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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CAROLINE MACEDO
EDER ALVES DE OLIVEIRA
ÉRICA MACHADO
FERNANDA DAS GRAÇAS PEREIRA

PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS EM MADEIRA


EQUIPE 1

Palhoça
2018
CAROLINE MACEDO
EDER ALVES DE OLIVEIRA
ÉRICA MACHADO
FERNANDA DAS GRAÇAS PEREIRA

PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS EM MADEIRA


EQUIPE 1

Trabalho referente à unidade de aprendizagem


de Estruturas em Madeiras, do curso de
Engenharia Civil - Universidade do Sul de
Santa Catarina, como requisito parcial de
avaliação.

Prof. Roberto Motta Bez

Palhoça
2018
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Geometria da treliça..................................................................................................8


Figura 2 – Ilustração do arranjo da edificação............................................................................8
Figura 3 – Números dos nós da treliça........................................................................................9
Figura 4 – Números das barras da treliça....................................................................................9
Figura 5 – Seções comerciais disponíveis (em cm)..................................................................10
Figura 6 – Telha Francesa.........................................................................................................10
Figura 7 – Áreas de influência..................................................................................................11
Figura 8 – Área de madeira para determinação de volume......................................................14
Figura 9 – Carregamento total atuante por nó – peso próprio..................................................16
Figura 10 – Esforços atuantes – peso próprio...........................................................................16
Figura 11 – Carregamento total atuante por nó – sobrecarga relativa a pressão do vento.......17
Figura 12 – Esforços atuantes – sobrecarga relativa a pressão do vento..................................18
Figura 13 – Carregamento total atuante por nó – sobrecarga de manutenção..........................19
Figura 14 – Esforços atuantes – sobrecarga de manutenção.....................................................19
Figura 15 – Detalhe 1 da ligação entre o banzo superior e inferior (linha)..............................25
Figura 16 – Ações atuantes na terça.........................................................................................27
Figura 17 – Esquema do pilar...................................................................................................35
Figura 18 – Relações.................................................................................................................35
Figura 19 – Alinhamento do pilar.............................................................................................37
Figura 20 – Detalhe 2 da ligação entre o banzo superior e inferior (linha)..............................40
Figura 21 – Detalhe do entalhe entre o banzo superior e inferior (linha).................................41
Figura 22 – Detalhe da ligação de peça tracionada...................................................................42
Figura 23 – Detalhe da ligação com parafuso...........................................................................42
Figura 24 – Especificação do espaçamento..............................................................................44
Figura 25 – Detalhe do entalhe.................................................................................................45
Figura 26 – Detalhe do espaçamento dos parafusos.................................................................46
Figura 27 – Detalhe da emenda das terças................................................................................47
Figura 28 – Detalhe do contraventamento................................................................................48
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Características da madeira (valores médios para U=12%)........................................9


Tabela 2 – Características da telha............................................................................................10
Tabela 3 – Carregamento total por nó – referente ao peso da estrutura...................................16
Tabela 4 – Carregamento total por nó – referente a sobrecarga de pressão do vento...............17
Tabela 5 – Carregamento total por nó – referente sobrecarga de manutenção.........................19
Tabela 6 – Combinação de ações de esforços da treliça...........................................................21
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................7
1.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................7
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................7
2 PROBLEMA PROPOSTO.................................................................................................8
3 INFORMAÇÕES E CARACTERISTICAS.....................................................................9
3.1 INFORMAÇÕES DA TRELIÇA.......................................................................................9
3.2 CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA.............................................................................9
3.3 CARACTERÍSTICAS DA TELHA.................................................................................10
3.4 ÁREAS DE INFLUÊNCIA..............................................................................................11
4 CARGAS ATUANTES – PESO PROPRIO...................................................................12
4.1 CÁLCULO DO PESO DA COBERTURA......................................................................12
4.1.1 PESO DAS TELHAS....................................................................................................12
4.1.2 PESO DAS RIPAS........................................................................................................12
4.1.3 PESO DOS CAIBROS..................................................................................................12
4.1.4 PESO DAS TERÇAS....................................................................................................13
4.1.5 PESO TOTAL DA COBERTURA...............................................................................13
4.1.6 DETERMINAÇÃO DO CARREGAMENTO POR NÓ...............................................13
4.2 CALCULO DO PESO DA TRELIÇA.............................................................................14
4.2.1 VOLUME POR SESSÃO.............................................................................................14
4.2.2 CALCULO DO CARREGAMENTO POR NÓ............................................................15
4.3 CARGA TOTAL ATUANTE POR NÓ..........................................................................16
5 CARGAS ATUANTES – SOBRECARGA RELATIVO À PRESSÃO DO VENTO. 17
5.1 CARGA TOTAL ATUANTE POR NÓ..........................................................................17
6 CARGAS ATUANTES – SOBRECARGA DE MANUTENÇÃO................................19
7 TESTE DE HIPÓTESES..................................................................................................20
8 COMBINAÇÃO DE ERFORÇOS DA TRELIÇA........................................................21
9 VERIFICAÇÃO DAS BARRAS MAIS SOLICITADAS DA TRELIÇA....................22
9.1 COMPRESSÃO...............................................................................................................22
9.2 TRAÇÃO..........................................................................................................................24
9.3 CISALHAMENTO..........................................................................................................25
10 VERIFICAÇÃO DAS TERÇAS DO TELHADO..........................................................27
11 VERIFICAÇÃO DOS PILARES....................................................................................35
12 LIGAÇÃO ENTRE A LINHA E O BANZO SUPERIOR............................................40
12.1 COMPRESSÃO INCLINADA........................................................................................40
13 EMENDA DO BANZO INFERIOR................................................................................42
13.1 LIGAÇÃO POR PARAFUSOS.......................................................................................42
14 DETALHE DO ENTALHE ENTRE O BANZO SUPERIOR E INFERIOR.............45
15 DETALHE DO ESPAÇAMENTO DOS PARAFUSOS................................................46
16 DETALHE DA EMENDA DAS TERÇAS.....................................................................47
17 DETALHE DO CONTRAVENTAMENTO...................................................................48
18 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................49
19 REFERÊNCIAS................................................................................................................50
7

1 INTRODUÇÃO

A madeira é uma matéria-prima importante e versátil em vários setores da atividade


humana, pois pode ser aplicada a diversas situações. É um dos materiais mais antigos nas
construções, utilizada no mundo todo. Sabe-se que o uso da madeira como constituinte
principal da estrutura de edificações, não é posta em pé de igualdade com o betão ou com o
metal, contudo tem se mostrado vantajosa, sendo empregada para os mais diversos fins e em
variados tipos de construções.
As estruturas feitas em madeira possuem boa durabilidade, o que pode ser verificado em
peças antigas como embarcações, sarcófagos e templos milenares. A madeira é um material
bastante flexível e é vista como material leve, obtendo-se um alto valor na relação
peso/resistência. Permite também confeccionar peças bonitas esteticamente além da
sustentabilidade. Transmite esforços de compressão, tração e flexão.
Este trabalho tem como objetivo desenvolver o projeto de uma estrutura em madeira
utilizando os conhecimentos adquiridos em sala de aula, levando em consideração as
informações citadas no contexto. Contudo, devido às deficiências da madeira, precisa-se
tomar cuidado, visto que o material possui origem vegetal e os parâmetros apresentam grande
variabilidade interna.

1.1 OBJETIVO GERAL

Assimilar o conteúdo estudado em sala de aula, aplicando os conceitos e critérios de


dimensionamento e verificação de peças estruturais em madeiras, possibilitando a
visualização do comportamento da madeira em um projeto estrutural.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a. Definir o tipo de telhado e sua geometria;


b. Calcular as ações do peso próprio da estrutura, superestrutura e cobertura;
c. Determinar, através de cálculos utilizando o software Ftool, os esforços atuantes nas
barras da treliça e nos pilares (reações de apoio);
d. Determinar o arranjo global da estrutura e da edificação;
e. Verificar as tensões nas barras mais solicitadas da treliça;
f. Dimensionar os pilares em peças compostas afastadas;
g. Detalhar as ligações.
8

2 PROBLEMA PROPOSTO

Dimensionar uma edificação totalmente estruturada em madeira de Angelim Pedra,


coberta por telhas cerâmicas do tipo Francesa, sob elas estão ripas, caibros e terças,
sustentados por sistema estrutural do tipo “treliça” (tesouras) que apoiam-se sobre pilares em
peças compostas afastadas, executados com a mesma madeira empregada na estrutura. Deverá
ser adicionado ao peso uma parcela relativa a sobrecarga do vento (P = 90Kgf/m²) e outra a
necessidade de manutenção do telhado (P = 200kgf), aplicada em cada nó superior da treliça.
O pé direito da edificação é de 2,9 m (altura dos pilares). O comprimento total da edificação é
de 15,0 m e a distância entre as treliças é de 3,0 m, com vão de 8m a ser vencido por ela. A
Figura abaixo apresenta o dimensionamento inicial da estrutura:

Figura 1 – Geometria da treliça

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Figura 2 – Ilustração do arranjo da edificação.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


9

3 INFORMAÇÕES E CARACTERISTICAS

3.1 INFORMAÇÕES DA TRELIÇA

Para efeito de dimensionamento, utilizou-se uma treliça de 12 nós, composta por 21


barras, conforme ilustrações abaixo:

Figura 3 – Números dos nós da treliça.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Figura 4 – Números das barras da treliça.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.2 CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA

O projeto será executado com a espécie de madeira Angelim Pedra, sendo as suas
características apresentadas na Tabela 1:

Tabela 1 - Características da madeira (valores médios para U=12%)


NOME ρap(12%
NOME fc0 ft0 ft90 fv Eco
COMU ) n
CIENTÍFICO (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa)
M (Kg/m³)
Angelim Hymenolobium
694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912 39
Pedra Petraeum.
10

Fonte: NBR 7190:1997.


As seções comercialmente disponíveis para a madeira adotada são as seguintes:

Figura 5 – Seções comerciais disponíveis (em cm)

Fonte: Roberto Motta Bez, 2018.

3.3 CARACTERÍSTICAS DA TELHA

A seguir as características das telhas adotadas no projeto:

Tabela 2 – Características da telha.


MEDIDAS
(ALTURA
PESO ESPAÇAMENTO
TIPO X COBERTURA INCLINAÇÃO
MÉDIO (GAUGA)
LARGURA
)
Variável –
38cm x 16 peças por 2,80 Kg
Francesa mínima de 34,00 cm
24cm m² por peça
45%
Fonte: Elaboração dos autores, 2018.
11

Figura 6 – Telha Francesa.

Fonte: Catalogo de Arquitetura, 2018.

3.4 ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Para determinação do peso da cobertura em cada nó da treliça, será realizado o cálculo


por área de influência. O telhado foi dividido em 4 tipos de áreas (incluindo o beiral de
60cm), sendo as do Tipo 1 e 2 para as treliças de extremidades e as do Tipo 3 e 4 para as
treliças de meio, conforme abaixo:

Figura 7 – Áreas de influência.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

A área de influência da cobertura sobre cada nó da treliça é obtida pelo seguinte cálculo:

 Área do Tipo 1:
12

A 1=( 66,5+ 66,5 ) x ( 60+150 )


A 1=27930 cm ²=2,793 m²

 Área do Tipo 2:
A 1=( 60+ 67 ) x ( 60+150 )
A 1=26670 cm ²=2,667 m²

 Área do Tipo 3:
A 1=( 66,5+ 66,5 ) x ( 150+ 150 )
A 1=39900 cm ²=3,99m ²

 Área do Tipo 4:
A 1=( 60+ 67 ) x ( 150+150 )
A 1=38100 cm ²=3,81m ²

OBSERVAÇÃO: As áreas da treliça de extremidade são menores, portanto, para efeito


de cálculo será utilizado às áreas da treliça de meio.
13

4 CARGAS ATUANTES – PESO PROPRIO

4.1 CÁLCULO DO PESO DA COBERTURA

O peso da cobertura será calculado por m²(metro quadrado) considerando: telhas, ripas,
caibros, terças, conforme cálculos abaixo:

4.1.1 PESO DAS TELHAS

O peso das telhas por metro quadrado é obtido pela seguinte cálculo:
 Peso médio = 2,80Kg por peça
 Cobertura = 16 telhas por m²

P .telhas= peso médio x cobertura


P .telhas=2,80 x 16
P.telhas = 44,80 Kg/m²

4.1.2 PESO DAS RIPAS

O peso das ripas por metro quadrado é obtido pela seguinte cálculo:
 Seção = 2,5cm x 4,00cm (0,025m x 0,04m)
 Espaçamento (gauga) = 34cm (0,34m)
 Densidade aparente (ρap) = 694kg/m³

Metros lineares de ripas por m²:


1 ÷ 0,34 = 2,94 m.lin/m²

Volume de ripas por m²:


2,94 x 0,025 x 0,04 = 0,00294 m³/m²

P .ripas= peso especifico x volume de ripas por m²


P .ripas=694 x 0,00294
P .ripas=2,04 Kg/m ²

4.1.3 PESO DOS CAIBROS

O peso dos caibros por metro quadrado é obtido pela seguinte cálculo:
 Seção = 5,00cm x 10,00cm (0,05m x 0,10m)
 Espaçamento: 50cm (0,50m)
 Densidade aparente (ρap) = 694kg/m³
14

Metros lineares de caibros por m²:


1 ÷ 0,50 = 2,00 m.lin/m²

Volume de caibros por m²:


2,00 x 0,05 x 0,10 = 0,01 m³/m²

P . caibros=peso especifico x volume de caibros por m ²


P . caibros=694 x 0,01
P . caibros=6,94 Kg/ m²

4.1.4 PESO DAS TERÇAS

O peso das terças por metro quadrado é obtido pela seguinte cálculo:

 Seção = 10,00cm x 20,00cm (0,10m x 0,20m)


 Espaçamento: 1,46m
 Densidade aparente (ρap) = 694kg/m³

Metros lineares de terças por m²:


1 ÷ 1,46 = 0,68 m.lin/m²

Volume de terças por m²:


0,68 x 0,10 x 0,20 = 0,0136 m³/m²

P .terças= peso especifico x volume de terças por m ²


P .terças=694 x 0,0136
P .terças=9,44 Kg /m²

4.1.5 PESO TOTAL DA COBERTURA

O peso total por metro quadrado é obtido pela seguinte cálculo:

 P .total=P . telhas+ P . ripas+ P . caibros+ P . terças


 P .total=44,80+2,04+ 6,94+9,44
 P .total=63,22 Kg/m ²

4.1.6 DETERMINAÇÃO DO CARREGAMENTO POR NÓ

Para a determinação do carregamento do peso da cobertura no nó, será multiplicando a


área de influência correspondente peso total por m² da cobertura.
15

Peso no nó = área de influência x peso por m²

 Nós laterais: 1 e 7 (área tipo 4):


Área de influência = 3,81m²
Peso = 3,81 x 63,22
Peso = 240,868 Kgf ≈ 2,41Kn

 Nós centrais: 8, 9, 10, 11 e 12 (área tipo 3):


Área de influência = 3,99m²
Peso = 3,99 x 63,22
Peso = 252,2478 Kgf ≈ 2,52Kn

4.2 CALCULO DO PESO DA TRELIÇA

Com ajuda do Software AutoCad, a treliça foi dividida em quatro cessões (A,B,C e D),
e realizado a leitura da área de cada barra para determinar o volume de madeira
correspondente a cada cessão.

 Seção da madeira = 6,00cm x 16,00cm

Figura 8 – Área de madeira para determinação de volume.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

4.2.1 VOLUME POR SESSÃO

Para a determinação do volume será multiplicado a área de cada cessão pela espessura
da base da madeira.
16

Volume = Área x espessura da base madeira

 Área A = 0,2096 m² (Nós 1 e 7)


Volume = 0,2096 x 0,06
Volume = 0,0126 m³

 Área B = 0,6144 m² (Nós 8 e 9)


Volume = 0,6144 x 0,06
Volume = 0,0369 m³

 Área C = 0,8184 m² (Nós 10 e 11)


Volume = 0,8184 x 0,06
Volume = 0,0491 m³

 Área D = 0,9540 m² (Nó 12)


Volume = 0,9540 x 0,06
Volume = 0,0572 m³

4.2.2 CALCULO DO CARREGAMENTO POR NÓ

Para a determinação do carregamento do peso da treliça no nó, será multiplicando o


peso especifico da madeira pelo volume de madeira em casa sessão.

Peso no nó = Peso especifico x volume

 Área A = 0,0126 m³ (Nós 1 e 7)


Peso = 694 x 0,0126
Peso = 8,744 Kgf ≈ 0,09 Kn

 Área B = 0,0369 m³ (Nós 8 e 9)


Peso = 694 x 0,0369
Peso = 25,61 Kgf ≈ 0,26Kn

 Área C = 0,0491 m³ (Nós 10 e 11)


Peso = 694 x 0,0491
Peso = 34,07 Kgf ≈ 0,34 Kn

 Área D = 0,0572 m³ (Nó 12)


Peso = 694 x 0,0572
Peso = 39,70 Kgf ≈ 0,40
17

4.3 CARGA TOTAL ATUANTE POR NÓ

Será somado o peso cobertura por nó (PC) com o peso da treliça por nó (PT), para
determinar o carregamento total em cada nó da treliça:

Tabela 3 – Carregamento total por nó – referente ao peso da estrutura.


NÓ 1 7 8 9 10 11 12
PC (Kn) 2,41 2,41 2,52 2,52 2,52 2,52 2,52
PT (Kn) 0,09 0,09 0,26 0,26 0,34 0,34 0,40
Σ (Kn) 2,50 2,50 2,78 2,78 2,86 2,86 2,92
Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Com ajuda do Software Ftool, foi lançado o carregamento em cada nó e determinado os


esforços atuantes em cada barra da treliça:

Figura 9 – Carregamento total atuante por nó – peso próprio.

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.

Figura 10 – Esforços atuantes – peso próprio.

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.


18

5 CARGAS ATUANTES – SOBRECARGA RELATIVO À PRESSÃO DO VENTO

5.1 CARGA TOTAL ATUANTE POR NÓ

Será multiplicando a área de influência correspondente pelo peso total por m² da


sobrecarga de vento (90Kgf/m²).

Peso no nó = área de influência x peso por m²

 Nós laterais 1 e 7 (área tipo 4):


Área de influência = 3,81 m²
Peso = 3,81 x 90
Peso = 342,90 Kgf ≈ 3,43 Kn

 Nós centrais 8, 9, 10, 11 e 12 (área tipo 3):


Área de influência = 3,99 m²
Peso = 3,99 x 90
Peso = 359,10 Kgf ≈ 3,59 Kn

Tabela 4 – Carregamento total por nó – referente a sobrecarga de pressão do vento.


NÓ 1 7 8 9 10 11 12
Σ (Kn) 3,43 3,43 3,59 3,59 3,59 3,59 3,59
Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Com ajuda do Software Ftool, foi lançado o carregamento em cada nó e determinado os


esforços atuantes em cada barra da treliça:

Figura 11 – Carregamento total atuante por nó – sobrecarga relativa a pressão do vento

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.


19

Figura 12 – Esforços atuantes – sobrecarga relativa a pressão do vento.

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.


20

6 CARGAS ATUANTES – SOBRECARGA DE MANUTENÇÃO

Sobrecarga de manutenção de 200Kgf ≈ 2,00 Kn aplicado em cada nó superior da


treliça.

Tabela 5 – Carregamento total por nó – referente sobrecarga de manutenção.


NÓ 1 7 8 9 10 11 12
Σ (Kn) 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Com ajuda do Software Ftool, foi lançado o carregamento em cada nó e determinado os


esforços atuantes em cada barra da treliça:

Figura 13 – Carregamento total atuante por nó – sobrecarga de manutenção

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.

Figura 14 – Esforços atuantes – sobrecarga de manutenção

Fonte: Ftool - Elaboração dos autores, 2018.


21

7 TESTE DE HIPÓTESES

Será realizado um teste de hipótese com os esforços da barra 1, para determinar a


variável principal:

N d =ɣ g x F g ,k +ɣ q x [ F q ,k +Ψ o x F q , k ]

 Hipótese 1, variável principal: pressão do vento

N d 1=1,4 x 15,78+1,4 x [ ( 0,75 x 19,94 ) +(0,4 x 11,11) ]


N d 1=49,25 Kn

 Hipótese 2, variável principal: Sobrecarga de manutenção

N d 2=1,4 x 15,78+1,4 x [ 11,11+(0,5 x 19,94) ]


N d 2=51,60 Kn

Hipótese 2 ( sobrecarga de manutenção) sendo a variável principal.


VALOR NOMINAL DAS AÇÕES VALOR DE CALCULO DAS AÇÕES
RESULTADO DAS
PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DAS BARRAS
8
COMBINAÇÕES

AÇÃO AÇÃO SEÇÃO


AÇÕES VARIÁVEIS AÇÕES VARIÁVEIS SITUAÇÃO MAIS CRÍTICA Lfl Inércia ÍNDICE DE ESBELTEZ
PERMANETE PERMANETE TRANSVERSAL

Vento Sobrecarga de Vento Sobrecarga de


Nqk Nqk Tração Compressão
Ngk manutenção Ngk manutenção

BARRA
[KN] [KN] Nd Nd b (cm) h (cm) cm I (cm4) λ Peça
[KN] Nqk [KN] Nqk
[KN] [KN]
[KN] [KN]
Pressão Sucção Pressão Sucção

1 15,78 19,94 X 11,11 22,09 13,96 X 15,55 51,60 6 16 134 288 77,36 Med. Esbelta

2 15,78 19,94 X 11,11 22,09 13,96 X 15,55 51,60 6 16 133 288 76,79 Med. Esbelta

3 0,00 0,00 X 0,00 0,00 0,00 X 0,00 0,00 6 16 60 288 34,64 Curta

4 12,70 15,97 X 8,90 17,78 11,18 X 12,46 41,42 6 16 133 288 76,79 Med. Esbelta
Esbelta

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


5 -3,38 -4,37 X -2,43 -4,73 -3,06 X -3,40 -11,19 6 16 146 288 84,29
6 1,39 1,80 X 1,00 1,95 1,26 X 1,40 4,61 6 16 120 288 69,28 Med. Esbelta

7 12,70 15,97 X 8,90 17,78 11,18 X 12,46 41,42 6 16 133 288 76,79 Med. Esbelta

8 -4,24 -5,37 X -2,99 -5,94 -3,76 X -4,19 -13,88 6 16 179 288 103,35 Esbelta

9 5,68 7,19 X 4,01 7,95 5,03 X 5,61 18,60 6 16 180 288 103,92 Esbelta

10 15,78 19,94 X 11,11 22,09 13,96 X 15,55 51,60 6 16 133 288 76,79 Med. Esbelta

11 -3,38 -4,37 X -2,43 -4,73 -3,06 X -3,40 -11,19 6 16 146 288 84,29 Esbelta
Tabela 6 – Combinação de ações de esforços da treliça.
COMBINAÇÃO DE ERFORÇOS DA TRELIÇA

12 1,39 1,80 X 1,00 1,95 1,26 X 1,40 4,61 6 16 120 288 69,28 Med. Esbelta

13 15,78 19,94 X 11,11 22,09 13,96 X 15,55 51,60 6 16 134 288 77,36 Med. Esbelta

14 0,00 0,00 X 0,00 0,00 0,00 X 0,00 6 16 60 288 34,64 Curta

15 -17,30 -21,87 X -12,18 -24,22 -15,31 X -17,05 -56,58 6 16 147 288 84,87 Esbelta

16 -13,92 -17,51 X -9,75 -19,49 -12,26 X -13,65 -45,40 6 16 146 288 84,29 Esbelta

17 -17,30 -21,87 X -12,18 -24,22 -15,31 X -17,05 -56,58 6 16 147 288 84,87 Esbelta

18 -4,24 -5,37 X -2,99 -5,94 -3,76 X -4,19 -13,88 6 16 179 288 103,35 Esbelta

19 -10,48 -13,14 X -7,32 -14,67 -9,20 X -10,25 -34,12 6 16 146 288 84,29 Esbelta

20 -13,92 -17,51 X -9,75 -19,49 -12,26 X -13,65 -45,40 6 16 146 288 84,29 Esbelta

21 -10,48 -13,14 X -7,32 -14,67 -9,20 X -10,25 -34,12 6 16 146 288 84,29 Esbelta
22
23

9 VERIFICAÇÃO DAS BARRAS MAIS SOLICITADAS DA TRELIÇA

Na combinação de esforços, verificou-se que as barras da treliça mais solicitadas a


compressão são: 15 e 17, e a tração: 1, 2, 10 e 13.

 N d Compressão = 56,58 KN = 56.580 N

 N d Tração = 51,60 KN = 51.600 N

9.1 COMPRESSÃO

Calculo para as barras 15 e 17 com 147 cm (cada), e seção de 6 x 16cm.

 Tensão normal

Nd 56580
σ Nd= σ Nd= =5,89 MPa
S (60 x 160)

 Excentricidade inicial:

e i=0

 Excentricidade acidental:

Lo h
e a= ≥
300 30
1470 60 e a¿ 4,90> 2 OK
e a= ≥
300 30

 Carga critica de flambagem:

K mod =K mod 1 x K mod 2 x K mod 3


K mod =0,70 x 1,00 x 0,80=0,56

Eco ,ef =K mod x E co


Eco ,ef =0,56 x 12912=7.230,72 MPa
24

b x h3
I=
12
160 x 603 6 4
I= =2,88 x 10 mm
12

π 2 x Eco , ef x I
N E=
Lo 2
π 2 x 7230,72 x (2,88 x 106 )
N E= =95.112,83 N
14702

e 1=e i +e a
e 1=0+ 4,90=4,90 mm

NE
e d =e 1 x ( N E −N d )
95112,83
e d =4,90 x ( 95112,83−56580 )=12,09 mm
 Momento:

M d =N d x ed
M d =56580 x 12,09=684.052,2 N .mm

 Tensão:

Md x Ȳ
σM d =
I

σM d =
684052,2 x ( 602 ) =7,12 MPa
(2,88 x 106 )

f co, k =0,7 x f co ,m
f co , k =0,7 x 59,80=41,86 Mpa

f co , k
f co , d=K mod x
ɣw
25

41,86
f co , d=0,56 x =16,74 MPa
1,4

 Verificação:

σN d σM d
+ ≤1
f co ,d f co ,d
5,89 7,12 0,78 ≤ 1OK
+ ≤1
16,74 16,74

9.2 TRAÇÃO

Calculo para as barras 1 e 13 com 134 cm (cada) e seção de 6 x 16cm.

 Tensão de tração:

Nd 51600
σ t o ,d = σ t o ,d = =5,38 MPa
S (60 x 160)

 Resistência de calculo a tração:

f ¿, k =0,7 x f ¿ ,m
f ¿, k =0,7 x 75,50=52,85 MPa

f ¿ ,k
f ¿, d=k mod x
ɣw
52,85
f ¿, d=0,56 x =16,44 MPa
1,8

 Verificação:

σ t o ,d ≤ f ¿, d 5,38 ≤16,44 OK
26

9.3 CISALHAMENTO

Calculo para determinar a distância entre a extremidade da “linha” da treliça e o início


do entalhe, será realizado para as barras 1 e 13, que tem sua seção reduzida em virtude do
entalhe.

Figura 15 – Detalhe 1 da ligação entre o banzo superior e inferior (linha).

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

f v ,k =0,54 x f v , m
f v ,k =0,54 x 8,8=4,75 MPa

f v,k
f v ,d =k mod x
ɣw
4,75
f v ,d =0,56 x =1,48 MPa
1,8

 Tensão:

Nd
τ v ,d =
A ci

Aci =f x b

56580 x cos ( 24,23° ) 859,93


τ v ,d = = MPa
f x 60 f

 Verificação:
27

τ v ,d ≤ f v ,d

859,93
≤ 1,48
f

859,93
≤ f f ≥ 581,03 mm ≈58 cm
1,48
28

10 VERIFICAÇÃO DAS TERÇAS DO TELHADO

O carregamento distribuído ( N g ,k ¿que é submetido à terça, se equivale ao carregamento


(peso) nos nós centrais (8,9,10,11 e 12) demostrando no item 4.1.6 deste trabalho; tendo a
terça 3m de comprimento:

252,2478
N g ,k = =84,0826 Kgf /m≈ 0,84 N /mm
3

Sobrecarga relativa à pressão do vento:


2 2
N q , k 1=90 kgf /m x 3,99 m ( área de influência ) =359,10 Kgf ; tendo a terça 3m de comprimento:

359,10
N q 1 , k= =119,70 Kgf /m ≈ 1,19 N /mm
3

Sobrecarga de manutenção:

N q 2 , k =200 Kgf ≈ 2000 N

Figura 16 – Ações atuantes na terça.

Fonte: Apostila Estruturas de madeiras 2015, versão 3 / Elaboração dos autores, 2018.

 Resistência de cálculo.

f co, k =0,7 x f co ,m
f co , k =0,7 x 59,80=41,46 MPa

f co ,k
f co , d=k mod x
γw
29

41,86
f co , d=0,56 x =16,74 MPa
1,4

f τo, k =0,7 x f τo, m


f τo, k =0,7 x 75,50=52,85 MPa
f τo ,k
f τo, k =k mod x
γw
52,85
f τo, k =0,56 x =16,44 MPa
1,8

f v ,k =0,54 x f v , m
f v ,k =0,54 x 8,80=4,75 MPa
f v ,k
f v ,d =0,56 x
γw
4,75
f v ,d =0,56 x =1,48 MPa
1,8

 Decomposição de forças:
N k− x =N k x sen α
N k− y =N k x cos α

• As componentes x e y das ações permanentes ( N ¿¿ g , k=0,84 N /mm)¿, são:

N g ,k− x =0,84 x sen ( 24,23 )=0,34 N /mm


N g ,k− y =0,84 x cos ( 24,23 )=0,77 N /mm

• As componentes x e y da ação variável ( N ¿¿ q 2 , k =200 0 N ) ¿, são:

N q 2 , k−x =200 0 x sen ( 24,23 )=820,80 N


N q 2 , k− y =200 0 x cos ( 24,23 )=1.823,81 N

• As componentes x e y da pressão do vento ( N ¿¿ q 1 , k =1,19 N /mm) ¿, são:

N q 1 , k−x =0 N /mm
N q 1 , k− y =1,19 N / mm
30

 Momentos fletores máximos:

q x l2
M k= (carga distribuida)
8
px l
M k= (carga concentrada)
4

• Ações permanentes:

0,34 x 30002 6
M g , k−x = =0,38 x 10 N /mm
8
0,77 x 30002 6
M g , k− y = =0,87 x 10 N /mm
8

• Ação variável:

820,80 x 3000
M q 2 ,k− x = =0,62 x 106 N /mm
4
1823,81 x 3000
M q 2 ,k− y = =1,37 x 10 6 N /mm
4

• Pressão do vento:

M q 1 ,k− x =0 N /mm
1,19 x 3000
M q 2 ,k− y = =1,34 x 106 N /mm
8

 Combinação de ações:

M d =ɣ g x F g , k + ɣ q x [ Fq ,k +Ψ o x F q , k ]

• Hipótese 1, variável principal: pressão do vento

M d 1− x =1,4 x ( 0,38 x 106 ) +1,4 x [ ( 0,75 x 0 ) +0,4 x ( 0,62 x 106 ) ]


M d 1− x =¿ 0,88 x 10 6 N / mm

M d 1− y =1,4 x ( 0,87 x 10 6 ) +1,4 x [ ( 0,75 x 1,34 x 106 )+ 0,4 x ( 1,37 x 106 ) ]


M d − y =¿ 3,39 x 106 N /mm
31

• Hipótese 2, variável principal: sobrecarga de manutenção

M d 2− x =1,4 x ( 0,38 x 106 ) +1,4 x [ ( 0,62 x 106 ) +0,5 x 0 ]


M d 2− x =¿ 1,4 x 10 6 N /mm

M d 2− y =1,4 x ( 0,87 x 106 ) +1,4 x [ 1,37 x 106 +0,5 x ( 1,34 x 106 ) ]


M d 2− y =¿ 4,01 x 106 N /mm

Hipótese 2 ( sobrecarga de manutenção) sendo a variável principal.

 Tensões:
b.h³
I=
12

100.200³
I x= I x =66,67 x 106 mm4
12
200 x 100³
I y= I y =16,67.10 6 mm 4
12

Md x Ȳ
σ Md =
12

σM =
1,4 x 106 x ( 2002 ) σ M =2,1 MPa
d−x
6
d−x
66,67.10

σM =
4,01. 106 x ( 1002 ) σ M =12,03 MPa
d− y
6
d− y
16,67. 10

 Verificações – tensões normais:

Para seções retangulares a NBR 7190:1997 prescreve K M =0,5

σM xd σM yd
+K M x ≤1
f co,d f co, d
32

• Na direção x:

2,1 12,03 0,48<1 OK


+ 0,5 x ≤1
16,74 16,74

• Na direção y:

12,03 2,10 0,78<1 OK


+ 0,5 x ≤1
16,74 16,74

 Esforços cortantes máximos:

qxl
V k= (cargadistribuida)
2
p
V k = (carga concentrada)
4

• Ações permanentes:

0,34 x 3000
V g ,k− x = =510 N
2
0,77 x 3000
V g ,k− y = =1155 N
2

• Ação variável:

820,80
V q 2 , k−x = =410,40 N
2
1823,81
V q 2 , k− y = =911,90 N
2

• Pressão do vento:

V q 1 , k−x =0 N
1,19 x 3000
V q 1 , k− y = =1785 N
2

 Combinação de ações:

V d =ɣ g x F g ,k +ɣ q x [ F q ,k +Ψ o x F q , k ]
33

V d −x =1,4 x ( 510 ) +1,4 x [ ( 410,40 )+ 0,5 x ( 0 ) ]


V d −x =¿ 1.288,56 N

V d − y =1,4 x (1155 ) +1,4 x [ ( 911,90 ) +0,5 x ( 1485 ) ]


V d − y =¿ 4.143,16 N

 Tensões cisalhantes:

3 xV
τ v=
2x b xh

• Na direção x:

3 x 1288,56
τ v−x = =0,096 MPa
2 x 100 x 200

• Na direção x:
3 x 4143,46
τ v− y = =0,311 MPa
2 x 200 x 100

• Resultante:

τ v ,d =√ τ v− x + τ v− y
2 2

τ v ,d =√ 0,0962 +0,3112=0,32 MPa

 Verificação:

τ v ,d =≤ f v, d

0,32<1,48 OK

 Deformação máxima (Flecha):


34

5 x Q x L4
U (q , g , K)= (carga distribuida)
384 x Eco , ef x I
P x L3
U (q , g , K)= (carga concentrada)
48 x Eco ,ef x I

• Ações permanentes:

5 x 0,34 x 3000 4
U (q , g , K ) x =
2
384 x 7230,72 x (66,67 x 10¿ ¿ 6) ¿
U (q , g , K )x =0,74 mm
2

5 x 0,77 x 30004
U (q , g , K ) y =
2
384 x 7230,72 x (16,67 x 10¿¿ 6) ¿
U (q , g , K )y =6,74 mm
2

• Ação variável:

820,80 x 30003
U (q , g , K) x =
48 x 7230,72 x (66,67 x 10¿¿ 6)¿
U (q , g , K)x =0,96 mm

1823,81 x 30003
U (q , g , K) y =
48 x 7230,72 x (16,67 x 10¿¿ 6)¿
U (q , g , K)y =8,51mm

 Combinação de ações:

UdUtil =∑ U g+ ∑ Ψ 2 x U q

• Na direção x:

UdUtil −x =0,74 +0,2 x 0,96


UdUtil −x =0,93 mm

• Na direção y:

UdUtil −x =6,74 +0,2 x 8,51


UdUtil −x =8,44 mm
35

 Flecha limite:

L
Ū=
200

3000
Ū=
200
Ū =15 mm

 Verificação:

UdUtil ≤ Ū

• Na direção x:

0,93<15 OK

• Na direção y:

8,44 <15OK
36

11 VERIFICAÇÃO DOS PILARES

Os pilares tem 2,9m de altura com seção composta de 8 x 16cm, conforme ilustração
abaixo:

Figura 17 – Esquema do pilar

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Figura 18 – Relações

Fonte: Apostila Estruturas de madeiras 2015, versão 3.

Se a distância L1 entre espaçadores estiver dentro do intervalor 9 x b1 ≤ L1 ≤ 18 x b1 , pode-


se dispensar a verificação da estabilidade local dos trechos de comprimento L1.

 Determinação das distâncias entre os espaçadores:


37

9 x b1 ≤ L1 ≤ 18 x b1
9 x 8≤ L1 ≤ 18 x 8
72 ≤ L1 ≤144 Intervalo de 97 cm entre os espaçadores

• Seção do elemento componente:

A1=b1 x h1

A1=8 x 16=128 cm2

b x h3
I=
12
3
8 x 16 4
I 1= =2.730,67 cm
12
16 x 83 4
I 2= =682,67 cm
12

• Seção composta:

A=n x A1

A=2 x 128=25 6 cm 2

I x =n x I 1

I x =2 x 2730,67=5.461,34 cm 4

I y =( n x I 2 ) + ( 2 x A 1 x a12 )

I y =( 2 x 682,67 ) + ( 2 x 128 x 82 )=17.749,34 cm4

I 2x m 2

βI = 2
m=nº de trechos α y =1,25
I2 x m +αy x I y
β 682,67 x 32
I =¿ 2
=0,22 ¿
682,67 x3 +1,25 x 17749,34

I ef , y =β I x I y

I ef , y =0,22 x 17749,34=3.904,85 cm4


38

 Esbeltez:

I ¿ 3.904,85 sendo o menor valor entre I ef , y e I x.

L
λ=¿ I
A√
290
=74,25 peça medianamente esbelta
λ=¿ 3904,85
√ 256

 Excentricidades:

Não se trata de peça esbelta, portanto não há excentricidade suplementar ( e c ). O centro


do pilar deverá estar alinhado com o centro da linha, conforme imagem abaixo:

Figura 19 – Alinhamento do pilar.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

• Excentricidade inicial:

M 1d h
e i= ≥
N d 30
240
e i=0 ≥ e i=¿ 8,00mm
30

• Excentricidade acidental:
39

Lo h
e a= ≥
300 30
2900 240 e a=9,67>8,00 OK
e a= ≥
300 30

• Excentricidade efetiva:

e 1 ,ef =e i +e a
e 1 ,ef =8,00+ 9,67=17,67 mm

• Excentricidade de calculo:

N d =ɣ g x F g ,k +ɣ q x [ F q ,k +Ψ o x F q , k ]

N d =1,4 x 9600+1,4 x [ 7000+(0,5 x 12400) ]


N d =31920 N

π 2 x Eco, ef x I
N E=
Lo

π 2 x 7230,72 x 39048500
N E= =331.352,04 N
29002

NE
e d =e 1 x ( N E −N d )
331352,04
e d =17,67 x ( 331352,04−31920 )=19,55 mm
 Tensão:

M d =N d x ed
M d =31920 x 19,55=624036 N . mm

Md x Ȳ
σM d =
I

σM d =
624036 x ( 2402 ) =1,92 Mpa
(39048500)
40

Nd
σN d=
A
31920
σN d= =1,25 MPa
(( 80+80)x 160 )

f co, k =0,7 x f co ,m

f co , k =0,7 x 59,80=41,86 MPa

f co , k
f co , d=K mod x
ɣw
41,86
f co , d=0,56 x =16,74 MPa
1,4

 Verificação:

σN d σM d
+ ≤1
f co ,d f co ,d

1,24 1,92 0,19 ≤1 OK


+ ≤1
16,74 16,74
41

12 LIGAÇÃO ENTRE A LINHA E O BANZO SUPERIOR

12.1 COMPRESSÃO INCLINADA

Cálculo para determinar a superfície de contato entre as barras: 15 e 1 , e entre 17 e 13.

Figura 20 – Detalhe 2 da ligação entre o banzo superior e inferior (linha).

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

 Resistência de cálculo.

f co , k =0,7 x f co ,m
f co, k =0,7 x 59,80=41,86 MPa

f co ,k
f co , d=k mod x
ɣw
41,86
f co , d=0,56 x =16,74 Mpa
1,4

f c 90, d =0,25 x f co , d x αn
f c 90, d =0,25 x 16,74 x 1=4,19 MPa

 Compressão inclinada:

f co, d x f c 90, d
f cα ,d =
f co ,d x sen 2 ( α ) +f c90 , d x cos 2 ( α )
16,74 x 4,19
f c24,23 , d= 2 2
16,74 x sen (24,23)+ 4,19 x cos ( 24,23 )
f c24,23 , d=¿ 11,13MPa
42

 Tensão:

Nd
σ cα ,d =
Ac
56580 943
σ c23,24 , d= = MPa
(60 x e) e

 Verificação:

σ cα ,d ≤ f cα ,d
943
≤ 11,13
e
943
≤ e e ≥ 84,73 mm≈ 8,5 cmnão atende ‼ !
11,13

h
Segundo a NBR 7190:1997 a profundidade máxima do entalhe deve ser de , ou seja:
4
16
=4 cm.
4
Para atender a norma, a solução é utilizar dente duplo ou triplo, sendo conveniente que
o segundo dente fique um pouco mais baixo que o primeiro e o terceiro um pouco mais baixo
que o segundo, evitando assim uma linha continua e única para resistir ao cisalhamento.
Neste caso será utilizado dente triplo, o primeiro com 2cm, com 3cm o ultimo com
4cm respectivamente, conforme imagem em anexo, abaixo simples ilustração.

Figura 21 – Detalhe do entalhe entre o banzo superior e inferior (linha).

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


43

13 EMENDA DO BANZO INFERIOR

Será realizada com chapas de madeira e parafusos passantes.

13.1 LIGAÇÃO POR PARAFUSOS

A ligação de continuidade será realizada na barra 4 da treliça, tracionada e com esforços


solicitantes de cálculo N d =41,42 KN =41.420 N , a qual será realizada com duas chapas
laterais feitas com a mesma espécie de madeira da linha, imagem ilustrativa abaixo:

Figura 22 – Detalhe da ligação de peça tracionada.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

 Escolha do parafuso:

Conforme determina a NBR 7190:1997, os parafusos devem ser de aço com resistência
t
f yk ≥240 MPa , diâmetro d ≥10 mm e menor que .
2

Figura 23 – Detalhe da ligação com parafuso


44

Fonte: Apostila Estruturas de madeiras 2015, versão 3 / Elaboração dos autores, 2018.

t 30
d ≤ = =15 mm
2 2

Será adotado parafusos com diâmetro de 10mm.

 Dimensionamento:

t
β=
d
30
β= =3,00
10

• Para Angelim Pedra:

f co, k =41,86 MPa


f co , k
f co , d=K mod x
ɣw
41,86
f co , d=0,56 x =13,02 MPa
1,8

• Para parafuso:

f y, k
f y ,d =
ɣS
240
f y ,d = =218,18 MPa
1,1

β f y,d
lim ¿=1,25 x
√ f co ,d
¿

β 218,18
lim ¿=1,25 x
√ 13,02
=5,12¿

β lim ¿> β embutimento da madeira .¿

 Resistência do plano de corte:

t2
R vd , 1=0,40 x xf
β co ,d
45

302
R vd , 1=0,40 x x 13,02=1.562,40 N
3

R vd, 2=2 x Rvd ,1


R vd , 2=2 x 1562,40=3.124,80 N

 Número de parafusos:

Nd
n parafusos =
R vd ,2
41420
n parafusos = =13,25 ≈ 14
3124,80

Conforme NBR 7190:1997: Nas ligações com mais de oito pinos (parafusos), os pinos
suplementares devem ser considerados com apenas 2/3 de sua resistência individual. Neste
caso, sendo n o número efetivo de pinos, a ligação deve ser calculada com o número
convencional.

2
N o =8+ ( n−8)
3

2
14=8+ ( n−8 ) n=17 Parafussos
3

O espaçamento entre os pinos deve seguir a especificação da NBR 7190:1997, abaixo


ilustração da norma para peça tracionada:

Figura 24 – Especificação do espaçamento.

Fonte: Apostila Estruturas de madeiras 2015, versão 3 / Elaboração dos autores, 2018.

Imagem dos espaçamentos em anexo.


46

14 DETALHE DO ENTALHE ENTRE O BANZO SUPERIOR E INFERIOR

Figura 25 – Detalhe do entalhe.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


47

15 DETALHE DO ESPAÇAMENTO DOS PARAFUSOS

Figura 26 – Detalhe do espaçamento dos parafusos.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


48

16 DETALHE DA EMENDA DAS TERÇAS

Figura 27 – Detalhe da emenda das terças.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


49

17 DETALHE DO CONTRAVENTAMENTO

Figura 28 – Detalhe do contraventamento.

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.


50

18 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste trabalho salienta que o uso da madeira na construção civil, é de


extrema importância, uma vez que pode ser empregada nos mais variados tipos de estruturas.
Alguns tipos de madeira se destacam pela maleabilidade outras pela rigidez e resistência a
grandes pesos. Entretanto, para que esse uso seja potencializado, é necessário que seja
realizado o estudo de todas as características dos materiais em questão, levando em conta os
valores de cálculo previamente estabelecidos e a previsão de comportamentos dos sistemas
juntamente com os conceitos fundamentais relativos ao tema, são fatores determinantes para
confiabilidade do projeto.
Como resultado da sua origem biológica a madeira apresenta, em geral, grande
variabilidade, verificando-se este fato dentro da mesma espécie, mas sobretudo entre material
proveniente de espécies diferentes. Além disso, é um material que exibe uma heterogeneidade
significativa e uma anisotropia acentuada. Por estas razões, é de especial interesse a
identificação e o conhecimento das características anatómicas das espécies de madeira, assim
como, a apreciação da qualidade da madeira tendo em conta a utilização que se pretende.
Por fim, apresentamos resumidamente neste relatório o memorial justificativo, desenhos
com identificação dos materiais empregados e suas possíveis particularidades que englobam
um projeto.
51

19 REFERÊNCIAS

LAJOTEIRO. Lajoteiro Materiais para construção. Disponível em:


<http://www.lajoteiro.com.br/>. Acesso em: 15 maio 2018.

FAZFÁCIL. FazFácil: Reforma & Construção. 2017. Disponível em:


<https://www.fazfacil.com.br/>. Acesso em: 15 maio 2018.

PEDREIROBO. Cursos e Apostilas Grátis: Curso de Carpintaria 1. 2014. Disponível em:


<https://organizacaotc.wordpress.com/>. Acesso em: 10 jun. 2018.

SZÜCS, Carlos Alberto; TEREZO, Rodrigo Figueiredo; VALLE, Ângela do. APOSTILA


ESTRUTURAS DE MADEIRA. Florianópolis: Departamento de Engenharia Civil, 2015. 3 v.

ABNT-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de


estruturas de madeira. Rio de Janeiro: Abnt–associação Brasileira de Normas Técnicas,
1997. 107 p. Disponível em:
<http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_10544nby_-_7190_-
_pbojeto_de_estbutubas_de_madeiba_pdf.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018.

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