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CASOS PRÁTICOS IV

Caso Prático 1

António celebrou com Berta um contrato de compra e venda de uma máquina


fotográfica pelo valor de 3.500,00€, não tendo Berta pago o referido preço. António
propõe a acção judicial, por si, sem intervenção de Advogado, por considerar um
serviço demasiado dispendioso.

1.1 É necessária a constituição de Mandatário?

1.2 E se a acção tivesse por objecto a cessação do contrato de arrendamento celebrado


entre António e Berta há cerca de 10 anos?

Caso Prático 2

António intentou contra Berta uma acção declarativa de condenação, pedindo o


pagamento do valor de 100.000,00€ que lhe emprestara em 2015, quando Berta estava
na iminência de perder a sua casa de morada de família. Acontece que António
apresentou a acção judicial sem constituição de Mandatário. Quid Iuris?

E se António pretender celebrar um acordo com Berta, nomeadamente uma transacção?

A sua resposta mudaria se a acção tivesse sido assinada por Carlos, como gestor de
negócios de António?

Caso Prático 3

Francisco intenta acção de reivindicação contra a herança do falecido Carlos, por um


dos imóveis que Carlos lhe vendera estar a ser ocupado pelos seus herdeiros sem
autorização. A herança foi aceite pelos herdeiros mas permanece indivisa. Quid Iuris?
Caso Prático 4

Beatriz celebrou um contrato de compra e venda de um relógio com a sociedade inglesa


Watches Company, encomendado o referido bem por telefone e comprometendo-se a
efectuar o pagamento num prazo máximo de 60 dias. Acontece que Beatriz ficou
desempregada e não conseguiu efectuar o pagamento, pelo que a sucursal portuguesa
pretende intentar uma acção declarativa de condenação (para pagamento do preço
acordado) contra a Beatriz. Tem a sucursal essa possibilidade?

E se Beatriz tivesse pago o preço, e o relógio não tivesse sido entregue, poderia intentar
a acção contra a sucursal portuguesa?

Caso Prático 5

A. e B., casados em regime de separação de bens, compraram um apartamento pouco


depois de terem casado, com vista ao seu arrendamento. Há sensivelmente 5 anos, A. e
B. arrendaram o referido apartamento a E. e F., casados em regime de comunhão de
adquiridos.

Atendendo a que E. e F. não pagam rendas há 4 meses, A. quer saber, enquanto não é
decretado o seu divórcio, por quem e contra quem, deve ser intentada a ação
judicial em que se peça a condenação dos inquilinos no pagamento das rendas em
atraso.

Caso Prático 6

A. herdou do seu avô um apartamento no Porto, tendo acordado com a sua esposa (C,
casados em regime de comunhão de adquiridos) que o melhor seria arrendar o referido
bem.

O imóvel foi arrendado a F, solteiro, pelo prazo de 5 anos.


Acontece que encontram-se em dívida o valor correspondente a 12 rendas mensais, não
pretendendo o A. continuar com o referido arrendamento. Neste sentido, A. procura-o
para saber quem tem legitimidade para intentar a acção.

Caso Prático 7

A. celebrou um contrato de mútuo com a Sociedade X, emprestando a esta o valor de


10.000,00€. No referido contrato, C., sócio e gerente, assumiu a posição de fiador.
Atendendo a que a Sociedade X estás prestes a ser declarada insolvente, e A. sabe
que C. tem património, considera mais seguro intentar a ação apenas contra C.
Pode fazê-lo?

E se C. tivesse renunciado ao benefício da excussão (art. 638.º do C.C.)?

Caso Prático 8

A. entrou numa ourivesaria e viu o anel perfeito para oferecer a B., pedindo-a em
casamento. O anel custava 500,00€ e C, ourives, ainda fez um desconto de 10%.
Atendendo a que A. não tinha todo o valor para comprar o anel, C. concordou que A.
podia pagar 50% de imediato, e os restantes 50% num prazo máximo de 30 dias.

A. ofereceu o anel a B., mas não efectuou o pagamento combinado com C.

Atendendo a que C. conhece B., e sabe que o anel foi oferecido, considera que deve
intentar a acção de cumprimento contra B., até porque tem mais património do
que A. É possível?

Caso Prático 9

A. celebrou com B. e C. um contrato de compra e venda de um relógio antigo de B. e


C., que pertencia ao bisavô de ambos. No referido contrato, ficou estipulado que, se A.
pretendesse vender o referido relógio, B. e C. seriam contactados por A. no sentido de
saberem se pretendiam readquiri o relógio, atento a estima que tinham por aquele, com
prioridade sobre qualquer outro interessado.

Contudo, por desavenças familiares, B. e C. incompatibilizaram-se, e B. tomou


conhecimento que A. vendeu o relógio a D. Nesse sentido, intentou B. a acção judicial,
nada dizendo a C. Quid Iuris?

Caso Prático 10

A. e B. eram casados em regime de comunhão de adquiridos e têm 3 filhos maiores (C.,


D., e E.,). Na data de 15.07.2018, A. foi atropelado por E. e acabou por falecer no dia
seguinte. Quando as autoridades chegaram ao local, veio a confirmar-se que E.
atropelou A. no passeio, subindo-o e infringindo regras estradais.

B., para poupar os seus filhos a mais sofrimento e a reviver a situação da morte de A.,
intentou acção judicial contra E., peticionando uma indemnização por danos não
patrimoniais, de valor que claramente não estava totalmente coberto pela companhia de
seguros, Seguratodos, S.A.. Quid Iuris?

Caso prático 11

B. contratou com C., D. e E. a construção de uma piscina para o próximo Verão de


2019, na sua casa de Lisboa, tendo pago o valor correspondente a 75% do preço
acordado.

Acontece que C. e D. mudaram a sua residência para o Porto, e não iniciaram sequer a
obra, estando apenas E. em Lisboa e, apesar de disponível para fazer a obra, recusa
iniciá-la sem a ajuda de C. e D.

Como B. considera mais fácil, intentou a acção contra E., pedindo a realização da
obra. Quid Iuris?
Caso Prático 12

A., casada com B., manteve uma relação extraconjugal com C. durante mais de 5 anos.
Acontece que, sem nada prever, A. engravidou de C. e nasceu D., fruto da referida
relação.

Contudo, para que o seu casamento não ficasse em risco, A. disse a B. que o filho é seu,
e por isso no assento de nascimento consta B. como pai.

C., ao descobrir, intentou acção de impugnação da paternidade contra B. Quid


Iuris?

Caso Prático 13

A. celebrou com B. e C. um contrato de mandato, para que os mesmos tratassem da


documentação necessária ao início de um novo negócio de A.

Contudo, o referido contrato só foi celebrado porque B. e C. mostraram um certificado


de habilitações, constando a Licenciatura em Direito, que é falsificado, sabendo que era
essa a condição necessária para que A. aceitasse a celebração.

A. pretende intentar acção a requerer a anulação do contrato, não sabendo se tem


de intentar contra ambos ou basta apenas contra um deles.

Caso Prático 14

A. faleceu e deixou aos seus herdeiros (cônjuge e ascendentes) um imóvel sito em


Azambuja.

Acontece que, B., C. e D. não partilharam ainda a herança, mas tomaram


conhecimento que o imóvel encontra-se a ser ocupado por vizinhos, que sabendo
da morte fizeram-no sem qualquer autorização.
Por quem tem de ser intentada a acção?

ATENÇÃO:

 Devem estudar a discussão doutrinária do art. 34.º/3 2.ª parte, sobre o qual o
Sr. Prof. Miguel Teixeira de Sousa entende existir um litisconsórcio necessário,
e o Sr. Prof. Lebre de Freitas entende ser um litisconsórcio voluntário
conveniente, atendendo a que o Autor pode optar por seguir o regime das dívidas
próprias do autor do acto, podendo desconhecer os factos que sustentam o
casamento e o seu regime.

 Indico, igualmente, jurisprudência:

http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/583072a9c4684b5580
2575f40030c689?OpenDocument

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