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A necessidade de fundamentação da moralidade da ação – análise comparativa de

duas perspetivas filosófica

Imagine uma rapariga de 13 anos, que vive no Brasil onde não existe ajuda do Estado para
crianças com necessidades, e que é órfã e devido a esse facto tornou-se sem abrigo, e viu- se
obrigada a cometer um crime, roubo, para que ela e alguns dos seus amigos, também sem
abrigo, pudessem comer. Como tal, um certo dia entrou no supermercado e colocou no bolso
do casaco um saco de pão e uma garrafa de água. Um homem que se encontrava também no
supermercado, observou esta situação e deparou-se com um dilema:

· Contar ao gerente que está a ser roubado ou ser cúmplice?

Problema

O roubo é um problema que pode ser tratado atualmente pela Filosofia, pois é uma norma
moral, ou seja, é uma regra de comportamento que determina o que devemos e não devemos
fazer para que a nossa ação seja moralmente boa ou moralmente valiosa. Roubar viola uma ação
moral universal, a de não roubar.

Para avaliar as ações possíveis vamos utilizar Mill

Stuart Mill

Tese

Neste ensaio vamos defender que a ação praticada pelo homem de não contar ao gerente, ou
seja, ser cúmplice, será moralmente correta.

Argumentos

Segundo a ética utilitarista de Mill, a decisão moralmente correta por parte do homem é não
denunciar ao gerente, pois assim ajuda um maior número de pessoas, causando menor
dor/sofrimento a um maior número de pessoas – a ação segue o Princípio da Maior Felicidade
(maior felicidade/prazer e menor dor/sofrimento para o menor número de pessoas). Assim
sendo as consequências para o homem é ser cúmplice, mas só será julgado como tal caso o
gerente descubra.

Objeções

Para Kant, a ação tomada pelo homem é moralmente incorreta pois é uma ação contrária ao
dever uma vez que viola uma norma moral absoluta (é uma regra de comportamento que
determina o que devemos e não devemos fazer para que a nossa ação seja moralmente boa
ou moralmente valiosa), que deve ser incondicionalmente respeitada em todas as
circunstâncias, além de a intenção por detrás da sua ação não é uma intenção pura.

A ação do homem não está de acordo com o principio do imperativo categórico (cumprir o
dever sempre por dever, ser imparcial e desinteressado e respeitar o valor absoluto de cada
ser racional, nunca o reduzindo á condição de meio que nos é útil), ou seja, ele devia ser
honesto pois é o seu dever.
Argumentos (contra as objeções)

A decisão do homem é correta porque ele está a ajudar pessoas com dificuldades. A
desonestidade do homem para com o gerente tem menos relevância em relação ao bem-estar
e a saúde da rapariga e dos seus amigos.

Conclusão

O homem teve uma atitude certa uma vez que, mesmo que esteja a desrespeitar uma regra
moral absoluta, está a ajudar de uma certa forma pessoas em dificuldades. De uma certa
forma o gerente não iria ter grandes prejuízos monetários, pois o que a rapariga roubou são
bens essenciais.

Astride Adão nº3

Bruno Almeida nº6

Dinis Cardoso nº10

Miguel Sousa nº21

Ariel (Agrião)

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