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• Hepatite B • Sarampo
• Caxumba
• Poliomielite • Rubéola
Doenças Imunopreveníveis • Difteria • Varicela
• Coqueluche • Meningite Hib e C
• Febre amarela • Pneumonia (pneumococo)
• HPV • Rotavírus
• Hepatite A
Doença Agente etiológico Imunização Composição Doença Agente etiológico Imunização Composição
Varicela vírus RNA, o Varicella- Tetraviral (15 vírus vivo atenuado, proveniente da
zoster, da família meses), cepa Oka
Herpetoviridae. 4 anos
Pneumonia Streptococcus polissacarídeos capsulares bacterianos
Pneumoniae purificados do Streptococcus
(Pneumococo) pneumoniae (pneumococo), com 10
sorotipos de pneumococo (1, 4, 5, 6B,
7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F).
Ciclos
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos)
são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são
mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros
Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse
ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas
de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância
epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes
aegypti) infectados.
Vetores/reservatórios e hospedeiros O hospedeiro é um organismo que abriga outro em seu interior
ou o carrega sobre si, pode ser definitivo ou intermediário.
O principal vetor e reservatório da FAS no Brasil é o mosquito do gênero Reservatório ou agente é qualquer ser vivo ou matéria
Haemagogus janthinomys; inanimada onde vive e se multiplica um agente infeccioso, do
qual depende para sobreviver, reproduz-se de tal maneira que
Os hospedeiros naturais são os primatas não humanos (macacos). possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível.
O homem não imunizado entra nesse ciclo acidentalmente.
Hospedeiro – Macaco e homem
Na FAU, o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório e o
homem, o único hospedeiro de importância epidemiológica. Último caso Reservatório- Mosquitos
no Brasil em 1942. Vacina começou em 1937.
Modo de transmissão
Caso confirmado
Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes A notificação deve ser registrada por meio do preenchimento da
condições: Ficha de Investigação de Febre Amarela, do Sistema de
• Isolamento do vírus da FA. Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
• Detecção do genoma viral.
• Detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA
em indivíduos não vacinados ou com aumento de quatro vezes ou
mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da
hemaglutinação (IH), em amostras pareadas.
• Achados histopatológicos com lesões nos tecidos compatíveis com
FA.
Diagnóstico Imunização
Amostra de sangue, soro e vísceras (fígado, rim, baço, coração e pulmão).
Ampliar a cobertura
Exames específicos: Vacina em viajantes: 10 dias antes da viagem para primovacinados
• Sorologia IgM + dados clínicos 1 doses no indivíduo considera vacinado.
• Pesquisa de vírus em cultura de células, na fase inicial da doença para Calendário vacinal: 9 meses.
detecção de isolamento viral ( sangue/soro ou de vísceras) ou detecção Não administrar junto com a tríplice viral (intervalo de 30 dias).
de genoma do vírus (PCR). Vacina: confere proteção próxima a 100% .
• Exame histopatológico fígado- lesões sugestiva de febre amarela
(necrose).
Eventos adversos da vacina
Controle de vetores
Locais
Mecânico: impede a procriação do vetor
Sistêmicas: Febre, cefaleia, mialgia, anafilaxia, doenças neurológicas
aguda (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do Biológico: agentes biológicos para controlar as larvas do Aedes
SNC e SNP), doença viscerotrópica aguda (infecção multi-sistêmica (Bacillus thuringiensis israelenses Bti, bactéria com poder
generalizada, semelhante às formas graves da doença). larvicida.
Controle de vetores
Químico: uso de inseticidas químicos para controle de larvas e mosquito
adulto.
Questões
Febre Amarela
Hoje é utilizado: Pyriproxyfen para o controle larvário, o Malathion e o
Bendiocarb para o controle de mosquitos adultos.
Caso humano suspeito: Caso descartado
“Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que se
acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou comprove que as amostras foram coletadas e transportadas
precedente de área de risco para febre amarela ou de locais com adequadamente; ou caso suspeito com diagnóstico confirmado de outra
ocorrência de epizootias em primatas não humanos ou isolamento de doença.
vírus vetores nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou
com estado vacinal ignorado”.
Caso confirmado
Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes A notificação deve ser registrada por meio do preenchimento da
condições: Ficha de Investigação de Febre Amarela, do Sistema de
• Isolamento do vírus da FA. Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
• Detecção do genoma viral.
• Detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA
em indivíduos não vacinados ou com aumento de quatro vezes ou
mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da
hemaglutinação (IH), em amostras pareadas.
• Achados histopatológicos com lesões nos tecidos compatíveis com
FA.
Diagnóstico Imunização
Amostra de sangue, soro e vísceras (fígado, rim, baço, coração e pulmão).
Ampliar a cobertura
Exames específicos: Vacina em viajantes: 10 dias antes da viagem para primovacinados
• Sorologia IgM + dados clínicos 1 doses no indivíduo considera vacinado.
• Pesquisa de vírus em cultura de células, na fase inicial da doença para Calendário vacinal: 9 meses.
detecção de isolamento viral ( sangue/soro ou de vísceras) ou detecção Não administrar junto com a tríplice viral (intervalo de 30 dias).
de genoma do vírus (PCR). Vacina: confere proteção próxima a 100% .
• Exame histopatológico fígado- lesões sugestiva de febre amarela
(necrose).
Eventos adversos da vacina
Controle de vetores
Locais
Mecânico: impede a procriação do vetor
Sistêmicas: Febre, cefaleia, mialgia, anafilaxia, doenças neurológicas
aguda (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do Biológico: agentes biológicos para controlar as larvas do Aedes
SNC e SNP), doença viscerotrópica aguda (infecção multi-sistêmica (Bacillus thuringiensis israelenses Bti, bactéria com poder
generalizada, semelhante às formas graves da doença). larvicida.
Controle de vetores
Químico: uso de inseticidas químicos para controle de larvas e mosquito
adulto.
Questões
Febre Amarela
Hoje é utilizado: Pyriproxyfen para o controle larvário, o Malathion e o
Bendiocarb para o controle de mosquitos adultos.
1. (Serctam 2016) Em relação à febre amarela, é INCORRETO afirmar.
a) É uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por
vetores.
Questões
b) A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização
Febre Amarela permanente contra a febre amarela.
c) No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é,
principalmente, o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a
transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da
dengue).
d) Ainda não existe vacina para prevenção e controle da doença.
Letra D
2. (IF-SP 2016)Pedro, após uma viagem à Libéria, começou a apresentar 3. (FAFIPA 2014) O Regulamento Sanitário Internacional (RSI, 2005)
os seguintes sintomas: febre, calafrios e cefaleia, seguidos de náusea e permite que os países exijam o certificado internacional de
vômito. Posteriormente a esse estágio, ele apresentou um quadro de Vacinação e Profilaxia (CIVP) para a entrada de estrangeiros em seu
icterícia. Após exames laboratoriais constatou-se que se tratava de uma território. O Brasil não exige esse documento, mas recomenda
doença viral. Com base nessas informações, qual o possível diagnóstico vacinação de todas as pessoas que vivem ou se dirigem para as
dado? áreas em que há recomendação de vacinação de rotina contra
a) Ebola
a) a dengue.
b) Febre amarela.
Letra B b) a varicela. Letra D
c) Leptospirose.
c) o tétano.
d) Amarelão.
e) Malária. d) a febre Amarela.
8. (UERR 2018) A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa, transmitida por
algumas espécies de mosquito e que apresenta como agente etiológico um vírus do gênero
Flavivirus, família Flaviviridae. De acordo com o Ministério da Saúde, no período de 1º de D A principal forma de prevenção da febre amarela é a
julho de 2017 a 23 de janeiro de 2018, o Brasil registrou 130 casos de febre amarela e, vacinação, administrada em uma dose única.
desse número, 53 pessoas morreram. Com relação a febre amarela no Brasil assinale a
alternativa incorreta:
A A febre amarela pode ser classificada em febre amarela urbana e febre amarela silvestre. E No ciclo da febre amarela urbana o Aedes Agegypti atua como
B Ficou comprovado por pesquisadores do Ministério da Saúde que os macacos são os vetor, e o único hospedeiro é o homem.
principais transmissores da febre amarela urbana, desta forma justifica-se a disseminação
da espécie encontrada nas cidades brasileiras.
C A transmissão da febre amarela silvestre ocorre normalmente quando o homem entra
em regiões de mata e é picado por mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes,
principais vetores da doença.
Letra B
9. (FCC TRT 15 2018)Um colaborador que apresenta febre aguda, não vacinado, 10. (CESPE STJ 2018) Julgue o seguinte item acerca da administração
viajou, nos últimos 15 dias, para um local onde foram diagnosticados vários casos
de febre amarela com ocorrência em humanos. Diante da suspeita de febre de vacinas que constam do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
amarela, deve-se orientar a população que É atualmente recomendado que a imunização contra febre amarela
A o período de incubação varia de 7 a 15 dias, após a picada do mosquito macho seja feita a partir dos nove meses de idade e em dose única.
ou fêmea infectado.
B o principal vetor e reservatório da febre amarela urbana no Brasil é o mosquito
do genero Haemagogus janthinomys.
CERTO
C os primatas não humanos são os hospedeiros naturais da febre amarela urbana.
D o homem é considerado o único hospedeiro de importância epidemiológica na
febre amarela urbana.
E o risco de reurbanização da doença deve ser eliminado por meio do controle do
mosquito Haemagogus janthinomys.
Letra D
Foco na Aprovação!!
Obrigada!
Tétano
Acidental
Fernanda Barboza
Pneumonia,
Asfixia por
Infecção Sepse
obstrução alta
urinária
Insuficiência Fratura de
respiratória vértebras e de
baixa costelas
Diagnóstico Tratamento
É essencialmente clínico e não depende de confirmação laboratorial.
Os exames laboratoriais auxiliam no tratamento do paciente e no
A hospitalização deverá ser imediata, preferencialmente em
controle das complicações. (UTI).
O hemograma habitualmente é normal, exceto quando há infecção Quarto individual, com mínimo de ruído, de luminosidade, e
secundária associada. As transaminases e a ureia podem se elevar temperatura estável e agradável.
nas formas graves. Nos casos de insuficiência respiratória, é
importante realizar gasometria e dosagem de eletrólitos. As
radiografias de tórax e da coluna vertebral devem ser realizadas para
o diagnóstico de infecções pulmonares e fraturas de vértebras. As Por não se tratar de uma doença contagiosa, devem ser
culturas de sangue, de secreções e de urina são indicadas apenas nos adotadas apenas medidas de precaução padrão.
casos de infecção secundária.
Imunização Notificação
Até 7 anos- DTP Compulsória
Imediata, na SMS.
➢ > 7anos dT
➢ Intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias) Preenchimento da Ficha de Investigação do Tétano.
➢ Gestante- qualquer idade gestacional- dT ou dTpa (20ª A investigação deve ser feita imediatamente (nas primeiras 72 horas) após a
semanas) notificação de um caso suspeito ou confirmado. Não se deve restringir ao
âmbito hospitalar: convém buscar informações complementares no
domicílio, com familiares, preferencialmente com a mãe do recém-nascido.
Letra B
Período de transmissibilidade
Sarampo
Inicia-se de 4 a 6 dias antes do exantema e dura até 4 dias após seu
Agente etiológico: RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família
aparecimento.
Paramyxoviridae.
O período de maior transmissibilidade ocorre entre os 2 dias antes e os 2
dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.
Reservatório: O homem.
Período toxêmico - a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é Remissão- caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da
facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge
São frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea.
de idade, especialmente as desnutridas e os adultos jovens.
É durante o exantema que, geralmente, se instalam as complicações
sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20º dia.
Complicações
Epidemiologia Epidemiologia
O sarampo é uma das principais causas de morbimortalidade entre É uma doença com distribuição universal, com variação sazonal. Nos
crianças menores de 5 anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que climas temperados, observa-se aumento da incidência no período
vivem nos países em desenvolvimento. compreendido entre o final do inverno e o início da primavera. Nos climas
tropicais, a transmissão parece aumentar depois da estação chuvosa.
O comportamento endêmico-epidêmico do sarampo varia de um local
para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade
e a suscetibilidade da população, bem como da circulação do vírus na
área.
1. (CESGRANRIO 2012) Através do Programa Nacional de Imunizações 2. (FCC 2012) De acordo com o Ministério da Saúde (2010), o sarampo é
do Ministério da Saúde, conseguiram-se eliminar algumas doenças uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e
infectocontagiosas do país. Qual doença deixou de ter casos extremamente contagiosa. Dentre as ações de prevenção e controle do
autóctones registrados a partir do ano 2000? sarampo, estão a
a) Difteria a) vacinação, a investigação precoce dos casos para evitar complicações e a
b) Filariose redução da carga viral pela quimioprofilaxia.
c) Poliomielite Letra D
d) Sarampo b) educação em saúde, o controle sanitário animal e a inspeção sanitária
e) Tétano de produtos.
c) vacinação, a investigação epidemiológica e o isolamento de casos.
Letra C
Tuberculose
Situação atual da TB
Tuberculose
Doença reemergente: incidência alta no sec. XIX, redução no séc. XX e
auemnto dos casos na década de 1980 (HIV). Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium
2015 a OMS propôs acabar com a TB até 2035. tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora
Aumento de novidades no diagnóstico e tratamento da TB. possa acometer outros órgãos e sistemas.
Determinantes sociais e a Intersetorialidade da TB.
Alta relação com as condições de vida da população.
Agente etiológico
Modo de transmissão
A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que
integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M.
bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. A tuberculose (pulmonar e laríngea) é uma doença de transmissão aérea:
Entretanto, do ponto de vista sanitário, a espécie mais importante é a M. ocorre a partir da inalação de aerossóis, produzidos pela tosse, espirro ou
tuberculosis.
fala de doentes com tuberculose de vias aéreas (tuberculose pulmonar ou
laríngea). Somente pessoas com tuberculose ativa transmitem a doença.
O M. tuberculosis (também conhecido como bacilo de Koch) é um bacilo
álcool-ácido resistente (BAAR), fino, ligeiramente encurvado, que possui
de 1 a 4 micra de comprimento.
Crianças com TB pulmonar, em geral, têm baciloscopia negativa e, por isso,
É parasita intracelular aeróbio. Não produz toxinas conhecidas. Sua pouca importância na cadeia de transmissão da doença.
multiplicação é lenta e apresenta inúmeros antígenos em sua superfície.
Transmissão
O termo “bacilífero”
Via respiratória (inalação de aerossóis) produzidos pela tosse, fala
ou espirro de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou
Refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea que tem
laríngea.
baciloscopia positiva no escarro. Esses casos têm maior
As gotículas exaladas (gotículas de Pflüger) rapidamente se tornam
capacidade de transmissão, entretanto pessoas com outros secas e transformam-se em partículas menores (<5-10 μm de
exames bacteriológicos como cultura e/ou Teste Rápido diâmetro). Essas partículas menores (núcleos de Wells), contendo um
Molecular da Tuberculose (TRM-TB ) positivos também podem a dois bacilos, podem manter-se em suspensão no ar por muitas
transmitir. horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem se
multiplicar e provocar a chamada primo-infecção.
Fator de proteção
Suscetibilidade e Imunidade
• Incidência de luz solar;
• Ventilação; e A suscetibilidade à infecção é praticamente universal. Contudo, nem todos
• Higiene dos ambientes os expostos se infectam.
Epidemiologia
A incidência observada é maior em áreas de grande concentração 1993 OMS declarou preocupação mundial e lançou o DOTS
populacional e precárias condições socioeconômicas e sanitárias. (tratamento diretamente observado).
Tendência no Brasil de queda da incidência. 2014 “Estratégia global e metas para prevenção, atenção e controle
da tuberculose pós-2015”
Pilares norteadores
atenção ao
paciente
pesquisa e Componente
inovação social
Objetivos Prevenção
5. Fomentar ações para garantir a realização das atividades de cuidado e
prevenção da doença com recursos adequados (humanos, infraestrutura e
A vacina BCG utilizada no Brasil é preparada com bacilos vivos atenuados e
financeiros).
apresenta eficácia em torno de 75% contra as formas miliar e meníngea da
TB.
6. Fortalecer a participação da sociedade civil nas estratégias de enfrentamento
da doença.
A vacina BCG é feita ao nascer e é prioritariamente indicada para crianças
7. Melhorar a qualidade dos sistemas informatizados de registro de casos para de 0 a 4 anos de idade
tomada de decisão mais oportuna.
Prevenção Prevenção
Busca ativa de sintomáticos respiratórios
Todos os ingressos do sistema prisional devem ser investigados para
Atividade com objetivo de identificar precocemente pessoas com tosse
tuberculose.
por tempo igual ou superior a 3 semanas – sintomático respiratório –,
visando identificar precocemente os casos, iniciar o tratamento
Portadores do HIV são mais vulneráveis à tuberculose, sendo essa a oportunamente e assim quebrar a cadeia de transmissão.
principal causa associada definida de óbito entre as doenças infecciosas
nesse grupo.
A busca de sintomático respiratório deve ser realizada permanentemente
por todos os serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário).
Prevenção secundária 1. ( FAPEC 2013) Qual a vacina utilizada na prevenção de tuberculose?
a) Tetra valente
• Diagnóstico precoce; b) Pólio
• Tratamento precoce;
c) BCG
• Acompanhamento dos casos com TDO; Letra C
d) Tríplice bacteriana
• O TDO consiste na observação diária da ingestão dos
medicamentos antituberculose por um profissional capacitado da
equipe de saúde, por, no mínimo, 3 observações semanais do
início ao fim (24 ingestões observadas na fase intensiva e 48 na
fase de manutenção);
• Visita domiciliar e busca de faltosos;
• Vigilância e isolamento respiratório no ambiente hospitalar;
2. (CESPE 2015) Acerca do Programa de Prevenção e Controle da 3. (FUNRIO 2016) Diagnosticar e tratar correta e prontamente os casos de TB
Tuberculose, julgue o item subsequente. pulmonar são as principais medidas para o controle da doença. Assim é
preciso que todos os profissionais de saúde tenham clareza dos mecanismos
O controle da tuberculose deve envolver, predominantemente, ações de de transmissão e prevenção. Sobre estes, indique a alternativa ERRADA.
alta complexidade, devido ao número crescente de casos dessa doença em a) A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente todos os
pacientes acometidos pelo vírus HIV. casos.
b) Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é
Errada positiva, são a principal fonte de infecção.
c) A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de partículas
contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com
tuberculose ativa de vias respiratórias.
d) A busca ativa do Sintomático Respiratório deve ser realizada DSS que contribuem na manutenção e propagação da doença
permanentemente por todos os serviços de saúde (níveis primário, secundário
e terciário). • Urbanização crescente e desordenada;
• Desigualdade na distribuição de renda;
e) As formas exclusivamente extrapulmonares transmitem a doença. • Moradias precárias e superlotação;
• Insegurança alimentar;
• Baixa escolaridade;
• Dificuldade de acesso aos serviços e bens públicos
Letra E
Diagnóstico
Diagnóstico Clínico
Pulmonar (primária pós-primária (ou secundária) e a miliar: tosse
persistente seca ou produtiva, febre vespertina, sudorese noturna e
emagrecimento, podem ocorrer em qualquer das três apresentações.
primeiro contato do
Primária indivíduo com o bacilo, TB pulmonar primária: manifestações clínicas podem ser
comum em criança.
insidiosas, com o paciente apresentando-se irritadiço, com febre
baixa, sudorese noturna e inapetência. Nem sempre a tosse está
Adolescente e adulto
presente. O exame físico pode ser inexpressivo.
TB pulmonar Secundária
jovem
Aspecto radiológico
pulmonar específico.
Miliar Forma grave. Comum em
imunocomprometidos
TB pulmonar pós-primária ou secundária: característica principal a tosse seca TB miliar: clínica pode ser aguda ou subaguda, com maior frequência em
ou produtiva. Nos casos em que a tosse é produtiva, a expectoração pode ser
purulenta ou mucoide, com ou sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, crianças e em adultos jovens.
não costuma ultrapassar os 38,5 oC.
A sudorese noturna e a anorexia são comuns.
Os sintomas como febre, astenia, emagrecimento e tosse ocorrem em 80%
O exame físico geralmente mostra fácies de doença crônica e emagrecimento,
dos casos.
embora indivíduos com bom estado geral e sem perda do apetite também
possam ter TB pulmonar.
O exame físico pode mostrar hepatomegalia (35% dos casos), alterações
A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo
anfórico ou mesmo ser normal. eritemato-máculo-pápulo-vesiculosas (incomum).
TB Extrapulmonares
TB pleural: mais comum em pessoa sem HIV. Cursa com dor torácica pleurítica. Tríade:
astenia, emagrecimento e anorexia ocorre em 70% dos pacientes, e febre com tosse
seca, em 60%. Níveis elevados de adenosina deaminase (ADA) no líquido pleural têm
sido aceitos como critério diagnóstico de TB. A cultura para TB do escarro induzido é
positiva em até 50% dos pacientes, mesmo sem outra alteração visível na radiografia
de tórax além do derrame pleural.
• Recomenda-se utilizar a isoniazida (H) por três meses e, após esse período,
FERNANDA BARBOZA faz-se a prova tuberculínica (PT). Se o resultado da PT for ≥ 5mm, a H deve
ser mantida por mais três meses, completando seis meses de tratamento,
e o RN não deverá ser vacinado para BCG, uma vez que já apresenta
resposta imune ao bacilo da tuberculose (WHO, 2014).
Tratamento Tratamento
Cura Em geral, após duas a três semanas de tratamento com esquema
Acolhimento antiTB que contenha fármacos com atividade bactericida
Humanização precoce, ocorre significativa diminuição da capacidade de
Análise de vulnerabilidade transmissão de bacilos pelos indivíduos doentes.
O bacilo é dependente de oxigênio para o seu metabolismo e Os medicamentos com maior atividade bactericida precoce são a
tem seu comportamento modulado pela concentração do gás no isoniazida, estreptomicina e rifampicina.
ambiente em que ele se encontra.
Tratamento
Adultos e adolescentes: comprimidos em doses fixas combinadas
com a apresentação tipo 4 em 1 (RHZE) ou 2 em 1 (RH).
1 Caso novo ou virgem de tratamento (VT): paciente nunca submetido ao Esquema Básico para o tratamento de adultos e adolescentes (≥
tratamento antiTB ou realização de tratamento por menos de 30 dias.
2 Retratamento: paciente que já fez o tratamento antiTB por mais de 30 dias 10 anos de idade): 2RHZE/4RH
e que necessite de novo tratamento após abandono ou por recidiva (após a
cura ou tratamento completo).
3 Recomendado TDO compartilhado com a Atenção Primária. Indicações: Casos novos de tuberculose ou retratamento
4 Falência terapêutica: paciente que apresenta persistência de baciloscopia (recidiva e reingresso após abandono que apresentem doença
de escarro positiva ao final do tratamento; paciente que inicialmente
apresentava baciloscopia fortemente positiva (++ ou +++) e mantém essa ativa) em adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade); todas as
positividade até o quarto mês de tratamento; e pacientes com baciloscopia apresentações clínicas (pulmonares e extrapulmonares), exceto a
inicialmente positiva, seguida de negativação e nova positividade, por dois
meses consecutivos, a partir do quarto mês de tratamento. forma meningoencefálica e ostearticular.
Observações:
• ƒ Quando existir concomitância entre a forma meningoencefálica ou
osteoarticular e quaisquer outras apresentações clínicas, utilizar o
esquema para TB meningoencefálica ou osteoarticular. ƒ
• Quando TB osteoarticular de baixa complexidade, pode-se tratar por 6
meses, a critério clínico. ƒ
• Associar corticosteroide: Prednisona (1 a 2 mg/kg/dia) por quatro
semanas ou, nos casos graves de TB meningoencefálica, dexametasona
injetável (0,3 a 0,4 mg/kg/dia), por quatro a oito semanas, com redução
gradual da dose nas quatro semanas subsequentes. ƒ
• Para evitar sequelas, recomenda-se aos pacientes que a fisioterapia, em
casos de tuberculose meningoencefálica, seja iniciada o mais cedo
possível.
• Recomenda-se utilizar a isoniazida (H) por três meses e, após esse período,
FERNANDA BARBOZA faz-se a prova tuberculínica (PT). Se o resultado da PT for ≥ 5mm, a H deve
ser mantida por mais três meses, completando seis meses de tratamento,
e o RN não deverá ser vacinado para BCG, uma vez que já apresenta
resposta imune ao bacilo da tuberculose (WHO, 2014).
5. (PREF RJ 2019) A síndrome da imunodeficiência adquirida 6. (AOCP PREF. JOÃO PESSOA 2018) Sobre a tuberculose, é correto
(AIDS) caracteriza-se pela queda brutal nas defesas do organismo, afirmar que
o que facilita a instalação de doenças oportunistas. Dentre estas, A é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae.
pode-se destacar:
B a tuberculose pulmonar pode-se apresentar sob a forma
A a difteria primária, secundária ou miliar.
B o tracoma C a tuberculose pulmonar primária é mais comum em adultos,
Letra C
C a tuberculose sendo que o paciente apresenta-se calmo.
D a mononucleose D na tuberculose pulmonar primária, o paciente apresenta-se com
febre alta e falta de sudorese. Letra B
Letra B
14. (UERJ 2019) Para o controle da tuberculose pulmonar em instituições 15. (IADES 2019) Quando o doente portador de tuberculose
de saúde durante o cuidado da criança sintomática respiratória, o tipo de comparece à consulta médica em uma unidade de saúde e faz o
precaução contra a disseminação do bacilo e a conduta a ser tomada pelo tratamento diretamente observado (TDO) em outra unidade de
profissional de saúde para precaução contra proliferação da doença,
respectivamente, são: saúde, mais próxima em relação ao respectivo domicílio ou trabalho,
A para gotículas / utilizar máscara N95 ao realizar aspiração das vias a modalidade de TDO é classificada como
respiratórias superiores da criança A domiciliar.
B aérea e de contato / utilizar máscara cirúrgica ao trocar o frasco de B em unidade de saúde.
hidratação venosa da criança Letra E
C aérea / manter máscara cirúrgica na criança durante seu transporte C operacional.
para a sala de exames D monitorizada.
D para gotículas / manter máscara PFF2 na criança durante seu E compartilhada.
atendimento em ambulatórios
Letra C
Hepatite B
Panorama
No período de 1999 a 2017, foram notificados 218.257 casos confirmados de
hepatite B no Brasil; desses, a maioria está concentrada na região Sudeste
Notificação obrigatória.
Mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C.
Total de óbitos com causa básica por hepatites virais de 2000 a 2016 - 35.931
Hepatite C: 23.076 – 75,3%
Hepatite B: 7.828 – 21,8%
Hepatite A: 794 – 2,2%
Hepatite D: 233 – 0,7%
Hepatite B
Doença viral oncogênica.
Assintomática ou sintomática (até formas fulminantes).
Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo
inflamatório hepático por mais de 6 meses. O risco de cronificação pelo
vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção.
Assim, em menores de um ano chega a 90%, entre 1 e 5 anos esse risco
varia entre 20 e 50% e em adultos, entre 5 e 10%. Portadores de
imunodeficiência congênita ou adquirida evoluem para a cronicidade
com maior frequência.
Hepatite B
Hepatite B
Sinais e sintomas:
Agente etiológico - Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da família mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia,
Hepadnaviridae. náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns
alimentos e ao cigarro.
Reservatório - O homem.
A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo
Período de incubação - De 30 a 180 dias (em média, de 60 a 90 dias). ser precedida por colúria e hipocolia fecal. Hepatomegalia ou
hepatoesplenomegalia também podem estar presentes.
Hepatite B Hepatite B
Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases
Diagnóstico: Clínico-laboratorial e laboratorial. – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. O nível
Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, pode estar até 25 a 100 vezes acima do normal.
sendo necessária a realização de exames sorológicos. As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada
(TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade.
Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia
molecular.
Fases da infecção pelo HBV
1. Fase imunotolerante;
2. Fase imunorreativa;
3. Estado de portador inativo;
4. Fase de reativação;
5. Fase HBsAg negativa (não reagente)
Fases da infecção pelo HBV 1. Fase imunotolerante:
- replicação viral (>20.000 UI/mL), sem evidências de agressão
1. Fase imunotolerante; hepatocelular.
2. Fase imunorreativa;
- a fase é caracterizada por positividade de HBeAg e elevados índices de
3. Estado de portador inativo; HBV-DNA sérico, indicativos de replicação viral.
4. Fase de reativação;
5. Fase HBsAg negativa (não reagente) Níveis de aminotransferases normais ou próximos do normal, pouca
atividade necroinflamatória no fígado e lenta progressão de fibrose.
É caracterizada pelo teste HBeAg reagente e por menores índices de HBV- A progressão da fibrose é acelerada.
DNA sérico, indicativo de menor replicação viral.
Essa fase pode durar de várias semanas a vários anos e é alcançada mais
rapidamente por indivíduos infectados na idade adulta.
Restrição à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clínico-terapêuticas
mínimo, sendo preferencialmente por 1 ano. definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde.
(alfapeguinterferona
Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica,
Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e
para não agravar o dano hepático.
manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços
especializados (média ou alta complexidade do SUS.
As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos
vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. O mesmo ocorrendo com as formas fulminantes
Os extremos de idade e outros fatores comportamentais e genéticos, A replicação viral persistente, a presença de cirrose, o genótipo C do HBV,
características demográficas ou concomitância de substâncias tóxicas – a mutação na região promotora do pré-core e a coinfecção com o HIV ou
incluindo: HCV também são fatores que aumentam a probabilidade de evolução para
- álcool; formas graves.
- Fumo;
- história familiar de CHC; e
- contato com carcinógenos como aflatoxinas
30% a 50% dos casos de CHC por HBV ocorrem na ausência de cirrose
aumentam o risco de cirrose hepática e de CHC em pacientes portadores
da hepatite B crônica.
Exames complementares
Medidas de Controle
• Incluem a profilaxia pré-exposição, pós-exposição;
• Não-compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas;
• Triagem obrigatória dos doadores de sangue;
• Inativação viral de hemoderivados;
• Medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde;
• Usar preservativos nas relações sexuais; e
• Vacinação (é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite B).
Avaliação da cirrose compensada
Exames recomendados para rastreamento de CHC:
Avalia o grau de deterioração da função hepática, além de ser marcador
• Ultrassonografia de abdome total a cada 6 meses prognóstico:
1. (COMPERVE UFRN 2018) Os testes rápidos (TR) constituem imunoensaios 2. (AOCP PREF JP 2018) Ao ministrar uma palestra sobre um tipo de hepatite, o(a)
de execução simples, que podem ser realizados em até 30 minutos e não enfermeiro(a) afirma que: “A hepatite é uma infecção de transmissão parenteral,
necessitam de estrutura laboratorial, embora, a depender da amostra predominantemente, pela via sexual. A transmissão vertical também pode ocorrer
trabalhada, sejam necessários cuidados de biossegurança. Os TR utilizados e ocasiona uma evolução desfavorável, com maior chance de cronificação. Profere
para o diagnóstico da hepatite B são realizados com sangue total colhido por que parte das pessoas infectadas tornam-se portadoras crônicas e alguns que
punção da polpa digital ou por punção venosa, com soro ou com plasma. apresentam replicação do vírus evoluem para doença hepática avançada.
Esses testes permitem a detecção do Pronuncia que essa infecção também é condição para o desenvolvimento da
A) antígeno monoclonal da hepatite B (VHBAg). hepatite causada pelo vírus Delta”. Ao final da palestra, recomenda a vacinação
B) anticorpo do vírus da hepatite B (anti-HBV). Letra C contra essa hepatite para todas as pessoas, independentemente da idade e/ou
C) antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg). condições de vulnerabilidade. Com base nesse texto, assinale o tipo de hepatite a
D) anticorpo de superfície do vírus da hepatite B (anti-HBs). que o profissional se refere.
A) Hepatite A. B) Hepatite B. C) Hepatite C. D) Hepatite E.
Letra B
3.(VUNESP TJSP 2019) Ao analisar os resultados do exame de sorologia
para hepatite B de um indivíduo considerado anteriormente como
suscetível, que refere ter recebido a terceira dose da vacina hepatite B há
seis meses, espera-se encontrar positivo(s) o(s) anticorpo(s)/antígeno(s)
A) apenas HBsAg.
Obrigada!
B) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGG.
C) apenas anti-HBs ( ≥ 10 UI/mL). Letra C
D) Anti-HBe e HBsAg.
E) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGM.
Hepatite A
Diagnóstico Diagnóstico
Anti-HAV IgG
Anti-HAV Total
• Este marcador está presente na fase de convalescença e persiste
indefinidamente, proporcionando imunidade específica. É um • A expressão se refere a um teste capaz de detectar anticorpos anti-
importante marcador epidemiológico por demonstrar a prevalência HAV das classes IgG e IgM.
de contato com o HAV em determinada população.
Diagnóstico
Hepatite A
Prognóstico
Após +ou- 3 meses o paciente está recuperado.
→ possibilidade de formas prolongadas e recorrentes, com manutenção
das aminotransferases em níveis elevados, por vários meses.
A forma fulminante, apesar de rara (menos que 0,1 a 0,4% dos casos),
apresenta prognóstico ruim.
Raiva
Raiva
No Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas
áreas urbanas.
Agente etiológico: O vírus rábico pertence à família Rhabdoviridae e
gênero Lyssavirus. Possui RNA. Os quirópteros (morcegos) são os responsáveis pela manutenção da
cadeia silvestre, entretanto, outros mamíferos, como canídeos silvestres
(raposas e cachorro do mato), felídeos silvestres (gatos do mato), outros
Reservatório: Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo carnívoros marsupiais (gambás e saruês) e primatas (saguis), também
vírus da raiva. apresentam importância epidemiológica nos ciclos enzoóticos (área
endêmica) da raiva.
Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovinos, equinos
e outros.
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva
Incubação
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/janeiro/31/08---Tabela-5.pdf
Transmissibilidade
Modo de transmissão
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5
dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante Penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente
toda a evolução da doença. pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de
mucosas.
A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação,
apresentação dos sintomas. atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso
central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares,
onde também se replica, sendo eliminado pela saliva das pessoas ou
animais enfermos.
Modo de transmissão
Por finalidade didática, considera-se que a cadeia epidemiológica da
doença apresenta 4 ciclos de transmissão: urbano, rural, silvestre aéreo e
silvestre terrestre.
Suscetibilidade e imunidade
Diagnóstico Tratamento
Laboratorial- Protocolo de Milwaukee – primeiro caso de tratamento com
Imunofluorescência cura.
prova biológica- Cultura 2008 – Protocolo de Recife no Brasil- indução de coma, uso de
antivirais e reposição de enzimas, além da manutenção dos
Anticorpos no líquor sinais vitais do paciente.
PCR que detecta RNA viral.
Autópsia pós morte do tecido cerebral. Os casos suspeitos de raiva humana, principalmente aqueles que
serão submetidos ao tratamento pelo Protocolo do Recife, não
devem receber vacina ou soro antirrábico.
Bases Gerais da Profilaxia da Raiva Humana Bases Gerais da Profilaxia da Raiva Humana
1. Iniciada o mais precocemente possível; 6. Não se indica o uso de soro antirrábico para os pacientes
2. Sempre que houver indicação, tratar o paciente em qualquer momento, considerados imunizados por esquema profilático anterior,
independentemente do tempo transcorrido entre a exposição e o acesso à exceto nos casos de pacientes imunodeprimidos ou em caso de
unidade de saúde; dúvidas sobre o tratamento anterior.
3. A história vacinal do animal agressor não constitui elemento suficiente para
a dispensa da indicação do esquema profilático da raiva humana;
7. Nos casos de pacientes imunodeprimidos, usar,
4. Havendo abandono do esquema profilático, completar as doses da vacina obrigatoriamente, o esquema de sorovacinação,
prescritas anteriormente;
independentemente do tipo de acidente, mesmo se o paciente
5. Recomenda-se que o paciente evite esforços físicos excessivos e bebidas tiver histórico de esquema profilático anterior.
alcoólicas durante e logo após a profilaxia da raiva humana.
Ferimento Ferimento
1. Lavar imediatamente o ferimento com água corrente, sabão 2. Havendo contaminação da mucosa com saliva, outras
ou outro detergente. A seguir, devem ser utilizados secreções ou tecidos internos de animal suspeito de ter raiva,
antissépticos (polivinilpirrolidona-iodo, por exemplo, povidine seguir o esquema profilático indicado para lambedura da
ou digluconato de clorexidina ou álcool-iodado). Essas mucosa. A mucosa ocular deve ser lavada com solução fisiológica
substâncias deverão ser utilizadas uma única vez, na primeira ou água corrente.
consulta. Posteriormente, lavar a região com solução
fisiológica.
Ferimento Ferimento
3. O contato indireto é aquele que ocorre por meio de objetos ou 4. Em casos de lambedura da pele íntegra por animal suspeito,
utensílios contaminados com secreções de animais suspeitos. recomenda-se lavar o local com água e sabão.
Nesses casos, indica-se apenas lavar bem o local com água
corrente e sabão. 5. Não se recomenda a sutura do(s) ferimento(s). Quando for
absolutamente necessário, aproximar as bordas com pontos
isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro
antirrábico, se indicado, deverá ser infiltrado 1 hora antes da
sutura.
Bases Gerais da Profilaxia da Raiva Humana
6. Nos casos em que só se conhece tardiamente a necessidade do uso
do soro antirrábico, ou quando não ha soro disponível no momento,
aplicar a dose recomendada de soro limitado ao máximo em 7 dias da NOTA INFORMATIVA Nº 26-SEI/2017-
aplicação da primeira dose da vacina de cultivo celular. Após esse
prazo, o soro não é mais necessário. CGPNI/DEVIT/SVS/MS
7. Não se deve consumir produtos de origem animal (carne, leite)
suspeitos de raiva. Se ocorrer, não há indicação de esquema
profilático para raiva humana. Não há relatos de caso de raiva
humana transmitida por essa via.
A.2. Esquema de profilaxia da raiva pós-exposição pela via intramuscular (IM) SAR
com uso de soro antirrábico (SAR) ou imunoglobulina antirrábica (IGAR).
Nos casos em que se conhece tardiamente a necessidade do uso do soro
1. Vacina- 4 doses da vacina raiva (inativada). antirrábico, ou quando não há soro disponível no momento, aplicar a dose
Dias de aplicação: 0, 3, 7, 14 (IM profunda) recomendada de soro no máximo em até 7 dias após a aplicação da 1ª dose
de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da aplicação da 3ª dose da vacina.
2. SAR- deve ser administrado uma única vez e o quanto antes. A infiltração deve ser Após esse prazo, o soro não é mais necessário.
executada ao redor da lesão (ou lesões). Quando não for possível infiltrar toda a
dose, aplicar o máximo possível. A quantidade restante, a menor possível, aplicar
pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. A dose é de 40UI/kg de peso. A dose máxima é de 3.000UI. A dose pode ser
dividida e administrada em diferentes músculos, simultaneamente.
Sempre aplicar em local anatômico diferente de onde foi aplicada a vacina. Quando
as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída em soro Não realizar a administração do soro antirrábico por via endovenosa.
fisiológico, em quantidade suficiente, para que todas as lesões sejam infiltradas.
Podem ser dispensadas do esquema profilático as pessoas agredidas pelo Se o animal for procedente de área de raiva controlada (sem
cão, ou gato, que, com certeza, não têm risco de contrair a infecção rábica. circulação comprovada da variante 1 e 2), recomenda-se, a
critério médico, não iniciar o esquema.
Por exemplo, animais que vivem dentro do domicilio (exclusivamente);
que não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente
Manter o animal sob observação durante 10 dias e somente
saem à rua acompanhados de seus donos e que não circulem em área
com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de iniciar o esquema indicado (soro + vacina) se o animal morrer,
profilaxia indicado. desaparecer ou se tornar raivoso nesse período.
2. (IBFC 2016) Os hospedeiros que mantêm o vírus rábico na natureza são c) A vacinação dos animais, da população e a utilização por funcionários
os carnívoros e os quirópteros, sendo a raiva transmitida através de envolvidos em experimentos que utilizam animais susceptíveis de
soluções de continuidade. Assinale a alternativa correta: proteção adequada são os principais meios de prevenção contra a raiva.
a) A vacinação dos animais e da população são os principais meios para d) A vacinação apenas dos animais localizados em áreas endêmicas para
prevenção contra a raiva. raiva, vacinação dos funcionários envolvidos em experimentos que
utilizam animais susceptíveis e a utilização por parte dos funcionários de
b) A vacinação dos animais, a vacinação preventiva dos funcionários proteção adequada como gorros, máscaras, luvas, botas, etc, são as
envolvidos em experimentos que utilizam animais susceptíveis e a principias medidas de prevenção contra a raiva.
utilização por parte dos funcionários de proteção adequada como gorros, Letra B
máscaras, luvas, botas, etc, são as principias medidas de prevenção contra
a raiva.
Notificação Poliomielite
Notificação compulsória; O caso de PFA deve ser encerrado oportunamente no Sinan em
Investigação em 48 horas. até 60 dias da notificação, quando se realiza a avaliação
neurológica. É necessário que todos os achados da investigação
epidemiológica sejam minuciosamente avaliados.
Agente etiológico
Poliovírus, sorotipos 1, 2 e 3, pertencentes ao gênero
Enterovirus, família Picornaviridae.
Os poliovírus selvagens dos três sorotipos podem causar paralisia
flácida – o sorotipo 1 com maior frequência e o sorotipo 3 mais
raramente.
A circulação do sorotipo 2 não tem sido registrada desde 1999.
No Brasil, o último caso de poliomielite causada pelo poliovírus
selvagem ocorreu em 1989.
Poliomielite Poliomielite
Reservatório- O homem, especialmente crianças. Incubação- Geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.
Modo de transmissão- Ocorre por contato direto pessoa a Transmissibilidade- Não se conhece com precisão, mas pode iniciar-
pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, se antes do surgimento das manifestações clínicas. O vírus é
alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou encontrado nas secreções da orofaringe após 36 a 72 horas a partir
portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de da instalação da infecção. Em indivíduos infectados, a eliminação do
vírus pela orofaringe persiste por um período de aproximadamente
secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de
uma semana, e nas fezes, por cerca de 3 a 6 semanas, enquanto nos
saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal indivíduos reinfectados a eliminação do vírus ocorre em menor
precária constituem fatores que favorecem a transmissão do quantidade por períodos mais reduzidos.
poliovírus.
Paralítica
Diagnóstico
Instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre; Isolamento do vírus nas fezes.
assimetria, acometendo, sobretudo, a musculatura dos membros Todo caso conhecido deverá ter uma amostra de fezes, coletada
inferiores; no máximo até 60 dias após o início da deficiência motora. Em
flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos crianças que apresentam obstipação intestinal, dificultando a
profundos na área paralisada; coleta de amostras de fezes, pode-se utilizar supositório de
sensibilidade preservada; glicerina.
Persistência de alguma paralisia residual (sequela), após 60 dias Não coletar amostras de contato que recebeu a vacina contra a
do início da doença. poliomielite nos últimos 30 dias.
Tratamento
Não há tratamento específico para a poliomielite.
Todos os casos devem ser hospitalizados, procedendo-se ao
tratamento de suporte, de acordo com o quadro clínico do
paciente.
Medidas de prevenção e controle
1. (Pref RJ 2019) A poliomielite é uma doença infectocontagiosa
Vacinação; viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de
Precauções entéricas durante o período de transmissibilidade (6 início súbito, que ocorre em cerca de 1% das infecções causadas
semanas) pelo poliovírus. A principal medida de prevenção dessa doença é
a vacinação, utilizando-se os seguintes imunobiológicos:
A VOP e VIP
B DTP e VIP
C rotavírus e VOP Letra A
D rotavírus e DTP
Em crianças, geralmente é benigna e autolimitada. Vacinação entrou em 2012 e em 2018 ampliou a 2ª dose.
Herpes-zóster Herpes-zóster
Decorre da reativação do vírus da varicela, que permanece em Causas diversas podem levar à reativação do vírus que, progredindo
latência. centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele e causa a
A reativação ocorre na idade adulta ou em pessoas com característica erupção do herpes-zóster.
comprometimento imunológico, portadores de doenças crônicas,
neoplasias, aids e outras. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes-zóster
O quadro clínico é pleomórfico, manifestando-se desde doença após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro
benigna até outras formas graves, com êxito letal. doente de zóster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em
Após a fase de disseminação hematogênica, em que o vírus atinge a paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança
pele, ele progride centripetamente pelos nervos periféricos até os adquirir varicela por contato com doente de zóster.
gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a
vida.
Varicela Varicela
Agente etiológico- Vírus RNA. Vírus Varicella-zoster (VVZ), família Herpetoviridae. Período de transmissibilidade- Varia de 1 a 2 dias antes do
aparecimento do exantema e estende-se até que todas as lesões
Reservatório- O homem. estejam em fase de crosta.
Modo de transmissão- Pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de
secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, Susceptibilidade e imunidade- A suscetibilidade é universal. A
raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente, é transmitida por
meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas infecção confere imunidade permanente, embora, raramente,
de pacientes infectados. possa ocorrer um segundo episódio de varicela. Infecções
subclínicas são raras. A imunidade passiva transferida para o feto
Incubação- Entre 14 e 16 dias, podendo variar de 10 a 21 dias após o contato. Pode
ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização pela mãe que já teve varicela assegura, na maioria das vezes,
passiva. proteção até quatro a seis meses de vida extrauterina.
Diagnóstico Tratamento
Clínico-epidemiológico. Antitérmico, analgésico não salicilato e, para atenuar o prurido,
Laboratorial – isolamento do vírus nas vesículas. anti-histamínico sistêmico.
Higiene da pele com água e sabonete, com o adequado corte das
Caso confirmado- Paciente com quadro infeccioso agudo, de unhas.
início súbito, que apresenta exantema maculopapulovesicular Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de
difuso, cujas vesículas evoluem para crostas, em 2 a 3 dias, sem antibióticos, em especial para combater estreptococos do grupo
outra causa aparente, com ou sem confirmação laboratorial. A e estafilococos.
Tratamento
1. (PREF RJ 2019) Paciente com quadro discreto de febre moderada,
O tratamento específico da varicela é realizado por meio da administração do de início súbito, que dura de 2 a 3 dias, e sintomas generalizados
antiviral aciclovir, que é indicado para pessoas com risco de agravamento. inespecíficos (mal-estar, adinamia, anorexia, cefaleia e outros), além
Quando administrado por via endovenosa, nas primeiras 24 horas após o
início dos sintomas, tem demonstrado redução de morbimortalidade em de erupção cutânea pápulo-vesicular, que se inicia na face, couro
pacientes com comprometimento imunológico. cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta cabeça e tronco). Diante
desse quadro clínico, o enfermeiro identifica um caso suspeito de:
O uso de aciclovir oral para o tratamento de pessoas sem condições de risco A rubéola
de agravamento não está indicado até o momento, exceto para aquelas com
idade inferior a 12 anos, portadoras de doença dermatológica crônica, B escarlatina
pessoas com pneumopatias crônicas ou aquelas que estejam recebendo Letra D
C esporotricose
tratamento com ácido acetilsalicílico por longo tempo, pessoas que recebem
medicamentos à base de corticoides por aerossol ou via oral ou via D varicela
endovenosa.
2. (IBADE 2017) Na assistência a um paciente com varicela o 3. (CESPE 2011) Apesar de ser uma doença altamente contagiosa,
profissional de saúde deve manter a precaução recomendada a varicela não é de notificação compulsória em casos isolados.
até:
A 7 dias após a internação.
B que todos os sintomas desapareçam.
C 5 dias após a internação.
D 9 dias após início do tratamento. Letra E Certo
E todas as lesões tornarem-se crostas.
Convalescença Complicações
Respiratórias: pneumonia por B. pertussis, pneumonias por outras
os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de etiologias, ativação de tuberculose latente, atelectasia,
bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma.
tosse comum. Essa fase persiste por duas a 6 semanas e, em
alguns casos, pode se prolongar por até 3 meses. Infecções
Neurológicas: – encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias
respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a intracerebrais, hemorragia subdural, estrabismo e surdez.
convalescença da coqueluche, podem provocar o
reaparecimento transitório dos paroxismos. Outras – hemorragias subconjuntivais, otite média por B. pertussis,
epistaxe, edema de face, úlcera do frênulo lingual, hérnias
(umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação
e/ou desnutrição.
Diagnóstico Caso confirmado
É realizado mediante o isolamento da B. pertussis pela cultura de 1. Todo caso que atenda a definição de caso suspeito de
material colhido de nasofaringe. coqueluche e que tenha isolamento por cultura ou identificação
por PCR de B. pertussis.
Difteria Difteria
Reservatório- O principal é o próprio doente ou o portador, sendo Incubação- Em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo.
esse último mais importante na disseminação do bacilo, pela maior
frequência na comunidade e por ser assintomático. A via respiratória
superior e a pele são locais habitualmente colonizados pela bactéria. Período de transmissibilidade- Em média, até duas semanas após
o início dos sintomas. A antibioticoterapia adequada elimina, na
Modo de transmissão- Ocorre pelo contato direto de pessoa doente maioria dos casos, o bacilo diftérico da orofaringe, 24 a 48 horas
ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas de após sua introdução. O portador pode eliminar o bacilo por 6
secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Em meses ou mais, motivo pelo qual se torna extremamente
casos raros, pode ocorrer a contaminação por fômites. O leite cru
importante na disseminação da difteria.
pode servir de veículo de transmissão.
Difteria
A proteção conferida pelo soro antidiftérico (SAD) é temporária e
Susceptibilidade e imunidade-
de curta duração (em média, duas semanas). A doença
A suscetibilidade é geral.
normalmente não confere imunidade permanente, devendo o
A imunidade pode ser naturalmente adquirida pela passagem de doente continuar seu esquema de vacinação após a alta
anticorpos maternos via transplacentária, que protegem o bebê
hospitalar
nos primeiros meses de vida, ou através de infecções inaparentes
atípicas, que conferem imunidade em diferentes graus,
dependendo da maior ou menor exposição dos indivíduos. A
imunidade também pode ser adquirida ativamente pela
vacinação com toxoide diftérico.
Manifestações clínicas Manifestações clínicas
A presença de placas pseudomembranosas branco- Comprometimento do estado geral- prostrado e pálido.
acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e A dor de garganta é discreta, independentemente da localização ou
invadem estruturas vizinhas, é a manifestação clínica típica. Essas quantidade de placas existentes, e a febre normalmente não é muito
placas podem se localizar na faringe, na laringe e nas fossas elevada, variando de 37,5 a 38,5°C.
nasais, e, com menos frequência, também são observadas na Casos graves, há intenso edema do pescoço, com grande aumento dos
conjuntiva, na pele, no conduto auditivo, na vulva, no pênis (pós- gânglios linfáticos dessa área (pescoço taurino) e edema periganglionar
circuncisão) e no cordão umbilical. nas cadeias cervicais e submandibulares.
Risco asfixia mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige
imediata traqueostomia para evitar a morte.
Medidas de prevenção
Vacinação- dT, DPT, dtpa.
Complicações Caxumba
Em homens adultos, pode ocorrer orquiepididimite em, Agente etiológico- Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
aproximadamente, 20 a 30% dos casos;
Em mulheres acima de 15 anos podem apresentar mastite Reservatório- O homem.
(aproximadamente, 15% dos casos), e em 5 % daquelas que
adquirem a parotidite após a fase puberal pode ocorrer ooforite. Modo de transmissão- Via aérea, através da disseminação de gotículas, ou
por contato direto com saliva de pessoas infectadas. A transmissão indireta
A pancreatite pode ocorrer em 20% dos casos. O sistema nervoso é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e utensílios.
central (SNC), com frequência, pode estar acometido sob a forma
de meningite asséptica, quase sempre sem sequelas. Isolamento- 9 dias após o início da doença.
Caxumba Manifestações clínicas
Incubação- De 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.
Aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acometendo
também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada de febre.
Transmissibilidade- Varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, Os sintomas iniciais são febre (37,7º a 39,4ºC), anorexia, astenia, cefaleia,
até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na mialgia, artralgia e desconforto em mastigar. Aproximadamente 30% das
urina até 14 dias após o início da doença. infecções podem não apresentar hipertrofia aparente dessas glândulas.
Em < 5 anos- sintomas das vias respiratórias.
Susceptibilidade e imunidade- A imunidade é de caráter permanente, sendo Raro: perda neurossensorial da audição, de início súbito e unilateral e
adquirida após infecções inaparentes, aparentes, ou após imunização ativa. encefalite.
O vírus também tem tropismo pelo SNC, observando-se, com certa
frequência, meningite asséptica, de curso benigno, que, na grande maioria
Diagnóstico- clínico-epidemiológico. das vezes, não deixa sequelas.
Atenção! Tratamento
Sintomáticos;
Não há relatos de óbitos relacionados à parotidite. Sua Hidratação e alimentação do doente, já que esses pacientes
ocorrência durante o 1° trimestre da gestação pode ocasionar aceitam mal alimentos ácidos, que podem determinar dor,
aborto espontâneo. náuseas e vômitos.
Hidratação parenteral está indicada na pancreatite e na
meningite
Rubéola- epidemiologia
Notificação compulsória.
Transmissão- gotícula
Medidas de prevenção
Vacinação –TV 12 e 15 meses; até 29 anos -2 doses. 30 a 49 anos
– 1 dose.
Isolamento
Bloqueio vacinal- Deve ser realizada no prazo máximo de até 72
horas após a notificação do caso, a fim de interromper a cadeia
de transmissão e, consequentemente, eliminar os suscetíveis no
menor tempo possível
Isolamento Rubéola
Agente etiológico- Vírus RNA, do gênero Rubivírus e da família Togaviridae.
As crianças e adultos acometidos de rubéola devem ser afastados
da escola, da creche, do local de trabalho e também de outros Reservatório- O homem.
locais, durante o período de transmissibilidade (5 a 7 dias antes
do início do exantema e pelo menos 7 dias depois). Modo de transmissão- Ocorre por meio de contato com secreções nasofaríngeas
de pessoas infectadas. O vírus é disseminado por gotículas ou pelo contato direto
com pessoas infectadas. A transmissão indireta, que é pouco frequente, ocorre
mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue
e urina.
Rubéola Imunidade
Período de transmissibilidade- Aproximadamente de 5 a 7 dias antes do A suscetibilidade é geral.
início do exantema e até 7 dias após o exantema.
Imunidade- A imunidade ativa é adquirida por meio da infecção
natural ou por vacinação. Os filhos de mães imunes podem
Rubéola congênita- Recém-nascidos com síndrome da rubéola congênita apresentar imunidade passiva e transitória durante 6 a 9 meses
(SRC) podem excretar o vírus da rubéola nas secreções nasofaríngeas,
de idade.
sangue, urina e fezes por longos períodos. O vírus pode ser encontrado
em 80% das crianças no 1º mês de vida, 62% do 1º ao 4º mês, 33% do 5º
ao 8º mês, 11% entre 9 e 12 meses, e 3% no 2º ano de vida.
Letra E Letra A
Letra D
Descrição da doença Agente etiológico
Neisseria meningitidis (meningococo) é um diplococo gram-
A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda. Quando
se apresenta na forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou
negativo, aeróbio, imóvel, pertencente à família Neisseriaceae.
mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais A composição antigênica da cápsula polissacarídica permite a
frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave. classificação do meningococo em 12 diferentes sorogrupos: A, B,
C, E, H, I, K, L, W, X, Y e Z.
Nos casos de meningococcemia, o coma pode sobrevir em algumas Os sorogrupos A, B, C, Y, W e X são os principais responsáveis
horas. Associa-se a elevadas taxas de letalidade, geralmente acima de
pela ocorrência da doença invasiva e, portanto, de epidemias.
40%, sendo a grande maioria dos óbitos nas primeiras 48 horas do
início dos sintomas.
Período de incubação
Período de transmissibilidade
Persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em • Em média, de 3 a 4 dias, podendo variar de 2 a 10 dias.
geral, a bactéria é eliminada da nasofaringe após 24 horas de • Após a colonização da nasofaringe, a probabilidade de
antibioticoterapia adequada. desenvolver doença meningocócica invasiva dependerá da
virulência da cepa, das condições imunitárias do hospedeiro e
da capacidade de eliminação do agente da corrente
sanguínea, pela ação de anticorpos séricos com atividade
bactericida mediada pela ativação do complemento.
• O baço também exerce um importante papel na eliminação da
bactéria na corrente sanguínea.
Suscetibilidade E Imunidade Manifestações clínicas
Suscetibilidade- geral, entretanto, o grupo etário de maior risco são A meningite e a meningococcemia são as formas clínicas mais
as crianças menores de 5 anos, principalmente as menores de 1 ano. frequentemente observadas, podendo ocorrer isoladamente ou associadas.