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PODECA - 002

PROCEDIMENTO OPERACIONAL
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1. Objetivo
Avaliar a funcionabilidade do elevador e/ou as atividades de manutenção preventiva e providenciar as
ações corretivas.

2. Aplicação

DTEC - Departamento Técnico


DECA - Departamento de Engenharia de Campo

3. Definições e Siglas

RIA - Registro de Inspeção Anual : Formulário / Ficha definidos pelas Prefeituras.


GUS - Gestão de unidade Sûr.

4. Responsabilidade

4.1. Conforme coluna “Quem” do ítem 5.1.

4.2. DECA/DISE: Elaboração, aprovação e distribuição da ficha FDISE-001 “Relatório de Vistoria Técnica”, a qual é
formulário impresso.

4.3. DTEC: Controle e utilização da FDISE-001, conforme índice de emissão definido na tabela TDISE-013.
Quando aplicável, elaborar, aprovar e distribuir RIA específica da UN.

5. Descrição:
A vistoria técnica é realizada nas seguintes situações:
• Anualmente em no mínimo 30% dos elevadores da carteira levando-se em consideração elevadores com
problemas técnicos detectados apartir de reclamações de clientes e/ou histórico do elevador.
• Resgate
• Modernização de elevadores de outra marca

5.1 Etapas do processo de vistoria técnica:


O que Quem Como
Programar DTEC/Supervisor/ A vistoria técnica é realizada conforme item 5.
vistoria Terceiro
técnica.
Executar Supervisor/ Conforme relatório de vistoria técnica e ítem 5.2 deste procedimento.
vistorias Técnico/Terceiro
Entrega das Supervisor/ Supervisor entrega ao DTEC as FDISE-001 preenchidas e vistadas
FDISE-001 DTEC/Terceiro
Análise dos Supervisor Caso haja pendências levantadas durante a vistoria técnica que não
resultados puderam ser realizadas: o supervisor gera orçamento ou abre pendência na
OS.
Elaboração do DTEC/Terceiro Elaboração e modelo da RIA é definido em função da exigência das
laudo final – prefeituras, quando aplicável.
RIA OBS.: Neste caso o FDISE-001, pode ser substituído por formulário
elaborado na UN, desde que os ítens vistoriados permaneçam inalterados e
sigam este PO.

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Cristiano Carvalho Victor Spinelli
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5.2 Inspeção:

Os ítens a serem inspecionados na vistoria técnica estão destacados em “negrito” no FDISE-001 “Relatório
de Vistoria Técnica” ou RIA "Relatório de Inspeção Anual". A inspeção dos ítens está descrita a seguir, caso
seja constatada uma não conformidade a mesma é registrada no FDISE-001 ou RIA.

5.2.1 Cabos: Os cabos de tração, quando em serviço, devem ser inspecionados periodicamente afim de que a
sua substituição seja determinada sem que o seu estado chegue a apresentar risco de ruptura.

Verificação do diâmetro e número de arames rompidos.


Diâmetro do cabo Diâmetro mínimo N° máximo de arames que podem
permitido estar rompidos X comprimento(mm)
13 arames rompidos x 36 mm
6 mm 5,4 mm
26 arames rompidos x 180 mm
13 arames rompidos x 48 mm
8 mm 7,2 mm
26 arames rompidos x 240 mm
13 arames rompidos x 60 mm
10 mm 9,4 mm
26 arames rompidos x 300 mm
13 arames rompidos x 80 mm
13 mm 12,2 mm
26 arames rompidos x 400 mm
13 arames rompidos x 100 mm
16 mm 15,0 mm
26 arames rompidos x 500 mm
13 arames rompidos x 36 mm
1/4” (6,35 mm) 5,4 mm
26 arames rompidos x 180 mm
Diâmetro do cabo:
13 arames rompidos x 60 mm
3/8” (9,525 mm) 8,6 mm
26 arames rompidos x 300 mm
13 arames rompidos x 80 mm
1/2” (12,7 mm) 11,5 mm
26 arames rompidos x 400 mm
13 arames rompidos x 100 mm
5/8” (15,875 mm) 14,3 mm
26 arames rompidos x 500 mm

Gerar orçamento urgente para troca de cabos caso alguma das condições
acima seja observada.

Fazer a substituição dos cabos quando a redução do diâmetro do cabo em um ponto qualquer alcance a
medida mínima.
Para cabos que estão sofrendo corrosão (ferrugem), o n° de arames
rompidos, conforme tabela, deve-se reduzir à metade.
Verificar em toda a extensão do cabo para observar se não há uma diminuição brusca no diâmetro.
Verificar também se as pernas dos cabos não estão "frouxas" devido a uma torção no cabo.
Verificar e analisar toda e qualquer anomalia que encontrar no cabo.
Verificar perna rompida, caso positivo parar o elevador e gerar orçamento urgente.

Instrumento de Medição : Paquímetro 150 mm.


Cota a ser Medida : Diâmetro do Cabo.

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5.2.2 Polia de Tração e do Regulador de Velocidade:


As polias apresentam um desgaste natural em função do atrito com o cabo, esse desgaste é previsto porém
o atrito se mantém até que o cabo atinja o fundo do canal, a partir deste ponto o cabo começa a perder a
aderência ocasionando deslize entre polia e cabo(fim da vida útil ), comprometendo a segurança.

A velocidade de desgaste da polia varia pela dureza da polia, tipo de material, intensidade do uso do
elevador, carga da cabina, equalização dos cabos de tração.
Para realizar a inspeção do desgaste da polia, deve-se medir com o gabarito ( ver figura ), caso o ressalto do
gabarito atinja o findo de um dos canais da polia, deverá ser providenciado a troca da polia.

OBS.: O KIT Gabarito é composto de quatro tipos de gabaritos, sendo um para cada tipo de canal de polia ( 1/4",
3/8", 1/2"e 5/8"). O gabarito de 1/4"é utilizado nas polias dos reguladores de velocidade.

O KIT Gabarito ( Cod. Fábrica : 3Z.0701.Y ou Cód. Servisûr : 17880.4 )

Intrumento : Gabarito para verificação de desgaste dos canais de polia.


Cotas a serem Medidas : Folga x>0.

5.2.3 Equalização de cabos:

Conforme CETEC 934.

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5.2.4 Deslize dos Cabos Sobre a Polia


Colocar a cabina no último pavimento, marcar com giz
branco transversal aos cabos de tração marcando a polia
junto. Mandar a cabina vazia para o 1º pavimento e chamar
de volta ao último. Existindo deslize que exceda à 300 mm
entre as marcas ( Polia x Cabo ) verificar se o nivelamento
da cabina no último pavimento está no máximo 25 mm
positivo. Caso ultrapassar 25mm verificar:
- Excesso de graxas nos cabos de tração;
- Taragem do contra-peso;
- Equalização dos cabos;
- Desgaste da polia de tração.

Instrumento de Medição: Trena 3m ou 5m.


Cota a ser Medida : Delize dos cabos sobre a polia .

5.2.5 Aparelho de Segurança e Regulador de Velocidade ( Antigo e Novo)


No Poço:
a) Colocar o elevador em manutenção em cima da cabina.
b) Posicionar o elevador no fundo do poço. Com o elevador desligado, e com a alavanca levanatada, verificar se
os roletes (Instantâneo), ou as cunhas (Progressivo/Novo) encostam nas guias simultaneamente.
c) Com a alavanca suspensa confirmar se o contato elétrico “GRS” desliga: em cima da cabina para o aparelho de
segurança Instantâneo/Progressivo e em baixo da cabina para o aparelho de segurança novo.
e) Verificar a limpeza e lubrificação o do conjunto.

Na Casa de Máquinas:
f) Posicionar o elevador no último andar superior.
g)Verificar se a pintura do lacre no regulador de velocidade não está “adulterada”.
h) Desligar as chamadas de pavimentos, desconectando a linha geral no quadro de comando.
i) Efetuar uma chamada de cabina no primeiro pavimento.
j) Quando o elevador se encontrar na metade do percurso, provocar manualmente a atuação mecânica do
regulador de velocidade, para regulador de velocidade antigo.
Para o regulador de velocidadede novo passar o cabo de aço do regulador de velocidade da polia “Maior” para a
“Menor”, tomando o cuidado para não realizar um movimento brusco que desarme o contato elétrico da polia
tensora no fundo do poço. Este cabo deve ser “Suspenso e não desviado ( pode cair fora da polia)” pelo lado que
não está preso na cabina. Caso o cabo caia fora do canal ou seja com movimentos bruscos, deve-se inspecionar a
polia tensora, verificando se o cabo de aço não soltou.
l) 0 elevador deverá travar nas guias e desligar o quadro de comando, através dos contatos elétricos, no regulador
(Progressivo/Novo) e o GRS na cabina (Instantâneo/ Progressivo/Novo).
m) Colocar o elevador em manutenção.
n) Com o circuito de segurança ponteado, fazer um movimento em direção de subida para destravar a cabina.
o) Com o elevador ainda em manutenção, verificar se o aparelho de segurança voltou a posição normal.
p) Rearmar o circuito de segurança e retirar a ponte.
q) Limar as guias onde houve a atuação do aparelho de segurança, afim de evitar desgastes prematuros de nylons
de corrediças.
r) Colocar o elevador novamente em automático, fazer viagens de subida e descida, confirmando o bom
funcionamento do mesmo.

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5.4 - ÚLTIMA ALTURA -


Verificação : - Com a cabina nivelada no último pavimento, medir as alturas “Ha” e “Hb” e com a cabina
nivelada no 1 pavimento medir “Hc” , conforme descrito abaixo.
OBS: Quando uma das alturas implicar na segurança do elevador, o conceito da avaliação será Não
Satisfatório e a nota final da vistoria será 1 (UM).

Fórmulas: Ha > Lcp + PAH + 100 + ( 35 x V^2 ) para todas as velocidades


Hb > Lcp + PAH + 1000 + (35 x V^2) para todas as velocidades
Hc > Lcab + PAH + 100 + ( 35 x V^2 ) para todas as velocidades

Ha - ALTURA “a” (carro nivelado no último pavimento, medir separador de cabos de cabina até laje)
Hb - ALTURA “b” (carro nivelado no último pavimento, medir teto de cabina até a laje)
Hc - ALTURA “c” (carro nivelado no 1° pavimento, medir separador de cabos do contrapeso até laje)
Lcab - DESLIZE ENTRE AMORTECEDOR (MOLA) E PLACA DE CHOQUE DA CABINA
Lcp - DESLIZE ENTRE O AMORTECEDOR (MOLA) E PLACA DE CHOQUE DO CONTRAPESO
PAH - PERCURSO DO AMORTECEDOR HIDRÁULICO (MOLA) * (ver tabela I )
Instrumento de Medição: Trena 3m ou 5m.
Cota a ser Medida : Há, Hb, Hc, Lcab, Lcp. ( Tolerância +/- 20mm ).
TABELA I
Veloc. Nomin Veloc. Nomin Comprimento total PAH (35 x V^2)
m/min m/s da mola mm mm mm
240 4 1100 560
180 3 760 315
150 2,5 500 219
120 2 Pistão Hidráulico 335 140
105 1,75 335 107
90 1,5 225 79
90 1,5 525 248 79
89 1,5 420 *120 79
75 1,25 420 *120 55
75 1,25 525 248 55
60 1 420 *120 35
60 1 260 117 35
45 0,75 420 *120 20
45 0,75 200 76 20
22 0,37 420 *120 5
* QUANDO FOR AMORTECEDOR HIDRÁULICO A MEDIDA A SER USADA DEVE SER 225 mm.
* QUANDO CABINA COM 8 PASSAGEIROS UTILIZAR 170 MM
6. Registros

• Relatório de Vistoria Técnica – FDISE – 001.


• RIA – Relatório de Inspeção Anual ( Relatório das Prefeituras )

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