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GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

PROTEÇÕES UTILIZADAS PARA MANTER


INTEGRIDADE DA PELE

Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência


em hospitais, é o aparecimento de alterações na pele. Isso é ainda mais
prevalente quanto maior a combinação de fatores de riscos presentes,
dentre eles, idade avançada e restrição ao leito. A manutenção da
integridade da pele dos pacientes internados tem por base, o
conhecimento de que as medidas de cuidado relativamente simples
podem garantir com que a pele do pa ciente se mantenha integra durante
seu período de internação sendo que, a maioria das recomendações para
avaliação e medidas preventivas, pode ser utilizada de maneira
universal, ou seja, tem validade tanto para lesão por pressão (LP) como para quaisquer outras alterações na pele.
Diferentemente de boa parte das alterações da pele, a LP tem sido alvo de grande preocupação para os serviços de saúde,
pois a sua ocorrência causa impacto tanto para os pacientes como para suas famílias e para o próprio sistema de saúde com
prolongamento de internações, riscos de infecção e outros agravos evitáveis. As recomendações para a prevenção devem ser
aplicadas a todos os indivíduos vulneráveis em todos os grupos etários. As intervenções devem ser adotadas por todos os
profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes e de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de desenvolver lesões
por pressão e que se encontrem em ambiente hospitalar, em cuidados continuados, em lares, independentemente de seu
diagnóstico ou das necessidades de cuidados de saúde.

ESCALA DE BRADEN

A escala de Braden foi criada para avaliar o risco que um paciente possui de desenvolver a lesão por pressão. Essa escala
avalia seis itens no paciente, e cada item recebe uma pontuação, de acordo com a situação avaliada.
Atribui-se a cada item da tabela, o valor que melhor caracteriza o estado do paciente. Após a classificação, soma-se os valores
de cada item (1, 2, 3 ou 4), e essa soma poderá ser, no mínimo 6 (altíssimo risco) ou 23 (sem risco). Os níveis de risco avaliados
são: (FERNANDES; CALIRI, 2008, p. 2).
Curativos a base de silicone: composto por camada de silicone autoaderente,
atraumático, recortável e flexível. Indicado para uma ampla variedade de
feridas. É altamente a daptável, previne lesão por fricção, possui boa absorção
do exsudado e promove a proteção da pele.

Curativo de hidrocolóide extra fino: composto por uma camada interna


auto adesiva, hipoalergênico, estéril, constituído de carboximetilcelulose
sódica, permeável a vapores úmidos e oxigênio e impermeável a líquidos
e microrganismos, embalagem individual. A camada externa é permeável
a gases e vapores de água, porém funciona como barreira oclusiva perante
líquidos e microrganismos ao mesmo tempo que proporciona uma
barreira mecânica a ferida.

Filme transparente:
curativo oclusivo,
transparente, adesivo, de poliuretano, permeável a vapores úmidos e oxigênio e
impermeável a líquidos e microrganismos, hipoalergênico, estéril, embalagem
individual. O produto é a prova d'água e impermeável a líquidos, bactérias e
vírus. Um curativo que permite que o usuário
utilize conforme a necessidade. Usado para
proteção da pele sob risco e pele íntegra.

Protetor cutâneo em spray: consiste em uma película transparente protetora à base de silicone.
Composto por disiloxane e acrilato crosspolímero. Produto estéril e com excelente
permeabilidade ao oxigênio. Não contém álcool, portanto não provoca nenhuma sensação de
ardor ou desconforto na pele. Indicado para utilização em pele intacta ou lesionada; proteção para a pele sensível e fragilizada;
indicado para aplicação debaixo de curativos adesivos, favore cendo a cicatrização; melhora a aderência dos curativos, fita e
placas.

MEDIDAS GERAIS DE CUIDADO COM A PELE

- Com a limpeza da pele há uma tendência de redução da camada protetora de lipídios e de estímulo a perda de água, por
conseguinte toda pele higienizada precisa ser hidratada. O PH da pele é ligeiramente ácido, sendo assim, deve-se escolher
sabonetes líquidos que possuem um pH mais próximo. - - De preferência a utilizar produtos com menos perfume e cor.
- Devemos observar as condições da pele das regiões inguinal, perianal e perineal durante a higienização, esses pacientes ao
urinar ou evacuar devem ser trocados imediatamente para prevenir o aparecimento de lesões e também para evitar desconforto
nos casos de lesões já instaladas, as dermatites por umidade são muito dolorosas e incômodas.
- A existência de umidade, por fezes ou urina, aumenta o risco de LP, a saturação da fralda indica que há necessidade de troca.
Não devemos nunca deixar o paciente com duas ou mais fraldas.
- Para a higienização da pele devemos utilizar tecidos macios e usar o mínimo possível de fricção, para não diminuir proteção
natural da pele e aumentar o risco de lesões.

REFERENCIAS:

ARAÚJO, Elizandra Cássia de; OLIVEIRA, Viviane Tannuri Ferreira; FALCÃO, Lima. Aplicabilidade do protocolo de prevenção de
úlcera de pressão em unidade de terapia intensiva. Rev bras ter intensiva, v. 22, n. 2, p. 175-185, 2010.

FERNANDES, Luciana Magnani; BRAZ, Elizabeth. A utilização do óleo de girassol na prevenção de úlceras de pressão em pacientes
críticos. Nursing (São Paulo), v. 5, n. 44, p. 29-34, 2002.

ASSIS G, BORGES L. Prevenção de Lesão por Pressão. Universidade Federal do Paraná Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
Complexo Hospital de Clínicas – Curitiba, 2018.

ACADEMICA DE ENFERMAGEM
CATIA RIBEIRO DA SILVA ALVES
DATA: 23/09/2021

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