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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
6.2 Holística.............................................................................................. 22
7.3 Atividade............................................................................................. 27
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9 UM PARADIGMA CONTEMPORÂNEO EM ORIENTAÇÃO
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1 INTRODUÇÃO
Prezado Aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 LIFE DESIGN: O PARADIGMA DA CONSTRUÇÃO DO EU E DA CARREIRA
Fonte: kuau.com.br
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uma trajetória de carreira segura e se envolviam em trabalho permanente,
possibilitando assim o desenvolvimento de uma carreira no contexto da organização
(Savickas, 2012; Duarte, 2009).
No entanto, desde o início do século XXI, com o advento da revolução digital e
a chegada de uma nova forma de capitalismo mundial, ou seja, o relaxamento do uso
de capital e trabalho, levou a um aumento da insegurança e do desemprego.
Especificamente, o efeito associado à incorporação do trabalho do conhecimento é
que os indivíduos não se tornam mais mediadores do processo de produção, mas se
tornam o corpo principal e os participantes do processo de produção (Amorim, 2013).
Fonte: fia.com.br
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O (des)equilíbrio da vida profissional tem um impacto na vida pessoal e familiar
de um indivíduo, se tornando necessário (re)pensar suas habilidades e ambições
(Duarte & cols., 2010). As pessoas não apenas precisam estar no local de trabalho
como de costume, mas também com a vida pessoal e familiar para apoiar a visão e o
desenvolvimento de sua carreira.
Atualmente, no "plano econômico global, o mundo pós-moderno apoiado pela
tecnologia da informação", o desenvolvimento e gerenciamento de carreira exigem
uma visão da vida. (Duarte & cols., 2010). Em outras palavras, na reflexão atual, a
chamada era moderna líquida (Bauman, 2001; Guichard, 2012), sendo tarefa da
psicologia vocacional ajudar os indivíduos a imaginar e refletir sua trajetória de vida.
Especificamente, auxiliando-os a projetar e construir suas vidas gradualmente,
incluindo planos de carreira (Duarte & cols., 2010).
Ao longo desses caminhos, a satisfação no contexto da formação profissional
pode ser entendida como um senso de identidade, e os ajustes na área de treinamento
se traduzem em uma sensação de bem-estar e comprometimento. (Bradagi,
Lassance, Paradiso, & Menezes., 2006).
Observando as necessidades do século XXI de uma perspectiva mais
abrangente e específica, percebe-se que os indivíduos, particularmente, possuem
dúvidas relacionadas ao o que ser ou fazer da vida. O objetivo da psicologia
vocacional não é apenas encontrar respostas profissionais, mas também prestar
atenção a preocupação dos antepassados, ou seja, ajudar os indivíduos a
desenvolver sua busca pelo significado da vida sob adversidade (Frankl, 1988 apud
Martins e col., 2018)), como um procedimento incluso no ciclo de vida (Savickas,
2012). Em outras palavras, hoje, o papel da psicologia vocacional é auxiliar os
indivíduos a encontrar as melhores oportunidades com base em seus interesses e
habilidades. Como refere Andrade, Meira e Vasconcelos (2002), esse posicionamento
deve acompanhar o processo educacional e cooperar com ele, não apenas para
atender às suas possíveis necessidades.
No curso da trajetória da vida, surgiu uma nova relação entre os indivíduos
"trabalhadores e o mundo do trabalho desencadearam a necessidade de desenvolver
e aplicar novos equipamentos para promoção pessoal" (Duarte & cols., 2010). Ou
seja, considerando os desafios (como um novo emprego, uma nova experiência de
aprendizado) ou os possíveis riscos (como desemprego, trabalho de meio período ou
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temporário, divórcio), os indivíduos devem considerar essas situações como
oportunidades para aprender e refletir sobre a participação em um projeto pessoal de
Life Design (Savickas & cols., 2009) ou Construção da Vida (Duarte & cols., 2010).
Nas palavras de Duarte:
Fonte: slacoaching.com.br
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A expansão das profissões e a diversificação do trabalho remunerado
tornaram-se, sem dúvida, uma das consequências mais características da
industrialização que ocorreu no início do século XX. Em conexão com a nova
organização social do trabalho, havia a necessidade de ajudar as pessoas a encontrar
e negociar o trabalho contratado. Práticas pioneiras no campo da orientação
profissional, consideradas uma "micro ferramenta para o Estado Industrial" (Arthur,
Inkson, & Pringle, 1999), promoveu as noções de dependência hierárquica e
relacionamentos estáveis. Como resultado, um funcionário leal e dedicado pode
aspirar a trabalhar pelo resto da vida, ao qual a organização responderá oferecendo
segurança no trabalho. Ao longo do século XX, normas e aspirações sociais limitaram
suas carreiras a um formato em que a ordem social assegurava padrões predefinidos
nos quais os indivíduos podem fazer escolhas que lhes convierem.
4 CONSTRUÇÃO DE VIDA
Fonte: sense-lab.com
Por detrás de cada ato autobiográfico há um ‘eu’ para quem algumas coisas
são importantes e assumem prioridade sobre outras. Algumas destas coisas
não são apenas objetos de desejo ou interesse, mas dominam a admiração
e o respeito de quem as escreveu. São os principais bens-chave que animam
e moldam as escolhas e as respectivas deliberações éticas. Estes bens
podem incluir ideais de autorrealização, de justiça social, de igualdade de
respeito ou de cuidado do outro... Tais bens também moldam inevitavelmente
as histórias que o autor conta quando projeta o seu futuro ou constrói seu
passado ou seu presente. Em suma, estes bens estão no cerne da narrativa
de vida, e são seus constituintes necessários. (PARKER, 2007).
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que surgem quando os indivíduos constroem suas vidas, combinando suas
necessidades com as do contexto, em particular o contexto do trabalho.
Savickas et. al (2009) afirmam que, ao formular essas intervenções no contexto
de uma carreira profissional, pressupõe que a questão da interação entre o poder da
ação pessoal e a estrutura social seja transformada em questões científicas. Esses
novos problemas devem ser suportados por conhecimentos já desenvolvidos.
Uma questão que tem conduzido a pesquisa de carreira é como combinar
indivíduos e profissões. Em meados do século, novas questões surgiram com o
surgimento de organizações hierárquicas e burocráticas. A segunda questão é,
portanto, como os indivíduos podem usar suas diversas experiências para se
desenvolver profissionalmente e desenvolver suas carreiras. Super (1957 apud Duarte
et al 2010) questionou quais seriam os estágios e processos de desenvolvimento de
carreira ao longo do ciclo da vida. As questões sociais contemporâneas relativas à
construção da vida levaram a uma questão de pesquisa, além das feitas até agora,
sobre adequação e desenvolvimento (Guichard, 2005), onde questionou-se quais são
os fatores e os processos da construção de si. Embora ainda seja importante entender
como as pessoas escolhem profissões e desenvolvimento de carreira ao longo do
tempo, é necessário entender melhor como as pessoas constroem suas vidas através
de seu trabalho. Pois, quando os indivíduos estão envolvidos em atividades com
diferentes funções, eles tentarão reconhecer atividades que sejam consistentes com
seus valores fundamentais. Através de eventos e discursos sobre suas experiências,
as pessoas podem se construir.
Para elaborar um plano de pesquisa, é necessário distinguir entre funcionários
/ colaboradores nucleares, precários e marginalizados. Funcionários nucleares
trabalham relativamente fixo na organização. Esses trabalhadores devem aprender a
fazer os melhores investimentos em habilidades atuais para adaptar e desenvolver
novas habilidades, a fim de sobreviver no mercado de trabalho sem fronteiras. Para
esse tipo de funcionário, é necessário investigar os fatores e processos que favorecem
e levam ao desenvolvimento de competências. Para trabalhadores precários, eles
precisam aprender a lidar com as múltiplas mudanças que enfrentarão ao longo de
suas carreiras. Sua carreira se desenvolverá com uma série de miniciclos (Super,
Savickas, & Super, 1996), e envolverá atividades de exploração e desenvolvimento
que sua experiência anterior de trabalho pode ou não oferecer suporte. Portanto, as
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decisões de carreira tomadas por trabalhadores precários geralmente se concentram
no curto prazo e são determinadas pela sua empregabilidade. Os trabalhadores
marginalizados podem encontrar outros obstáculos e restrições no emprego, às vezes
até trabalhando por diárias.
Fonte: tiespecialistas.com.br
O indivíduo faz uma carreira quando faz sua escolha naquilo que exprime seu
autoconceito. O autoconceito também é estabelecido através das experiências
peculiares que indivíduos encontram em seu ambiente de vida. O método narrativo de
aconselhamento de carreira baseia-se nessas experiências e é um recurso importante
para o planejamento e o estabelecimento de vida. Os autoconceitos das pessoas
podem ser alterados por meio de novas experiências e até pela observação do
comportamento dos outros. Seus interesses nunca foram totalmente estabelecidos, e
o "eu" está em um estado de reconstrução.
Segundo os autores Savickas & cols, (2009) esses cinco pressupostos visam
“produzir conhecimento e capacidades específicas para analisar e lidar com contextos
ecológicos, dinâmicas complexas, causalidades não-lineares, realidades subjetivas
múltiplas e modelagem dinâmica”. De fato, é um modelo projetado para planos de
intervenção e pode fornecer recomendações para a trajetória de vida de indivíduos
que se integram à vida social do trabalho.
Os cinco pressupostos constituem um novo método de intervenção
ocupacional. O Life Design é um modelo teórico que abrange cinco pressupostos sob
a perspectiva do construtivismo social, posicionando o indivíduo como autor do criador
do processo narrativo da (auto)biografia (Savickas, 2012).
Fonte: ocafezinho.com
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consultores profissionais acreditam em uma lei geral e apoiam sua prática assumindo
que as habilidades e interesses do indivíduo vai permitir prever o desenvolvimento
pessoal da carreira. Se assim fosse, seria possível fornecer uma grande quantidade
de evidências que comprovariam a eficácia preditiva de uma avaliação psicológica na
maioria dos modelos ocupacionais. Não é esse o caso, a evidência disponível é, na
melhor das hipóteses, a capacidade preditiva moderada em certas dimensões do
aconselhamento de carreira (Brown & Krane, 2000).
Percebe-se que os conselheiros continuam acreditando em explicações
causais simples e lineares que não foram confirmadas por sua experiência diária. As
suposições de que as habilidades e os interesses são suficientes para garantir o
sucesso em um determinado trabalho ou treinamento e a crença de que esses
requisitos permanecem estáveis e previsíveis não parecem mais se sustentar. De fato,
existem habilidades como inteligência geral e valores fundamentais que permanecem
relativamente estáveis, mas o problema é que as pessoas projetam e vivem suas vidas
e podem não pensar que essas habilidades e interesses sejam permanentes.
Ademais, em ocasiões interativas, como no aconselhamento de carreira, um
dos agentes não pode ter certeza de que o outro agente se comportará
prudentemente. Mesmo durante interações simples de solução de problemas,
suposições e definições mudam constantemente e de maneira não linear. Variação e
cadeias de decisão complexas são as regras. A causalidade linear simples é uma
exceção.
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formular suposições viáveis e, em seguida, testar e avaliar; e deve repetir esse
processo interativamente, a fim de desenvolver soluções sustentáveis e satisfatórias.
Fonte: ibpad.com.br
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A principal contradição aqui é que os conselheiros tentam entender seus
clientes usando uma linguagem (terminologia técnica e normativa) que não pertence
ao seu vocabulário. O trabalho de Savickas (2005) mostra que a análise das narrativas
do próprio indivíduo para entender sua construção de múltiplas realidades subjetivas
tem a vantagem de poder manter contato próximo com sua própria linguagem, não
apenas para entender a situação, relacionado ainda a sua origem. Em vez de normas
sociais e estatísticas abstratas e imutáveis, surgiram as referências vivas dos clientes.
As vantagens são óbvias: se uma pessoa tem várias maneiras de explicar suas
diversas experiências de vida, pode ter diferentes perspectivas e perfis de vida. O
papel do conselheiro é apoiar a mobilidade da pessoa e sua adaptação ou
reconstrução flexível de seu próprio ecossistema, abrindo assim uma nova
perspectiva de coevolução.
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No entanto, apesar da complexidade da tarefa, a eficácia da consulta ainda
precisa ser avaliada. Algumas outras disciplinas científicas, incluindo matemática,
meteorologia, biologia, genética e economia, também exploraram métodos diferentes,
modelaram sistematicamente modelos complexos de interações variáveis e
simularam para prever a possibilidade do sistema comportamento. (Thomas & D’Ari,
1990). Esses procedimentos de modelagem, incluindo lógica de difusão e modelos
caóticos, mostraram validade preditiva mais forte.
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6.1 Ao Longo de Todo o Ciclo Vital
Fonte: engsearch.com.br
6.2 Holística
6.3 Contextual
6.4 Preventiva
A orientação vocacional não pode mais ficar livre de interferir nesses períodos
de transição, nem pode fazer previsões ou recomendações com base nas condições
atuais. Também deve desempenhar um papel preventivo óbvio. É necessário intervir
e buscar alianças e cooperação preventivas prioritárias.
Na estrutura geral da consultoria de construção da vida, isso significa que as
pessoas estarão interessadas em seu futuro antes do momento em que a transição
será difícil, de modo a aumentar suas oportunidades reais de escolha e prestar
atenção especial à situação de risco.
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Fonte: segurancatemfuturo.com.br
7.1 Adaptabilidade
7.2 Narrabilidade
Fonte: falando-psi.blogspot.com
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As intervenções de construção de vida podem ajudar os indivíduos a identificar
todas as suas identidades ou papéis subjetivos (e seus relacionamentos) na vida e
depois pensar em como algumas dessas formas ou papéis se tornam energia nuclear
na vida e como outras formas ou papéis se tornam coisas periféricas. A qualquer
momento da vida de uma pessoa, uma ou duas áreas podem ser mais importantes e
fornecer uma perspectiva mais relevante para a construção e construção da vida.
Esses papéis proeminentes moldam áreas que são significativas e importantes para
os indivíduos, e essas áreas geralmente correspondem a certas expectativas
principais.
Ao desempenhar um papel no contexto, as pessoas entenderão que
executarão scripts específicos, receberão feedback específico, desenvolverão
representações de si mesmas e de outras pessoas e, em seguida, gerarão
expectativas para o seu futuro nesse contexto. Portanto, as recomendações de
desenvolvimento de carreira incluem o estabelecimento de planos de carreira
relacionados aos cargos, mas é mais global que isso. Foi desenvolvido para ajudar as
pessoas a entender claramente os papéis e áreas da vida (incluindo papéis e áreas
passadas) relacionados a certas expectativas futuras importantes de um ou mais
papéis. Portanto, incentiva-os a encontrar maneiras de obter as oportunidades
necessárias: priorizar, determinar apoio, desenvolver recursos e participar de
atividades.
7.3 Atividade
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atividades e interações criaram novas maneiras de ver e expressar, que mudaram os
autoconceitos e podem reinterpretar certos temas na vida.
Para que haja grandes mudanças nas "conclusões" da história de vida de
muitas pessoas, especialmente aquelas que parecem ter sido escritas ou fáceis de
prever, dever ser considera essas atividades. Um exemplo dessa intervenção é um
seminário chamado " Descoberta das Atividades Profissionais e Planos Futuros”
(Guichard & Dumora, 2008), que permite que os jovens se envolvam em atividades
que consideram relevantes para as expectativas futuras.
7.4 Intencionalidade
Fonte: medium.com
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O percurso profissional em si é estabelecido participando de atividades e
refletindo sobre os resultados posteriormente. Nesse sentido, Krieshok (2003) propôs
que, apesar da incerteza, o conceito decisivo deveria ser substituído pela participação
no mundo do trabalho. Richardson e Krieshok sugeriram que, em um mundo em que
há mais incerteza e menos opções, clientes e consultores não devem se concentrar
nas opções. Como alternativa, eles devem se concentrar no significado estabelecido,
estabelecendo intencionalmente seus próprios processos de vida. Em uma sociedade
do conhecimento, "eu" e identidade são conceitos que as pessoas desenvolvem
através de constante reflexão e retrospecção.
A teoria do desenvolvimento de carreira aponta que os indivíduos constroem
suas carreiras, dando sentido ao comportamento profissional (Savickas, 2005). Do
ponto de vista construtivista, o conceito de ocupação representa uma perspectiva
esportiva, atribuindo significado à memória do passado, à experiência do presente e
ao desejo de futuro, com o objetivo de transformá-lo em um tema da vida. Os
significados contidos nesses temas biográficos fornecem aos indivíduos os pré-
requisitos necessários para se adaptar às mudanças sociais que experimentam no
trabalho. Esse significado pessoal substitui o contexto de segurança fornecido
anteriormente pela organização. A tarefa dessas organizações é integrar-se cuidando
dos funcionários, protegendo e explicando. Atualmente, a história da vida mantém sua
singularidade e estabelece uma ponte de um emprego para outro. Numa sociedade
do conhecimento, ajudar as pessoas a projetar vidas e desenvolver carreiras requer
novos métodos de intervenção.
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aliança de trabalho. Nesta interação, o conselheiro incentiva o cliente a descrever
através da narrativa o histórico de problemas a serem resolvidos. Tal como o cliente
conta sua história, o conselheiro o incentiva a refletir sobre os tópicos e significados
contidos nessa narrativa.
Nesse diálogo, o consultor e o cliente determinam as principais circunstâncias
de cada questão. Esse diálogo deve ajudar os clientes a entender as principais áreas
da vida, em vez de focar a narrativa em apenas uma situação. Além disso, eles devem
distinguir os papéis centrais e periféricos desempenhados pelo cliente, que são papéis
pendentes para consultas contínuas.
Depois de identificar o problema e seu contexto principal, o segundo passo se
concentra em explorar o sistema atual de formas de identidade subjetiva do cliente. O
cliente e o consultor investigam as visões do cliente hoje e como ele/ela está
organizado e trabalha em uma função/campo destacado. Os conselheiros ajudam os
clientes a refletir e construir narrativas, expressando suas experiências e expectativas,
ações e interações, relacionamentos e expectativas com os outros.
Fonte: blog.kuau.com.br
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para eles de uma nova perspectiva e, assim, releia sua narrativa. O consultor pede ao
cliente que renuncie a qualquer opção, destrua o sonho ou tenha opções limitadas.
Talvez seja hora de recapitular e experimentar essas narrativas silenciosas
novamente. Por meio dessa descoberta e reutilização comuns, a narrativa pode ser
reorganizada, modificada e revitalizada.
Depois de revisar a narrativa, o quarto passo na intervenção na construção da
vida é encontrar o problema nesta nova história. Quando os problemas surgem de
uma nova perspectiva, momentos críticos no processo ocorrerão. Isso leva os clientes
a se considerarem da perspectiva de certas formas de identidade novas ou esperadas.
Quando o cliente claramente levanta novas expectativas e expressa claramente o
possível "eu”, vagamente percebido antes da intervenção, a solução de problemas e
as mudanças ocorrem. Esta etapa será concluída quando o cliente sintetizar entre o
antigo e o novo por meio da seleção e do compromisso inicial com determinadas
funções ou identidades.
O quinto passo envolve a designação de atividades que o indivíduo coloca em
prática e alcança essa identidade. O cliente deve se engajar em atividades
relacionadas ao possível "eu", que agora fazem parte de sua narrativa. Para
especificar o que ele fará e o que isso significa, é necessário desenvolver um plano
de ação. O plano do evento descreve como participar dessas novas experiências. Ele
lista atividades que podem transferir clientes de pessoas experientes para o que é
agora desejado, um movimento que Tiedman (1964 apud Duarte et al 2010) chama
de ação intencional (purposeful action).
O plano deve conter ações em como lidar com obstáculos existentes ou
potenciais, e como permitir que o cliente conte sua importante história de vida a
importantes audiências. O discurso deve ser apoiado por pais, parceiros, amigos e
outros que possam ser ouvintes para tornar a narrativa mais clara e coerente.
É necessário que o consultor verifique junto ao cliente se o plano de ação
intencional atende de forma direta o problema de consultoria trazido por ele. Será útil
fornecer aos clientes um resumo por escrito do plano e uma declaração que reflita
claramente os benefícios e segredos mais duradouros do sucesso.
A sexta etapa contém atuações de assistência de curto e longo prazo. A
garantia da qualidade requer que os consultores considerem os resultados
recomendados e providenciem outras sugestões, se necessário.
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9 UM PARADIGMA CONTEMPORÂNEO EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E
DE CARREIRA
Fonte: linkedin.com
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É importante ressaltar que o paradigma Life Desogn permite que a definição
seja separada da teoria, o que mostra que a teoria pode realmente ser usada como
uma alternativa à definição dinâmica. Em outras palavras, ao separar a definição da
teoria, a atitude de propor a definição também é diferente da atitude expressa pela
teoria. Ao contrário da definição, a teoria não pode considerar a consulta como uma
estrutura ideal, mas pode ser vista como um processo aberto, visando de diferentes
maneiras e executando diferentes funções em diferentes momentos. Ao contrário da
definição, a teoria pode ser usada para descobrir o desenvolvimento da carreira por
meio de histórias de vida, a reconstrução da narrativa e a construção conjunta da
identidade narrativa.
O paradigma do design de vida não considera a consultoria um conceito
fechado; ele pode integrar novos elementos, assim como o uso de um sistema de
modelo de código de momentos inovadores, enraizado no conceito de auto narrativa.
(Cardoso, Silva, Gonçalves, & Duarte, 2014).
Por exemplo, o paradigma Life Design admite ser uma maneira de olhar com
consistência e coerência suficientes para construir a si mesmo como uma certa
verdade, que é sempre passageira, marcada pelo tempo e sempre probabilística. Uma
maneira de ver, com sua própria existência ontológica, porque a maneira de ver prediz
o modo de ser visto; isto é, as coisas não são, as coisas serão apenas.
O novo paradigma é um modelo projetado para responder às necessidades
sociais caracterizadas pela diversidade e rápidas mudanças nos campos
socioeconômico e tecnológico (Cardoso, 2011). Da perspectiva do pensamento pós-
moderno, o Life Design ou Construção da Vida é o paradigma atual da psicologia
profissional.
Do ponto de vista da aprendizagem ao longo da vida, esse paradigma se
concentra no desenvolvimento pessoal para ajudar os sujeitos a “projetar a vida como
autoria ou marca pessoal, como no campo da arte, o que requer uma compreensão
do todo, trabalho, modelagem, ajuste interativo e até mesmo re-designing ou
reconstrução” para lidar com possíveis alterações (Taveira, 2011).
Sendo o paradigma Life Design um modelo recente, é necessário fortalecer os
planos de intervenção para orientação e desenvolvimento de carreira, que devem ser
acompanhados de formas educacionais e da trajetória de construção de vidas de
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jovens e indivíduos, ou seja, através do trabalho ou ocupações que devem ser
realizadas. Para fazer ou experimentar, o objetivo é integrar-se à sociedade,
principalmente para encontrar satisfação entre a vida pessoal e o trabalho. (Martins,
2015).
O trabalho de Silva (2016) reforça essa ideia: de certa forma, é necessário
aprimorar dinamicamente a estratégia de orientação profissional para que os
aprendizes individuais possam "ter sucesso o máximo possível" e impedir a
marginalização e a exclusão social.
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REFERÊNCIAS
BROWN, S. D. e Col. Four (or five) sessions and a cloud of dust: Old
assumptions and new observations about career counseling. In R. W. Lent & S.
D. Brown (Eds.), Handbook of counseling psychology (pp. 740-766). New York: Wiley,
2000.
35
DAUWALDER, J. P. Quality in educational and vocational guidance at the
beginning of the 21st century: Some introductory statements. In J. P. Dauwalder,
R. Kunz, & J. Renz (Eds.), Quality development in vocational couns, 2003.
36
GUICHARD, J. Life-long self construction. International Journal for
Educational and Vocational Guidance, 5, 111-124, 2005.
37
MARTINS, D. Desenvolvimento da identidade vocacional de jovens
institucionalizados em centros educativos portugueses. (Tese de Doutoramento).
Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, 2015.
PARKER, D. The self in moral space. Life narrative and the good. Ithaca,
NY: Cornell University Press, 2007.
38
SILVA, L. Estudo sobre a Orientação Vocacional e Profissional – Escolhas.
Psicologia Escolar e Educacional, 20(2), 239- 244, 2016.
THOMAS, R. e Col. Biological feedback. Boca Raton, FL: CRC Press, 1990.
39
VALLACHER, R. R. e Col. What do people think they’re doing? Action
identification and human behavior. Psychological Review, 94, 3-15, 1987.
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