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MARCELO GOSTINSKI
São Leopoldo
2008
MARCELO GOSTINSKI
São Leopoldo
2008
MARCELO GOSTINSKI
APROVADO EM ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
_______________________________________________
________________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, que se sempre me apoiou, mesmo nos
momentos mais difíceis, não me deixou esmorecer, e me deu apoio para seguir em
frente.
Um beijo especial à Suzana Beatriz Morbach, minha companheira, e para minha
filha Marcella Morbach Gostinski pelo apoio, paciência e compreensão.
E um agradecimento muito especial a todos os professores do curso de Ciências
Econômicas da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), em particular à
coordenadora do Curso de Economia Angélica Massuquetti pelo apoio, incentivo e
motivação.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17
1.1.1 Objetivo geral do trabalho ............................................................................. 17
1.1.2 Objetivos específicos.....................................................................................18
1.2 JUSTIFICATIVAS ................................................................................................18
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 19
2 LEVANTAMENTO TEÓRICO E DE LITERATURA ............................................... 20
2.1 A INDÚSTRIA DE CALÇADOS NO VALE DO SINOS ........................................ 20
2.2 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES ........................................................................ 29
2.3 NOVA REALIDADE .............................................................................................30
3 ESTRUTURA DOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E DE PRODUÇÃO
.................................................................................................................................. 33
3.1 PROJETO DE CALÇADO – PCP – E MODELAGEM ......................................... 33
3.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO ............................................................................ 43
3.2.1 Sistema Manual – Cavalete............................................................................ 43
3.2.1.1 Corte de Cabedal ..........................................................................................45
3.2.1.2 Chanfração, Divisão e Carimbação ...............................................................46
3.2.1.3 Corte de Sola, Palmilha de Montagem, Reforço e Taco do Salto ................. 46
3.2.1.4 Pesponto ....................................................................................................... 47
3.2.1.5 Montagem ..................................................................................................... 48
3.2.1.6 Oficina ........................................................................................................... 48
3.2.1.7 Depósito ........................................................................................................ 49
3.2.2 Processo de Produção Mecanizado (Trilhos/Esteiras) ...............................49
3.2.2.1 Corte de Cabedal ..........................................................................................54
12
1
O couro, como subproduto das charqueadas.
14
seus produtos, dando prioridade aos EUA, que, naquele momento, era abastecido
pela indústria européia (Espanha e Itália). Segundo Schneider (2004, p.27), a
indústria de calçados nacional enfrentava muitos entraves domésticos com a
burocracia, barreiras fiscais, problemas de transporte, evolução do valor do dólar
fiscal, custos internos de produção desiguais, e principalmente uma estrutura
produtiva instalada voltada para pequenas quantidades.
Somente após superar as dificuldades e reestruturar o setor produtivo das
empresas é que tiveram início as exportações de calçados brasileiros em
quantidades que atendiam as necessidades dos clientes. Como marca histórica, a
primeira exportação brasileira ocorre em 1968, com o embarque de sandálias da
marca Franciscano pela empresa Strassburguer, da cidade de Campo Bom, tendo
como destino os Estados Unidos. É interessante destacar que a primeira exportação
foi de sandálias masculinas, um produto que andava na contramão da tradição da
produção de calçados da região, que era direcionada ao público feminino.
No ano de 1970, o volume de calçados exportados pela região do Vale do
Sinos2 ainda era pequeno se comparado com o volume produzido para atender o
mercado interno. Segundo Schmidt (1972), o Censo da Associação Comercial e
Industrial de Novo Hamburgo (ACI-NH) de 1971 indica que em 1970 somente 6,0%
dos calçados produzidos na região eram destinados à exportação, em 1971
passaram a representar 15,5%, tendo como principal destino os EUA.
O setor coureiro-calçadista é alavancado com o aumento do número de
empresas e dos volumes destinados à exportação. Como a produção de calçados
femininos já era uma tradição da região, foi sobre essa classe de produto que os
empresários deram continuidade ao processo de exportação.
Devido às grandes quantidades de pares de cada pedido, as empresas se
vêem forçadas a alterar o tamanho dos setores de produção, o número de
trabalhadores e o sistema de trabalho3 (saem os cavaletes e se adota o sistema de
trilhos nos setores de montagem e oficina). A divisão do trabalho é intensificada,
fazendo com que desapareça de dentro das empresas reestruturadas a figura do
2
O termo se refere às cidades produtoras de calçados que são banhadas pelo Rio dos Sinos e seus
afluentes. O Censo da Indústria de Calçados da ACI-NH de 1971 tem como produtoras de calçados e
integrantes do Vale do Sinos as seguintes cidades: Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, São
Leopoldo, Igrejinha, Taquara, Três Coroas, Gramado, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Portão,
Rolante, Canela, Nova Petrópolis e Santo Antônio da Patrulha (ACI-NH, 1972).
3
Ver Costa (2007), que analisa mais profundamente as transformações no processo de trabalho na
indústria de calçados do Vale do Sinos.
15
4
No capítulo sobre sistemas de produção será esclarecido o destino dado a esses profissionais.
5
As principais máquinas importadas eram: máquina de medir e dividir couro, máquinas de montar
bico e calcanhar do calçado, máquinas de costura para cabedal e de pontear solas, entre outras.
6
Como exemplo, pode se citar a empresa Calçados Reichert, que enviava seus técnicos em
manutenção para cursos nos fabricantes de máquinas e, posteriormente, replicava as máquinas.
7
Apesar de não ser um componente, algo que acompanhe o calçado depois de pronto, a produção
de fôrmas também passou por muitas mudanças, da forma de fabricação artesanal do início se
modernizou e foi uma das primeiras a utilizar sistemas de CAD–CAM, diminuindo muito o tempo de
desenvolvimento de produtos e de entrada em produção de novos pedidos.
16
8
Como exemplos, pode-se citar a empresa Azaléia, com o setor de produção de matrizes; a empresa
Bibi, com o setor de produção de E.V.A.; e a empresa Reichert, que deu autonomia a empresa FCC
- fabricante de componentes como saltos, viras, solados, adesivo, etc.
9
Feira Nacional do Calçado, que se realiza anualmente na cidade de Novo Hamburgo.
17
1.1 OBJETIVOS
10
Cada agente exportador, conforme o número de fábricas e volume de pedidos contratava no
mercado gerentes de produção ou modelistas para realizar o acompanhamento do desenvolvimento
de novos produtos, confecção de amostras e, posteriormente, a produção dos calçados, autorizando
finalmente o embarque mediante uma inspeção por amostragem do produto acabado.
18
1.2 JUSTIFICATIVAS
1.3 METODOLOGIA
11
Empresas visitadas: Schmidt Irmãos (Campo Bom), Mina d’Cristal e DiFatto (Estância Velha),
Monacci (Igrejinha) e Undershoes (Campo Bom).
12
Empresários e entrevistados: Alceu Feijó, Carlito Valentini, Flávia T. M. Gostinski, Helena Jung,
Jorge Ari Kehl, Luis Fernando Geib, Marcos Henrique Cassel, Milton Albino Cassel, Renato
Robinson e Rodrigo Bernd.
2 LEVANTAMENTO TEÓRICO E DE LITERATURA
13
Os entrevistados estimam que atualmente 70% dos calçados produzidos e exportados pelas
empresas do Vale têm sua modelagem definida pelas companhias de exportação e/ou seus clientes.
As companhias possuem escritórios e representações no Brasil, que fazem não apenas o
agenciamento das empresas que irão produzir os modelos desenvolvidos por elas aqui ou no
exterior, mas também controlam e acompanham todas as etapas produtivas, desde o interior das
próprias empresas.
23
14
O ambiente econômico para as empresas exportadoras ficou muito favorável, os contratos de
exportação eram assinados e, de posse das cartas de crédito, as mesmas eram descontadas e os
recursos transferidos para aplicações financeiras, que acabavam gerando lucros superiores à
própria fabricação de calçados.
15
Empresas que adquiriram curtumes: Azaléia, Catléia, Paquetá, Reichert, Schmitt Irmãos, entre
outras.
24
16
Formaram-se parcerias entre fabricantes de calçados e fornecedores. As empresas calçadistas
reformularam os setores administrativos e de produção com a introdução de técnicas japonesas de
gestão e aplicação da reengenharia de processos. Passaram a buscar os estados do nordeste
brasileiro para instalar unidades de produção, se beneficiando com incentivos fiscais, custo de mão-
de-obra mais baixo, entre outras vantagens.
17
Os pedidos que eram de centenas de milhares de pares de um modelo e uma cor, passam para
pedidos de até 5.000 pares por modelo e em diversas cores.
25
sendo que 177 milhões foram destinados à exportação em 200718, sendo este um
dos setores que mais gera emprego no País.
Apesar das dificuldades por que passam as empresas exportadoras de
calçados do Vale, o setor continua apresentando uma grande diversidade de
fornecedores de matérias-primas, máquinas e componentes que, somados à
tecnologia de produtos e inovações, colocam o setor calçadista brasileiro numa
posição de destaque, sendo que a maior concentração de empresas fornecedoras
está localizada no Vale do Sinos. Isso demonstra que o setor calçadista dispõe de
uma estrutura de fornecedores em condições de responder rapidamente no caso de
uma retomada no crescimento das exportações, esse potencial é descrito na
resenha de 2007 da Abicalçados, que traz as seguintes informações:
São mais de 1500 indústrias de componentes instaladas no Brasil, mais de
400 empresas especializadas no curtimento e acabamento do couro,
processando anualmente mais de 30 milhões de peles e cerca de uma
centena de fábricas de máquinas e equipamentos. É com esta estrutura
altamente capacitada que os fabricantes de calçados realizam a produção
do calçado brasileiro, hoje exportado para mais 100 países, detendo
modernos conceitos de administração de produção e gestão de fabricação,
como Just in time (JIT) e demais processos internacionais de qualidade. É
uma indústria altamente especializada em todos os tipos de calçados:
femininos, masculinos e infantis, além de calçados especiais, como
ortopédicos e de segurança do trabalhador (ABICALÇADOS, 2006).
18
Dados preliminares da Abicalçados.
29
19
Exemplo de empresas que exportam com marca e design próprios: Arezzo, Azaléia, Bebecê,
Delela, Pegada, Paquetá, Schutz, Werner, West Coast, entre outras.
20
Uma relação completa dos países de destino das exportações de calçados pode ser encontrada na
Resenha 2007 da Abicalçados, na página 11, contudo, não é possível separar do todo somente os
calçados de alto valor exportados e seus destinos. Os países citados foram informados pelos
entrevistados.
30
22
Cluster, em inglês, significa ”blocos” ou “agrupamentos”, é utilizado em vários contextos para
designar o agrupamento de elementos comuns para um determinado fim. [...] No setor industrial, o
termo é usado quando se deseja, por exemplo, destacar agrupamentos ou ramos industriais
dedicados à exportação que tenham alguma característica comum, como o fato de ser produtos de
consumo de massa, bens duráveis, semiduráveis (SANDRONI, 2001, p. 102).
32
23
O correto seria o pedido ser recebido pelo setor comercial, mas, devido às características da
indústria local, que, na maioria dos casos, não possui esse setor, se utilizou o processo corrente.
Vale destacar que os pedidos são negociados pela direção das empresas e, normalmente, é
encaminhado diretamente ao PCP.
34
24
Por experiência do autor, atuando em empresas de calçados, nos anos oitenta, os prazos de
desenvolvimento eram mais elásticos, podendo chegar até 150 dias.
25
Com exemplo, pode ser citada a empresa fabricante de solados em couro Undershoes de
Sapiranga, que foi implantada com foco no atendimento de pequenas quantidades.
35
26
A Ficha Técnica é um documento que lista todas as informações sobre o modelo, como datas,
fôrma, materiais, processos, etc., sem esse documento é praticamente impossível confeccionar um
calçado sem cometer erros.
36
01
02
A 03 B
04
C D E F
05
G
06
07
H 08 I
09
10
11
12 J
27
Inclui-se nesse rol, todo o material que não estiver disponível no almoxarifado da empresa, como
linhas, agulhas, metais, acessórios, adesivos, material de acabamento, etc.
37
Legenda da Figura 1:
Atividades principais Atividades de apoio
01 – Recebimento do Projeto pela A – Desenvolvimento e/ou
Modelagem. compra de couro e forro.
02 – Elaboração da ficha técnica B – Desenvolvimento e/ou
provisória e definição de materiais e cores. compra dos demais materiais.
03 – Desenvolvimento ou seleção de C – Confecção do Cabedal.
fôrma. D – Confecção da palmilha de
04 – Modelagem dos padrões. montagem.
05 – Confecção do Protótipo. E – Confecção do salto.
06 – Análise do protótipo, correção F – Confecção do solado.
ou ajustes se houverem. G – Setor de Tempos e
07 – Aprovação do Protótipo; design, Movimentos.
modelo, calce, etc. H – Compra de materiais para
08 – Elaboração da Ficha Técnica as amostras.
definitiva e da pasta técnica. I – Cálculo de consumo e
09 – Confecção da(s) amostra(s). custos.
10 – Cálculo de Custos. J – Departamento de vendas ou
11 – Fotografar a(s) amostra(s). agente externo.
12 – Enviar amostras ao
departamento de vendas.
28
“Computer Aided Design”: Desenho assistido por computador - “Computer Aided Manufacturing”:
Manufatura assistida por computador.
38
13
G
14
K 15 L M
16 N O P
Q R S T U
17
18
V 19 W
X 20 Y
21
34
A Construção de um calçado é composta basicamente pela palmilha de montagem, o salto, o taco
e a sola.
41
Legenda da Figura 2:
Atividades principais Atividades de apoio
13 – Entrada do Pedido. G – Setor de Tempos e Movimentos passa
14 – Análise e cadastramento no informações sobre o modelo.
PCP. K – Compra de matérias-primas e insumos.
15 – Modelagem recebe L – Elaboração do layout.
programação para o modelo. M – Programação das datas de início e
16 – Escalonamento dos Padrões, termino do pedido.
cabedal e construção. N – Departamento de RH é informado da
17 – Montagem do Teste de escala. necessidade de mão-de-obra.
18 – Aprovação do teste de escala O – Departamento de Manutenção é
19 – Confecção dos gabaritos para informado da necessidade de maquinário.
produção e fornecedores. P - Gerência de produção é informada das
35
20 – Liberação do Pacote Técnico . datas de início e término do pedido.
21 – Acompanhamento do início da Q – Confecção dos cabedais para teste de
produção. escala.
R – Confecção de palmilhas de montagem
para teste de escala.
S – Confecção das matrizes para o salto.
T – Confecção dos solados para teste de
escala.
U – Confecção da coleção de fôrmas.
V – Confecção das facas para corte de
cabedal.
W – Conferência da coleção de fôrmas e
facas de corte.
X – Liberação do Pacote Técnico para o PCP.
Y - Liberação do Pacote Técnico para a
Gerência de Produção.
35
O Pacote técnico é constituído pelo conjunto de itens que o departamento de produção necessita
para iniciar a produção: padrões, facas de corte, gabaritos, fôrmas, pasta técnica, etc.
42
36
As facas de corte de cabedal, também conhecidas por navalhas, serão confeccionadas se o
número de pares do pedido viabilizar o investimento, caso contrário, serão utilizados padrões em
papelão para corte manual, ou no caso de empresa que dispõe de sistema de corte por CAD-CAM,
o corte será realizado com o auxilio do equipamento.
43
Esse sistema é o mais rudimentar e foi utilizado desde o século XIX, seu
nome deve-se ao fato de, no setor de montagem dos calçados, os operários se
valerem de um cavalete (Figura 3) para organizar o processo de confecção dos
calçados e servir de apoio durante os processos de secagem e estabilização dos
componentes e insumos utilizados na operação37.
37
Produtos utilizados: adesivos, umidificantes, endurecedores, ceras, tintas, etc.
44
38
Esquerda devido ao fato do volante, parte acionada pela correia ligada ao motor se localizar do
lado esquerdo da máquina.
39
O termo contramestre se encaixaria nos dias de hoje no cargo de Gerente de Produção.
45
40
Os gargalos são ocorrências onde em determinada operação, por algum imprevisto, o processo de
fabricação é interrompido ou descontinuado, ocorrendo acúmulo de trabalho.
46
41
Groupon é um termo francês, e na pele bovina representa o lombo do animal, normalmente de
melhor qualidade.
47
3.2.1.4 Pesponto
42
Segundo Alceu Feijó, o empresário Achyles Gerard, de Novo Hamburgo, fez uma tentativa
frustrada de produzir calçados injetados na década de 1960, passando, posteriormente, a produzir
saltos injetados com maquinário importado para indústria da região.
48
3.2.1.5 Montagem
3.2.1.6 Oficina
3.2.1.7 Depósito
43
Segundo Luis F. Geib, em 2007, a empresa produziu aproximadamente 300.000 pares por dia.
51
Diante da nova realidade, o novo sistema fez com que ocorresse uma grande
divisão do trabalho, ficando cada trabalhador responsável por uma única operação.
Isso provocou um aumento do número de trabalhadores em cada empresa.
Eram muitas as novidades tecnológicas para um setor com tradição artesanal,
assim como ocorreu com setor calçadista do Vale, um processo semelhante ocorreu
no setor industrial nos EUA entre 1840 e 1910, como se destaca no texto abaixo:
A tecnologia se desenvolveu muito entre 1840 e 1910. O que promoveu o
crescimento da produção em massa. A maioria das pessoas só começou a
ouvir sobre produção em massa após 1913, o ano em que Henry Ford
começou a produzir o Modelo T. Os processos de produção em massa
permitiam a produção de muitos produtos em grande volume e baixo custo,
52
44
Huaraches: calçados mais simples fabricados com matéria-prima de reduzido valor agregado
(couro de baixa qualidade e solados de borracha termoplástica - TR), direcionados àquele segmento
de preço baixo, vendidos em cadeias de supermercados e redes varejistas populares.
45
Clog: tamancos com cabedal em couro pregados em cepas de madeira e acabamento rústico.
46
Ensambladora: termo em espanhol utilizado para designar uma linha de montagem em que as
partes chegam prontas e passam por um processo de montagem.
53
47
Comparando dois equipamentos com 30 metros de comprimento, sendo o trilho de montagem com
dois níveis de bandejas e a esteira com duas cintas transportadoras, sendo que cada uma tem 30
cm de largura e motorização independente.
55
3.2.2.4 Pesponto
48
Pré-fabricado é considerado o solado pronto, podendo ser uma unidade injetada em um ou mais
materiais, ou uma sola, com ou sem vira, mais salto e taco, com todos os acabamentos.
49
A empresa Atíllio Forte, que representava e prestava assistência técnica para a marca Pfaff na
região, passa a produzir máquinas de costura, sendo seguida, posteriormente, pela empresa
Ivomaq, de Franca/SP.
57
Assim como naquele momento o uso das esteiras ajudou de certa forma a
alargar o gargalo da produção, o que mais se destacou foi à retirada dos setores de
pesponto de dentro das fábricas. Muitas empresas buscaram nos anos de 1980
cidades do interior para montar setores de pesponto devido à mão-de-obra
abundante e barata. A terceirização do pesponto de cabedais também foi um fato
relevante, onde algumas pessoas centralizavam em unidades fabris próprias o
pesponto de alguma empresa e/ou repassavam para pessoas realizarem as tarefas
em suas casas. A dona de um atelier nos anos oitenta relata esse processo.
Eu trabalhava como costureira dentro da empresa Jubileu, uma filial da
Strassburger S.A., quando resolvi sair da empresa e abrir um atelier
juntamente com mais uma preparadeira. Quando avisei o gerente de
produção que iria abrir meu atelier, ele falou que não teria problema e que,
se eu quisesse, abasteceria com serviço da empresa, pois a costura era um
gargalo na produção. Assim foi, começamos a trabalhar para empresa e
não faltava serviço, em dois meses comprei mais uma máquina de costura e
contratei mais pessoas, além de dar serviço para outras pessoas em casa
(H.Y., empresária nas décadas de 1980 e 1990 - Campo Bom).
50
Projeto implantado pela empresa Calçados Flama, de Sapiranga, na década de 1980.
51
Marca registrada da empresa norte-americana Converse, EUA.
58
3.2.2.5 Montagem
52
Experiência pessoal do autor trabalhando como técnico em calçados dentro de empresa do setor
calçadista.
61
53
Muitas empresas, principalmente no exterior, já utilizam sistemas em 3 D (três dimensões), sendo
todo trabalho executado de forma virtual, tendo como resultado físico somente os moldes em
papelão e/ou os cortes de cabedal já cortados diretamente por sistemas de CAM.
62
Para a descrição dos processos, será tomado como base um layout onde o
sistema de células foi implantado em toda a planta, diferentemente de algumas
empresas onde o sistema é implanto somente em alguns setores. No setor de
montagem, se optou por um sistema que evoluiu do sistema de células, o sistema
63
O setor de corte pode utilizar tanto balancins hidráulicos como o corte manual,
dependendo de como foi introduzido o sistema de células. As empresas que ainda
têm um volume maior de pedidos por modelo (acima de 500 pares) optam por
centralizar o corte de cabedal em um único setor. Já as empresas que trabalham
com volumes menores de pedido por modelo (até 500 pares) e, dependendo do
valor final do produto, podem realizar o corte manualmente, sendo executado
diretamente dentro da célula.
Atualmente, muitas empresas já dispõem de sistemas de CAD para a
elaboração da modelagem e dos modelos em papelão, assim como sistemas de
CAM para o corte dos modelos e de cabedal. Sendo assim, muitas empresas já
utilizam o CAM para o corte de cabedais, reduzindo os custos com a confecção de
moldes de papelão e/ou navalhas, assim, o corte é realizado em um setor específico
sendo posteriormente enviado para o setor subseqüente.
No caso do processo descrito para o layout no Anexo VIII, o sistema de corte
é o manual centralizado.
3.2.3.6 Pesponto
3.2.3.7 Montagem
Nas últimas quatro décadas, a indústria do Vale do Rio dos Sinos passou de
uma estrutura artesanal e de baixa produção para uma indústria estruturada com
sistemas e processos de produção de última geração, buscando sempre aperfeiçoar
suas estratégias e se tornar mais competitiva. Entretanto, essa busca por
crescimento esteve focada somente em alguns dos fatores empresariais (custos;
mão-de-obra, investimentos em máquinas e tecnologia, etc.). Com a tecnologia
atual, suas aplicações e a globalização do conhecimento e tecnologia, muitos países
apresentam condições de se tornarem competidores num setor que apresenta
baixas barreiras para entrada. Assim, a indústria local necessitaria estar
constantemente pensando em novas maneiras de traçar as atividades
organizacionais e planejar ações que logrem resultados concretos.
Segundo Moura (2004, f. 1),
O planejamento é uma resposta das Organizações à crescente
complexidade do ambiente. Internamente, o planejamento fornece um
referencial comum aos participantes das Organizações, explicitando
caminhos a serem trilhados e, com isso, melhorar aproveitamento dos
recursos existentes. Também no âmbito externo, o planejamento cumpre a
função de orientar as ações e esforços da Organização na sua busca por
oportunidades, mercados, públicos e a própria sobrevivência. É através
deste planejamento de ações voltadas para a definição de condições de
competir no mercado consumidor, da definição das competências da
Organização, que a mesma define as suas vantagens competitivas.
esforço de marketing passam a ser considerados, o fator preço deixa de ter uma
posição dominante. Com essa mudança, passam a determinar a concorrência, as
questões relacionadas às novas tecnologias, novos modelos de gestão e produção,
qualidade e diferenciação do produto, prazo de entrega e condições de pagamento
Schumpeter (1961, apud SANTANA 2007).
A definição do conceito de competitividade pode ser encontrada em:
Haguenauer (1989), Porter (1993), Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1995), Kupfer
(1996), Possas (1999), Costa (2001), entre outros. Para Haguenauer (1989),
A competitividade poderia ser definida como a capacidade de uma indústria
(ou empresa) produzir mercadorias com padrões de qualidade específicos,
requeridos por mercados determinados, utilizando recursos em níveis iguais
ou inferiores aos que prevalecem em indústrias semelhantes no resto do
mundo, durante certo período de tempo.
54
Agente exportador, também conhecido por companhia de exportação (Cia.).
70
um deles, também, assumiu uma série de tarefas que deveria estar distribuída entre
os departamentos da empresa (comercial, técnico, qualidade, etc.), entre elas estão:
(I) Realizar os contatos com os clientes;
(II) Identificar as necessidades do cliente;
(III) Receber os desenhos ou pés de calçados A serem
desenvolvidos;
(IV) Encaminhar as idéias para as fábricas melhor adaptadas para
cada tipo de calçado;
(V) Acompanhar o desenvolvimento de protótipos e amostras;
(VI) Realizar o calce dos calçados, corrigir e aprovar os modelos,
encaminhar as amostras para o cliente;
(VII) Negociar o preço;
(VIII) Encaminhar os pedidos para as fábricas;
(IX) Aprovar os materiais a serem utilizados;
(X) Acompanhar a produção; e
(XI) Liberar os embarques mediante revisão por amostragem dos
produtos terminados.
Segundo as entrevistas, o primeiro agente exportador a se instalar no Vale foi
a empresa SKB55, logo a seguir o cliente Sumitomo abriu seu próprio escritório no
Vale, sendo que a Sumitomo, além dos técnicos contratados na região, trouxe
técnicos do EUA para treinar e passar as informações de como deveriam ser
confeccionados os calçados, níveis de qualidade, embalagem, etiquetagem, entre
outros. Poucos clientes abriram escritórios na região (como a Clarks, que só veio a
abrir um escritório nos anos noventa), a maioria das empresas de agenciamento que
surgiram depois foi constituída por profissionais oriundos da SKB e da Sumitomo,
como: GVD, Topázio, US Shoes, Michael Maynard, etc., na década de 1970. Nos
anos oitenta, muitas empresas agenciadoras surgiram, um número próximo a
duzentas empresas56.
Um dos aspectos mais importantes a ser observado em um mercado
competitivo é a fidelização do cliente, formando vínculos e conhecendo a fundo suas
55
A primeira exportadora foi constituída em 1969, pelos empresários Cláudio Strassburger, Mauricio
Schmidt e Raul José Brandenburger.
56
Infelizmente a Associação Brasileira dos Exportadores de Calçados não dispõe de uma estatística
que liste os agentes exportadores, ela está direcionada aos fabricantes.
71
57
Experiência do autor como consultor de empresas.
75
58
Ver na seção sobre Comercialização o trabalho realizado pelo agente exportador GVD na década
de 1980.
78
Mercado de Calçados
Produção (1) (3) 580,0 610,0 642,0 665,0 800,0 806,0 796,0 790,0
Importação (1) 5,7 6,2 5,1 5,2 8,9 16,9 18,5 28,6
Exportação (1) 163,0 171,0 164,0 189,0 212,0 190,0 180,0 177,0
Consumo Aparente (1) 422,7 445,2 483,1 481,2 596,9 632,9 634,5 641,6
População (4) 171,3 171,8 176,4 178,9 181,6 184,2 186,8 187,9
Consumo per capta (2) 2,5 2,6 2,7 2,7 3,3 3,4 3,4 3,4
(1) em milhões de pares
(2) em pares
(3) Dados produção referente pesquisa realizada pelo IEMI - Inst. de Est. e Marketing Industrial
(4) Dados IBGE - população em milhões de habitantes
(*) Dados estimados pelo autor com base em informações de diversos sites.
Fonte: Estimativa realizada pela Abicalçados com base em várias fontes.
possível determinar que o câmbio tenha influência sobre as exportações59, mas não
é o principal, outros fatores competitivos já abordados devem ser levados em conta.
59
A falta de padrão cambial dificulta a montagem de uma estratégia de longo prazo, e tem como
conseqüência a perda de participação da indústria calçadista brasileira em relação a outros países
emergentes.
81
Fonte: IBGE
4.2 COMERCIALIZAÇÃO
60
A autora não especifica a data da primeira exportação, mas analisando os textos da autora, pode-
se presumir que foi entre 1961 e 1962, antes da inauguração da FENAC, em 1963.
85
61
Respectivamente os responsáveis pelos laboratórios de testes físicos e mecânicos do Centro
Tecnológico do Couro Calçados e Afins - CTCCA e do Centro Tecnológico do Calçado - SENAI,
ambos de Novo Hamburgo/RS.
62
Os valores representam média das faixas de aprovação. Os resultados apresentados não diferem
os calçados destinados ao mercado interno ou ao externo, entretanto, os calçados para exportação
sempre dominaram as solicitações.
86
Pelo lado dos agentes exportadores e das empresas, formou-se uma parceria
comercial muito frutífera durante 20 anos (1970 - 1989), mas quando o Brasil se
abriu ao mercado internacional (1990) e a taxa de câmbio se tornou flutuante (1994),
as empresas nacionais passaram a ter dificuldades. A,lém de não estarem
estruturadas para enfrentar o mundo globalizado muitas foram abandonadas pelos
agentes exportadores. Pelo fato do agente exportador se posicionar ao lado do
cliente e não do fabricante, muitos agentes, vendo suas receitas diminuírem no
Brasil, acabaram levando seus escritórios (e clientes) para países produtores de
calçados emergentes (na Ásia, principalmente para China).
Ainda nesses primeiros 20 anos, muitos agentes assumiram também a tarefa
de apresentar ao cliente inovações no setor de P&D, tarefa que no mercado interno
é de responsabilidade da empresa fabricante. Como exemplo, tem-se o caso
ocorrido na década de 1980, onde o agente exportador GVD63, de Campo Bom/RS,
desenvolveu um produto diferenciado para um cliente na Europa64, mas não se
restringiu somente a modelagem inovadora do calçado65, criou uma identidade, com
embalagem, adesivos, banners, enfim, toda parte de divulgação para loja. A
experiência foi um grande sucesso, o agente conseguiu vendas superiores a
300.000 pares, e muitos modelistas e estilistas que viajaram para Europa em busca
de novidades para o mercado interno acabaram copiando a modelagem sem se dar
conta que o produto havia sido desenvolvido no Brasil. Com a crise do setor de
exportação, esse mesmo agente, a partir da década de 1990, passou a desenvolver
produtos para o mercado externo e nacional com marca própria.
Na virada do milênio, a situação do setor calçadista é delicada, pois, com a
dificuldade de se manter no mercado externo, apesar de alguma melhora devido à
depreciação do dólar, algumas empresas se voltaram para o mercado interno como
forma de buscar sua sobrevivência. Esse processo conturbou o mercado nacional e
não foi um processo fácil para as empresas entrantes, as principais dificuldades
foram:
63
GVD - um dos primeiros agentes de exportação de calçados. Atuou exclusivamente nessa área. A
partir da década de 1990, iniciou o desenvolvimento de modelagem própria, colocando seus
produtos no mercado nacional e internacional com marca própria - Pyramidis -
http://www.pyramidis.com.br/.
64
Cliente André – França, Paris - com lojas desde 1896 - http://www.timesofparis.com.
65
Modelo de calçado com uma biqueira de aço cromada posicionada no lado externo do bico do
calçado.
87
CHANDLER, Alfred. Ensaios para uma teoria histórica da grande empresa. Org.
Thomas K. McCraw. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1998. 344 p.
MURCILO, Luiz. Modelagem e fabrico de calcados. 2. ed. São Paulo: Editora LEP,
1962. 149 p.
SCHMITZ, Hubert. Small shoemakers and fordist giants: Tale of a super cluster.
Institute of Development Studies. DP 331, Setembro, 1993.
______, Hubert. Global Competition and Local Cooperation: Success and Failure
in the Sinos Valley, Brazil. World Development, 1999. Vol. 27, N° 9, p.1627-1650.
Faculdade de Ciências
1969 Contábeis e Administrativas Taquara Ensino Superior.
de Taquara - FACCAT
Federação de Estab. de Ensino
1970 Superior em Novo Hamburgo - Novo Hamburgo Ensino Superior.
FEEVALE
Associação Brasileira de
1988 Agentes Exportadores de Novo Hamburgo Entidade de classe.
Calçados e Afins – ABAEX
Associação Brasileira de
1989 Novo Hamburgo Entidade de classe.
Estilistas de Calçados – ABECA
Centro Tecnológico de
1992 São Leopoldo Centro Tecnológico.
Polímeros SENAI - (CETEPO)
Agência de Educação
1995 Profissional SENAI Nelson Igrejinha. Centro de Aprendizagem.
Heidrich
Associação de Desenvolvimento
1998 Campo Bom Sociedade Civil.
Tecnológico do Vale – VALETEC
Montagem
Montagem Montagem
- Definir cabedais a serem
montados; - Definir cabedais a serem - Separar fôrmas por
- Separar fôrmas por montados; numeração;
numeração; - Separar fôrmas por - Fixar palmilha a fôrma;
- Umedecer o material numeração; - Colocar o cabedal na
das palmilhas; - Pregar Palmilha; fôrma;
- Fixar palmilha de - Colocar o cabedal na - Reativar couraça;
montagem na fôrma; fôrma; - Montar bico;
- Prensar palmilha contra - Aplicação de adesivo na - Montar enfranque;
fôrma para dar formato à palmilha de montagem; - Reativar contraforte;
palmilha; - Aplicação de adesivo no - Montar calcanhar;
- Recortar palmilha pela corte e na palmilha; Obs.: as máquinas injetam
borda da fôrma; - Aguardar secagem do o adesivo
- Aplicação de adesivo na adesivo; automaticamente;
palmilha de montagem e - Reativar couraça; - Conformar calçado;
no reforço de papelão; - Montar bico; - Rebater Cama de Salto;
- Secagem do adesivo; - Montar enfranque; - Asperar área de
- Colar papelão na - Reativar contraforte; montagem para aplicar
palmilha e rebater; - Montar calcanhar; adesivo (Robô);
- Fixar alma ao reforço; - Conformar calçado; - Aplicação de adesivo no
- Retirar palmilha da - Rebater montagem; cabedal (Robô);
fôrma; - Rebater Cama de Salto; - Aplicação de adesivo na
- Fazer o caimento na - Asperar área de sola (Robô);
palmilha pelo salto na montagem para aplicar - Secador e reativador
lixadeira; adesivo; automático;
- Aplicação de adesivo no - Unir sola ao cabedal;
cabedal e na sola;
103
Oficina
- Aplicação de adesivo na
sola;
- Secagem do adesivo;
- Reativar o adesivo das
partes a serem unidas;
- Posicionar a sola pela
borda da fôrma;
- Pensar o solado;
- Recortar excesso de
material da sola;
- Frezar a beira da sola;
- Aplicação de adesivo na
sola, na montagem e no
salto;
- Secagem do adesivo;
- Colar salto no sapato e
sola na área da palheta;
- Prensar o salto e
palheta;
- Recortar sobras de sola;
- Pintar a beira da sola;
- Gigar a beira (alisar e
polir);
- Marcar o número do
sapato na sola;
- Colocar tacão no salto;
- Pregar tacão no salto;
- Desenformar o sapato;
- Pregar o salto à
palmilha;
106
Depósito
PM AR
FM
MB
MC
BM CV CV CV
MP
AC
08
01
BS 10 BS 10 BS 10
CV CV CV
MC DV
MP AC 09
01
LX
BA
CV CV
11
MP MP MP CA
02 03 RE
BA
CV CV
CH
11
05 PP
04
MP
ES 06 BA
MP CV CV FZ
11
05
PS
05 05
MP MP
ES 06 06 ES
MP MP
CV CV CV
05 05
MR 12 MR 12 MR 12
07
BC
PM PA
FM PRODUTOS
CT
ACABADOS
AR 10
BH 31
MP 11
MP AC MP
01
PP 32
08 07 ME
CC
BH
CC MP 31
MP AC 12
01 07 07 MP
MP MP
MP MP
BH
13 30
07 08
FS
MP 29
AC MP CC
MB
01
MR
08 07
RE 14
CC MP 28
MC MP
MP 07 07
AC
TM
MP MP MP
27
15
07 08
TM
MP CC
PS
15
08 07
MP MP MP 26
CC MP TM
02 25
07 07 15
TM
MP MP
CA MC
MP MP
07 08 PH
03
RC 16
MP CC
24 24
08 07
MC PN
CC MP
FC
MP
04 07 07
MP MP 22 MP 22
17
07 08
CH CH MR CP
ED
MP CC
05 05 CP LX
21
RC
06
20
MP MP MP 18
ME
PO MP
FS
Área para
19
serviço externo
PM
FM PA
CA
MC MP MP 08 CT
MP 03 AR
02
MP
BH
AC
MP CH 04
01
PRODUTOS
ACABADOS
05 MP MP 05 05 MP MP 05 CT
28 MP MP
06 ES 06 ES
MP
27 MR
MP 05 MP 05 CC 09
MP
06 ES 06 ES 26 MP
TM 10
05 MP MP 05 05 MP MP 05 23 MP MP
RE
25 PS
MB
MP
MC
AC ES
MP CH 04 RC
01 22 DC
MC 12
CF
05 MP MP 05 05 MP MP 05
FC
06 ES 06 ES 20 PH
MP 14
MP 05 MP 05
SR
FS
06 ES 06 ES
18
15
MP
M
E
05 MP MP 05 05 MP MP 05
Lr Ar
CA Carimbação
03 Carimbação
MP Mesa Padrão
Máquina de Chanfrar
04 Chanfração He
Computadorizada
05 Preparar Cabedais MP Mesa Padrão
06 Pespontar Cabedais Pe Máquina de Costura Eletrônica
PA Prateleira de Armazenamento
07 Setor de Distribuição
FM Formeiro Metálico
CT Carrinho de Transporte
08 Abastecer Célula
AR Armário
09 Conformar Contraforte CC Conformadora de Contrafortes
10 Fixar Palmilha de Montagem TM Torno de Montagem e Sistema Ironfox
RE Reativadora de Couraça
11 Montagem do Bico e Enfranque
Me Máquina de Montar Bico e Enfranque
RC Reativadora de Contraforte
12 Montar calcanhar
Ce Máquina de Montar Calcanhar
13 Conformar Cabedal FC Forno Conformador
MP Mesa Padrão
14 Aplicar Creme para Brilho
FS Forno de secagem
15 Escovar Corte ME Máquina de escovar
16 Asperar Corte Lr Lixadeira Robô
114
Entrevistado:
Cargo:
Empresa atual:
Localização:
Tempo em atividade:
1- O que motivou a abertura da Cia.?
2- O que facilitou a entrada da empresa no mercado?
3- Havia concorrentes no mercado? Quantos e quais os principais?
4- Como a Cia prospectou os primeiros clientes?
5- Quem eram os principais clientes de calçado no exterior?
6- Qual o critério para colocar os pedidos nas fábricas?
7- Quais as transformações que as empresas tiveram de realizar nas suas
estruturas administrativas e de chão-de-fábrica para poderem atender os
primeiros pedidos?
8- Qual o tamanho dos primeiros pedidos e quais os tipos de modelos
produzidos? A empresa estava preparada para atender a nova
demanda?
9- Qual a origem dos primeiros modelos que foram produzidos?
10- Como foram definidos e negociados os preços dos calçados?
11- Como foi a transição no sistema de trabalho nos setores de produção?
Houve resistência a mudanças?
12- Vieram técnicos do exterior para assessorar as Cias. e as fábricas?
13- No caso dos EUA, quem abastecia esse mercado antes do Brasil entrar
em cena?
14- Era fácil conseguir as matérias-primas que necessitavam?
15- Qual foi a reação dos fornecedores frente aos novos volumes de
pedidos?
16- Como as fábricas se abasteciam para poder atender pedidos tão
grandes?
17- Quais as primeiras companhias de exportação do Vale?
116
Entrevistado:
Cargo:
Empresa atual:
Localização:
Tempo em atividade:
1- Qual o posicionamento das empresas no período anterior as
exportações? (1960)
2- Como era realizado o desenvolvimento das coleções para atender o
mercado interno?
3- Como eram realizadas as vendas para o mercado interno?
4- Quais eram os mercados atingidos pela empresa nesse período?
5- Qual o sistema utilizado para receber os pagamentos dos clientes?
6- Como foi tomada a decisão de buscar clientes no exterior? Ou os
clientes do exterior procuraram as fábricas? Ou foram intermediários que
se encarregaram de juntar cliente e fabricante?
7- Alguma associação de classe teve influência na busca por novos
mercados?
8- Quantos empresários participaram da decisão de buscar novos
mercados? Quem eram eles?
9- A que empresas pertenciam os empresários desse grupo?
10- Como os empresários prospectaram os clientes a serem visitados?
Tiveram a ajuda de alguma pessoa que conhecia o mercado alvo e seus
compradores? Ou foram contatados pelos clientes?
11- Os empresários já haviam participado de alguma feira internacional?
12- É possível datar a primeira viajem e os acontecimentos que se
desencadearam?
13- Como e por que foi escolhido o primeiro mercado estrangeiro a ser
prospectado?
14- Quais e como foram definidas as estratégias para entrar no novo
mercado?
118