ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

ÉTICA PROFISSIONAL

PROF DANIELA GONZALEZ

ALUNA KÁTIA RABELO

1 – O que é para você um psicólogo ético?

Para mim, ser ético vai muito além do que está escrito no código de ética. Nós
enquanto profissionais já trazemos conosco, construções e experiências próprias
que não podem ser separados do nosso fazer profissional, logo, acredito que a ética
se inicia na educação do ser humano que um dia será um profissional, se sou um
ser humano que preza a ética, possivelmente prezarei a ética no meu trabalho.
Prezar a ética para mim enquanto profissional, é embasar meu trabalho no respeito,
no cuidado, na saúde do próximo, promovendo a liberdade, a integridade e a
igualdade do ser humano.

2 – Ao fazer a avaliação de um teste o psicólogo pode colocar em risco a

segurança do avaliado e da coletividade. A partir dessa afirmação, explique
através de nossas aulas, quais são os princípios para uma boa avaliação.

 A Avaliação Psicológica é um processo e deve ser encarada como tal,

portanto o profissional deve considerar a possibilidade das observações e
dinâmicas, entrevistas, e testes diversos (projetivos, gráficos e
psicométricos), dando atenção ao contexto no qual o sujeito está inserido.
 Inicialmente para uma boa avaliação psicológica é necessário que o
profissional se capacite frequentemente, buscando cursos, novas técnicas,
especializações e outras formas de pensar a avaliação psicológica no
contexto histórico da época vigente.
 O profissional deve compreender a demanda da avaliação e escolher os
instrumentos para tal. É necessário conhecer bem os instrumentos
utilizados para que possa aplicá-los corretamente, sendo estes
apropriados para o objetivo da avaliação, se atentando à fidedignidade do
teste, sua validade, sua padronização. É necessário também considerar as
características específicas do sujeito, por exemplo, se usarei um
palográfico, preciso compreender se não há no grupo nenhum avaliado
que apresente dificuldades em fazê-lo, como por exemplo, síndrome do
 carpo. Se houver, para esse avaliado devo lançar mão de outro teste. É
indispensável seguir sempre as orientações do manual do teste.
 A avaliação também requer um ambiente propício para tal, portanto o
profissional deve verificar se o ambiente físico possui as condições
necessárias, como luz adequada, mesa e cadeira em bom estado,
ambiente calmo e silencioso na medida do possível, etc.;
 O avaliado deve ser informado sobre os procedimentos aos quais ele será
submetido.
 Para uma boa avaliação, o profissional precisa desenvolver um
relacionamento de confiança com o examinando; por isso, dinâmicas
introdutórias são bem vindas, para um “quebra gelo”, como por exemplo, o
repport inicial, entre outros. Observar também se o avaliado se encontra
em bom estado físico, psíquico, para realizar a avaliação, como por
exemplo, se necessita de utilização de óculos e se está com ele em mãos,
se dormiu bem, se não sente nenhuma dor ou desconforto, caso
necessário e possível para o avaliado, remarcar a avaliação.
 Na coleta dos dados das informações é imprescindível a observação, se
atentando ao comportamento do examinando durante a avaliação, por isso
o profissional não deve se ausentar e nem desviar a atenção. Portanto, as
correções dos testes em meio ao procedimento não são recomendadas,
pois desviam a atenção do profissional e podem gerar erros na correção
dos testes, ambos comprometendo os resultados.
 Realizar a integração dos dados e interpretação dos resultados com
atenção para posteriormente dar a devolutiva para o avaliado,
encaminhando se necessário o sujeito para tratamentos condizentes com
seus quadros e contextos.
 Na devolução é importante elaborar o relatório de maneira clara,
abrangendo o indivíduo em todos os seus aspectos e utilizar uma
linguagem adequada ao destinatário.
 Obviamente guardar sigilo das informações obtidas e das conclusões
elaboradas, disponibilizando-as apenas a quem é de direito e preservar a
identidade do analisado;
 Arquivar todo o material por cinco anos.