Você está na página 1de 12

A GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Nome: Sarah Martins Pereira


Email: thasarahmartis@gmail.com
Orientador: Cinayana Silva Correia
Email: cinayana.correia@uniube.br

RESUMO

A partir dos estudos realizados na gestão Educação Infantil pedagógica,


percebemos o encantamento e o interesse das crianças pelas atividades lúdicas
desde a música, a dança, os desenhos e principalmente as brincadeiras. No entanto
brincavam sem nenhum objetivo didático e sem ocorrer mediação entre professoras e
alunos (as). Sendo assim, pesquisamos sobre quais concepções as professoras da
educação infantil possuem sobre a função do brincar no desenvolvimento integral das
crianças, tendo como eixo principal à sua importância no processo de ensino e
aprendizagem, já que o brinquedo e o ato de brincar é a principal atividade desenvolvida
e significativa para a criança segundo Santos (1996) a atividade lúdica tem uma
importância notável, pois é através dela que a criança constrói seu próprio mundo.
Nessa perspectiva, nossa pesquisa está voltada para uma abordagem qualitativa que
compreende um estudo empírico com os professores da educação infantil da rede.
Nosso marco teórico está voltado para as concepções sobre o lúdico a partir das
Referencias Curriculares (RCNEI) e autores como: Vygotsky (1989), Piaget (1975),
Kishimoto (2012), Formosinho (2010), Santos (2001) , entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Educar – Interação – Ludicidade – Cognição


_____________________
¹Sarah Martins Pereira, cursando Pedagogia EAD/Uniube.
estagiária na Escola Municipal Professor Alves de Souza.
² Doutoranda em Educação Artística pela Universidade de Lisboa, Universidade do Porto e suas
Faculdades de Belas-Artes. Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE (2015).
Graduou-se em Pedagogia pela UNIUBE (2005). Especialista em Docência na Educação Superior pela
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM (2009). Professora dos cursos de Pedagogia
presencial e a distância da UNIUBE; professora da Educação Básica na Rede Municipal de Educação
de Uberaba; tutora do curso de Especialização em Pedagogia Universitária da UFTM - polo Uberaba.
1.INTRODUÇÃO

A escolha tema GESTÃO PEDAGÓGICA na educação infantil se dá a


partir da observação em algumas experiências como discente do Curso, uma vez que
para alguns professores, falar sobre a importância do lúdico no processo de
desenvolvimento integral da criança ainda é algo muito complexo, observando o
contexto escolar como uma atividade distanciada da prática educativa.
Ao longo da nossa experiência no estágio supervisionado I direcionado
para a educação infantil, começamos a nos questionar sobre o motivo no qual as
crianças brigavam e corriam não demonstrando interesse na proposta da aula.
Durante a regência observamos o encantamento e o interesse das crianças nas
atividades lúdicas como músicas, danças, desenhos, e principalmente as
brincadeiras.
No período de observação, os educandos brincavam sem nenhum
objetivo didático, tornando-se dispersos, sem motivação uma vez que não ocorria
uma mediação entre professor, ludicidade e aluno.
Então pesquisamos sobre quais concepções, professores da educação
infantil podem trabalhar a função do brincar no desenvolvimento integral das crianças,
tendo como eixo principal a sua importância no processo de ensino e aprendizagem,
já que o brinquedo e o ato de brincar é a principal atividade desenvolvida e
significativa para a criança. Segundo Santos (1996), a atividade lúdica tem uma
importância notável, pois é através dela que as crianças constroem seu próprio
mundo.
Nessa perspectiva, pretendemos que professores da educação infantil
que trabalham com crianças de 0 a 5 anos, compreendam o uso da brincadeira no
contexto escolar como um recurso que, além de tornar o cotidiano da sala de aula
mais atraente, seja uma ferramenta de mediação processo de ensino e
aprendizagem e proporcionando às crianças a construçãode novas descobertas.
O RCNEI é de suma importância, porque serve de guia educacional
fomentando discussões entre os profissionais de ensino que atuam diretamente na
educação infantil. Ele define objetivos, conteúdos e orientações didáticas,
respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.
Apesar de não obrigatório o RCNEI deve ser um norteador na
construção de uma proposta pedagógica adequada à Educação infantil, mas temos
que lembrar sempre que a criança tem o direito de viver sua infância, sem imposições
de prática ritualísticas inflexíveis.
Entende-se por gestão pedagógica o conjunto de esforços
empreendidos pelos educadores, incluindo as famílias, para coordenar os diferentes
elementos que, na unidade educacional, servem de mediadores das vivências e
aprendizagens. Esse conceito está longe de se limitar somente à organização
administrativa e burocrática. Antes, coloca as tarefas diárias dos gestores à serviço
de um projeto político-pedagógico continuamente construído.

2.PRÁTICA PEDAGÓGICA

A prática pedagógica é o fio condutor do cotidiano, englobando todas as


rotinas e períodos que compõem o fazer diário das instituições de educação infantil já
o brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se, compreender-
se, confortar-se, é negociar, e se transformar, e de extrema importância no
desenvolvimento e aprendizagem (pois facilita a construção da reflexão, autonomia e
da criatividade) na educação infantil.
Diante das mudanças na sociedade e suas práticas é nossa
responsabilidade, enquanto educadores não permitir que o brincar desapareça.
Propiciar ambientes, estimular brincadeiras de cunho educativo e intermediar a
relação brincadeira e aluno se faz necessário para seu desenvolvimento pois o
brincar é o processo de educação da criança e temos que reconhecê-lo em toda a
sua possibilidade e potencial educativo.
É necessário que o educador realize um vasto trabalho mostrando à
sociedade que o “brincar” não se trata de perda de tempo, mas um processo pelo
qual toda criança deve passar.
O papel do professor de educação infantil na brincadeira é essencial na
estruturação, na oportunidade, na intervenção, na observação e no favorecimento do
brincar da criança na escola, sendo sem dúvida, um importante atributo na
educação, sem sua participação, esta não encontrará sua total objetividade.
A realidade de muitas escolas é que o ato de brincar não está sendo
feito como deveria. Muitos educadores estão preocupados em expressar os
conteúdos programáticos em sala de aula não permitindo que as crianças brinquem
de forma natural, pois acreditam que a brincadeira e a aprendizagem não podem viver
os mesmos espaços.
No Brasil, a Lei de Diretriz e bases de educação Nacional- LDB
9.394/96 determina que o período de três anos a contar de suas sanções, todas as
creches passem para a administração educacional, o que as transformam em
responsabilidades de instituição de educação, fazendo com que as creches e pré-
escola sejam a primeira etapa da educação básica tendo como objetivo maior
estabelecer os fundamentos para os níveis posteriores de escolarização.
Onde o ambiente de aprendizagem escolar é um local em que um
individuo está sujeito a oportunidades de aprendizagem. O termo ambiente de
aprendizagem é confundido com o espaço físico onde ocorrem práticas educativas.
Propõe-se uma visão mais geral, abarcando o conjunto formado entre sujeitos,
objetivos e recursos que integram no processo aprender.
Um exemplo de ambiente de aprendizagem é o ambiente de
aprendizagem escolar, que é um local planejado e organizado, para que ocorram
práticas educativas. Nesse ambiente, o professor tem um papel fundamental, que
pode ser tanto na preparação, organização e sistematização da aprendizagem,
como no direcionamento ou orientação do professor de aprendizagem.
O ambiente de aprendizagem escolar é um lugar previamente
organizado para promover oportunidades de aprendizagem que se constitui de forma
única na medida em que é socialmente construído por alunos e professores a partir
das interações que estabelecem entre si e com as demais fontes materiais e
simbólicas do ambiente. Os ambientes de aprendizagem podem ser classificados a
partir de vários critérios, pois há vários fatores que interferem em um processo de
aprendizagem, entre eles a sistematização e a autonomia do aprendiz.
Este trabalho teve como objetivo estudar como a organização do espaço pode
contribuir para uma educação infantil de qualidade. Isto é, como este pode ser um
provedor de desenvolvimento e a aprendizagem das crianças na educação infantil.
Os RCNEI defendem o brincar, garantindo às crianças momentos de experiências e
novas descobertas.
Através de tais atos as crianças se desenvolvem em diferentes
aspectos, como por exemplo, em relação a autonomia, a cognição, a linguagem, a
motricidade, entre outros, visto que nas brincadeiras a mesma têm a oportunidade
de praticar, criar, interagir umas com as outras uma vez que há uma influência da
sociedade para que as crianças aprendam cada vez mais cedo os conteúdos
pedagógicos.
Os professores de modo geral dirigem os momentos lúdicos com o fim
apenas de alcançarem determinados objetivos. Não possibilitando que as crianças
explorem e criem sua própria maneira de brincar de forma livre e espontânea. Elas
acabam brincando, não pelo prazer e a alegria que o ato lúdico lhes trás, mas para
alcançar e cumprir os objetivos e as regras estabelecidas pelo professor.
O professor de educação infantil deve reconhecer o ato de brincar como
um recurso pedagógico em sala, com isso terá uma aula mais produtiva, prazerosa,
com maior participação dos educandos, além de estar respeitando seu direito.
Conclui-se que, “o brincar” é o ato de movimentar-se e é de grande
importância biológica, social e cultural de movimentos, onde pessoas interagem com o
meio ambiente, relacionando-se com os outros, aprendendo sobre si, seus limites,
capacidades e solucionando problemas iniciais no ensino fundamental. Estando
diretamente ligado ao esquema corporal.
A criança ao ingressar na educação infantil, está pisando em um
terreno novo, um mundo diferente, por isso a importância do brincar, pois assim a
criança se sentirá incluída com mais facilidade neste novo ciclo que se apresenta à
sua frente, a imensidão deste mundo cheio de novidades e descobertas se tornarão
mais aprazível. “O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é
uma experiência humana,rica e complexa” ( ALMEIDA, 2006)
A interação com os adultos deve ser bem planejada e executada, pois o
adulto vai sempre servir de exemplo para a criança. Por isso a qualificação profissional
se faz necessária.
Após a leitura segundo seu desenvolvimento, fica fácil perceber que todas
as crianças, independente de sua cultura e classe social, precisam brincar, uma vez
que nascem e participem de diversas práticas sociais na comunidade, seja na rua ou
na escola. Elas brincam para aprender, para socializar-se, para extravasar
pensamentos, prazer e felicidade.
Se brincar é a melhor forma para a criança aprender, é indiscutível sua
importância dentro da escola infantil. O alerta para os educadores recai justamente
na intenção de suas ações, uma vez que deixar as crianças brincarem
aleatoriamente, sem sistematização e /ou objetivos claros, não é o ideal. Adotar os
jogos e as brincadeiras como princípio metodológico de uma educação libertadora,
significa acompanhar e desafiar a criança.
O professor mediador ficara atento as disposições e tendência da
criança, procurando enriquecer e problematizar situações de forma a plena atuação
no jogo ou brincadeira escolhida. Na condução das atividades rotineiras na Educação
infantil é necessário ficar atento à participação de todos. Excluir os mais lentos, os
mais arteiros ou desinteressados só acarretará problemas futuros sendo necessário
interagir e resolver os conflitos.
O brincar é uma atividade lúdica que pode e deve ser desenvolvida na
escola, já que permite a criança desenvolver-se em diversos aspectos como:
cognitivo, social, físico, motor, além de representar momentos vivenciados
anteriormente a partir da brincadeira tornando-se uma experiência diferenciada das
outras, por utilizarem recursos, materiais diversificados, proporcionando a criança
um momento de vasto conhecimento.
De acordo com os RCNEI (1988) nas brincadeiras as crianças
transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais
com os quais brinca. Ao brincar ela assume um determinado papel numa brincadeira,
e isso provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida
na família ou em outros ambientes, sendo de grande enriquecimento para a sua
aprendizagem na medida em que pensa, cria e desenvolve novas experiências a partir
de outras já vividas.
Assim, para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é
imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são
oferecidas nas instituições, como em especial o ato de brincar, pois essa prática é
muito significativa para o imaginário da criança, em que ela se sente instigada na sua
realização, e a partir da brincadeira desenvolve a sua criatividade e autonomia.
Podemos concluir que o brincar é necessário no ambiente de educação
infantil por fazer parte das necessidades das crianças incluindo o seu próprio
desenvolvimento.
Enquanto seres pensantes que estão em profundo crescimento, através
das brincadeiras elas sentem o prazer e a liberdade de aprender desenvolvendo
experiências que jamais poderiam praticá-las de outra maneira, o que faz fortalecer a
sua importância e inserção no ambiente de instituições infantis.
Brincar é realmente uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e autonomia. “O fato de a criança, desde muito cedo, se
comunicar por meio de gestos, sons, e mais tarde representar determinado papel na
brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação”. (RCENEI, 1998, v. 2, p. 22).
Os jogos são importantes na escola, mas antes disso são importantes
para a vida. A vida, do nascimento à morte, propõe-nos questões fundamentais sobre
nosso corpo, diferenças, identidades e convenções culturais.
Por meio do problema de pesquisa, atingiu-se o objetivo que era o de
verificar qual é a importância do brincar para o desenvolvimento da criança na
Educação Infantil. E percebeu-se que é de extrema importância que a criança tenha
a oportunidade de se desenvolver por meio de brincadeiras, pois esta possibilita a
ampliação das habilidades motoras, bem como dos aspectos sociais e emocionais.
Cabe também ao profissional da Educação Infantil a responsabilidade em
proporcionar momentos bem planejados envolvendo a brincadeira, atuando como
organizador, participante e observador das brincadeiras, dando a oportunidade para
que a criança possa criar desenvolvendo sua autonomia.
Desse modo, tem-se a criança como um ser atuante e que possui uma
cultura, um jeito próprio de ser. Com isto, a prática educativa deve buscar
compreender um ensino que se aproxime desse sujeito, em que valoriza-se os
aspectos da infância sobre uma perspectiva de reconhecer a criança como produtora
de conhecimento e não como aquela que recebe um conhecimento organizado
segundo a perspectiva do adulto.
Tais práticas são construídas a partir das significações que fazem das
ações dos adultos, tornando assim sujeitos que criam seu modo e sua forma de
entender e compreender aspectos do mundo, sujeitos construtores de uma cultura
própria.
Deste modo, a criança é vista como um ser que possui culturas, e portanto, brincar é
uma atividade aprendida na cultura que possibilita que elas se constituam como
sujeitos em um ambiente em contínua mudança, onde ocorre constante aquisição de
conhecimentos e valores, uma vez que brincar é inerente ao nascimento.

3.A METODOLOGIA

Na efetivação da gestão pedagógica da unidade de Educação Infantil,


a formação daequipe docente é um elemento fundamental de superação de
esquemas ritualizados de ação dos quais cada professor tem pouca consciência em
sua rotina diária, impedindo-os de perceber os sentidos que as crianças vão dando
às propostas apresentadas.

Conforme se dá o desenvolvimento profissional do professor de


Educação Infantil - que é um campo novo nos sistemas de ensino e nos cursos de
magistério -, as construções de olhares sensíveis tornam a prática pedagógica mais
reflexiva e promotora da autonomia de cada professor na construção de uma
Educação Infantil de qualidade, objetivo básico da gestão.
A formação inicial do docente deve garantir o estudo teórico-
metodológico do que seria uma Educação da Infância, possibilitando ao professor o
domínio de aspectos específicos do trabalho pedagógico com as crianças pequenas.
Cabe ainda à formação inicial promover a apropriação pelo professor de elementos
do conhecimento historicamente construído, de modo a possibilitar-lhe mediar a
curiosidade infantil e a construção, pelas crianças, de saberes sobre o mundo social,
das Ciências, da Arte, sobre o fantástico e sobre si mesmas. Nesse processo, o
aprendizado pelo professor de diferentes linguagens presentes em sua cultura - a
plástica, a musical, a teatral e também a linguagem verbal - possibilita a ele mediar o
desenvolvimento da criatividade e da imaginação pelas crianças.
A formação continuada, foco básico de qualquer gestão, deve
propiciar aos professores possibilidades de trabalhar sua autoestima, dar-lhes
oportunidade de serem ouvidos e de atuarem como protagonistas de seu próprio
processo de um
dança e garantir o exame das dimensões éticas da atuação docente. Ela deve criar
oportunidades para que os professores questionem suas crenças e práticas
institucionais e localizem suas resistências a mudanças, considerando-os não como
meros consumidores, mas como produtores de saberes.
A prática dos professores para melhor compreensão da realidade do
brincar como contexto escolar faz parte da pesquisa qualitativa já que o Minayo
(2007, p. 26) Nos mostra que “Essa fase combina instrumentos de observação com os
pesquisadores, levantamento de material documental e outros”.
O brincar na educação infantil é uma reflexão teórica inicial com base
RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) um documento
criado em 1998 pelo ministério da educação e cultura do Brasil que retrata de uma
maneira geral a função de educação infantil na vida da criança no espaço escolar,
assim resolvem situações que venham surgir durante as atividades favorecendo
assim uma melhor compreensão e capacidade de resolução.
Diante das informações contidas nesse estudo pode-se concluir que os
jogos e as brincadeiras na sala de aula, podem ser considerados atividades sociais
de interação específica e fundamental que garante a construção do conhecimento da
realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito-criança como sujeito
produtor da história.
Cabe mencionar que os professores apresentam contradições entre o
pensamento (teoria) ações vivenciadas no decorrer de sua prática pedagógica,
deixando os jogos e as brincadeiras (lúdico) fora do processo de ensino
aprendizagem, usando-o apenas em alguns momentos de maneira limitada,

uma separação rígida entre prazer e conhecimento para que haja o processo de
aprendizado.

Vale considerar que a inclusão da ludicidade no planejamento escolar e nas


atividades desenvolvidas na sala de aula, acarreta a propagação de uma educação
flexível direcionada para a qualidade e a significação de todo o processo educativo,
norteando aspectos e características que serão a chave principal para o aprendizado
do educando e sua inserção no meio social do qual faz parte.
Essa inclusão visa, portanto, a flexibilização e dinamização das atividades
realizadas ao longo de toda a prática docente, aumentando a eficácia e significação
da aprendizagem.
A escola, como sendo um ambiente social, deverá ser para todos os
envolvidos no processo educativo, um local promissor de troca e vivência de
experiências, contribuindo de maneira positiva na efetivação de uma aprendizagem
significativa e flexível. Com isso, os educadores, enquanto mediadores do
conhecimento, devem oportunizar o crescimento da criança de acordo com seu nível
de desenvolvimento, oferecendo um ambiente de qualidade que estimule as
interações sociais, um ambiente enriquecedor de imaginação, onde a criança possa
atuar de forma autônoma e ativa, fazendo com que venha a construir o seu próprio
processo de aprendizagem.
Além disso, as brincadeiras e os jogos são indispensáveis para que haja
uma aprendizagem com divertimentos, que proporcione prazer no ato de aprender e
que facilite as práticas pedagógicas em sala de aula.
É importante ressaltar que o professor deve desenvolver atividades lúdicas
na sala de aula não como meras brincadeiras, mas como uma possibilidade de
promoção do ensino aprendizagem, também como uma atividade de entretenimento,
sem relação obrigatória com a aprendizagem significativa para o aluno.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante este estudo chegamos a conclusão que devemos usar de


toda habilidade para desenvolver este lado criativo da criança de forma que ela sinta
todo seu potencial de criação e desenvolvendo seu aprendizado. A criança deve ter o
prazer de aprender, se sentir um pequeno desbravador, descobrindo um mundo de
aprendizagem, um mundo novo, que nós já conhecemos, mas elas, as crianças estão
à descobrir.
Assim, o esquema corporal é o resumo e síntese de toda a experiência
corporal no mundo. É pelo esquema corporal que a criança irá conseguir movimentos
cada vez mais ajustados na qual descobrirá o mundo que a cerca e a envolve.

A educação física adquire um papel importantíssima à medida que ela


pode estruturar um ambiente adequado para a criança, oferecendo experiência
resultando numa grande auxiliar e promotora do desenvolvimento humano.

5.REFERENCIAS
Barbosa, M.C.S. Por Amor e Por Força: Rotinas na Educação Infantil. (Tese de
Doutoramento). Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas, 2000.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de


Qualidade para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2006.

Ministério da Educação e Cultura/Conselho Nacional de Educação. Diretrizes

Nacionais para a Educação Infantil. Parecer nº 20. Brasília: MEC, 2009.

Campos, M.M.; Füllgraf, J.; Wiggers, V. A Qualidade da Educação Infantil Brasileira:


Alguns Resultados de Pesquisa. Cadernos de Pesquisa, v. 36, nº 127, p. 87-128, jan/abr.
2006.

Campos-Carvalho, M. I.; Bonagamba-Rubiano, M. Organização do Espaço em


Instituições Pré-Escolares. In OLIVEIRA, Z. M. R. de (org.) Educação Infantil: Muitos
Olhares. São Paulo: Cortez, 1994.

Carvalho, A.M.; Pedrosa, M.I.P. C.; Rossetti-Ferreira, M.C. Aprendendo com a Criança
de Zero a Seis Anos. São Paulo: Cortez, 2012.

Horn, M.G.S. O Lugar do Espaço na Ação Pedagógica do Educador Infantil. (Tese de


Doutoramento). Faculdade de Educação, URGS, Porto Alegre, 2003.

Oliveira, Z.M.R. Jogos de Papéis: um Olhar para as Brincadeiras Infantis.


São Paulo: Cortez, 2012.

Você também pode gostar