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Sequoiadendron giganteum

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Sequoiadendron giganteum
sequoia-gigante, árvore-mamute

O espécime conhecido por "Grizzly Giant" (Mariposa


Grove, Yosemite National Park).

Estado de conservação

Em perigo [1]

Classificação científica

Reino: Plantae
Divisão: Pinophyta
Clado: Tracheophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Pinales
Família: Cupressaceae
Subfamília: Sequoioideae
(Luerss.) Quinn
Género: Sequoiadendron
J.Buchholz
Espécie: S. giganteum

Nome binomial

Sequoiadendron giganteum
(Lindl.) J.Buchh., 1939

Distribuição geográfica

Distribuição natural dos membros da subfamília Sequoioideae.

vermelho – Sequoiadendron giganteum

verde – Sequoia sempervirens

Sinónimos

 Americus giganteus William H.
Hanford[2][3]
 Sequoia gigantea Decne.
 Sequoyah gigantea
 Washingtonia californica Winslow[4]
 Wellingtonia gigantea Lindl.
Sequoiadendron giganteum no Sequoia National Park.

Sequoiadendron giganteum (pinhas e uma semente).

Folhas de S. giganteum.


Folhas com cones masculinos fechados.

Lake Fulmor, com um pequeno bosque de S. giganteum (topo central).

A estrada conhecida por Generals Highway passa entre sequoias-gigantes no Sequoia National


Park.

Sequoiadendron giganteum é a única


espécie extante do género Sequoiadendron da
subfamília Sequoioideae da família Cupressaceae. A espécie é conhecida
pelos nomes comuns de sequoia-gigante ou árvore-mamute (John
Muir chamava-lhe apenas «the big tree»;[5] «a grande árvore»), já que entre os
seus espécimes estão as árvores com maior volume e peso presentemente
existentes na Terra.[6] A espécie tem distribuição natural restrita a matas
situadas nas encostas oeste das montanhas da Sierra Nevada da Califórnia.

Índice

 1Descrição
 2Distribuição
 3Ecologia
 4Taxonomia e sistemática
 5Usos
 6Cultivo
 7Notas
 8Referências
 9Bibliografia
 10Ver também
 11Ligações externas

Descrição
O nome comum sequoia é geralmente aplicado às espécies Sequoiadendron
giganteum e às restantes espécies de coníferas da subfamília Sequoioideae da
família Cupressaceae, nomeadamente Sequoia sempervirens (sequoia-
costeira) e Metasequoia glyptostroboides.
A etimologia do nome genérico foi presumida, inicialmente na obra The
Yosemite Book da autoria de Josiah Whitney, publicada em 1868,[7] como sendo
uma homenagem a Sequoyah (1767-1843), o inventor do silabário Cherokee.
[8]
 Um estudo etimológico publicado em 2012 concluiu que austríaco Stephen L.
Endlicher é realmente responsável pelo nome. Linguista e botânico, Endlicher
correspondia-se com especialistas na língua cherokee, incluindo Sequoyah,
personalidade que admirava. Endlicher também percebeu que
coincidentemente o género poderia ser descrito em latim como sequi (que
significa seguir) porque o número de sementes por cone no género recém-
classificado alinhado em sequência numérica com os restantes quatro géneros
que então integravam a subordem. Endlicher cunhou o nome Sequoia como
uma descrição do género da árvore e uma homenagem ao homem indígena
que admirava.[9]
Alguns espécimes de sequoia-gigante são as árvores mais massivas do
mundo.[6] Estas árvores crescem até uma altura média de 50-85 m,
com diâmetros de tronco à altura do peito que variam de 6-8 m. Foram medidas
algumas árvores especialmente altas, tendo uma delas atingido os 94,8 m de
altura. Têm sido apontados diâmetros do tronco de até 17 m, mas os dados
parecem ter sido obtidos a partir de citações pouco credíveis por estarem fora
do contexto.[10] O espécime conhecido por ter o maior diâmetro à altura do
peito é a árvore conhecida por General Grant, com 8,8 m, mas medidas
recordes de sequoias como 115 metros de altura e 18 metros de diâmetro já
foram reportadas.[11] [12] Entre 2014 e 2016 foi noticiado que teriam sido
localizados espécimes de Sequoia sempervirens com diâmetros de tronco
maiores do que todas as sequoias gigantes conhecidas, mas essa informação
não foi verificada de forma independente ou afirmado em qualquer literatura
académica.[13] Os troncos das sequoias-costeiras afilam-se em alturas mais
baixas do que os das sequoias-gigantes, que têm troncos colunares que
mantêm grandes diâmetros até maior altura.
A sequoia-gigante mais idosa que se conhece tem 3 200-3 266 anos, idade
determinada com base na dendrocronologia.[14][15] As sequoias-gigantes estão
entre os organismos vivos com maior longevidade que se conhecem na Terra.
A casca da sequoia-gigante é fibrosa, enrugada e pode ter até 90 cm de
espessura na base do tronco colunar. A seiva contém ácido tânico, composto
que fornece proteção significativa contra danos infligidos pelo fogo.[16] As folhas
são perenes, em formato de agulha, com 3-6 mm de comprimento e dispostos
em espiral nos ramos (filotaxia espiralada).
A sequoia-gigante regenera por sementes que se formam nos
típicos cones característicos das coníferas. Os cones femininos apresentam 4-
7 cm de comprimento, maturando 18–20 meses após a fecundação, embora
normalmente permaneçam verdes e fechados por períodos que podem atingir
os 20 anos. Cada cone tem de 30 a 50 escamas dispostas em espiral, com
várias sementes em cada escama, o que leva a uma média de 230 sementes
por cone. As sementes são castanho-escuras, com 4-5 mm de comprimento e
1 mm de largura, com uma asa alargada, com 1 mm de largura, com laivos
amarelo-acastanhados ao longo de cada lado. Algumas sementes são
libertadas quando as escamas do cone encolhem durante períodos de tempo
quente e seco no final do verão, mas a maioria é libertada por danos
mecânicos causados por insetos ou quando o cone seca com o calor de
um incêndio florestal. Árvores jovens começam a produzir cones após os 12
anos de idade.
Até cerca dos 20 anos de idade, as árvores podem produzir rebentos a partir
dos cepos após uma lesão, mas a partir dessa idade os rebentos não se
formam nos cepos de árvores maduras como ocorre nas sequoias-costeiras.
Sequoias-gigantes de todas as idades podem brotar do seu fuste quando os
ramos são perdidos pelo fogo ou por quebra devido a tempestade.
Uma grande árvore pode ter até 11 000 cones presentes na sua ramagem. A
produção de cones é maior na parte superior da copa. Uma sequoia-gigante
madura dispersa cerca de 300-400 mil sementes anualmente. As sementes
aladas podem voar até 180 m da árvore progenitora.
Os ramos mais baixos morrem rapidamente quando sombreados, mas as
árvores com menos de 100 anos retêm a maior parte de seus ramos mortos.
Os troncos das árvores maduras nos bosques geralmente não têm ramos até
uma altura de 20-50 m, mas as árvores solitárias retêm ramos mais baixos.
Por causa de seu tamanho, a árvore foi estudada para determinar a sua
capacidade de extrair água do solo. A água absorvida pelas raízes pode ser
empurrada apenas alguns metros por pressão osmótica, mas pode atingir
alturas extremas devido às grandes pressões negativas[17] geradas no xilema da
árvore (os túbulos de água) e a subpressão da evaporação da água nas folhas.
[18]
 As sequoias suplementam a água extraída do solo com captação de névoas,
cujas gotículas são absorvidas por raízes aéreas alimentando ramos situados
em alturas para além do nível até onde a água da raiz pode ser puxada.[19]
Distribuição
A distribuição natural da espécie S. giganteum é restrita a uma área limitada ao
oeste da Sierra Nevada da Califórnia, onde ocorre em bosques dispersos, com
um total de 68 bosques, compreendendo uma área total de apenas
144,16&nvbsp;km2. Em nenhum lugar da sua área de distribuição a espécie
ocorre em povoamentos puros, embora em algumas pequenas áreas os
povoamentos se aproximem de uma condição pura. Os dois terços do norte da
sua distribuição, do American River em Placer County ao sul até ao Kings
River, tem apenas oito bosques disjuntos. Os bosques do sul restantes estão
concentrados entre o Rio Kings e o Bosque de Deer Creek no sul de Tulare
County. Os bosques variam em tamanho de 12,4 km2, com 20 000 árvores
maduras, a pequenos bosques com apenas seis árvores vivas. Muitos são
protegidos no Sequoia National Park, no Kings Canyon National Park e
no Giant Sequoia National Monument.
A sequoia-gigante é geralmente encontrada em áreas de clima húmido,
caracterizado por verões secos e invernos nivosos. A maioria dos bosques de
sequoias-gigantes estão em solos residuais e aluviais de base granítica. A
altitude dos bosques de sequoia-gigante geralmente varia de 1400-2000 m no
norte a 1700-2150 m para o sul. As sequoias-gigantes geralmente ocorrem nas
faces voltadas para o sul das montanhas do norte e nas faces voltadas a norte
das encostas mais a sul.
Altos níveis de reprodução não são necessários para manter os atuais níveis
populacionais. Poucos bosques, no entanto, têm árvores jovens o suficiente
para manter a densidade atual de sequoias-gigantes maduras para o futuro. A
maioria dos bosques de sequoias-gigantes estão atualmente atravessando um
período de declínio gradual em densidade desde a colonização europeia.
Embora a distribuição atual desta espécie seja limitada a uma pequena área da
Califórnia, A espécie já foi muito mais amplamente distribuída nos tempos pré-
históricos e foi uma espécie razoavelmente comum nas florestas de coníferas
da América do Norte e da Eurásia até que a sua distribuição foi bastante
reduzida pela última glaciação. Espécimes fósseis mais antigos identificados de
forma confiável como sequoia-gigante foram encontrados em sedimentos da
era Cretácea em vários locais da América do Norte e da Europa, e até mesmo
em lugares distantes como a Nova Zelândia[20] e Austrália.[21]
Em 1974, um grupo de sequoias-gigantes foi plantado pelo Serviço Florestal
dos Estados Unidos nas Montanhas San Jacinto do Sul da Califórnia logo após
um incêndio florestal que deixou a paisagem árida. As sequoias-gigantes foram
redescobertas em 2008 pelo botânico Rudolf Schmid e sua filha Mena Schmidt
durante uma caminhada no Black Mountain Trail através do Hall Canyon,
constatndo que o agora designado Black Mountain Grove alberga mais de 150
sequoias-gigantes, algumas das quais com mais de 6,1 m de altura. Este
bosque não deve ser confundido com o Black Mountain Grove na região sul da
Sierra Nevada. O Lake Fulmor Grove, situado nas proximidades, alberga sete
sequoias gigantes, a maior das quais tem 20 m de altura. Os dois bosques
estão localizados a aproximadamente 282 km a sudeste do bosque de
sequoias-gigantes que ocorre naturalmente mais ao sul, conhecido por Deer
Creek Grove.[22][23]
Mais tarde, foi descoberto que o Serviço Florestal dos Estados Unidos havia
plantado sequoias-gigantes em todo o sul da Califórnia. No entanto, as
sequoias-gigantes de Black Mountain Grove e das proximidades do lago
Fulmor são as únicas que se conhece estarem a reproduzir-se propagar-se
sem intervenção humana. As condições das Montanhas San Jacinto são
similares às da Sierra Nevada, permitindo que as árvores se propaguem
naturalmente por todo o vale.[24]
Pinus longaeva
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pinus longaeva

Pinus longaeva, White Mountains, California

Classificação científica

Reino: Plantae
Divisão: Pinophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Pinales
Família: Pinaceae
Género: Pinus
Espécie: P. longaeva

Nome binomial

Pinus longaeva

O Wikispecies tem informações sobre: Pinus longaeva

Pinus longaeva é uma espécie de pinheiro originária da América do Norte. Faz


parte do grupo de espécies de pinheiros com área de distribuição
no Canadá e Estados Unidos (com exceção das àreas adjacentes à fronteira
com o México).[1] Os pinheiros Pinus longaeva são os seres vivos mais longevos
do planeta. Algumas destas árvores têm cerca de cinco mil anos.[2]
Esta espécie cresce nas White Mountains no estado americano da Califórnia.[3]
[4]
 Sua idade de 4.846 anos faz dela o ser vivo conhecido não-clone mais velho
do mundo. A árvore tem o nome de Matusalém, a figura cuja vida é a mais
longa da bíblia, chegando à idade de 969 anos.

Índice

 1Geografia
 2Status como a mais velha árvore conhecida
 3Galeria
 4Ver também
 5Referências
 6Ligações externas

Geografia
A árvore cresce na altitude de 2900-3000m no "Bosque de Matusalém"
na Ancient Bristlecone Pine Forest na Floresta Nacional Inyo. A sua localização
exata não é divulgada em favor da sua proteção contra vandalismo.[4][5]

Status como a mais velha árvore conhecida


Matusalém tinha 4,789 anos quando foi calculado (provavelmente em 1957) por
Edmund Schulman e Tom Harlan, com uma data estimada de germinação de
2833 A.C.[6] Matusalém foi durante muitos anos considerada a árvore viva mais
antiga do mundo, até 2012, quando um Pinus longaeva mais antigo foi
descoberto e depois anunciado em 2013.
As árvores mais antigas do mundo

A história das árvores mais antigas da Terra tem vários elementos impressionantes:
sobrevivência a temperaturas gélidas, ambiente seco e um cientista que matou um exemplar
de quase 5 mil anos.

A espécie Pinus longaeva cresce na região das montanhas áridas da Grande Bacia de Nevada

A espécie "Pinus longaeva" cresce na região das montanhas áridas da Grande Bacia de Nevada

Temperaturas gélidas, vento constante e solo seco: as condições parecem desfavoráveis à vida.
Mas é nesse ambiente em que vive a árvore mais antiga do mundo, atualmente com 5.067
anos de idade. Mais velha que as pirâmides do Egito, a árvore é um pinheiro da espécie Pinus
longaeva que assiste a história da humanidade passar diante de sua vista privilegiada na cadeia
das Montanhas Brancas, na Califórnia, Estados Unidos.

A localização exata e o nome do pinheiro são mantidos em segredo pelo Serviço Florestal dos
EUA para evitar atos de vandalismo. Sua irmã mais nova, segunda árvore mais antiga de que se
tem registro, tem 4.845 anos e é chamada "Matusalém”, apesar de já possuir o quíntuplo da
idade do personagem bíblico.

Com galhos retorcidos e aspecto dramático, a espécie prospera em uma região rochosa, com
altitudes superando 3 mil metros e baixa precipitação. A umidade costuma ocorrer na forma
de neve, e as temperaturas ficam constantemente abaixo de zero. Ao mesmo tempo em que
as condições são duras, elas também determinam sua sobrevivência: a falta de competição por
nutrientes com outras espécies vegetais favorece a Pinus longaeva, assim como a distância
entre os pinheiros, que evita a propagação do fogo. O segredo para a vida tão longa inclui
ainda um tipo de madeira densa, resistente a insetos, fungos, pestes e protegida por uma capa
de resina.

Esses pinheiros resistem impassíveis aos elementos naturais ao longo dos anos, mas um dos
exemplares mais antigos foi derrubado por um cientista desavisado. Na década de 60, o
geólogo Donald Currey derrubou, com autorização do Serviço Florestal, o pinheiro
"Prometeu", para depois descobrir que se tratava da árvore mais antiga já datada naquele
momento, com 4.844 anos.

Controversa, a morte da árvore indignação nos EUA e contribuiu para a criação do Parque
Nacional da Grande Bacia, que protege os pinheiros de longa duração. Cientistas apontam que
o estudo da Pinus longaeva pode servir de guia para entender melhor, a nível celular, os
motivos que a levam a viver tanto tempo. Com isso, a comunidade científica também teria
mais conhecimentos necessários para desenvolver terapias que aumentem a longevidade
humana.

Além da Pinus longaeva, a lista das árvores mais antigas do planeta conta também com um
cipreste-da-patagônia encontrado no Chile, com 3.627 anos, e uma figueira-dos-pagodes de
2.222 anos, achada no Sri Lanka.

A lista considera árvores individuais, mas outro tipo de organismo pode chegar a idades
surpreendentemente maiores por meio da clonagem, ou reprodução não sexuada. Um dos
exemplos é Pando, uma floresta de cerca de 47 mil álamos unidos por um mesmo sistema de
raízes. Individualmente, as árvores vivem cerca de 200 anos. Já o sistema de raízes, que cobre
cerca de 43 hectares, tem estimados 80 mil anos de idade. Da espécie Populus tremuloides,
Pando vive em Utah, também nos EUA.

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