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Elaboração e Desenvolvimento:
Produção/Qualidade,
Gestão em Agro-Negócio,
Associativismo/Cooperativismo
Supervisão:
SEBRAE Gurupi - TO
Coordenação:
SEBRAE Gurupi – TO
Coordenação Geral:
SEBRAE - NA
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Apresentação:
Desta forma, apresentamos a seguir, uma proposição para gestão do negócio que
tenta ser simples, prática e objetiva.
Objetivos:
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Esta proposta está estruturada em tópicos para proporcionar ao empreendedor em
primeiro lugar, uma visão geral do empreendimento, em seguida a identificação e
classificação do custo da produção, elaboração do preço de venda e a análise dos
indicadores de lucratividade, rentabilidade e retorno do investimento.
2. Canavial
3. Produção
4. Alambique
5. Indicadores
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Visão Geral do Empreendimento
Não pretendendo ser uma análise de viabilidade e tampouco um plano de negócio, esta
etapa, através de perguntas e respostas levará o empreendedor a visualizar a primeira
dimensão do seu negócio.
Eficiência : é basicamente o resultado obtido da aplicação de um recurso que pode ser humano,
financeiro ou equipamentos.
Os resultados obtidos são definidos em unidades como sejam, por exemplo, toneladas, litros, caixas e
e outros. Os recursos utilizados são definidos como sejam pessoas, máquinas, materiais e outros.
Quanto maiores forem os resultados obtidos ou menor a quantidade de recursos utilizados maior a
produtividade.
Ou seja, 40.000 dividido por 13,7% será igual a 291.971 litros de caldo.
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A seguir, você deve informar quantos
dias são disponíveis para a produção
na sua região, ou seja, quanto tempo
dura a safra, em média são
disponíveis 180 dias corridos, mas é
importante você conhecer a sua
região para que a informação seja
mais precisa.
Ou seja, 291.971 dividido por 160 será igual a 1.825 litros por dia.
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No exemplo a seguir, escolhemos apenas um alambique de 900 litros, com duas
alambiquadas por dia e assim concluímos quantos dias de produção serão necessários.
Ou seja, 291.971 litros de caldo, dividido por 900 litros dividido por 1 alambique e
dividido por 2 alambicadas/dia será igual a 162 dias de trabalho.
A eficiência da moagem, ou
seja, a quantidade de caldo
que se obtém ao moer a cana;
entre 50 e 60% é uma
eficiência aceitável do
engenho. Veja o exemplo
abaixo, pela quantidade de
caldo necessária por dia,
dividindo pela eficiência do
engenho, iremos obter a
quantidade de cana a ser
moída por dia e multiplicando
pelos dias necessários
obteremos a quantidade de
cana necessária na safra.
Ou seja, 1825 litros de caldo, dividido por 60% que é a eficiência da moagem nos
resulta na quantidade de cana necessária por dia e multiplicando por 162 dias
necessários resultam em 487 toneladas de cana.
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Pergunta importante: A
matéria prima (cana) de
um produtor independente
ou produzir a própria
matéria prima, ou seja, ter
o canavial próprio
Para uma avaliação inicial temos como base a informação do IBGE-2009 sobre a
produtividade em várias regiões do Brasil, de acordo com a tabela a seguir:
Com base na tabela acima, ou numa informação mais precisa se você detiver, e com a
informação anterior da quantidade de cana necessária por ano; divida a quantidade de
cana necessária por ano pela produtividade do canavial e obterá a área necessária do
plantio, conforme o exemplo abaixo:
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Neste primeiro contato reforçamos a necessidade de se conhecer e avaliar os
indicadores de eficiência e produtividade para se construir o primeiro esboço do
negócio.
Quanto mais informações você obtiver antes de iniciar o negócio ou investir, maior será
a possibilidade de se tornar um empreendimento de sucesso.
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Canavial
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O passo seguinte refere-se à mão de obra empregada que aqui iremos separar em fixa
e temporária. A mão de obra fixa é aquela do funcionário da propriedade que muitas
vezes executa diversas atividades, não sendo exclusivo do canavial, neste caso, basta
utilizar o bom senso para determinar quanto do seu salário é empregado no canavial.
O valor da mão de obra fixa deverá incluir também o valor estimado da dedicação do
empreendedor ao canavial, utilizando o bom senso e a proporcionalidade.
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A seguir, iremos totalizar por mês, e consequentemente obteremos o total anual,
conforme ilustração:
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Agora, temos o custo total do canavial, se dividirmos esse valor pela produção total,
que obtivemos multiplicando os hectares plantados pela produtividade da nossa terra,
obteremos o custo da produção da cana em R$/tonelada. Com esse valor poderemos
comparar com o valor que o mercado oferece a tonelada de cana e assim, avaliarmos o
nosso custo de produção, veja o exemplo a seguir:
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Indicadores da Produção
Produção de cachaça por mês: é a quantidade de cachaça obtida por dia multiplicado
pelos dias de trabalho no mês.
A seção de moagem deve ser aberta, com piso resistente e impermeável, que permita
uma boa lavagem. Como o volume de cana a ser moído é calculado a partir da
produção diária, a seção de moagem deve prever áreas para estocagem, manuseio de
matéria-prima, moenda, operação, filtração e decantação do caldo de cana. A eficiência
da extração situa-se em torno de 60%, a eficiência da extração reflete-se diretamente
sobre o volume de cachaça produzido.
a. Cabeça - com 5% a 10% do destilado total contém a maior parte do etanol e parte
dos aldeídos e álcoois superiores;
c. Cauda ou Água Fraca - corresponde aos cerca de 10% a 15% finais do destilado
total. Contêm ácidos voláteis e parte dos álcoois superiores, entre outros.
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Em alambiques simples, o destilado de coração, fração de melhor qualidade, deverá
apresentar o teor alcoólico em torno de 45º a 50º GL. O destilado de cabeça, obtido na
fase inicial da destilação, é mais rico em substâncias voláteis que o etanol e pode
atingir graduação alcoólica entre 65º e 70º GL. Por sua vez, o destilado de cauda, ou
água fraca, obtido no final da destilação, apresenta teor alcoólico abaixo de 38º GL e é
rico em produtos indesejáveis, tais como furfural, ácido acético, álcoois superiores e
outros. Os destilados de cabeça e de cauda comprometem o sabor da cachaça e
prejudicam a saúde do consumidor quando incorporados à bebida.
Os custos fixos mensais, são aqueles que ocorrem no empreendimento e não variam
proporcionalmente ao volume da produção, veja o exemplo a seguir:
No nosso caso, separamos a matéria prima para vincular na planilha com o volume de
produção pretendido e o custo da produção da cana, veja a seguir:
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O custo da matéria prima é obtido, com o volume de cana a ser processado por dia
multiplicado pelo numero de dias trabalhados no mês e dividido por 1000, para
transformação em toneladas e em seguida multiplicado pelo valor da tonelada de cana,
obtida na planilha de custo do canavial.
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Cálculo do Preço de Venda
Cf unitário + Cv unitário
PV=
O Custo fixo unitário, por exemplo, é obtido dividindo o custo fixo mensal pela produção
mensal de cachaça multiplicado pelo volume a ser envasilhado; o custo variável
unitário é obtido dividindo o custo mensal da matéria prima pela produção mensal de
cachaça e multiplicado pelo volume a ser envasilhado; mais o custo de embalagem,
tampa, lacre e rótulo. No caso de embalagem secundária, caixa com 6 ou 12 unidades,
faz-se o cálculo proporcional para cada garrafa, se for o caso.
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Uma observação precisa ser feita: Neste caso criamos uma situação chamada de
“Reserva Entre safra”, que é uma provisão para ser utilizada para cobrir os custos fixos
no período que não existe a matéria prima, observe o exemplo a seguir:
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Análise dos Indicadores
Para o cálculo do Lucro Anual, devemos pegar a Receita Anual e multiplicar pelo Lucro
obtido.
Para o cálculo da Lucratividade devemos pegar o Lucro Anual e dividir pela Receita
Anual e multiplicar por 100, para obtermos o valor em porcentagem.
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Oferecemos a seguir a planilha completa e no conjunto dos anexos uma planilha em
branco para ser preenchida.
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Conclusão:
Referências Bibliográficas:
CLEMENTE, A.C. et.al. – Micro destilaria: Viabilidade Econômica. Rio de Janeiro, 1982.
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ANEXOS
1. Visão do Empreendimento
2. Canavial
3. Produção
4. Alambique
5. Indicadores
6. Moagem
7. Produção e Qualidade
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