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OBRAS GEOTÉCNICAS

agosto.2021 1
OBRAS GEOTÉCNICAS
Ementa
Estabilidade de taludes. Empuxos de terra. Estruturas de contenção.
Aterros sobre solos moles.
Objetivo da disciplina
Conhecer os fatores instabilizantes de taludes e encostas e determinar sua
estabilidade. Prever o valor do recalque de aterros sobre camadas de solo
mole; Determinar o Empuxo de Terra que atua em Estruturas de
Contenção; Dimensionar Muros de Gravidade.
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OBRAS GEOTÉCNICAS
Contribuição para o perfil do egresso
• Desenvolver e analisar os principais tipos de
estudos geotécnicos embasados na teoria da
Resistência ao Cisalhamento dos Solos.

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Referências bibliográficas
Básica
• A., CAPUTO. Mecânica dos Solos e suas Aplicações - Exercícios e Problemas Resolvidos - Vol. 3. Grupo
GEN, 2015. [Minha Biblioteca].
• A., CAPUTO, Homero Pinto; CAPUTO, Armando Negreiros; RODRIGUES, J. Martinho D. Mecânica dos Solos
e suas Aplicações - Fundamentos - Vol. 2, 7ª edição. Grupo GEN, 2015. [Minha Biblioteca].
• Cleber, Floriano,. Mecânica dos Solos Aplicada. Grupo A, 2017. [Minha Biblioteca].
Complementar
• A., CAPUTO, Homero Pinto; CAPUTO, Armando Negreiros; RODRIGUES, J. Martinho D. Mecânica dos Solos
e suas Aplicações - Fundamentos - Vol. 1, 7ª edição. Grupo GEN, 2015. [Minha Biblioteca].
• F., KNAPPETT, J. A.; CRAIG, R. Craig | Mecânica dos Solos, 8ª edição. Grupo GEN, 2014. [Minha Biblioteca].
• Colin, BODÓ, Béla; J. Introdução à Mecânica dos Solos. Grupo GEN, 2017. [Minha Biblioteca].
• Cleber, Floriano,. Mecânica dos Solos. Grupo A, 2016. [Minha Biblioteca].
• Murrieta, Pedro. Mecânica dos Solos. Grupo GEN, 2018. [Minha Biblioteca].

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Avaliação:
Calendário de avaliações
Data Tipo da avaliação Instrumento avaliativo Peso Conteúdo
13/04 Avaliação A1 Prova objetiva/discursiva (A1) 3 Módulos 1 e 2
29/06 Avaliação A2 Prova objetiva/discursiva (A2) 3 Módulos 3 e 4
14/06 Prova Semestral de Curso Prova Semestral de Curso (A3) 2 Todo conteúdo
22/05 Projeto Integrador Projeto Integrador (A4) 2 Todo conteúdo
13/04 Avaliação Livre Atividade prática (A5) 1 Muros de contenção

Média final = A1 + A2 + A3 + A4 + A5
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OBRAS GEOTÉCNICAS
Avaliação – Nota Livre:
Atividade a ser desenvolvida
A turma se dividirá em grupos para:
1. Estabilidade de Taludes (0,50)
2. Dimensionamento de muro de contenção (0,50)
Critérios de avaliação
o Memorial de cálculo (0,20)
o Memorial descritivo (0,20)
o Representação Gráfica (0,10)
Pontuação
De 0 a 1 ponto
Prazo
11 – No dia da avaliação A1; 2 – No dia da avaliação A2

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Problemas a serem estudados:
• Cisalhamento do solo
• Estabilidade de taludes
• Aterro sobre solos moles
• Muros de Contenção

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Problemas a serem estudados:
• Cisalhamento do solo

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Problemas a serem estudados:
• Estabilidade de taludes

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Problemas a serem estudados:
• Aterro sobre solos moles

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OBRAS GEOTÉCNICAS
Problemas a serem estudados:
• Muros de Contenção

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Revisão – Tensões Geostáticas

• Tensões devidas ao peso próprio


• Pressão neutra
• Tensões efetivas

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Revisão – Tensões Geostáticas

• Os solos são constituídos de partículas.


• As forças aplicadas são transmitidas de
partícula em partícula, além das que a água e
os vazios suportam.
• A transmissão se faz nos contato e, por
tanto, em áreas muito reduzidas em relação
à área total envolvida.

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Revisão – Tensões Geostáticas

• Tensões normais: A soma das resultantes das componentes


normais ao plano, dividida pela área total que abrange as
partículas em que os contatos ocorrem.

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Revisão – Tensões Geostáticas
• Em uma situação de tensões geostáticas, portanto, a tensão normal vertical
inicial (σvo) no ponto “A” pode ser obtida considerando o peso do solo
acima do ponto “A” dividido pela área.

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Revisão – Tensões Geostáticas
• Se o solo acima do ponto “A” for estratificado, isto é,
composto de “n” camadas, o valor de σv0 é dado pelo
somatório de γi . zi, onde “i” varia de 1 a n.

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Revisão – Tensões Geostáticas
• Quando o peso específico da camada não for constante e se
conhecer a sua lei de variação com a profundidade, a tensão
poderá ser calculada:

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Revisão – Tensões Geostáticas
• Considerando um maciço saturado com água em condições hidrostáticas a
profundidade na qual a pressão na água é atmosférica é o chamado nível
d’água natural (N.A.). Portanto, abaixo do nível d’água, a pressão na água,
ou poro-pressão ou pressão neutra (u0) é: definida pela expressão:

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Revisão – Tensões Geostáticas
• Nos solos saturados (S = 100%) parte das tensões normais é suportada
pelo esqueleto sólido (grãos) e parte pela fase líquida (água), portanto,
tem-se que:

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Tensões Horizontais
• Devido ao peso próprio ocorrem também tensões horizontais, que são uma
parcela da tensão vertical atuante:

• O coeficiente “k” é denominado de coeficiente de tensão lateral, que é


função principalmente do tipo de solo.

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Resistência ao Cisalhamento
• Tensões cisalhantes: A soma das
forças tangenciais, dividida pela área
total que abrange as partículas em que
os contatos ocorrem.
• Resistência ao cisalhamento:
propriedade dos solos em suportar
cargas e conservar sua estabilidade.
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Resistência ao Cisalhamento
• A resistência ao cisalhamento como a tensão
de cisalhamento sobre o plano de ruptura,
na ruptura.
• Há uma camada de solo em torno da
superfície de cisalhamento que perde suas
características durante o processo de
ruptura, formando assim a zona cisalhada.

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Resistência ao Cisalhamento
• A analise da estabilidade de uma estrutura:
1. Recolhe-se amostra indeformada no campo
2. Realizam-se ensaios de laboratório
3. Determinam-se as relações tensão x deformação x resistência.
4. Utilizam-se metodologias clássicas para obtenção do fator de segurança.

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Resistência ao Cisalhamento

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Resistência ao Cisalhamento
• A ruptura é um estado de tensões arbitrário, o qual é escolhido na curva
tensão x deformação, dependendo do critério de ruptura escolhido.

• Todos os critérios trabalham com o conceito de Envoltória de ruptura


(resistência) – define-se o lugar geométrico dos estados de tensão na
ruptura.

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Resistência ao Cisalhamento
• O critério de ruptura Mohr-Coulomb é o modelo matemático utilizado para se
calcular a tensão cisalhante que se dá em função da tensão normal , onde:

• c = coesão
• 𝜎 = tensão efetiva
• 𝜑 = ângulo de atrito

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Resistência ao Cisalhamento
Resistência ao
cisalhamento
Geologia de
Engenharia
Mecânica
Geotecnia
das Rochas
Mecânica
Permeabilidade Compressibilidade
dos Solos

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Aplicações na mecânica dos solos
• Fundamental para o estudo:
• Capacidade de carga de fundações;
• Estabilidade de taludes;
• Empuxos de terra.
• Barragens, escavações e aterros

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Obras x Solos

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Casos reais de ruptura

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Casos reais de ruptura

• Túnel Rebouças (RJ)

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Consequências em edificações.

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Acréscimo de tensões

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Curvas de deformação do solo
• A dificuldade de se definir a resistência do solo está associada à
dificuldade de se estabelecer a ruptura.

Ruptura do
solo

Ruptura em Deformação
si excessiva

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Curvas de deformação do solo

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Causas Físicas da Resistência do Solo
• Ângulo de Atrito: ângulo formado do atrito entre os grãos.

• Mais importante em areias;


• Ângulos entre 26º e 35º

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Causas Físicas da Resistência do Solo
• Ângulo de Atrito: governado
FAT = Tmax = μ.N = N tg(α)
pelo que ocorre nos pontos α=φ
Fat = N . tg(φ)
reais de contato entre os
minarais.
α
• Rugosidade dos grãos;
• Adsorção de água na
T
superfície das partículas. FAT

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Causas Físicas da Resistência do Solo
• Coesão: atração entre as partículas.
• Mais importante em solos argilosos;
• Tensão de contato entre minarias tende a ser
baixa;
• O cisalhamento ocorre na película de água
adsorvida
• A contribuição da resistência pela coesão advém
das forças de atração eletroquímicas.

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Causas Físicas da Resistência do Solo

• Fatores que interferem na coesão.


• Quantidade de argila e atividade
coloidal;
• Condição de pré adensamento;
• Variação do teor de umidade.

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Causas Físicas da Resistência do Solo

• Coesão aparente.
• Ocorre em solos não saturados;
• Ocorre por capilaridade e adsorção;

𝜎’ = 𝜎-u
𝜏 = 𝑐 + (𝜎 − 𝑢)𝑡𝑔𝜑
𝜎’ = 𝜎- (-u)
𝜎’ = 𝜎+u 𝜎’ > 𝜎

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)
• Ruptura do solo;
• Considera-se apenas as solicitações cisalhamento;
• De modo geral, o solo se rompe por cisalhamento.

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)

• Formas de representação da
resistência do solo;
• Envoltória de Mohr;
• Combinação crítica da tensão normal
com tensão cisalhante.

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)

• 𝜎1 - Tensão principal maior


• 𝜎3 - Tensão principal menor

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ESTADO PLANO DE TENSÕES (E.P.T)
• Ruptura frágil • Deformação Excessiva

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CÍRCULO DE MOHR (E.P.T)

𝜎1 −𝜎3 𝜎1 +𝜎3 𝜎1 −𝜎3


• 𝜏𝛼 = 𝑠𝑒𝑛(2𝛼) • 𝜎𝛼 = + cos⁡(2𝛼)
2 2 2
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CÍRCULO DE MOHR (E.P.T)
𝜎1 −𝜎3
• 𝜏𝛼 = 𝑠𝑒𝑛(2𝛼)
2
𝜎1 +𝜎3 𝜎1 −𝜎3
• 𝜎𝛼 = + cos⁡(2𝛼)
2 2

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CÍRCULO DE MOHR (E.P.T)

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CÍRCULO DE MOHR (E.P.T)
• Ex. 1 - As tensões principais de uma amostra de solo são 100 e 240 kPa.
Determine:
a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30º com o plano
principal maior.
b) A inclinação do plano em que a tensão normal é igual a 200kPa, e a tensão de
cisalhamento nesse plano.
c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35kPa e as tensões normais
nesse plano.
d) A máxima tensão de cisalhamento, o plano em que ela ocorre e a tensão normal
neste plano
e) O plano de máxima obliquidade e as tensões que nele atuam.

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