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Após o merecido descanso do recesso escolar de julho, chegou a hora de você reto-
mar seus estudos. Estamos iniciando o 3º bimestre de 2021. Animado para embar-
car nessa nova viagem ao mundo do conhecimento? Vamos juntos!!!
Para isso, preparamos o Plano de Estudos Tutorado – Volume 3. Um material cheio
de propostas de atividades instigantes e inovadoras para você. São histórias, situa-
ções-problemas, exercícios, imagens, pesquisas, desafios, temas e textos que irão
orientá-lo (a) na aquisição de conhecimentos e habilidades importantes para que
você se torne um cidadão cada vez mais curioso, pesquisador, autônomo e atuante
em nossa sociedade.
Atenção, algumas das várias experiências de aprendizagem que você encontrará
no PET 3 irão abordar a temática da Educação do Trânsito, pois o mês de setembro
é dedicado a pensarmos qual o nosso papel no trânsito, e o quanto podemos contri-
buir para nossa segurança e de todas as pessoas.
Seu professor(a) irá acompanhá-lo nesta jornada de conhecimentos do PET 3 por
meio de alguns canais de comunicação como o APP Conexão 2.0, o site https://
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br. Ah! Acompanhe também as aulas na TV Minas,
todas as manhãs de segunda à quinta-feira. Elas irão auxiliá-lo(a) na resolução das
atividades propostas no PET.
Desejamos a você uma excelente experiência, bons estudos e, principalmente,
boas aprendizagens nesta 3ª etapa escolar!!!
Até breve!
II
SUMÁRIO
MATEMÁTICA............................................................................................ pág 24
Semana 1: Inequações I............................................................................pág 24
Semana 2: Inequações II...........................................................................pág 29
Semana 3: Função exponencial................................................................pág 33
Semana 4: Logaritmo...............................................................................pág 37
Semana 5: Função logarítmica................................................................. pág 40
Semana 6: Funções................................................................................. pág 44
BIOLOGIA.................................................................................................. pág 48
Semanas 1 e 2: Impacto ambiental............................................................pág 48
Semana 3: Biodiversidade........................................................................pág 56
Semana 4: Características gerais dos seres vivos.....................................pág 60
Semanas 5 e 6: Água: o solvente por excelência........................................pág 65
QUÍMICA.....................................................................................................pág 72
Semana 1: Propriedades periódicas dos elementos...................................pág 72
Semana 2: Ligações Químicas I................................................................. pág 77
Semana 3: Ligações Químicas II................................................................ pág 81
Semana 4: Representação geométrica das moléculas..............................pág 85
Semana 5: Ligação Metálica.....................................................................pág 90
Semana 6: Propriedades dos materiais e tipos de ligações químicas.........pág 93
III
FÍSICA........................................................................................................pág 97
Semana 1: Trabalho..................................................................................pág 97
Semana 2: Energia Cinética..................................................................... pág 101
Semana 3: Energia Potencial Gravitacional............................................. pág 105
Semana 4: Energia Potencial Elástica..................................................... pág 109
Semana 5: Energia Mecânica................................................................... pág 113
Semana 6: Conservação da Energia Mecânica......................................... pág 118
IV
LÍNGUA INGLESA..................................................................................... pág 195
Semana 1: Visual arts.............................................................................. pág 195
Semana 2: Artist biographies................................................................. pág 198
Semana 3: Narrating past events............................................................pág 202
Semana 4: Prepositions.........................................................................pág 206
Semana 5: Cyber safety tips...................................................................pág 209
Semana 6: Ongoing events..................................................................... pág 212
V
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Gêneros: Artigo, carta de leitor, editorial, entrevista, notícia, reportagem, perfil, resumo, entre outros.
HABILIDADE(S):
Reconhecer a organização temática de um texto, identificando: a ordem de apresentação das informações
no texto; o tópico (tema) e os subtópicos discursivos do texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Leitura e interpretação de texto.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Pontuação. Tempos verbais.
TEMA: Notícia
Prezado (a) estudante!
Iniciamos mais um bimestre! Como é bom saber que continua perseverando em seus estudos!
Nesta semana, você aplicará seus conhecimentos para resolver atividades sobre o gênero NOTÍCIA.
A proposta é que localize informações no texto, fazendo inferências simples.
Tenha um excelente bimestre!
BREVE APRESENTAÇÃO
A notícia é um gênero que apresenta o registro de fatos de interesse geral, sem que a opinião de quem
a escreve a respeito dos acontecimentos seja explicitada. Sua finalidade é informar, por meio de um
relato, as circunstâncias em que ocorreram os fatos registrados.
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
1
PARA SABER MAIS, CONSULTE O SITE:
NOTÍCIA. Toda Matéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/genero-textual-noticia/>.
Acesso em: 15 maio 2021.
ATIVIDADES
Pense em situações e fatos relacionados à escola, à família, ao trabalho, à sua cidade, ao país, ao mun-
do... Percebeu que, de tudo que lhe veio à mente, você ficou sabendo por que presenciou ou por meio
de notícias? Você vai ler agora uma notícia que trata de uma mudança de comportamento das pessoas
durante a pandemia.
Mesmo com todas as dificuldades da pandemia, mais gente usou bicicletas e patinetes compartilhadas
no ano passado. É o que aponta o Relatório Global Moovit sobre Transporte Público 2020.
Nas dez cidades brasileiras pesquisadas no levantamento, o uso diário de micromobilidade cresceu em
todas, passando de 8% em 2019 para 15% em 2020 na média geral para o Brasil.
O índice para quem usa até três vezes por semana também cresceu em todas as cidades, passando de
7% para 11% na média geral.
O Moovit é uma empresa Intel, líder de soluções de Mobilidade como um Serviço (MaaS) e criadora do
app de mobilidade mais usado no mundo. Seu relatório global combina uma análise de big data de mi-
lhões de viagens com uma pesquisa qualitativa para traçar um panorama global sobre mobilidade.
Brasília é a cidade brasileira onde mais se usa micromobilidade diariamente: 21% dos respondentes
usam bicicletas compartilhadas todos os dias. A capital federal lidera o ranking pelo segundo ano con-
secutivo. Campinas, com 17%, vem logo depois, seguida por Rio de Janeiro, com 14%. Na comparação
com 2019, o uso diário dobrou em Belo Horizonte – de 8% para 16% – e em Salvador – de 6% para 12%.
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Em 2020, 30% das viagens com micromobilidade foram combinadas com transporte público. Um nú-
mero que caiu em relação ao ano anterior, quando 37% combinaram micromobilidade com ônibus, me-
trôs e trens.
“Vemos isso como um reflexo da pandemia, já que houve uma rejeição ao transporte público. O que o
relatório mostra é que a multimodalidade é cada vez mais importante para as pessoas circularem pe-
las cidades, e isto deve ser considerado pelo poder público e pelos operadores, nos planejamentos da
mobilidade urbana do futuro, no pós-pandemia. O uso de dados de big data vai revolucionar as matrizes
origem destino, trazendo novos insights”, comenta Pedro Palhares, gerente geral do Moovit no Brasil.
O estudo também mostra que muitas pessoas ainda não usam micromobilidade: 51% responderam que
não utilizam, mesmo tendo acesso. “Eu vejo isso como um grande público em potencial. Em 2019, eram
60% que não usavam. O índice vem caindo à medida que mais gente vai conhecendo a micromobilida-
de”, pontua Palhares.
Relatório Global
O Relatório Global Moovit sobre Transporte Público é formado por tabelas dinâmicas, onde é possível
analisar os resultados de regiões metropolitanas em diferentes países sob critérios como tempo de
viagem, distâncias percorridas, número de baldeações e outros. A nova edição permite ainda a compa-
ração dos dados atuais com os de 2019.
MICROMOBILIDADE cresce durante a pandemia. Portal do trânsito. Disponível em: <https://www.portaldotransito.com.br/noticias/
micromobilidade-cresce-durante-a-pandemia/>. Acesso em: 15 maio 2021.
1 – Essa notícia foi publicada em um site da internet, em 4 de abril de 2021. Por que a indicação da data
de publicação é importante em uma notícia, seja ela impressa ou digital?
2 – O título da notícia lida fornece alguma indicação concreta sobre o fato noticiado? Justifique.
3 – A notícia lida apresenta um subtítulo, texto curto que aparece logo abaixo do título para completar
seu sentido ou ampliar a informação. Identifique no subtítulo alguns de seus componentes:
a) Quem fez?
b) O que fez?
c) Para quê?
3
4 – O que parece ter impressionado mais o gerente geral do Moovit no Brasil, Pedro Palhares?
5 – Explique o uso das aspas, sinais de pontuação usados para realçar certa parte de um texto, no trecho
seguinte retirado da notícia:
“Eu vejo isso como um grande público em potencial. Em 2019, eram 60% que não usavam. O índice vem
caindo à medida que mais gente vai conhecendo a micromobilidade”, pontua Palhares.
6 – Qual é o tempo verbal predominante na notícia lida? Explique por que essa forma verbal é utilizada.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue-
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Gêneros: Artigo, carta de leitor, editorial, entrevista, notícia, reportagem, perfil, resumo, entre outros.
HABILIDADE(S):
Reconhecer informações explícitas em um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Texto icônico.
TEMA: Perfil
Prezado (a) estudante,
Você vai analisar, nesta semana, o PERFIL, gênero textual com o qual depara, em sua vivência, em va-
riadas situações.
Boa semana de estudos!
BREVE APRESENTAÇÃO
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ATIVIDADES
Um perfil tem como finalidade revelar certos aspectos sobre a vida e o mundo de uma determinada pes-
soa. Além disso, em uma comunidade digital, permite que os participantes compartilhem interesses
comuns, interajam e divulguem informações importantes.
1 – Ao criar um perfil profissional para uma rede social, normalmente, a pessoa faz uma seleção da
atividade profissional que exerce ou exerceu, do grau de escolaridade que possui e da carreira que
segue ou pretende seguir, adicionando uma foto. Nesse sentido, qual é a foto adequada para esse fim?
d) Foto do rosto sem a cabeça ficar erguida, com a coluna bem alinhada.
2 – Um perfil, normalmente, identifica um usuário em redes sociais, sites e blogues. Sobre esse gênero
é incorreto afirmar que:
a) Existem diversos tipos de perfis nas diversas redes sociais e sites de relacionamento, a maior
parte deles contém dados comuns como: nome, sobrenome, e-mail, nickname, data de aniver-
sário etc.
b) As pessoas podem encontrar com mais facilidade um perfil quando o usuário permite que seu
perfil seja localizado pelo seu nome.
c) O perfil pode conter breves relatos de experiências marcantes vividas, valorizando certos as-
pectos da pessoa e de sua história de vida.
d) Um perfil pode descrever o que a pessoa faz, quais os fatos mais importantes de seu passado
e de seu presente, além de descrições sobre seu comportamento, costume e temperamento.
e) O perfil narra sobre um fato ou acontecimento marcante da vida de uma pessoa, valorizando as
emoções e os sentimentos expressos pelo autor.
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3 – Os elementos que compõem uma fotografia mostram muito sobre o tipo de personalidade de uma
pessoa ou a intenção de seu (sua) autor (a).
b) O perfil do CEO do LinkedIn, a seguir, foi criado para uma finalidade específica. Que finalidade
é essa?
4 – Ao comparar as fotos 1 e 2 da atividade anterior, comente sobre o papel delas nos perfis das redes
sociais a que foram anexadas.
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5 – Agora é sua vez. Utilize o espaço abaixo para criar seu perfil para uma rede social. Não se esqueça de
escrever um pouco de si mesmo (a), mencionando seus gostos, livros preferidos, músicas, programas
de TV, filmes, comida, opção política etc.
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SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Textualização do discurso descritivo.
HABILIDADE(S):
Reconhecer informações explícitas em um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Adjetivos.
BREVE APRESENTAÇÃO
A descrição ocorre pela necessidade de explicar como são os seres, os objetos ou os lugares aos
quais se faz referência. Descrever um ser, objeto ou lugar é apresentá-los por meio das palavras, de
forma que quem não os conhece possa fazer uma ideia de como são. Descrever, portanto, consiste
em apresentar partes ou traços característicos de seres, lugares, ambientes, objetos, sentimentos
ou fenômenos.
Descrição. Cola da Web. Disponível em: https://www.coladaweb.com/redacao/descricao. Acesso em: 16 maio 2016.
ATIVIDADES
Diferentemente do que ocorre na narração, em que um conjunto de ações se sucedem umas às outras,
na descrição, enumeram-se aspectos daquilo que é caracterizado. A seguir, você vai ler um poema de
Cecília Meireles, poetisa, professora e jornalista brasileira, considerada uma das vozes líricas mais im-
portantes das literaturas de língua portuguesa.
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RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil: Imagem. Disponível em: <https://pxhere.com/pt/
- Em que espelho ficou perdida photo/1004364>. Acesso em: 16 maio 2021.
A minha face?
(MEIRELES, Cecília. Retrato. Disponível em: < scritas.org/pt/t/1505/
retrato >. Acesso em: 16 maio 2021)
1 – Podemos afirmar que a descrição é o modo de organização textual que predomina no poema lido.
a) O que é descrito?
b) O rosto é um dos elementos centrais do poema. Faça um levantamento das palavras emprega-
das para caracterizar explicitamente rosto, olhos e lábios.
c) Como você classificaria essas palavras que caracterizam os elementos centrais do poema?
2 – O poema se constrói com base numa oposição central entre o passado e o presente.
a) Na segunda estrofe, o eu lírico fala das mãos no presente. Levante hipóteses, como eram suas
mãos e seu coração no passado?
b) Podemos afirmar que a descrição dos elementos centrais do poema é vista como algo positivo
ou negativo? Justifique sua resposta.
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3 – (TAE-2010) Infere-se da terceira estrofe que:
a) o eu poético sempre percebeu que mudou física e interiormente, pois tudo ocorreu de forma
tão simples, tão certa, tão fácil, como se lê no segundo verso.
c) a repetição da palavra “tão” mostra a incerteza da evolução e ritmo do tempo, o qual se torna
um fator de amadurecimento das pessoas que são apaixonadas.
d) com as experiências da vida, percebe-se claramente o momento exato em que se perde a vi-
talidade.
e) metaforicamente: “espelho” seria a beleza perdida com o passar dos anos e “face” representa-
ria o amor que não voltará jamais.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue-
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Gêneros: Artigo, carta de leitor, editorial, entrevista, notícia, reportagem, perfil, resumo, entre outros. Textu-
alização do discurso expositivo.
HABILIDADE(S):
Justificar o título de um texto ou de partes de um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Oralidade.
TEMA: Entrevista
Prezado (a) estudante,
Você irá ler e analisar, nesta semana, uma ENTREVISTA, gênero textual com função geralmente infor-
mativa, veiculado pelos meios de comunicação, como jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre
outros.
Boa leitura!
BREVE APRESENTAÇÃO
A entrevista é um gênero textual que tem por objetivo divulgar informações sobre a vida pessoal e
profissional de uma pessoa de renome no meio artístico, cultural, científico, político ou religioso. Pode
também colher opiniões de pessoas a respeito de um assunto ou fatos em evidência no momento.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens: literatura, produção de texto e gramática, volume 1.
3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual. 1999.
ATIVIDADES
A Revista Retratos é uma publicação que busca estreitar a relação do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) com a sociedade, por intermédio de reportagens sobre temas atuais. A seguir,
você vai ler fragmentos da entrevista de Bárbara Cobo Soares, coordenadora do ODS 5, concedida a
essa revista.
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Revista Retratos
ODS 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
Editoria: Revista Retratos| Marília Loschi| Arte: Licia Rubinstein
Na edição número 4 da revista Retratos, o IBGE dá início a uma série de entrevistas com os técnicos
da instituição responsáveis por coordenar cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS). Confira, (...) a entrevista com Bárbara Cobo Soares, doutora em economia pela Universidade Fe-
deral do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenadora do ODS 5 no Instituto. Ela comenta a participação do
IBGE nesse cenário e destaca os aspectos da nossa cultura que ainda colaboram para as desigualdades
sociais entre homens e mulheres.
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cheguem. Tem pessoas que não dão cargos ou empregos porque a mulher pode engravidar e ter que
sair por um determinado tempo, por causa da licença-maternidade, depois tem que cuidar da criança.
Então, se isso fosse mais dividido, mais equitativo, essa distribuição de tarefas entre homens e mulhe-
res, isso seria uma forma mais consistente de combater essas desigualdades.
Revista Retratos - Você poderia explicar melhor o que é o conceito de “teto de vidro”?
Bárbara Cobo Soares -É como se fosse uma barreira invisível. A mulher está escolarizada, está prepa-
rada, é mais do que provado que ela tem competência. A ideia do vidro é que ela vê os lugares mais altos
pelo teto de vidro, mas não consegue passar por ele. Principalmente por preconceito. Vários países eu-
ropeus conseguiram diminuir a desigualdade com a licença maternidade e paternidade compartilhada:
o casal tem dois anos. Na hora de empregar alguém, isso não vai pesar, porque tanto o homem quanto
a mulher podem sair para cuidar da criança. Isso resolveu uma parte dessa questão. Mas tem outras.
As questões de gênero são, de certa forma, recentes. A gente demorou muito para poder votar, para
poder trabalhar. A gente tem filmes maravilhosos que mostram o quanto a gente teve que correr atrás e
batalhar para ter os mesmos direitos. Agora a gente tem que ter o exercício desses direitos. Não adian-
ta estar só na lei, tem que exercer. Aí acho que nossos indicadores tentam mostrar isso. Ainda tem um
caminho a percorrer nesse sentido.
ODS 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas [Fragmento]. ODS 5. Disponível em: <https://
agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/17064-ods-5-alcancar-a-igualdade-de-genero-e-
empoderar-todas-as-mulheres-e-meninas>. Acesso em: 16 maio 2021
b) Há, nas perguntas, indícios que demonstram ter a entrevistadora conhecimento da atividade
profissional da entrevistada, além de ter preparado previamente as questões? Justifique sua
resposta?
2 – O título da entrevista lida coloca o leitor a par do assunto que será abordado, procura sintetizar o que
foi exposto ou apresenta a fala da entrevistada sobre sua atividade profissional? Justifique.
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3 – Sabemos que uma entrevista pode sofrer variações conforme o entrevistador, o jornal ou revista e
o público leitor.
b) Que nível de linguagem a entrevistadora e a entrevistada empregam: culto formal, culto infor-
mal ou popular? Justifique.
4 – É sabido que a entrevista, qualquer que seja ela, usualmente é realizada oralmente. Depois ela pode
ser transposta à modalidade escrita.
a) Nessa entrevista, é perceptível algum traço ou característica típica da oralidade? Se sim, iden-
tifique.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue-
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Textualização do discurso de relato (narrativo não ficcional).
HABILIDADE(S):
Relacionar gênero textual, suporte, variedade linguística e estilística e objetivo comunicativo da interação.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Tempos verbais.
BREVE APRESENTAÇÃO
O relato de viagem é um gênero narrativo não ficcional em que o autor, de modo subjetivo, relata epi-
sódios significativos de uma viagem realizada. Nos relatos de viagem, ainda se descrevem os lugares
e as situações vividas de maneira particular.
RELATO de viagem [Adaptado]. Disponível em: <https://www.colegiogeracao.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Narrativas-
Relato-de-Viagem.pdf>. Acesso em: 17 maio 2021.
ATIVIDADES
Você vai ler trechos do relato de viagem de Thainá Santos, estudante de turismo na USP, publicado em
um blog com conteúdo sobre turismo responsável.
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Meus pais não fizeram faculdade, não têm formação, e talvez a viagem mais longa dos dois tenha sido
da Bahia pra cá (São Paulo).
Nascer mulher, negra e com um núcleo familiar que me apoiou, não me deixou trabalhar na infância e
me instruiu como pôde fez de mim quem sou.
(...)
1 – O relato de viagem faz parte do gênero narrativo. Tendo em vista essa afirmativa, é correto afirmar
que, como no gênero conto, existe nele a presença de um conflito? Justifique sua resposta.
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2 – Observe as formas verbais presentes no relato de viagem em análise.
a) No texto, a maior parte dos verbos está empregada na primeira pessoa do singular. Levante
hipóteses, por que isso acontece?
c) Releia o fragmento a seguir: “Fiquei desconfortável muitas vezes, mas não quando era cha-
mada de irmã, ou quando alguém perguntava em francês de qual país do continente africano
eu era”. Por que as formas verbais foram empregadas ora no pretérito perfeito ora pretérito
imperfeito do indicativo?
3 – Ao ler o relato de Thainá Santos, é muito provável que tenha tido a impressão de estar “conversando”
com ela. Por que isso acontece? Exemplifique com trechos do próprio texto.
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4 – Qual é o objetivo do relato de viagem?
a) Propor reflexões, explicar, orientar, opinar, influenciar o imaginário coletivo sempre com base
em um episódio de viagem.
c) Proporcionar ao leitor a imersão em uma história de ficção que o entretenha, desperte sua
imaginação, sentimentos ou reflexão; tudo isso, de uma forma bem estruturada e relativamen-
te curta.
d) Apontar os acontecimentos importantes do dia a dia de uma pessoa, com o objetivo de guardar
lembranças ou desabafar.
e) Narrar uma história, exclusivamente, pela sequência de fatos, apontando os princípios e valo-
res do enunciador.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue-
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Modalização e argumentatividade: uso de recursos linguísticos (entoação e sinais de pontuação, adjetivos,
substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios, operadores de escalonamento,
etc.) como meios de expressão ou pistas do posicionamento enunciativo das vozes do texto e de persuasão
dos alocutários.
HABILIDADE(S):
Reconhecer estratégias de modalização e argumentatividade usadas em um texto e seus efeitos de sentido.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Adjetivos, tempos verbais, advérbios e locuções adverbiais.
TEMA: Modalização
Prezado (a) estudante,
Nesta semana, você vai verificar que para expressar sua atitude em relação ao que diz ou ao que é ex-
presso, o enunciador mobiliza um recurso de linguagem chamado MODALIZAÇÃO.
Boa semana de estudos!
A modalização pode ser compreendida como uma forma de o enunciador expressar sua atitude
em relação ao que ele mesmo enuncia. Essa atitude pode ser muito variada: ele pode tentar se
distanciar ou se aproximar do que diz, intervir na validade de uma asserção, colocá-la em dúvida,
exprimir seu contentamento ou descontentamento com o que diz e até mesmo avaliar a própria
maneira de dizer.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portuguesa: linguagem e interação. Vol. 1,
3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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ATIVIDADES
A seguir, você vai ler um texto que descreve certos aspectos da cidade de São Paulo.
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2 – Ao descrever o pôr do sol em São Paulo, o enunciador emprega uma expressão (é reputado), que é
uma marca de modalização. O que isso mostra sobre sua atitude em relação ao que diz no texto?
3 – Por que o autor afirma que o bairro Liberdade “ressalta no mau gosto da sua rala fantasia
arquitetônica [...] a vontade de passar pelo que não é?
4 – Ao se projetar nos textos, o enunciador deixa suas marcas. Assim, além do uso dos adjetivos para
caracterizar, utiliza os pronomes, as formas verbais, os advérbios ou locuções adverbiais para revelar
sua atitude.
a) Localize pelo menos dois advérbios ou locuções adverbiais que, em sua opinião, são emprega-
das na modalização do texto em análise. Identifique seu sentido.
b) Localize formas verbais que, além de exprimir o tempo, podem ter outros significados, combi-
nando a expressão temporal com diferentes tipos de modalizações.
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5 – A respeito da modalização, é incorreto afirmar que:
a) Alguns gêneros, como o relato de viagem, as cartas pessoais, a poesia lírica, os depoimentos
e os testemunhos, os relatos de memória, os textos memorialistas, entre muitos outros, têm
como características a objetividade e a projeção neutra do enunciador.
b) Os textos em que não se podem detectar claramente as marcas do enunciador são considera-
dos objetivos, isto é, apresentam maior grau de objetividade.
c) A modalização pode ser compreendida como uma forma de o enunciador expressar sua atitu-
de em relação ao que ele mesmo enuncia.
d) O enunciador pode ter uma atitude muito variada: ele pode tentar se distanciar ou se aproximar
do que diz, intervir na validade de uma asserção, colocá-la em dúvida, exprimir seu contenta-
mento ou descontentamento com o que diz e até mesmo avaliar a própria maneira de dizer.
e) Nos textos em geral, orais ou escritos, ao empregar palavras (ou outros recursos, como ges-
tos, imagens etc.) o enunciador mobiliza um recurso de linguagem para expressar sua atitude
em relação ao que diz ou ao que é expresso.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue-
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
DESPEDIDA
Querido (a) estudante!
Chegamos ao final de mais um Plano de Estudo Tutorado.
Parabéns pela sua dedicação, garra e disposição!
Continue se cuidando!
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / 24. Inequações de segundo grau.
HABILIDADE(S):
24.1. Identificar geometricamente uma inequação como parte de um gráfico de uma função de segundo grau.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Solução de uma inequação de 2º grau.
Representação do intervalo da solução graficamente.
TEMA: Inequações I
Caro(a) estudante, as inequações do segundo grau são muito empregadas em curso de engenharia, em
situações militares, em medicina e vários outros cursos, onde necessitamos saber o sinal da função de
segundo grau, ou quando a solução do problema exige um intervalo de valores.
APRESENTAÇÃO:
Estudar o sinal da função quadrática y = f (x) = ax2 + bx + c, e a ≠ 0 significa determinar os valores reais
de x para os quais a função f se anula (f (x) = 0), é positiva (f (x) > 0) e é negativa (f (x) < 0), ou, de modo
equivalente, significa resolver inequações do tipo f (x) > 0 e f (x) < 0. Dependendo do discriminante, po-
dem ocorrer três casos e, em cada caso, de acordo com o coeficiente a, podem ocorrer duas situações.
Vejamos.
1º Caso Δ > 0, (lê-se delta maior que zero), significa que ao calcular o valor de delta, ele deverá ser
positivo.
Neste caso, a função admite dois zeros reais diferentes: x'e x''.
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A parábola, que representa a função, intersecta (corta) o eixo em dois pontos. Assim temos:
Observe que, neste caso, os valores positivos Observe que, neste caso, os valores positivos
da função f (parte da linha azul, acima do eixo x) da função f (parte da linha azul, acima do eixo x)
ocorrem quando x é maior que x' e menor que x''. ocorrem quando x está entre x' e x''. Os valores
Os valores negativos da função f (parte da linha negativos da função f (parte da linha azul, abai-
azul, abaixo do eixo x) ocorrem quando x está xo do eixo x) ocorrem quando x é maior que x' e
entre x' e x''. menor que x''.
Assim, quando Δ > 0, a função tem o sinal oposto ao de a quando x está entre as raízes (x' e x'') da equa-
ção e tem o sinal de a quando x está fora do intervalo das raízes (x' e x'').
2º Caso Δ = 0, (lê-se delta é igual a zero), significa que ao calcular o valor de delta, ele deverá ser zero.
Neste caso, a função admite um zero real duplo e x' e x''.
A parábola que representa a função tangencia o eixo x.
Observe que, neste caso, os valores positivos da Observe que, neste caso, os valores negativos
função f (nas partes da linha laranja acima do eixo da função f (nas partes da linha laranja abaixo do
x) ocorrem quando x é diferente das raízes x' e x'', eixo x) ocorrem quando x é diferente das raízes x'
que é quando a função assume o valor é zero. e x'', que é quando a função assume o valor é zero.
25
Observe a forma prática abaixo.
Δ=0ea>0 Δ=0ea<0
Assim, quando Δ = 0, a função tem o mesmo sinal de quando for diferente das raízes da equação (x' e x'').
3º Caso Δ < 0, (lê-se delta menor que zero), significa que ao calcular o valor de delta, ele deverá ser
negativo.
Neste caso, a função não admite zeros reais.
A parábola que representa a função não intersecta o eixo a.
Observe que, neste caso, os valores positivos Observe que, neste caso, os valores negativos da
da função f (linha laranja acima do eixo x) ocor- função f (linha laranja abaixo do eixo x) ocorrem
rem sempre, independentemente de qual seja o sempre, independentemente de qual seja o valor
valor da variável x. da variável x.
Δ=0ea>0 Δ=0ea<0
Assim, quando Δ < 0, a função tem o mesmo sinal de a para qualquer valor de x.
26
I) Resolva a inequação x2 − 5x + 6 < 0.
Resolver a inequação x2 − 5x + 6 < 0 significa determinar os valores reais de x para os quais a função
definida por f(x) = x2 − 5x + 6 assume valores negativos (f(x) < 0). Para isto iremos calcular as raízes da
equação x2 − 5x + 6 = 0.
− −5 + 1 − −5 − 1
∆= (−5)2 −4 ∙ 1 ∙ 6 = 1 ⟹ 𝑥𝑥 ′ = = 3 𝑒𝑒 𝑥𝑥 ′′ = =2
2∙1 2∙1
Como Δ > 0 e a > 0, faremos uso de um dispositivo prático desenhando um eixo numerado no qual mar-
camos os valores das raízes da equação (neste caso os números 2 e 3). Esboçamos, em seguida, uma
parte da parábola (linha azul) e colocamos os sinais de positivo (para valores acima do eixo x) e negativo
(para valores abaixo do eixo x), e concluímos a solução. Veja abaixo.
27
ATIVIDADES
Agora é com você.
28
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / 24. Inequações de segundo grau.
HABILIDADE(S):
24.2. Resolver problemas que envolvam inequações de segundo grau.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Resolução de problemas de inequações de 2º grau.
TEMA: Inequações II
Querido(a) estudante, nesta semana daremos continuação ao conteúdo de inequações de segundo
grau, resolvendo problemas que envolvam esse tipo de inequação. Acompanhe-me.
APRESENTAÇÃO:
Veja os exemplos abaixo.
I) Suponha que um inseto louva-a-deus, ao saltar do solo, tenha sua posição no espaço descrita em fun-
ção do tempo (em segundos) pela expressão y = – 4x2 + 4x, em que y é a altura atingida em metros e x é
o tempo em segundos. Determine o intervalo de tempo que o inseto permanece no ar.
Para resolvermos este problema devemos resolver a inequação – 4x2 + 4x > 0, o que significa determi-
nar os valores reais de 𝑥𝑥 para os quais a função assume valores positivos (f (x) > 0). Para isso, devemos
calcular as raízes da equação – 4x2 + 4x = 0.
−4 + 16 −4 − 16
∆= 4! − 4 % −4 % 0 = 16 ⟹ 𝑥𝑥 " = = 0 𝑒𝑒 𝑥𝑥 "" = = 1.
2 % −4 2 % −4
Como Δ > 0 e a < 0, faremos uso de um dispositivo prático desenhando um eixo e numerado, no qual
marcamos os valores das raízes da equação (neste caso os números 0 e 1). Esboçamos, em seguida,
uma parte da parábola (linha azul) e colocamos os sinais de positivo (para valores acima do eixo x) e ne-
gativo (para valores abaixo do eixo x), e concluímos a solução. Veja abaixo.
𝑆𝑆 = 𝑥𝑥 ∈ ℝ | 0 < 𝑥𝑥 < 1
Note que os valores positivos da função f são assumi-
dos quando x está entre os números 0 e 1. Isso signi-
fica que o inseto permanece no ar entre 0 segundo e
1 segundo.
29
II) Num campeonato de volei uma bola é lançada ao ar. Suponham que sua altura h, em metros, t segundos
após o lançamento, seja h = –t2 + 6t. Determine o intervalo de tempo em que a bola permanece no ar.
Para resolvermos este problema devemos resolver a inequação –t2 + 6t > 0. Isso significa determinar os
valores reais de t para os quais a função h(t) = –t2 + 6t assume valores positivos (h(t) > 0). Para isto iremos
calcular as raízes da equação.
−6 + 36 −6 − 36
∆= 6! − 4 & −1 & 0 = 36 ⟹ 𝑡𝑡 " = = 0 𝑒𝑒 𝑡𝑡 "" = =6
2 & −1 2 & −1
Como Δ > 0 e a < 0, faremos uso de um dispositivo prático desenhando um eixo numerado, no qual mar-
camos os valores das raízes da equação (neste caso os números 0 e 6). Esboçamos, em seguida, uma
parte da parábola (linha azul) e colocamos os sinais de positivo (para valores acima do eixo t) e negativo
(para valores abaixo do eixo t), e concluímos a solução. Veja abaixo.
𝑆𝑆 = 𝑡𝑡 ∈ ℝ | 0 < 𝑡𝑡 < 6
Note que os valores positivos da função h são assumidos
quando t está entre os números 0 e 6. Isso significa que a bola
permanece no ar entre 0 segundo e 6 segundos.
III) Sabe-se que o custo C para produzir x unidades de certo produto é dado por C = x2 + 70x + 2000. De-
termine, se possível, o intervalo em que a quantidade de unidades produzidas não gera custo negativo.
Para resolvermos este problema devemos resolver a inequação x2 + 70x + 2000 < 0. Isso significa de-
terminar os valores reais de x para os quais a função C = x2 + 70x + 2000 assume valores negativos
(C(x) < 0). Para isto iremos calcular as raízes da equação x2 + 70x + 2000 = 0.
30
IV) O lucro de uma empresa é calculado pela diferença entre a receita o custo. Numa determinada em-
presa seu lucro é calculado pela função L = –p2 + 160p – 6000, em reais, em que p representa a quanti-
dade de peças vendidas mensalmente por esta empresa. Determine o intervalo de quantidade de peças
vendidas no qual a empresa tem prejuízo.
Para resolvermos este problema devemos resolver a inequação –p2 + 160p – 6000 < 0, o que equivale de-
terminar os valores reais de p para os quais a função L(p) = –p2 + 160p – 6000 assume valores negativos
(L(p) < 0). Para isto iremos calcular as raízes da equação –p2 + 160p – 6000 = 0.
ATIVIDADES
1 – Suponha que uma rã, ao saltar do solo, tenha sua posição no espaço descrita em função do tempo
(em segundos) pela expressão y = –x2 + 1,5x, em que y é a altura atingida em metros e x é o tempo em
segundos. Determine o intervalo de tempo que a rã permanece no ar.
31
2 – Num campeonato de volei uma bola é lançada ao ar. Suponham que sua altura h, em metros,
t segundos após o lançamento, seja h = –t2 + 5t. Determine o intervalo de tempo em que a bola permanece
no ar.
3 – O lucro de uma empresa é calculado pela diferença entre a receita e o custo. Numa determinada
empresa seu lucro 𝐿𝐿 é calculado pela função 𝐿𝐿 = −𝑝𝑝! + 140𝑝𝑝 − 2400 , em reais, em que 𝑝𝑝 representa a
quantidade de peças vendidas mensalmente por esta empresa. Determine o intervalo de vendas onde
a empresa tem prejuízo.
32
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / Exponencial.
HABILIDADE(S):
12.1. Identificar exponencial crescente e exponencial decrescente.
12.2. Resolver problemas que envolvam uma função do tipo 𝑦𝑦 𝑥𝑥 = 𝑘𝑘. 𝑎𝑎 ! .
12.3. Reconhecer uma progressão geométrica como uma função da forma 𝑦𝑦 𝑥𝑥 = 𝑘𝑘. 𝑎𝑎 ! definida no conjunto
dos números inteiros positivos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Equações exponenciais.
Gráfico de uma função exponencial.
Função crescente ou decrescente.
Solução de problemas envolvendo função e equações exponenciais.
APRESENTAÇÃO:
Faremos uma rápida revisão de potenciação. Veja alguns exemplos.
!
1 1 1 1 1
1! = 1 # 1 # 1 # 1 # 1 # 1 = 1 = $ $ =
2 2 2 2 8
33
Propriedades:
𝑎𝑎! 6!
= 𝑎𝑎 !#" = 6!#" = 6$
𝑎𝑎 " 6"
!
𝑎𝑎 " 𝑏𝑏 = 𝑎𝑎! " 𝑏𝑏 ! 7"3 !
= 7! " 3!
!
𝑎𝑎 ! 𝑎𝑎 ! 3 3!
= =
𝑏𝑏 𝑎𝑎" 2 2!
Função exponencial
Definição: Consideremos um número 𝑎𝑎 real positivo tal que 𝑎𝑎 ≠ 1. A função exponencial de base 𝑎𝑎 ,
𝑓𝑓: 𝑅𝑅 → 𝑅𝑅!∗, representada por 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑎𝑎 ! , é uma função que tem as seguintes propriedades:
x -3 -2 -1 0 1 2 3
3x 3-3 3-2 3-1 30 31 32 33
1 1 1
𝑦𝑦 = 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 3! 1 3 9 27
27 9 3
Observe que neste caso a função é crescente. Note que a base dessa fun-
ção exponencial é 3, que é um número maior que 1.
34
!
1
Vamos analisar os gráficos da função exponencial 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = .
3
x -3 -2 -1 0 1 2 3
! !" !" !" ! ! ! !
1 1 1 1 1 1 1 1
3 3 3 3 3 3 3 3
!
1 1 1 1
𝑦𝑦 = 𝑓𝑓 𝑥𝑥 =
3 27 9 3 1 3 9 27
Observe que neste caso a função é decrescente. Note que a base dessa
1
função exponencial é , que é um número entre 0 e 1.
3
I) Em uma cultura de bactérias, a população dobra a cada hora, considerando que há 1 bactéria no início
da pesquisa. Esboce um gráfico para as primeiras seis horas.
Resolvendo: A nossa função será 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 2! .
x 0 1 2 3 4 5 6
2x 20 21 22 23 24 25 26
𝑦𝑦 = 2! 1 2 4 8 16 32 64
Observe que neste caso a função é crescente. Note que a base
dessa função exponencial é 2, que é um número maior que 1.
II) Ao analisar o efeito de um remédio em uma população de bactérias, verificou-se que a população (y)
1 !
da bactéria, (x) dias após a exposição ao remédio, poderia ser estimada por meio da função 𝑦𝑦 = 200 · .
4
Esboce um gráfico para as primeiras seis horas.
x 0 1 2 3 4 5 6
! ! ! ! ! ! ! !
1 1 1 1 1 1 1 1
4 4 4 4 4 4 4 4
!
1
𝑦𝑦 = 200 ·
4 200 50 12,5 3,1 0,7 0,2 0,05
35
ATIVIDADES
2 – Em uma cultura de bactérias, a população dobra a cada hora, considerando que há 100 bactérias no
início da pesquisa. Esboce um gráfico para as primeiras seis horas.
36
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / 26. Função Logarítmica.
HABILIDADE(S):
26.1. Reconhecer a função logarítmica como a inversa da função exponencial.
26.2. Utilizar em problemas as propriedades operatórias da função logarítmica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Definições de logaritmos.
Operações e propriedades dos logaritmos.
TEMA: Logaritmo
Caro(a) estudante até o início do século XVII, multiplicar, dividir, calcular potências e extrair raízes eram
tarefas extremamente árduas, realizadas com base nos senos. Surgiram, então, as primeiras tábuas de
logaritmos, criadas pelos matemáticos Jost Bürgi (1552-1632) e John Napier (1550-1617).
Apesar de o logaritmo de Napier não ser exatamente como o logaritmo moderno que estudaremos nes-
te capítulo nem ser associado ao conceito de expoente, sua essência é a mesma, e contribuiu para
facilitar os cálculos, principalmente, ao transformar as operações de multiplicação em adição e as de
divisão em subtração, como veremos adiante.
Nesta semana estudaremos sobre as propriedades dos logaritmos.
APRESENTAÇÃO:
Definição: Dados os números reais positivos 𝑏𝑏 e 𝑝𝑝, com 𝑏𝑏 ≠ 1, se 𝑝𝑝 = 𝑏𝑏! , então o expoente 𝑎𝑎 chama-se
logaritmo de 𝑝𝑝 na base 𝑏𝑏 , ou seja, 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑝𝑝 = 𝑎𝑎 ⇔ 𝑏𝑏" = 𝑝𝑝 , com 𝑏𝑏 e 𝑝𝑝 positivos e 𝑏𝑏 ≠ 1.
37
Quando a base 𝑏𝑏 é omitida, significa que a base do logaritmo é base 10. Exemplo:
2ª) 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑏𝑏 = 1 , pois 𝑏𝑏! = 𝑏𝑏, qualquer que seja 𝑏𝑏 > 0 𝑒𝑒 𝑏𝑏 ≠ 1. Exemplo: 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 5 = 1 ⇔ 5" = 5.
3ª) 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑏𝑏" = 𝑝𝑝 , pois 𝑏𝑏! = 𝑏𝑏!, qualquer que seja 𝑏𝑏 > 0 𝑒𝑒 𝑏𝑏 ≠ 1 e para todo 𝑝𝑝. Exemplo: 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 4" = 7 ⇔ 4" = 4" .
4ª) 𝑏𝑏!"#! $ = 𝑝𝑝,com 𝑝𝑝 > 0, 𝑏𝑏 > 0 𝑒𝑒 𝑏𝑏 ≠ 1. Exemplo: 9!"#! $% = 13.
5ª) 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑥𝑥 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑦𝑦 ⇔ 𝑥𝑥 = 𝑦𝑦 , com 𝑥𝑥 > 0, 𝑦𝑦 > 0, 𝑏𝑏 > 0 𝑒𝑒 𝑏𝑏 ≠ 1. Exemplo: 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 150 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 150.
𝑀𝑀
𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑀𝑀 − 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑁𝑁
𝑁𝑁
5
Exemplo: 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 6 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 5 − 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 6
! 1
𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑀𝑀 = ( 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑀𝑀
𝑁𝑁
1
Exemplo: 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 5 = ( 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 5
!
Cálculo de logaritmos
A partir de um ou mais logaritmos dados, podemos obter o valor aproximado de uma infinidade de loga-
ritmos, usando as propriedades conhecidas. Por exemplo:
I) Dados log 3 ≃ 0,5 e log 5 ≃ 0,7, podemos calcular: log 15 ou log 45.
log 15 = log (3 ⋅ 5) = log 3 + log 5 ≃ 0,5 + 0,7 = 12
Observe que transformamos a multiplicação de 3.5 em uma adição. Usamos aqui a 1ª propriedade.
log 45 = log (3 ⋅ 5) = log (3 ⋅ 3 ⋅ 5) = log 3 + log 3 +log 5 ≃ 0,5 + 0,5 + 0,7 = 1,7
38
II) Dados log 2 ≃ 0,3 e log 7 ≃ 0,8, calcule: log 16, log 14 e log 49.
log 16 = log 24 = 4 ⋅ log 2 ≃ 4.0,3 = 1,2
Nesta resolução utilizamos a 1ª e 3ª propriedades.
log 14 = log (2 ⋅ 7) = log 2 + log 7 ≃ 0,3 + 0,8 = 1,1
Nesta resolução utilizamos a 1ª propriedades.
log 49 = log 72 = 2log 7 ≃ 2 ⋅ 0,8 = 1,6
Nesta resolução utilizamos a 3ª propriedade.
Algumas calculadoras possuem duas teclas com as seguintes funções:
• tecla log: permite calcular o logaritmo decimal de um número N, inteiro ou decimal;
• tecla 10x: permite calcular o número N quando se conhece log N = x. 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 𝑁𝑁 = 𝑥𝑥 .
Usando essas teclas, as propriedades dos logaritmos e as quatro operações fundamentais, é possível
realizar os seguintes cálculos:
I) log 40 para obter a resposta digitamos o número 40, apertamos a tecla log no visor aparecerá um nú-
mero próximo a 1,602059991327962390427477789449, então escrevemos: log 40 ≃ 1,6.
! 1
log𝑔𝑔 52 para obter a resposta usamos a 3ª propriedade de logaritmos e obtemos: log
II) 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 52 = . ⋅𝑙𝑙𝑙𝑙log
!
5 52,
𝑔𝑔 52
na calculadora digitamos o número 52, apertamos a tecla log no visor aparecerá um número próximo a
1,7160033436347991596339829473913, então anotamos: log 52 ≃ 1,71. Após limpar o visor da calculado-
ra apertando a tecla CE ou AC (depende do modelo da calculadora) digitamos na calculadora “1/5*1,71”,
obtemos no visor o valor 0,342, portanto𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 52 ≃ 0,342 .
log
!
III) 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 555 para começarmos utilizaremos a mudança de base (lembre-se geralmente as calculado-
𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 555
ras só trabalham com logaritmos de base 10) 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 555 = , na calculadora digitamos 555 e a te-
𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 3
cla log obtendo 2,7442929831226762388897396980698, anotamos 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 555 ≃ 2,744 . Digitamos 3 e a tecla
log obtendo 0,47712125471966243729502790325512, anotamos 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑔𝑔 3 ≃ 0,477 . Finalmente digitamos
2,744/0,477 obtendo assim 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 555 ≃ 5,752 . Outro modo é você digitar “555 log / 3 log =” o resultado será
o mesmo (lembre-se que a resposta nestes casos é aproximada).
ATIVIDADES
1 – Dados log 2 ≃ 0,3, log 3 ≃ 0,5 e log 5 ≃ 0,7, calcule: log 30.
2 – Dados log 5 ≃ 0,7 e log 7 ≃ 0,8 calcule: log5 7. (Utilize Mudança de base)
3 – Utilizando uma calculadora determine o valor aproximado de log5 7, e compare o resultado encontrado
no exercício anterior.
39
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / 26. Função Logarítmica.
HABILIDADE(S):
26.3. Resolver problemas que envolvam a função logarítmica.
26.4. Reconhecer o gráfico de uma função logarítmica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Definições de logaritmos.
Operações e propriedades dos logaritmos.
Função logarítmica e o seu gráfico.
Problemas com funções logarítmicas.
APRESENTAÇÃO:
Definição da função logarítmica
Estudamos anteriormente que funções da forma 𝑦𝑦 = 𝑎𝑎 ! , com 𝑎𝑎 > 0 e 𝑎𝑎 ≠ 1 , são denominadas funções
exponenciais. A inversa de uma função exponencial é denominada função logarítmica, que definimos
da seguinte maneira:
A inversa da função exponencial de base 𝑎𝑎 é a função 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! : 𝑅𝑅"∗ → 𝑅𝑅, que associa a cada número real posi-
tivo 𝑥𝑥 o número real 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑥𝑥 , chamado logaritmo de 𝑥𝑥 na base 𝑎𝑎 , com 𝑎𝑎 real positivo e 𝑎𝑎 ≠ 1.
40
Vamos analisar os gráficos da função logarítmica 𝑓𝑓 𝑥𝑥 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑥𝑥 .
1 1 1
x 27 9 3 1 3 9 27
𝑦𝑦 = 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙! 𝑥𝑥 -3 -2 -1 0 1 2 3
Observe que neste caso a função é crescente. Note que a base da função
logarítmica é 3, que é um número maior que 1.
1 1 1
x 27 9 3 1 3 9 27
𝑓𝑓 𝑥𝑥 = log ! 𝑥𝑥
" -3 -2 -1 0 1 2 3
Observe que neste caso a função é decrescente. Note que a base da fun-
1
ção logarítmica é , que é um número compreendido entre 0 e 1.
3
I) Altímetro dos aviões é um instrumento que mede a pressão atmosférica e transforma esse resultado
em altitude. Suponha que a altitude h acima do nível do mar, em quilômetros, detectada pelo altímetro
1
de um avião, seja dada, em função da pressão atmosférica p, em atm, por ℎ 𝑝𝑝 = 20 & 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑝𝑝 . Esboce o grá-
fico dessa função considerando os valores de 0,2; 0,4; 0,8 e 1 para a pressão atmosférica (utilize uma
calculadora científica).
41
II) Uma escala de Fechner muito conhecida é a que mede ruídos, definida por R = 12 + log I, em que R
é a medida do ruído em bels (essa designação é em homenagem a Alexander Graham Bell, 1847-1922,
físico escocês e inventor do telefone) e I é a intensidade sonora, medida em watts por metro quadrado.
Na realidade, a unidade legal no Brasil é um submúltiplo do bel, o decibel. Esboce o gráfico dessa função
considerando os valores de 1, 3, 5, 7 para a intensidade (utilize uma calculadora científica).
I 1 3 5 7
R = 12 + log I 12 12,48 12,7 12,84
Observe que neste caso a função é crescente.
III) A escala Richter corresponde ao logaritmo da medida da amplitude das ondas sísmicas a 100 km
do epicentro. A intensidade I de um terremoto é um número que varia de I = 0 até I = 9,5 para o maior
2 𝐸𝐸
terremoto conhecido. I é dado pela fórmula: 𝐼𝐼 = 3 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑔𝑔 0,007 em que E é a energia liberada em quilowatt-
-hora. Esboce o gráfico dessa função considerando os valores 1, 2, 4, 7 e 9 para a energia liberada em
quilowatt-hora. (utilize uma calculadora científica).
E 1 2 4 7 9
2 𝐸𝐸
𝐼𝐼 =
3
𝑙𝑙𝑙𝑙𝑔𝑔
0,007 1,44 1,64 1,84 2 2,07
ATIVIDADES
42
2 – Esboce o gráfico da função 𝑦𝑦 = log ! 𝑥𝑥 .
"
2
3 – A escala de magnitude de momento (M) é dada pela fórmula 𝑀𝑀 = −10,7 + 𝑙𝑙𝑙𝑙log
𝑔𝑔 𝑆𝑆S, onde S é o momento
3
sísmico. Faça um esboço gráfico dessa função.
43
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Funções / 43. Estudo de funções.
HABILIDADE(S):
43.1. Reconhecer funções definidas por partes em situações-problema.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Interpretação gráfica de diferentes tipos de funções.
TEMA: Funções
Caro(a) estudante, estudaremos nesta semana funções por parte. O gráfico desse tipo de função é mui-
to utilizado em engenharia, onde dependendo do valor atribuído à variável tem-se uma função. Vejamos.
APRESENTAÇÃO:
Funções poligonais ou afins por partes
Uma função 𝑓𝑓: 𝑅𝑅 → 𝑅𝑅 é poligonal quando seu gráfico é uma linha poligonal.
Observe que cada trecho do gráfico de uma função poligonal coincide com o gráfico de uma função
afim, que é uma reta, por isso essa função também é chamada função afim por partes.
I) No gráfico acima temos funções definidas por partes, são funções que dependendo do valor tem fun-
ções diferentes facilmente detectadas pelo seu modo peculiar de escrita, por exemplo:
44
Note que para fazermos o gráfico da função poligonal, devemos atribuir um valor de x especifico para
cada etapa. Vamos fazer uma tabela para a função acima.
x Função y
0 -x+2 2
1 -x+2 1
2 x-2 0
3 x-2 1
4 2 2
5 -x+7 2
6 -x+7 1
Bem próximo a 7, sem ser igual a 7 -x+7 Próximo a 0, mas não chega a ser zero.
Portanto nosso gráfico será assim:
Há casos em que a função é composta por outras funções além das funções afim, observe.
x Função 1
0 x2 0
1 x2 1
2 x2 4
3 -2x+8 2
4 -2x+8 0
5 -2x+8 -2
6 x-7 -1
Bem próximo a 7, sem ser igual a 7 x-7 Próximo a 0, mas não chega a ser zero.
45
Portanto nosso gráfico será assim:
x Função x
−1 !
0 3
𝑥𝑥 + 10 10
−1 ! 29
1 3
𝑥𝑥 + 10
3
≃ 9,7
−1 ! 26
2 3
𝑥𝑥 + 10
3
≃ 8,7
−1 ! 21
3 3
𝑥𝑥 + 10
3
=7
4 -3x+16 4
5 -3x+16 1
6 0,03.2x 1,92
Próximo a 3,84, mas não chega
Bem próximo a 7, sem ser igual a 7 0,03.2x
a ser 3,84.
Portanto nosso gráfico será assim:
46
ATIVIDADES
Querido (a) estudante proponho que você continue buscando aprender mais sobre os assuntos tratados
aqui. Até breve.
REFERÊNCIAS
JUNIOR, Expedito Pires. Plano de Estudo Tutorado: Matemática. 1º ano, ensino médio, Volume 3.
Belo Horizonte: SEEMG, 2021.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações, ensino médio I. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
LIMA, Elon Lages e outros. A matemática do ensino médio, Volume 1. 6.ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
MORGADO, Augusto Cesar et al. Progressões e Matemática financeira. Rio de Janeiro: SBM, 1993.
p. 40-41 passim. (Coleção do Professor de Matemática).
47
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANAS 1 E 2
EIXO TEMÁTICO:
Teia da vida.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Impactos ambientais. Causas de extinção de animais e plantas.
HABILIDADE(S):
21.3. Avaliar as condições ambientais, identificando o destino do lixo e do esgoto, tratamento dado à água, o
modo de ocupação do solo, as condições dos rios e córregos e a qualidade do ar e as instâncias de adminis-
tração pública responsáveis por essas condições ambientais.
22.1. Comparar argumentos favoráveis ao uso sustentável da biodiversidade e tomar posição a respeito do
assunto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Impactos Ambientais. Poluição do solo, água e ar.
48
“Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio am-
biente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, dire-
ta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais (Resolução CONAMA nº1, de 23 de janeiro de 1986). De acordo com a resolução, temos, por-
tanto, que impactos ambientais são as alterações que ocorrem no meio ambiente como resultado das
atividades humanas. A resolução destaca, ainda, que esses impactos são responsáveis por desenca-
dear mudanças que afetam o ecossistema, abrangendo as condições estéticas de um ambiente até a
saúde e as atividades econômicas de uma população, pois estamos todos interligados na teia da vida.
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Segundo os dados que fazem parte do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU), elabo-
rado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB), em parceria com a con-
sultoria PWC Brasil , quase metade dos municípios brasileiros (49,9%) pesquisados ainda despeja
resíduos em lixões – depósitos irregulares e ilegais. Além disso, 17,8 milhões de brasileiros não têm
coleta de lixo nas casas e apenas 3,85% dos resíduos são reciclados. O estudo revela que, uma déca-
da depois da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o país ainda mostra alto
índice de destinação incorreta do lixo, com taxa mínima de reciclagem.
Disponível em:<https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-08/quase-metade-dos-municipios-ainda-despeja-residuos-
em-lixoes> . Acesso em 17 de maio de 2021.
Impactos na água:
A poluição da água é a contaminação dos corpos d'água por elementos físicos, químicos e biológicos
que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e a saúde humana.
Assoreamento: Uma dos tipos de poluição da água é causado pelo acúmulo de sedimentos (areia, terra,
rochas) e outros materiais (podendo ser resultante do processo de erosão do solo, desmatamento e
extração de minérios) levados até o leito dos cursos d'água pela ação da chuva, do vento ou do ser hu-
mano. O assoreamento prejudica o fluxo d’água e a navegação; causa aumento de turbidez e impede a
entrada de luz, impossibilitando a renovação do oxigênio, o que prejudica a comunidade aquática.
Poluição química: É a contaminação ambiental gerada por produtos químicos lançados em corpos hí-
dricos, geralmente por indústrias. Ela causa grandes danos para a vida no mar, nos rios e lagos, além de
prejudicar animais que interagem com o ecossistema, afetando a cadeia alimentar.
Poluição biológica ocorre com a introdução de detritos orgânicos lançados geralmente por esgotos
domésticos e industriais (alguns exemplos são restos de alimentos, fezes humanas e detergentes), que
podem ser direcionados à água ou podem se infiltrar nos solos, atingindo lençóis freáticos. Consequen-
temente, pode ocorrer a eutrofização de cursos d'água (rios, lagos ou represas), que é o processo que
resulta num aumento de nutrientes essenciais para o fitoplâncton (algas) e plantas aquáticas, princi-
palmente nitrogênio, fósforo e potássio (fig.2). O aumento da concentração de nutrientes implica no
aumento da densidade de algas (bloom), que podem impedir a penetração de luz na água, afetando a
realização de fotossíntese por parte de algas e plantas que estão abaixo delas, causando-lhes a morte.
A morte desses organismos acarreta um aumento de matéria orgânica e um aumento de bactérias de-
compositoras, que utilizam o oxigênio no processo de decomposição, reduzindo-o substancialmente.
Nessas condições, entram em ação as bactérias anaeróbias com produção de gás sulfídrico e o meta-
no. Esses gases são extremamente tóxicos para a maioria dos organismos aquáticos, especialmente
para os peixes. Dessa forma, os peixes e outros organismos morrem por asfixia. Ao atingir esse estágio,
a água do ecossistema lacustre se torna imprópria para o abastecimento, em especial pela alta quanti-
dade de substâncias tóxicas e mal cheirosas, excretadas pelas algas e persistentes, mesmo depois da
aplicação dos tratamentos mais sofisticados.
Figura 2. Lagoa da Pampulha na cidade de Belo Horizonte - ambiente eutrofizado. Disponível em: <http://www.geoimagens.com.br/site/
wp-content/uploads/2015/11/BR-MG-2012-20-458x344.jpg> . Acesso em 17 de maio de 2021.
50
A água é fundamental para a produção de alimentos, de energia e de bens industriais de diversos tipos.
Ela é o recurso mais importante para a nossa sociedade e para a vida na Terra e por isso é tão neces-
sário evitar a sua poluição. Apesar do ciclo da água garantir sua renovação constante, a poluição reduz
cada vez mais a disponibilidade de água potável para a humanidade. Diversas doenças são veiculadas
pela água contaminada, como cólera, amebíase, giardíase, leptospirose, disenteria bacteriana, esquis-
tossomose, hepatite e outras. Sendo assim, a preservação ambiental e a garantia do saneamento bási-
co são fundamentais para a saúde da população.
Impactos no ar:
O ar é um elemento fundamental formado por uma combinação de gases, vapor de água e partículas
suspensas, sendo uma substância vital para a manutenção da vida na Terra. O ar é essencial para o cli-
ma, para a distribuição da chuva e para a dispersão de sementes, que favorecem a produção agrícola.
A poluição do ar pode ser definida como a presença de substâncias provenientes de atividades huma-
nas ou da própria natureza que podem colocar em risco a qualidade de vida dos seres vivos. Segundo
o conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA, poluente atmosférico é “qualquer forma de matéria
em quantidade, concentração, tempo ou outras características, que tornem ou possam tornar o ar
impróprio ou nocivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à
flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às atividades normais da comunida-
de. O ar poluído pode causar sérios problemas ao homem e a outros seres, portanto, ele é impróprio e
nocivo” (Conama, resolução nº 491, de 19/11/2018). A poluição do ar tem aumentado desde a Revolução
Industrial e intensificado na primeira metade do século XX com o aumento crescente de indústrias e
carros, que lançam diversos poluentes na atmosfera. Vale destacar, no entanto, que também existem
fontes naturais de poluição atmosférica, tais como a poeira da terra e vulcões. O aumento crescente
das emissões de gases de efeito estufa, principalmente o CO2, contribuem para a intensificação do
efeito estufa e causa o aquecimento global.
Aquecimento global (fig.3) é um fenômeno caracterizado
pelo aumento da temperatura média dos oceanos e da at-
mosfera da Terra. Esse fenômeno é causado por massivas
emissões de gases que intensificam o efeito estufa. Es-
ses gases, tais como o dióxido de carbono, são origina-
dos de uma série de atividades humanas, especialmente:
a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. O
aquecimento global e a nova composição da atmosfera de-
sencadeiam alterações importantes em todos os sistemas
e ciclos naturais da Terra.
O dióxido de carbono, que vem se acumulando na atmos- Figura 3. <https://pixabay.com/pt/photos/
fera, também se acumula nos oceanos. Quando dissolvido mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica-
na água, esse gás libera íons de hidrogênio que aumentam term%C3%B4metro-3836835/>. Acesso em 17 de maio
a acidez (reduzindo o pH), causa acidificação da água cola- de 2021.
borando para branqueamento de corais e morte de diver-
sos seres aquáticos.
Isso pode, inclusive, afetar a produção de oxigênio do fitoplâncton dos oceanos, que é responsável por
até 80% de todo o O2 produzido no planeta. O aquecimento global causa o degelo das calotas polares,
que afeta os mares, provocando a elevação do seu nível , mudanças nas correntes marinhas. Interfere
no ritmo das estações do ano e nos ciclos da água, do carbono, do nitrogênio e outros compostos. Tor-
na irregulares o regime de chuvas e o padrão dos ventos, produz uma tendência à desertificação das
regiões das florestas tropicais, enchentes e secas mais graves e frequentes, e tendem a aumentar a
frequência e a intensidade de tempestades e outros eventos climáticos extremos, como as ondas de
calor e de frio.
51
A poluição do ar favorece o desenvolvimento de diversas doenças causadas por vírus, bactérias e ou-
tros microrganismos, os quais são levados pelas correntes de ar. A maioria dos poluentes atmosféricos
causam a contração dos músculos das vias aéreas, estreitando-as. Na população geral, especialmente
crianças e idosos, a exposição a longo prazo a esse tipo de poluição pode aumentar a ocorrência de
infecções respiratórias e sintomas de distúrbios respiratórios (como tosse e dificuldade respiratória)
e uma diminuição da função pulmonar.
Primeiro tratado para frear o aquecimento global entrou em vigor há 15 anos. Considerado pioneiro
por comprometer países industrializados a reduzirem emissões, o acordo não bastou para resolver
o problema a longo prazo. A história do Protocolo de Kyoto começa em 1992, na Convenção das Na-
ções Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, onde a comunidade inter-
nacional sublinhou a responsabilidade histórica dos países ricos pela mudança climática. Em 1997,
em Kyoto, no Japão, as negociações sobre o documento definiram como e em que contexto a pro-
teção do clima deveria prosseguir, consumando que grandes emissores de gases de efeito estufa
deveriam liderar a desaceleração da mudança climática. Após a assinatura de 141 países, o Protocolo
de Kyoto entrou finalmente em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Os Estados Unidos – responsáveis
por uma grande parte das emissões históricas de CO2 –, porém, nunca ratificaram o Protocolo de
Kyoto e o abandonaram em definitivo em 2001. Em 2011 foi a vez de o Canadá deixar o acordo, e mui-
tos analistas pensaram que o Protocolo de Kyoto fracassara. Mas, em 2012, as emissões dos países
industrializados caíram 20% em relação aos níveis de 1990 – cinco vezes a meta de Kyoto para os
demais países.
Mais do que apenas reduzir as emissões, o protocolo introduziu o chamado Mecanismo de Desen-
volvimento Limpo para o comércio de carbono. Ou seja, países que não atingissem suas metas de
redução poderiam "comprar" de países menos poluentes o direito a emissões extras. Em princípio,
países industrializados ainda têm obrigações sob o Protocolo de Kyoto, substituído por um tratado
posterior, o Acordo Climático de Paris de 2015. Sob o Acordo de Paris, quase todos os países do
mundo concordaram em limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-indus-
triais. Os signatários do pacto se comprometeram com metas climáticas nacionais e de redução de
CO2 que eles mesmos elaboraram. Até agora, no entanto, quase nenhum país tem cumprido suas
metas. As emissões globais de gases de efeito estufa aumentaram 41% desde 1990 e continuam a
aumentar. Se as emissões de CO2forem mantidas nos níveis atuais, a Terra se aquecerá cerca de 3
graus Celsius até o final do século.
Disponível em:< https://www.dw.com/pt-br/protocolo-de-kyoto-foi-marco-na-prote%C3%A7%C3%A3o-clim%C3%A1tica-mas-
insuficiente/a-52399555>. Acesso em 17 de maio de 2021.
Saiba mais: Assista ao vídeo sobre o Acordo de Paris. Disponível em: <https://youtu.be/DMGmfforM3g>.
Acesso em: 17 de maio de 2021.
52
ATIVIDADES
1 – (adaptado Enem 2011). Um dos processos usados no tratamento do lixo é a incineração, que apresenta
vantagens e desvantagens. Em São Paulo, por exemplo, o lixo é queimado a altas temperaturas e parte
da energia liberada é transformada em energia elétrica. No entanto, a incineração provoca a emissão
de poluentes na atmosfera.
Uma forma de minimizar a desvantagem da incineração, destacada no texto, é:
2 – (Adaptado - Enem 2014). O potencial brasileiro para transformar lixo em energia permanece
subutilizado — apenas pequena parte dos resíduos brasileiros é utilizada para gerar energia. Contudo,
bons exemplos são os aterros sanitários, que utilizam a principal fonte de energia ali produzida. Alguns
aterros vendem créditos de carbono com base no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do
Protocolo de Kyoto.
Essa fonte de energia subutilizada, citada no texto, é o:
53
4 – (adaptado PUC-PR) Segundo o cientista da NASA James Hansen, a temperatura da Terra alcançou,
nos últimos 30 anos, uma rápida ascensão de cerca de 0,2 graus Celsius, fenômeno este que jamais havia
ocorrido desde que acabou a Era Glacial, há 12 mil anos. Tal aquecimento se explica, conforme o cientista,
pelo aumento de emissão de gases estufa. São consequências do fenômeno de aquecimento global:
I - Devastação das florestas e savanas.
II - Redução do volume das geleiras alpinas e das calotas glaciais.
III - Menor possibilidade de formação de tempestades e ciclones, tanto no Atlântico Norte como no
Atlântico Sul.
IV - Redução da acidez das chuvas.
V - Transgressão marinha sobre parte das faixas costeiras.
VI - Rebaixamento do nível dos oceanos e consequente expansão das áreas litorâneas.
VII - Aumento do risco de degradação dos ecossistemas coralíneos.
a) manter florestas maduras, como a Amazônica, pois elas consomem, pela fotossíntese, mais
CO2 do que produzem no processo de respiração.
b) aumentar as áreas de lavoura, como as de cana-de-açúcar, que permitem a reciclagem rápida
do CO2.
c) aumentar a quantidade de algas clorofíceas, pois são elas as principais consumidoras do CO2
tanto do ambiente terrestre quanto do ambiente aquático.
d) aumentar a prática do reflorestamento, porque as florestas em crescimento aumentam a sua
massa, incorporando mais carbono e, assim, utilizam mais CO2 do meio.
54
REFERÊNCIAS
Aquecimento global. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global>. Acesso
em: 17 de maio de 2021.
Aquecimento oceânico. Disponível em: <https://www.infoescola.com/geografia/aquecimento-o-
ceanico/>. Acesso em: 17 de maio de 2021.
CECCATO, Christiano Büchele. Desenvolvimento de um programa de intervenção em educação am-
biental e prevenção da saúde para academias e organizações não-governamentais: entendendo a
relação homem-natureza. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/30368191.pdf>. Aces-
so em: 17 de maio de 2021.
Erosão do solo pela atividade agrícola; Brasil Escola. Disponível em: <https://monografias.brasiles-
cola.uol.com.br/agricultura-pecuaria/erosao-solo-pela-atividade-agricola.htm>. Acesso em 17 de
maio de 2021.
Eutrofização Artificial. Disponível em: <https://www2.feis.unesp.br/irrigacao/ctl28082004.
php#:~:text=A%20eutrofiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20cursos%20d,%2C%20pot%C3%A1s-
sio%2C%20carbono%20e%20ferro>. Acesso em: 17 de maio de 2021.
Poluição do solo. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/2753-poluicao-do-solo>. Acesso em:
17 de maio de 2021.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Impactos ambientais; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasi-
lescola.uol.com.br/quimica/impactos-ambientais.htm#>. Acesso em: 17 de maio de 2021.
55
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Teia da vida.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Biodiversidade.
HABILIDADE(S):
22.1. Comparar argumentos favoráveis ao uso sustentável da biodiversidade e tomar posição a respeito do
assunto.
22.2. Avaliar relatórios publicados pelos órgãos governamentais e entidades científicas a respeito das espé-
cies em risco de extinção.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Biodiversidade. Causas da redução da biodiversidade.
Extinção de espécies.
TEMA: Biodiversidade
O termo biodiversidade surgiu pela 1ª vez em uma publicação em 1988 em um livro organizado pelo bió-
logo Edward Wilson. No livro, Wilson alertava para o fato de que: “A diversidade de formas de vida,
em número tão grande que ainda temos que identificar a maioria delas, é a maior maravilha desse
planeta. A biosfera é uma tapeçaria intrincada de formas de vida que se entrelaçam. [...] Este livro
oferece uma visão geral dessa diversidade biológica e traz um aviso urgente de que estamos alteran-
do e destruindo os ambientes que criaram a diversidade de formas de vida por mais de um bilhão de
anos”. (WILSON, 1997). O termo biodiversidade, também chamado de diversidade biológica, refere-se à
variedade de formas de vida existentes na natureza. O trecho citado acima: “A biosfera é uma tapeçaria
intrincada de formas de vida que se entrelaçam”, evidencia que a biodiversidade considera, além da
diversidade genética de cada espécie, as relações entre os seres no ecossistema. A biodiversidade ne-
cessita de manifestar-se como rede, onde os indivíduos estão conectados, um afetando a vida do outro.
A diversidade biológica é uma regra na natureza, isto é, para uma população ser diferente é importante
para que os seres daquela espécie se adaptem ao meio ambiente, sobrevivam, reproduzam e tenham
seus genes selecionados. Quanto maior a diversidade genética, maior o repertório adaptativo de uma
população às intempéries da natureza. Neste sentido, a reprodução sexuada assume papel de destaque
para permitir a mistura de material genético e a variabilidade genética. A diversidade biológica está
presente em todo lugar: em uma caverna, na floresta, no fundo de um lago, na imensidão dos oceanos,
em uma planície alagada ou no meio do deserto.
56
“Muitas espécies podem desaparecer antes de conhecermos sua existência, seu nicho único, sua
função no ecossistema e o sua contribuição potencial para o bem-estar humano”, afirmou o autor
principal do estudo, Camilo Mora, da Universidade do Havaí e da Universidade Dalhousie em Halifax,
Canadá. A estimativa leva em conta apenas os seres eucariontes (que têm núcleo celular organiza-
do), deixando de fora os vírus e as bactérias, que possuem uma altíssima variedade.
Disponível em: <https://www.oeco.org.br/noticias/25255-planeta-terra-e-o-lar-de-87-milhoes-de-especies/>. Acesso em: 18 de
maio de 2021.
Se a escalada evolutiva na Terra, ao longo de milhares de anos, fosse comparada com um dia, o surgi-
mento da espécie humana ocorreu nos últimos minutos. Mas, desde sua luta pela sobrevivência no mun-
do pré-histórico, com invenções de ferramentas simples de caça, a descoberta do fogo até as grandes
evoluções tecnológicas dos dias de hoje, o domínio da natureza pela nossa espécie fez-se necessário
para o alcance do bem-estar da humanidade. O uso de recursos naturais, de forma cada vez mais cres-
cente e predatória, trouxe consequências para o planeta e para a biodiversidade, ameaçando o próprio
homem. Dentre as principais causas da perda de biodiversidade, podemos destacar a destruição de
habitat, o uso excessivo dos recursos naturais, a introdução de espécies invasoras e a poluição. Estes
fatores contribuíram para a extinção de espécies, numa taxa bem mais elevada aos índices de extinção
por causas naturais. Vamos discutir mais sobre a destruição de habitat:
A destruição de habitat: O desmatamento para a disponibilização de terra para atividades agropecuá-
rias e avanço das cidades é um fator primordial na destruição de ecossistemas e redução da biodiver-
sidade. No Brasil, o bioma Mata Atlântica, que ocupava uma grande faixa de nosso litoral, foi reduzido a
cerca de 12% de sua cobertura original e continua sofrendo perdas. O desmatamento na Mata Atlântica
cresceu 27,2% entre 2018 e 2019, na comparação com o período entre 2017 e 2018, de acordo relatório
do Atlas da Mata Atlântica, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). O ritmo da destruição, entre 2008 e 2018, do desmatamento da Amazônia
foi 170 vezes mais rápido do que aquele registrado na Mata Atlântica durante o Brasil Colônia.
Um estudo da Rede de Informações Socioambientais
Georreferenciadas da Amazônia (RAISG) apontou o
Brasil como o responsável pelo pior desmatamento
da Amazônia, sendo 425.051 quilômetros quadrados
destruídos de 2000 a 2018. Segundo o artigo publica-
do por pesquisadores britânicos em julho deste ano na
revista Science, até 2050 a Floresta Amazônica perde-
rá grande parte de seu habitat.
Os pesquisadores desenvolveram uma forma de pre-
ver, em longo prazo, o impacto causado pelo desma-
tamento sobre as espécies de mamíferos, anfíbios e
répteis da região. Segundo a pesquisa, a Amazônia
perderá, em média, cerca de nove espécies de verte-
brados, estando outras 16 espécies correndo risco de
extinção até 2050.
Pelo menos 1.173 espécies de animais vivem sob risco
de extinção no país atualmente (fig. 5). Há outros dez
animais que existiam no Brasil e que já desaparece-
ram completamente do território nacional. Os dados
são do Instituto de Conservação da Biodiversidade Figura 5. Disponível em: <https://s2.glbimg.com/
Chico Mendes (ICMBio). O órgão publicou em janeiro a HulmQuAA3A8f0GgKNc2vM_5cEYM=/0x0:1600x1777/984x0/
smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
mais recente edição do Livro Vermelho da Fauna Bra- AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/
sileira Ameaçada de Extinção 2018. A versão anterior bs/2019/f/B/d5kB6bR9eIprlucHJPNg/animais-em-extincao-
do relatório havia sido publicada há mais de dez anos, brasil-va.jpg>. Acesso em 18 maio 2021
em 2008.
57
Qual a relação entre a atual pandemia do novo coronavírus e a crise da perda da biodiversidade? Leia e
reflita: Disponível em: <https://pagina22.com.br/2020/06/15/a-pandemia-e-a-crise-da-biodiversida-
de/>. Acesso em 23 de maio de 2021.
ATIVIDADES
1 – Com base em seus conhecimentos e no assunto estudado na semana, é correto afirmar que:
I. O termo diversidade biológica ou biodiversidade se refere à variedade e à disponibilidade de seres
vivos, em diferentes níveis, e dos ambientes onde vivem.
II. No Brasil, o bioma Mata Atlântica foi reduzido em cerca de 12% de sua cobertura original, mas políti-
cas ambientais vêm contribuindo para cessar as perdas.
III.O desmatamento para a disponibilização de terra para atividades agropecuárias e avanço das cida-
des é um fator primordial na destruição de ecossistemas e na redução da biodiversidade.
IV. Destacam-se como principal motivo para perda da biodiversidade a introdução de animais exóticos.
Causando vantagens competitivas – as espécies são favorecidas pela ausência de seus predadores .
a) Dentre as espécies citadas acima, segundo as Figura 6. Categorias UICN. Arquivo próprio.
categorias da UICN, qual espécie sofre maior Araújo, Marisa Moreira
ameaça? ________________________________
b) Baseado nas principais ameaças à biodiversidade, numere algumas estratégias de conserva-
ção das espécies no ecossistema.
58
3 – Leia o trecho a seguir e responda a pergunta que se segue:
“O surgimento da COVID-19 enfatizou o fato de que, quando destruímos a biodiversidade, destruímos o
sistema que sustenta a vida humana. Quanto mais biodiverso é um ecossistema, mais difícil é para um
patógeno se espalhar rapidamente”.
(Adaptado) Disponível em: <https://www.worldenvironmentday.global/pt-br/voce-sabia/relacao-entre-biodiversidade-e-coronavirus#>.
Acesso em: 23 maio 2021.
O COVID-19 nos apresenta uma oportunidade: repensar nosso relacionamento com a natureza e re-
construir um mundo ambientalmente mais responsável e concluir que
REFERÊNCIAS
FRANCO, José Luiz de Andrade. O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conserva-
ção. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf>. Acesso em: 23 de maio
de 2021.
Desmatamento na mata atlântica. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noti-
cia/2020-05/desmatamento-na-mata-atlantica-cresce-272-diz-relatorio#>. Acesso em: 23 de
maio de 2021.
Floresta Amazônica já possui espécies com garantia de extinção até 2050. Disponível em: <ht-
tps://jornal.ufg.br/n/41714-floresta-amazonica-ja-possui-especies-com-garantia-de-extincao-a-
te-2050>. Acesso em: 23 de maio de 2021.
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem da Vida.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Características Gerais dos Seres Vivos.
HABILIDADE(S):
8.1.1. Identificar na estrutura de diferentes seres vivos a organização celular como característica fundamen-
tal de todas as formas vivas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Características gerais dos seres vivos.
Organização celular
A célula é a unidade funcional dos seres vivos, isso quer dizer que para um organismo ser considerado
vivo ele deve conter, no mínimo, uma célula. Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados
por células.
A Teoria Celular é formada por ideias de Schleiden, Schwann e Virchow. Os dois primeiros propuseram
a base dessa teoria. A Teoria celular pode ser dividida em três postulados:
• Todos os seres vivos são formados por células. Elas são as unidades morfológicas dos seres
vivos;
• Na célula são realizados processos que são fundamentais à vida. As células são as unidades fun-
cionais ou fisiológicas dos seres vivos;
• Todas as células só se originam de outras células preexistentes.
Célula é a menor parte com forma definida que constitui um ser vivo dotada de capacidade de autodu-
plicação. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Os seres que possuem ape-
nas uma célula são denominados unicelulares (fig.7) (bactérias, protozoários, alguns grupos de algas
e fungos), e os seres que possuem várias células são denominados pluricelulares ou multicelulares
(animais, fungos e algas macroscópicas, além dos vegetais). Existem dois padrões celulares: a célula
procariótica (que não apresenta carioteca) e a célula eucariótica (que apresenta carioteca delimitando
uma região chamada núcleo celular). A procariótica está presente nas bactérias e nas cianobactérias.
Os organismos constituídos por células procarióticas são denominados procariontes, enquanto aque-
les que apresentam células eucarióticas são chamados de eucariontes.
60
Figura 7- Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1 . 12. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2016. P.11.
Composição química: Os seres vivos são formados basicamente por uma junção de elementos quími-
cos, chamados de bioelementos que constituem a matéria viva. As substâncias que compõem os seres
vivos podem ser classificadas em orgânicas e inorgânicas:
- Substâncias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucléicos e vitaminas. De uma forma
geral, as moléculas orgânicas contêm os elementos carbono (C) e hidrogênio (H) unidos por ligações
covalentes. Carbono é o constituinte mais abundante da matéria orgânica, representando aproximada-
mente 45-55% de sua massa. Outros elementos relevantes constituintes da matéria orgânica incluem
o oxigênio (O) e nitrogênio (N). Fósforo (P), enxofre (S), potássio (K) e outros elementos menos comuns
compreendem menos de 1% da massa total da matéria orgânica viva.
-Substâncias inorgânicas: água e sais minerais. A água constitui entre 65% e 95% da massa dos seres
vivos e é, portanto, a substância mais abundante dos seres vivos. Na água, dissolvem-se as biomolécu-
las restantes, e em seu meio ocorrem as reações bioquímicas. Os sais minerais são, sobretudo, clore-
tos, carbonatos e fosfatos de cálcio, sódio, potássio, ferro e outros minerais. Não superam 1% da massa
dos seres vivos, mas são imprescindíveis à vida.
A composição química aproximada da matéria viva (fig. 8) é de
75 a 85% de água; 1% de sais minerais; 1% de carboidratos; 2 a
3% de lipídios; 10 a 15% de proteínas e 1% de ácidos nucléicos.
Metabolismo: Todos os seres vivos apresentam metabolis-
mo, que corresponde à junção de todas as reações químicas
interligadas dentro de um organismo. O objetivo do metabo-
lismo é controlar a energia e os recursos materiais para su-
prir as necessidades de um ser vivo. As diversas reações em
uma célula fazem com que ela se mantenha viva, com capa-
cidade de crescer e se dividir. O metabolismo pode ser clas-
sificado em dois grandes processos: anabolismo (reações de
síntese ou construção) e catabolismo (reações de degrada- Figura 8. composição química da matéria. Arquivo
ção ou quebra). próprio. Araújo, Marisa Moreira.
O metabolismo energético compreende o conjunto de reações que envolvem trocas energéticas no or-
ganismo. Para que essas reações ocorram, são necessários substratos energéticos, que são prove-
nientes da alimentação. As principais fontes de energia utilizadas nessas reações são os carboidratos,
os lipídios e as proteínas (fig. 9).
61
Figura 9. Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1 . 12. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2016. P.13.
Reprodução: Os seres vivos são capazes de reproduzir e aumentar o número de componentes da sua
espécie através de seus descendentes. Essa capacidade de reprodução pode ocorrer de diferentes
maneiras, dependendo do organismo. Seres unicelulares duplicam seu material genético e dividem-se,
originando células novas a partir de uma célula-mãe. Já os seres pluricelulares apresentam células es-
pecializadas em reprodução, que são chamadas de células reprodutivas. A reprodução pode ser classifi-
cada em sexuada (fig. 10), pela união de gametas dos progenitores, ou assexuada, sem união de gametas,
que formam organismos geneticamente idênticos (fig.11).
Figura 10. Reprodução sexuada. Disponível em: <https://sites. Figura 11. Fragmentação ou regeneração. Disponível em: <https://
google.com/site/projetodeinformaticaeducativa5/reproducao- t2.ea.ltmcdn.com/pt/images/0/0/0/tipos_de_reproducao_
dos-animais-e-plantas>. Acesso em 28 de mar.2021. assexuada_com_exemplos_23000_1_600.jpg>. Acesso em 28 de
mar.2021.
Hereditariedade: É a capacidade de um ser vivo em transmitir informações genéticas para os seus des-
cendentes. Todos os seres vivos têm material genético, que é constituído por uma ou mais moléculas
de ácidos nucleicos. Essa categoria de substâncias compreende o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o
RNA (ácido ribonucleico); As informações são transmitidas através de genes, unidades funcionais que
consistem em fragmentos sequenciados de DNA, capazes de originarem produtos funcionais como
RNA e proteínas.
Irritabilidade: Os seres vivos são capazes de reagir a estímulos e detectar alterações no meio em que
estão inseridos. Essa característica recebe o nome de irritabilidade. As respostas aos estímulos rece-
bidos podem ser positivas, quando a resposta é dada em direção ao estímulo, ou negativas, para que o
ser se afaste do que foi detectado.
62
Homeostase: A homeostase, interpretada como “estado estável”, é o mecanismo que garante que as
condições internas necessárias para o funcionamento do organismo sejam mantidas constantes. Tem-
peratura e concentração de substâncias químicas são exemplos de fatores regulados nos seres vivos.
O feedback negativo é o principal mecanismo para a manutenção da homeostase. Ele reduz uma alte-
ração inicial, alterando a direção da mudança, e é o principal regulador dos nossos hormônios. Como
exemplo de feedback negativo podemos citar o controle dos níveis de açúcar em nosso sangue. Quando
os níveis de açúcar sobem, logo após uma refeição, por exemplo, observamos gradualmente um au-
mento da liberação de insulina. Essa insulina garante uma diminuição dos níveis de açúcar no sangue,
uma vez que esse hormônio garante a absorção de glicose pelos tecidos.
Evolução e adaptação: A adaptação é um conceito de grande importância para a biologia evolutiva,
cujo marco histórico inicial ocorreu em 1859, com a publicação do livro “A Origem das Espécies” (On the
Origin of Species), do naturalista Charles Darwin (1809-1882). Uma adaptação é qualquer característica
ou comportamento que torna um organismo capacitado a sobreviver e a se reproduzir em seu ecos-
sistema. A variabilidade genética é fundamental para a adaptação. No processo de seleção natural,
os genes que conferem características com alto valor adaptativo são selecionados e passam para as
próximas gerações.
ATIVIDADES
1 – Todos os organismos vivos estão sujeitos a processos evolutivos. Algumas características, por
exemplo, surgem e são passadas para os descendentes e outras são eliminadas da população por meio
de um processo denominado de:
a) recombinação gênica.
b) seleção natural.
c) mimetismo.
d) mutação.
2 – Para um organismo ser considerado vivo, algumas características devem estar presentes. Analise
as alternativas a seguir e marque o único atributo que não é encontrado em todos os seres vivos.
a) Hereditariedade.
b) Capacidade de responder a estímulos.
c) Corpo formado por várias células.
d) Capacidade de evoluir.
63
3 – (FUVEST) Considere as seguintes características atribuídas aos seres vivos:
I. Os seres vivos são constituídos por uma ou mais células.
II. Os seres vivos têm material genético interpretado por um código universal.
III. Quando considerados como populações, os seres vivos se modificam ao longo do tempo.
Admitindo que possuir todas essas características seja requisito obrigatório para ser classificado como
“ser vivo”, é correto afirmar que:
a) os vírus e as bactérias são seres vivos, porque ambos preenchem os requisitos I, II e III.
b) os vírus e as bactérias não são seres vivos, porque ambos não preenchem o requisito I.
c) os vírus não são seres vivos, porque preenchem os requisitos II e III, mas não o requisito I.
d) os vírus não são seres vivos, porque preenchem o requisito III, mas não os requisitos I e II.
a) Gene.
b) Cromossomo.
c) Alelos.
d) RNA.
Figura 12. DNA e cromossomos.
Disponível em: <https://pixabay.
com/pt/vectors/gen%C3%A9tica-
cromssomos-rna-dna-156404/>.
Acesso em 20 de maio de 2021.
REFERÊNCIAS
Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1 . 12. ed. -- São Paulo : Saraiva,
2016. 11 a 13.
Disponível em: <https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/metabolismo.htm>.
Acesso em: 20 de maio de 2021.
Bioelementos. Disponível em: <https://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/bioelemen-
tos#>. Acesso em: 20 de maio de de 2021.
Homeostase. Disponível em: <https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/homeos-
tase.htm#>. Acesso em: 20 de maio de de 2021.
Adaptação (biologia). Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Adapta%C3%A7%C3%A3o_
(biologia) >. Acesso em: 20 de maio de 2021.
64
SEMANAS 5 E 6
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem da Vida.
TEMA/ TÓPICO(S):
Bioquímica celular.
HABILIDADE(S):
8.1.1. Identificar na estrutura de diferentes seres vivos a organização celular como característica fundamen-
tal de todas as formas vivas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Composição química da célula.
Água, sais minerais, lipídios, carboidratos e proteínas.
Em geral, quanto maior o metabolismo de um tecido, maior é a taxa de água presente nele (fig. 13). De
acordo com o organismo analisado, a quantidade de água pode atingir porcentagens extremamente
altas, como é o caso das águas-vivas, que possuem seu corpo formado por 98% de água. Nos seres
humanos, a água corresponde a aproximadamente 70% da massa corpórea.
Figura 13. Tabela de taxa de água. Disponível em: Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1 . 12. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016. P.28.
65
A fórmula da água, H2O, indica que é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Esses
átomos são ligados de forma covalente e compartilham de forma desigual os elétrons, criando uma
polaridade (cargas positivas e negativas). Em outras palavras, a molécula da água é polar e por isso
as moléculas interagem entre si através de pontes de hidrogênio, que são bem fortes (fig. 14). A água
possui um alto calor latente de vaporização, pois suas moléculas estão muito coesas, graças às pontes
de hidrogênio.
Figura 14. Molécula de água. Disponível em: <https:// Figura 15. Molécula de água. Disponível em: <https://pt.wikipedia.
escolaeducacao.com.br/propriedades-da-agua/>. Acesso em: 23 org/wiki/Paladar>. Acesso em 23 de maio de 2021.
de maio de 2021.
A molécula da água é angular, e o ângulo formado entre os átomos é de 104,5 graus (fig.15). Essa an-
gulação garante polaridade à molécula, que, por sua vez, faz com que a água seja um dos principais
solventes existentes no planeta. Quando analisamos a afinidade de uma substância pela água pode-
mos classificá-las em hidrofílicas (que se dissolvem na água) ou hidrofóbicas ( que não se dissolvem na
água). A água e a vida estão intimamente ligadas. Água sob a forma líquida é necessária para que a vida
exista e continue existindo, uma vez que essa substância apresenta determinadas propriedades que
são essenciais para os processos vitais.
O calor específico, por exemplo, é uma propriedade que define a quantidade de energia necessária para
aumentar (ou diminuir) uma unidade de massa de uma substância em um grau. O calor específico da
água é muito alto (1.000 cal/g.K), maior que do ferro, alumínio e ouro, por exemplo! A água possui eleva-
dos valores de calor específico, calor latente de vaporização e calor latente de ebulição, e isso faz com
que ela não tenha variações bruscas em sua temperatura, possibilitando a vida de muitos organismos,
que só conseguem sobreviver em uma faixa estreita de variação de temperatura. A grande quantidade
de energia necessária para a água variar sua temperatura é um fator fundamental para a estabilidade
climática de algumas regiões da Terra.
66
Figura 16. Tabela de taxa de água. Disponível em: Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1. 12. ed. -- São
Paulo : Saraiva, 2016. P.28.
SUBSTÂNCIAS ENERGÉTICAS
Os carboidratos (como os açúcares) e os lipídios (dentre os quais estão as gorduras) são duas subs-
tâncias orgânicas fundamentais para a vida. Os carboidratos são relacionados, principalmente, ao for-
necimento de energia imediato para a célula, enquanto os lipídios têm frequentemente um papel de
reserva energética.
Carboidratos: Essas substâncias orgânicas são compostas fundamentalmente de átomos de carbo-
no, hidrogênio e oxigênio. Os carboidratos são os principais produtos da fotossíntese, e muitos deles
são utilizados como combustíveis por células animais e vegetais. Podemos exemplificar os carboidra-
tos como uma imensidade de substâncias que fazem parte de nossa vida: pão, macarrão, farinha, ba-
tata, arroz (massas em geral), mel, açúcar e até madeira e papel, que são materiais tão diferentes, não
digeridos por nós, por conter celulose, mas digeridos por outros organismos. Podem-se classificar os
carboidratos com base no tamanho da molécula: os mais simples são os monossacarídeos. Eles são
classificados de acordo com o número de átomos de carbono. Os monossacarídeos mais frequentes
nos organismos são as pentoses (com 5 carbonos), como a ribose e a desoxirribose que compõem a
molécula de RNA e DNA, respectivamente, e as hexoses (com 6 carbonos), como a glicose, galactose
e frutose.
Os carboidratos que apresentam moléculas maiores, formadas por vários monossacarídeos reunidos,
são os Oligossacarídeos (como os dissacarídeos) e os polissacarídeos (fig.17).
Figura 17. Tabela de taxa de água. Disponível em: Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1. 12. ed. -- São
Paulo : Saraiva, 2016. P.28.
67
Lipídios: Os lipídios são substâncias muito abundantes em animais e vegetais (fig.18). Compreendem os
óleos, as gorduras, as ceras, os lipídios compostos (fosfolipídios, por exemplo) e, finalmente, os esterói-
des, que, apesar de estruturalmente diferentes dos outros lipídios, ainda assim são considerados lipídios.
Figura 18. Tabela de taxa de água. Disponível em: Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biologia, 1. 12. ed. -- São
Paulo : Saraiva, 2016. P.31.
Excesso de Lipídeos e doenças: Além dos lipídios serem importantes para o funcionamento do orga-
nismo, como evidenciado na tabela 15, médicos recomendam, para um indivíduo saudável, que a inges-
tão fique entre 20 e 35% do total de calorias diárias, sendo 10% no máximo proveniente da saturada e
o restante da insaturada. Devemos evitar a gordura trans, muito presentes em biscoitos, margarinas
hidrogenadas e outras guloseimas (essa gordura abala nosso perfil lipídico, pois eleva os níveis de co-
lesterol LDL e baixa os de HDL, podendo causar entupimento de artérias). Alguns dos principais proble-
mas provocados pelo excesso de gordura na alimentação são: Doenças cardiovasculares (como AVC,
aterosclerose e outras), doenças renais (hipertensão), doenças no fígado (esteatose hepática), obesi-
dade, câncer, dentre outras.
As proteínas
As proteínas são componentes de todos os seres vivos. Uma das funções fundamentais das proteínas
está relacionada à construção da matéria viva. Assim, a reposição de material celular desgastado e
o crescimento do organismo dependem da fabricação de proteínas pelas células. Algumas proteí-
nas desempenham a função de regulação do metabolismo celular, como os hormônios (insulina, por
exemplo). Já as enzimas são importantes em várias reações químicas, acelerando-as. Outras proteí-
nas, os anticorpos, defendem o organismo contra invasões de agentes externos. Há proteínas trans-
portadoras, como a hemoglobina do nosso sangue, que transporta o gás oxigênio. Já as proteínas
contráteis (actina e miosina) promovem a contração dos músculos.
As proteínas são moléculas grandes e de estrutura complexa. Uma molécula de proteína é constituída
por muitas unidades menores, ligadas entre si: os aminoácidos. Observe a seguir a fórmula geral de um
aminoácido (fig.19):
68
Dois aminoácidos se unem na molécula de proteína por meio de uma ligação peptídica. A reação ocor-
re entre a carboxila de um aminoácido e a amina de outro, havendo perda de uma molécula de água:
trata-se de uma reação de síntese por desidratação. Chamamos naturais os aminoácidos que um or-
ganismo animal é capaz de produzir. Os aminoácidos que devem ser por ele ingeridos são ditos essen-
ciais, já que são necessários para a síntese de suas proteínas e para sua sobrevivência. Produzimos
somente doze dos vinte aminoácidos, portanto temos de obter dos alimentos, os outros oito.
A estrutura das proteínas: As proteínas apresentam quatro níveis estruturais: estrutura primária,
secundária, terciária e quaternária (fig.20). A estrutura primária corresponde à sequência linear dos
aminoácidos unidos por ligações peptídicas. A estrutura secundária corresponde ao primeiro nível de
enrolamento helicoidal. A estrutura terciária corresponde ao dobramento da cadeia polipeptídica so-
bre si mesma. A estrutura quaternária corresponde a duas ou mais cadeias polipeptídicas, idênticas ou
não, que se agrupam e se ajustam para formar a estrutura total da proteína.
69
ATIVIDADES
1 – A maior parte dos seres vivos é constituída por água, responsável por 70 a 85% de sua massa.
Considere as afirmativas abaixo relacionadas às propriedades físico-químicas da água:
I) A molécula de água é polarizada, ou seja, apesar de ter carga elétrica total igual a zero, possui carga
elétrica parcial negativa na região do Hidrogênio e carga elétrica parcial positiva na região de cada
oxigênio.
II) A água é importante para a regulação térmica do organismo pela transpiração.
III) A polaridade da água contribui para ela ser um solvente universal.
IV) A grande quantidade de energia necessária para a água variar sua temperatura (calor específico) é
um fator fundamental para a estabilidade climática de algumas regiões da Terra.
Assinale a alternativa que contenha todas as afirmativas CORRETAS.
2 – Podemos definir a anemia como uma doença em que a quantidade de hemoglobina no sangue
está baixa. A hemoglobina é um pigmento responsável pelo transporte de oxigênio e é composta
principalmente por:
3 – Sabemos que diversos íons atuam em nosso corpo desempenhando as mais variadas funções. Um
exemplo desses íons é o iodo, que:
4 – PUCCamp-SP . Os fenilcetonúricos têm falta de uma enzima do fígado responsável pelo metabolismo
do aminoácido fenilalanina. Para que essa substância não se acumule no sangue, sua dieta alimentar
deve se restringir, dentre os nutrientes mencionados a seguir:
70
5 – (adaptado UDESC 2017/1). Importantes compostos orgânicos dos seres vivos as proteínas (cadeia
polipeptídica) diferem entre si, nos seguintes aspectos:
I. Pelos nucleotídeos presentes na cadeia.
II. Quantidade de aminoácidos presentes na cadeia.
III. Sequência em que os aminoácidos estão unidos na cadeia.
IV. Tipos de aminoácidos presentes na cadeia.
REFERÊNCIAS
Textos adaptados do livro didático: Silva Júnior, César; Sezar, Sasson; Júnior, Nelson Caldini. Biolo-
gia 1. 12. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2016. P. 24 a 39.
71
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Modelos.
TEMA/TÓPICO:
Constituição dos materiais/ Representações para o átomo.
HABILIDADE(S):
6.4. Usar a Tabela Periódica (TP) para reconhecer os elementos, seus símbolos e as características de subs-
tâncias elementares.
6.4.1. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados aos elementos químicos.
6.4.2. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados ao grupo em que se
encontram os elementos químicos.
6.4.3. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados ao período em que se
encontram os elementos químicos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Tabela periódica - Propriedades periódicas.
72
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
RAIO ATÔMICO E RAIO IÔNICO
O raio atômico é uma estimativa da distância do núcleo à última camada eletrônica (camada de va-
lência). Seu tamanho depende da força de atração entre prótons e elétrons e da força exercida por
fatores externos (por exemplo, a força exercida por outro átomo próximo a ele); Considerando essa
aproximação, o raio atômico pode ser definido como a metade da distância entre os núcleos de dois
átomos vizinhos.
Os raios dos íons são diferentes dos raios átomos que lhes dão origem. De modo geral, os cátions são
menores do que os átomos originais, porque para formar o cátion, o átomo perde elétron, mas o nú-
mero de prótons é mantido, isso faz com que os elétrons restantes passem a ser atraídos pelo núcleo.
Os ânions por outro lado, são maiores que os átomos que lhes deram origem, porque o aumento no nú-
mero de elétrons na camada de valência amplia o efeito repulsão que eles exercem uns sobre os outros,
e a intensidade da atração exercida pelo núcleo sobre a carga de cada elétron se torna maior.
Representação da relação entre o
raio atômico de dois átomos neu-
tros e seus íons.
Fonte: Conexões com a Química. Vol 1; Ed FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/W_ Fonte: Conexões com a Química. Vol 1; Ed
Moderna. Pág 183 iki/Raio_at%C3%B3mico>. Acesso em Moderna. Pág 183
17/05/2021.
• Numa mesma família: o raio atômico (tamanho do átomo) aumenta de cima para baixo na tabela,
devido ao aumento do número de níveis;
• Num mesmo período: o tamanho do átomo aumenta da direita para a esquerda na tabela, devido
à diminuição do número de prótons nesse sentido, o que diminui a força de atração sobre os
elétrons.
ENERGIA DE IONIZAÇÃO
Energia de ionização (E.I.): é a energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo iso-
lado no estado gasoso. x0 (g) + energia →X + (g) + elétron. Quanto maior o tamanho do átomo, menor será
a primeira energia de ionização.
Ao retirarmos o primeiro elétron de um átomo, ocorre uma diminuição do raio. Por esse motivo, a ener-
gia necessária para retirar o segundo elétron é maior. Assim, para um mesmo átomo, temos: 1ª E.I. <
2ª E.I. < 3ª E.I.
73
• Numa mesma fa-
mília: a energia de ioniza-
ção aumenta de baixo para
cima;
• Num mesmo perío-
do: a E.I. aumenta da es-
querda para a direita.
Fonte: Usberco e Salvador. Vol. único. Pág 65
ELETRONEGATIVIDADE
Eletronegatividade é a tendência que um átomo possui de atrair elétrons para perto de si, quando se
encontra “ligado” a outro átomo de elemento químico diferente, numa substância composta. Embora
essa atração se dê sobre todo o ambiente eletrônico que circunda o núcleo do átomo, é de particular in-
teresse a atração que ele exerce sobre os elétrons envolvidos na ligação química. A eletronegatividade
não é definida para os gases nobres.
A partir dos valores valores de eletronegatividade é possível construir uma fila de eletronegatividade
com alguns dos elementos que aparecem frequentemente no estudo da Química: metais < H < P < C < S
< I < Br < Cl < N < O < F.
74
ATIVIDADES
Consulte a tabela periódica a seguir e resolva as questões 1 e 2.
75
a) Qual dos elementos necessita de mais energia para que os dois elétrons mais externos sejam
removidos?
b) Qual dos elementos necessita de mais energia para para que os três elétrons mais externos
sejam removidos?
4 – Na tabela a seguir os símbolos dos elementos químicos foram substituídos por letras do alfabeto.
76
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Modelos.
TEMA/TÓPICO:
Constituição dos Materiais.
HABILIDADE(S):
14.3.1. Compreender o modelo de ligação covalente.
13.3. Caracterizar as substâncias iônicas por meio de modelos.
13.3.1. Compreender o modelo de ligação iônica.
15.3. Caracterizar as substâncias moleculares por meio de modelos.
15.4. Compreender a polaridade das moléculas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ligações Químicas Interatômicas.
77
Figura 2. Esquema das forças de atração e repulsão entre dois átomos
Se as forças de atração entre os átomos forem mais intensas do que as de repulsão, os átomos se
manterão unidos formando uma nova entidade: a molécula. Neste caso, diz-se que ocorreu uma ligação
química entre eles.
Quando dois átomos que formam a molécula são iguais, a atração núcleo I- eletrosfera II ”tem a mesma
intensidade da atração núcleo II -eletrosfera I E como se as duas eletrosfera formassem uma nuvem
eletrônica igualmente atraída pelos dois núcleos.
Quando os dois átomos são diferentes, as interações elétricas não têm a mesma intensidade. Neste
caso, é como se as duas eletrosferas formassem uma nuvem assimétricamente distribuída, pouco mais
deslocada para um dos átomos. (Figura 4)
Nos modelos esquematizados nas figuras 3 e 4, diz que ocorreu uma ligação do tipo covalente, ou seja,
os átomos compartilham seus elétrons da última camada. Na figura 3 os elétrons foram distribuídos de
maneira uniforme, não formando pólos. Ao contrário do esquema representado na figura 4. Portanto,
é possível dizer que no primeiro caso a ligação é apolar e no segundo caso polar.
Em caso extremo, quando uma atração é bem mais intensa que a outra, chega a haver transferência
de elétrons de um átomo para outro. Nesse caso, os átomos perdem a sua neutralidade, isto é, deixam
de ser eletricamente neutros. Um deles fica positivamente carregado e o outro fica negativamente
carregado. Esse tipo de ligação química entre os átomos é chamada de ligação iônica e pode ser es-
quematizada conforme a figura 5.
78
Embora os exemplos dados apresentam moléculas formadas por dois átomos (diatômicos), as mes-
mas considerações valem para moléculas formadas por um número maior de átomos (moléculas
poliatômicas).
Para entender porque há substâncias formadas por íons e substâncias formadas por átomos eletrica-
mente neutros, recorre-se ao modelo disponível para os átomos: um núcleo positivamente carregado,
envolvido por uma eletrosfera negativamente carregada. Imaginando dois ou mais átomos se aproxi-
mando para uma união, até que se concretize, alguma alteração deverá ocorrer em suas eletrosferas,
pois são elas a parte externa do átomo. Qualquer alteração que ocorra será no sentido de conferir maior
estabilidade à eletrosfera.
Ao estudar as substâncias simples, os cientistas descobriram que seis delas são formadas por átomos
isolados, isto é, não combinados. São os chamados gases nobres, cujos elementos estão na família 18
da tabela periódica e possuem oito elétrons na última camada, exceto o Hélio, com dois. Todas as de-
mais substâncias são formadas por moléculas com dois ou mais átomos iguais ou diferentes, eletrica-
mente neutros ou íons. Em síntese,
• Os átomos se unem quando as atrações elétricas entre eles predominam sobre as repulsões.
• O nome dado à união de átomos é ligação química. Assim, a ligação química é a atração elétrica
entre átomos.
• Se os gases nobres têm eletrosfera mais estáveis, então os demais átomos, ao se unirem, pro-
curam adquirir eletrosferas mais estáveis, se possível iguais às dos gases nobres (teoria do octe-
to). Isso ocorre pela transferência de elétrons (ligação iônica) ou compartilhamento de elétrons
(ligação covalente).
• Qualquer que seja o tipo de ligação química, ela nada mais é do que a atração elétrica entres áto-
mos, sejam eles eletricamente neutros ou íons.
ATIVIDADES
1 – Considere as duas situações seguintes, que podem ocorrer quando dois átomos se aproximam:
I- As atrações elétricas são mais intensas do que as repulsões.
II- As atrações elétricas são menos intensas do que as repulsões.
Em qual delas ocorreu uma ligação química?____________________________________________________
2 – Quando dois átomos iguais se unem, há possibilidade de ser iônica ou molecular essa ligação? Como
serão distribuídos os elétrons em torno dos núcleos nesse tipo de ligação? Justifique com desenho.
_________________________________________ Desenho
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
79
3 – Observe o modelo de ligação química a seguir.
a) O esquema acima serve para explicar a ocorrência de uma ligação química do tipo covalente.
b) O átomo de sódio fica positivamente carregado - cátion: e o de cloro fica negativamente car-
regado- ânion.
c) A transferência de um elétron da eletrosfera do sódio para a do cloro faz com que os átomos
percam a sua neutralidade.
d) Após haver a transferência de elétrons, ambos os átomos adquirem configuração semelhante
à dos gases nobres.
e) Enquanto os átomos dos elementos representados no modelo estiverem afastados pratica-
mente um não exerce influência um sobre o outro.
80
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos materiais.
HABILIDADE(S):
13.1.4. Reconhecer as espécies químicas (íons) que constituem as substâncias iônicas mais comuns.
13.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias iônicas aos elementos e sua posição na Tabela Periódica.
13.2.2. Identificar, a partir de fórmulas, substâncias iônicas.
14.2. Reconhecer os constituintes dos sólidos covalentes e sua representação através de fórmula.
14.2.2 Identificar, a partir de fórmulas, sólidos covalentes.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ligações Químicas: Ligação Iônica; Ligação Covalente.
81
Um método prático para determinar a fórmula mínima, considerando que o total de cargas positivas é
igual ao de negativas, é usar como índice da quantidade de cátions o total de cargas do ânion e como
índice da quantidade de ânions o total de cargas do cátion.
LIGAÇÃO COVALENTE
Compartilhar para construir.
A vida em sociedade envolve o compartilhamento de uma série de itens. Diariamente compartilhamos
informações, ideias, objetos, comida, e nessas situações nos aproximamos e nos ligamos a outras pes-
soas, fortalecendo o nosso convívio social
Na natureza os átomos também podem se aproximar e se ligar através do compartilhamento. Nesse
caso, o compartilhamento decorre da formação de pares eletrônicos envolvendo os elétrons da camada
de valência desses átomos. A esse tipo de ligação atribuímos o nome de covalente.
Esquematicamente, a ligação covalente pode ser assim representada:
82
Perceba que mais de um par de elétrons pode ser compartilhado, formando-se, então, ligações simples,
duplas e triplas. Veja as fórmulas de algumas moléculas simples:
EX:
Como conclusão, podemos dizer que a ligação é covalente quando os dois átomos apresentam a ten-
dência de ganhar elétrons. Isso ocorre quando os dois átomos têm 4, 5, 6 ou 7 elétrons na última ca-
mada eletrônica, ou seja, quando os dois átomos já se “avizinham” na configuração de um gás nobre (e
mais o hidrogênio, que, apesar de possuir apenas um elétron, está próximo da configuração do hélio).
Em outras palavras, a ligação covalente aparece entre dois átomos de não-metais, ou semimetais ou,
ainda, entre esses elementos e o hidrogênio. Pela classificação periódica, visualizamos perfeitamente
os elementos que se ligam por covalência:
83
PARA SABER MAIS:
Vídeo Ligação Covalente. Disponível em:<https://youtu.be/nxzd8FhjdS0>. Acesso em: 15 de maio de 2021.
ATIVIDADES
1 – (UFF-RJ) O leite materno é um alimento rico em substâncias orgânicas, tais como proteínas,
gorduras, açúcares, e em substâncias minerais, como o fosfato de cálcio. Esses compostos orgânicos
têm como característica principal as ligações covalentes na formação de suas moléculas, enquanto o
mineral apresenta também a ligação iônica.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o conceito de ligação covalente:
2 – (Unirio - RJ) O dióxido de carbono (CO2) é um gás essencial no globo terrestre. Sem a presença desse
gás o globo seria gelado e vazio. Porém, quando esse gás é inalado em concentração superior a 10%,
pode levar o indivíduo à morte por asfixia.
Esse gás apresenta em sua molécula um número de elétrons compartilhados igual a Dados: C (Z = 6);
O (Z = 8)
a) 8 b) 4 c) 2 d) 10 e) 12
84
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos Materiais.
HABILIDADE(S):
15.4. Compreender a polaridade de moléculas.
15.4.1. Reconhecer que, na constituição de substâncias moleculares, pode ocorrer o fenômeno de polariza-
ção de cargas elétricas, em função da geometria molecular e do tipo de átomo constitutivo da substância.
15.3.1. Compreender o modelo de ligação covalente e interações intermoleculares.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ligação Química; Geometria Molecular; Polaridade Das Moléculas; Interações Intermoleculares.
A disposição espacial dos núcleos desses átomos irá determinar diferentes formas geométricas para
as moléculas e como as cargas elétricas são distribuídas. Quando a ligação covalente ocorre entre
átomos de mesma eletronegatividade, não ocorre formação de pólos. Portanto essas ligações são de-
nominadas de apolares e formam moléculas apolares. Já na ligação covalente entre átomos de eletro-
negatividade diferentes, ocorre o acúmulo de carga negativa em torno do átomo do elemento de maior
eletronegatividade. Essas ligações são chamadas de polares
85
IDENTIFICANDO A GEOMETRIA DAS MOLÉCULA E A SUA POLARIDADE
Uma das maneiras mais simples e mais usadas atualmente para prever a geometria de moléculas e
consequentemente a sua polaridade consiste na utilização da teoria da repulsão dos pares eletrônicos
da camada de valência. Essa teoria está baseada na ideia de que os pares eletrônicos ao redor de um
átomo central, quer estejam ou não participando das ligações, comportam-se como nuvens eletrôni-
cas que se repelem entre si, de forma a ficarem orientadas no espaço com a maior distância angular
possível. Para você visualizar melhor essa teoria, representaremos cada par eletrônico (2 elétrons de
valência) ao redor de um átomo central como uma nuvem eletrônica de formato ovalado.
Pode-se determinar a polaridade de uma molécula pelo vetor momento dipolar resultante (µr), isto é,
pela soma dos vetores de cada ligação polar da molécula, considerando a escala de eletronegatividade
(ver tabela periódica), que nos permite determinar a orientação dos vetores de cada ligação polar e a
geometria da molécula, que nos permite determinar a disposição espacial desses vetores. Exemplo no
quadro a seguir.
86
Outra maneira de determinar a polaridade da maioria das moléculas é estabelecer uma relação entre o
número de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central A e o número de átomos iguais ligados a ele.
Nº de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central = nº de átomos iguais ligados ao átomo central →
molécula apolar.
Nº de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central ≠ nº de átomos iguais ligados ao átomo central →
molécula polar.
FORÇAS INTERMOLECULARES
A partir do conceito de polaridade é possível entender a natureza das forças que existem entre as mo-
léculas nas fases sólida, líquida e gasosa e que explicam propriedades como a interação e solubilidade,
pontos de fusão e ebulição e densidade. Apesar de as moléculas serem constituídas por átomos neu-
tros, que não perdem nem ganham elétrons, vimos que em muitas há existência de dipolos elétricos
permanentes e, como consequência, ocorrem interações elétricas entre elas. Essas forças são de três
87
PARA SABER MAIS:
Para saber mais sobre os conteúdos é importante que você leia os textos sugeridos pelo seu professor
e/ou acesse o link abaixo.
Vídeo Repulsão dos pares de elétrons. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v= Cs2P3Bx2I-
yU & ab_channel=CaRsQuimica> . Acesso em: 15 de maio de 2021.
ATIVIDADES
2 – (Fuvest-SP) A figura mostra modelos de algumas moléculas com ligações covalentes entre seus
átomos.
Analise a polaridade dessas moléculas, sabendo que tal propriedade depende da:
I) diferença de eletronegatividade entre os átomos que estão diretamente ligados. (Nas moléculas apre-
sentadas, átomos de elementos diferentes têm eletronegatividades diferentes.)
II) Forma geométrica das moléculas.
a) A e B. b) A e C. c) A, C e D. d) B, C e D. f) C e D.
88
3 – Explique com suas palavras como as interações intermoleculares influenciam nas propriedades das
substâncias.
4 – Com base nas informações sobre a geometria das moléculas, classifique as moléculas a seguir em
polares ou apolares e indique em que propriedade dos átomos e das moléculas você se baseou para
classificá-las: HBr, NH3 , H2 O, N2 , CCl4 .
89
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos materiais.
HABILIDADE(S):
12.2. Reconhecer os constituintes dos metais e sua representação por meio de fórmulas.
12.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias metálicas aos elementos e sua posição na tabela periódica
e compreender a sua tendência em formar cátions.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ligação Química - Ligação Metálica.
90
PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS METÁLICAS
O modelo proposto para a ligação metálica nos ajuda a compreender várias propriedades apresen-
tadas pelas substâncias metálicas. Algumas delas são muito diferentes das observadas em outras
substâncias. A maioria dos metais é sólida à temperatura ambiente (25 °C) e apresenta cor prateada.
As exceções são o mercúrio — único metal encontrado no estado líquido, cujo brilho característico é
denominado aspecto metálico —, o cobre (Cu) e o ouro (Au), os quais apresentam, respectivamente, cor
avermelhada e dourada.
As ligações metálicas são caracterizadas pelo fato de que têm a mesma intensidade qualquer que seja a
direção; sendo assim, não é surpreendente que muitos metais possam ser facilmente deformados sem
que se destrua sua estrutura cristalina. Sob a influência de uma tensão, uma pancada, por exemplo, um
plano de átomos pode deslizar sobre outro. Apesar disso, os elétrons ainda mantêm as ligações entre
os planos. Isso explica as propriedades de maleabilidade e ductibilidade dos metais.
Os metais conduzem bem a eletricidade e o calor porque seus elétrons de valência estão livres para se
mover no sólido. O aquecimento de uma ponta de um fio de cobre, por exemplo, aumenta a energia dos
elétrons daquela região do fio. Como os elétrons têm liberdade de movimento, vão transmitindo essa
perturbação para outros elétrons do metal, até que todo o metal fique aquecido. Além disso, o aque-
cimento do metal aumenta a vibração dos átomos e essa vibração também é transmitida na forma de
onda. A condutividade elétrica é explicada de maneira semelhante. O comportamento ondulatório dos
elétrons e a existência de uma banda de condução nos metais fazem com que a energia elétrica, que
pode ser interpretada como uma onda eletromagnética, seja transmitida ao longo, por exemplo, de um
fio metálico.
As temperaturas de fusão dos metais variam desde valores baixos (o mercúrio é um metal líquido à tem-
peratura ambiente) até valores muito altos (o tungstênio tem temperatura de fusão de aproximadamen-
te 3 680 ºC, sendo, por isso, usado na fabricação de materiais que devem resistir a altas temperaturas,
como filamentos de lâmpadas e ferramentas de corte). Os metais não são solúveis em solventes polares
ou apolares, mas podem reagir com ácidos fortes, como os ácidos clorídrico, sulfúrico e nítrico.
O arranjo cristalino dos metais é, em geral, bastante compacto. Isso explica por que os metais, geral-
mente, são muito densos quando comparados às substâncias moleculares, iônicas e covalentes. Como
a densidade depende também da massa do átomo, os metais constituídos por átomos mais leves são
bem menos densos que aqueles constituídos por átomos pesados. A densidade do alumínio (massa atô-
mica 27 u, a 20 ºC, por exemplo, é 2,7 g /cm3. Já a densidade da platina (massa atômica 195 u), à mesma
temperatura, é 21,5 g /cm3.
ATIVIDADES
91
2 – (UFMG) Nas figuras I e II, estão representados dois sólidos cristalinos, sem defeitos, que exibem dois
tipos diferentes de ligação química
4 – Observe a ilustração a seguir e descreva de forma resumida quais os tipos de ligação que ocorrem
entre os átomos para formarem as substâncias, classificando-as em iônica, metálica ou covalente.
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_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
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Fonte: Tito e Canto; pág.144
________________________
92
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos materiais.
HABILIDADE(S):
13.1. Reconhecer substâncias iônicas por meio de suas propriedades e usos.
13.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias iônicas.
12.1. Reconhecer substâncias metálicas por meio de suas propriedades e usos.
12.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias e ligas metálicas.
14.1. Reconhecer sólidos covalentes por meio de suas propriedades e usos.
14.1.2. Relacionar as propriedades aos usos dos sólidos covalentes.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ligações químicas - Propriedades dos materiais.
93
condutoras, como a grafite, a condutividade elétrica não é explicada pela presença de íons móveis, mas
pela existência de elétrons móveis. Os elétrons na região mais externa da eletrosfera não estão forte-
mente presos aos núcleos, o que possibilita sua mobilidade. Eles são, portanto, as partículas responsá-
veis pela condutividade elétrica no caso do cobre e da grafite.
94
PARA SABER MAIS:
Assista aos vídeos: Ligação iônica. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4w kaMA 41 IoI>.
Acesso em: 15 de maio de 2021.
Metais e ligação metálica. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v= ZFnEdCpEU6E & t=1s>.
Acesso em: 15 de maio de 2021.
Ligações Covalentes polares e apolares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v= nxzd8Fh-
jdS0 & t=10s>. Acesso em: 15 de maio de 2021.
ATIVIDADES
1 – Com base na leitura do texto, complete o quadro utilizando todas as substâncias citadas na tabela 1.
Apresentamos um exemplo para que você possa seguir.
2 – Duas casas tiveram as paredes externas pintadas com materiais diferentes: uma com cal e a outra
com tinta a óleo. Depois das chuvas de verão, uma das casas permaneceu pintada, ao passo que a outra
perdeu praticamente toda a tinta. Qual das casas teve a tinta removida pela ação das chuvas? Por quê?
95
Baseado nestas afirmações pode-se afirmar que:
4 – (UFTPR) Os cinco desenhos a seguir representam frascos contendo água líquida abaixo da linha
horizontal
Indique o desenho que apresenta o frasco que melhor representa a evaporação da água.
a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.
REFERÊNCIAS
AMBROGI, Angélica, Química para o Magistério, São Paulo, Editora Harbra, 1995.
FELTRE, Ricardo. Química / Ricardo Feltre. Volumes 1 — 6. ed. — São Paulo: Moderna, 2004.
FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: Ensino Médio, Volumes 1, 2ª ed. São Paulo, Ática 2016.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química: Ensino Médio, Volumes 1, 3ª ed. São
Paulo, Scipione, 2016.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Química Cidadã: Volumes 2 e 3 Ensino médio. 3ª ed. São Paulo,
AJS 2016.
USBERCO J., Salvador E., Química Geral, volume 2 e 3, 12ª.ed., São Paulo: Saraiva, 2006.
96
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
4. Energia Mecânica.
HABILIDADE(S):
12. Trabalho.
12.1.1. Saber que uma forma de transferir energia é através da aplicação de uma força que produz um deslo-
camento.
12.1.2. Saber que o produto de uma força pelo deslocamento que ela produz é denominado de Trabalho da força.
12.1.3. Saber que a unidade de força no SI é Newton (N), que equivale a 1 kg.m/s², e a unidade de Trabalho no SI
é Joule (J), que equivale a N.m.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Energia Cinética, Energia Potencial Gravitacional e Elástica, Conservação da Energia Mecânica de um corpo.
TEMA: Trabalho
A energia é uma grandeza física extremamente importante. No mundo todo, ela está relacionada a di-
versos tipos de fenômenos. Neste bimestre iremos tratar da Energia Mecânica, e a sua capacidade de
realizar trabalho.
Para tanto iremos definir a grandeza do Trabalho.
TRABALHO:
Se uma força aplicada a um objeto é tal que foi possível movê-lo na mesma direção e sentido, então a
força realizou um trabalho sobre o objeto.
T=f.d
97
Onde:
F = força aplicada em Newton (N).
d= deslocamento do objeto em metros (m).
T = Trabalho em Joule (J).
T positivo (Trabalho motor) → A força é paralela e no mesmo sentido do deslocamento do objeto. Logo
ela doa energia ao corpo de forma que ele execute um movimento.
T negativo (Trabalho resistente) → A força é paralela e contrária ao deslocamento do objeto. Neste
caso, a força retira energia do objeto durante o movimento.
T nulo → A força é perpendicular ao deslocamento, não conseguindo realizar nenhum deslocamento no
objeto.
A força também pode ser aplicada em uma direção inclinada em relação ao deslocamento. Isto faria
com que o ângulo de inclinação alterasse o valor do Trabalho, pois parte da força não seria utilizada no
sentido adequado e não seria aproveitada.
T = f . d . Cos θ
Exemplo:
Sobre uma caixa, são exercidas uma série de forças, conforme a figura abaixo.
Os valores de cada uma das forças motoras são F1 de 10 N e F2 de 5 N. A caixa está sendo deslocada por
100 m, de A para B, conforme a figura. Sabendo que o valor do ângulo θ é 30°, determine o que se pede.
Dados: cos 0° = 1 , cos 30° = 0,86 e cos 180° = -1.
Resposta:
98
O TRABALHO DA FORÇA PESO:
Ao elevarmos um livro de uma mesa para uma prateleira, alguns metros acima, estamos realizando um
trabalho sobre o livro. A força Peso também participa deste processo, mas puxando o livro para baixo,
no sentido oposto ao deslocamento pretendido. Caso o livro estivesse sendo levado no sentido oposto
ao proposto, por exemplo, sendo colocado numa prateleira abaixo ou mesmo caindo da prateleira, a
força Peso estaria no mesmo sentido deste deslocamento.
A força Peso pode realizar um trabalho motor ou resistente, dependendo apenas do sentido do desloca-
mento a que o corpo estiver sendo submetido.
Se a força de Peso e o deslocamento estiverem no mesmo sentido, o trabalho realizado por ela será motor.
Se a força Peso e o deslocamento estiverem em sentidos opostos, o trabalho realizado por ela será
resistente.
O trabalho da força Peso não depende da trajetória seguida pelo objeto.
Exemplo:
Você pega do chão um pacote de açúcar de 5 kg e coloca-o em uma prateleira a 2m de altura. Enquanto
você levanta o pacote, a força que você aplica sobre ele realiza um trabalho. A força peso que age sobre
o pacote também realiza um trabalho. Considerando g = 10 m/s2, determine:
a) Quanto vale o Peso desse pacote de açúcar?
b) Calcule o trabalho realizado pela força Peso durante a subida do pacote.
c) Este trabalho é motor ou resistente? Justifique sua resposta.
Resposta:
a) 𝑃𝑃 = 𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 → 𝑃𝑃 = 5 . 10 → 𝑃𝑃 = 50𝑁𝑁
b) 𝑇𝑇 = 𝐹𝐹 . 𝑑𝑑 . 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐180° → 𝑇𝑇 = 50 . 2 . −1 → 𝑇𝑇 = −100𝐽𝐽
c) Este Trabalho será resistente, pois enquanto a pessoa eleva o pacote de açúcar para cima,
a força Peso o está puxando para baixo, no sentido oposto ao deslocamento. Este desloca-
mento no sentido oposto está sendo confirmado pelo ângulo de 180°, que demonstra que as
forças estão em sentido contrário.
ATIVIDADES
a) positivo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma direção e sentido oposto ao do mo-
vimento do peso.
b) positivo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma direção e sentido do movimento do peso.
c) zero, uma vez que o movimento tem velocidade constante.
d) negativo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma direção e sentido oposto ao do mo-
vimento do peso.
e) negativo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma direção e sentido do movimento do peso.
99
2. (UFMG-MG) Um bloco movimenta-se sobre uma superfície horizontal, da esquerda para a direita, sob
ação das forças mostradas na figura.
Pode-se afirmar que:
Admitindo-se que a força de atrito entre o bloco e o tampo da mesa seja igual a 4 N, determine o traba-
lho realizado pela força resultante que atua ao longo da distância horizontal de 5 m. (g = 10 m/s2)
a) Zero.
b) 225,0.
c) 389,7.
d) 900,0.
100
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
4. Energia Mecânica / 9: Energia Cinética.
HABILIDADE(S):
9.1 Aplicar o conceito de energia e suas propriedades para compreender situações envolvendo energia asso-
ciada ao movimento de um corpo.
9. 1.1 Saber que um corpo em movimento possui uma forma de energia associada a esse movimento denomi-
nada energia cinética.
9. 1.2 Saber que a energia cinética de um corpo em movimento é proporcional à massa do corpo e ao qua-
drado de sua velocidade.
9. 1.3 Saber que o valor da energia cinética de um corpo em movimento é dado pela expressão Ec = ½ . m . v².
9. 1.7 Saber que a unidade de medida da energia cinética, no SI, é Joule.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho, Energia Potencial Gravitacional e Elástica, Conservação da Energia Mecânica de um corpo.
ENERGIA CINÉTICA
Podemos definir energia como sendo a propriedade que determinado corpo ou sistema possui e que
lhe permite realizar trabalho.
Exemplo: Em um carro há a transformação da energia química do combustível em energia mecânica,
durante o seu movimento. Esta transformação permite que a força exercida sobre o motor realize um
trabalho, fazendo-o se mover.
Diferentes tipos de energia podem ser transformados de uma modalidade em outra, por meio de pro-
cessos naturais ou artificiais e que obedecem a um dos princípios mais importantes da Física e que é
válido sempre – o princípio da conservação da energia.
“A energia não pode ser criada nem destruída,
apenas transformada”
A Energia Cinética é a energia que um corpo possui quando está
em movimento, pois, nesse caso, é capaz de realizar trabalho,
efetuando um deslocamento em outro corpo. Então todo corpo
que possui velocidade possuirá Energia Cinética.
A Energia Cinética é dada pela equação:
1
𝐸𝐸! = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 "
2
Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/
blue-angels-jatos-marinha-militar-946754/>.
Acesso em: 11 maio 2021.
101
Unidades:
m = massa em quilograma (kg)
v = velocidade em metro/segundo (m/s).
Ec = em Joules(J)
Exemplos:
1 – Considere um carrinho com m = 2 kg e, inicialmente, com velocidade de 10 m/s. Calcule sua Energia
Cinética nos casos propostos abaixo:
1 1
a) No momento inicial: 𝐸𝐸𝐸𝐸 = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = . 2 . 10! = 100 𝐽𝐽
2 2
1 1
b) Dobrando sua velocidade para 20 m/s: 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2 . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = 2 . 2 . 20! = 400𝐽𝐽
1 1
c) Triplicando sua velocidade para 30 m/s: 𝐸𝐸𝐸𝐸 = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = . 2 . 30! = 900𝐽𝐽
2 2
d) Qual a relação percebida nos resultados ao dobrarmos e triplicarmos os valores das velocida-
des? Se v dobra, Ec quadruplica, se v triplica, Ec aumenta nove vezes (sempre proporcional-
mente ao quadrado da velocidade).
2 – (UFPe) Um objeto com massa 1,0 kg, lançado sobre uma superfície plana com velocidade inicial de
8,0 m/s, se move em linha reta, até parar. O trabalho total realizado pela força de atrito sobre o objeto
é, em J:
a) + 4,0
b) -8,0
c) +16
d) -32
e) +64
Resposta:
m = 1 kg
1 1 1 64
vinicial = 8m/s → 𝐸𝐸!" = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 # → 𝐸𝐸!" = . 1 . 8# → 𝐸𝐸!" = . 1 . 64 → 𝐸𝐸!" = = 32 𝐽𝐽
2 2 2 2
1 1
vfinal= 0 m/s → 𝐸𝐸!" # #
= . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 → 𝐸𝐸!" = . 1 . 0 → 𝐸𝐸!" = 0 𝐽𝐽
2 2
O trabalho total realizado pelo atrito capaz de parar o objeto se deve à variação da velocidade sofrida
por ele. Assim faremos:
Atenção para o fato de que o trabalho pedido na questão é o trabalho da força de atrito, logo, é um tra-
balho resistente e deve ser negativo.
102
ATIVIDADES
2 – (FATEC) Um motorista conduzia seu automóvel de massa 2000 kg que trafegava em linha reta, com
velocidade constante de 72 km/h, quando avistou uma carreta atravessada na pista. Transcorreu 1 s
entre o momento em que o motorista avistou a carreta e o momento em que acionou o sistema de freios
para iniciar a frenagem, com desaceleração constante igual a 10 m/s2.
3 – (UNESP-SP) Deslocando-se por uma rodovia a 108 km/h (30 m/s), um motorista chega à praça de
pedágio e passa a frear o carro a uma taxa constante, percorrendo 150 m em trajetória retilínea, até a
parada do veículo. Considerando a massa total do veículo como sendo 1.000 kg, o módulo do trabalho
realizado pelas forças de atrito que agem sobre o carro, em joules, é:
103
4 – (UNESP-SP) Um projétil de 20 gramas, com
velocidade de 240 m/s, atinge o tronco de uma árvore e
nele penetra certa distância até parar.
c) Sabendo que o projétil penetrou 18cm no tronco da árvore, determine o valor médio Fm da
força de resistência que o tronco ofereceu à penetração do projétil.
a) 3000 J
b) 5000 J
c) 6000 J
Disponível em: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/
d) 8000 J menino-afixando-seu-cinto-seguranca_2770942.
htm>. Acesso em: 11 maio 2021.
e) 9000 J
104
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
4. Energia Mecânica / 10. Energia Potencial Gravitacional.
HABILIDADE(S):
10.1. Compreender que energia potencial gravitacional é uma forma de energia associada à configuração do
sistema Terra-corpo e é devida à atração gravitacional entre as massas do sistema.
10.1.1. Saber que um corpo colocado numa certa altura, próximo à superfície da Terra, possui uma forma de
energia associada a essa posição, denominada energia potencial gravitacional.
10.1.2. Saber que a energia potencial gravitacional de um corpo próximo à superfície da Terra é proporcional
à massa do corpo e à altura do corpo em relação a um certo nível.
10.1.3. Saber que o valor da energia potencial gravitacional de um corpo próximo à superfície da Terra é dado
pela expressão E = m. g. h.
10.1.5. Aplicar o conceito de energia e suas propriedades para compreender situações envolvendo corpos
que se movimentam de maiores para menores alturas, e vice-versa.
10.1.6. Saber analisar situações práticas que ilustram a relação da energia potencial gravitacional de um
corpo com sua altura em relação a um determinado nível e o valor de sua massa.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho, Energia Cinética, Energia Potencial Elástica, Conservação da Energia Mecânica de um corpo.
105
Onde:
m = massa em quilograma (kg)
h = altura em metros (m)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
Epg= em Joules (J)
Exemplo:
1 – Um contêiner, com massa de 20t, é içado por um guindaste a uma altura A de 30 m do solo. Considere
g=10 m/s2 e determine:
c) Se a pessoa tivesse subido pela trajetória da direita, o trabalho da força de peso da pessoa
seria diferente? Justifique.
O Trabalho será dado pela variação Energia Potencial Gravitacional devido à variação da al-
tura entre os pontos inicial e final da trajetória. Logo, o trajeto escolhido não fará diferença.
𝑇𝑇 = − 1050 𝐽𝐽 .
106
ATIVIDADES
a) Determine o Trabalho realizado pelo Peso de cada um dos jovens durante a subida.
b) Denotando por T(A) o trabalho realizado pelo peso de Abelardo e por T(H) o trabalho realizado
pelo peso de Heloísa, determine a razão T(A) / T(H).
107
4 – (PUC-RS) Num salto em altura com vara, um atleta atinge a velocidade
de 11 m/s imediatamente antes de fincar a vara no chão para subir.
Considerando que o atleta consiga converter 80% da sua energia ciné-
tica em energia potencial gravitacional e que a aceleração da gravidade
no local seja 10 m/s², a altura máxima que o seu centro de massa pode
atingir é, em metros, aproximadamente,
a) 6,2
b) 6,0
c) 5,6
d) 5,2
Disponível em: <https://upload.
wikimedia.org/wikipedia/commons/ e) 4,8
thumb/2/28/Fabiana_Murer03.
jpg/800px-Fabiana_Murer03.jpg>.
Acesso em: 13 maio 2021.
5 – (PUC-MG) Uma pessoa de massa 80 kg sobe todo o vão de uma escada de 5m de altura. Considere
g = 10 m/s2 e assinale a afirmativa CORRETA
108
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
4. Energia Mecânica / 11. Energia Potencial Elástica.
HABILIDADE(S):
11.1 Aplicar o conceito de energia e suas propriedades para compreender situações envolvendo molas ou
outros corpos elásticos.
11. 1.1 Saber que um corpo elástico, quando deformado, comprimido ou esticado, possui uma forma de energia
associada a essa deformação denominada energia potencial elástica.
11. 1.2 Saber que a energia potencial elástica depende da deformação produzida e das propriedades elásticas
do material.
11. 1.3 Saber que o valor da energia potencial elástica de um corpo é dado pela expressão E=1/2 .k .x².
11. 1.5 Compreender que a constante elástica é uma propriedade do corpo e está associada a uma maior ou
menor dificuldade de deformar esse corpo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho, Energia Cinética, Energia Potencial Gravitacional, Conservação da Energia Mecânica de um corpo.
F=k.x
K = Constante elástica da mola - A Constante elástica de uma mola é calcula-
da em laboratório e é específica para aquela mola, pois depende do material,
Disponível em: <https://
da espessura e outros fatores que variam de uma mola para outra. Será dada
pt.wikipedia.org/wiki/Mola#/ em Newton/metro (N/m)
média/Ficheiro:2006-02-04
Metal Spiral.jpg>. Acesso em: 12
x = deformação da mola em metros (m) - A deformação é o valor da variação
maio 2021. no comprimento que a mola sofreu durante a ação da força.
109
Dependendo do valor da deformação que uma mola pode sofrer, será associada a ela uma Energia Po-
tencial Elástica, que também irá depender da constante elástica. Esta energia será capaz de colocar
objetos em movimento os corpos que estiverem presos a elas.
Esta energia será dada por:
O Trabalho realizado pela força elástica é determinado de maneira diferente, devido ao fato de esta for-
ça não ser constante, durante o processo de compressão ou alargamento da mola.
Em casos onde a força não é constante, calculamos o trabalho realizado por ela através da área sobre
o gráfico F x X.
A força elástica varia em função da deformação provocada na mola por uma função (F = K . x) de 1º. Grau.
Logo seu gráfico será uma reta.
No gráfico ao lado, suponha F em Newtons e X em metros.
O cálculo do trabalho realizado pela força elástica de X = 0
a X = 3 m deverá ser feito através da área da figura formada
abaixo do gráfico.
A figura abaixo da curva é um triângulo.
𝑏𝑏 . ℎ 3 . 6 18
𝐴𝐴!"#â%&'() = = = = 9 𝑁𝑁. 𝑚𝑚
2 2 2
O Trabalho realizado foi de 9 N.m ou 9 J.
Podemos também calcular a constante elástica da mola
usando os valores oferecidos diretamente no gráfico:
∆𝐹𝐹
𝐹𝐹 = 𝑘𝑘. 𝑥𝑥 → 𝑘𝑘 =
∆𝑥𝑥
Exemplos:
1 – O gráfico mostra a deformação sofrida por uma mola em função do Peso que atua nela.
110
a) Qual a constante elástica da mola?
∆𝐹𝐹 80 − 40 20
𝐹𝐹 = 𝑘𝑘. 𝑥𝑥 → 𝑘𝑘 = → 𝑘𝑘 = = = 100 𝑁𝑁⁄𝑚𝑚
∆𝑥𝑥 0,4 − 0,2 0,2
b) Qual a energia potencial elástica da mola em cada uma das deformações informadas?
1 1 1
𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 𝑘𝑘. 𝑥𝑥 " → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 100 . 0,2" → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 100 . 0,04 → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = 2 𝐽𝐽
2 2 2
1 1 1
𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 𝑘𝑘. 𝑥𝑥 " → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 100 . 0,4" → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = . 100 . 0,16 → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = 8 𝐽𝐽
2 2 2
ATIVIDADES
111
3 – (UNICAMP-SP) Num conjunto arco e flecha, a energia potencial elástica é transformada em
energia cinética da flecha durante o lançamento. A força da corda sobre a flecha é proporcional ao
deslocamento x, como ilustrado na figura.
Quando a corda é solta, o deslocamento é x = 0,6 m e a força é de 300 N. Qual a energia potencial elástica
nesse instante?
112
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
4. Energia Mecânica. / 4. O Conceito de Conservação da Energia.
HABILIDADE(S):
4.1. Compreender a energia como algo que se conserva, que pode ser armazenado em sistemas, que pode ser
transferido de um corpo a outro e transformado de uma forma para outra.
4.1.1. Compreender que, nos processos de transformação que ocorrem na natureza, certas grandezas se con-
servam, ou seja, a quantidade observada antes é igual à quantidade observada depois.
4.1.3. Compreender que a energia pode ser armazenada em sistemas como energia cinética, potencial gravi-
tacional, elástica, elétrica e química.
4.1.4. Compreender que o conceito de conservação da energia é fundamental no campo das ciências natu-
rais. Na verdade, trata-se de um princípio da natureza: Princípio da Conservação da Energia.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho, Energia Cinética, Energia Potencial Gravitacional e Elástica.
Logo, EM = EC + EP
113
Podemos fazer o seguinte esquema:
I) Vamos determinar o valor das energias Cinética, Potencial e Mecânica, do carrinho no ponto A da
trajetória.
No ponto mais alto da trajetória (ponto A) a Epg do carrinho é máxima (altura máxima) e a Ec é
zero (velocidade é zero). EM= Epg.
1 1
Sendo repouso no ponto A, vA=0 → 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2 . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = 2 . 150 . 0! = 0 𝐽𝐽 .
Como h = 5m no ponto A → 𝐸𝐸𝐸𝐸! = 𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 . ℎ = 150 . 10 . 5 = 7500 𝐽𝐽.
Como 𝐸𝐸! = 𝐸𝐸" + 𝐸𝐸# → 𝐸𝐸! = 0 + 7500 = 7500 𝐽𝐽 .
II) Vamos agora determinar o valor das energias Cinética, Potencial e Mecânica, do carrinho no ponto B
da trajetória.
No solo (ponto B), a sua Epg é zero (altura é zero) e a Ec é máxima (velocidade é máxima). EM = Ec.
Sendo um sistema onde o atrito foi desprezado, a EM deverá ser constante. Então EM= 7500 J.
Como o carrinho desceu na altura do chão, h=0m, a Epg será: 𝐸𝐸𝐸𝐸! = 𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 . ℎ = 150 . 10 . 0 = 0 𝐽𝐽.
À partir da equação a seguir encontramos a Ec do sistema para o ponto B:
𝐸𝐸! = 𝐸𝐸" + 𝐸𝐸# → 7500 = 𝐸𝐸" − 0 → 𝐸𝐸" = 7500 𝐽𝐽
Neste ponto percebemos que a Energia Potencial gravitacional do início do problema se trans-
formou totalmente em Energia Cinética.
Podemos inclusive determinar qual a velocidade que o carrinho chega ao ponto B. Para esse
cálculo, usamos a equação da Ec a seguir:
1 1 7500
𝐸𝐸𝐸𝐸 = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! → 7500 = . 150 . 𝑣𝑣 ! → 7500 = 75 . 𝑣𝑣 ! → 𝑣𝑣 ! = = 100 → 𝑣𝑣 = 100 = 10 𝑚𝑚⁄𝑠𝑠
2 2 75
III) Encontre agora o valor das energias Cinética, Potencial e Mecânica, do carrinho no ponto C da
trajetória.
No ponto C, sua EM = Ec + Epg, ambas calculadas para aquela altura específica.
Sendo um sistema onde o atrito foi desprezado, a EM deverá ser constante Então, EM= 7500 J.
Como o carrinho agora se encontra em outra posição, cuja altura do chão é h=4m, devemos
calcular seu valor. 𝐸𝐸𝐸𝐸! = 𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 . ℎ = 150 . 10 . 4 = 6000 𝐽𝐽.
À partir da equação a seguir encontramos a Ep do sistema para o ponto C:
𝐸𝐸! = 𝐸𝐸" + 𝐸𝐸# → 7500 = 𝐸𝐸" − 6000 → 𝐸𝐸" = 1500 𝐽𝐽.
114
IV) Ao tocar na mola, o carrinho sofre novamente uma mudança, pois passa a agir nele uma força elásti-
ca, assim que ele começa a comprimi-la.
A sua EM permanece constante durante todo o exercício EM= 7500 J. Seguindo o raciocínio
anterior, sua Epg = 0 (h = 0). Daqui, concluímos que a EC = 7500 J.
Durante a compressão que está sendo feita na mola, esta EC será totalmente transformada em
energia potencial elástica, até a mola estar comprimida ao máximo, quando a transformação
estará completa.
Assim, ao final, Epe= 7500 J.
Este ciclo sempre mantém a Energia Mecânica do sistema constante e nos permite usar de vários des-
tes artifícios durante os exercícios de conservação da Energia Mecânica. Sempre que esses processos
forem trabalhados em uma questão, devemos nos lembrar de que a energia total de um sistema so-
mente irá ser conservada se as forças que atuam nele forem conservativas, ou seja, não poderá haver
qualquer tipo de atrito sendo considerado.
ATIVIDADES
1 – Um lustre de 3 kg cai do teto a 3 m de altura em relação ao chão de uma sala e bate sobre uma mesa
de 55 cm de altura. Desprezando o atrito com o ar e adotando g = 10 m/s2, resolva:
a) Qual o valor da Ep gravitacional do lustre no alto, ainda preso ao teto em relação ao solo?
115
d) Qual o valor da Ep gravitacional do lustre quando cai sobre a mesa?
2 – (UFMG-MG) Rita está esquiando numa montanha dos Andes. A energia cinética dela em função do
tempo, durante parte do trajeto, está representada neste gráfico:
Os pontos Q e R, indicados nesse gráfico, correspondem a dois instantes diferentes do movimento de Rita.
Despreze todas as formas de atrito.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que Rita atinge
3 – (PUC-MG) Um ciclista desce uma rua inclinada, com forte vento contrário ao seu movimento, com
velocidade constante.
Pode-se afirmar que:
116
4 – (Uffrj-RJ) O salto com vara é, sem dúvida, uma das disciplinas mais exigentes do atletismo. Em um
único salto, o atleta executa cerca de 23 movimentos em menos de 2 segundos. Na última Olimpíada de
Atenas, a atleta russa, Svetlana Feofanova, bateu o recorde feminino, saltando 4,88 m.
A figura a seguir representa um atleta durante um salto com vara, em três instantes distintos.
Assinale a opção que melhor identifica os tipos de energia envolvidos em cada uma das situações I, II,
e III, respectivamente.
117
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
II. Transferência, Transformação e Conservação da Energia.
TEMA/TÓPICO:
2: Conservação da Energia. / 4. O Conceito de Conservação.
HABILIDADE(S):
4.1. Compreender a energia como algo que se conserva que pode ser armazenado em sistemas, que pode ser
transferido de um corpo a outro e transformado de uma forma para outra.
Aplicar as habilidades anteriores em atividades contendo sistemas de corpos envolvendo Energia Mecânica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho, Energia Cinética, Energia Potencial Gravitacional e Elástica, Conservação da Energia Mecânica de
um corpo.
1 – (UEG) Em um experimento que valida a conservação da energia mecânica, um objeto de 4,0 kg colide
horizontalmente com uma mola relaxada, de constante elástica de 100 N/m. Esse choque a comprime
1,6 cm. Qual é a velocidade, em m/s, desse objeto antes de se chocar com a mola?
a) 0,02
b) 0,40
c) 0,08
d) 0,13
RESPOSTA:
Seguindo os argumentos de que as energias se transformam em outras e que seu valor final será con-
servado se o Princípio da conservação da Energia for válido, teremos que:
Vamos transformar 1,6 cm para metros. 1,6 cm = 0,016 m
A Energia cinética antes da colisão = Energia potencial elástica depois da colisão.
118
𝐸𝐸! = 𝐸𝐸"#
1 1
2
. 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = . 𝑘𝑘 . 𝑥𝑥 !
2
(½ simplifica com ½ nos dois membros da equação)
𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 ! = 𝑘𝑘 . 𝑥𝑥 ! → 4 . 𝑣𝑣 ! = 100 . 0,016 !
→ 4 . 𝑣𝑣 ! = 100 . 0,000256
0,0256
4 . 𝑣𝑣 ! = 0,0256 → 𝑣𝑣 ! = → 𝑣𝑣 ! = 0,0064 → 𝑣𝑣 = 0,0064 → 𝑣𝑣 = 0,08 𝑚𝑚⁄𝑠𝑠
4
2 – (PUC-MG) Os gatos conseguem sair ilesos de muitas quedas. Suponha que a maior velocidade que
ele possa atingir o solo, sem se machucar, seja de 29 km/h. Então, desprezando-se a resistência do ar
e considerando g=10m/s2, a altura máxima de queda para que um gato, partindo do repouso, nada sofra
é, aproximadamente, de:
RESPOSTA:
Novamente, a Energia Mecânica será conservada. Logo,
Vamos transformar 29 km/h para m/s. 29 km/h ÷ 3,6 = 8,0 m/s
Energia potencial gravitacional do gato na altura máxima = Energia Cinética ao atingir o chão com v =
29 km/h.
𝐸𝐸!" = 𝐸𝐸#
1
𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 . ℎ = . 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣 !
2 (m simplifica com m nos dois membros da equação)
1 !
𝑔𝑔 . ℎ = . 𝑣𝑣
2 1 ! 64 32
10 . ℎ = . 8 → 10 . ℎ = → ℎ = = 3,2 𝑚𝑚.
2 2 10
3 – (Enem PPL 2012) Um automóvel, em movimento uniforme, anda por uma estrada plana, quando
começa a descer uma ladeira, na qual o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com
velocidade escalar constante.
Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial, cinética e mecânica do carro?
a) A energia mecânica mantém-se constante, já que a velocidade escalar não varia e, portanto, a
energia cinética é constante.
b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial gravitacional diminui e quando uma se
reduz, a outra cresce.
c) A energia potencial gravitacional mantém-se constante, já que há apenas forças conservati-
vas agindo sobre o carro.
d) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se mantém constante, mas a energia po-
tencial gravitacional diminui.
e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há trabalho realizado sobre o carro.
119
RESPOSTA:
Segundo a informação do enunciado, a velocidade do automóvel será constante.. Logo, sua Energia
Cinética se mantém constante também.
À medida que o automóvel está descendo a rua, sua altura h vai diminuindo. Logo, sua Energia Potencial
Gravitacional também irá diminuir.
Disso se conclui que a Energia Mecânica do automóvel não pode ser mantida constante neste exercício.
Veja que não foi mencionado no exercícios que era para desprezarmos o atrito, logo isso não aconteceu
nesta questão. Havendo atrito, haverá dissipação de energia. A perda dessa energia se deve ao aqueci-
mento provocado nas rodas, durante seu movimento, e ao som produzido por elas.
ATIVIDADES
1 – (PUC-RS) Um bloco de 4,0 kg de massa, e velocidade de 10 m/s, movendo-se sobre um plano horizontal,
choca-se contra uma mola, como mostra a figura
Sendo a constante elástica da mola igual a 10 000 N/m, o valor da deformação máxima que a mola po-
deria atingir, em cm, é
a) 1 b) 2 c) 4 d) 20 e) 40
2 – (UFMG-MG) Daniel e André, seu irmão, estão parados em um tobogã, nas posições mostradas nesta
figura a seguir. Daniel tem o dobro do peso de André e a altura em que ele está, em relação ao solo,
corresponde à metade da altura em que está seu irmão. Em um certo instante, os dois começam a es-
corregar pelo tobogã. Despreze as forças de atrito.
É CORRETO afirmar que, nessa situação, ao atingirem o nível do solo, André e Daniel terão
120
3 – Uma moeda é lançada verticalmente para cima com uma velocidade inicial de 6 m/s. Que altura
atinge a moeda? Despreze os atrito e adote g = 10 m/s2.
4 – (UNIFESP-SP) Na figura estão representadas duas situações físicas cujo objetivo é ilustrar o conceito
de trabalho de forças conservativas e dissipativas.
Em I, o bloco é arrastado pela força ù sobre o plano horizontal; por causa do atrito, quando a força
cessa o bloco pára. Em II, o bloco, preso à mola e em repouso no ponto O, é puxado pela força sobre
o plano horizontal, sem que sobre ele atue nenhuma força de resistência; depois de um pequeno deslo-
camento, a força cessa e o bloco volta, puxado pela mola, e passa a oscilar em torno do ponto O.
Essas figuras ilustram:
a) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica
não se conserva; II: exemplo de trabalho de força conservativa (força elástica), para o qual a
energia mecânica se conserva.
b) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica se
conserva; II: exemplo de trabalho de força conservativa (força elástica), para o qual a energia
mecânica não se conserva.
c) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica
não se conserva; II: exemplo de trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a
energia mecânica se conserva.
d) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), para o qual a energia mecânica
se conserva; II: exemplo de trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a energia
mecânica não se conserva.
e) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito);II: exemplo de trabalho de força
conservativa (força elástica), mas em ambos a energia mecânica se conserva.
121
PARA SABER MAIS...
Caros(as) estudantes, o estudo da conservação da Energia Mecânica é de extrema importância para
todos nós.
Este conhecimento foi a base para a Revolução industrial do século XVIII, onde as máquinas começaram
a ser usadas em larga escala e indústrias foram criadas em vários setores com um potencial enorme de
modernização.
O nosso estudo mostrou como as energias se transformam em outras e alguns modos de podermos
utilizá-las em nosso favor.
A ciência é isso! É desta forma que podemos ver o desenvolvimento da humanidade ser permanente,
agregando novos conhecimentos e ajudando nossa vida por aqui.
Ainda temos muito a aprender e estudar é o caminho!
Assista ao vídeo abaixo para exemplificar a Conservação da Energia Mecânica de uma maneira
INTERESSANTE.
https://www.youtube.com/watch?v=3VLPyOLC1nc&t=336s
Eu sugiro que, se puderem, acessem a internet para complementar seus estudos. Existem muitos sites
que poderão completar os conteúdos que colocamos aqui. Veja a lista disponibilizada abaixo.
No YOUTUBE sugiro os canais, Pura Física, Chama o Físico, Descomplica, Stoodi, Só Física, ...
Sugiro também os SITES Física e vestibular, Toda Matéria, Mundo Educação, Brasil Escola, Wikipédia ...
Além destes, utilizem os livros didáticos de sua escola, o que também o ajudará muito!
Sejam fortes e perseverem!
Um grande abraço a todos e todas!
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
AMALDI, Hugo. Imagens da Física. As ideias e as experiências, do pêndulo aos quarks- São Paulo:
Scipione, 1995.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual /Paul G. Hewitt: trad. Triste Freire Ricci e Maria Helena Gravina -
9ª. Ed. - Porto Alegre: Bookman, 2002.
Luz, Antônio Máximo Ribeiro da. Física: Contexto e aplicações - ensino médio/Antônio Máximo Ri-
beiro da Luz, Beatriz Alvarenga Alvarez, Carla da Costa Guimarães. 2ª. Ed- São Paulo: Scipione, 2016.
vol 1,2,3.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Física. Belo Ho-
rizonte: SEE,2007.
Dinâmica. Disponível em: <http://fisicaevestibular.com.br/novo/dinamica>. Acesso em: 13 maio 2021.
Física. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica>. Acesso em: 13 maio 2021.
Física. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica>. Acesso em: 13 maio 2021.
122
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Avaliar acordos e controles de gestão das águas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Desenvolvimento sustentável, meio ambiente, consumo.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Biologia, Química. Sociologia, Arte.
123
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial
tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria
e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso a água tratada.
Um bilhão e 800 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados
de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas
morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água. Vivemos num mun-
do em que a água se torna um desafio cada vez maior.
A ONU reconhece o acesso à água e ao saneamento básico como um direito universal. A meta é que os
países membros trabalhem para que todas as pessoas tenham acesso a esse direito até 2030. No en-
tanto, a demanda crescente por água pode afetar a produção de alimentos e gerar conflitos.
A utilização dos recursos hídricos deve ser realizada de forma a garantir sua sustentabilidade. Áreas
impactadas devem ser recuperadas e os processos de uso e ocupação das terras devem ser realizados
de forma a evitar os impactos negativos das atividades produtivas (ou relações sociedade e natureza).
A falta de água potável no mundo pode ser considerado o principal problema a ser enfrentado. Esta
situação está relacionada ao seu gerenciamento inadequado. Os principais responsáveis pela contami-
nação da água de nosso planeta são:
- a falta de saneamento básico e o lançamento de esgoto doméstico in natura;
- a descarga de dejetos industriais sem o devido tratamento;
- a contaminação por produtos químicos provenientes de atividades agrícolas.
Nos últimos anos, o consumo de água no mundo aumentou em razão do crescimento populacional,
principalmente em países como a China e a Índia. Com um número maior de habitantes, é necessário
um aumento da produção agrícola. A estimativa é de que, para alimentarmos os cerca de 8 bilhões de
habitantes em 2025, será necessário um aumento de 14% no consumo de água, comprometendo ainda
mais nossos recursos.
O aumento da industrialização nos países em desenvolvimento também se torna uma ameaça à escas-
sez, pois como muitas indústrias dos países desenvolvidos são altamente poluentes, algumas delas
estão se deslocando em direção aos países emergentes.
124
ATIVIDADES
1 – “O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio
em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe
chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma
extensa e densa rede de rios, com exceção do Semiárido, onde os rios são pobres e temporários”.
Instituto Socioambiental. Água: o risco da escassez. Março de 2005.
Apesar de ser considerado como uma potência hídrica sob o ponto de vista territorial, o Brasil passou a
sofrer com uma grave escassez de água que se transformou em crise. Dentre os fatores que ajudam a
explicar essa questão, julgue as afirmativas como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F):
2– (FUVEST/2015-1) “As perspectivas ficaram mais pessimistas porque a seca atual do Sistema
Cantareira é mais crítica que a de 1953, até então a pior da história e que servia de parâmetro para os
técnicos dos governos estadual e federal.”
O Estado de S. Paulo, 17/03/2014. Adaptado.
Acerca da crise hídrica apontada no texto acima e vivida pela cidade de São Paulo e pela Região Metro-
politana, é correto afirmar que a situação apresentada é de natureza, entre outras,
a) geográfica e geopolítica, dado que a grave crise no abastecimento experimentada por essa
região levou à importação de água de outros estados, assim como de países do Cone Sul.
b) social e demográfica, já que políticas públicas de incentivo às migrações, na última década,
promoveram o crescimento desordenado da população em áreas que seriam destinadas a re-
presas e outros reservatórios de água.
c) climática e pedológica, pois as altas temperaturas durante o ano provocaram a formação de
chuva ácida e a consequente laterização dos solos.
d) ecológica e política, posto que a reposição de água dos reservatórios depende de fatores na-
turais, assim como do planejamento governamental sobre o uso desse recurso
125
4 – (Enem) Segundo uma organização mundial de estudos ambientais, em 2025, duas de cada três
pessoas viverão situações de carência de água, caso não haja mudanças no padrão atual de consumo
do produto.
Uma alternativa adequada e viável para prevenir a escassez, considerando-se a disponibilidade glo-
bal, seria:
5 – A poluição da água aliada ao desperdício tem gerado vários problemas para a manutenção desse
bem tão precioso. Com o intuito de contribuir para a qualidade e uso responsável da água, cite algumas
possíveis atitudes a serem tomadas.
126
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Avaliar acordos e controles de gestão das águas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Desenvolvimento sustentável, meio ambiente, globalização.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Biologia, Química, Arte, Sociologia.
https://voluntariadoempresarial.com.br/ods-ideias-de-acoes-voluntarias/
127
Apesar da ONU declarar em Assembléia Geral no ano de 2010 que possuir acesso à água potável e ao
saneamento básico é um direito humano essencial, ainda hoje muitas pessoas nem sequer sabem o
que é possuir água tratada em suas residências. Parte desse problema está associada à existência de
conflitos envolvendo a disputa por recursos hídricos e pelo controle de bacias hidrográficas.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é um plano de ação para as pessoas, para o planeta
e para a prosperidade. Ela também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade. Reconhece-
mos que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema,
é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
ATIVIDADES
2 – Em junho de 2012, foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O objetivo desse encontro foi a renovação do compromisso
político com o desenvolvimento sustentável, que apresenta como uma de suas propostas:
a) evitar o uso de recursos naturais e de matérias-primas nas indústrias para não comprometer
o meio ambiente.
b) investir em pesquisas sobre alimentos geneticamente modificados com a finalidade de aca-
bar com a fome no mundo.
c) desenvolver economicamente todas as nações para que estas possam ter o mesmo padrão de
consumo dos Estados Unidos.
d) atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gera-
ções em prover suas próprias necessidades.
128
3 – (Enem 2012) Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo de promoção de
saúde e qualidade de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o
aparecimento de várias doenças. Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto atendimento
relatando que há 30 dias teve contato com águas de enchente. Ainda informa que nesta localidade não
há rede de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele apresenta os
seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e dores musculares.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. 2012 (adaptado).
a) difteria.
b) botulismo.
c) tuberculose.
d) leptospirose.
4 – A possível escassez de água é uma das maiores preocupações da atualidade, considerada por alguns
especialistas como o desafio maior do novo século. No entanto, tão importante quanto aumentar a
oferta é investir na preservação da qualidade e no reaproveitamento da água de que dispomos hoje.
A ação humana tem provocado algumas alterações quantitativas e qualitativas da água:
I. Contaminação de lençóis freáticos.
II. Diminuição da umidade do solo.
III. Enchentes e inundações.
Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas às alterações I, II e III são, respectivamente:
5 – À medida que crescem a população e as cidades, ocorre também uma crescente demanda pela água,
que é utilizada de diversas formas, como no uso doméstico, nas indústrias, na agricultura e pecuária.
Com relação à demanda de água, assinale a alternativa que mostra onde a água é requerida em maior
quantidade.
129
6 – Observe o gráfico a seguir:
Adaptado de VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012.
Com base nas informações dos gráficos e em seus conhecimentos sobre a distribuição e utilização da
água no mundo, assinale o que for correto:
a) Apesar do quantitativo reduzido de água potável no mundo, sua distribuição é quase igualitá-
ria em todo o globo, caso contrário não haveria vida.
b) O Brasil é um país privilegiado por ter a maior reserva de água do mundo, bem distribuída em
seu território.
c) A quantidade de água disponível no mundo não será um problema, haja vista que se trata de
um recurso natural renovável.
d) A água vem provocando algumas guerras e deve continuar sendo um importante elemento
geopolítico no século XXI.
130
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Reconhecer na sociedade global instrumentos de políticas ambientais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Meio Ambiente, Globalização, Desenvolvimento Sustentável.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Sociologia, Biologia, Filosofia.
131
destacando a necessidade de formação de um pensamento crítico, coletivo e solidário, de interdiscipli-
naridade, de multiplicidade e diversidade. Estabelece ainda uma relação entre as políticas públicas de
EA e a sustentabilidade, apontando princípios e um plano de ação para educadores ambientais. Enfati-
za os processos participativos voltados para a recuperação, conservação e melhoria do meio ambiente
e da qualidade de vida.
A Agenda 21, documento também concebido e aprovado pelos governos durante a Rio 92, é um plano de
ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas,
governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.
Além do documento em si, a Agenda 21 é um processo de planejamento participativo que resulta na
análise da situação atual de um país, estado, município, região, setor e planeja o futuro de forma so-
cioambientalmente sustentável.
Ainda no âmbito internacional, a iniciativa das Nações Unidas de implementar a Década da Educação
para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), cuja instituição representa uma conquista para a
Educação Ambiental, ganha sinais de reconhecimento de seu papel no enfrentamento da problemáti-
ca socioambiental, na medida em que reforça mundialmente a sustentabilidade a partir da Educação.
A Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável potencializa as políticas, os programas e as
ações educacionais já existentes, além de multiplicar as oportunidades inovadoras.
ATIVIDADES
132
3 – Como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
ocorrida em 2012, que contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas
décadas?
4 – A educação ambiental é um componente essencial da educação nacional e sobre ela assinale V para
as afirmativas VERDADEIRAS e F para as afirmativas FALSAS:
I – ( ) Um dos eventos importantes para a promoção da educação ambiental em nível mundial foi
a Conferência Intergovernamental de Joanesburgo sobre Educação Ambiental, organizada pela
UNESCO em colaboração com o PNUMA, no ano de 1997.
II – ( ) A difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, de programas e cam-
panhas educativas acerca de temas relacionados ao meio ambiente é um exemplo de educação
ambiental não formal.
III – ( ) A reorientação do ensino no sentido do desenvolvimento sustentável corresponde a uma
das áreas de programa estabelecidas na Agenda 21.
IV – ( ) A educação ambiental em caráter formal é aquela desenvolvida no âmbito dos currículos
das instituições de ensino públicas e privadas.
V – ( ) No Brasil, a inexistência de uma lei de política nacional de educação ambiental é um dos
entraves para o desenvolvimento das questões ambientais de maneira articulada.
133
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(DE):
Reconhecer na sociedade global instrumentos de políticas ambientais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Revolução Industrial, Meio Ambiente, Educação Ambiental.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Biologia, Química, Sociologia, Filosofia, História.
GEOPOLÍTICA AMBIENTAL
O século XVIII, marcado pela Revolução Industrial, trouxe a máquina movida a vapor para o centro das
questões. A indústria ganhava pujança e o capitalismo passa a ser chamado de Industrial.
O desenvolvimento das técnicas impulsionadas e financiadas pelo capital das indústrias criou uma
porção de necessidades de recursos minerais e energia para manter em funcionamento a atividade
industrial.
A questão ambiental gerou discussão a partir da década de 70, doravante foram ocorrendo várias con-
ferências, encontros, congressos para discutir o futuro do planeta, mas esses movimentos sempre se
esbarraram em barreiras impostas por nações desenvolvidas que não admitem diminuir o seu cresci-
mento econômico e, assim, não assinam acordos de compromisso de redução dos impactos ambien-
tais provocados pelo modelo questionável de desenvolvimento.
No entanto, a maximização dos problemas ambientais é notória, e nesse âmbito os acordos interna-
cionais são de extrema importância na busca por soluções eficazes. Realizaram-se, então, as con-
ferências ambientais, reuniões em que líderes de diversos países discutem e criam projetos para o
desenvolvimento sustentável, que unam o crescimento econômico com a preservação. As conferên-
cias ambientais resultam em protocolos internacionais - acordos que organizam a utilização dos re-
cursos do planeta.
134
http://jornalismojunior.com.br/acordos-climaticos-efetivos-ou-apenas-formalidades/
A primeira conferência ambiental do mundo foi a Conferência de Estocolmo, organizada pela Organiza-
ção das Nações Unidas (ONU) em 1972, na Suécia, e teve a presença de autoridades do Brasil. Nos anos
seguintes, importantes conferências ambientais deram origem a vários acordos internacionais visando
a preservação do meio ambiente.
Assinado em 1987, o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio é
considerado um dos mais bem-sucedidos, pois contou a adesão de mais de 150 países. Os países sig-
natários comprometeram-se a diminuir a emissão de substâncias nocivas à camada de ozônio, como o
gás carbônico (CO2). No dia 16 de setembro, dia em que o protocolo entrou em vigor, foi declarado como
o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.
A ECO-92, ou Conferência das Nações Unidas, ou, ainda, Rio-92, foi organizada pela ONU. Foi realizada
em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. A ECO-92 retomou os projetos estabelecidos na Confe-
rência de Estocolmo e discutiu sobre clima, água, transporte coletivo, turismo ecológico e reciclagem.
O Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, em Kyoto, no Japão, pelos países integrantes da ONU. Ele
visava a redução das emissões de gases do efeito estufa da década de 1990, como o dióxido de carbono
(CO2). No acordo, estabeleceu-se uma meta de redução de 5,2% dessas emissões para as décadas se-
guintes, principalmente pelos países desenvolvidos.
A Rio+10, conhecida como Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, aconteceu na África
do Sul, na cidade de Johanesburgo, em 2002. Os 189 países que participaram dessa conferência rea-
firmaram a questão do desenvolvimento sustentável e conservação de recursos naturais renováveis.
A Rio+20 também ficou conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sus-
tentável. Esta, assim como a ECO-92, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 2012.
Sucessor do Protocolo de Kyoto, o Acordo de Paris teve como objetivo reduzir as emissões de gases
de efeito estufa na camada de ozônio, com o adendo de manter o aumento da temperatura do planeta
abaixo de 2ºC nos próximos anos. Ele foi aprovado por 195 países em 2015.
As Conferências surgiram como uma oportunidade de promover o diálogo sobre como retomar a trilha
da responsabilidade climática, da participação da sociedade, da consolidação de pactos internos, de
fortalecimento e de ampliação da agenda climática.
135
ATIVIDADES
a) foi um tratado feito internacionalmente com o objetivo de fazer com que os países se compro-
metam a substituir o uso dos gases CFCs, muito comuns em equipamentos de refrigeração.
b) é um tratado internacional que tem como objetivo fazer com que os países desenvolvidos as-
sumissem o compromisso de reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa, para
aliviar os impactos causados pelo aquecimento global.
c) é um tratado assinado internacionalmente com o intuito de regular o lançamento de esgoto
sanitário no mar visando reduzir ao longo dos anos a quantidade de emissários submarinos
ativos.
d) é um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir,
global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governa-
mentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os
problemas socioambientais.
136
4 – Em relação ao Acordo de Paris, assinale V para as proposições VERDADEIRAS e F para as proposições
FALSAS:
I. ( ) Apesar da situação de conflito em que se encontra a Síria, o país aderiu ao Acordo de Paris
com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa à atmosfera.
I. ( ) Os Estados Unidos assinaram o Acordo de Paris na gestão do ex-presidente Barack Obama,
mas na gestão do seu sucessor, Donald Trump, o país foi retirado do acordo.
III. ( ) A Nicarágua foi um dos primeiros países a assinarem o Acordo de Paris por ser um dos mais
atingidos por catástrofes naturais.
IV. ( ) O principal objetivo do Acordo de Paris é conter o aquecimento global, reduzindo as emis-
sões de gases de efeito estufa.
5 – Poucos meses após assumir a presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump anunciou
a retirada do país do Acordo de Paris.
https://suburbanodigital.blogspot.com/2018/03/questoes-de-geografia-pism-i-ufjf-2018-com-gabarito-oficial.html
Com base na ilustração e em seus conhecimentos sobre o assunto, quais foram os motivos estaduni-
denses de se retirar do Acordo de Paris?
137
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Explicar os desdobramentos da matriz energética da sociedade industrial, considerando seus impactos
sobre o aquecimento global.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Efeito Estufa, Fontes de Energia, Combustíveis Fósseis.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Física, Química, Biologia, História.
138
De acordo com os cientistas, o problema é que estamos emitindo gases de efeito estufa (GEE) num rit-
mo muito acelerado, causando grande desequilíbrio e assim promovendo um aquecimento acentuado
num período curto de tempo. Esse fenômeno teve início na Revolução Industrial, quando a humanidade
passou a utilizar mais intensamente os combustíveis fósseis para movimentar suas máquinas e desde
então, as emissões de GEE têm aumentado cada vez mais, elevando a temperatura média do planeta.
Um dos maiores desafios para se evitar uma crise energética é a busca por fontes de energias mais
eficientes, limpas e renováveis. Segundo o último relatório disponibilizado pela Agência Internacional
de Energia (AIE), de 2014, o consumo de energia através de fontes não renováveis ainda representava a
maior parcela da matriz mundial.
Ainda, segundo a AIE, em 2040 o consumo de petróleo registrará uma diminuição de apenas cinco pon-
tos percentuais na matriz energética mundial, em contraponto ao aumento de 10% da utilização de fon-
tes de energias alternativas renováveis. Vale ressaltar que enquanto nos países desenvolvidos as fontes
de energia renováveis alcançam cerca de 13% da matriz energética, esse percentual cai para 6% em
países em desenvolvimento. Essa alteração nas matrizes energéticas dos países permitirá a diminuição
em gastos com produção, armazenamento, transporte, distribuição, segurança e sistemas antipoluen-
tes, além de ser extremamente importante para desacelerar o processo de aquecimento global.
No Brasil, a maior parte da energia elétrica que consumimos é gerada em usinas hidrelétricas, que é
uma fonte de energia renovável e com baixas emissões de GEE. Isso faz com que nossa matriz elétri-
ca emita pouco GEE comparada com a de outros países.
No mundo, as preocupações com o clima reforçaram uma série de reflexões e iniciativas em direção
a uma Transição Energética, ou seja, uma transformação na Matriz Energética. Para que ocorra essa
transição, os países estão focados em diminuir a participação de fontes fósseis em suas matrizes,
bem como promover ações para aumentar a eficiência energética, o armazenamento de energia e
estimular fontes que não emitam GEE na sua operação. Também têm sido adotadas tecnologias de
remoção de carbono emitido (como, por exemplo, a captura, armazenamento e uso de carbono e com-
pensação florestal).
Por fim, é importante mencionar também que a Transição Energética terá que ser justa e inclusiva para
ter sucesso, considerando as prioridades e as possibilidades de cada país, alinhadas com os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
ATIVIDADES
1 – Um dos eventos climáticos naturais que vêm sendo intensificados pelas práticas antrópicas,
causando, assim, a problemática relacionada ao aquecimento global, é:
139
2 – Observe a charge e responda as questões:
b) Qual é a relação entre o problema ambiental retratado na charge com a Revolução Industrial?
3 – A civilização moderna está voltada para um alto consumo de energia que é utilizada nas indústrias,
nos transportes, nos eletrodomésticos e nas telecomunicações. Nessa busca por energia, o homem vai
atrás de várias fontes, tais como:
140
4 – Veja as informações sobre a matriz elétrica de alguns países, em 2015.
Costa Rica:99% da energia elétrica produzida nesse país, em 2015, foi gerada por fontes renováveis,
como hídrica e outras.
Quênia: A maior parte da energia elétrica produzida nesse país, em 2015, foi gerada por fontes renová-
veis, como a energia geotérmica. Apenas 12,5% foi gerada por fontes não renováveis
Cuba: Em 2015, as fontes renováveis utilizadas para gerar energia elétrica nesse país correspondem
a 3,9%. Suas principais fontes de geração de energia elétrica são não renováveis, como o petróleo e o
gás natural.
Egito: Em 2015, as fontes renováveis utilizadas para gerar energia elétrica nesse país correspondem a
91,7%. Esse país é um dos que mais utiliza o gás natural na África como fonte geradora de energia elétrica.
Preencha a tabela a seguir identificando o gráfico que representa a matriz elétrica do país mencionado.
Considere que “outras fontes renováveis” indicadas no gráfico incluam: biomassa, biodiesel, energia
eólica, energia solar, energia geotérmica, marés e ondas
141
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
A relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Explicar os desdobramentos da matriz energética da sociedade industrial, considerando seus impactos
sobre o aquecimento global.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Clima, Fontes de Energia.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Física, Química, Biologia, Sociologia.
142
Há vários graus de incerteza sobre o tamanho do impacto do aquecimento global. Mas as mudanças
decorrentes dele podem levar à escassez de água doce, a uma transformação radical da capacidade
global de produzir alimentos, além do aumento de mortes por inundações, tempestades, ondas de calor
e seca.
Isso ocorreria porque estima-se que as mudanças climáticas devem aumentar a frequência de eventos
climáticos extremos, ainda que seja muito difícil associar qualquer evento isolado ao aquecimento do
planeta como um todo.
PARA SABER MAIS:
Filme: “Mudanças do Clima, Mudanças de vidas”- Greenpace, 2006. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=-xUt31hgYKQ>. Acesso em: 25 maio 2021.
ATIVIDADES
1 – Pense na realidade do lugar em que você vive e nas suas ações cotidianas. O que você pode fazer
para colaborar para a redução do aquecimento global?
143
2 – Observe o gráfico a seguir:
3 – O efeito estufa, segundo as teorias mais aceitas pela comunidade científica, vem contribuindo para
a elevação média das temperaturas no planeta. Esse fenômeno é um processo:
144
4 – “Discutindo sobre a intensificação do efeito estufa, Francisco Mendonça afirmava:
A conservação do calor na Troposfera ocorre a partir da perda de energia da superfície terrestre. Esta,
ao se resfriar, emite para a atmosfera radiações de ondas longas equivalentes à faixa do infravermelho,
caracterizadas como calor sensível, que são retidas pelos gases de efeito estufa. O dióxido de carbono
(CO2) é o principal gás responsável em reter o calor na baixa atmosfera, mas o vapor d’água, o metano,
a amônia, o óxido nitroso, o ozônio, e o clorofluorcarbono (conhecido como CFC, que destrói a camada
de ozônio na Tropopausa/Estratosfera) também são gases causadores do efeito estufa. Além desses
gases, a nebulosidade e o material particulado em suspensão no ar são importantes contribuintes no
processo de aquecimento da Troposfera, uma vez que também atuam como barreira à livre passagem
das radiações infravermelhas emitidas pela superfície”.
(Climatologia, Ed. Oficina de Textos.)
a) as ondas que causam o efeito estufa se constituem principalmente de curta frequência, como
os raios X.
b) apenas o gás carbônico é capaz de reter calor suficiente para gerar o efeito estufa.
c) o efeito estufa envolve apenas as camadas externas que compõem a atmosfera.
d) gases lançados na atmosfera por atividades humanas, como indústrias, podem interferir na
maior intensidade do efeito estufa.
Caro(a) estudante, espera-se que tenha tido sucesso na resolução do PET – III de Geografia. Saiba
que, ao longo do ano, você irá entender e compreender sobre a complexidade das paisagens, das
atividades humanas, das sociedades e do nível de desenvolvimento entre os países, as transforma-
ções tecnológicas, o modo como a sociedade se relaciona com a natureza e as formas de organização
espacial. A Geografia tem muito a contribuir para a compreensão do espaço mundial, cada vez mais
complexo, cujas transformações são cada vez mais surpreendentes.
145
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Mundo moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Escravidão e liberdades: alforrias, quartações, quilombos.
HABILIDADE(S):
Analisar as contradições entre trabalho escravo, mobilidade social e resistências à escravidão na sociedade
colonial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho escravo; resistências à escravidão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
APRESENTAÇÃO:
O trabalho escravo no Brasil começou nos primórdios da colonização portuguesa com a escravização
dos povos originários. Foi mantido mesmo depois que africanos (as) foram trazidos (as) para o Brasil na
condição de escravizados (as), a partir da década de 1530 .
A Capitania de Pernambuco foi o primeiro local a receber escravizados vindos da África para o plantio e
colheita da cana-de-açúcar e para a produção de açúcar em engenhos.
Esses (as) escravizados(as) vinham de diferentes regiões da África, o que significa que falavam línguas
diferentes e tinham hábitos culturais diferentes entre si.
No Nordeste, na agricultura, o trabalho de africanos (as) escravizados (as) também foi amplamente uti-
lizado nas plantações de algodão do Maranhão.
146
Durante o século XVIII, as minas de ouro e de diamantes da Capitania de Minas Gerais foram escavadas
por escravizados nascidos na África.
O século XIX, no Brasil, principalmente durante o Segundo Reinado (1840-1889), foi a época da expansão
das lavouras de café na Região Sudeste, sobretudo no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas Gerais), São Paulo e sul de Minas. O emprego de mão-de-obra de escravizados continuou mesmo
depois da chegada de imigrantes europeus.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, o que só aconteceu com a Lei Áurea, de 13
de Maio de 1888.
Enquanto a escravidão existiu, existiram diversas formas de resistência.
Não se deve considerar como formas de resistência ao sistema escravista só as fugas ou as rebeliões
generalizadas e violentas. Existia também uma resistência cotidiana: defesa da vida privada, sabota-
gem, roubo, atrasos intencionais, uso sutil do sarcasmo e da ironia em relação aos brancos... A música
e os cultos africanos – que sobreviveram a muitas perseguições e dificuldades, misturando-se com o
cristianismo em graus e modalidades diversos – desempenharam um grande papel na manutenção da
unidade de cada comunidade negra (...)
CARDOSO, Ciro Flamarion S. A Afro-América: a escravidão no Novo Mundo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 63-64.
(Coleção Tudo é História).
Onde houve escravidão houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo
negociava espaços de autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferra-
mentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente.
Aqui também a lista é longa e conhecida. Houve no entanto um tipo de resistência que poderíamos ca-
racterizar como a mais típica da escravidão – e de outras formas de trabalho forçado. Trata-se da fuga
e da formação de grupos de escravos fugidos. (...)
A fuga que levava à formação de grupos de escravos fugidos, aos quais frequentemente se associavam
outras personagens sociais, aconteceu nas Américas onde vicejou a escravidão. Tinha nomes diferen-
tes: na América Espanhola, palenques, cumbes, etc; na inglesa, maroons; na francesa, grand marrona-
ge (para diferenciar da petit marronage, a fuga individual, em geral temporária). No Brasil esses grupos
eram chamados principalmente quilombos e mocambos, e seus membros quilombolas, calhambolas ou
mocambeiros.
REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996. p.9
ATENÇÃO AO CONCEITO:
Quilombos (ou mocambos): locais de difícil acesso, situados geralmente no alto de serras e em meio
a matas fechadas, onde refugiavam-se escravizados (as) que tinham conseguido fugir dos locais onde
viviam nessa condição. Também abrigavam indígenas. Seus habitantes viviam da coleta de frutos, da
agricultura de subsistência, da pecuária, da caça e da pesca.
147
ATIVIDADES
Responda as questões de 01 a 05 de acordo com os textos “A Afro-América” e “Liberdade por um fio”.
3 – Quais outras formas de resistência individual à escravidão podem ter acontecido e que os textos não
mencionam?
4 – O autor do primeiro texto diz que houve uma resistência à escravidão através da manutenção da
cultura original dos (as) escravizados (as). Que fatores culturais ele menciona?
5 – Qual foi o tipo de resistência mais típico da escravidão, de acordo com os autores do segundo texto?
148
A RESISTÊNCIA CULTURAL
7 – Lundu é uma dança de origem africana. Inspirou o pintor alemão Johann Moritz Rugendas (1802–
1858): Analisando a imagem, quais considerações você pode fazer sobre o Lundu?
149
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Escravidão e liberdades: alforrias, coartações, quilombos.
HABILIDADE(S):
Analisar as contradições entre trabalho escravo, mobilidade social e resistências à escravidão na sociedade
colonial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho escravo; mobilidade social; resistências à escravidão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
ATIVIDADES
Leia o texto a seguir e, ao término da leitura, realize as atividades propostas:
Mobilidade social é um conceito de Sociologia que diz respeito à mudança de posição de uma pessoa na
hierarquia social, ou seja, mudança de classe social. Essa mudança pode ser para cima (ascender) ou
para baixo (descender) e pode ser provocada por fatores diversos.
No Brasil Colônia e no Brasil Império seria possível mudar de sua posição social? Se sim, em quais
circunstâncias?
150
Havia dois mecanismos oficiais de libertação da condição de escravizado(a): a carta de alforria e a
quartação ou coartação, conceitos já explicados. Esses documentos podiam ser comprados pelos (as)
escravizados(as), que tinham que trabalhar muito para conseguir dinheiro suficiente para isso.
Brecha camponesa: Na sociedade agrário-exportadora de açúcar do Nordeste Colonial, havia escra-
vizados (as) que recebiam de seus senhores pequenos lotes de terra para produção agrícola para o
mercado interno. Nesses lotes plantavam mandioca, feijão, milho, batata, inhame, banana e hortaliças.
Essa produção podia ser feita juntamente com uma pecuária de pequeno porte (gado bovino) e criação
de porcos, cabras e galinhas. A partir do século XVII, a brecha camponesa foi legalizada por meio de
alvarás e ordens régias. Essas normas legais permitiam que os (as) escravizados (as) tivessem um dia
livre do trabalho nos engenhos para poderem trabalhar nesses lotes. Podiam, também, alugar ou doar
esses lotes de maneira informal.
A brecha camponesa era uma vantagem para os senhores, pois minimizava os custos de manutenção
com os (as) escravizados (as), que, por sua vez, adquiriam recursos materiais para comprar roupas,
tabaco, bebidas, ou para juntar dinheiro para adquirir sua alforria ou a de familiares.
Fuga e posterior exploração de ouro ou de diamantes em locais escondidos: Típico da sociedade
mineradora do século XVIII. Escravizados que trabalhavam na mineração que conseguissem fugir, se
conseguissem se esconder em locais de difícil acesso onde havia ouro ou diamantes e encontrar uma
quantidade suficiente para ser do interesse dos contrabandistas que havia em grande quantidade nas
Minas Gerais, conseguiam dinheiro para comprar sua alforria.
Além da compra da alforria, no Brasil Colônia e no Brasil Império, muitas vezes a alforria era dada pelo
senhor à sua escravizada que passava a viver com ele e que com ele tinha filhos (as) que, se nascessem
de mãe que não tivesse sido alforriada, não nasciam livres, mas a alforria podia ser dada a eles (as) pelo
pai em qualquer momento de suas vidas.
Os (as) escravizados (as) alforriados (as) são chamados de libertos ou de forros e eram em número bem
maior na sociedade mineradora do que na sociedade açucareira, porque a sociedade mineradora foi
eminentemente urbana, ao contrário da açucareira, que era rural. Nos meios urbanos existia uma varie-
dade de funções de trabalho bem maior do que nas áreas rurais.
1 – Explique como os (as) escravizado (as) podiam comprar suas alforrias na sociedade rural do Nordeste
dos séculos XVI e XVII e na sociedade mineradora das Minas Gerais do século XVIII.
151
3 – Por meio do que aprendeu com o texto, em sua opinião, você acha que era mais difícil as mulheres
escravizadas ou para os homens escravizados conseguirem a alforria? Justifique sua resposta.
4 – De acordo com esse censo de 1804, os (as) libertos (as) desempenhavam atividades econômicas
diferentes da época em que eram escravizados?
5 – Se você respondeu não à questão anterior, mesmo assim podemos considerar que houve ascensão
social? Por quê?
152
Uma outra forma de ascensão social era participar de uma irmandade. O que era isso? Leia o texto abai-
xo para entender:
As irmandades são associações formadas por leigos dedicadas ao incremento da devoção aos santos e
santas da Igreja Católica.
Os dias das festas dos santos e santas, por exemplo, eram ocasiões onde as tradições africanas se
manifestavam, sobretudo, durante as eleições de reis e rainhas da irmandade. Momentos de afirmação
de identidade cultural, mas também oportunidade de lutar pela sobrevivência de cada irmandade, uma
vez que nesses dias havia a arrecadação de doações, que auxiliava a comunidade a manter a associa-
ção, tornando-se o único lugar de convívio social dessa população fora do mundo do trabalho. Uma im-
portante função cabia às irmandades que reuniam escravizados (as): reservar parte dos recursos das
irmandades para a compra de alforria de alguns de seus membros. (...)
Organizadas segundo os diferentes grupos sociais, as irmandades revelavam a estratificação da so-
ciedade colonial. As irmandades de Nossa Senhora do Rosário, por exemplo, reuniam negros forros e
escravizados. As famílias mais ricas geralmente se reuniam nas Igrejas da Irmandade de Misericórdia
e do Santíssimo Sacramento. (...)
ISHAQ, Vivien. Irmandades. Disponível em: <http://historialuso.an.gov.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=3171&Itemid=351>. Acesso em: 26 maio 2021.
6 – Qual a importância das irmandades católicas, no Brasil Colônia, para os escravizados e forros?
153
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Escravidão e liberdades.
HABILIDADE(S):
Ler e analisar fontes: anúncios para captura de escravos, documentos oficiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Diferentes fontes historiográficas sobre a escravidão no Brasil.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia, Literatura.
APRESENTAÇÃO
Ao longo do século XIX, jornais de todo o Brasil publicavam anúncios de venda e de aluguel de escravi-
zados (as) e de recompensas para quem encontrasse os (as) que tinham fugido. Além de anúncios, havia
muitos panfletos espalhados pelas cidades oferecendo dinheiro para quem conseguisse localizá-los.
Leia o trecho retirado do conto Pai contra mãe, de Machado de Assis (1839-1908), escritor carioca:
“Há meio século os escravos fugiam com frequência. (...) A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve,
ainda que raros, em que escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem
conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor
que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas
públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava
e a quantia da gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosa-
mente”, ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta,
figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o
rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força
com que se mantém a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras.
Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a
inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra
via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem (...)”
ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. In: Relíquias de Casa Velha. I Tomo. São Paulo: Edigraf, sem data. p. 13-14.
154
Vocabulário do texto:
Valongo: região da cidade do Rio de Janeiro onde havia um mercado de escravizados recém-chegados
da África.
Ladino: dizia-se do escravizado que era nascido no Brasil.
Quitandar: vender alimentos nas ruas, atividade geralmente feita, no século XIX, pelos escravos de ganho.
Folhas públicas: jornais.
Acoitar: dar proteção a alguém; acolher.
Desfastio: entretenimento, passatempo.
Achega: rendimento pequeno.
ATIVIDADES
1 – O ofício (ocupação) de procurar e encontrar escravizados (as) que tinham fugido, nas regiões rurais
era chamado de capitão-do-mato. Nas cidades, não tinha uma denominação específica. De acordo com
as informações do texto, o que levava um homem a fazer isso na cidade do Rio de Janeiro do século XIX,
onde viveu Machado de Assis?
2 – Qual seria a razão para o autor chamar a apreensão do(a) escravo(a) que tinha fugido de “ofício do
tempo”?
155
3 - Compare o segundo parágrafo do texto com o panfleto que se segue, publicado em 1854, na mesma
cidade - Rio de Janeiro:
156
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Escravidão e liberdades: quilombos.
HABILIDADE(S):
Ler e analisar fontes: anúncios para captura de escravos, documentos oficiais e mapas identificando a locali-
zação dos principais quilombos e seus efeitos sobre os colonos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Diferentes fontes historiográficas sobre a escravidão no Brasil.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia, Geografia.
BREVE APRESENTAÇÃO
Ao longo do século XIX, jornais de todo o Brasil publicavam anúncios de venda e de aluguel de escra-
vizados (as) e de recompensas para quem encontrasse escravizados (as) que tinham fugido. Muitos
desses(as) escravizados (as) conseguiam se refugiar em quilombos, onde era muito difícil para as auto-
ridades da época encontrá-los.
157
ATIVIDADES
1 – Compare os dois anúncios, levando em conta os seguintes fatores: onde fugiu o escravizado (região
rural ou urbana), valor da recompensa para quem o localizasse, tipo de trabalho que sabia fazer.
2 – Na sua opinião, por que a recompensa oferecida no segundo anúncio é maior do que na do primeiro?
158
3 – Por quanto tempo o escravizado mencionado no anúncio de 1855 estava fugido? Depois de todo esse
tempo, você acha que ainda seria possível localizá-lo? Por quê?
4 – Analise o mapa da Capitania de Pernambuco, feito pelo holandês Frans Post, em 1647, no qual ele
representa à direita o Quilombo de Palmares e responda:
Observando a imagem de Frans Post, quais impressões se tem sobre como era a vida no quilombo
de Palmares?
159
5 – Leia o texto seguinte, da historiadora Heloísa Maria Murgel Starling, professora da UFMG:
“A fuga individual ou em grupo marca os limites da dominação: o escravizado que fugia afrontava o prin-
cípio da propriedade, ameaçava a ordem das coisas em uma sociedade escravocrata e impunha grave
prejuízo ao seu senhor. Cedo se percebeu que as formas individuais de punição aplicadas ao escravo
recapturado, e devidamente castigado por seu proprietário – castigo que deveria ser exemplar, tanto no
aspecto punitivo, quanto para prevenir novas fugas –, não bastavam; era preciso construir mecanismos
de controle e manutenção da ordem escravista e desenvolver estratégias de repressão.”
Disponível em: <https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/minas-300-anos/noticia/2020/06/27/uma-historia-da-liberdade-quilombos-
em-minas-gerais.ghtml>. Acesso em: 19 abr. 2021
A fuga de escravizados, individual ou em grupo, tinha que significado para aquela sociedade?
160
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Escravidão e liberdades.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar diferentes formas e relações de trabalho escravo na América Portuguesa.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Trabalho escravo no Brasil.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
BREVE APRESENTAÇÃO:
Ao longo dos períodos colonial e imperial do Brasil, observou-se a adoção do uso de mão de obra escra-
vizada. A escravidão acabou se constituindo em um dos mais importantes pilares de nossa sociedade.
A princípio, os povos originários foram utilizados como escravos e, depois de algumas décadas, escra-
vizados(as) vieram do continente africano para ocuparem os vários postos de trabalho que eram gera-
dos. Com o passar do tempo, a complexidade econômica e social acabaram determinando a existência
de diferentes formas de escravização.
Nas áreas rurais, os(as) escravizados(as) de eito enfrentavam uma dura rotina, trabalhando em jornadas
que poderiam alcançar dezoito horas diárias. Não bastando o desgaste físico provocado pelo trabalho
predominantemente braçal, esses indivíduos viviam mal instalados em senzalas, cujas condições de
higiene eram bastante precárias. A expectativa de vida variava entre 10 a 15 anos de serviço devido às
condições citadas e à falta de alimentação adequada.
No interior das casas, seja no meio urbano ou rural, os(as) escravizados(as) domésticos(as) experimen-
taram outra rotina de trabalho. Com alimentação mais elaborada, esses(as) escravizados(as) tinham por
função realizar a arrumação da casa, cuidar das crianças, organizar as refeições e realizar pequenos
serviços designados diretamente pelos(as) seus(suas) senhores(as). Algumas vezes, infelizmente, ob-
serva-se a exploração sexual das escravizadas por seus proprietários.
Havia também situações em que senhores de escravizados(as), por não conseguir explorar a força de
trabalho dos(as) escravizados(as) em sua totalidade, os (as) transformavam em escravos(as) de aluguel,
que poderiam ser empregados(as) em outras fazendas ou nas minas. O aluguel de escravizados(as)
constituía uma fonte de renda importante para os(as) proprietários(as).
Nas urbes, era comum, também, os(as) escravizados(as) de ganho. Esses(as) ofereciam a prestação de
serviços diversos: transporte de cargas, barbearia, lavagem de roupas ou a fabricação de remédios,
por exemplo. Tomavam conta de pequenos comércios, vendiam alimentos, entre outros produtos. Ge-
ralmente repassavam boa parte do lucro aos seus proprietários e ficavam com uma pequena parte da
renda, da qual poderiam se alimentar melhor ou comprar sua alforria.
161
Ou seja, havia diferentes tipos de escravização. Esses vários usos permitiu que a escravidão se entra-
nhasse no cotidiano em multiplas possibilidades. o que justifica sua longa existência e a manutenção
de suas características até os dias de hoje nas relações de trabalho no Brasil.
ATIVIDADES
162
Descreva as imagens e, por meio da descrição feita, finalize identificando qual o tipo de trabalho es-
cravo foi representado em cada uma das imagens:
Resposta:
Resposta:
Resposta:
163
Resposta:
Resposta:
Resposta:
164
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO:
Colonização Portuguesa e Resistência/Palmares e Revolta dos Malês.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar diferentes formas e relações de trabalho escravo na América Portuguesa.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Formação de quilombos no Brasil; resistências à escravidão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
165
Palmares foi uma área enorme formada por vários núcleos habitacionais (mocambos) onde também
viveram indígenas e brancos pobres. Seus habitantes viviam da caça, da pesca, da coleta de frutas e da
agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar). Além disso, faziam cerâmicas e
cestos e praticavam a metalurgia. Tinham intensa atividade comercial com alguns brancos pobres que
viviam fora da área do quilombo, com os quais trocavam parte do que produziam por armas e munição.
Desde que a localização de seus núcleos foi descoberta pelos senhores de engenho e pelas autoridades
portuguesas, foram organizadas e enviadas para Palmares várias expedições com o objetivo de destruir
o quilombo, capturar seus habitantes e escravizá-los novamente. Inclusive os holandeses, enquanto
permaneceram em Pernambuco, fizeram o mesmo. Na luta contra uma dessas expedições, a de 1675,
destacou-se Zumbi, um sobrinho de Ganga Zumba, rei de Palmares. Três anos depois Zumbi se tornaria
rei de Palmares e o líder da resistência aos muitos ataques que o quilombo sofreu, após seu tio aceitar
um Acordo de Paz proposto pelo governador da Capitania de Pernambuco que dividiu os habitantes dos
mocambos: alguns foram embora com Ganga Zumba para o Vale do Cacaú, onde perceberam que foram
enganados – as terras eram de péssima qualidade e a vigilância constante; os que ficaram na Serra da
Barriga permaneceram em guerras constantes sob a liderança militar de Zumbi.
Como era muito complicado derrotar Palmares, em 1687 os senhores de engenho e o governador da
Capitania de Pernambuco se uniram para contratar um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, e
os homens de seu grupo, para destruir os núcleos do quilombo. A guerra começou em 1692 com a vitó-
ria inicial dos quilombolas. Em 1694, com um reforço de 6 mil homens para ajudarem os bandeirantes,
inclusive com o uso de canhões, as batalhas duraram um mês. Ao final desse período, os quilombolas
foram derrotados. Zumbi consegue fugir e se refugia nas matas. No ano seguinte, seu esconderijo foi
delatado. Em 20 de Novembro de 1695, Zumbi cai numa emboscada e é morto.
Os poucos quilombolas que conseguiram sobreviver aos ataques e fugir resistiram até 1710, quando o
quilombo é totalmente desfeito.
166
PARA SABER MAIS:
Sobre Zumbi e Quilombo de Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Yj_UyRKB-
5Ng>. Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre Dandara dos Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XKWfzxga49I>.
Acesso em: 19 abr. 2021. e Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EOnUvmRnMw8>.
Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre as guerras de Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6qS5tgAZotw>.
Acesso em: 19 abr. 2021.
Sobre a Revolta dos Malês: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RVRrIrvTNs4>. Aces-
so em: 19 abr. 2021.
Comunidades quilombolas no Pará atual: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
wXexAYIPGa0>. Acesso em: 19 abr. 2021.
Visita Virtual ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares: Disponível em: <serradabarriga.palmares.
gov.br>. Acesso em: 19 abr. 2021.
ATIVIDADES
1 – (CESGRANRIO) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre
os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o (a):
2 – A forma mais elaborada de resistência à escravidão se deu por meio dos quilombos. No Brasil,
considera-se o mais importante o de Palmares, que
a) foi formado exclusivamente por escravos nascidos na África e esteve em pleno funcionamento
apenas durante a presença dos holandeses no nordeste brasileiro.
b) se formou no final do século XVI, chegou a ter por volta de 20 mil moradores e foi destruído no
final do século XVII, pela ação de bandeirantes.
c) se especializou, durante todo o século XVI, na exploração de metais preciosos, abundantes
nas margens dos rios do interior de Pernambuco.
167
d) foi constituído no fim do século XVIII e contou com a importante contribuição de setores da
Igreja Católica, que eram contrários ao escravismo.
e) contou com o decisivo apoio de importantes senhores de engenho de Pernambuco e da Bahia,
com o intuito de sabotar a presença holandesa nessas capitanias.
3 – (FUVEST) Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada
pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque:
4 – (VUNESP) Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos
ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados.
Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na Bahia da época os
africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas horas, foi o levante de escravos
urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos duradouros para o conjunto do Brasil escravista.
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003
a) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores do
escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil.
b) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se ame-
açados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre.
c) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da Re-
gência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época.
d) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um monarca
politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob controle.
e) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido ao
descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.
168
5 – (CESGRANRIO 2010) “Os grupos de escravos egressos da Costa da Mina, sob diferentes identidades
(Nagô, Hauçá, Jeje, Tapa), promoveram o maior ciclo de revoltas escravas africanas de que se tem
notícia na história do Brasil. O caráter de resistência sistêmica à escravidão só teve equivalente, antes,
na Guerra dos Palmares e, depois, no movimento abolicionista da década de 1880. Com efeito, entre
1807 e 1835, a Bahia viveu um período de rebeliões contínuas dos escravos africanos, cujo ápice foi a
Revolta dos Malês.”
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil, a História do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras.
Completando 175 anos em 2010, a Revolta dos Malês, na Bahia, embora não tenha conseguido modificar
a ordem escravista brasileira, teve um aspecto bastante representativo, uma vez que
a) foi o levante de escravos urbanos, na sua grande maioria de religião muçulmana, mais sério
ocorrido no Brasil.
b) foi um levante de escravos com objetivos claros e definidos, o que justifica a sua longa duração.
c) foi, por meio dessa Revolta, que, pela primeira vez, um grupo de escravos ocupou, ainda que
por curto período, o poder em Salvador.
d) precipitou a assinatura da Lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o tráfico negreiro.
e) acelerou a introdução de imigrantes para substituir a mão de obra escrava negra.
6 – Sobre a Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia, em 1835, é correto afirmar que:
a) Foi uma importante revolta organizada pelos alfaiates de Salvador, contra os desmandos e a
repressão do governo regencial.
b) Tratou-se de um levante, concebido pelos indígenas, os chamados malês, visando libertarem-se
da opressão dos brancos.
c) Foi uma importante revolta organizada pelos africanos de religião muçulmana, os chamados
malês, que visavam à libertação dos escravos.
d) Tratou-se de uma revolta da pequena burguesia local contra o governo regencial, visando à
independência de Salvador, à semelhança de Canudos.
e) Foi um significativo levante concebido pelos crioulos, que ocupavam postos na guarda nacio-
nal, visando à independência do recôncavo baiano.
Caro(a) estudante do 1º Ano do Ensino Médio, foi ótimo escrever esse PET para você! Aguardo sua
companhia no próximo!
169
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Introdução à Política.
HABILIDADE(S):
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Política, Poder, Participação Política.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Política
Olá, estudante! Espero que esteja bem. Esta semana iremos introduzir a discussão sobre o tema Política.
170
Como podemos observar pela provocação da personagem Mafalda, existe um senso-comum negativo
quanto a essa palavra. Por que será que a palavra política desperta um teor negativo? O que você pensa
dessa palavra? Você gosta de falar sobre política? A partir dessas primeiras impressões, reconhece-
mos que as discussões sobre a política despertam um senso negativo, pois os políticos profissionais
têm desempenhado, em muitas situações, de modo conivente com a corrupção e pouco ou nenhum
compromisso com a população. Desse modo, acabamos considerando as discussões políticas como
algo ruim ou algo a ser evitado. E até existe um jargão que afirma que política não se discute. Porém,
a Sociologia vem mostrar que tudo se discute, principalmente a Política.
Então, vamos com calma e tentar quebrar os bloqueios que carregamos que nos impedem de falar so-
bre esse assunto. Agora vamos tentar pensar uma definição para a palavra política. Tudo o que nós
fazemos, que tem um impacto, isto é, uma influência - positiva ou negativa - na vida de outras pessoas
é uma ação política. Por isso que a frase “você tem que se politizar mais” não se refere apenas a saber
da administração do Estado, mas também reconhecer o impacto das várias ações que são tomadas
diariamente por vários grupos sociais. Para nos ajudar a refletir, vamos ler o texto de Bertold Brecht.
O Analfabeto político
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos po-
líticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e
do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa
o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostitu-
ta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e
lacaio dos exploradores do povo.” (Bertold Brecht).
Após essa compreensão, também precisamos entender que o conceito se amplia e passa a se relacio-
nar com os entes que participam da organização do Estado, isto é, de todos os políticos profissionais
que participam da administração pública, seja no executivo quanto no legislativo. Vamos fazer um
exercício. Você consegue pontuar todos os cargos políticos profissionais que compõem a administra-
ção pública?
EXECUTIVO LEGISLATIVO
MUNICÍPIOS → →
ESTADOS FEDERATIVOS → →
→
UNIÃO →
→
Outro elemento que devemos compreender é que a política não pode ser feita “de cima para baixo”, ou
seja, apenas como o resultado das decisões de quem ocupa os cargos públicos, mas também por todas
as entidades civis que compõem a sociedade através das várias formas de organização. Sejam os sin-
dicatos, os movimentos sociais, os partidos políticos, as ONGs, as religiões, etc. Isso se deve ao fato de
vivermos em uma democracia, que torna necessário reconhecer as demandas da sociedade por meio
das várias reivindicações cotidianas.
Diante desse campo de debates e interesses que representa a política, vamos analisar nas próximas
semanas o que representa cada um dos elementos dela. Ao tomarmos consciência do que é o Estado e
como ele funciona, somos capazes de lutar pelos nossos direitos e cobrar de cada político eleito que faça
cumprir a vontade da população, pois foram eleitos para servir a população e não para fazer valer seus
interesses pessoais. Para cobrar, precisamos saber qual é a função de cada um, então vamos pesquisar.
171
União
→ A função do presidente é…
→ A função das senadoras e senadores é…
→ A função das deputadas e deputados federais é…
Estados federativos
REFERÊNCIAS
MAAR, Wolfgang Leo. O que é política. Brasiliense, 2017.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. Boitempo Editorial, 2015.
ATIVIDADES
1 – Vamos fazer um exercício de reflexão. Você, juntamente com um grupo de pessoas, naufragou em um
lugar desconhecido e desabitado. Ao esperarem a ajuda externa, vocês se organizam, estabelecem um
líder, criam regras que devem ser seguidas e distribuem trabalhos para todos. No processo de escolha
da liderança, você foi escolhido.
172
b) Uma pessoa descumpriu as regras. Quais medidas devem ser tomadas? Podemos pensar em
níveis diferentes de julgamento?
c) Após um tempo, você vê que chegou ao final do seu tempo de liderança. Quais medidas você
tomaria antes da posse da próxima pessoa?
2 – Agora vamos fazer um exercício de cidadania. Pergunte aos seus familiares ou responsáveis o nome
dos candidatos em quem votaram e a função que cada um exerce.
3 – Analise a atuação de cada uma das pessoas identificadas na questão anterior. Essas pessoas estão
desempenhando um papel adequado para o cargo que foram eleitas? O que devemos fazer para que
pessoas sem compromisso com o bem-estar público não ganhem as eleições?
173
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
O Estado Moderno.
HABILIDADE(S):
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Política, Estado, Estado Moderno, Poder.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Estado
Olá estudante! Espero que esteja bem.
Quando falamos da organização política
e administrativa do Brasil, referimo-nos
a ele como Estado. O Estado brasileiro
é formado por uma grande estrutura,
formada pelos três poderes: Executivo,
Legislativo e Judiciário. Essa estrutura
de organização que representa o apa-
rato burocrático do Estado brasileiro
vem da necessidade dele se constituir
enquanto um Estado Moderno, o qual
precisa manter a sua organização sob
alguns pilares: um só poder, um só exér-
cito, uma autoridade para todo o territó-
rio, administração e justiça justificada e
um sistema burocrático.
De forma minuciosa, em “O Processo Civilizador”, o sociólogo Norbert Elias analisa os processos histó-
ricos de construção do Estado Moderno na Europa. Para o autor, esses processos não foram pensados
como tal por nenhum dos agentes sociais em conflito ao longo da história, mas nasceram dos acúmu-
los sociais gerados no “calor das crises” das disputas intelectuais, institucionais, bélicas e simbólicas.
O autor demonstra que não existiu uma espécie de cérebro universal a comandar os “passos da história”
e da construção das civilizações ocidentais europeias, mas antes, conflitos entre atores sociais lutan-
do para estabelecerem suas aspirações sobre as demais. O resultado dos vários séculos de conflitos,
foi o nascimento do Estado Nacional ou Estado Moderno, na Europa.
Com o advento do renascimento e da modernidade, houve a necessidade de teorizar filosoficamente
sobre a legitimidade do Estado a partir da ideia de sua fundação via contrato social. Em meio ao caos
generalizado da Guerra Civil Inglesa, Thomas Hobbes escreve sobre a fundação do Estado a partir da
concessão do poder individual ao soberano. Após essa concessão, são fundados o Estado Leviatã e a
sociedade civil, composta por súditos.
174
Séculos depois, quando a noção de indivíduo adquire força com a advento do liberalismo, outro inglês,
John Locke teoriza sobre outra forma de contrato social e a fundação de uma outra forma de sociedade
civil. Agora a sociedade civil é composta pelos indivíduos livres que consentem a criação do Estado de
forma que este garanta a vida, a liberdade e a propriedade privada.
Já no contexto da exacerbação do Iluminismo, que vai culminar na Revolução Francesa, Jean-Jacques
Rousseau escreve sobre um outro contrato social. Para o filósofo, o contrato que consentiu a criação
do Estado e instaurou a sociedade civil foi na verdade uma artimanha das classes dominantes sobre as
classes dominadas. Então propõe um novo pacto social a partir da ideia da vontade geral.
O Estado também passa por interpretações em relação ao seu papel. Vamos observar o quadro abaixo
elaborado pelas sociólogas Silvia Araújo, Maria Bridi e Benilde Motim.
Interpretações sobre a natureza do Estado
Após a leitura das interpretações da natureza do Estado precisamos observar que essas compreen-
sões foram feitas em momentos históricos específicos, nos quais as estruturas sociais permitiam
estabelecer essas interpretações. Assim, vemos que a compreensão da natureza do Estado não é es-
tática, mas dinâmica.
175
Vamos pensar juntos. Qual deve ser o papel do Estado? Você consegue elaborar o seu conceito?
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Volume único.
São Paulo: Editora Scipione, 392 p.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: volume 1 : uma história dos costumes. Rio de Janeiro:
J. Zahar, 1990. 277 p.
WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da política: volume 1: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu,
Rousseau, ‘O federalista’.São Paulo: Ática, 2000. 287p.
ATIVIDADES
1 – ENEM (2012)
De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indiví-
duos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a
um terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de:
176
2 – ENEM (2016)
TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao go-
verno), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa
comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande
poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa com-
parar. (HOBBES. T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 03)
TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do
estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em cau-
sa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será
justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa. (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil.
Petrópolis; Vozes, 1994)
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados
à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado
de natureza como um(a):
a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte
violenta.
b) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida,
liberdade, igualdade e propriedade.
c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o ho-
mem possa constituir o Estado civil.
d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos em
sua livre decisão pelo pecado original.
e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as rela-
ções sociais e violenta a humanidade.
3 – ENEM (2016)
Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao
ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu
direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos.
Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividade comercial dos
cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir
as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo. (KANT,
I, A metafísica dos costumes. Edipro, 2003).
Segundo esse texto de Kant, o Estado:
a) deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja
partidária.
b) está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cida-
dãos pobres.
c) dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos
seus membros.
d) delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu ele-vado
custo de manutenção.
e) tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos
pagam mais impostos.
177
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Esquerda e Direita: as formas de pensar o Estado.
HABILIDADE(S):
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Espectro Político, Estado Moderno, organização política, partidos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
178
Extrema
Esquerda Centro Esquerda Centro Direita Direita Extrema Direita
Esquerda
Movimentos igua- Movimentos libe- Movimentos antili-
Movimentos igua- Movimentos igua- Movimentos de-
litários e autori- rais e de igualdade berais e anti-igua-
litários e libertário litários mocráticos
tários perante a lei litários
→ Comunismo → Liberalismo
→ Socialismo → Liberalismo
→ Anarquismo social → Fascismo
→ Marxismo re- → Liberalismo clássico
→ Marxismo revo- → Social demo- → Nazismo
formista → Neoliberalismo
lucionário cracia
Economia Socialista Economia capitalista
Agora você também vai montar o seu quadro identificando os partidos políticos que existem no Brasil a
partir do espectro político que se encontram.
Extrema
Esquerda Centro Esquerda Centro Direita Direita Extrema Direita
Esquerda
Nessa mesma linha de pensar o Estado, tivemos formas diferentes de compreensão do Estado Moderno.
Formas históricas do Estado Moderno
POLÍTICA → Centralização → Separação → Projeto totalitário → Projeto de parti- → Projeto so- → Retorno das
da estrutura de entre o público e o expansionista; cipação política da cial-democrata: teorias liberais;
governo (Forças privado; → ideologia de classe trabalhadora; investimentos e → desregulamen-
Armadas, judiciário, → soberania po- direita (exaltação da → ideologia de distribuição de ren- tação dos direitos
tributação); pular; tradição). esquerda; da e serviços para trabalhistas;
→ indistinção → Estado mínimo → desvio burocrá- garantir os direitos → economia conduz
entre o público e o garante direitos tico; e o bem-estar da a política pelo poder
privado. individuais (segu- → conflito entre população; das grandes corpo-
rança, propriedade, classe dirigente (PC → Ideologia de rações;
liberdade). URSS) e dissidentes centro (controle dos → proclamado o fim
(social-democratas, conflitos do capi- das ideologias.
anarquistas). talismo mediante
garantia dos direitos
sociais e ampliação
do acesso ao mer-
cado de consumo).
SOCIEDADE → Conflito entre → Conflitos entre as → Redução dos → Evento que mar- → Ampliação dos → Redução dos di-
estamentos: bur- classes trabalhado- direitos civis e ca seu fim: queda direitos sociais e do reitos trabalhistas,
guesia nascente x ra e capitalista. políticos. do muro de Berlim. consumo de bens. baixo investimento
clero e nobreza. → Evento que mar- → Evento que mar- → Corrida arma- → Evento que mar- na área social;
Eventos que ca seu fim: Primeira ca seu fim: Segunda mentista. ca seu enfraqueci- → consumidores x
marcam seu fim: Guerra Mundial (con- Guerra Mundial. → Atraso tecnológi- mento: choque do cidadãos.
Revolução Francesa flito entre nações co na indústria e no petróleo em 1973 e → Evento que
e Revolução Indus- imperialistas). campo em compa- controle fiscal. marca seu enfra-
trial. ração às sociedades quecimento: crises
capitalistas a partir econômicas sistê-
da década de 1970. micas (1995, 1998,
2000, 2008, 2011,
2018, 2020.
179
PARA SABER MAIS:
DOMINGUES, Joelza Ester. Esquerda e Direita: rótulos mais simbólicos que políticos (com teste). Blog:
Ensinar História. Publicado em: 18 de setembro de 2018. Disponível em: <https://ensinarhistoria.com.
br/esquerda-e-direita-rotulos/>. Acesso em: 06 jun. 2021.
VOCÊ É DE ESQUERDA OU DE DIREITA? | ENTRE ESQUERDA E DIREITA. Politize! Publicado em 28 de abril
de 2021. Disponível em: <https://youtu.be/hoyKJlrEYsE>. Acesso em: 06 jun. 2021.
Esquerda e Direita: características e diferenças. Politize! Publicado em: 01 de outubro de 2017. Dispo-
nível em: <https://youtu.be/v5Rv9PFbjnQ>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, Perry. Espectro: da direita à esquerda no mundo das ideias. Boitempo Editorial, 2015.
BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política: São Paulo:
Editora UNESP, 2001.
SILVA et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Editora Moderna, 2013.
SILVA, Gustavo Jorge. Conceituações teóricas: esquerda e direita. Humanidades em diálogo, v. 6,
2014, p. 149-162.
VENTURA, Otávio. A distribuição de capitais entre a mão esquerda e a mão direita da burocracia
brasileira. Revista de Sociologia e Política, v. 26, n. 67, 2018, p. 107-128.
ATIVIDADES
1 – ENEM (2014)
O Ministério da Verdade — ou Miniver, em Novilíngua — era completamente diferente de qualquer outro
objeto visível. Era uma enorme pirâmide de alvíssimo cimento branco, erguendo-se terraço sobre ter-
raço, trezentos metros sobre o solo. De onde Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na
fachada, os três lemas do Partido:
GUERRA E PAZ; LIBERDADE E ESCRAVIDAO; IGNORÂNCIA E FORÇA. (ORWELL, G. 1984. São Paulo: Nacional, 1984)
Na referida obra ficcional, o autor critica regimes existentes ao longo do século XX. O mecanismo de
dominação social utilizado pela instituição descrita no texto promoveria:
180
2 – ENEM (2014)
Existe uma cultura política que domina o sistema e é fundamental para entender o conservadorismo
brasileiro. Há um argumento, partilhado pela direita e pela esquerda, de que a sociedade brasileira é
conservadora. Isso legitimou o conservadorismo do sistema político: existiriam limites para transfor-
mar o país, porque a sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas. Isso justifica o caráter
vagaroso da redemocratização e da redistribuição da renda. Mas não é assim. A sociedade é muito mais
avançada que o sistema político. Ele se mantém porque consegue convencer a sociedade de que é a
expressão dela, de seu conservadorismo.
(NOBRE, M. Dois ismos que não rimam. Disponível em: www.unicamp.br. Acesso em: 28 mar. 2014)
A característica do sistema político brasileiro, ressaltada no texto, obtém sua legitimidade da:
3 – ENEM (2017)
Em um governo que deriva sua legitimidade de eleições livres e regulares, a ativação de uma corren-
te comunicativa entre a sociedade política e a civil é essencial e constitutiva, não apenas inevitável.
As múltiplas fontes de informação e as variadas formas de comunicação e influência que os cidadãos
ativam através da mídia, movimentos sociais e partidos políticos dão o tom da representação em uma
sociedade democrática.
(URBINATI, N. O que torna a representação democrática? Lua Nova, n. 67, 2006)
Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma transformação democrática em fun-
ção do(a):
4 – ENEM (2018)
Considerando o funcionamento do regime demo-
crático, o episódio retratado na imagem está asso-
ciado ao(à):
181
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Cidadania.
HABILIDADE(S):
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cidadania, Direitos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Cidadania
Olá estudante! Espero que esteja bem.
Nesta semana iremos falar sobre cidadania. Você sabe o que significa essa palavra? Talvez você se
lembre da palavra cidadão. Quem é a cidadã e o cidadão para você? Entendemos que a cidadania é exer-
cida por aqueles que têm direitos e deveres perante o Estado. No nosso caso, o Brasil. Assim, enquanto
brasileiras e brasileiros temos direitos, mas também deveres que devem ser cumpridos para a garantia
da organização da nossa sociedade. Vamos fazer um exercício de reflexão? Escreva no quadro abaixo
os direitos e deveres que todas as pessoas têm no exercício da sua cidadania.
Direitos Deveres
→ →
→ →
→ →
→ →
Após esse exercício de reflexão, precisamos entender que o conceito de cidadania não foi sempre com-
preendido da mesma forma, de tal maneira que ele sofreu transformações na sua compreensão durante
o tempo. Por isso, para entendermos o que significa ser cidadão hoje precisamos compreender os pro-
cessos pelos quais esse conceito passou.
A palavra cidadania vem do latim civitas (= cidade), o qual também tem sua correspondente grega pólis.
Essas palavras dão origem aos termos que envolvem o mundo da política, tais como, cidade, civiliza-
ção, civilidade, política. Nos dois contextos, Grécia e Roma, eram cidadãos aquelas pessoas que par-
ticipavam da vida pública na cidade. Porém, estavam excluídos, os jovens, as mulheres, os pobres e os
escravos. Nesse sentido, Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky, na organização do livro A História da
Cidadania, além da Grécia e de Roma, também colocam nos primórdios da cidadania o povo Hebreu, as
comunidades cristãs dos primeiros séculos e as cidades de Florença e Salamanca. Sendo que o alicer-
ce moderno para a cidadania está nas revoluções burguesas: Revolução Inglesa, Revolução Americana
e Revolução Francesa.
182
A ideia de que a cidadania parte da execução dos direitos civis, políticos e sociais vem do sociólogo
britânico T. H. Marshall, o qual estabelece que cada um dos direitos foi reconhecido em um período his-
tórico, sendo os direitos civis no século XVIII, os direitos políticos no século XIX e os direitos sociais no
século XX. De modo didático podemos classificar da seguinte forma:
Século XVIII - Direitos Civis
Os direitos civis estão ligados às “liberdades”. Liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de
adquirir uma propriedade, liberdade de ir e vir etc.
Século XIX - Direitos Políticos
Os direitos políticos estão ligados à administração pública do Estado, ou seja, o direito a eleger ou ser
eleito para um cargo político.
Século XX - Direitos Sociais
Os direitos sociais estão relacionados às lutas sociais do século XX que cobravam do Estado uma res-
ponsabilidade na garantia do bem-estar da sua população, por meio da educação, saúde, moradia, tra-
balho, previdência social, etc.
É IMPORTANTE SABER QUE: Apesar do reconhecimento dos direitos civis, políticos e sociais como ga-
rantia de cidadania, por muito tempo, as mulheres, os jovens, os pobres e a população negra juntamen-
te com outras minorias sociais, como indígenas e ciganos, estiveram excluídos desse reconhecimento.
Percebemos que a classificação proposta por T. H. Marshall atende a uma realidade, a britânica, pois,
nos mesmos períodos não tivemos a discussão sobre o reconhecimento de tais direitos. Assim, no Bra-
sil, a compreensão que temos hoje não nasceu com o surgimento da República em 1889, de tal modo
que, em análise do Brasil no período seguinte à Proclamação da República, o historiador José Murilo de
Carvalho faz a análise abaixo:
“No caso da ação positivista (e quase todas as lideranças republicanas que se preocupavam com o
proletariado o faziam em função da influência comteana), as consequências para a construção da
nova cidadania foram ainda mais sérias. A noção positivista de cidadania não incluía os direitos po-
líticos, assim como não aceitava os partidos e a própria democracia representativa. Admitia apenas
os direitos civis e sociais. Entre os últimos, solicitava a educação primária e a proteção à família e ao
trabalhador, ambos obrigação do Estado. Como vetava a ação política, tanto revolucionária quanto
parlamentar, resultava em que os direitos sociais não poderiam ser conquistados pela pressão dos
interessados, mas deveriam ser concedidos paternalisticamente pelos governantes. Na realidade,
nesta concepção não existiam sequer os cidadãos ativos. Todos eram inativos, à espera da ação
iluminada do Estado [...]”. (CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República
que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 54) .
183
Até aqui percebemos que a cidadania é um conceito em constante transformação, pois é necessário
que seja feito o reconhecimento de vários grupos sociais no exercício da cidadania. Nesse sentido,
vários grupos, sentindo-se excluídos dos processos que garantem direitos à população, reivindicam a
efetivação desses direitos garantidos constitucionalmente, além de levantar novas demandas e lutar
por elas. Portanto, “ser livre é um processo contínuo de ir à luta para garantir as conquistas já feitas e
ampliá-las. É isso mesmo que parece ser a nossa liberdade: uma conquista, nunca um direito assegu-
rado”. (FREIRE, Roberto; BRITO, Fausto. Utopia e Paixão: a política do cotidiano. São Paulo : Trigrama
Editora e Produções Culturais, 2001, p. 17).
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo:
Companhia das Letras, 1987, 196 p.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em: <<http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>>.
MASTRODI, Josué; AVELAR, Ana Emília Cunha. O conceito de cidadania a partir da obra de TH Mar-
shall: conquista e concessão. Cadernos de Direito, v. 17, n. 33, 2017, p. 3-27.
MORAIS, Ingrid Agrassar. A construção histórica do conceito de cidadania: o que significa ser ci-
dadão na sociedade contemporânea. In: Anais do 11º Congresso Nacional de Educação. Curitiba:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2013, p. 20908-20922.
PINSKY, Carla Bassanezi; PINSKY, Jaime. História da cidadania. Editora Contexto, 2007, 594 p.
184
ATIVIDADES
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 apresenta algumas cláusulas pétreas. Isso
significa que os termos ali apresentados não podem ser retirados e nem modificados por nenhuma
emenda constitucional. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e perió-
dico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais. Portanto, vamos fazer um exercício
de cidadania e refletir:
1 – Diante dos direitos fundamentais garantidos na Constituição, você acha que o Estado está cumprindo
o seu papel? Explique seu ponto de vista.
2 – Há direitos que são básicos, como saúde, educação, moradia, emprego, previdência social.
Ao observar o nosso cenário nacional e estadual, você tem percebido que esses serviços estão
melhorando ou piorando? Por quê? Como podemos resolver esses problemas?
3 – Vamos fazer um exercício de governança! Por um dia, vocês vão substituir o presidente da República
ou o governador do estado de Minas Gerais. Ao chegar ao poder, você percebe que estamos passando
por várias crises que afetam a população mais pobre. Que medidas você tomaria para mudar essa
situação? Se sua proposta for boa, você terá o meu voto ☺. Abraços.
185
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Sindicalismo, movimentos sociais e crise de representatividade.
HABILIDADE(S):
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Representatividade, Organização civil, Sindicatos, Movimentos Sociais.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
Com a Revolução Industrial, o sistema de produção criou uma dinâmica de trabalho voltada para o sis-
tema de produção capitalista. Esse sistema exigia a produção em larga escala, economizando o tempo,
potencializando a força de trabalho da mão de obra contratada. Diante da potencialização da produção,
também começaram a surgir problemas em larga escala que afetam a vida dos trabalhadores, seja den-
tro das fábricas quanto na vida cotidiana. Assim, foi necessário se pensar nas condições de trabalho
daqueles trabalhadores. Surgem então, vários movimentos sindicais que lutam pela melhoria nas con-
dições de trabalho, seja na redução na jornada de trabalho quanto na garantia de melhores salários.
186
O que garante a força dos sindicatos é a adesão das trabalhadoras e dos trabalhadores ao sindicato
da sua categoria profissional. Várias pessoas com demandas em comum, podem pensar juntas, se or-
ganizarem e lutarem pelos seus direitos. Como os sindicatos representam a força de organização dos
trabalhadores, eles acabam sendo atacados por corporações que criam campanhas que enfraquecem
os movimentos sindicais.
Os sindicatos são vários, pois várias são as categorias de trabalhadores. Por isso, também terão rei-
vindicações diferentes. Apesar de compartilharem de pautas em comum, cada sindicato reivindica di-
reitos de acordo com o trabalho exercido pela sua categoria. Assim, um sindicato de trabalhadores
rodoviários pedirá mais segurança e melhores estradas; o sindicato dos petroleiros pedirá mais se-
gurança e lutará contra a privatização das refinarias. No nosso contexto de educação, temos o Sinpro
MG, que é o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais no âmbito privado, e o Sind-Ute/MG,
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais. Ambos lutando por uma educação de
qualidade e pelo reconhecimento do serviço prestado pelos seus trabalhadores com a valorização da
Educação por meio de mais investimentos.
OS MOVIMENTOS SOCIAIS
Os movimentos sociais surgiram no seu início como mo-
vimentos sindicais, pois lutavam pelos direitos dos traba-
lhadores nos vários segmentos de trabalho. Porém, como
a sociedade não gira apenas em torno das demandas dos
trabalhadores ou a luta contra o sistema capitalista, tam-
bém surgiram outros movimentos com pautas mais am-
plas. Podemos pensar a Revolução Francesa como um
movimento inspirador, pois ao lutar contra o absolutismo
monárquico, as pessoas também lutaram pelos direitos
que hoje compreendemos como direitos civis.
Também há movimentos sociais que lutam pela manuten-
ção do status quo, ou seja, para conservar o modelo de sociedade vigente. Então há casos, em que os
movimentos não buscam a transformação social, mas a manutenção das estruturas sociais existentes.
Como é o caso da FTP (Família, Tradição e Propriedade) que fez a Marcha da Família com Deus e pela
Liberdade em São Paulo no ano de 1964, combatendo ideias progressistas do presidente João Goulart.
Esse movimento deu apoio moral para o golpe militar que gerou a Ditadura Militar em 1964.
187
→ Em geral, declaram-se apartidários e laicos, evitando sua utilização para fins político-partidários
ou religiosos.
→ Muitas vezes, dão destaque à figura de suas lideranças. Um exemplo é o movimento negro nos
Estados Unidos durante a década de 1960, sob a liderança de Martin Luther King (1929-1968), respon-
sável por mobilizar comunidades negras no sul do paós na luta pelos direitos civis.
→ Agem por meio de redes de movimentos. Essas redes articulam vários atores sociais e podem se
caracterizar: pelo pluralismo organizacional e ideológico, como no caso dos movimentos pacifistas;
por componentes de transnacionalidade, como os de defesa dos direitos humanos e do meio am-
biente; pela atuação em diferentes campos, como os movimentos de combate à síndrome da imu-
nodeficiência adquirida (Aids), que acionam as dimensões de saúde pública, cultural e política da
sociedade.
→ Estabelecem novos canais de comunicação dos indivíduos com a sociedade e o Estado.
→ São históricos e sujeitos a mudanças; por isso, as mudanças sociais também os transformam.
→ Implicam a formação de uma identidade cultural, ou seja, de algo comum a todos os seus integrantes.
Fonte: ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2017, p. 270.
A partir do resumo acima, elaborado pelas sociólogas Silvia Araújo, Maria Bridi e Benilde Motim, po-
demos perceber que as pautas e lutas sociais extrapolam as relações de trabalho. Mas, assim como
os sindicatos, necessitam da força dos envolvidos para poder fazer mobilizações e contribuir para a
transformação da sociedade.
A CRISE NA REPRESENTATIVIDADE
Nenhuma instituição social pode querer se apresentar ser perfeita ou livre de críticas. Assim, tanto os
movimentos sociais quanto os sindicatos são passíveis de serem questionados quando sua atuação
não corresponde às expectativas das suas categorias profissionais ou das pessoas que aderem ao mo-
vimento. É possível que aconteça a absorção dos movimentos sociais e sindicais pela administração
estatal, isto é, quando colocam pessoas que são ligadas às direções sindicais ou os líderes sociais no
aparato burocrático do Estado por meio de cargos. Por isso, nenhum movimento de organização da
sociedade pode se considerar vitorioso quando passa a ocupar determinados espaços de poder, mas
reconhecer que no exercício daquela posição, podem contribuir para a transformação da sociedade.
Nesse sentido, Clodovis Boff reflete que “política se faz com o povo e não com o Governo, como dão
impressão os políticos que estão lá. Considero mais importante o partido apoiar os movimentos popu-
lares que estes apoiar o partido. A questão da aliança não é entre políticos, mas dos políticos com as
188
bases populares. E esta aliança se faz não de qualquer forma, ou só para ter número e ganhar eleições
e cargos. Ela se faz em torno das causas do povo, nunca contra ou fora do povo. São essas causas que
devem fazer o programa comum. Os políticos não estão vendo que o povo está acordando e querendo
falar e partilhar. Agem como se fossem os únicos da bola no campo político. Enganam-se. Se um políti-
co, hoje não engatar com o movimento do povo, vai ser superado por ele amanhã. (BOFF, Clodovis. Deus
e o homem no inferno verde: quatro meses de convivência com as CEBs do Acre. Petrópolis: Vozes,
1980, p. 120-121).
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Volume único.
São Paulo: Editora Scipione, 392 p.
GOSS, Karine Pereira; PRUDENCIO, Kelly. O conceito de movimentos sociais revisitado. Em Tese, v.
1, n. 2, 2004, p. 75-91.
SANTANA, Marco Aurélio. Para onde foram os sindicatos? Caderno CRH. v.28, n. 75, 2015, p. 453-456.
ATIVIDADES
1 – Faça um levantamento de vários movimentos sociais de acordo com as suas pautas: meio ambiente,
mulher, diversidade de gênero, igualdade racial, diversidade religiosa, etc.
189
2 – Faça um levantamento dos sindicatos que representam as várias categorias de trabalhadores no
estado de Minas Gerais.
3 – Pesquise o que é uma central sindical. Como os sindicatos se organizam em torno delas? Exemplifique
algumas centrais sindicais existentes no Brasil.
4 – Aprendemos que os sindicatos e os movimentos sociais são organizações que reivindicam melhores
condições de vida e de trabalho para a população. Ao mesmo tempo aprendemos que, como qualquer
instituição social, são passíveis de críticas. As críticas não são como um exercício de difamação,
mas como um exercício que contribui para a melhoria do grupo. Assim, vamos analisar um sindicato
a partir da nossa realidade de Educação no estado de Minas Gerais: o Sind-Ute/MG. O Sind-Ute/MG é
considerado o segundo maior sindicato brasileiro, pois ele representa todas as trabalhadoras e todos
os trabalhadores da educação no estado de Minas Gerais.
Pesquise as ações do Sind-Ute/MG no contexto de pandemia da Covid 19. O que esse sindicato tem feito
como ação para as trabalhadoras e os trabalhadores? Qual o impacto dessas ações para os estudantes?
O que você faria como alternativa nesse momento?
190
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Políticas Públicas.
HABILIDADE(S):
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Políticas Públicas, Direitos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
191
necessariamente, as prioridades que a população espera. Posto isto, atenção! É importante conhecer
os projetos de governo antes de votar, seja para o município em que vivem, para o estado de Minas Ge-
rais ou para a presidência da república.
Nesse sentido, precisamos entender uma das dinâmicas das Políticas Públicas. Elas podem ser Políti-
cas de Estado ou Políticas de Governo. Vamos ficar atentos à diferença! Uma política pública de Estado
deve ser aplicada independente do governo que existe, pois ela está amparada na Constituição. Nesse
sentido, nenhum governante pode ignorar uma política pública de Estado. Porém, podemos observar na
nossa realidade brasileira que há casos cujos governantes não ignoram, mas deixam de investir, por ser
uma política pública que não concordam do ponto de vista ideológico e político. Já as políticas de go-
verno não estão na constituição e, por isso, não precisam continuar existindo quando há uma alternân-
cia de poder, pois ela está relacionada àquela gestão específica. Mas, uma política pública de governo,
após ser avaliada e mostrar sua eficiência, pode se tornar uma política pública de Estado.
As políticas públicas também podem ser focalizadas ou universais. Para entendermos melhor preci-
samos pensar em algumas situações. A maior política pública do Brasil é voltada para a saúde, o SUS
(Sistema Único de Saúde) e tem por características: a universalidade, equidade e integralidade. Assim
ela é uma política pública universal, para todas as pessoas, independente da sua condição econômica,
social, religião, gênero, idade, etnia, etc. Pois, todos os seres humanos são passíveis de ficarem doen-
tes e necessitam de um atendimento de saúde. Mas há situações em que, devido às desigualdades exis-
tentes no país, há pessoas que têm moradias e outras não. Então se pensam em políticas públicas de
moradia focalizadas, pois nem todas as pessoas precisam de ajuda para ter acesso à moradia. Também
há pessoas que precisam de uma ajuda do Estado para ter uma renda mensal, então temos uma política
pública redistributiva focalizada. Nisso nós percebemos que as políticas públicas universais são para
todas as pessoas e as políticas públicas focalizadas atendem a demandas específicas da sociedade.
A criação de uma política pública não pode ser criada sem um planejamento, então ela passa por um
processo: identificação do problema público → inclusão na agenda pública → soluções → decisão →
planejamento da execução → implementação da política pública → avaliação. Para saber a eficiência
de uma política pública ela deve ser monitorada. Assim, se avalia se o problema identificado está sendo
resolvido e se há necessidade de dar continuidade ou até mesmo investir mais recursos.
192
PARA SABER MAIS:
SUS: PRIVATIZAR É A SOLUÇÃO? POR QUE DEFENDER O SUS? | SEGUE O FIO 39. Politize! Publicado em
19 de março de 2021. Disponível em: <<https://youtu.be/MOIN5NPOF3U>>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Alysson Massote. Políticas públicas. Editora UFMG, 2002.
PAIM, Jairnilson. O que é o SUS. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2009.
SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete. Políticas públicas. Brasília: Enap, v. 1, 2006, p. 317.
ATIVIDADES
1 – Pesquise e cite exemplos de Política Públicas universais e Políticas Públicas focalizadas no âmbito
nacional e estadual.
2 – Pesquise e cite exemplos de Política Públicas de Estado e Políticas Públicas de Governo no âmbito
nacional e estadual.
193
3 – Você e sua família fazem uso de alguma política pública? Como você avalia esses serviços?
4 – O SUS - Sistema Único de Saúde - é uma política pública que tem desempenhado um papel importante
na pandemia da Covid-19. Como você avalia o investimento dessa política pública nos âmbitos: nacional,
estadual e municipal?
194
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico 4. Características formais, lexicais e sintáticas de gêneros
textuais diferentes.
HABILIDADE(S):
4.1. Reconhecer as características básicas dos vários gêneros textuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Simple Present; Description.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte.
Hello, there! Nesta semana, você irá reconhecer diferentes tipos de artes visuais e terá sua sensibili-
dade estimulada nas singularidades de muitas delas. Study hard!
BREVE APRESENTAÇÃO
Os conceitos principais sobre artes visuais da aula dessa semana estão apresentados na caixa abaixo.
Eles serão necessários para você responder às atividades. I wish you a great study time!
The visual arts are art forms that create works that are primarily visual in nature, such as ceramics,
drawing, painting, sculpture, printmaking, design, crafts, photography, video, film making and archi-
tecture. These definitions should not be taken too strictly as many artistic disciplines (performing
arts, conceptual art, textile arts) involve aspects of the visual arts as well as arts of other types. Also
included within the visual arts are the applied arts such as industrial design, graphic design, fashion
design, interior design and decorative art.
Available at https://www.unboundvisualarts.org/what-is-visual-art. Accessed on May 2, 2020.
195
Referência das atividades, textos, conteúdos e imagens desta semana:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edições
SM, 2020. Unit 4: pp. 70-71.
ATIVIDADES
1 – Visual arts are all forms of art which are predominantly visual in their nature. Read a more complete
definition of visual arts on “Breve Apresentação”. Then, label each picture on the following page using
vocabulary from the text.
See an example: Picture 1: Printmaking
3 – Take a look at the pictures of artistic expressions again and write which one(s):
a) require(s) precise manual
skills.
196
4 – Read the excerpts from Picasso and Van Gogh biographies. Do they mention any of the kinds of art
represented in the previous text? If so, what are they?
Though he was a relatively poor student, Picasso Van Gogh began painting with intensity and emo-
displayed a prodigious talent for drawing at a very tion. The colors in his paintings became more
young age. According to legend, his first words vibrant and bright. He would sometimes apply
were ‘piz, piz,’ his childish attempt at saying ‘lá- the paint directly onto the canvas from the tubes
piz’, the Spanish word for pencil. leaving the paint thick with rough brush strokes.
Available at https://www.biography.com/artist/pablo-picasso.
Sometimes it would take weeks for his paintings
Accessed on May 2, 2020. to dry because the paint was so thick.
Available at http://www.ducksters.com/biography/artists/
vincent_van_gogh.php. Accessed on May 2, 2020.
197
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 5. Características lexicais e sintáticas dos tipos textuais.
HABILIDADE(S):
5.1. Reconhecer as características básicas da “exposição”.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Simple Past; Talking about past experience.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte.
Hello, there! Nesta semana você conhecerá a história de dois artistas e relacionar experiência indi-
vidual a seus respectivos trabalhos artísticos. Study hard!
BREVE APRESENTAÇÃO
Você precisará acionar seu conhecimento sobre Simple Past para poder fazer a leitura das biografias
e responder às perguntas – information questions, revisando também questions words como “where”
(onde), “who” (quem) e “when” (quando) em contexto. I’m sure you’ll achieve great success on your plans
this week. Have a nice job!
198
ATIVIDADES
Read the texts for the main ideas.
TEXT 1: FLÁVIO ROBERTO TAVARES DE MELO’S BIOGRAPHY
Flávio Roberto Tavares de Melo was born in João Pessoa, Paraíba, Brazil, on February 15, 1950, son
and grandson of artists – his grandfather on this father’s side, Pedro Damião, was a remarkable photo-
grapher and his father, Arnaldo, besides his brilliant career as a doctor, spent his spare time drawing
in pen and ink, having illustrated a number of books and produced hundreds of vignettes for local
newspaper. As a child, Flávio showed his talent for drawing and painting, and Dr. Arnaldo was his first
instructor and since then he has never stopped exercising and experimenting in this artistic branch.
He attended the course on painting taught by the artist Raul Córdula, at the Arts Sector of Federal
University of Paraíba (UFPB) and when he was 18 years old he started taking lessons from the painter
and engraver Hermano José, who, at that time, already enjoyed a high reputation as an artist.
Tavares finished his high school studies and soon
afterwards started the course of Sociology, at
UFPB, from which he withdrew in the third year to
be a full-time artist. He was just a little older than
twenty and he had already exhibited his pictures
in Recife, Rio de Janeiro and São Paulo where, in
1976, he published his album of drawings, O Pa-
vão sem Mistérios (The Peacock Without Mys-
tery), introduced by the famous Brazilian cartoon
artist Ziraldo. At this time he studied painting in
some of the most prestigious American Univer-
sities (Yale University, University of Connecticut
and Simon Rock College, where he also conduc-
ted a workshop), and also in Cayenne (French Gu-
yana). He also took the chance and exhibited his
paintings in all these places.
LEGENDA DA IMAGEM: Flávio Roberto Tavares de Melo in front
of one of his paintings.
Available at http://flaviotavares.com.br/en/biography/.
Accessed on April 11, 2020.
Flávio Roberto Tavares de Melo in front of one of his paintings.
About Me
Raised in the beautiful Welsh countryside I developed my love of
photography shooting natural landscapes and wildlife around my
home at the age of 16. It was around that time that I began stu-
dying photography at college where my passion for the art really
grew and became a big part of my life. Since then I have moved to
Birmingham where I studied Visual Communication at university,
naturally I began shooting more urban environments and inclu-
ded more models in my work. I am still based in Birmingham but
travel all over for new locations and inspiration, taking my camera
with me wherever I go. Please don’t hesitate to send me an email
Available at https://samvere.myportfolio.com/
if you’d like me to do a shoot for you or if you’d just like to know
sv-photography-html-css-web-design.
Accessed on May 4, 2020. more about me and my work! LEGENDA DA IMAGEM: Sam Vere.
199
1 – Based on what you have just read, how can you define a(n) (auto)biography? Write the correct
combination of numbers-letters to complete the definitions. Some words may be written twice (2x).
I. biography (2x) II. autobiography (2x) III. Andrew Morton IV. Anne Frank
An A______________ is a history of a person’s life written or told by that person. A B _____________ is a
history of a person’s life written or told by someone else. A famous C _____________ is The Diary of Anne
Frank, by D _____________ . A famous E is Diana: Her true story, by F _____________ .
2 – (Auto)Biographies include personal facts and experiences. Read the texts and organize the
information about Sam Vere and Flávio Melo. Look at the examples.
a) Who started his art at an earlier age? How old was he?
d) Where did they have their first experience with their art?
e) What did Sam Vere do after he moved to Birmingham and studied Visual Communication?
200
4 – Look at some works below and decide who the authors are. Read the biographies again if necessary.
5 – Write the correct combination of numbers–letters to match each piece of work to its title.
201
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 5. Características lexicais e sintáticas dos tipos textuais.
HABILIDADE(S):
5.2. Reconhecer as características básicas da "injunção".
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Time expressions; Asking and answering information questions.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História da arte; Atualidades.
Hello, there! Nesta semana você praticará o Simple Past na forma afirmativa, negativa e interrogati-
va. Do your best!
BREVE APRESENTAÇÃO
Você precisará dos conceitos sobre o Simple Past, seus usos e sua estrutura, os quais estão apresenta-
dos na primeira atividade desta semana quando, de maneira interativa com os exercícios, você extrairá
as definições necessárias.
Lembre-se: para formar o passado de verbos regulares, acrescente -ed ao verbo, como em “she helped
me”; acrescente -d aos verbos terminados em -e, como em “they danced a lot”; aos verbos terminados
em consoante + y, como study, substitua o -y por -i e acrescente o -ed comum aos verbos regulares no
passado, como “we studied hard last week”. Já para o passado de verbos irregulares, não se acrescenta
o -ed, mas cada verbo assume uma forma distinta, como eat (presente) - ate (passado), go (presente) -
went (passado).
Referência das atividades, textos, conteúdos e imagens desta semana:
BRAGA, Junia; RACILAN, Marcos; GOMES, Ronaldo. New Alive High: ensino médio. São Paulo: Edições
SM, 2020. Unit 4: pp. 76-77.
ATIVIDADES
202
a) Which of these statements is the correct one?
The words in bold tell us that the actions, A … at a continuous period of time in the past.
states and events happened... B … at a specific time in the past.
C … in an undefined time at the past.
We use the Simple Past to talk about actions, states, and events that happened and finished at a
specific time in the past. Although the time is not necessarily mentioned, it can be imagined by the
speaker. When we want to mention the time, we use expressions such as “last week”, “yesterday”, “in
+ year”, among others.
b) Are the words in bold regular verbs or irregular verbs? How do you know?
c) Are the verbs in sentence III formed the same way as the ones in the other examples?
In the Simple Past, regular verbs always end in -ed, did, not, didn’t.
To make negatives, use did + not + base form of the verb. In oral language,
we usually use the contracted form didn’t.
Flávio Melo didn’t finish the course of Sociology.
d) Write the correct combination of numbers-letters and try to infer the rules:
I. showed/published II. studied III. Included
A. When the verb ends in consonant + -y, we rub out -y and add -ied.
B. When the verb ends in -e, we just add -d.
C. When the verb ends in a consonant sound, we add -ed.
203
2 – Now, analyze the sentences about Andy Warhol and put the words/phrases
in the adequate slot to show how to ask questions:
I. “Why did Warhol paint Campbell Soup?”
II. “Did Andy Warhol like tomato soup?”
Available at https://www.askthemonsters.com/the-15-most-popular-questions-about-art/.
Accessed on April 11, 2020.
Base form
Question Auxiliary
Subject of the main Object
word WH- Verb
verb
The question with the WH-word asks for content, while the other asks for
‘yes’ or ‘no’.
3 – The following answers are related to the texts in “Semana 2”. Write questions to the sentences using
the words in parentheses.
4 – Pieces of art can cost a lot of money. The more famous a piece of art is, the more money it costs.
As other valuable things, pieces of art are stolen more and more. Read the text “How could someone
steal a painting from a museum?”, by Julia Layton, about the disappearance of Leonardo da Vinci’s
Mona Lisa and replace the letters with the appropriate form of the verbs in the boxes.
204
Assume – Call – Disappear
When Leonardo da Vinci’s Mona Lisa A _____________ from the Louvre museum in Paris in 1911,
the world was shocked. The theft went undetected for days. Museum staff saw the empty sp ace
on the wall and B ____________ the painting had been moved to the Louvre’s restoration center for
upkeep. But by the second day, the Louvre C _____________ the police.
End – Remove – Use – Walk
The theft of the Mona Lisa by museum worker Vincenzo Perugia was
brilliant in its simplicity. It’s unclear what type of security the museum
D_____________ at the time, but some facts are known for sure. After Pe-
rugia’s shift E _____________on Sunday, he hid in a room. When everyone
had gone home, he left his hiding place, took the Mona Lisa off the wall,
F _____________ it from its frame, stuck the priceless work under his shirt
and G _____________ out into the night. […]
Adapted from Layton, Julia. How could someone steal a painting from a museum? http://people.
howstuffworks.com/steal-painting-from-museum.htm. Accessed on May 2, 2020. Mona Lisa,c. 1503-1506 (oil
on panel)
5 – Find some expressions that can be used to refer to past time in the text. Then, write them below.
205
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 5. Características lexicais e sintáticas dos tipos textuais.
HABILIDADE(S):
5.3. Reconhecer as características básicas da "descrição".
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Talking about routines and habits; Giving Personal Information.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História da Arte; Literatura Brasileira.
TEMA: PREPOSITIONS
Hello, there! Nesta semana, você irá identificar como as preposições ocorrem em contexto. Study hard!
BREVE APRESENTAÇÃO
O conteúdo explicativo sobre preposições é apresentado junto aos exercícios. Boas descobertas!
ATIVIDADES
1 – Read the statements below and pay special attention to the words in bold.
I. “Flávio […] Melo was born […] on February 15, 1950.”
II. “Tavares […] withdrew [the course of Sociology] in the third year to be a full-time artist.”
III. “[…] in 1976, he published his album of drawings.”
IV. “Hermano José, who, at that time, already enjoyed a high reputation as an artist […].”
V. “At this time he studied painting in some of the most prestigious American Universities […].”
VI. “I developed my love of photography […] at the age of 16.”
We use the preposition of time on for complete dates or days of the week; we use in to talk about
periods of time like a month or a year; and we use at to refer to a specific point in time.
206
2 – Whose bio is it? Replace the letters with the preposition in, on or at to complete these short
biographies.
I Artist, painter, born A________ 1853 in Zundert, Netherlands. His famous works include Starry
Night, The Bedroom, Irises, Sunflowers. B________ a young age, he was melancholy – he shared the
name and birthdate with his dead brother. He died C________ July 29, 1890. (Post-Impressionism)
II Artist, inventor, scientist born D________ April 15, 1452, in Vinci, Italy. E________ the age of 20, he
was already recognized as a master artist. He died F________ 1519 in Amboise, Kingdom of France.
His famous works were Mona Lisa, The Last Supper, The Vitruvian Man. (High Renaissance)
III Poet, journalist, born G________ Oct. 31, 1902, Itabira, Brazil – died H ________ Aug. 17, 1987. The
first of his numerous collections of poetry, Alguma poesia (Some Poetry), written I________ 1930,
demonstrates both his affinity with the Modernist movement and his own strong poetic personality.
(Modernism)
207
5 – Read the excerpts on the Modern Art Week and replace the numbers with a preposition (in, on or at),
and the capital letters with the appropriate Past Simple form of the verbs in parentheses.
Modern Art Week, a cultural festival held I São Paulo’s Teatro Municipal II 13, 15, and 17 February 1922.
The young women and men who A (produce) and B (participate) III this three-day series of concerts,
readings, lectures, dances, and exhibitions of art were self-consciously declaring their cultural inde-
pendence from traditional forms and styles, and announcing the arrival of Brazilian modernism.
Available at https://www.encyclopedia.com/humanities/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/modern-art-week.
Accessed on August 19, 2020.
Modern Art Week was intended to announce the São Paulo avant-garde’s break with earlier art.
The exhibition of art C (include) works by the sculptor Victor Brecheret, who D (return) to Brazil from
Rome IV 1919, paintings by Anita Malfatti, completed during her time V Berlin and New York, and Di
Cavalcanti, along with numerous other painters, sculptors, and architects. One of the other painters
who would play a significant role VI the development of Brazilian modernism was Tarsila do Amaral.
The Semana was conceived as a reaction against the official academic art and literature. […] VII the
time of the Semana, São Paulo was one of the fastest growing cities VIII Brazil.
Available at https://www.khanacademy.org/humanities/art-1010/latin-america-modernism/brazilian-modernism/a/the-origins-of-
modern-art-inso-paulo-an-introduction. Accessed on August 19, 2020.
The group that took part IX the Week, contrary to their initial intentions, E (remain - negative) a uni-
fied movement. A number of separate groups split off, and the original core members had separated
by 1929.
Available at https://en.wikipedia.org/wiki/Modern_Art_Week. Accessed on August 19, 2020.
Oswald de Andrade and the Anthropophagics [cannibals] F (believe) that they should subsume in-
fluences from abroad but turn them into a uniquely Brazilian art form. […] X opposition to the An-
thropophagics were the Nationalists, who G (reject) international influences. Many of the Nationalist
modernists were actively engaged XI politics. The leader of the school, the writer Plínio Salgado, went
on to become a political figure and lead a failed coup against President Getúlio Vargas.
Available at https://library.brown.edu/create/fivecenturiesofchange/chapters/chapter-5/modern-art-week-and-the-rise-of-
brazilian-modernism/. Accessed on August 19, 2020.
208
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 5. Características lexicais e sintáticas dos tipos textuais.
HABILIDADE(S):
5.4. Reconhecer as características básicas da "narração".
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Giving advice; Modal Verbs.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Segurança cibernética.
Hello, there! Você sabe como manter sua segurança e privacidade online? Nesta semana, você co-
nhecerá algumas dicas sobre isso. All the best in your studies!
BREVE APRESENTAÇÃO
Você verá como dar dicas e sugestões com o uso do Imperativo. Por meio do texto, você se recordará de
como usá-lo e colocá-lo em prática no último exercício.
ATIVIDADES
1 – Do you know how to protect yourself against potential online danger? What do you do?
209
Read the article below and find out how safely you are browsing the Web.
2 – Circle the options which refer to the functions of the tips in the text.
a) advice.
b) orders.
c) suggestions.
d) instructions.
e) recommendations.
f) warnings.
3 – Find in the text a word for each definition below and write them.
210
4 – Which tip summarizes each one of the paragraphs in the text? Write the answer.
5 – Read the following problems. What advice would you give to these students?
a) My friend and I said some bad things about another girl on Twitter and she found out. We didn’t
mean for her to see it – were we wrong? [...]
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
b) Some girls are sending me mean texts and Facebook messages. I don’t respond, but it’s starting to
hurt. What do I do? [...]
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
c) My gf constantly wants to go through my phone and when I tell her no she thinks I’m hiding some-
thing. She has the passwords to both my Facebook and Myspace and goes through them everyday. If I
change them she says I’m hiding something and makes me give her the new ones or threatens to leave
and says she doesn’t trust me if she doesn’t have them. What should I do? [...]
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Available at http://www.athinline.org/q-and-a/20-some-girls-are-sending-me-mean-texts-and-facebook-messages-i-don-t-
respondbut-it-s-starting-to-hurt-what-do-i-do. Accessed on April 9, 2020.
211
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 7. Inferências na compreensão do texto escrito de gêneros
textuais diferentes.
HABILIDADE(S):
7.1 Inferir o significado de palavras e expressões desconhecidas com base na temática do texto, no uso do
contexto e no conhecimento adquirido de regras gramaticais e de aspectos lexicais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Imperative form.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Ética nas redes ou Netiquette.
Hello, there! Nessa semana, você revisará de dois tempos verbais e irá se aprofundar no uso do Pre-
sent Continuous. Study hard!
BREVE APRESENTAÇÃO
O Present Continuous será apresentado a seguir com caixa explicativa e em contexto.
ATIVIDADES
212
2 – Read the following sentences and answer the questions.
f) What online resources are students using this week to learn English?
213
4 – Look at the image below and answer the following questions.
a) Which social media are represented in the picture?
Despedida: Chegamos ao final de mais um ciclo. Que você tenha todo foco e estratégia para tirar o me-
lhor de si mesmo sempre! Hugs.
214
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Dança.
TEMA/TÓPICO:
Percepção, Análise e Expressão Gestual/Corporal.
HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre dança, sua contextualização, pensamento artístico e identidade cultural mineira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Dança.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Educação física.
215
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer e analisar as produções de danças contemporâ-
neas feitas no território mineiro.
APRESENTAÇÃO:
Segundo o pensador Rudolf Laban, os movimentos corporais são resultados de vários elementos que
fazem parte da construção da vida de quem dança. Existem impulsos internos que, ao serem liberados
através da dança, mostram vivências particulares de cada indivíduo. Sendo assim, a cultura passada de
geração a geração, a forma de ocupação do espaço, o peso, a fluência na dança e o tempo são elemen-
tos que caracterizam cada estilo de dança de cada pessoa ou lugar.
A Arte mineira é muito rica, levando em consideração que a história de Minas Gerais indica a fusão
cultural de vários povos que por aqui passaram, deixando suas marcas. A dança no território mineiro
também foi construída a partir da mistura das práticas dos povos nativos da região e de outras práticas
oriundas dos colonizadores. Vamos analisar, a seguir, algumas dessas danças.
O bailarino e coreógrafo gaúcho Carlos Leite chegou a Minas Gerais em 1948 trazendo a manifestação
da dança clássica, que já existia em Minas, para a capital Belo Horizonte. Ele fundou a primeira escola
de formação em dança clássica na cidade.
Jongo ou Caxambu
É uma dança trazida pelos africanos e que se desenvolveu em Minas Gerais. Segundo os jongueiros, o
Jongo é o avô do Samba.
Mineiro Pau
Esse estilo surgiu na região do Cariri, na época do cangaço. O Mineiro pau é uma dança masculina, na
qual os participantes usam chapéus e roupas azuis.
Caiapó
A dança Caiapó é de origem indígena e suas manifestações estão ligadas ao território do sul de mi-
nas. Apesar de ser uma manifestação de origem indígena, esse estilo obteve uma forte influência dos
portugueses.
Dança do pau de fitas
É um estilo de origem dos países ibéricos (Espanha e Portugal), mas que se instalou no território mi-
neiro. Com roupas estilo festa junina, os participantes se movimentam em ziguezague em volta de um
mastro com fitas longas e coloridas.
Catira
É uma dança do folclore brasileiro que era praticada pelos bandeirantes a caminho das cidades pelas
quais eles passavam. Organizada por duas fileiras opostas, cada uma das fileiras possui um violeiro na
ponta. Os dançarinos vão organizando a dança entre bater os pés, as mãos e dando pulos.
216
ATIVIDADES
1 – De acordo com o texto e a imagem acima, qual estilo de dança tal imagem representa? Justifique
sua resposta.
2 – Você considera que as contribuições dos povos africanos e dos povos indígenas possuem valores
importantes para os estilos de dança mineira que conhecemos hoje?
a) As danças contemporâneas, mineiras, nada têm a ver com as danças que os povos nativos fa-
ziam, pois, a cada época, valores são extinguidos da história e novos valores são postos no lugar.
b) Ter consciência do seu próprio corpo pode ajudar muito na prática de dança, seja ela qual for.
c) Os movimentos criados por um dançarino, nada têm a ver com suas vivências criadas ao longo
do tempo e sim com sua capacidade técnica de aprender um passo novo.
d) Segundo o pensador Rudolf Laban, os movimentos corporais, somente, são resultados de vá-
rios elementos que fazem parte da construção da vida de quem dança.
217
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e expressão em Dança.
TEMA/TÓPICO:
Tema 20: Percepção, Análise e Expressão Gestual/Corporal.
HABILIDADE(S):
Identificar a relação entre espaço, tempo, ritmo e movimento nas danças contemporâneas locais e regionais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Elementos formais da dança.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Educação física.
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre a dança e os movimentos corpo-
rais, vai poder analisar também a importância do domínio do corpo dentro de um determinado espaço
de tempo e espaço geográfico.
APRESENTAÇÃO:
Quem dança, conhece mais os limites do seu corpo, desafia a lei da gravidade, melhora sua saúde men-
tal, sabe se defender de ações externas e compreende o papel social que seu corpo exerce. A dança
é uma expressão que utiliza do corpo para estreitar os laços entre o mundo e as pessoas, ela também
indica cooperação entre indivíduos diferentes e, às vezes, ressalta a individualidade do (a) praticante.
Para entendermos melhor os desenhos que o corpo faz em uma dança, é necessário analisar alguns
elementos que a compõem.
218
Elementos formais da dança
Movimento corporal:
Análise feita a partir de movimentos corporais em um determinado tempo e espaço. O movimento cor-
poral vai caracterizar o estilo de dança que é executado.
Percepção do tempo:
Indica a velocidade do movimento do corpo, frequência dos movimentos e os contrastes (rápido, médio,
lento). Além dessas características do tempo, entende-se a atenção ao tempo presente como funda-
mental para o estudo da dança. O corpo precisa estar aberto às mudanças decorrentes no tempo em
diferentes momentos.
Exploração do espaço:
Interno e externo, público e privado, popular e erudito, relacionando o entendimento de corpo o meio
onde está inserido. Dentro do espaço, estudamos as direções (cima, baixo, lado, frente, trás e diago-
nais), dimensões (pequeno, médio e grande), níveis (baixo, médio e alto), extensões (perto, médio e
longe). As conexões que se estabelecem com o ambiente podem ser vistas como relação de comparti-
lhamento e troca.
Disponível em: <http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=261>.
Acesso em: 13 maio 2021. (Adaptado)
ATIVIDADES
1 – Segundo o texto, os movimentos corporais caracterizam os estilos de dança. Muitos povos são
reconhecidos e representados pelos movimentos característicos, a exemplo disso é a dança africana
que mescla vários movimentos capazes de representar seu povo.
Sendo assim, você conhece algum movimento, ou algum tipo de dança, que se relaciona com sua cultu-
ra, suas origens? Justifique sua resposta.
219
2 – Considere as afirmativas abaixo e responda o que se segue:
I- A adaptação ao espaço e ao tempo é algo a ser estudado pelos dançarinos e dançarinas para que sua
performance seja ainda melhor a cada dia.
II- A prática da dança pode proporcionar conhecimento sobre o próprio corpo, além de melhorar a saú-
de mental.
III- Conhecer os elementos formais da dança é um caminho essencial para saber mais sobre a leitura do
gênero.
3 – Para você, qual é a importância do deslocamento da dança do espaço privado para as ruas?
220
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.
TEMA/TÓPICO:
Os sons em fontes sonoras diversas e contextualização da música na história da humanidade.
HABILIDADE(S):
Ser capaz de perceber e/ou executar encadeamentos harmônicos para acompanhamento de melodias.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.
APRESENTAÇÃO:
O Som é uma onda mecânica, isso significa que as ondas sonoras precisam de um meio para se propa-
gar e que se propagam por meio das vibrações de suas moléculas. Suas propriedades são bem particu-
lares, podemos agora conhecer algumas delas:
Frequência:
Quantas vezes um determinado evento acontece em um determinado tempo? Por Exemplo, quantas ve-
zes você pega no aparelho celular por dia? Pegar no celular é o evento, o dia é o tempo em que o evento
acontece. Chamamos isso de frequência.
Foi o físico Heinrich Hertz (1857-1894) que desenvolveu uma maneira de medir as vibrações produzidas
pelas fontes sonoras, em comparação à determinada quantidade de tempo.
221
A frequência vai nos indicar se o som é mais grave ou agudo. Sons agudos possuem frequências maio-
res e sons graves possuem frequência menores. A voz feminina (som agudo) costuma possuir frequên-
cia menor que a voz masculina (som grave).
Volume ou intensidade:
A intensidade sonora está associada àquilo que nós comumente chamamos de volume. A diferença
entre um som intenso - ou forte - e um som fraco vem da amplitude de vibração da onda. Por exemplo:
É errado dizer que um som está com o volume ALTO ou BAIXO, pois a altura não está ligada à intensidade
e sim à frequência de GRAVE e AGUDO. O correto seria dizer que o som está com o volume com muita
ou pouca intensidade.
Timbre:
O timbre de um som se caracteriza pela qualidade ou colocação do mesmo. O timbre mostra a forma
física (o desenho) de cada onda, ele nos permite distinguir sons de mesma frequência. Podemos ter
dois instrumentos musicais que emitem a mesma frequência de som, mas que possuem qualidades
diferentes. Para ficar mais fácil o entendimento, podemos associar a qualidade com o que gostamos ou
não gostamos (estética).
Duração:
Está relacionado com o som curto ou longo e mostra a duração da vibração do objeto que produziu a
onda sonora.
222
PARA SABER MAIS:
Leia o texto Um carrossel de parâmetros. Disponível em: <https://www.homestudio.com.br/single-
-post/2013/02/08/um-carrossel-de-par%C3%A2metros>. Acesso em 13 maio 2021.
ATIVIDADES
a) F, F, F.
b) F, V, V.
c) F, F, V.
d) V, V, F.
2 – Duas ondas sonoras possuem o mesmo tempo de propagação, entretanto a onda X possui mais
vibrações (ziguezagues) que a onda Y. Qual onda tem maior frequência? Justifique sua resposta.
223
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Artes Visuais.
TEMA/TÓPICO:
Os sons em fontes sonoras diversas e contextualização da música na história da humanidade.
HABILIDADE(S):
Ser capaz de perceber e/ou executar encadeamentos harmônicos para acompanhamento de melodias.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.
APRESENTAÇÃO:
“Todo som vem de uma fonte sonora, que pode ser um instrumento musical, a voz de uma pessoa, as
máquinas, os fenômenos da natureza e até o simples toque de um objeto em outro. O som é produzido
a partir das vibrações provenientes das fontes sonoras e chegam ao cérebro humano por meio da ore-
lha. Além disso, o som que, junto ao silêncio, forma a ‘matéria prima’ da música precisa do espaço para
se propagar desde sua fonte geradora até as orelhas de quem ouve”. (Arte de perto- Vol. Único. Pág. 25)
Ilustração da propagação do som. Disponível em: <http://www.fq.pt/som/propagacao-do-som>. Acesso em: 14 mai. 2021.
224
Ainda na pré-história, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na obser-
vação dos fenômenos da natureza. Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação
entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou
as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exemplo, os
sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros. Além disso, o barulho de obje-
tos se atritando e os instrumentos musicais são exemplos que podemos considerar como fonte sonora.
Vamos usar como exemplo o braço de um violão. De baixo para cima, a primeira corda recebe o nome de
MI (E) e a sexta corda também recebe o nome de MI (E). Isso acontece pelo fato das duas cordas possuí-
rem a mesma frequência, apesar de terem espessuras diferentes.
Na construção de uma música, seja ela de qualquer estilo, muitos instrumentos podem ser usados. Ti-
pos de fontes sonoras diferentes terão “papéis” diferentes em uma música.
Vejamos:
Percussão: produz som através do impacto. Uma das principais características é dar ritmo à canção.
Exemplos: Bateria, Tantã, Bongo, Tumba, Caixa, Agogô, Chocalho Cuíca, etc.
Sopro: são instrumentos melódicos que produzem som através de uma coluna de ar. Exemplos: Sax,
Trompete, Trombone, Flauta, Apito, etc.
Cordas: são instrumentos harmônicos e melódicos cuja fonte primária de som é a vibração de cordas
tensionadas. Exemplos: Guitarra, Violão, Violoncelo, Contrabaixo, Violino, Cavaquinho, Banjo, etc.
Teclas: são instrumentos harmônicos e melódicos que se utilizam de teclas para emissão de sons.
Exemplos: Piano, Teclado, Sanfona, Acordeão (ou Acordeon), Cravo, Órgão, etc.
ATIVIDADES
1 – Na afinação padrão, a 1ª corda do violão (corda mais fina) possui a frequência da nota MI, a 6ª corda
(corda mais grossa) também possui a frequência MI. Levando em consideração que a 1ª corda é mais
fina e mais leve, qual é a corda que emitirá um som mais baixo? Justifique sua resposta.
2 – A história da música nos conta que a necessidade de comunicação foi, também, um fator importante
para que as pessoas continuassem a pesquisar sobre o som. Marque a alternativa errada.
a) A observação das fontes sonoras vindas da natureza foi importante para o desenvolvimento
da música.
b) Não podemos fazer música com sons da natureza, somente com sons oriundos de instrumen-
tos musicais.
c) A música sempre esteve presente na formação cultural e social das várias gerações.
d) Também é possível criar músicas usando objetos prontos encontrados na natureza, como por
exemplo pedras, madeiras, etc.
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.
TEMA/TÓPICO:
Os sons em fontes sonoras diversas e contextualização da música na história da humanidade.
HABILIDADE(S):
Conhecer e argumentar sobre várias produções musicais com senso crítico e fundamentado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
Caro (a) estudante, nesta semana você vai identificar e contextualizar as produções contemporâneas
em música.
APRESENTAÇÃO:
Qual é o papel da música nos dias atuais? E em épocas passadas, como as pessoas usavam a música
para se manifestar?
Ao longo da história, a música mostra-se presente e influente nas sociedades. Tão antiga quanto o ho-
mem, a Música Primitiva era usada para exteriorização de alegria, prazer, amor, dor, religiosidade e os
anseios da alma.
A análise de tais perguntas nos instiga a conhecer mais sobre a relação da música com o Homem. Por
exemplo, na antiguidade clássica, a música era usada também em manobras militares (para fazer fren-
te a guerras) ou nos grandes eventos festivos, nos quais apareciam múltiplos instrumentos como a
Cítara. Já no período medieval, as produções musicais mediavam o homem e a religião. No período
renascentista, a música profana (não religiosa) ganha forças e, os pensadores da época, começam a
usar a música para difundir suas ideias e resultados de pesquisas. Posteriormente, a música iluminista
veio trazendo melodias mais claras e simples na tentativa de atingir uma parte da população interes-
sada pela cultura. No final do século XIX e ao longo do XX, vários estilos musicais são desenvolvidos
226
no mundo todo possibilitando o conhecimento de muitas culturas e lugares. A música castelhana,
o reggae, o blues, o jazz, o rap, o funk, o rock, a bossa nova, o gospel, o sertanejo, a música latina, entre
outros, são exemplos de linguagens musicais que difundiram ideologias pelo mundo e fizeram com que
as culturas de muitos povos fossem conhecidas.
Nesse contexto, torna-se muito importante o conhecimento e o respeito por outras estéticas musicais.
Cada povo se manifesta conforme suas crenças e, conforme, o que recebeu de seus antepassados.
ATIVIDADES
a) A diversidade na música não é algo perceptível, pois a base estrutural de toda composição é
a mesma.
b) A estética musical é representada pela harmonia dos sons produzidos em cada cultura.
c) A produção musical, em todas as épocas, não estava ligada aos movimentos culturais do mo-
mento no qual ela estava inserida.
d) Alguns movimentos como o blues, o samba, a bossa nova, o rap, entre outros, fizeram surgir
uma elite cultural disposta a bancar financeiramente o crescimento destes gêneros.
2 – Para você, como a música pode mudar a maneira de pensar das pessoas na atualidade?
3 – Discorra a respeito do estilo que você mais costuma ouvir. Por que você ouve mais esse estilo? Em que
ele te representa?
227
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Música.
TEMA/TÓPICO:
Os sons em fontes sonoras diversas e contextualização da música na história da humanidade.
HABILIDADE(S):
Estudo das modalidades e funções da música de diferentes épocas e culturas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia.
APRESENTAÇÃO:
Em todo momento, ouvimos diversos sons, sentimos várias vibrações e percebemos muitas frequên-
cias que nos causam sensações físicas e emocionais. Isso quer dizer que a música nos atrai transfor-
mando nossa maneira de pensar e agir. Ela tem a capacidade de nos fazer lembrar do passado, de nos
fazer alegres ou tristes, de levantar nosso astral e de nos “levar” a ambientes abstratos. Além disso,
essa manifestação artística está presente por onde andamos, seja em casa, nas ruas, em um consul-
tório médico ou em uma grande festa, nos deparamos com os vários tipos de sons. Você já parou para
pensar que a música está mais presente em nosso dia a dia do que imaginamos? Ouvimos tantos ritmos
espalhados pelo mundo que carregam histórias e costumes, os quais são, muitas vezes, desconhecidos
por nós.
Existem estudos que mostram o quanto a música altera nosso estado de espírito. O corpo reage às vi-
brações dos sons e são despertadas emoções que interferem no funcionamento de nosso organismo.
Sons adequadamente selecionados levam pessoas ao equilíbrio orgânico, mental e a ajustes de com-
portamento. Músicas em tom menor e ritmos lentos diminuem a capacidade de trabalho muscular.
Acordes ininterruptos baixam a pressão sanguínea e acordes secos e repetidos elevam-na. Ritmos irre-
gulares do jazz e rock causam a perda do ritmo normal de batidas cardíacas. O rock eleva a pressão do
sangue e, como as pulsações cardíacas afetam o estado emocional, esse estilo pode provocar tensão.
A música suave e os sons harmoniosos são os mais indicados e podem se tornar relaxantes, sedativos
ou estimulantes, dependendo do ritmo musical.
Quando o ritmo acompanha a pulsação cardíaca normal de 65 a 80 batimentos por minuto, provoca uma
harmonização orgânica e o ouvinte tende a acalmar-se e a relaxar. Se um ritmo musical é mais lento do
que os batimentos cardíacos, ocorre certa ansiedade e inquietação, um desejo de acelerar o movimen-
to da música, enquanto que, os ritmos excessivamente rápidos provocam excitação, porque aceleram
as batidas do coração.
Assim, podemos perceber o quanto a música é fundamental e como ela está presente em nossas vidas.
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Atualmente, a Musicoterapia e a Biodança são trabalhos terapêuticos que utilizam a música como re-
curso facilitador na expressão e elaboração das emoções. Uma “dieta sonora” pode ser praticada tanto
por pessoas com problemas de origem física e emocional, quanto por pessoas que não apresentam
nenhum sintoma patológico. Afinal, todos estamos sujeitos ao stress provocado pelo simples fato de
vivermos em sociedade!
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28394>. Acesso em: 15 maio 2021. (adaptado)
ATIVIDADES
2 – Você conhece algum tipo de música que mexe com suas sensações? Se sim, fale mais sobre o que
acontece.
Queridos (as) estudantes. Finalizamos o PET número 3 do ano de 2021, espero que tenham gostado
dos assuntos tratados e aprendido um pouco mais sobre a arte em nossas vidas. Desejo muita força
para continuarmos e paz em tudo que formos fazer. Não se esqueçam de se cuidarem e de cuidarem
das pessoas! Grande abraço!
229
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Handebol – Aprimoramento técnico-tático e regras.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Passe, lançamento, drible, finta e regras.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
TEMA: Handebol
Prezado (a) estudante! É com muita alegria que damos continuidade aos nossos estudos. Nesta primei-
ra semana do PET III, abordaremos o Handebol, um esporte muito popular e que cresce muito em nosso
país, sendo o segundo esporte mais praticado nas escolas brasileiras. Bons estudos!
ORIGEM DO HANDEBOL
O Handebol foi criado pelo professor alemão Karl Schelenz, no ano de 1919. O objetivo principal era pro-
mover uma variação do Futebol jogado com as mãos. Inicialmente, as partidas eram disputadas por equi-
pes de 11 jogadores em campos de grama com dimensões semelhantes às do futebol. A primeira partida
entre nações aconteceu em 1925, entre Alemanha e Áustria. O placar foi 6 a 3 para os austríacos. O espor-
te foi incluído nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, e teve a medalha de ouro disputada entre seis nações.
Alemanha e Áustria fizeram a final. Dessa vez, os alemães levaram a melhor, com vitória de 10 a 6.
Em 1966 o handebol passou por grandes adaptações, as regras e a modalidade de campo de gramado foi
descontinuada, restringindo-se a prática às quadras de salão. Descontinuado nos Jogos Olímpicos de 1948,
o handebol retornou às olimpíadas de 1976 em Montreal, no Canadá, dessa vez com a versão de quadra.
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O esporte chegou ao sul do Brasil depois da I Guerra Mundial, durante a imigração alemã, mas foi em
São Paulo que o handebol se desenvolveu, com a criação da Federação Paulista de Handebol em 1940.
Com o passar dos anos, o handebol se tornou um dos esportes mais praticados nas escolas Brasileiras,
perdendo apenas para o Futsal. Isso elevou o patamar do Handebol Brasileiro, fazendo do nosso país
uma potência sul-americana e que já briga de igual para igual com as grandes seleções europeias. Em
2013, a seleção brasileira feminina de Handebol se sagrou campeã da copa do mundo de Handebol ao
derrotar a Sérvia por 22 x 20 na final.
O JOGO DE HANDEBOL
As partidas de Handebol são disputadas entre duas equipes com 7 jogadores cada, sendo 6 jogadores
de linha mais um goleiro. Os jogos têm duração total de 2 tempos de 30 minutos corridos e acontecem
numa quadra de 40m x 20m. A quadra é dividida ao meio por uma linha e tem duas áreas do gol com 6m
de raio e duas áreas tracejadas com 9m de raio em cada uma das extremidades. As traves do Handebol
têm 3m de largura x 2m de altura.
Dimensões da quadra e do campo (modalidade descontinuada) de Handebol com as medidas oficiais. Disponível em: <https://
pt.wikipedia.org/wiki/Andebol#/ media/Ficheiro:Outdoor_Handball_Field_Dimensions.svg> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/Andebol#/
media/Ficheiro:Quadra-hand.png>. Acesso em: 11 mai. 2021.
INFRAÇÕES ÀS REGRAS
O Handebol possui algumas proibições abaixo relacionadas:
• “Duplar”: quicar, segurar e voltar a quicar a bola.
• Tocar a bola com os pés (exceto o goleiro em uma defesa).
• Dar mais que três passos segurando a bola.
• Invadir a área do gol: exceto o goleiro em sua respectiva área do gol.
• Cometer uma falta: bater, segurar, agarrar ou obstruir o adversário.
231
FUNDAMENTOS DO HANDEBOL
Para jogar Handebol é necessário dominar os seguintes fundamentos técnicos (movimentos) básicos:
• Driblar –Deslocar pela quadra quicando a bola.
• Finta – Passar pelo adversário com a posse de bola.
• Passe – Passar a bola para um de seus companheiros de equipe.
• Recepção – Agarrar e dominar a bola passada por um companheiro de equipe.
• Lançamento – Arremessar a bola na direção da baliza a fim de marcar gol.
Exemplos de lançamento e passe durante um jogo de Handebol: Disponível em: <https://www.piqsels.com/pt/public-domain-photo-
fwtfq> e <https://search. creativecommons.org/photos/04724707-7110-41b4-8b24-647396e093a5>. Acesso em: 12 mai. 2021.
PRINCÍPIOS TÁTICOS
O handebol é um esporte relativamente fácil de fazer gol, quando o jogador de linha se encontra cara
a cara com o goleiro, uma vez que este jogador pode saltar em direção a área do gol, chegando mais
próximo da meta, desde que arremesse a bola antes de pisar no chão. Assim, faz-se necessário que
todos os jogadores defendam e ajudem a proteger a meta conforme os esquemas de defesa apresen-
tados abaixo.
No sistema 6x0 os jogadores fazem uma barreira ao redor da área para impedir a infiltração do adversá-
rio, no entanto este sistema é vulnerável a adversários que tenham jogadores altos e que arremessam
bem por cima da barreira. Para neutralizar este jogador que arremessa bem é necessário usar o sistema
5x1, ou seja, cinco jogadores continuam na barreira próxima à área e um jogador avança para impedir
o arremesso por cima da defesa. A desvantagem deste sistema é o maior espaço entre os jogadores
recuados que pode causar infiltração. O sistema 4x2 é usado quando há dois jogadores bons em arre-
messos por cima da defesa. Sua desvantagem para infiltração é maior ainda.
Adaptado de RESUMO ESCOLAR. Disponível em: <https https://www.resumoescolar.com.br/educacao-fisica/regras-do-handebol/>.
Acesso em: 15 mai. 2021.
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PARA SABER MAIS:
Clique no link para rever os melhores momentos da emocionante partida entre Brasil x Sérvia que deu
ao Brasil o título da copa de mundo de Handebol feminino de 2013 e descubra o quanto nosso Handebol
é gigante, porém pouco divulgado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3yaA0EYyrzo>.
Acesso em: 15 maio 2021.
Aproveite para revisar todo conteúdo no link a seguir: Disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=fuewBv7CAo0>. Acesso em: 15 maio 2021.
ATIVIDADES
1 – Em qual país surgiu o handebol? Qual era o objetivo do jogo? Descreva como o mesmo era jogado e
quais as diferenças e semelhanças com o Handebol atual.
2 – Analise as afirmativas acerca do Handebol e assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para falsas.
( ) Cada equipe de handebol é composta por 7 jogadores de linha mais um goleiro.
( ) O tempo de duração de cada partida é de 2 tempos de 30 minutos.
( ) É quicar, segurar e voltar a quicar a bola no jogo de Handebol.
( ) Comete falta o jogador que agarrar, puxar, segurar ou obstruir um adversário.
( ) Drible, finta, passe e chute são exemplos de fundamentos necessários para praticar Handebol.
3 – (ENEM 2016) É possível considerar as modalidades esportivas coletivas dentro de uma mesma
lógica, pois possuem uma estrutura comum: seis princípios operacionais divididos em dois grupos,
o ataque e a defesa. Os três princípios operacionais de ataque são: conservação individual e coletiva da
bola, progressão da equipe com a posse da bola em direção ao alvo adversário e finalização da jogada,
visando a obtenção de pontos. Os três princípios operacionais da defesa são: recuperação da bola,
impedimento do avanço da equipe contrária com a posse da bola e proteção do alvo para impedir a
finalização da equipe adversária.
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude
Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, out. 2002 (adaptado)
a) recuperação da bola.
b) progressão da equipe.
c) finalização da jogada.
d) proteção do próprio alvo.
e) impedimento do avanço adversário.
233
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Voleibol – Aprimoramento técnico-tático e regras.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Regras, toque, cortada, manchete e demais fundamentos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
TEMA: Voleibol
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos o Voleibol, um esporte muito praticado nas escolas
brasileiras e que se tornou ainda mais popular após as conquistas das diversas medalhas olímpicas das
seleções masculina e feminina. Bons estudos!
ORIGEM DO VOLEIBOL
O voleibol surgiu nos Estados Unidos em 1895 e foi criado pelo professor de Educação Física William
George Morgan. Na época, a ideia inicial de Morgan era criar um esporte que tivesse pouco impacto e
contato físico entre os adversários, com o intuito de evitar lesões. No início, o Voleibol não tinha caráter
competitivo. O objetivo era apenas rebater a bola por cima da rede sem deixá-la cair no chão. Com o
passar do tempo, os jogadores perceberam o potencial do jogo como esporte de competição seme-
lhante ao Tênis, com o objetivo de pontuar fazendo com que a bola caísse na quadra do adversário e
evitando que a mesma caísse do seu lado da quadra.
O Vôlei chegou ao Brasil por volta do ano de 1915, mas somente na década de 1980 é que se tornou um
esporte popular, visto e praticado em nosso país. A “geração de prata” que é como ficou conhecida a
seleção brasileira medalhista de prata nas olimpíadas de Los Angeles 1984 foi a grande responsável
por tal feito. De lá para cá, as seleções masculina e feminina de Vôlei conquistaram diversas medalhas
olímpicas, com destaque para os três ouros da seleção masculina em 1992, 2004 e 2016 e os dois ouros
da seleção feminina em 2008 e 2012.
O JOGO DE VOLEIBOL
As partidas de Vôlei são disputadas entre duas equipes com 6 jogadores cada. A quadra tem 18m de
comprimento por 9m de largura e é dividida ao meio por uma rede que mede 2,24m para jogos femini-
nos e 2,43m para jogos masculinos. Cada lado da quadra é dividido em zona de defesa e zona de ataque.
A zona de ataque se localiza na área entre a linha de 3m e a rede, já a zona de defesa se localiza entre
a linha de 3m e a linha de fundo da quadra. As partidas de vôlei são divididas em sets e para vencer um
jogo é necessário vencer 3 sets. Cada set tem duração de 25 pontos, exceto o 5º set também conhecido
como tie break ou set desempate, que quando necessário, tem duração de 15 pontos. Para vencer um
set normal ou o tie break, é necessário ter no mínimo 2 pontos de vantagem sobre o adversário, ou seja,
caso o jogo esteja 24 x 24 e um time fizer 25 x 24 o set ainda não acabou. Nesse caso dizemos que o set
“vai a dois”, ou seja, o jogo continuará até que uma equipe abra 2 pontos de vantagem sobre a outra.
234
Dimensões de uma quadra de vôlei oficial junto com o modelo de rede usado em jogos oficiais.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Voleibol#/media/Ficheiro:VolleyballCourt.png> e <https://pxhere.com/pt/
photo/627525>. Acesso em: 13 mai. 2021.
INFRAÇÕES ÀS REGRAS
Há três maneiras de marcar ponto no Voleibol: Quando a bola cai dentro da quadra do adversário, quan-
do o adversário joga a bola para fora da sua quadra, ou quando o adversário comete uma das infrações
listadas abaixo:
• Dois toques consecutivos do mesmo jogador (exceto bloqueio).
• Quatro toques consecutivos da mesma equipe (exceto bloqueio).
• Pisar na linha ao sacar ou demorar mais que 8 segundos para sacar após a autorização do árbitro.
• Conduzir ou “carregar” a bola (contato muito longo).
• Tocar a rede com a bola em jogo.
• Bola tocar a antena da rede ou passar por fora desta.
• Erro de rodízio.
RODÍZIO DE POSIÇÕES
A regra do rodízio de posições diz que uma equipe deve sempre rodar em
sentido horário, toda vez que recuperar o saque conforme o esquema abaixo.
Vale lembrar que o líbero, jogador especialista em defesa e recepção e que
joga de camisa de cor diferente, não roda nas posições da zona de ataque.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Voleibol#/media/Ficheiro:VolleyballRotation.png>.
Acesso em: 13 mai. 2021.
235
FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
O Vôlei é um esporte em que devemos tocar a bola somente rebatendo. Para rebater são usados prati-
camente três movimentos: toque, manchete e cortada. A partir destes movimentos temos uma série de
fundamentos que geralmente acontecem em sequência, a saber:
• Saque: Ato de colocar a bola em jogo. Feito do fundo da quadra. Geralmente por cima usando
uma “cortada”.
• Recepção: Ato de receber o saque vindo do adversário. Geralmente é feito de “manchete”.
• Levantamento: Ato de levantar ou preparar a bola para ser atacada. Geralmente é feita de “toque”.
• Ataque: Ato de bater na bola para que a mesma caia na quadra do adversário. Geralmente feito
de “cortada”.
• Bloqueio: Ato de saltar e formar uma “parede humana” para impedir que a bola do ataque caia em
sua quadra.
• Defesa: Ato de evitar a qualquer custo (inclusive com os pés) que a bola vinda de um ataque e que
passou pelo bloqueio, caia em sua quadra.
Exemplos de fundamentos do Voleibol em sequência: Recepção feita de manchete, levantamento feito de toque e ataque feito de
cortada. Nesta imagem vemos também a tentativa de um bloqueio de duas jogadores contra a adversária de camisa número 12.
Disponível em: <https://pxhere.com/pt/photo/536404>, <https://pxhere.com/pt/photo/1353549> e <https://pxhere.com/pt/
photo/611123>. Acesso em: 13 mai. 2021.
Adaptado de TODA MATÉRIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/voleibol/>. Acesso em: 16 mai. 2021.
ATIVIDADES
236
2 – Descreva também o contexto do Vôlei no Brasil fazendo referência aos principais fatos que fizeram
com que esse esporte se tornasse tão popular em nosso país.
3 – Sobre as regras do Voleibol, assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
( ) É possível que um set de um jogo de Vôlei termine 30 x 28 para uma determinada equipe.
( ) Um mesmo jogador pode dar dois toques consecutivos na bola, desde que o primeiro toque seja um
bloqueio.
( ) Uma equipe deve rodar em sentido horário toda vez que marcar ponto.
( ) É possível que uma equipe vença o 5º set (tie break) pelo placar de 25 x 23.
( ) A altura da rede é de 2,34m para homens e 2,24m para mulheres.
4 – ENEM 2010:
O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas,
nos jogos escolares e na recreação, Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos especí-
ficos como: saque, manchete, bloqueio, levantamento, toque, entre outros. Na sequência de imagens,
identificam-se os movimentos de:
a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola e realizar a cortada como forma de ataque.
b) arremessar a bola, tocar para passar a bola ao levantador e bloquear como forma de ataque.
c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar.
d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender.
e) cortar como forma de ataque, passar a bola para defender e bloquear como forma de ataque.
237
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Atletismo.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar regras dos diferentes esportes.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Provas de pista, provas de campo. Regras e técnicas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Física e História.
TEMA: Atletismo
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos o Atletismo, esporte que pode ser considerado o
mais antigo do mundo. Praticado desde o Egito antigo e a Grécia antiga, este esporte traz habilidades
naturais como correr, saltar e lançar, que são base para a maioria dos outros esportes. Bons estudos!
ORIGEM DO ATLETISMO
O Atletismo é o esporte mais antigo do mundo uma vez que envolve apenas movimentos naturais como
correr, saltar e arremessar. Há registros de provas do Atletismo nos primeiros jogos olímpicos da Grécia
antiga em 776 A.C., e também de disputas de corridas no Egito e China há 5.000 A.C. Presente desde a
primeira edição das olimpíadas modernas em 1896, este esporte continua fascinando diversos povos
pelo mundo e acirrando cada vez mais a briga pelo posto de homem mais rápido ou mais forte do mundo.
CONHECENDO O ATLETISMO
As provas de Atletismo são disputadas num campo gramado com uma pista de 400m de raio em volta.
Nessa pista de 400m acontecem as provas de pista, ou seja, as provas de corrida. Dentro do campo
gramado acontecem as provas de campo, ou seja, as provas de saltos e arremessos.
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Modelo de pistas de atletismo com suas respectivas dimensões. Disponivel em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/6/6f/A_cerimonia _de_abertura_foi_realizada_na_pista_de_atletismo_do_cefan.jpg> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Atletismo#/media/Ficheiro:Pista.jpg>. Acesso em: 13 mai. 2021.
PROVAS DE PISTA
São as provas de corrida, que podem ser classificadas como: velocidade, meio fundo e fundo. As provas
de velocidade são aquelas de curta distância (até 200m) e que prevalecem a velocidade máxima dos
corredores (acima dos 40km/h). As provas de meio fundo são aquelas de distância média (até 800m) e
que prevalecem uma velocidade intermediária (próxima dos 30km/h. Já as provas de fundo são aquelas
de longa distância (acima de 1500m) e que prevalecem uma velocidade média de 20km/h.
• Provas de velocidade: 100m e 200m.
• Provas de meio-fundo: 400m e 800m.
• Provas de fundo: 1.500m a maratona (42,2 km).
As provas de pista são divididas ainda em:
• Rasas (sem obstáculos para saltar).
• Com barreira (400m, 110m para homens e 100m para mulheres).
• Com obstáculos (3.000m para homens e mulheres).
Provas de 400m rasos, 110m com barreiras e 3000m com obstáculos, disponiveis em: <https://pxhere.com/pt/photo/ 440810 https://
pxhere.com/pt/photo/ 748725 e https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sgt._Hillary_Bor_runs_ 3,000-meter_steeplechase_at_Rio_
Olympic _Games_photos_by_Tim_Hipps, _U.S._Army_IMCOM_Public_Affairs_(28945469872).jpg>. Acesso em: 13 mai. 2021.
As provas de corridas são divididas também em individuais e coletivas que são as provas de reveza-
mento. Existem duas provas de coletivas que são os revezamentos de 4 x 100m e 4 x 400m. Na prova
de 4x100m são 4 atletas, cada um corre 100m e passa o bastão ao companheiro de equipe, os quatro
atletas juntos dão uma volta completa na pista. A prova de 4 x 400m também tem 4 atletas que correm
400m cada um, os corredores dão uma volta completa na pista e depois passam o bastão ao compa-
nheiro de time. Os quatro atletas juntos dão 4 voltas na pista (1600m). Ambas as provas são disputadas
por homens, mulheres e misto (Dois homens e duas mulheres na equipe)
239
Por fim, temos a marcha atlética, uma espécie de “caminhada rápida” onde o atleta tem que deslocar
o mais rápido possível mantendo pelo menos um dos pés em contato com o solo. A técnica da marcha
atlética é muito peculiar e parece que os atletas estão “rebolando” durante o percurso.
PROVAS DE CAMPO
As provas de campo como mencionado anteriormente são aquelas de saltos e arremessos. São quatro
provas de salto e quatro provas de arremessos e lançamentos a saber:
SALTO EM DISTÂNCIA – Nesta prova o objetivo é saltar o mais longe possível, tocando com os pés em
uma tábua de impulsão, após uma corrida rápida de aproximadamente 40m. A aterrissagem é feita
numa caixa de areia, a medida final da distância saltada é feita da tábua de impulsão até a marca mais
próxima da tábua que o atleta deixou.
SALTO TRIPLO – Bem semelhante ao “salto em distância”. A diferença é que o atleta toca a tábua de im-
pulsão e realiza três saltos antes de aterrizar na caixa de areia. Assim como o salto em distância, cada
atleta tem três oportunidades para saltar, sendo computada a melhor marca para comparação com os
demais adversários. Tanto no salto em distância quanto no triplo, o salto é considerado perdido caso o
atleta salte com o pé depois da tábua de impulsão.
SALTO EM ALTURA – Nesta prova o atleta deve fazer uma corrida de aproximação e saltar para tentar
transpor um sarrafo aterrissando num colchão. O sarrafo começa em uma altura pré-determinada e
cada atleta tem três tentativas para superar tal altura. Caso o atleta supere a altura, o sarrafo subirá de
3 a 5cm, tendo cada atleta mais 3 chances de passar a nova altura. O vencedor será o atleta que conse-
guir superar a maior altura estabelecida.
SALTO COM VARA – Bem semelhante ao salto em altura. A diferença é que o atleta usa uma vara de fibra
de vidro e carbono para impulsionar e tentar superar o sarrafo. As regras de início da altura inicial e su-
bidas do sarrafo são as mesmas do salto em altura. Tanto no salto em altura quando no salto com vara,
o salto será considerado nulo caso o sarrafo seja derrubado.
ARREMESSO DO PESO – Uma bola de chumbo deve ser arremessada o mais longe possível. Essa bola
mede 12cm de circunferência e pesa 7,26 para homens e 9cm com 4kg de peso para mulheres. A distân-
cia do arremesso é aferida entre a linha limite (que não deverá ser ultrapassada pelo arremessador) e o
primeiro local que o peso tocar o chão.
LANÇAMENTO DO DARDO – Um dardo semelhante a uma lança deverá ser lançado o mais longe possível.
Este dardo mede 2,70m e pesa 800g para homens e 2,30m com peso de 600g para mulheres. O atleta
não deve ultrapassar a linha limite. A distância do lançamento é aferida entre a linha limite e o lugar
onde o dardo cravou no solo.
LANÇAMENTO DE MARTELO – As bolas de chumbo do arremesso do peso são acopladas a um cabo de
aço. O objetivo é lançar este “martelo” o mais longe possível com um giro do implemento sobre o próprio
corpo. Nesta modalidade há uma gaiola de proteção que impede que o martelo seja lançado nas arqui-
bancadas ou em outros competidores. A distância final também é aferida entre a linha limite e o local
onde o martelo tocou o solo primeiro.
LANÇAMENTO DE DISCO – Um disco de metal deverá ser lançado o mais longe possível. Esse disco pesa
1kg e mede 18cm de diâmetro para mulheres e 2kg com 22cm de diâmetro para homens. O lançamen-
to do disco é feito na mesma gaiola de lançamento do martelo e também com um giro sobre o corpo.
A distância final é medida como no lançamento do martelo. Para todas as provas de arremesso e lança-
mento os atletas tem 3 arremessos, sendo computada a melhor marca para fins de comparação com o
adversário e definição do vencedor.
240
Provas de salto em distância (triplo), salto em altura e salto com vara, disponíveis em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Salto_em_dist%C3%A2ncia_ feminino_(22055466401).jpg>; <https://commons.wikimedia.org/wiki/File: 20150726_1258_DM_
Leichtathletik_Frauen_Hochsprung_0331.jpg> e <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Men_decathlon_PV_French_Athletics_
Championships_2013_t141910c.jpg>. Acesso em: 14 abr. 2021.
Provas de arremesso do peso, lançamento do dardo, lançamento do martelo e lançamento do disco, disponíveis em: <https://commons.
wikimedia.org/wiki/File: Carlos_Chinin.png>; <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lan%C3%A7amento_do_Dardo_(21955737132).
jpg>; <https://www.piqsels.com/pt/public-domain-photo-zcznt> e <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lan%C3%A7amento_
de_disco_(21858620419).jpg>. Acesso em: 14 mai. 2021.
PROVAS COMBINADAS
O atletismo possui, ainda, provas combinadas. Nessa modalidade os atletas disputam diversas provas
do Atletismo em dois dias de competição. Vence aquele que conseguir ter maior regularidade em todas
as provas, ou seja, não adianta vencer uma prova e ficar mal classificado em todas as outras.
Os homens disputam o DECATLO, são 10 provas em dois dias de competição, divididas da seguinte
forma:
• 1º dia: 100m rasos, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400m rasos.
• 2º dia: 110m com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e 1.500m.
As mulheres disputam o HEPTATLO, são 7 provas em dois dias de competição divididas da seguinte
forma:
• 1º dia: 100m com barreiras, salto em altura, arremesso do peso e 200m.
• 2º dia: salto em distância, lançamento do dardo, 800m.
Adaptado de TODA MATÉRIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/atletismo/>. Acesso em: 16 mai. 2021.
241
ATIVIDADES
1 – O Atletismo é considerado o “esporte base” para outros esportes uma vez que suas provas envolvem
habilidades naturais como correr, saltar e arremessar. Cite e descreva pelo menos três esportes que
necessitam de uma ou mais habilidades do Atletismo para serem praticados.
2 – Sobre o Atletismo assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
( ) É considerado o primeiro esporte do mundo. Esteve presente nas olimpíadas da Grécia antiga de
776 A.C
( ) Uma volta completa na pista de atletismo tem 400m.
( ) A aterrissagem do salto com vara e do salto em altura é feita numa caixa de areia.
( ) O dardo masculino pesa um pouco menos que o dardo feminino.
( ) A prova de 100m rasos é a prova mais rápida do Atletismo.
242
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Ginástica.
TEMA/TÓPICO:
Alimentação e Balanço calórico.
HABILIDADE(S):
Compreender a relação entre a atividade física, dieta, balanço calórico e saúde. Analisar os efeitos dos mode-
radores de apetite no organismo e suas relações com a atividade física. Avaliar a importância da atividade
física na prevenção e tratamento da obesidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Alimentação saudável e balanço calórico no auxílio ao controle do peso corporal.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Biologia.
243
Como funciona a ingestão de calorias
Os alimentos que ingerimos ao longo do dia são nossa fonte de energia (caloria). São eles que fazem
a reposição dos nutrientes, vitaminas, proteínas, carboidratos e outras fontes de energia que nosso
corpo precisa para sobreviver.
No entanto, quando nosso corpo ingere mais caloria do que o necessário, esse excesso de energia se
acumula no nosso corpo em forma de gordura. Ou seja, a pessoa acaba engordando, porque está inge-
rindo mais calorias do que o seu corpo realmente necessita.
Claro, existem outros problemas hormonais que levam ao ganho de peso. Porém, a alimentação em ex-
cesso é a situação mais comum para engordar. Por isso, antes de tudo, é preciso manter uma alimenta-
ção saudável e evitar a ingestão de alimentos altamente calóricos, pois o desequilíbrio na alimentação
é que vai influenciar na balança.
Como ocorre a perda de peso
A perda de peso ocorre quando a pessoa consegue aumentar o gasto calórico ou diminuir a quantidade
de calorias que ingere na sua alimentação. Ou seja, seu corpo precisa gastar mais calorias do que in-
geriu. Vamos supor que uma pessoa tenha um gasto calórico de 2000 calorias por dia. Se ela mantiver
uma dieta equilibrada que não ultrapasse esse valor, provavelmente não vai engordar nem emagrecer.
Vai apenas manter o peso.
Se a mesma pessoa tem uma dieta de 1500 calorias, significa que ela está ingerindo menos calorias do
que o necessário. Dessa forma, o organismo suprirá essa falta de ingestão de caloria com outra fonte de
energia. Ou seja, as outras 500 calorias serão supridas com a gordura acumulada em seu corpo. Essa
relação de ingestão e gasto de calorias é chamada de “balanço calórico”. Dessa forma, para saber qual é o
seu real gasto calórico, é preciso consultar um preparador físico. Existem também algumas calculadoras
de gasto calórico na internet que você pode consultar e ver qual é sua média de gasto calórico diário.
Após saber qual a sua média de gasto calórico, você precisa saber quais alimentos são mais calóri-
cos, quais auxiliam na digestão, quais possuem efeito termogênico, etc. Ou seja, será preciso bastante
curiosidade para entender a quantidade calórica de cada alimento e nunca ultrapassar o seu gasto ca-
lórico diário.
Aumente o gasto calórico com exercícios físicos
Neste exemplo de gasto calórico que citamos acima, perceba que o organismo procura uma fonte de
energia para suprir essa falta. E a gordura é justamente um excesso de energia acumulada pelo nosso
organismo.
Por isso é importante diminuir a ingestão de calorias e aumentar o gasto calórico. Somente assim have-
rá perda de peso. Além disso, você deve incluir a atividade física na sua rotina.
Quando praticamos atividade física, nosso corpo aumenta o gasto calórico. Tendo regras com a ali-
mentação, mantendo a dieta de calorias diária e praticando atividade física, a tendência é que você vá
eliminando aqueles quilos indesejados e consiga alcançar o peso ideal!
Adaptado de GREENLIFE ACADEMIAS. Disponível em: <https://greenlifeacademias.com.br/a-relacao-entre-gasto-calorico
-e-perda-de-peso/>. Acesso em: 16 mai. 2021.
244
ATIVIDADES
2 – Sobre o balanço calórico assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
( ) Balanço calórico é a relação entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias
gastas.
( ) A ingestão de calorias em excesso é a única causa do acúmulo de gordura corporal.
( ) O controle do balanço calórico, aliado a prática de exercícios físicos, é o melhor mecanismo para
emagrecer.
( ) No processo de emagrecimento é recomendável ingerir alimentos altamente calóricos.
( ) Uma pessoa que ingeriu 2000 kcal e gastou 2500 kcal durante 30 dias vai ter acúmulo de gordura ao
final deste período.
a) Teve balanço calórico positivo, ou seja, ingeriu mais calorias do que gastou.
b) Teve balanço calórico neutro, ou seja, ingeriu exatamente a quantidade de calorias que precisava.
c) Teve balanço calórico negativo, ou seja, ingeriu menos calorias do que precisava.
d) Teve perda de peso significativa, algo em torno de 1kg, considerando que cada 8 calorias gas-
tas representam 1g de gordura corporal eliminada.
e) Teve ganho de peso significativo, algo em torno de 1kg, considerando que a cada 8 calorias
ingeridas a mais, representam 1g de gordura acumulada.
245
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
ENEM.
TEMA/TÓPICO:
Exercício físico - saúde, autonomia e socialização.
HABILIDADE(S):
Explicar a diferença entre ginástica, atividade física e exercícios físicos. Analisar os benefícios e riscos das
diferentes modalidades de ginástica praticadas em academias e outros espaços. Analisar as implicações do
consumismo nas práticas das modalidades da ginástica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A prática do exercício físico para saúde, autonomia e socialização.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Biologia, Sociologia.
246
Continuando a linha de raciocínio, ser preparado para a prática autônoma significa fazer a prática cons-
cientemente. Para isso, existem alguns elementos que são importantes para que essa prática seja feita
de modo apropriado. A primeira providência é compreender o que é atividade física: trata-se de qual-
quer prática corporal, que feita de modo regular, fornece a sensação de bem-estar, permite a melhora
e/ou manutenção da saúde, além de prevenir uma série de doenças relacionadas ao sedentarismo tais
como: hipertensão, diabetes, infartos coronarianos, etc.
A segunda é compreender que as atividades físicas são classificadas em dois grupos: o de atividades
aeróbias e o das anaeróbias. Atividades anaeróbias são caracterizadas por serem de curta duração e
de alta intensidade, como a musculação, as corridas de curta distância e as provas de 50m e 100m de
natação. Já as aeróbias são aquelas em que a intensidade não é tão forte e têm duração mais longa.
A caminhada, a corrida de longa distância e a maratona aquática são exemplos desse tipo de atividade.
Os dois tipos de atividade são importantes para o indivíduo porque as atividades aeróbicas melhoram
as capacidades cardíaca e respiratória, enquanto as atividades anaeróbias promovem aumento da for-
ça e da massa muscular.
Outro fator é que o aluno deve ter consciência de que antes de fazer uma atividade física, ele deve fazer
um aquecimento e, após o término, uma atividade de volta à calma. A função do aquecimento é “avisar”
ao seu corpo que ele irá movimentar-se além do normal, e isso deve ser feito por meio de atividades
moderadas, que devem unir alongamentos e caminhadas e/ou corridas de baixa intensidade. Essas ati-
vidades fazem com que o aluno “fique com calor”, pois promovem uma pequena aceleração do seu ba-
timento cardíaco. A volta à calma, por sua vez, tem a função inversa: desacelerar o batimento cardíaco
que foi aumentado durante a prática de exercícios físicos. Devem ser feitas atividades de caminhada
leve, relaxamento e/ou alongamento.
Agora que você já sabe como deve se portar perante o exercício, não há mais desculpas para o seden-
tarismo: faça as aulas de Educação Física na escola e procure alguma atividade física para praticar fora
da escola, algo que você goste e sinta prazer em fazer. Aproveite também o potencial de socialização
dessas atividades para se divertir com amigos em jogos de Futebol, Vôlei ou outro esporte coletivo ou
ainda para conhecer novas pessoas em pistas de corrida, caminhada, ciclismo ou academias de ginás-
tica. Você terá uma vida muito saudável e prazerosa.
Adaptado de RONDINELLI, Paula. “Autonomia para um estilo de vida ativo”; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.
br/educacao-fisica/autonomia-para-um-estilo-vida-ativo.htm>. Acesso em: 16 mai. 2021.
247
ATIVIDADES
1 – ENEM 2012:
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adapta-
ções benéficas à saúde de um indivíduo:
2 – (ENEM 2016) A perda de massa muscular é comum com a idade, porém, é na faixa dos 60 anos que
ela se torna clinicamente perceptível e suas consequências começam a incomodar no dia a dia, quando
simples atos de subir escadas ou ir à padaria se tornam sacrifícios. Esse processo tem nome: sarcopenia.
Essa condição ocasiona a perda da força e qualidade dos músculos e tem um impacto significativo na
saúde. Disponível em: www.infoescola.com. Acesso em: 19 dez. 2012 (adaptado).
A sarcopenia é inerente ao envelhecimento, mas seu quadro e consequentes danos podem ser retarda-
dos com a prática de exercícios físicos, cujos resultados mais rápidos são alcançados com o(a)
a) hidroginástica.
b) alongamento.
c) musculação.
d) corrida.
e) dança.
248
3 – (ENEM 2016) A educação física ensinada a jovens do ensino médio deve garantir o acúmulo cultural
no que tange à oportunização de vivência das práticas corporais; a compreensão do papel do corpo
no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio esforço, e do direito ao repouso e
ao lazer; a iniciativa pessoal nas articulações coletivas relativas às práticas corporais comunitárias;
a iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais;
a intervenção política sobre as iniciativas públicas de esporte e de lazer.
Disponível em: <www.portal.mec.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2012.
Segundo o texto, a educação física visa propiciar ao indivíduo oportunidades de aprender a conhecer
e a perceber, de forma permanente e contínua, o seu próprio corpo, concebendo as práticas corporais
como meios para
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Jogos e brincadeiras.
TEMA/TÓPICO:
Capoeira.
HABILIDADE(S):
Conhecer as características e finalidades de cada modalidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Analisar os aspectos histórico-culturais da capoeira. Analisar a capoeira como jogo, dança e/ou luta. Analisar
a esportivização da capoeira. Aprimorar os elementos técnicos da capoeira.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, História e Arte.
TEMA: Capoeira
Prezado (a) estudante! Nesta semana abordaremos a Capoeira, uma luta genuinamente brasileira cria-
da pelos escravos como símbolo de luta pela liberdade e resistência contra a escravidão. Vamos conhe-
cer então essa pratica corporal que faz parte do patrimônio cultural brasileiro. Bons estudos!
CAPOEIRA – ORIGEM
A capoeira é ao mesmo tempo uma luta e uma arte. Mas, você sabia que durante muito tempo a capoeira
foi proibida no Brasil? Quem vê crianças pequenas jogando capoeira nas escolas ou rodas de capoeira
com a apresentação de grandes mestres nem pode imaginar que essa conhecida forma de expressão
das raízes negras era mal vista e considerada perigosa.
Para jogar capoeira precisamos de um ritmo, ditado pelo atabaque, pelo berimbau e pelo agogô. Essa
música é bem característica. Dois parceiros, de acordo com o toque do berimbau, executam movimen-
tos de ataque, defesa e esquiva. Eles simulam uma luta. Para jogar capoeira é preciso habilidade e for-
ça, além de integração e respeito entre os parceiros.
O gingado é a base da capoeira. É um movimento ritmado que mantém o corpo relaxado e o centro de
gravidade em constante deslocamento. A partir do gingado surgem os outros movimentos de ataque ou
contra-ataque. Os jogadores nunca estão parados e isso torna a capoeira muito bonita de se ver.
Grupo pratica Capoeira ao ar livre. Observe que enquanto dois integrantes “jogam”, os outros três ficam por conta da musicalidade através
das palmas e dos instrumentos “berimbau” e “pandeiro”. Disponível em: <https://pxhere.com/pt/photo/169060>. Acesso em: 17 mai. 2021.
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História da capoeira
A origem da capoeira data da época da escravidão no Brasil. Muitos negros foram trazidos da África
para o Brasil para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, nas fazendas de café, nas roças ou nas
casas dos senhores. A capoeira era uma forma de luta e de resistência.
Porém, para não despertarem suspeitas, os escravos adaptaram os movimentos da luta aos cantos da
África, fazendo tudo parecer uma dança. A capoeira foi ficando do jeitinho que ela é hoje, gingada.
No início do século XIX, no Rio de Janeiro, bandidos e malfeitores eram chamados de capoeiras, como
registrou o escritor Manuel Antônio de Almeida, em “Memórias de um Sargento de Milícias”. Em 1888,
a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil. Muitos negros libertos não tinham como sobreviver e
acabaram na marginalidade. Em Salvador, chegaram a organizar gangues e provocar rebeliões. Durante
muito tempo a capoeira foi proibida.
Na década de 1930 a capoeira já tinha adquirido um novo status em nossa sociedade. O próprio pre-
sidente Getúlio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do
Catete. A capoeira deixa de ser considerada crime e passa a ser considerada patrimônio cultural brasi-
leiro. Dois professores de capoeira da Bahia, mestre Bimba e mestre Pastinha se tornaram famosos e
são imortalizados nos romances de Jorge Amado.
Bimba ficou conhecido por “recriar” os movimentos da Capoeira, dando mais velocidade, agilidade e
letalidade aos movimentos, batizando tal “recriação” como Capoeira regional. Já mestre Pastinha, foi
responsável por conservar a Capoeira “raiz”, com movimentos mais lentos, bem semelhante a capoeira
jogada pelos escravos. Esta modalidade foi batizada e é conhecida até hoje como Capoeira angola.
Adaptado de UOL EDUCAÇÃO. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/capoeira-origem.htm>.
Acesso em: 16 mai. 2021.
ATIVIDADES
1 – Explique por que a Capoeira tem elementos da música e da dança em sua prática. Tais elementos
tornam essa luta menos eficaz que as outras? Justifique sua resposta.
2 – Sobre a Capoeira assinale (V) para sentenças verdadeiras e (F) para sentenças falsas.
( ) É uma dança de origem africana, região da qual vieram a maioria dos escravos no período colonial.
( ) Há presença de musicalidade com instrumentos como o pandeiro, o berimbau e o atabaque.
( ) Trata-se de uma luta de domínio em que não é permitido usar socos e chutes.
( ) Durante o início do período republicano a Capoeira chegou a ser marginalizada e até proibida.
( ) A partir de 1930 deixa de ser considerada crime e se eleva ao patamar de patrimônio cultural brasileiro.
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3 – (ENEM 2013) A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do
processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate
ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural
brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente.
MINAS GERAIS: Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o can-
domblé, deve considerar que elas:
Prezado (a) estudante! Chegamos ao final deste PET 3! Caso tenha ficado alguma dúvida, entre em
contato com seu professor pelo CONEXÃO ESCOLA ou nos mande sua pergunta no TIRA DÚVIDAS AO
VIVO pela Rede Minas e Youtube. Lembre-se de se exercitar dentro dos limites de isolamento social da
pandemia, manter uma alimentação saudável e uma hidratação regular. Em breve estaremos vacina-
dos e juntos em nossas quadras. Um forte abraço da equipe de Educação Física!
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