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Politécnica
Revista do Instituto Politécnico da Bahia Fundado em 1896
Ano 7 Edição Trimestral Janeiro de 2014 ISSN 1809 8169
19-E
A representação gráfica na
engenharia: sua evolução técnica
Editorial .......................................................................Pág.3
Expediente.....................................................................Pág.4
Notícias........................................................................Pág.32
2 POLITÉCNICA
EDITORIAL
O
s artigos desse número da Revista Politécnica, ainda Academia de Ciências da Bahia - ACB que contratou uma
em meio eletrônico, abordam temas bem variados, pesquisa sobre o entendimento de inovação, noticiado no
VHQGRTXHGRLVGHOHVDERUGDPWHPDVFRPUHÀH[RV número anterior de nossa Revista.
em área urbana. Um artigo mostra como o crescimento ur-
bano de uma cidade pode afetar o padrão de direção dos 1RVGDGRVOHYDQWDGRVSDUDD$&%¿FRXFODUDDQHFHVVLGD-
ventos, e mostra ainda que esse efeito pode se acentuar de de divulgação maior do assunto relacionado com pes-
j PHGLGD TXH D iUHD XUEDQD H[SDQGH FRPR QR FDVR QD quisa, com tecnologia e inovação, não somente entre os
Cidade do Salvador, com seu relevo marcado por nume- universitários, mas nas escolas desde o curso fundamen-
rosos pequenos vales, encostas por vezes razoavelmente tal, estimulando os alunos a perguntarem sempre: O que?
íngremes, com altitudes variando desde o nível do mar até Como? Quando? Onde? Por que? E que os professores
R Pi[LPR GH PHWURV QD SDUWH PDLV DQWLJD GD FLGDGH devem procurar responder ou orientar o estudante para o
chegando a perto de cem metros na porção norte do muni- local onde poderão encontrar a resposta mais apropriada a
cípio. Um segundo artigo apresenta a sugestão de um mo- ¿PGHHVFODUHFHUVXDVG~YLGDV
delo alternativo de saneamento para a cidade do Salvador.
São perguntas fundamentais que conduzem à solução de
Um terceiro artigo trata dos resultados de uma pesquisa SUREOHPDV H j LQRYDomR LQRYDomR VLJQL¿FDQGR WDQWR XP
tecnológica com materiais de construção, um quarto faz equipamento novo como um modo novo de resolver um
XP KLVWyULFR GD UHSUHVHQWDomR JUi¿FD XVDGD SHORV HQJH- problema novo ou um problema antigo. Esse caminho es-
nheiros e um quinto artigo trata das novas possibilidades WLPXODDSHUFHSomRGHTXHDH[SHULrQFLDSHVVRDOGHYHVHU
abertas aos engenheiros para efetuar cálculos rápidos e QHFHVVDULDPHQWH FRPSDUWLOKDGD H TXH GHVVD H[SHULrQFLD
precisos, antes impossíveis sem as ferramentas de hoje pode surgir uma ideia que, após avaliação e, em alguns
como o computador e sugere que novidades poderão ain- FDVRVH[SHULPHQWDomRUHVXOWDUiHPXPSURGXWRQRYRRX
da aparecer nessa área. uma solução melhor para um problema qualquer. Esse é
XPFDPLQKRSDUDDLQRYDomRFLHQWt¿FDHWHFQROyJLFD
Os artigos todos, deste número da Revista, têm um fulcro
QDViUHDVGHSHVTXLVDFLHQWt¿FDHWHFQROyJLFDHLQRYDomR Portanto, a Revista está no caminho certo de criar dúvidas,
sugerir soluções a seus leitores e estimular outras pessoas
(VVDDERUGDJHPGRVDXWRUHVGHL[DFODUDDLPSRUWkQFLDGH a fazer o mesmo, dando à UFBA as características de uma
SHVTXLVDQDXQLYHUVLGDGHGHQWURGHVHXREMHWLYRHGH¿QL- Universidade completa.
omRRULJLQDOXQLYHUVLGDGHGH¿QLGDFRPRVHQGRXPFRQMXQ-
WR GH SHVVRDV GH DPSOR VDEHU LQWHUHVVDGDV HP H[SDQGLU Sylvio de Queirós Mattoso, DSc (Geociências)
o conhecimento. Aliás, essa é também a preocupação da Engenheiro de minas e metalurgista
3 POLITÉCNICA
EXPEDIENTE REVISTA E COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA - 2012-2013
z
Prof. JOÃO AUGUSTO DE LIMA ROCHA
Prof. RICARDO DE ARAÚJO KALID A publicação das fotos e ilustrações desta edição
são de responsabilidade da Casa do Verso com a
devida publicação dos créditos dos seus autores.
4 POLITÉCNICA
ARTIGO
5 POLITÉCNICA
ARTIGO
1. INTRODUÇÃO HPLVV}HVGH&2GHYLGRjWHPSHUDWXUDPDLVEDL[DGHFOLQ-
querização e formação de clínquers mais leves, capacidade
A lama vermelha é um resíduo sólido proveniente da indús-
de reutilizar resíduos industriais, características de boa re-
WULDGHEHQH¿FLDPHQWRGDEDX[LWDeXPPDWHULDOFRPSOH[R
VLVWrQFLDERDVSURSULHGDGHVDQWLLQ¿OWUDomRERDUHVLVWrQFLD
cuja composição química e mineralógica varia muito, de-
à corrosão e pega rápida.
SHQGHQGRGDIRQWHGHEDX[LWDHGRVSDUkPHWURVGRSURFHV-
A busca por alternativas ambiental e economicamente viá-
so tecnológico de produção. Baseado nos três diferentes
veis de reciclagem incluem: aplicações da lama vermelha
tipos de produção da alumina, a lama vermelha pode ser
como adsorvente para a remoção de cádmio, zinco e arsê-
FODVVL¿FDGDFRPRODPDYHUPHOKD%D\HUODPDYHUPHOKDVLQ-
terizada ou lama vermelha proveniente dos dois métodos QLRÀ~RUFKXPERHFURPRHPVROXo}HVDTXRVDV ; como
(8)
FRPELQDGRV 'HYLGR DR IDWR GH PDLV GH GD DOXPLQD componente de materiais de construção, tais como tijolos ,
produzida em todo o mundo ser proveniente do processo FHUkPLFDV H WHOKDV , esmaltes ; como compósitos de
(9)
(11)
Bayer, pesquisas que busquem alternativas a este tipo de base polimérica para substituir a madeira , cimentos ricos
UHVtGXRWrPSDUWLFXODULPSRUWkQFLD em ferro(4,5), etc. A utilização como material de construção
Matrizes alcalinas como as de cimento Portland (argamas- comum tem sido sugerida como uma alternativa que garan-
sas e concretos) são comumente usadas no acondiciona- WHDOWDVWD[DVGHFRQVXPR
(12).
PHQWR GH UHVtGXRV (ODV WrP EDL[R FXVWR PRVWUDP XPD No entanto, seu uso indevido pode causar sérias patolo-
história amplamente documentada de segurança, e são gias em argamassas de revestimentos ou até mesmo des-
provenientes de uma tecnologia facilmente acessível. A FRODPHQWR GR UHYHVWLPHQWR FHUkPLFR GHYLGR DR SURFHVVR
alcalinidade reduz a solubilidade de muitas espécies inor- H[SDQVLYR UHVXOWDGR GD UHDomR iOFDOLVVtOLFD 5$6$ GH-
JkQLFDVSHULJRVDVHLQLEHSURFHVVRVPLFURELROyJLFRV$OpP gradação do concreto por ações químicas é um fenômeno
disso, uma vez que essas matrizes necessitam de água H[WUHPDPHQWH FRPSOH[R TXH HQYROYH PXLWRV SDUkPHWURV
para hidratação, elas podem facilmente incorporar resíduos nem sempre fáceis de serem isolados e que atuam em di-
úmidos (1), tais como a lama vermelha. A lama vermelha foi ferentes graus.
escolhida para o presente trabalho, devido aos seus eleva- As reações álcalis-agregado (RAA) são reações químicas
GRVWHRUHVGHDOXPLQDHy[LGRVGHIHUURVHPHOKDQWHVDRV que se desenvolvem entre constituintes reativos dos agre-
do cimento. JDGRV H tRQV DOFDOLQRV H KLGUR[LORV SUHVHQWHV QD VROXomR
Diversos estudos têm avaliado a utilização da lama ver- intersticial da pasta de cimento, podendo ter um efeito alta-
melha diretamente como um componente do clínquer (2- 5), mente prejudicial para as argamassas(13, 14). Essas reações
e a sua adição às formulações de argamassa e concreto VmRGHFDUiWHUIRUWHPHQWHH[SDQVLYROHYDQGRDRGHVHQYRO-
também foi relatada . De acordo com SINGH et al.(5), os YLPHQWRGHWHQV}HVLQWHUQDVQRPDWHULDOHFRQVHTXHQWH¿V-
cimentos baseados em compostos alumino-ferrosos têm suração, frequentemente acompanhadas do aparecimento
uma série de vantagens sobre o cimento Portland comum. GHHÀRUHVFrQFLDVHH[VXGDo}HVjVXSHUItFLH
Estas incluem a conservação de energia e a redução das $SHVDUGHGL¿FLOPHQWHVHUUHIHULGDFRPRFDXVDSULPiULDGR
6 POLITÉCNICA
ARTIGO
FRODSVRD¿VVXUDomRJHUDGDSHOD5$$SRGHIDYRUHFHURX- $ 5$$ Vy VHUi SHULJRVD TXDQGR FRH[LVWLUHP HVWDV FRQGL-
tros processos de deterioração como a carbonatação, des- ções (13, 15). Assim sendo, devido à elevada concentração
FRODPHQWR GH UHYHVWLPHQWRV FHUkPLFRV H D FRUURVmR GDV GHtRQV1DH2+QRUHVtGXRGHEDX[LWDSURYHQLHQWHVGR
armaduras, no caso do concreto armado(14). uso da soda cáustica no processo Bayer, as RAA são foco
([LVWHP WUrV WLSRV GLVWLQWRV GH 5$$ UHDo}HV iOFDOLVVtOLFD de preocupação quanto à utilização deste material de ele-
(RAS), reações álcalis-silicato e reações álcalis-carbonato. vado pH como aditivo ao cimento Portland em concretos e
A RAS é o tipo de RAA mais comum e que tem recebido argamassas. Segundo diversos autores, uma concentração
maior atenção, correspondendo essencialmente a uma re- GH1D2VXSHULRUDQRDJORPHUDQWH(13) ou superior a 3
ação química entre certas formas de sílica reativa. Possui Kg/m3 no concreto(18)pVX¿FLHQWHSDUDGHVHQFDGHDUD5$$
estrutura mais ou menos desordenada e, por isso, é instável 2ViOFDOLVSUHVHQWHVQRFLPHQWR3RUWODQGVmRH[SUHVVRVQD
num meio de elevado pH, e os íons alcalinos (Na+ e K+) e IRUPDGHy[LGRGHSRWiVVLR.2Hy[LGRGHVyGLR1D2
KLGUR[LORV2+SUHVHQWHVQDVROXomRLQWHUVWLFLDOGDSDVWD A quantidade de álcalis disponíveis no cimento Portland
de cimento, produzem um gel de silicato alcalino(14). Devido p H[SUHVVD HP HTXLYDOHQWH DOFDOLQR HP 1D2 1D2
à elevada concentração de sódio na lama vermelha, a RAS .2SRUDSUHVHQWDUPHOKRUFRUUHODomRFRPDH[-
é fonte de grande preocupação. pansão devida à RAA.
A velocidade de reação dependerá da concentração dos Para ocorrer a RAA, o agregado deve conter formas de sílica
KLGUy[LGRV DOFDOLQRV QD VROXomR LQWHUVWLFLDO 2V tRQV FiOFLR FDSD]HVGHUHDJLUTXLPLFDPHQWHFRPRVtRQVKLGUR[LODHRV
&D FXMD IRQWH SULQFLSDO p D SRUWODQGLWD KLGUy[LGR GH álcalis presentes na solução dos poros, tais como: vidro vul-
cálcio) formada pelas reações de hidratação do cimento, FkQLFRVtOLFDDPRUIDVtOLFDPLFURVFULVWDOLQDWULGLPLWDFULVWR-
penetram rapidamente no gel, dando origem a geles de sili- balita, calcedônia, opala, quartzo e feldspato deformados.
catos de cálcio, sódio e potássio. Estes geles são capazes
GHDEVRUYHUPROpFXODVGHiJXDHH[SDQGLUJHUDQGRIRUoDV 2. MATERIAIS E MÉTODOS
H[SDQVLYDV(14, 15).
2.1. Materiais
$ UHDomR iOFDOLVVLOLFDWR p XP IHQ{PHQR PDLV FRPSOH[R H
WHPVLGRSRXFRH[SORUDGR6XS}HVHTXHRPHFDQLVPRGH Utilizou-se um cimento Portland CP-II 32 Z, da marca Itaú,
H[SDQVmRVHMDVHPHOKDQWHj5$6VHQGRQRHQWDQWRPDLV comercialmente encontrado na cidade de São Carlos, São
lenta(14). Frequentemente estes dois tipos de reações são 3DXOR3DUDRVHQVDLRVGHYHUL¿FDomRGDUHDomRiOFDOLVVt-
englobados num mesmo termo genérico de reações álcalis- lica (RAS) foi utilizada uma areia graduada, segundo a res-
-sílica (RAS). pectiva norma, e de alta reatividade, proveniente do rio Tejo,
$UHDomRiOFDOLVFDUERQDWRpH[SOLFDGDSRUXPDGHVGRORPL- em Portugal, com o objetivo de tornar a análise mais efetiva.
tização, ou seja, uma decomposição do carbonato duplo de Por apresentar-se na forma pastosa, a lama vermelha, ge-
cálcio e magnésio (dolomita) por ação da solução intersticial rada pela ALCOA do Brasil, em Poços de Caldas (MG), e
alcalina, a qual origina um enfraquecimento da ligação pas- utilizada neste trabalho, foi seca e, posteriormente, desa-
WDGHFLPHQWRLQHUWH1mRKiDIRUPDomRGHJHOHVH[SDQVL- glomerada para que se tivesse à disposição um material
YRVHDH[SDQVmRpDWULEXtGDjDEVRUomRGHtRQVKLGUy[LORV pulverulento. O teor de líquido presente inicialmente no re-
pelos minerais de argila(14). VtGXRpGHFHUFDGH,VWRVLJQL¿FDTXHRWHRUGHVyOLGRV
Assim, os fatores condicionantes da RAA associados à ve- DSHQDV TXH IRL XWLOL]DGR QHVWH HVWXGR QD YHUGDGH
locidade da reação são : UHSUHVHQWDXPDSURYHLWDPHQWRGHFHUFDGHYH]HVPDLV
UHVtGXR2LGHDOVHYHUL¿FDGDDHIHWLYLGDGHGDDGL-
z7HPSHUDWXUDVHQGRPDLRUDH[SDQVmRTXDQWRPDLRUD ção deste resíduo, é aproveitar a própria água constituinte
temperatura; como água de mistura da argamassa.
zUmidade Elevada;
z$OFDOLQLGDGHVX¿FLHQWHPHQWHHOHYDGDGDVROXomR
2.2. Métodos
2.2.1. Caracterização das Matérias primas
intersticial;
z([LVWrQFLDGHDJUHJDGRVUHDWLYRVFRPFRQFHQWUDo}HV A caracterização dos materiais envolveu análises de difra-
GHQWURGHXPDIDL[DFUtWLFDH omRGHUDLRV;5LJDNX*HLUJHÀH[0(*)'LIIUDFWRPH-
z*UDQXORPHWULDVHQGRPDLRUDIRUoDGHH[SDQVmRj WHU FRQ¿JXUDGR FRP UDGLDomR &X.Į YROWDJHP GH N9
PHGLGDTXHGLPLQXLDVXSHUItFLHHVSHFt¿FDGRPDWHULDO FRUUHQWHLJXDODP$HYHORFLGDGHGHYDUUHGXUDLJXDOa
7 POLITÉCNICA
ARTIGO
PLQ H ÀXRUHVFrQFLD GH UDLRV ; 3KLOLSV 3: ;UD\ TXHpVXEVWLWXtGRHPPDVVDSHODODPDYHUPHOKDQRV
)OXRUHVFHQFH6SHFWURPHWHUHQTXDQWRRVSDUkPHWURVItVL- WHRUHVGHHSDUDDVUHVSHFWLYDVFRPSRVL-
FRVWDLVFRPRiUHDVXSHU¿FLDOHVSHFt¿FDHVWLPDGDSRU%(7 ções.
XVDQGRXPHTXLSDPHQWR0LFURPHWULFV*HPLQL9
Após a mistura das matérias-primas, são moldados três
H D PDVVD HVSHFt¿FD +HOLXP 3\FQRPHWHU $FFXS\F
FRUSRVGHSURYDSULVPiWLFRV[[PPSDUDFDGD
9GD0LFURPHWULFVWDPEpPIRUDPGHWHUPLQDGRV
FRPSRVLomRH(VVHVFRUSRVGHSUR-
va devem ser desmoldados 24 horas após a moldagem e
terem o seu comprimento aferido.
5HDomRÈOFDOLV6tOLFD5$6H([SDQVLELOLGDGH
A seguir, colocam-se os corpos de prova em recipiente com
De acordo com REIS & SILVA (14)DLQGDQmRH[LVWHXPPp-
iJXDHPHVWXIDD± 2°C, onde as amostras devem per-
todo universalmente aceito para a avaliação da reativida-
manecer por mais 24 horas até nova medida do compri-
de dos agregados aos álcalis. Os dois métodos clássicos
mento. Após esta medida, deve-se colocar os corpos de
desenvolvidos nos Estados Unidos, as normas ASTM C
SURYDHPVROXomRGH1D2+1WDPEpPHPHVWXIDD
289 (“Standard test method for potencial alkali reactivity
± 2°C e realizam-se medidas do comprimento a cada dois
RIDJJUHJDWHV±&KHPLFDOPHWKRG´H$670&³6WDQ-
GLDV DWp FRPSOHWDUHPVH GLDV GH HQVDLR GLDV HP
dard test method for potencial alkali reactivity of aggrega-
NaOH).
tes – Mortar-bar method”) estão entre as mais utilizadas no
mundo. No Brasil, o método mais comum para se avaliar a $ H[SDQVmR p FDOFXODGD FRPR R DXPHQWR SHUFHQWXDO GR
H[SDQVLELOLGDGHGHXPDJORPHUDQWHpDQRUPD1%5 comprimento ao longo do ensaio, de acordo com a seguin-
³&LPHQWR3RUWODQG±'HWHUPLQDomRGDH[SDQVLELOLGDGHGH te análise:
Le Chatelier”). ([SDQV}HVLQIHULRUHVDDRVGLDVVmRLQGLFDWLYDV
O método químico, embora rápido, não é indicado para to- GHFRPSRUWDPHQWRLQyFXRLVWRpDH[SDQVmRpGHVSUH]t-
dos os tipos de agregados, principalmente os que contêm vel;
carbonatos, e não permite uma estimativa do potencial de ([SDQV}HVGHPDLVGHDRVGLDVVmRLQGLFDWLYDV
H[SDQVmRDVVRFLDGRjUHDWLYLGDGHGRDJUHJDGR(14). GHH[SDQVmRSRWHQFLDOPHQWHGHOHWpULD
2PpWRGRGDEDUUDGHDUJDPDVVD$670&EDVHLDVH ([SDQV}HVHQWUHHDRVGLDVVmRGXYLGR-
QDPHGLGDGDVH[SDQV}HVGHEDUUDVGHDUJDPDVVDVFRQ- sas. Para estes casos, é interessante continuar o ensaio
servadas a 38°C em ambiente úmido, sendo considerado DWp RV GLDV FRP R REMHWLYR GH YHUL¿FDU VH R OLPLWH GH
internacionalmente mais seguro. No entanto, os resultados H[SDQVmRLJXDOpXOWUDSDVVDGR
são obtidos apenas após seis meses de análise e, por isso,
foram propostas algumas alterações para acelerar sua ob- 3DUD D DYDOLDomR GD H[SDQVLELOLGDGH GR DJORPHUDQWH YLD
agulhas de Le Chatelier (NBR 11582), prepara-se uma pas-
tenção, conservando as amostras de argamassa em solu-
ta com consistência normal, segundo a MB 3433 (“Determi-
o}HVDOFDOLQDVHDXPHQWDQGRDWHPSHUDWXUDGHHQVDLRe
nação da água de consistência normal”), preenchendo-se
RFDVRGRVPpWRGRVDFHOHUDGRVGHH[SDQVmRTXHXWLOL]DP
R FLOLQGUR PP GH GLkPHWUR H PP GH DOWXUD GH RLWR
XPD VROXomR GH FORUHWR GH VyGLR D & H GRV PpWRGRV
DJXOKDVHGHL[DQGRHPFXUDLPHUVDSRUKRUDV
GH H[SDQVmR XOWUDDFHOHUDGRV FRPR R HQVDLR VXODIULFD-
no NBRI (National Building Research Institute) em que o Após as primeiras 24 horas, medem-se os afastamentos
HQVDLR p UHDOL]DGR D & H FRQVHUYDomR HP VROXomR GH GDVH[WUHPLGDGHVGDVKDVWHVHFRORFDPVHDVHJXLUTXD-
KLGUy[LGRGHVyGLR1D2+ tro agulhas em cura a frio durante sete dias e as outras
quatro em cura a quente, em água fervendo, até que não
$QRUPD$670&³6WDQGDUGWHVWPHWKRGIRUSR-
VHYHUL¿TXHPHPGXDVPHGLo}HVFRQVHFXWLYDVYDULDo}HV
tencial alkali reactivity of aggregates – Mortar-bar method”)
GHDIDVWDPHQWRGDVH[WUHPLGDGHVGDVKDVWHV
é baseada no método sul-africano e foi utilizada no presen-
te estudo. Segundo esta norma, deve ser usada uma areia $H[SDQVLELOLGDGHDIULRWHPSRUREMHWLYRYHUL¿FDUDLQÀXrQ-
JUDGXDGDHDDUJDPDVVDGHYHWHURWUDoR FLD GR 0J2 H D H[SDQVLELOLGDGH D TXHQWH YLVD YHUL¿FDU D
(aglomerante : areia graduada : água). O aglomerante é LQÀXrQFLD GR &D2 2V UHVXOWDGRV DSUHVHQWDGRV VmR XPD
composto apenas pelo cimento na amostra de referência média dos valores observados.
8 POLITÉCNICA
ARTIGO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Uma característica que chama a atenção é a área super-
¿FLDOGRUHVtGXRGHEDX[LWDEDVWDQWHHOHYDGDRTXHPRV-
3.1. Caracterização das Matérias-primas
WUDVHUHVWHUHVtGXRPXLWRPDLV¿QRTXHRSUySULRFLPHQWR
3.1.1. Cimento Portland e areia
3RUWODQGHRHOHYDGRS+SUy[LPRDROLPLWHGDQRUPD1%5
2FLPHQWR3RUWODQGXWLOL]DGRWHPiUHDVXSHU¿FLDOHVSHFt¿FD
GH P2J H VXD PDVVD HVSHFt¿FD IRL LJXDO D .J 9HUL¿FRXVHDLQGDDGLVWULEXLomRGRWDPDQKRGHSDUWtFXODV
dm3. A composição química do cimento utilizado é apre- e as fases presentes no resíduo. Estes resultados podem
sentada na Tabela 1. A areia utilizada apresentou área su- VHUYHUL¿FDGRVQD)LJXUDHSHORGLIUDWRJUDPDGD)LJXUD
SHU¿FLDO HVSHFt¿FD GH P2J H PDVVD HVSHFt¿FD
Kg/dm3'HDFRUGRFRPDQRUPDEUDVLOHLUD1%5HVWD Figura – (A) Distribuição do tamanho de partículas da
DUHLDpFODVVL¿FDGDFRPR³DUHLD¿QD´RXXWLOL]iYHOLQIHULRU lama vermelha seca e desaglomerada (resultado médio
de cinco determinações) e (B) Difratograma de raios X da
Tabela ±&RPSRVLomRTXtPLFDHPy[LGRVGRFLPHQWR3RU-
lama vermelha.
WODQGREWLGDSHODWpFQLFDGHHVSHFWURPHWULDGHÀXRUHVFrQ-
cia de raios X.
(A)
Al2O3 MgO Fe2O3 SO3
9 POLITÉCNICA
ARTIGO
{o carbonato silicato de sódio e alumínio (Na5Al3CSi3O15)} YLGDGH$VVLP DV DPRVWUDV GH UHIHUrQFLD VHP UHVt-
IRLLGHQWL¿FDGD GXRDSUHVHQWDUDPXPDH[SDQVmRPpGLDLJXDODMi
&RPRREMHWLYRGHYHUL¿FDUDIRUPDGDVSDUWtFXODVGDODPD DRVGLDVFKHJDQGRDDRVGLDV$H[SDQVmR
vermelha após desaglomeração, utilizou-se em um micros- GDDPRVWUDGHUHIHUrQFLD¿FRXEDVWDQWHDFLPDGRYDORUGH
FySLR HOHWU{QLFR GH YDUUHGXUD 0(9$V PLFURJUD¿DV VmR YDORUGHUHIHUrQFLDSDUDFRPSRVLo}HVQmRH[SDQ-
mostradas na Figura 2. Como podemos observar, o resíduo sivas).
GHEDX[LWDDSUHVHQWDXPDHVWUXWXUDÀRFXODGDDVVRFLDGDD A adição da lama vermelha, surpreendentemente, reduziu
SODFDVeXPDHVWUXWXUDTXHIDYRUHFHDDGLomRjVPDWUL]HV D H[SDQVLELOLGDGH SURYRFDGD SHOD 5$6 GDV DUJDPDVVDV
FHUkPLFDV SRU VHU VHPHOKDQWH j HQFRQWUDGD QR FLPHQWR 3DUD XPD DGLomR GH LQFOXVLYH D H[SDQVmR DRV
Portland. GLDV ¿FRX DEDL[R GRV 2EVHUYDVH QD )LJXUD
TXHQRVLQVWDQWHVLQLFLDLVSULPHLURVFLQFRGLDVDH[SDQ-
Figura ± 0LFURJUD¿DV GR UHVtGXR GH EDX[LWD REWLGDV SRU são dos corpos de prova contendo lama vermelha foi mais
microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostrando sua acentuada do que as amostras de referência. Aparente-
HVWUXWXUDGHÀRFRVPLVWXUDGDDSODFDVVROWDV mente o Na+ livre presente na lama vermelha foi consumi-
do nestes primeiros instantes, na reação com o agregado
UHDWLYRIDYRUHFHQGRXPDPHQRUH[SDQVmRQRVPRPHQWRV
seguintes.
Figura ±&XUYDVGHH[SDQVmRGDVDUJDPDVVDVFRQWHQGR
ODPDYHUPHOKDFRPRDGLomRSDUDDYHUL¿FDomRGDUHDomR
DOFDOLVVtOLFDGHDFRUGRFRPDQRUPD$670&
10 POLITÉCNICA
ARTIGO
UDQmRVHYHUL¿FDPJUDQGHVGLIHUHQoDVHQWUHDVHVSHV- Figura – ([SDQVLELOLGDGH GH SDVWDV GH FLPHQWR 3RUWODQG
suras dos geles formados entre a pasta e o agregado nas contendo diversos teores de lama vermelha, obtidos por
Figuras 5a e 5b (sem resíduo) e as observadas nas Figuras meio das agulhas de Le Chatelier (NBR 11582).
FHGFRQWHQGRGHUHVtGXR
Figura – 0LFURJUD¿DVyWLFDVGHDPRVWUDVGDVDUJDPDVVDV
de cimento Portland: (A) e (B) sem a presença de resíduo
H&H'FRQWHQGRGHUHVtGXRFRPRDGLomR
&RPRGLWRDQWHULRUPHQWHDH[SDQVLELOLGDGHDIULRWHPFRPR
REMHWLYR YHUL¿FDU D LQÀXrQFLD GR 0J2 H D H[SDQVLELOLGDGH
D TXHQWH YLVD YHUL¿FDU D LQÀXrQFLD GR &D2 $VVLP H DR
contrário do esperado para o estudo da RAS, a substituição
do cimento Portland pela lama vermelha tende a reduzir
DH[SDQVLELOLGDGHGH/H&KDWHOLHUXPDYH]TXHRVWHRUHV
GH0J2QmRGHWHFWDGRH&D2QHVWHUHVtGXRVmR
razoavelmente inferiores aos encontrados no cimento Por-
WODQGHUHVSHFWLYDPHQWHFRPRIRLPRVWUDGRQDV
Tabelas 1 e 2.
$GLPLQXLomRGDH[SDQVmRFRPDGLomRVXFHVVLYDGDODPD (VWD H[SHFWDWLYD IRL FRQ¿UPDGD SHORV UHVXOWDGRV REWLGRV
vermelha pode ter ocorrido devido a um efeito de dilui- TXH PRVWUDP XPD HYLGHQWH UHGXomR GD H[SDQVLELOLGDGH
ção do teor de cimento, pois o cálcio é fundamental no SDUDDVGXDVFRQGLo}HVGHHQVDLR&RPRHVSHUDGRDH[-
mecanismo da RAS, como demonstram os estudos de SDQVLELOLGDGHDIULRpPXLWREDL[DXPDYH]TXHWDQWRDODPD
BLESZYNSKISND et al.(19) e SHEHATA et al.. A mini- YHUPHOKD TXDQWR R FLPHQWR DSUHVHQWDP EDL[RV WHRUHV GH
PL]DomR GD H[SDQVmR UHODFLRQDGD j UHGXomR GR WHRU GH 0J2 H D H[SDQVLELOLGDGH D TXHQWH DSUHVHQWD XPD TXHGD
KLGUy[LGRGHFiOFLRQDDUJDPDVVDTXHGLPLQXLXFRPRDX- DFHQWXDGDGHUHIHUrQFLDSDUDGHODPD
PHQWRGRWHRUGHDGLo}HVSR]ROkQLFDVDWLYDVQRFLPHQWRIRL YHUPHOKDRTXHUHÀHWHDGLIHUHQoDFRQVLGHUiYHOQRVWHR-
YHUL¿FDGDHPH[WHQVLYRHVWXGRUHDOL]DGRSRU081+2=. UHV GH &D2 HQWUH R FLPHQWR 3RUWODQG H R UHVtGXR
FRQWUD
Resultados semelhantes aos apresentados na Figura 5 $VVLPSRGHPRVREVHUYDUTXHDVUHDo}HVH[SDQVLYDVGRV
haviam sido obtidos por GARCÍA-LODEIRO et al.(21) que, ao álcalis presentes na lama vermelha (Na+ e Ca+) não com-
DGLFLRQDUHP FLQ]DV YRODQWHV PDWHULDO SR]ROkQLFR DR FRQ- prometem o uso deste resíduo em substituição parcial do
FUHWR REVHUYDUDP XPD H[SDQVmR PHQRU HP FRPSDUDomR cimento Portland para aplicações secundárias.
às amostras de referência. Coincidentemente, os estudos
de MUNHOZ mostram que o teor mínimo de adição de 4. CONCLUSÕES
SR]RODQDDWLYDSDUDTXHD5$6VHMDPLWLJDGDpHQWUHH Após a análise dos resultados apresentados, pode-se con-
1RSUHVHQWHHVWXGRIRLREVHUYDGRTXHHVWHYDORUpGH cluir que:
FHUFDGH zContrariamente ao esperado, a lama vermelha não
Além do método das barras, buscou-se avaliar as possíveis DXPHQWDDH[SDQVmRGDVDUJDPDVVDVSHODUHDomRiOFDOLV
UHDo}HVH[SDQVLYDVUHVXOWDQWHVGDXWLOL]DomRGDODPDYHU- sílica (RAS). Este fenômeno pode estar associado a um
PHOKDSRUPHLRGRPpWRGRGHH[SDQVLELOLGDGHGH/H&KDW- efeito de diluição do teor de cálcio no aglomerante, pois
elier. Os resultados obtidos são apresentados na Figura 5. este elemento é fundamental no mecanismo da RAS;
11 POLITÉCNICA
ARTIGO
zA presença da lama vermelha proporciona uma -RXUQDORIWKH(XURSHDQ&HUDPLF6RFLHW\YQS±
UHGXomRQDH[SDQVLELOLGDGHSURYHQLHQWHGDUHDomRFRPR <$/&,116(91,&98WLOL]DWLRQRIEDX[LWHZDVWHLQFHUDPLFJOD]HV
MgO e o CaO do aglomerante para as duas condições de &HUDPLFV,QWHUQDWLRQDOYQS
ensaio (a frio e a quente);
z$VUHDo}HVH[SDQVLYDVGRViOFDOLVSUHVHQWHVQDODPD
11. ASOKAN, P.; SAXEAN, M.; ASOLEKAR, S.R. Coal combustion re-
sidues-environmental implications and recycling potentials. Resources,
&RQVHUYDWLRQDQG5HF\FOLQJYQS
vermelha (Na+ e K+) não comprometem o uso deste
resíduo em substituição parcial do cimento Portland para *25'21-13,112&.:50225(00$SUHOLPLQDU\LQYHVWL-
gation of strength development in Jamaican red mud Composites. Cement
aplicações secundárias.
DQG&RQFUHWH&RPSRVLWHVYQS
12 POLITÉCNICA
ARTIGO
13 POLITÉCNICA
ARTIGO
sented. The paper also analyzes the changes in the legislation on dever de todos os seres humanos e obrigação do Estado,
WKHVXEMHFWGXULQJWKHODVW\HDUVRUPRUHDQGSURSRVHVPHD- DVVHJXUDGDSRUSROtWLFDVS~EOLFDVHVRFLDLVSULRULGDGHV¿-
sures to meet the needs, current and future, of public services of
QDQFHLUDV WHFQRORJLDV DSURSULDGDV H H¿FLrQFLD JHUHQFLDO
basic sanitation to the population of the city of Salvador. It indicates
that, through the formulation and implementation of policy and of que viabilizem o acesso universal e igualitário aos bene-
the PMSB considering the fundamental principles established by fícios do saneamento ambiental. Ela pode ser entendida
these laws and social participation and control, making sanitation como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a
in Salvador is otherwise possible.
ocorrência de doenças relacionadas ao ambiente e de pro-
Keywords: Environmental sanitation, policy of municipal sanita- mover as condições ecológicas favoráveis ao pleno gozo da
tion, Salvador. saúde e do bem-estar da população.
14 POLITÉCNICA
ARTIGO
PERCURSO METODOLÓGICO ADOTADO PARA TXDOL¿FDomR GR JDVWR S~EOLFR H IRUPXODomR GH DUFDERXoR
ELABORAÇÃO DO ARTIGO jurídico-institucional que fortaleça o princípio da função so-
cial dos serviços públicos de saneamento ambiental, bem
Para a elaboração do artigo foi realizada revisão crítica da
como os princípios da universalidade, equidade, integrali-
ELEOLRJUD¿DFRQVXOWDGDEHPFRPRIRLWDPEpPFRQVLGHUDGD
dade, intersetorialidade e de participação e controle social.
DH[SHULrQFLDGRDXWRUQDiUHD
'HDFRUGRFRPD&RQVWLWXLomR)HGHUDO$UW9pFRPSH-
tência dos municípios [...] “organizar e prestar, diretamen-
RESULTADOS E DISCUSSÃO te ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
As condições de saneamento em Salvador ainda são mui- S~EOLFRVGHLQWHUHVVHORFDO´%5$6,/S$VVLP
to precárias. Estudos realizados pela Universidade Federal a responsabilidade pela organização e prestação dos ser-
GD %DKLD QR SHUtRGR LQGLFDP TXH HPERUD D viços públicos de saneamento básico é do município. No
cobertura da rede de distribuição de água, segundo dados caso de Salvador, o Governo Municipal, desde 1925, trans-
R¿FLDLVDWLQMDGDSRSXODomRGD&LGDGHDTXDOLGDGH feriu em lei a prestação dos serviços públicos de água e
esgoto para o Governo do Estado da Bahia, assinando Ter-
da água distribuída em alguns bairros ainda apresenta pro-
mo de Acordo por tempo indeterminado em 1929 (BAHIA,
blemas; o fornecimento de água é intermitente e a desigual-
1925a, 1925b, 1929).
dade no acesso ao serviço é uma realidade, principalmente,
na periferia da Cidade. Com relação ao esgotamento sani- Atualmente, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento
WiULRDSHVDUGRHOHYDGRPRQWDQWHGHUHFXUVRV¿QDQFHLURV S.A.- EMBASA é a prestadora dos serviços públicos de
LQYHVWLGRVQRV~OWLPRVDQRVSHOR*RYHUQRGR(VWDGRGD abastecimento de água e esgotamento sanitário em Salva-
Bahia, a cobertura com rede pública de esgotamento sani- dor, embora os serviços tenham sido prestados ao longo
WiULRDWLQJHDGDSRSXODomRHRVULRVXUEDQRVFRQWLQX- GRVDQRVVHPUHJXODomRH¿VFDOL]DomRHVHPXPFRQWUDWR
am poluídos. O problema da drenagem de águas pluviais, o de concessão/programa entre o Município e a EMBASA.
manejo e a gestão dos diferentes resíduos sólidos gerados Em dezembro de 1999, o Governo Municipal aprovou a Lei
DLQGDQmRRWLPL]DGRVRH[FHVVRGHHPLVV}HVDWPRVIpULFDV QRSDUDTXHR0XQLFtSLR¿UPDVVHFRQYrQLRFRP
H GH UXtGRV HP DOJXPDV iUHDV GD &LGDGH WDPEpP FRQ¿- o Governo do Estado da Bahia para a desestatização da
JXUDPVHHPXPDUHDOLGDGHTXHQHFHVVLWDVHUPRGL¿FDGD EMBASA, com vistas ao seu processo de privatização en-
Assim, a situação dos serviços públicos de saneamento tão em curso. Devido à grande pressão popular junto ao
em Salvador está distante de preencher os requisitos de 3RGHU([HFXWLYR0XQLFLSDOD/HLIRLUHYRJDGDHPPDUoRGH
um serviço público justo do ponto de vista social, uma vez $SHQDVHPGH]HPEURGHpTXHR0XQLFtSLRHR
que uma boa parcela dos moradores da Cidade ainda não (VWDGR¿UPDUDP&RQYrQLRGH&RRSHUDomRSDVVDQGRDUH-
dispõe de serviço de esgotamento sanitário; moradores da JXODomRH¿VFDOL]DomRGHVVHVVHUYLoRVDLQGDGHIRUPDSUH-
periferia urbana continuam submetidos ao abastecimento cária, para a então CORESAB, atual Agência Reguladora
público de água intermitente; a qualidade da água ainda se de Saneamento Básico do Estado da Bahia-AGERSA e, em
apresenta, em alguns bairros, com inconformidades, sem PDLRGHD&kPDUD0XQLFLSDODSURYRXOHLDXWRUL]DQGR
atender aos padrões de potabilidade vigentes; e persistem R0XQLFtSLR¿UPDUFRQWUDWRGHSURJUDPDFRPD(0%$6$R
carências profundas no campo da drenagem e manejo de que até agora não aconteceu.
águas pluviais e da limpeza urbana e manejo de resíduos Por seu lado, a Prefeitura Municipal de Salvador-PMS apre-
sólidos. Apesar dos investimentos realizados nas últimas VHQWDGH¿FLrQFLDVHPVXDHVWUXWXUDLQVWLWXFLRQDOQDiUHDGH
décadas, uma boa parcela da população ainda encontra-se saneamento. Atualmente, as ações de saneamento estão
H[FOXtGDGRVVHUYLoRVUHYHODQGRDQHFHVVLGDGHQmRVyGH sob a responsabilidade de diversos órgãos e Secretarias.
mais investimentos, bem como de: utilização de tecnologias A Secretaria de Urbanismo e Transporte-SEMUT assume
apropriadas às realidades socioambientais, com ênfase no a responsabilidade pelos projetos e obras de drenagem de
uso racional da água, na não geração ou na minimização da águas pluviais e de redes de esgoto implantados pela PMS.
geração de esgotos, resíduos sólidos, emissões atmosféri- $LQGDQHVVD6HFUHWDULDDVDo}HVGH¿VFDOL]DomRGHSURMH-
cas e ruídos, na utilização do saneamento ecológico/ecos- WRVH[HFXomRGHREUDVGHGUHQDJHPXUEDQDHGHPDQXWHQ-
saneamento e da permacultura; gestão integrada dos ser- omR¿FDPDFDUJRGD6XSHULQWHQGrQFLDGH&RQVHUYDomRH
viços; apropriação dos serviços pelos usuários cidadãos; Obras Públicas do Salvador-SUCOP. A limpeza pública no
15 POLITÉCNICA
ARTIGO
Município é de responsabilidade da Secretaria de Ordem SDUDTXHD(0%$6$SXGHVVH¿UPDUFRQWUDWRGHSURJUDPD
Pública-SEMOP que terceirizou a totalidade dos serviços com o Município, atropelando a discussão com a popula-
prestados diretamente por meio da Empresa de Limpeza omR ORFDO H[LJrQFLD HVWDEHOHFLGD QD UHIHULGD /HL H QD /HL
Urbana do Salvador - LIMPURB, agora responsável pela QR7DO3ODQRIRLDSURYDGRSRUOHLHPPDLRGH
GH¿QLomRGDVSROtWLFDV¿VFDOL]DomRHFRQWUROHGRVVHUYLoRV (QFRQWUDPVH DWXDOPHQWH HP HODERUDomR DV SDUWHV
de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos (SALVA- do Plano Municipal de Saneamento Básico referentes aos
'25E componentes Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urba-
nas e Manejo de Resíduos Sólidos e de Limpeza Urbana.
$VDo}HVGH9LJLOkQFLDGD4XDOLGDGHGDÈJXDSDUD&RQVX-
3HODOHLGHPDLRGHR3RGHU([HFXWLYR¿FDYDREULJD-
mo Humano estão sob a responsabilidade da Coordenado-
GRDHQFDPLQKDUj&kPDUD0XQLFLSDODWpGHMXQKRGH
ria de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde-
3URMHWRGH/HLFRPREMHWLYRGHHGLWDUR3ODQR0XQLFL-
-SMS e as ações de controle de vetores transmissores de
pal de Saneamento Básico de Salvador, mediante a conso-
doenças é de responsabilidade de sua Subcoordenadoria
lidação dos Planos Setoriais de: I – Abastecimento de Água
de Controle de Zoonoses, enquanto as ações de controle
e Esgotamento Sanitário; II – Drenagem e Manejo de Águas
de emissões atmosféricas e de qualidade do ar, bem como
Pluviais Urbanas, e III – Manejo de Resíduos Sólidos e de
GHH[FHVVRGHUXtGRVHVWmRDFDUJRGD6HFUHWDULDGD&L-
Limpeza Urbana, o que até hoje não aconteceu.
dade Sustentável-SECIS e Superintendência de Controle e
Ordenamento do Uso do Solo do Município-SUCOM, res- Além da fragilidade jurídico-institucional, constata-se que
SHFWLYDPHQWH6$/9$'25E RFRUSRWpFQLFRHJHUHQFLDOGD306pLQVX¿FLHQWHSDUDRV
JUDQGHVGHVD¿RVGD&LGDGHHPWHUPRVGHVDQHDPHQWREi-
$/HL2UJkQLFDGR0XQLFtSLR/20HVWDEHOHFHHPVHX$UW
VLFR 6RPDVH D LVVR D LQH[LVWrQFLD GH LQLFLDWLYDV SDUD D
TXH³23RGHU([HFXWLYRHODERUDUiHRSHUDUiXP3OD-
contratação e capacitação de pessoal.
QR 'LUHWRU GH 6DQHDPHQWR D VHU DSURYDGR SHOD &kPDUD
Municipal e obrigatório para as empresas concessionárias Essa realidade fez com que não houvesse qualquer atitu-
ou permissionárias dos serviços públicos, que o deverão GHGD306HPH[HUFHURVHXSRGHUGHGHOHJDomRMXQWRD
atender rigorosamente, não sendo permitida a renovação EMBASA, cuja relação, normalmente, se dá em torno de
da concessão ou permissão nos casos de infrações” (SAL- TXHVW}HVUHODFLRQDGDVDRVFRQÀLWRVJHUDGRVSHODVREUDVQD
9$'25SHD/HLQR3''8 &LGDGH3RUH[HPSORGXUDQWHRVQRYHDQRVGDLPSODQWDomR
mesmo oriunda de um processo pouco participativo, não do Programa Bahia Azul em Salvador e, mais recentemen-
te, durante a implantação do Sistema de Disposição Oce-
DWHQGHQGR DR (VWDWXWR GD &LGDGH /HL QR
kQLFDGR-DJXDULEHHPLVViULRVXEPDULQRGD&LGDGHD
FRQWHPSODHPVHXV$UWDDSDUWLUGHFRQWULEXLo}HV
PMS não teve qualquer tipo de envolvimento, a não ser por
da sociedade civil, dispositivos importantes sobre o sanea-
meio de um convênio para pavimentar os logradouros pú-
mento básico como: o que estabelece que o Município ins-
EOLFRVGDQL¿FDGRVSHODVLQWHUYHQo}HVGDVREUDVHSRUID]HU
tituirá Política Municipal de Saneamento Básico; a criação
aprovar no Conselho Municipal de Meio Ambiente-COMAM
do Sistema Municipal de Saneamento Básico e de órgão
a licença ambiental para as obras.
PXQLFLSDOUHJXODGRUH¿VFDOL]DGRUGRVVHUYLoRVD&kPDUD
Temática de Saneamento Básico do Conselho Municipal A normatização e o controle dos serviços públicos de sane-
de Salvador; o Fundo Municipal de Saneamento Básico (já amento básico devem estar sempre sob a absoluta tutela do
LQVWLWXtGR SHOD OHL DSURYDGD HP PDLR GH H R EDQFR Poder Público e da população local, defendendo seus reais
de dados sobre saneamento básico integrado ao Sistema LQWHUHVVHVHLPSHGLQGRRVPRQRSyOLRVWpFQLFRH¿QDQFHLUR
de Informações Municipal-SIM Salvador, e nos Art. 98 a 2 SURFHVVR GH ¿VFDOL]DomR H FRQWUROH GRV VHUYLoRV EHP
FRPRDWUDQVSDUrQFLDQDH[HFXomRHDORFDomR GRVUHFXU-
GLUHWUL]HVSDUDRVFRPSRQHQWHVGRVDQHDPHQWREiVLFR
sos, não pode fugir das mãos dos mesmos. Nesse sentido,
6$/9$'25D
tornam-se necessários o estabelecimento de mecanismos
Porém, até o momento, Salvador não dispõe de sua política e processos institucionais apropriados, que possibilitem um
municipal de saneamento básico, dispondo apenas de um real e democrático controle por parte do Poder Público e
Plano de Água e Esgotos, elaborado de forma apressada, GDSRSXODomRVREUHRSODQHMDPHQWRDUHJXODomRD¿VFD-
visando, principalmente, atender ao estabelecido na Lei no OL]DomRDH[HFXomRGDVDo}HVHDSUHVWDomRGRVVHUYLoRV
%5$6,/ H SURSRUFLRQDU DV FRQGLo}HV públicos de saneamento básico.
16 POLITÉCNICA
ARTIGO
17 POLITÉCNICA
ARTIGO
vador, que pela Constituição Federal é o titular dos servi- %5$6,/ /HL QR GH GH DEULO GH ³'LVS}H VREUH
ços públicos de saneamento básico; o estado da Bahia por normas gerias de contratação de consórcios públicos e dá outras
meio de sua empresa estatal, a EMBASA - delegatária dos SURYLGrQFLDV´SXEOLFDGDQR'28GH
serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento
%5$6,//HLQRGHGHMDQHLURGH³(VWDEHOHFHDV
sanitário -, da Companhia de Desenvolvimento Urbano do diretrizes nacionais sobre o Saneamento Básico; altera a ... e dá
Estado da Bahia-CONDER e do Instituto do Meio Ambiente RXWUDVSURYLGrQFLDV´SXEOLFDGDQR'28GH
e Recursos Hídricos-INEMA; e a União, dando cumprimen-
%5$6,//HLQRGHGHMXOKRGH³5HJXODPHQWDRV
WR j /HL QR TXH HVWDEHOHFH DV GLUHWUL]HV QD-
arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece diretrizes
cionais para o saneamento básico e para a Política Federal gerais da política urbana e dá outras providências”, publicada no
de Saneamento Básico, por meio de programas, projetos e '28GH
ações federais relacionados à área.
%5$6,/&RQVWLWXLomR7H[WR&RQVWLWXFLRQDOGHGHRXWXEUR
Desse modo, fazer saneamento em Salvador de outra for- de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucio-
QDLVQRVDH(PHQGDV&RQVWLWXFLRQDLVGH5HYLVmR
ma, diferente daquelas realizadas até aqui, é possível!
QRVD%UDVtOLD6HQDGR)HGHUDO6XEVHFUHWDULDGH(GLo}HV
E-mail de contato: 7pFQLFDV
18 POLITÉCNICA
ARTIGO
1 – Engenheira Cartógrafa, Mestre e Doutora em Engenharia Civil e Doutora em Engenharia Civil. Professora Adjunta do Departamento
de Engenharia de Transportes e Geodésia da UFBA e Membro Permanente do Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana.
2 – *UDGXDQGRHP(QJHQKDULDGH$JULPHQVXUDGD8)%$H&DUWRJUi¿FDH%ROVLVWDGH,QLFLDomR&LHQWt¿FD±&13T
2 – Engenheiro Cartógrafo, Mestre em Eng. Civil.2 – Engenheiro Cartógrafo, Mestre em Eng. Civil.
19 POLITÉCNICA
ARTIGO
GH HQHUJLD QD VXSHUItFLH H DXPHQWDQGR R ÀX[R GH FDORU
sensível, responsável pela sensação térmica sentida.
2 - REFERENCIAL TEÓRICO
3 - MATERIAL E MÉTODO
20 POLITÉCNICA
ARTIGO
ORFLGDGHVSDUDHDWLQJLQGRDRVPV
HPDJRVWRGH(PGH]HPEURDVYHORFLGDGHVPpGLDV
mensais voltam a diminuir. Comparando o desempenho
médio mensal da velocidade do vento para os três perío-
dos com as normais climatológicas, o mês de maio sofre
GLVFUHSkQFLD
&ŝŐƵƌĂϰ͗ŝƐƚƌŝďƵŝĕĆŽƉĞƌĐĞŶƚƵĂůĚĞĐĂƐŽƐĚĞĚŝƌĞĕĆŽĚŽǀĞŶƚŽ
Figura 3: Direção do vento médio mensal para o município ĚŽŵƵŶŝĐşƉŝŽĚĞ^ĂůǀĂĚŽƌͲƉĂƌĂŽƐĂŶŽƐĚĞϭϵϵϱ;ĂͿĞϮϬϬϭ;ďͿ͕
de Salvador-BA para os anos de 1995 (Vermelho) ϮϬϬϰ;ĐͿĞEŽƌŵĂŝƐůŝŵĂƚŽůſŐŝĐĂƐ;ĚͿ͘
HD]XOSUHWR
ϰͳ/^h^^KK^Z^h>dK^WZKWK^d
O vento possui uma grande variabilidade no tempo e espa- dZ>,K
ço, assim para determinação de sua direção predominante
A tabela 1 apresenta valores calculados do comprimento de
foram realizadas operações de contagem da freqüência ho-
UXJRVLGDGH=SDUDHOHPHQWRVGDVFODVVHVXUEDQDVDWUD-
rária das direções com base na rosa dos ventos.
vés do método morfométrico Regra Prática (Rt), seguindo
Pode-se considerar que os regimes dos ventos resultam RVSULQFtSLRVGHGHWHUPLQDomRGHSDUkPHWURVHPHGLGDVGH
da sobreposição de mecanismos atmosféricos sinóticos densidade urbana sugeridos por Grimmond e Oke (1999).
(globais) e de mesoescala (regionais), afetados ainda pela Para as classes naturais foram atribuídos os valores da
rugosidade dos elementos urbanos (locais). Quanto aos re- FODVVL¿FDomR'DYHQSRUWFRQIRUPDQGRD7DEHOD
gimes sinóticos, Salvador se encontra na latitude de transi-
omRHQWUHGRLVPHFDQLVPRVLPSRUWDQWHVDLQÀXrQFLDGR$Q-
WLFLFORQH6XEWURSLFDOGR$WOkQWLFRSHUWXUEDGRSHODGLQkPLFD
LQWHUPLWHQWH GDV RQGDV GH PDVVDV SRODUHV H D LQÀXrQFLD
constante dos alísios. Estes mecanismos são determinan- dĂďĞůĂϭͲsĂůŽƌĞƐĐĂůĐƵůĂĚŽƐĚŽĐŽŵƉƌŝŵĞŶƚŽĚĞƌƵŐŽƐŝĚĂĚĞ;Ϭ)
tes quanto à direção predominantemente entre Nordeste e ƉĂƌĂĄƌĞĂƐƵƌďĂŶĂƐĚĂĄƌĞĂĚĞĞƐƚƵĚŽ
Sudeste (Figura 3).
'HYLGRDVXDORFDOL]DomROLWRUkQHDDFLGDGHGH6DOYDGRUp
De acordo com os manuais e revisão de estimativas publi-
LQÀXHQFLDGDSRUXPLPSRUWDQWHVLVWHPDGHPHVRHVFDODDV
cadas na literatura para o comprimento de rugosidade, os
brisas marinhas e terrestres. Elas atuam o ano todo e são
YDORUHVFDOFXODGRVDFLPDVDWLVID]HPHFRQWHPSODPDIDL[D
perceptíveis nas velocidades e direções de vento.
aceitável.
A distribuição de freqüência do número percentual de casos
O método para gerar os padrões de vento no aplicativo
da direção do vento à superfície é ilustrada na Figura 4. Ela
:LQG0DSTM apresenta limitações quanto à entrada de da-
revela que o vento predominante é do quadrante Sudeste
dos de comprimento de rugosidade, que devem ser inferio-
para ambos os períodos. Calmaria e ventos dos quadran-
res a 5 m.
WHV1RUGHVWHH/HVWHWrPIUHTrQFLDVEDL[DVWHQGRRFRUUL-
GRSULQFLSDOPHQWHQRYHUmRSDUDRVDQRVGHH Os valores calculados do comprimento de rugosidade (Z)
4XDQWRjVD]RQDOLGDGHQRWDVHTXHRVYHQWRVPi[L- serão incorporados às imagens de satélite juntamente com
mos ocorrem no segundo semestre (inverno e primavera). os valores divulgados no manual e se conformará ao mode-
ORGHUXJRVLGDGHSDUkPHWURQHFHVViULRSDUDJHUDUPDSDV
de padrões de vento.
dĂďĞůĂϮͲŽŵƉƌŝŵĞŶƚŽ
ĚĞƌƵŐŽƐŝĚĂĚĞ;ϬͿ
ƉĂƌĂŵŽĚĞůŽĚĞƌƵŐŽƐŝĚĂĚĞ
21 POLITÉCNICA
ARTIGO
KE^/ZO^&/E/^ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
%$55<5*&+25/(<5-$WPRVSKHUH:HDWKHUDQG&OLPDWH/RQ-
O artigo proposto é parte inicial de um projeto de disserta- GRQ0HWKXHQHGDSXG$<2$'(-2,QWURGXomRjFOLPDWRORJLD
ção de mestrado e visa contribuir com dados quantitativos, para os trópicos. 5.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
para períodos distintos, avaliando as variações climáticas
ECHENIQUE, M. Modelos: una discussión. In: MARTIN, L.; MARCH, L.;
para a cidade de Salvador, padrões de vento, descrevendo ECHENIQUE, M. La estructura del espacio urbano. Barcelona: Gustavo
a tendência geral das diferentes áreas e tipologias urbanas. *LOL
Esse estudo poderá indicar o quanto a qualidade da venti- GRIMMOND, C. S. B.; OKE, T. R. Aerodynamic properties of urban areas
lação foi reduzida devido à vasta área da ocupação urbana derived from analysis of surface form. Journal of Applied Meteorology. v.
S
indicando quais os padrões de vento atuais. Será também
observada a aplicabilidade dos métodos de simulação com- 6$5$,9$ - $ * $HURGLQkPLFD GRV HGLItFLRV DOWRV FDUDFWHUtVWLFD GR
escoamento e resposta à turbulência de formas prismáticas. 1983. Tese
SXWDFLRQDOGDVFRQGLo}HVGHFLUFXODomRGHDUSDUDDGH¿QL-
(Concurso para Especialista) - Departamento de Estruturas, Laboratório
ção de orientações para o planejamento urbano. Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, 1983.
(VSHUDVHWDPEpPTXHHVVHHVWXGRDX[LOLHDWUDEDOKRVIX-
TAESLER, R. Urban Climatological Methods and Data. In: TECHNICAL
turos como base de informações na avaliação das tendên- CONFERENCE ON URBAN CLIMATOLOGY AND ITS APPLICATIONS
cias de mudanças climáticas locais e conseqüentemente :,7+ 63(&,$/ 5(*$5' 72 7523,&$/ $5($6 *HQHYD 3UR-
FHHGLQJV*HQHYD:02S
globais.
9$5(-26,/9$0$0HWHRURORJLDHFOLPDWRORJLD5HFLIH9HUVmR
E-mail de contato: digital 2.
:,(5,1*$-'$9(13257$**5,0021'&6%1HZUHYLVLRQ
vivian.fernandes@ufba.br1±DOH[DQGUH#\DKRRFRP RI'DYHQSRUWURXJKQHVVFODVVL¿FDWLRQ,Q(8523($1 $)5,&$1&21-
br2±PDXURDOL[DQGULQL#XIEDEU3 - lucimary_moreira@ )(5(1&(21:,1'(1*,1((5,1*(LQGKRYHQ3URFHHGLQJV
yahoo.com.br4 (LQGKRYHQS
22 POLITÉCNICA
ARTIGO
23 POLITÉCNICA
ARTIGO
dúvida, o MATLAB, usado por engenheiros em todo mundo. Este cálculo é feito simbolicamente, utilizando equações di-
IHUHQFLDLVHDR¿QDOpPRVWUDGRJUD¿FDPHQWHRUHVXOWDGR
A necessidade de enfoques didáticos em determinadas si-
Os comentários constantes da listagem do programa procu-
WXDo}HVPRWLYRXSURIHVVRUHVGD8QLYHUVLGDGHGH:DWHUORR
UDPPRVWUDURVLJQL¿FDGRGHFDGDSDVVRSHUFRUULGR
QR&DQDGiDGHVHQYROYHUHPDSDUWLUGHXPVLVWHPD
que realizasse cálculos algébricos simbólicos. Daí surgiu o Os valores numéricos de cada componente do circuito são:
0$3/(KRMHHPVXD9HUVmR$VYDQWDJHQVGRFiOFXOR
simbólico incluem não só a facilidade da compreensão dos 5 RKPV
cálculos mas, principalmente, sua aplicação como ferra- / P+
menta didática.
C= 3,3 microF
6HJXHVH XP H[HPSOR VLPSOHV GH FiOFXOR GH XP FLUFXLWR
RLC em série, alimentado por uma fonte variável no tempo. 9 VLQW
24 POLITÉCNICA
ARTIGO
25 POLITÉCNICA
ARTIGO
26 POLITÉCNICA
ARTIGO
27 POLITÉCNICA
ARTIGO
BIBLIOGRAFIA
Costa, C. A. da – O Cálculo Matemático na Engenharia: Sua Evolução e Instrumentos – Revista do Instituto Politécnico da Bahia –
$QR±2XWXEURGH
MAPLE - http://www.maplesoft.com/products/Maple/professional/
MATLAB - http://www.mathworks.com/products/matlab/
6LOYD5±(VWXGDQGR6LQDLVH6LVWHPDVFRPR0DSOH±$SRVWLOD±(VFROD3ROLWpFQLFD±8)%$±
28 POLITÉCNICA
ARTIGO
Divulgação
NALNAOAJP=¾»KCN¹ł?=J=
engenharia: sua evolução técnica
Caiuby Alves da Costa Abstract: this article presents the engineering graphics represen-
tation evolution and the techniques used to do it
Resumo:(VWHDUWLJRGHVFUHYHDHYROXomRGDUHSUHVHQWDomRJUi¿-
ca na engenhara e a evolução para realiza-la. Keywords: engineering’s graphics representation, history of engi-
neering ,evolution of instruments for engineering drawing.
Palavras-chave: D UHSUHVHQWDomR JUi¿FD QD HQJHQKDULD HYROX-
ção dos instrumentos de desenho, historia da engenharia A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Representações
JUi¿FDVGH
Leonardo
da Vinci
29 POLITÉCNICA
ARTIGO
2GHVHQKRSUy[LPRDRVGRVQRVVRVGLDVDSDUHFHPHPVX-
portes como o papiro e o pergaminho e após o papel. Os
instrumentos de escrita eram o caniço, as penas de pás-
saros, os pinceis no oriente e as pontas de metal entre os
URPDQRV2OiSLVPRGHUQRGDWDGR¿QDOGRVpFXOR;9,,,
8PDJUDQGHPXGDQoDRFRUUHXQRVDQRVFRPDXWLOL-
zação da perspectiva por Brunelleschi e Leonardo da Vinci.
(VWH ~OWLPR DVVRFLRX R LQWHUHVVH FLHQWt¿FR D DUWH XVDQGR
perspectiva, desenho técnico e empregando as relações
geométricas.
A Perspectiva Cônica
)RQWH/XtV&DQRWLOKR±:LNLSHGLD
A perspectiva cônica mostra os objetos de maneira seme- 3HUVSHFWLYD,VRPHWULFD$[RQRPHWULD
lhante à forma como são vistos pelo olho humano, como
DSDUHFHULDPHPXPDIRWRJUD¿D
A Geometria Descritiva
30 POLITÉCNICA
ARTIGO
e XPD FLrQFLD TXH HVWXGD RV PpWRGRV GH UHSUHVHQWDomR
JUi¿FDGDV¿JXUDVHVSDFLDLVVREUHXPSODQR5HVROYHSUR-
blemas como: construção de vistas, obtenção das verdadei-
ras grandezas de cada face do objeto através de métodos
descritivos e também a construção de protótipos do objeto
representado Imagens de desenhos técnicos – Algumas Imagens
9LVWDH[SORGLGDERPED3DGU}HVGLPHQVLRQDLVGHSDSHO
cortes de um carro
5HSUHVHQWDomRGDLQWHUVHFomRGHGRLVVyOLGRV3LUkPLGH±(VIHUD
5HSUHVHQWDomRGHXPD3LUkPLGH
Desenho Técnico
Desenho técnico é um ramo especializado do desenho, ca-
racterizado pela sua normalização e pela apropriação que
faz dos seguintes conteúdos:
Geometria Descritiva: vistas ortogonais, cortes, seções,
GHWHUPLQDomRGHGLVWkQFLDViUHDVHSODQL¿FDomRGHVyOLGRV Corte e vista lateral de locomotiva
Perspectivas: métodos ilustrativos de representação do
espaço e de objetos.
Perspectiva isométrica: método de representação parale-
ODTXHVHGHVHQYROYHDFXMDVPHGLGDVGRVHL[RVSULQFL- BIBLIOGRAFIA
pais permanecem inalteradas.
Costa, C. A –Introdução à Engenharia Elétrica – Notas de Aula-Escola Po-
Perspectiva cavaleira: método paralelo mais comumente litécnica - UFBA
UHSUHVHQWDGRDHJUDXVTXHDGRWDUHGXo}HV &DQRWLOKR/0/±&ODVVL¿FDomRGDVSHUVSHFWLYDV
para as diagonais da profundidade.
:LNLSHGLD7HFKQLFDO'UDZLQJ7RROV
Perspectiva do arquiteto: método com dois pontos de fuga.
:LNLSpGLD$+LVWRU\RI&RPSDVVDQG7ULDQJOH
Desenho Geométrico: construções fundamentais e con-
FRUGkQFLDV :LNLSHGLD3HUVSHFWLYHJUDSKLFDO
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NOTÍCIAS
IPB já deu início aos trabalhos de organização dos seguintes eventos para o próxi-
O mo ano de 2014:
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NOTÍCIAS
- No dia 6 de novembro de 2013 o IPB realizou Assembleia Geral Extraordinária, na qual foi aprovado o texto
do novo Estatuto e foram eleitos os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal para o biênio 2014-2015.
Acima uma foto tirada durante a reunião.
- OS CONVÊNIOS com a SICM, SEAGRI, EBDA e maturidade em Gestão Estratégica nas Empresas.
o breve lançamento de Edital de Gestão da Inova- Isso tem gerado vantagens competitivas relevan-
ção pela FAPESB, que têm como foco a INOVAÇÃO tes, através de Sistemáticas consagradas nas melho-
TECNOLÓGICA, objetivam levar Sistemáticas e Fer- res Escolas de Negócio do mundo e adotadas por
ramentas de Gestão Estratégica da Inovação que Empresas de classe mundial. Este movimento vem
mudem completamente a cultura de inovação das garantindo maior sucesso econômico e redução
empresas existentes do Estado. EXCELENTES RESUL- drástica dos riscos nos aportes de capitais das INS-
TADOS vêm ocorrendo nos programas de incentivos TITUIÇÕES FINANCEIRAS do Governo e Privadas. O
às Empresas que buscam INOVAÇÕES na EUROPA, IPB/ESCOLA POLITÉCNICA/FEP irá se reunir em bre-
em decorrência de, além do apoio tradicional finan- ve com o presidente da DESENBAHIA, oferecendo o
ceiro, as Instituições Governamentais estarem inves- nosso apoio ao Programa de Incentivo à INOVAÇÃO
tindo também fortemente na elevação do nível de denominado INOVACRED.
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ARTIGO
Politécnica
34 EU PENSO ASSIM