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Assistência de Enfermagem
em Pós-operatório
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO II
CONCEITOS BÁSICOS
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relativamente longa, dependendo da classificação do tratamento cirúrgico, quanto ao
momento operatório.
Didaticamente, o período pré-operatório subdivide-se em mediato (desde a
indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e em imediato (corresponde às 24
horas anteriores à cirurgia). O escopo das atividades de enfermagem durante este
tempo pode incluir o estabelecimento de uma linha de base, a partir do histórico do
paciente, a realização de entrevista pré-operatória e a preparação do paciente para
o ato anestésico a ser feito durante a cirurgia.
A cirurgia pode ser indicada por diversas razões. Ela pode ter efeito
diagnóstico, curativo, reparador, reconstrutor, cosmético ou paliativo.
Pode também ser classificada, conforme o grau de necessidade, em
urgência, emergência ou eletiva.
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Para melhor apreensão do conteúdo que será elucidado adiante, traçamos
uma relação de termos que compõem a terminologia cirúrgica. Entende-se por
terminologia “o conjunto de termos próprios de uma ciência; nomenclatura”. Assim
sendo, a terminologia cirúrgica é o conjunto de termos que expressa o segmento do
corpo afetado (raiz) e a intervenção cirúrgica realizada (sufixo). Adiante, alguns
exemplos:
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Importante se faz salientar, que o maior objetivo da assistência de
enfermagem é garantir que os clientes sejam assistidos em suas necessidades
físicas, mentais e sociais por uma equipe de enfermagem, preocupada com a
qualidade da assistência prestada e com o atendimento das necessidades do
cliente. Para tanto, são necessários a busca pelo contínuo aprendizado, e o domínio
da tecnologia existente.
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Foto: Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de
Enfermagem, 2003.
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História médica (doenças crônicas, cirurgias gastrointestinais), social
(Renda inadequada, nível cultural) e dietética (anorexia, anosmia,
problemas da mastigação);
Dados antropométricos;
Dados bioquímicos;
Avaliação clínica;
Revisão do uso de drogas.
O reconhecimento dos sintomas e sinais clínicos de alteração do estado
nutricional é de grande importância por se tratar de prática simples e econômica.
Consiste em avaliar as manifestações que podem estar relacionadas com possível
alimentação inadequada, evidenciando-se por meio de alterações de tecidos
orgânicos, de órgãos externos como a pele, mucosas, cabelos e os olhos.
IMC = Peso
(Altura X Altura)
Atenção especial deve ser dada ao cabelo, à pele e à boca que são
suscetíveis devido à rápida mudança celular do tecido epitelial. A desidratação, a
hipovolemia e o desequilíbrio eletrolítico são comuns e devem ser cuidadosamente
documentados e monitorados.
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Sinais físicos indicativos ou sugestivos de desnutrição
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Papila filiforme atrofia e
hipertrofia.
Inspeção
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Deve-se observar a forma do tórax, a presença de deformidades e
abaulamentos, o uso ou não da musculatura acessória, presença de tiragem, padrão
respiratório; a freqüência respiratória em condições de repouso é tida como normal,
quando o número de incursões respiratórias por minuto (IRPM) está oscilando entre
16 e 20, além da presença de lesões cutâneas - pode revelar a presença de
cicatrizes, inflamações e tumores.
Palpação
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avaliação da expansibilidade torácica bem como pesquisa do frêmito (palpação na
parede torácica das vibrações produzidas pelos sons vocais transmitidos à parede).
Percussão
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Ausculta
Porto (2001), alerta que “somente depois de uma longa prática, ouvindo-se
as variações do murmúrio respiratório normal é que se pode, com segurança,
identificar os ruídos normais”.
Sons Respiratórios
Som Traqueal
O som traqueal ou bronquial é normalmente audível sobre a área de
projeção da traquéia, colocando-se o estetoscópio sobre a região supra-esternal.
Ausculta-se a inspiração intensa, bem audível, a seguir, uma pausa, e depois, a
expiração, também bastante audível e rude, de duração igual ou pouco maior do que
a inspiração.
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Som Broncovesicular
Normalmente, o som pode ser ouvido nas regiões infra e supraclaviculares e
nas regiões supra-escapulares. A expiração tem duração e intensidade igual, não
havendo pausa entre elas. O som broncovesicular não é tão rude quanto o som
traqueal.
Murmúrio Vesicular
É audível, normalmente, no restante do tórax. A inspiração tem intensidade e
duração maiores que as da expiração; ausculta-se toda a inspiração e somente o
terço inicial da expiração; o som é suave, não havendo pausa entre inspiração e
expiração.
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cardiológicos na família e moléstias afins. A idade avançada e a baixa capacidade
funcional também devem ser levadas em consideração na avaliação.
Interroga-se também o cliente sobre a existência de sintomas específicos,
como por exemplo: dispnéia, dor torácica, edema dos pés e tornozelos, cianose de
pele, palidez e palpitações.
Durante o exame físico é importante manter dados de peso, estado físico
geral e presença de sintomas, registrados em prontuário.
O propósito da avaliação cardiovascular perioperatória é fornecer um perfil
de risco para que sejam tomadas decisões que possam influenciar no evento
cirúrgico.
Dados como pressão arterial e freqüência cardíaca devem ser
minuciosamente obtidos e registrados.
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manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do
paciente.
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Foto: Gettyimages
Fonte: www.virtual.epm.br
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Medindo a Freqüência Cardíaca (FC)
Foto: Gettyimages
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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA E RENAL
Dois dos maiores vilões do ato cirúrgico no que concerne à função endócrina
são a presença do diabetes e suas conseqüências e a insuficiência adrenal.
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No diabetes não-controlado, o principal risco é a hipoglicemia, que pode
acontecer durante a anestesia, e a acidose - definida como uma disfunção
metabólica grave causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina,
associada ou não a uma maior atividade dos hormônios contra-reguladores (cortisol,
catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento). A cetoacidose caracteriza-se
clinicamente por desidratação, respiração acidótica e alteração do sensório.
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Monitorização da Glicemia Capilar
Fotos: Gettyimages
Procedimento:
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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO IMUNOLÓGICA
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PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO
NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
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podem ser prescritas para favorecer a volemia, aos clientes incapacitados de ingerir
líquidos pela boca, ou como uma espécie de complementação hídrica.
Em alguns tipos de operação, como, por exemplo, as do sistema
gastrintestinal, uma dieta de fácil digestão precisa ser administrada durante alguns
dias que antecedem o procedimento cirúrgico.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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para subsidiá-lo na realização de tarefas correlatas, pois envolve uma seqüência de
ações que visam à obtenção de melhores resultados no tratamento do paciente, sua
segurança e a da instituição na qual é realizado o atendimento. Assim, é importante
compreender que o uso de medicamentos, os procedimentos envolvidos e as
próprias respostas orgânicas do cliente, decorrentes do tratamento, envolvem riscos
potenciais de provocar danos a sua saúde, sendo imprescindível que o profissional
esteja preparado para assumir as responsabilidades técnicas e legais decorrentes
dos erros que possam vir a ocorrer.
Procurando criar métodos mais seguros na administração dos
medicamentos, a enfermagem tradicionalmente utiliza a regra dos 05 (cinco) “C”, ou
seja, administrar o medicamento certo, a dose certa, o paciente certo, a via certa e a
hora certa.
No caso dos fármacos pré-anestésicos, é importante que o enfermeiro esteja
bastante atento ao horário da sua administração, que gira em torno de 30 a 75
minutos antes do ato anestésico, caso contrário, seu efeito poderá estar extenuado
ou não terá início até o momento da anestesia.
Singularmente importante, é a manutenção do cliente no leito, sob vigília,
após a administração do medicamento, haja vista a possibilidade do mesmo
determinar tontura e/ou confusão mental, podendo o cliente sofrer queda da própria
altura ou algum desconforto respiratório.
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identificação de alterações patológicas que possam estar presentes na maioria dos
processos infecciosos e/ou inflamatórios.
A delimitação de valores normais para a temperatura corporal é muito difícil
de ser estabelecida, devido aos diversos fatores que a influenciam como, por
exemplo, as variações ambientais e as respostas individuais. Todavia, para fins de
padronização, costuma-se utilizar os seguintes parâmetros:
* Temperatura axilar: 35,5ºC - 37,0ºC;
* Temperatura oral: 36,3ºC - 37,4ºC;
* Temperatura retal: 37ºC – 37,5ºC.
O controle da temperatura é realizado através do termômetro, o mais
utilizado é o de mercúrio, mas cada vez mais se torna freqüente o uso de
termômetros eletrônicos.
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arterial, que podem ser sentidas quando se comprime moderadamente a artéria.
Além da freqüência, é importante observar o ritmo e força que o sangue exerce ao
passar pela artéria, o que poderá ser um indicativo de alguma alteração patológica
existente.
Freqüentemente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e,
eventualmente, quando o pulso está filiforme, sobre as artérias mais calibrosas -
como a carótida e a femoral. Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a
poplítea e a dorsal do pé também possibilitam a verificação do pulso.
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ESVAZIAMENTO INTESTINAL
Posição de SIMs
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Posição de Sims – Ilustração
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prontuário do cliente e servir de fonte de dados para processos administrativos,
legais, de ensino e pesquisa.
No período pré-operatório, a atenção com todas as anotações registradas
em prontuário, é de fundamental relevância para a garantia da segurança dos
procedimentos que serão realizados. Somente ciente de todos os dados do cliente,
poderá o profissional efetuar suas atividades com tranqüilidade.
No prontuário deve constar além dos impressos padrões da Instituição,
como folha de admissão, folha de evolução de enfermagem, sinais vitais, prescrição
médica e de enfermagem, dentre outros, o termo de consentimento informado,
assinado pelo cliente ou responsável legal.
O direito do paciente à correta informação sobre o seu estado de saúde e
dos recursos médicos disponíveis para o seu tratamento, é essencial para otimizar a
relação paciente/profissional de saúde, além de estabelecer uma relação
democrática e de confiança.
O consentimento informado é composto por três elementos básicos:
competência ou capacidade, informação e consentimento.
Os quatro elementos necessários para que um consentimento informado
seja considerado válido são os seguintes:
- fornecimento de informações;
- compreensão;
- voluntariedade;
- consentimento.
O Conselho Federal de Medicina através da Resolução nº 1081/82 de
12/03/1982, estabeleceu que todas as provas necessárias para o diagnóstico e a
terapêutica deveriam ser realizadas apenas com o consentimento do cliente. Dos
cinco artigos que compõem a Resolução, quatro se dedicam à questão da
autorização para necropsia. O CFM sugeria que esta autorização deveria ser
solicitada, preferentemente, no momento da internação, porém a sua não aceitação
não deveria se constituir num impedimento para o tratamento do paciente. Neste
documento se caracteriza que pode haver um consentimento por procuração, por um
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representante legal ou de sua família, quando o paciente for incapaz de decidir por si
próprio.
No pré-operatório, qualquer observação não usual que possa influenciar a
anestesia ou procedimento cirúrgico, é colocada na parte anterior do prontuário, em
local visível.
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