicador apropriado, medindo alterações de:

1. Diferença de potencial elétrico titulação


potenciométrica;
2. Condutividade elétrica titulação condutimétrica;
3. Corrente elétrica titulação amperométrica;
4. Absorbância de um composto titulação
espectrofotométrica.
1. Deve ser uma reação simples que possa ser expressa
por meio de uma equação química, ou seja, o analito
deve reagir completamente com a solução titulante,
em proporções estequiométricas ou equivalentes.

2. A reação de ser rápida em termos de cinética química,


característica que as soluções de ácidos e bases fortes
possuem.

3. No ponto de equivalência deve haver alguma alteração


física ou química que possa ser facilmente identificada.
O uso de indicadores é bastante comum para facilitar a
identificação do ponto de equivalência ou final.
Solução padrão é o mesmo que solução
titulante ou apenas titulante.

É um reagente que possui concentração


exatamente conhecida.

Pode ser obtida a partir da diluição de uma


quantidade de massa conhecida de um padrão
primário.
As soluções padrão desempenham papel
central nos métodos titulométricos de análise
química e devem ter as seguintes características:
1. ser suficientemente estável;

2. reagir rapidamente com o analito;

3. reagir completamente com o analito para que o


ponto final seja obtido satisfatoriamente;

4. reagir seletivamente com o analito.


É um composto de elevada pureza química que
serve como material de referência para os
métodos titulométricos de análises químicas
quantitativas.
A precisão e a exatidão dos resultados obtidos é
criticamente dependente das propriedades
físicas e químicas dos padrões primários.

Determinar com exatidão a


concentração da solução
padrão
1. elevada pureza química;
2. estabilidade ao ar;
3. ausência de água de hidratação para que a
composição do sólido não se altera com a
umidade do ar;
4. custo acessível e disponibilidade de obtenção;
5. solubilidade adequada no meio;
6. massa molar elevada para minimizar erros
durante a medida de massa em balança
analítica.
• Padrão secundário é um composto cuja pureza
pode ser estabelecida por meio de análise
química quantitativa e que serve de referência
para os métodos titulométricos.
• Não preenche todos os requisitos exigidos
para um padrão primário, mas sua pureza
pode ser adequadamente estabelecida,
assegurando as condições da análise
titulométrica.
Dois métodos básicos são utilizados:

1. Método direto
consiste na preparação da solução padrão a partir
de um padrão primário.
2. Método indireto
consiste na utilização de uma solução já
padronizada por meio do método direto, como é o
caso de soluções de NaOH e HCl.
T
➢ Solução padrão cuja concentração será
I
determinada pelo método direto
T
U
L
A
Ç
➢ Massa em g de reagente padrão primário
Ã
solubilizado em solvente adequado (em geral,
O
água).
➢ Sei quantos mol de padrão primário tenho
no erlenmeyer.
T
➢ Solução padrão preparada que terá sua
I concentração determinada por titulometria.
T
U
L
A
Ç
➢ Volume conhecido de uma solução padrão
Ã
cuja concentração foi determinada pelo
O
método direto (massa de padrão primário).
➢ Concentração conhecida.
Fator de correção (Fc) é um número empírico que tem
por finalidades corrigir e ajustar a concentração da
solução preparada.
Este fator corresponde à relação existente entre um
volume conhecido de um padrão primário e o volume
médio gasto na titulação. Pode ser calculado pela
equação:
𝑴𝟏 + 𝑴𝟐 + 𝑴𝟑 𝑴𝑹𝒆𝒂𝒍
𝑭𝒄 = 𝑭𝒄 =
𝟑 ∗ 𝑴𝑻 𝑴𝑻𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒂

𝑴 𝑹 = 𝑭𝒄 ∗ 𝑴 𝑻
Uma bureta precisa ser escrupulosamente limpa antes de
seu uso; além disso, sua válvula não deve estar vazando.

• Ambientação com 5 a 10 mL do titulante por 3 vezes;


• encha a bureta bem acima da marca zero. Libere a ponta de
bolhas de ar girando rapidamente a torneira e permitindo
que pequenas quantidades do titulante sejam escoadas.
• baixe o nível do líquido bem próximo ou um pouco abaixo da
marca zero. Deixe o filme drenar (1 min) e então registre a
leitura do volume inicial, estimando-o o mais próximo de
0,01 mL.
• quando você posiciona sua mão como
mostrado, seu apoio na torneira tende
a mantê-la firmemente fixa.
• Certifique-se de que a ponta da bureta
esteja bem dentro do frasco de
titulação.
• Introduza o titulante em incrementos
de cerca de 1 mL. Gire (ou agite)
constantemente para garantir uma
mistura completa. Diminua o tamanho
dos incrementos à medida que a
titulação avança;
• adicione o titulante gota a gota nas
proximidades do ponto final.
• Quando parecer que apenas mais
algumas gotas são necessárias para se
atingir o ponto final, enxágüe as paredes
do recipiente. Deixe o titulante drenar
da parede interna da bureta (pelo menos
30 segundos) até completar a titulação.
• Anote o volume final, novamente o mais
próximo de 0,01 mL.
• Por definição, os algarismos significativos em um
número são todos os dígitos conhecidos como certos
mais o primeiro dígito incerto. Por exemplo, quando
se lê a escala de uma bureta de 50 mL, cuja seção
está mostrada na Figura, você pode facilmente dizer
que o nível de líquido é maior que 30,2 mL e menor
que 30,3 mL.
• Então, usando a convenção do algarismo significativo
você deve descrever o volume dispensado como
30,25 mL, que tem quatro algarismos significativos.
Observe que os primeiros três dígitos são certos e o
último dígito (5) é o incerto.
Um caderno de laboratório é necessário para registrar as medidas
e as observações relacionadas a uma análise.
• O caderno deve ser permanentemente mantido como uma
única peça, com páginas numeradas consecutivamente (as
páginas devem ser numeradas à mão antes que qualquer
registro seja feito).
• Registre todos os dados e observações a caneta diretamente
no caderno.
• O risco de perder – ou de transferir incorretamente – algum
dado crucial, comprometendo um experimento, é
inaceitável.
• Anteceda cada registro ou conjunto de registros com um
cabeçalho ou legenda.
• Coloque a data em cada página do caderno, à medida que
ele for sendo usado.
• Nunca tente apagar ou modificar um registro incorreto. Em
vez disso, risque-o com uma linha horizontal única e
coloque o registro correto o mais próximo possível. Não
escreva sobre números incorretos;
• Nunca remova as páginas do caderno. Desenhe linhas
diagonais sobre qualquer página que tenha de ser
desconsiderada. Forneça um breve argumento para
desconsiderar a página.
1) nA = mA / MMA
onde: nA = número de mol
mA = massa da substância química
MMA = massa molar da substância química

2) M1V1 = M2V2
onde: M = molaridade das soluções
V = volumes de cada solução, respectivamente.
3) nA = CA x VA
onde: nA = número de mol
CA = concentração da solução
VA = volume da solução

4) Fator estequiométrico - exemplo


Na2 CO3 ↔ 2Na+ + CO3 2-
(um mol de carbonato de sódio para dois
mol de íon sódio).
Exercícios
A) Descrever a preparação de 2,0 L de AgNO3 0,05 mol L-1 a
partir do reagente sólido de grau padrão primário. MMAgNO3 =
169,87 g mol -1 .

B) Uma solução 0,01 mol L-1 é necessária para calibrar um


fotômetro de chama. Descrever como 500 mL dessa solução
devem ser preparados a partir de carbonato de sódio (Na2CO3).
MM = 105,99 g mol-1.

C) A partir da solução obtida no item B), como você deve


preparar uma solução padrão que seja 0,005 mol L-1, 0,002 mol L-1
e 0,001 mol L-1 em Na+?

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