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Instalações elétricas

Capítulo 01 – Introdução

Carlos A. Castro
A dimensão ética do trabalho do projetista

• No desempenho de suas tarefas, o projetista assume uma atitude profissional de


dimensão ética.
• Sendo um técnico, um especialista, estará sob sua responsabilidade a análise de
problemas complexos para os quais a sociedade espera soluções.
• Sendo um cidadão, terá em mente o fato de que, em geral, os seus projetos poderão
afetar a qualidade de vida de uma comunidade inteira ou parte dela.
• Daí, espera-se que as suas atividades se realizem no mais elevado nível ético e moral,
com objetivos voltados para a segurança e benefício da humanidade.

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A dimensão ética do trabalho do projetista

• O bom projetista é movido por senso de responsabilidade que envolve os seguintes


aspectos:
• Desejo de prosseguir até o fim, buscando levar a sua solução ao bom êxito;
• Disposição para inovar sempre, buscando os melhores métodos e as melhores técnicas, visando ao
aperfeiçoamento e à constante atualização;
• Companheirismo e solidariedade para com os colegas, através do intercâmbio de informações
técnicas;
• Acompanhamento da implantação e do desempenho das soluções, visando comprovar sua eficácia e
auferir experiência;
• Responsabilidade profissional para manter confidenciais, as ideias, processos, técnicas ou
conhecimentos, que sejam objetos de contratos específicos, sobre os quais o cliente ou empregador
solicite sigilo;
• Ter a perspectiva de, através de suas criações, contribuir para melhorar as condições de vida da
humanidade.

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A dimensão ética do trabalho do projetista

• Atualmente, as atividades no âmbito da engenharia estão contempladas pelo

Código de Ética Profissional

publicado pelo sistema CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e


Agronomia) e CREAs (Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia).

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A responsabilidade profissional do projetista

• Para o desempenho profissional de suas atividades, o projetista deverá obter habilitação


específica através de formação em centros educacionais especializados (universidades,
faculdades de engenharia, centros de educação tecnológica, escolas técnicas etc.) e
registro no respectivo conselho profissional.
• O registro profissional, no caso de cursos superiores e cursos técnicos da área de
engenharia, junto ao CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, confere ao
profissional a habilitação necessária, especificando as áreas e os limites de suas
atribuições profissionais.

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A responsabilidade profissional do projetista

• O CONFEA e os CREAs são conselhos de fiscalização do exercício profissional, e suas


principais funções são:
• verificar, orientar e fiscalizar os exercícios profissionais com o objetivo de defender a sociedade das
práticas ilegais dos ofícios que são abrangidos pelo sistema CONFEA/CREA
• promover a valorização profissional e garantir a primazia dos exercícios das atividades profissionais.
• Para a defesa dos interesses dos técnicos e engenheiros existem as associações e
sindicatos.

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A responsabilidade profissional do projetista

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) – garante aos profissionais registrados nos


CREAs um meio de cadastrar suas obras e serviços, cargos ou funções, cursos e prêmios.
• A ART deve ser registrada no CREA onde for executada a atividade técnica e define, para
efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo empreendimento, obra ou serviço, tendo
valor de um contrato.
• Cada projeto terá o seu respectivo registro junto ao CREA, através da ART.
• Quando do pedido de registro da ART, o Conselho verificará se o profissional está
habilitado para aquela especialidade, fazendo a respectiva anotação que passará a
constar do acervo técnico do profissional.

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Competência profissional

• Os profissionais habilitados para as atividades de elaboração e execução de projetos de


instalação de energia elétrica são os Engenheiros e os Técnicos Industriais de Nível
Médio, conforme atribuições específicas definidas para cada categoria profissional.
• O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA – estabelece duas categorias de
atribuições.

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Competência profissional

1ª categoria

• Elaboração e execução de projetos de instalação de energia elétrica, sem restrição


quanto à carga, tensão ou condição de trabalho.
• Abrange os Engenheiros Eletricistas ou Mecânicos-Eletricistas, ou ainda, outra
especialidade profissional com as atribuições da alínea "h" do artigo 32 do Decreto
Federal N2 23.569/33 de 11/12/33.

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Competência profissional

2ª categoria
• Elaboração e execução de projetos de instalação de energia elétrica, em baixa tensão,
para fins residenciais, com carga total instalada não superior a 50 kW, desde que a força
motriz, já incluída neste limite, não ultrapasse 10 cv, excluídas as instalações que:
• Destinem-se ao suprimento de energia elétrica a locais que exigem a utilização de material especial
de segurança e proteção, como hospitais, postos de gasolina e afins.
• Sejam dotadas de sistema de geração de energia, como centros de processamento de dados e afins.
• Destinem-se ao suprimento de recintos para reuniões, como teatros, cinemas, templos ginásios,
hotéis, shopping-centers, mercados, escolas e afins.
• Pela natureza dos materiais empregados ou dos trabalhos executados possa ser verificada a presença
de gases ou vapores inflamáveis, assim como poeiras, fibras, combustíveis etc.

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Competência profissional

2ª categoria

• Esta categoria abrange, além dos profissionais citados na 1ª categoria, todos os demais
profissionais diplomados em curso superior de Engenharia Civil ou Arquitetura, que
possuam as atribuições dos artigos 28 e 30 do Decreto Federal Nº 23.569/33 de
11/12/33.

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Projeto de instalações elétricas

• Projetar, no sentido mais geral do termo, é apresentar soluções possíveis de serem


implementadas para a resolução de determinados problemas.
• É importante ter em mente que a solução não é única, e há diversas alternativas de
soluções possíveis.

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Projeto de instalações elétricas

• O projetista deverá examiná-las, avaliar as possibilidades de cada uma delas, e


finalmente inclinar-se por aquela que julgar a mais adequada.
• Na maioria das vezes a escolha envolve aspectos contraditórios, pois estarão sob o
julgamento pessoal do projetista as mediações entre o atendimento indispensável às
normas técnicas, à segurança das instalações e dos usuários, à operacionalidade, à
racionalidade, e aos aspectos econômicos envolvidos na questão.

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Projeto de instalações elétricas

• O projeto representa uma solução da engenharia para problemas da necessidade


humana, sendo o resultado de uma interação dos sujeitos envolvidos:

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Projeto de instalações elétricas

• O projeto de instalação elétrica consiste na previsão escrita da instalação, com todos os


seus detalhes, ou seja:
• quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica.
• dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos.
• dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando, de medição de
energia elétrica e demais acessórios.

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Projeto de instalações elétricas

• No projeto de uma instalação elétrica deverá constar:


• Localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com as respectivas cargas, seus comandos e
indicações dos circuitos a que estão ligados.
• Localização dos quadros e centros de distribuição.
• O trajeto dos condutores e sua proteção mecânica inclusive dimensões dos condutos e caixas.
• Quadro de cargas indicando os circuitos e respectivas cargas, fases em que serão ligados os diversos
circuitos, número de pontos ativos etc.

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Projeto de instalações elétricas

• No projeto de uma instalação elétrica deverá constar (cont.):


• Avaliação da potência (carga) de cada ponto.
• Cálculo de demanda.
• Divisão da carga em circuitos parciais.
• Fiação, isto é, traçado e dimensionamento dos condutores elétricos.
• Dimensionamento dos eletrodutos.
• Dimensionamento dos alimentadores.
• Dimensionamento da proteção dos circuitos.
• Diagrama unifilar dos quadros de distribuição.
• Lista de materiais.

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Contexto

• A eletricidade tem uma importância inquestionável na vida das pessoas.


• Estamos tão acostumados e dependentes da eletricidade no dia-a-dia que percebemos o
seu valor apenas quando ela falta.
• É difícil imaginar uma cidade com as casas, os edifícios, os locais de trabalho e de
passeio, os shoppings, as praças, as ruas e as avenidas sem iluminação, bem como a vida
sem os inúmeros equipamentos elétricos que auxiliam, de maneira extraordinária, nosso
cotidiano.

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Contexto

• Porém, nem imaginamos a grandiosidade e a complexidade do processo de geração,


transmissão e distribuição da energia elétrica até a sua utilização final.
• O uso eficiente da eletricidade é possível por meio de instalações elétricas, executadas
conforme um projeto elétrico, em todos os níveis.

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

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Contexto

Brasil

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Contexto

• Existem várias razões para a sua utilização em larga escala:


• pode ser transportável: é produzida em locais distantes, considerados os mais adequados, e levadas
por linhas de transmissão aos grandes centros consumidores
• é transformável: pode ser transformada em outras formas de energia, como por exemplo em luz,
calor e movimento
• é elemento fundamental para a ocorrência de muitos fenômenos físicos e químicos, que formam a
base de operação de máquinas e equipamentos de tecnologia atual
Exemplos: eletromagnetismo, efeito termiônico, efeito semicondutor, fotovoltaico, técnicas de
galvanoplastia (cromagem, zincagem, prateação, galvanização etc.)
• quando utilizada durante um período de tempo, propicia uma determinada quantidade de trabalho
realizado, equivalente à potência elétrica consumida.

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Contexto

• Há muitas formas de energia na natureza: térmica, luminosa, cinética e potencial


(energia mecânica), sonora, química, nuclear, eletromagnética etc.
• Exemplos:
• Raios solares (energia térmica e luminosa).
• Quedas d’água (energia potencial e cinética).
• Raios em tempestades (energia elétrica).
• Trovões em tempestades (energia sonora).
• Todas as formas de energia são intercambiáveis e podem ser transformadas entre si,
obedecendo ao princípio físico da conservação da energia (quantidade total permanece
a mesma).

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Contexto

• Possibilidade de transformação é muito importante.


• Permite que um engenheiro possa reunir diferentes fontes energéticas e empregá-las,
simultaneamente, para atingir os seus objetivos.
Exemplo: construção civil.
• Para que os diferentes tipos de energia possam ser efetivamente utilizados:
• Facilidade de armazenamento e transporte da energia.
• Eficiência na transformação da energia para a forma desejada.
• Energia elétrica tem alto grau de adequação a esses dois requisitos.

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Sistemas elétricos de potência

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Geração de energia elétrica – usina hidrelétrica

• A energia elétrica é gerada em função da queda d'água (hidráulica), usada para girar as
turbinas que estão acopladas aos geradores elétricos.
(potencial  cinética  elétrica)

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Geração de energia elétrica – usina hidrelétrica

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Geração de energia elétrica – usina térmica

• A energia mecânica necessária para girar o eixo do gerador de energia elétrica é obtida
com a queima de combustíveis, tais como: gás natural, derivados de petróleo, carvão
mineral e vegetal, xisto betuminoso, resíduos de madeira e da produção agrícola, bagaço
de cana-de-açúcar, lixo doméstico, urânio, e outros.
(química  térmica  cinética  elétrica)

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Geração de energia elétrica – usina térmica

Usina termoelétrica de
Santa Cruz (RJ)

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Geração de energia elétrica – usina nuclear

• Esse tipo de usina é classificada como usina termelétrica que utiliza uma caldeira, tendo
como fonte de calor um reator nuclear.
• O seu funcionamento se baseia na quebra, na divisão do átomo (fissão), tendo por
matéria-prima minerais altamente radioativos, como o urânio, o plutônio ou o tório.

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Geração de energia elétrica – parque eólico

• A energia eólica é convertida diretamente da energia cinética dos ventos em energia


elétrica.
• Para isso, são utilizados aerogeradores.

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Exercício 1.1

Faça uma pesquisa sobre outras tecnologias de geração de energia elétrica que não foram
mencionadas nos slides.

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Transmissão de energia elétrica

• A linha de transmissão tem por finalidade transportar grandes quantidades de energia


da usina de energia elétrica até os centros consumidores.
• Na maioria das vezes, a geração de energia elétrica é realizada a distâncias consideráveis
dos centros consumidores, devido às condições naturais que propiciam os fatores ideais
de geração para a construção das barragens da usina.

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Transmissão de energia elétrica

• A linha de transmissão tem origem na subestação elevadora, construída junto ou


próxima da usina geradora de energia elétrica, onde os transformadores elevam as
tensões geradas de 6,9 kV, 13,8 kV ou 18 kV para 69 kV a 750 kV, ou até mesmo a 1 MV,
em tensão alternada e 600 kV ou 800 kV em tensão contínua.
• Chegando aos centros consumidores, existem as subestações abaixadoras ou redutoras,
cuja finalidade é reduzir as tensões para valores de distribuição ou de consumo.

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Transmissão de energia elétrica

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Distribuição de energia elétrica

• A rede de distribuição proporciona as condições necessárias para que a energia elétrica


chegue até o consumidor.
• Quando se eleva a tensão, é possível reduzir a seção dos condutores para transmitir a
mesma quantidade de energia (mesma potência).
• Neste caso, podemos constatar que a rede de distribuição opera com dois valores de
tensão: mais altos (distribuição primária) e mais baixos (distribuição secundária).

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Distribuição de energia elétrica

• Os grandes consumidores necessitam valores de tensão altos (ex. indústrias, grandes


edifícios)
Os pequenos consumidores necessitam de valores de tensão baixos (ex. residências,
pequenos edifícios, condomínios).
• Os consumidores de grande porte são atendidos diretamente em tensão primária
porque dispõem de suas próprias subestações (transformadores) que abaixam a tensão
para alimentar seus equipamentos.

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Distribuição de energia elétrica

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Distribuição de energia elétrica

• A rede de distribuição primária também alimenta os


transformadores que estão afixados nos postes cuja
finalidade é reduzir a tensão a valores menores, por
exemplo: 220/ 127V ou 380/220V para atender aos
pequenos consumidores, que são a maioria nas cidades.

• A rede com esses valores menores de tensão é chamada de


distribuição secundária.

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Distribuição de energia elétrica

• A rede de distribuição secundária é formada por quatro fios, sendo que o primeiro de
cima para baixo é o neutro e, em seguida, vêm as fases.
• Os condutores são separados sem isolação ou com isolação no caso de ruas arborizadas.
• Para a identificação das fases e neutro são normalmente atribuídas letras ou números:

condutor neutro na
posição superior

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Distribuição de energia elétrica

condutor neutro – potencial elétrico nulo

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Distribuição de energia elétrica

condutor fase – potencial elétrico não nulo

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Distribuição de energia elétrica

diferença de potencial entre fase neutro – tensão de fase

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Distribuição de energia elétrica

diferença de potencial entre fase neutro – tensão de fase

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Distribuição de energia elétrica

diferença de potencial entre fases – tensão de linha

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Distribuição de energia elétrica

diferença de potencial entre fases – tensão de linha

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Tensões padronizadas

• A rede de distribuição secundária pode apresentar variações de valores de tensão em


alguns estados e até mesmo em algumas cidades para a tensão entre fase e neutro em
um sistema trifásico a quatro fios (N + 3F).

N N

F F

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Tipos de fornecimento

• O tipo de fornecimento define o número de condutores fase que irá alimentar a


instalação elétrica.
• Esse número de condutores está relacionado com a carga instalada na instalação.

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Tipos de fornecimento

• Exemplo (CEMIG)

(monofásico)

(bifásico)

(trifásico)

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Tipos de fornecimento

• Alimentação monofásica – dois fios – (N + F)

127

N F

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Tipos de fornecimento

• Alimentação bifásica – três fios – (N + 2F)

127 220

F F F F
N N

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Tipos de fornecimento

• Alimentação trifásica – quatro fios – (N + 3F)

127 220

F F F F
F F
N N

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Exercício 1.2

Tire uma foto do poste e do ramal de entrada de sua casa e identifique o tipo de
fornecimento.

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Normas e símbolos gráficos

• As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela norma NBR-5410, da


ABNT, que estabelece de 1000 volts como o limite para a baixa tensão em corrente
alternada e de 1500 volts para a corrente contínua.
• A frequência máxima de aplicação desta norma é de 400 Hz.
• Toda a energia gerada para atender a um sistema elétrico é sob a forma trifásica,
alternada, tendo sido fixada a frequência de 60 Hz (ciclos/segundo) para uso em todo o
território brasileiro, por decreto governamental.

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

...

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Normas e símbolos gráficos

• Sugestão: Guia EM da NBR-5410

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Normas e símbolos gráficos

• As normas IEC60417 e IEC60617 apresentam os símbolos gráficos que devem ser


utilizados na elaboração de projetos de instalações elétricas.
• Os símbolos são utilizados na representação dos diversos elementos que compõem os
circuitos elétricos.

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Normas e símbolos gráficos

• A simbologia normalizada deve ser utilizada na elaboração de projetos elétricos,


segundo as seguintes recomendações:
• obedecer rigorosamente o que determina a norma. No entanto, devido ao crescente avanço da
tecnologia, é possível que, em determinadas situações, não se encontre na norma um símbolo gráfico
que atenda à necessidade imediata. Neste caso, deve-se representar o símbolo utilizado
especificando-o corretamente na relação das simbologias do projeto.
• o projeto elétrico deve conter uma tabela com a simbologia utilizada.

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Normas e símbolos gráficos

• A simbologia normalizada deve ser utilizada na elaboração de projetos elétricos,


segundo as seguintes recomendações (cont.):
• o profissional deve se manter sempre bem informado com relação às atualizações da norma.
• o projeto elétrico utiliza os recursos do desenho técnico, o qual deve ser feito com clareza, para que
seja fácil a interpretação pelos seus usuários.
• deve-se ter em mente que nem sempre a pessoa que elabora o projeto elétrico será a mesma que
procederá a sua execução. Por isso, devemos tomar o máximo de cuidado para que, na sua
elaboração, não fique nenhuma dúvida.

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Normas e símbolos gráficos

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Normas e símbolos gráficos

Tabela de símbolos gráficos

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Referências bibliográficas

• S. Cervelin, G. Cavalin, Instalações elétricas prediais: teoria & prática, Ed. Base, 2008.
• A.A.M.B. Cotrim, Instalações elétricas, Pearson, 5ª Ed., 2009.
• A. Mota, L.T.M. Mota, Instalações elétricas, notas de aula, PUC-Campinas, 2019.
• P. Kundur, Power system stability and control, EPRI, 1994.
• L. Philipson, H.L. Willis, Understanding electric utilities and de-regulation, Marcel Dekker,
1999.
• F. Vanderson, ENE065 – Instalações elétricas I, notas de aula, UFJF.

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Referências bibliográficas

• H. Creder, Instalações elétricas, 15ª Ed, LTC, 2008.


• R.A.F. Ferreira, ENE065 – Instalações elétricas I, notas de aula, UFJF.
• http://www.eletrica.ufpr.br/
• https://www.rwengenharia.eng.br/
• ABNT, NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão, 2004.
• Guia EM da NBR 5410, Eletricidade Moderna.

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