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Código Penal
Art. 83. O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade
igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I – cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III – comprovado: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
a) bom comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;
IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; (Re-
dação dada pela Lei n. 7.209, de 11/07/1984)
V – cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terroris-
mo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei n.
13.344, de 2016)
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pes-
soais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.
Obs.: vale lembrar que de eventuais decisões do juíz da execução cabe o agravo em exe-
cução.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL (OAB 2021 1ª FASE)
Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal – Livramento Condicional
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• mais de 1/3 da pena se não for reincidente em crime doloso (crime comum),
• mais da 1/2 da pena se for reincidente em crime doloso (crime comum); e
• mais de 2/3 da pena, nos casos de condenação por crime hediondo ou a ele equipa-
rado (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo), e desde que o
sentenciado não seja reincidente específico em crimes desta natureza (art. 83, CP).
Além disso, não pode ter cometimento de falta grave nos últimos 12 meses (novo requi-
sito objetivo).
Requisitos subjetivos:
• Comportamento carcerário satisfatório;
• Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
• Aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;
• No caso de crime doloso praticado com violência ou grave ameaça à pessoa, é impres-
cindível a constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir.
Processamento do pedido:
• Requerimento do sentenciado (ou familiar), do Ministério Público (MP), da defesa
ou proposta pelo diretor do estabelecimento prisional;
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• O juiz da execução, antes de decidir, ouve sempre o MP e também o defensor;
• Deferido o pedido, realiza-se audiência admonitória, na qual o juiz especificará as
condições a que fica subordinado o livramento.
Observações:
• O Conselho Penitenciário NÃO emite parecer em livramento condicional;
• Súmula n. 441 STJ: a falta grave não interrompe o prazo para obtenção do livra-
mento condicional.
Obs.: vale lembrar que a prática de uma falta grave faz com que o prazo da progressão
de regime seja interrompido e, consequentemente, zerado. Nesses casos, o prazo
começa a ser recontado a partir do momento em que o preso voltar a cumprir a sua
pena.
ANOTAÇÕES
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Obs.: nesse sentido, se o condenado está em livramento condicional e vem a praticar al-
guma coisa errada ou descumprir alguma condição, isso deve ser analisado o mais
breve possível pelo juiz da execução. Isso porque, uma vez passado o período de
prova, não há mais como revogar ou suspender o livramento condicional, acarretan-
do extinção da punibilidade.
15m
Dispõe o art. 90 do Código Penal: “Se até o seu término o livramento não é revogado,
considera-se extinta a pena privativa de liberdade”.
Jurisprudência:
“Expirado o prazo do livramento condicional sem a sua suspensão ou prorrogação (art.
90 do CP), a pena é automaticamente extinta” (STJ. 5a Turma. HC 279.405/SP, Rel. Min.
Felix Fischer, DJe 27/11/2014).
Obs.: vale lembrar que o período de prova do livramento condicional é igual ao restante da
pena que o sujeito tem a cumprir.
Se o réu cometeu crime durante a vigência do livramento condicional, não haverá a sus-
pensão, prorrogação ou revogação automática do benefício. É preciso uma decisão do juiz.
Em caso de prática de crime durante o período de prova, o juiz deverá determinar: a sus-
pensão do livramento condicional (caso o processo criminal pelo segundo delito ainda não
tenha se encerrado) ou a sua revogação (caso já tenha sentença condenatória transitada
em julgado).
Se o juiz não suspender nem revogar expressamente o livramento condicional durante o
período de prova, não poderá mais fazê-lo depois que esgotado esse prazo.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Lorena Alves Ocampos.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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