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está subordinado a leis alienígenas, se assim não o quiser; dessa forma, surge
o princípio da territorialidade, ou seja, a lei produzida em um país terá apli-
cação em seu território.
§1.º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos
cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº. 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde
que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei nº. 3.238, de 1º.8.1957)
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas
autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao
interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data
da publicação desta lei. (Incluído pela Lei nº. 3.238, de 1º.8.1957)
§4.º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§5.º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência
de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile
ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de
terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº. 6.515, de
26.12.1977)
§7.º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge
e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§8.º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua
residência ou naquele em que se encontre.
Art. 8.º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei
do país em que estiverem situados.
Bens móveis que trouxer ou que forem transportados para outros lu-
gares – aplica-se a lei do domicílio do proprietário.
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
§1.º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens
móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
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Penhor é um direito real Penhor3 – aplica-se a lei do domicílio do possuidor da coisa.
que consiste na tradição
de uma coisa móvel ou
mobilizável, suscetível de
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
alienação, realizada pelo
devedor ou por terceiro ao
credor, a fim de garantir o
Art. 8.º [...]
pagamento do débito.
§2.º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre
a coisa apenhada.
Art. 9.º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se
constituírem.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§1.º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº. 9.047, de
18.5.1995)
§1.º Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes
de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei
brasileira.
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§1.º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações, relativas a imóveis
situados no Brasil.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas
que a lei brasileira desconheça.
Se o juiz não conhecer a lei estrangeira, à parte que alegar cabe fazer
prova do estipulado.
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do
texto e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os
seguintes requisitos:
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução
no lugar em que foi proferida;
Atenção
Foi revogado pela Lei 12.036/2009 o dispositivo da Lei de Introdução
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às Normas do Direito Brasileiro, que determinava que não dependiam de Na lição do Exmo. Minis-
tro do STJ, professor Teori
homologação as sentenças meramente declaratórias5. Albino Zavascki: a ação
puramente declaratória, e,
portanto, a sentença que
nela vier a ser proferida,
tem por objeto, segundo
Na homologação de sentenças estrangeiras, a análise do juízo é apenas o artigo 4.º do CPC, a de-
claração “da existência ou
sobre a forma do ato. O juiz analisa apenas se o ato ou a decisão ofende a inexistência de relação
jurídica” ou “da autenti-
ordem pública, a soberania nacional ou o bom costume e, caso não ofen- cidade ou falsidade de
documento”. Segundo os
dam, o juiz não faz análise de mérito, caso ofendam não são aplicáveis. padrões tradicionais, não
compõe seu objeto o juízo
a respeito da violação da
norma individualizada ou
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, da sanção corresponden-
te. A declaração de certe-
za, nestas ações, refere-se,
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de como ensinava Calaman-
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem drei, ao preceito primário
pública e os bons costumes. (“no transgredido todavia,
pero incierto”) e não ao
mandado sancionatório.
Não é necessária a homologação de cartas rogatórias (pois sem caráter (ZAVASCKI, 2010).
§2.º Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem
executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título,
para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei
do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.
(Redação dada pela Lei nº. 5.925, de 1º.10.1973)
Art. 4.º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
CPC,
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade
da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo,
recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela
Lei nº. 5.925, de 1º.10.1973)
Analogia
A analogia consiste na aplicação de uma norma jurídica constituída para
um caso a uma outra determinada situação de fato semelhante, entendida
na expressão romana: ubi eadem ratio, ibi idem jus.
28 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
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Conflito de lei no espaço e preenchimento de lacunas jurídicas
Costume
O costume resulta da prática geral, uniforme, constante, pública de atos
pelas pessoas, com a convicção de sua necessidade jurídica. A repetição ge-
neralizada e reiterada de certos atos praticados é o elemento material do
costume.
“a boa-fé é presumida”;
Equidade
A equidade consiste na aplicação do “bom senso” para solucionar um pro-
blema jurídico, é a aplicação do princípio da razoabilidade na aplicação da
lei ao caso concreto, ou, em latim, ars boni et aequi – arte do bom e do justo,
princípio formador do Direito da Antiguidade Clássica.
Dessa forma, somente pode ser utilizada quando a lei assim previr, como
é o caso do artigo 127 do CPC, ou nas hipóteses em que o legislador formula
várias alternativas e determina que o juiz escolha a melhor, no caso concreto,
como ocorre nos artigos 1.586 ou 1.740, II, ambos do CC.
CPC,
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
CC,
Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos,
regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles
para com os pais.
[...]
II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister
correção;
[...]
Resolução de questão
1. (Esaf ) Assinale a opção correta.
Assertivas:
c) Certa.
Atividades de aplicação
1. (Esaf ) A analogia juris:
Dica de estudo
Muito importante o estudo das expressões em latim, embora as pessoas
a considerem uma língua morta, não é para o Direito.
Referências
BEVILÁQUA, Clóvis. Teoria Geral do Direito Civil. 4. ed. Brasília: Ministério da Jus-
tiça, 1972.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do Direito
Civil. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1.
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2007.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil – parte geral. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2003. (Coleção Sinopses Jurídicas).
______. Direito Civil – parte geral. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. (Coleção Sinop-
ses Jurídicas).
LIMONGI FRANÇA, R. Forma do Ato Jurídico. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 192.
(Enciclopédia Saraiva do Direito). v. 38.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil – parte I. 32. ed. São
Paulo: Saraiva, 2003.
SILVA PEREIRA, Caio Mário da. Instituições de Direito Civil. 18. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1996.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: parte geral. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
WALD, Arnold. Direito Civil: introdução e parte geral. 11. ed. São Paulo: Saraiva,
2009.
Gabarito
1. D
2. B
3. D