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MECÂNICA DOS SOLOS

AULA 03

Prof. Esp. Eduardo Gullo


eduardo.gullo@estacio.br
Solo
 O que é Solo?
É o produto do intemperismo das rochas. Sua natureza depende
principalmente da rocha, do clima, da cobertura vegetal, da topografia e do
tempo de duração do processo de intemperização.

 Classificação Genética dos Solos:


Os produtos do intemperismo permanecem, diretamente, sobre a
rocha da qual derivaram e, por isso, são denominados solos residuais. Os solos
que continuam sofrendo erosão por ação das águas, do vento e da gravidade e
que são formados depois do transporte e da deposição chamam-se solos
transportados ou sedimentares.
Além dos solos residuais e transportados, os solos podem ter sua
formação de originada de processos orgânicos, assim chamados de solos
orgânicos.
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Solo
 Solos Residuais:
São os solos que permanecem no local de decomposição da rocha que
lhes deu origem. Os solos residuais são subdivididos, conforme a zona de
intensidade de intemperismo:
Blocos em material alterado ou Rocha fraturada: A transformação de rochas
primárias em solos progrediu ao longo de fraturas ou zonas de menor resistência,
deixando relativamente intactos blocos da rocha original, envolvidos por solo de
alteração de rocha. Esses blocos alterados ainda se comportam como rocha, chamada
de rocha alterada.
Solo residual jovem ou Saprólito: Mantém a estrutura original da rocha-matriz, mas
perdeu totalmente sua consistência. Os materiais formadores da rocha-matriz estão
praticamente todos alterados.

Solo residual maduro: É aquele que perdeu toda a estrutura original da rocha-matriz
e tornou-se “relativamente homogêneo”.

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Solo
 Solo Residuais:

Evolução ao longo do tempo de um Solo Residual


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Solo
 Solos Transportados ou sedimentares:
São os solos oriundos do transporte de partículas dos solos residuais e
deposição em outros locais. Classificam-se segundo o agente de transporte nas
seguintes classes: coluviões, aluviões, eólicos e glaciais.
Coluviões: O agente transportador é a ação da gravidade, deslocando solos residuais
de níveis mais altos para os mais baixos de uma encosta

Exemplo de formação do Solo Coluvionar

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Solo
 Solos Transportados ou sedimentares:
Aluviões: O agente transportador é a água fluvial. Incluem depósitos de partículas
muito finas (argilas e siltes), areia, pedregulhos e matacões transportados,
essencialmente, pela água em grande quantidade.

Exemplo de formação do Solo Aluvial


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Solo
 Solos Transportados ou sedimentares:
Eólicos: O agente transportador é o vento, e seus efeitos diretos podem ser
classificados em destrutivos, transportadores e construtivos. Entretanto, o vento por si
só é praticamente incapaz de produzir a destruição de uma rocha por erosão. Então,
os depósitos eólicos se caracterizam pela uniformidade dos grãos que os constituem.

Exemplo de formação do Solo Eólico


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Solo
 Solos Transportados ou sedimentares:
Glaciais: São depósitos de materiais erodidos e o agente transportador é o gelo. Uma
característica interessante dos depósitos glaciais é a quase total ausência de alteração
química pelo intemperismo em seus componentes.

Exemplo de formação do Solo glacial


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Solo
 Solos Orgânicos:
Os solos orgânicos podem se formar de três formas:
 Impregnação de matéria orgânica em sedimentos preexistentes.

 Transformação carbonífera de materiais de origem vegetal contida em


sedimentos.

 Absorção no solo de carapaças de animais, como moluscos.

Obs.: Do ponto de vista da Engenharia, os solos orgânicos apresentam


características bem indesejáveis. Por exemplo, destacam-se sua elevada
compressibilidade, a baixa resistência e a alta capacidade de absorção de água.

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Solo
 Solos Orgânicos:
Um exemplo de solo orgânico é a turfa. É formado pela deposição de detritos vegetais
como folhas, caules, troncos e a posterior decomposição dessa matéria orgânica.
Como as turfas se originam em águas estagnadas e pouco arejadas, a decomposição é
muito lenta e incompleta, ficando preservada parte dos vegetais. Forma-se, então, um
solo fibroso, essencialmente de carbono, com baixo peso específico e combustível,
quando seco.

Exemplo de formação do Solo orgânico (Turfas)


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Constituição dos Solos
As formações de solo constituem-se de um conjunto de grãos
(Partículas sólidas), que podem ou não se tocar entre si, deixando um espaço
vazio entre elas.
Esse espaço pode estar cheio de ar ou outro gás ou parcial ou
totalmente preenchido com água. Assim, pode-se dizer que o solo é um
sistema trifásico, formado de materiais nos três estados da matéria (Gasoso,
Líquido e Sólido).

Exemplo de Composição do Solo Prof. Esp. Eduardo Gullo


Índices Físicos
São PARÂMETROS do solo que relacionam os pesos e volumes
das três fases que compõem o solo.

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Índices Físicos
VT = volume total
Vs = volume das partículas sólidas
Vv = volume de “vazios” (poros)
Vw = volume de água contida nos poros
Va = volume de ar contido nos poros
VT = Vs + Vv = Vs + Vw+ Va

MT = massa total ou Peso Total


Ms = massa das partículas sólidas
Mw = massa de água contida nos poros
MT = Ms + Mw ou PT = Ps + Pw
Considerando, Mar = Par = 0
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Índices Físicos
 Teor de Umidade (w)*:
Define-se a umidade de um solo como a razão entre o peso da água
contida em certo volume de solo e o peso da parte sólida existente nesse
mesmo volume, expressa em porcentagem:

 Peso Específico dos Sólidos (ou dos Grãos) (ϒs) *:


É uma característica dos sólidos. Relação entre o peso das partículas
sólidas e o seu volume. É determinado em laboratório para cada solo.

*Índice determinado em laboratório Prof. Esp. Eduardo Gullo


Índices Físicos
 Peso Específico Natural ou Úmido (ϒnat)*:
Relação entre o peso total do solo e seu volume total. A expressão
“peso específico natural” é, algumas vezes, substituída por “peso específico”
do solo. No caso de compactação do solo, o peso específico natural é
denominado peso específico úmido:

 Peso Específico da Água (ϒw):


Embora varie um pouco com a temperatura, adota-se sempre como
igual a 10kN/m³, a não ser em certos procedimentos de laboratório.

*Índice determinado em laboratório Prof. Esp. Eduardo Gullo


Índices Físicos
 Índice de Vazios (e):
Relação entre o volume de vazios e o volume das partículas sólidas.
Não pode ser determinado diretamente, mas é calculado a partir de outros
índices:

 Porosidade (n):
Relação entre o volume de vazios e o volume total. É representada em
porcentagem, e está sempre no intervalo entre 0 e 1.

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Índices Físicos
 Grau de Saturação (S):
Relação entre o volume de água e o volume de vazios. Não é
determinado diretamente, mas calculado. Varia de zero (solo seco) a 100%
(solo saturado):

 Densidade das Partículas Sólidas (Gs):


Relação entre o peso específico dos sólidos e o peso específico da
água. Não é determinado diretamente:

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Índices Físicos
 Peso Específico aparente Seco (ϒd):
Relação entre o peso dos sólidos e o volume total. Corresponde ao
peso específico que o solo teria se ficasse seco, se isso pudesse ocorrer sem
variação de volume:

 Peso Específico aparente Saturado (ϒsat):


Peso específico do solo se ficasse saturado e se isso ocorresse sem
variação de volume:

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Índices Físicos
 Peso Específico Submerso (ϒsub):
É o peso específico efetivo do solo quando submerso. Serve para
cálculo de tensões efetivas.

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Exercício 01

Mostre que 𝑛, também pode ser dada por: 𝑛 =
ⅇ+1

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Exercício 02
γ γ 𝐺𝑆 . 1 + 𝑤 . γ𝑤
Mostre que 𝑛𝑎𝑡, também pode ser dado por: 𝑛𝑎𝑡 =
1+ⅇ

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Exercício 03
γ γ 𝐺𝑆 + ⅇ . γ𝑤
Mostre que 𝑠𝑎𝑡, também pode ser dado por: 𝑠𝑎𝑡 =
1+ⅇ

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Exercício 04
𝐺𝑠 . γ𝑠
Mostre que γ𝑑, também pode ser dado por: γ𝑑 =
1+ⅇ

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Anotações:

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