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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Denotação e Conotação: literário e não-literário��������������������������������������������������������������������������������������������2
Denotação���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Conotação���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Bolo de Milho
1) Em uma travessa funda bata os ovos com o açúcar (pode ser na batedeira). Acrescente a manteiga
a temperatura ambiente e bata vigorosamente. Acrescente a erva-doce e a raspa de limão e bata
novamente. Reserve.
2) Misture a farinha de trigo, a farinha de milho e o fermente e junte, aos poucos, com a mistura re-
servada, acrescentando, aos poucos, o leite de coco (ou o da sua escolha). Misture bem tudo. Em
uma forma de bolo com buraco no meio, untada com manteiga e enfarinhada, coloque a mistura
do bolo e leve ao forno pré-aquecido em temperatura média por uns 35 minutos ou até perfurar
com um palito e ele sair limpo.
3) Sirva aos amigos que irão lhe elogiar.
Fonte: http://gshow.globo.com/receitas-gshow/receita/bolo-de-milho-gostoso 69837b94d3885471500003f.html
Conotação
As palavras nem sempre carregam o mesmo significado em contextos diferentes. Isso porque
podemos fazer uso de algumas figuras de linguagem, ou seja, podemos fazer uso da conotação para
alterar alguns sentidos pertinentes ao contexto apresentado.
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Assim, pode-se dizer que a conotação amplia as possibilidades de leitura de um termo, pois pode
trabalhar com a polissemia em diferentes circunstancias de uso.
Cabe destacar que a conotação faz uso do conhecimento do leitor para que o sentido se estabe-
leça, assim, uma leitura denotativa não alcançará as possibilidades de sentido em um texto que fez
muito uso de conotação.
→→ Exemplos:
“Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...”
MARIO QUINTANA
Alegria
Trêmula gota de orvalho
presa na teia de aranha,
rebrilhando como estrela.
HELENA KOLODY
Exercícios
“Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,
na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, 4 transformam-nas em requisito obrigatório e
único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem
da alfabetização. Quanta inútil 7 retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males
ficariam resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas 10
primárias e o conhecimento do abc.”
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01. No que se refere às ideias e aos sentidos do texto e à sua classificação quanto ao tipo e ao gênero
textual, julgue o próximo item.
O vocábulo “miragem” (l.6) foi empregado no texto em sentido figurado.
Certo ( ) Errado ( )
“A observância do dever de cuidado e do de cooperação — traduzida, portanto, na atuação com-
prometida e concertada das estruturas orientadas para a função de controle 37 da gestão pública
— deve promover, entre os agentes e órgãos de controle, comportamentos de responsabilidade e res-
ponsividade. Por responsabilidade entenda-se o genuíno 40 compromisso com a integralidade do
ordenamento jurídico, o que pressupõe, acima de tudo, o reconhecimento de um regime de vedação
da omissão. Responsividade, por sua vez, traduz o 43 comportamento orientado a oferecer respostas
rápidas e proativas, impregnadas de verdadeiro compromisso com a ideia-chave de promover o bom
funcionamento do Estado.
02. O termo “responsividade” foi empregado nas linhas 39 e 42 com o sentido de qualidade de quem
responde pelos próprios atos, ou pelos de outrem, em situação jurídica passível de punição.
Certo ( ) Errado ( )
“O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à
estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de 4 todos os Estados
e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não
são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da 7 sociedade e por todos os espaços geo-
gráficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe
social e econômica ou mesmo de idade.”
03. Na linha 6, dados os sentidos do trecho introduzido por dois-pontos, o vocábulo “fronteiras”
deve ser interpretado em sentido amplo, não estando restrito ao seu sentido denotativo.
Certo ( ) Errado ( )
Elegia 1938
“1 Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, onde as formas e as ações não encerram nenhum
exemplo. Praticas laboriosamente os gestos universais, 4 sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome
e desejo sexual. Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas, e preconizam a virtude,
a renúncia, o sangue-frio, a concepção. 7 À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze ou
se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas. Amas a noite pelo poder de aniquilamento que
encerra 10 e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina e te repõe, pequenino, em face
de indecifráveis palmeiras. 13 Caminhas entre mortos e com eles conversas sobre coisas do tempo
futuro e negócios do espírito. A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
16 Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear. Coração orgulhoso, tens pressa de
confessar tua derrota e adiar para outro século a felicidade coletiva. 19 Aceitas a chuva, a guerra, o
desemprego e a injusta distribuição porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.”
Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do Mundo. Cia das Letras, 2013.
04. A expressão “Grande Máquina” (v.11) é uma clara referência, em forma conotativa, à Revolu-
ção Industrial.
Certo ( ) Errado ( )
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“A figura do jovem revoltado precisa ser reexaminada. Seu comportamento não se explica pela
fome nem pela miséria absoluta. Pelos seus próprios 4 depoimentos, recolhidos em conversas fora
dos inquéritos policiais, um grande móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o enrique-
cimento rápido. Após a 7 gradual conversão aos valores da violência e da nova organização crimino-
sa montada no uso constante da arma de fogo, esse jovem descobre os prazeres da vida de rico 10 e
com ela se identifica. Seu consumo passa a ser uma cópia exagerada, orgiástica, do que entende ser o
luxo do rico: muita roupa, carros, mulheres, uísque (bebida de “bacana”) 13 e muita cocaína (coisa de
gente fina). No entanto, é um iludido: com o ganhar fácil, porque seu consumo orgiástico, excessivo,
o deixa sempre de bolso vazio, a 16 repetir compulsivamente o ato criminoso; com o poder da arma
de fogo, que o deixa viver por instantes um poder absoluto sobre suas vítimas, mas que acaba colo-
cando-o na 19 mesma posição diante dos quadrilheiros e policiais mais armados do que ele; com a
possibilidade, enfim, de que, apesar de jovem e pobre, vai “se dar bem” e sair dessa vida 22 de perigos
e medos. É possível afirmar que, ao contrário do que se diz, a criminalidade violenta diminui, a
médio e longo prazos, 25 a renda familiar dos pobres. O crime organizado, por suas características
empresariais ilegais, é altamente concentrador de renda. Não sofre nenhum tipo de limitação 28
das leis de mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos trabalhistas
para os seus peões. O crime organizado trafega nos preços cartelizados 31 e na punição com a morte
daqueles que ousam desobedecer à ordem e à vontade do chefe ou simplesmente denunciá-lo. Os
pequenos traficantes da favela, apesar de 34 todo o aparato militar, na verdade, estão ajudando a
enriquecer aqueles que controlam o tráfico de drogas em toneladas e o contrabando de armas, o re-
ceptador, o 37 funcionário público corrupto, o advogado criminal, e assim por diante. Pouquíssimos
jovens saídos das camadas pobres conseguem se estabelecer, mas todos contribuem 40 para enrique-
cer outros personagens que continuam nas sombras e que são os principais beneficiários das cifras
da criminalidade. Os efeitos da guerra clandestina já se fazem 43 sentir na população que abriga os
bandidos identificados como tal: como as mortes violentas atingem principalmente homens jovens
em idade produtiva, as famílias se veem 46 privadas daqueles que seriam os mais importantes con-
tribuintes para a renda familiar.”
Alba Zaluar. Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 65-66 (com adaptações).
05. O emprego das aspas em ‘bacana’ (L.12) e ‘se dar bem’ (L.21) justifica-se por destacar o sentido
conotativo que essas expressões adquirem no texto.
Certo ( ) Errado ( )
Gab arito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Certo
04 - Errado
05 - Errado
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