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DESCRIÇÃO

Aplicação do conceito de funções vetoriais.

PROPÓSITO
Conhecer as funções vetoriais e suas operações, a partir do cálculo do limite, da derivada e da integral dessas
funções, para aplicar tais conceitos em problemas de cálculo vetorial.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1
Definir as funções vetoriais e suas operações matemáticas básicas

MÓDULO 2

Aplicar as operações do limite, da derivada e da integral nas funções vetoriais

MÓDULO 3

Empregar as funções vetoriais no estudo das curvas no plano e no espaço, bem como no movimento de um objeto

MÓDULO 4

Aplicar o sistema de coordenadas polares ao estudo das curvas polares

MÓDULO 1
 Definir as funções vetoriais e suas operações matemáticas básicas

INTRODUÇÃO
O vetor é um objeto da Matemática de grande aplicação prática em diversas áreas. Assim, é necessário definir
funções que tenham os elementos vetoriais em suas entradas ou saídas.

A função a variáveis reais, a valores vetoriais ou simplesmente função vetorial é aquela que tem domínio no conjunto

dos números reais e vetores que pertencem ao conjunto Rn como imagem.

Neste módulo, estudaremos as funções vetoriais e suas operações matemáticas básicas.

DEFINIÇÃO DE FUNÇÕES VETORIAIS


No cálculo de uma variável, trabalhamos com funções que têm domínio e imagem no conjunto dos números reais.
Elas são denominadas funções reais à variável real, ou simplesmente funções reais.

Há um elemento matemático de grande aplicação prática: o vetor, definido não apenas por seu valor (módulo), mas
também por sua direção e seu sentido.

Fonte: Peshkova/Shutterstock

UM VETOR É REPRESENTADO POR SUAS COORDENADAS. O


NÚMERO DE COORDENADAS DE UM VETOR DEPENDE DO

CONJUNTO AO QUAL PERTENCE. CONSIDERANDO V O VETOR
PERTENCENTE A RN, V SERÁ REPRESENTADO POR N

COORDENADAS:


V = V 1, V 2, …, V N ⟩
No exemplo, v1, v2, ... , vn são números reais que representam a projeção do vetor v na direção e no sentido de cada

uma das dimensões do Rn.

Estamos trabalhando com coordenadas cartesianas. Particularmente, neste tema, nosso interesse está em R2 e R3.

v, pertencente ao R3, é representado por três coordenadas. Veja a figura 1, em que o vetor →
Assim, um vetor → v
projetado na direção do eixo x apresenta um tamanho vx; na direção do eixo y, um tamanho vy; na direção do eixo z,

um tamanho vz:

Caso a projeção em relação a um dos eixos seja contrária ao sentido positivo do eixo, o sinal da coordenada será

negativo. Portanto, o vetor v terá coordenadas (vx, vy , vz), em que vx, vy e vz são números reais. No caso do R2,

caso particular do R3, o vetor não terá a componente vz.

Fonte: Autor
 Figura 1: Representação do vetor no espaço

Assim, precisamos definir funções que tenham elementos vetoriais em seus domínios e/ou em suas imagens. Neste
módulo, iniciaremos com as funções que têm como imagens, isto é, como saídas, elementos vetoriais.

Trabalharemos com a função que tem domínio no conjunto real e tem imagem no conjunto Rn. Assim, sua entrada é
um número real, mas sua saída é um vetor. Esta função é denominada função vetorial ou, de forma mais precisa,
função de uma variável real a valores vetoriais.


Uma função de uma variável real a valores vetoriais em Rn é uma função F : S ⊂ R → R n, com n inteiro e n > 1, em

que S é um subconjunto dos números reais. Assim, para cada valor real, pertencente ao domínio de F, teremos como

resultante uma imagem que será um vetor pertencente a Rn. Logo:


{ | →
() }
ImF = t ∈ S ⊂ R F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n
Como a imagem da função é um vetor, cada componente desse vetor dependerá da variável de entrada. Portanto, a
variável de entrada pode ser considerada um parâmetro e a função pode ser também representada por uma equação
paramétrica.

Observe que a entrada da função vetorial será um número real e a saída será um vetor. Veja o exemplo.

 EXEMPLO

→ →
F : R → R 3, tal que F(m) = (2m + 3, 5m, 2 - m), com m real.

Note que cada vetor da imagem dependerá do elemento do domínio, que, neste caso, será o parâmetro m.

Existem funções denominadas campos vetoriais que apresentam, tanto no domínio quanto na imagem, vetores.

Assim, seriam funções F : R n → R m, com m e n inteiros maiores do que 1. Por exemplo:

→ →
F : R 3 → R 4, tal que F(x, y, z) = (2x + 3y, 2x + 5, y + 3z, 4x + y)

Perceba que as coordenadas dos elementos vetoriais da saída dependem das coordenadas dos elementos vetoriais
da entrada. Aqui, não abordaremos este tipo de funções.

EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS

A função vetorial pode ser representada por sua forma vetorial, já exemplificada, ou por sua forma paramétrica.

→ →
Seja F(t) : t ∈ S ⊂ R → F(t) ∈ R 3. Como já vimos, cada componente do vetor de saída depende da variável de
entrada, denominada parâmetro. Dessa forma, a função pode ser representada por:

{
x = f(t)

F(t) = y = g(t) , t real
z = h(t)

Observe que f(t), g(t) e h(t) são funções reais, que relacionam cada coordenada ao parâmetro t. Este tipo de equação

é chamado de equação paramétrica. Para funções com imagem no Rn, n inteiro maior do que 1, a equação
paramétrica terá n equações.

 EXEMPLO

→ → →
Seja a função F(t) = 〈t, t 2 + 5, ln t〉, definida para t > 0. Determine o valor de F(1) e F(e)

SOLUÇÃO

A função é uma função de variável real a valores vetoriais de R3, F(t) = 〈f(t), g(t), h(t)〉
Onde:

f(t) = t

g(t) = t2 + 5

h(t) = ln t

Logo, temos:

{
x=t

F(t) = y = t 2 + 5 , para t real e t > 0.
z = ln t

Então,


F(1) = 〈f(1), g(1), h(1)〉 = 〈1, 1 + 5 , ln 1〉 = 〈1,6, 0〉

Portanto, para uma entrada t = 1, o resultado da função será o vetor 〈1, 6, 0〉

Para t = e:


F(e) = 〈f(e), g(e), h(e)〉 = 〈e, e 2 + 5 , ln e〉 = 〈e, e 2 + 5,1〉


Por fim, para uma entrada t = e, o resultado da função será o vetor e, e 2 + 5, 1 ⟩

FUNÇÕES VETORIAIS E TRAÇADOS DE CURVA



Para o caso de R2 e R3, a imagem da função vetorial F pode ser analisada como a trajetória de uma curva (lugar

geométrico) em R2 ou R3 descrita pela equação paramétrica da função. Em outras palavras, a função vetorial definirá

uma curva plana, no caso de sua imagem em R2, ou uma curva espacial, quando sua imagem estiver no R3.

Se considerarmos que a imagem da função vetorial é um vetor com extremidade inicial na origem, a trajetória da
curva será definida pela extremidade final dos vetores obtidos pela imagem da função vetorial.

 EXEMPLO


Exemplo 1 - Considere a função F(u) = 〈u, u 2〉, definida para u ∈ R. Determine a trajetória definida pela imagem da
função.

SOLUÇÃO
Trata-se de uma função de variável real a valores vetoriais de R2.


Repare que a componente x do vetor determinado pela imagem de F vale u e a componente y vale u2. Então, se

F(u) = 〈x, y〉, temos a seguinte representação paramétrica:

F(u) =
{ x=u
y = u2
→ y = x2

Esta é a equação de uma parábola vertical. Assim, a imagem da função será a parábola de equação y = x2,
representada a seguir:

Fonte: Autor

 Figura 2: Imagem da função F(u) = 〈u, u 2〉

Conforme o valor do parâmetro u se altera, a imagem obtida pela função vetorial também muda, traçando uma curva,
que, neste exemplo, será uma parábola vertical de vértice na origem.

 EXEMPLO


Exemplo 2 - Seja a função F(t) = 〈sen t, cos t, 5〉. Determine a trajetória definida pela imagem da função.

SOLUÇÃO
Trata-se de uma função de variável real a valores vetoriais de R3.


Seja F(t) = 〈x, y, z〉

Repare que:

{
x = sen t

F(t) : y = cos t → x 2 + y 2 = 1 e z = 5
z=5

A imagem da função representará uma circunferência pertencente ao plano z = 5. Assim, será uma circunferência de
centro em 〈0, 0, 5〉 e raio 1, conforme observamos a seguir:
Fonte: Adaptado de Guidorizzi (2013)

 Figura 3: Imagem da função F(t) = 〈sen t, cos t, 5〉

Se quisermos dar um sentido à trajetória, este pode ser definido como o sentido do crescimento do parâmetro ou do

decrescimento do parâmetro. No caso do exemplo de F(u) = 〈u, u 2〉, a trajetória da parábola é percorrida no sentido
da esquerda para direita, quando cresce o parâmetro u:

Fonte: Autor
 Figura 4: Sentido da trajetória pelo crescimento do parâmetro

OPERAÇÕES COM FUNÇÕES VETORIAIS

Uma função de uma variável real a valores do Rn, conforme definida, será composta por n funções reais, definindo
cada uma de suas coordenadas. Assim, temos:

()

F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real

Tais funções f1, f2, ... , fn são denominadas funções componentes da função F.


Como a imagem da função F(t) será um vetor, ela atende todas as propriedades e operações que um vetor possui.

→ →
Considerando que F, G : S ⊂ R → R n, p(t) uma função real e k uma constante real, é possível definir as seguintes
propriedades:

A) SOMA
( )
→ → → → →
H(t) = F + G (t) = F(t) + G(t)


H(t) = 〈f 1(t) + g 1(t), f 2(t) + g 2(t), …, f n(t) + g n(t)〉 ∈ R

B) PRODUTO POR UM ESCALAR K

( )
→ → →
H(t) = kF (t) = kF(t)


H(t) = 〈kf 1(t), kf 2(t), …, kf n(t)〉 ∈ R n

C) PRODUTO POR UMA FUNÇÃO REAL P(T)

( )
→ → →
H(t) = p. F (t) = p(t)F(t)


H(t) = 〈p(t)f 1(t), p(t)f 2(t), …, p(t)f n(t)〉 ∈ R n

Cuidado! Não existe produto (multiplicação) entre duas funções vetoriais.

→ →
D) PRODUTO ESCALAR ENTRE F E G

( )
→ → → →
m(t) = F. G (t) = F(t). G(t)

m(t) = f 1(t). g 1(t) + f 2(t). g 2(t) + … + f n(t). g n(t), m t ∈ R ()


→ →
E) PARA N = 3, PRODUTO VETORIAL ENTRE F E G

( )
→ → → → →
H(t) = F x G (t) = F(t) x G(t)

| |
x̂ ŷ ẑ


H(t) = ()
f1 t ()
f2 t ()
f3 t

g 1 (t ) g 2 (t ) g 3 (t )

 EXEMPLO

→ →
Exemplo 1 - Considerando as funções F(u) = 〈u + 5, cos u, u 2〉, G(u) = 〈2 - u 2, sen u, 3u〉 e p(u) = 2eu,

( )( )
→ →
determine o valor para t = 0 da função m(t) = 2F(t) . p(t)G(t)

SOLUÇÃO
→ →
(
Se F(u) = 〈u + 5, cos u, u 2〉, então 2F(u) = 〈2 u + 5 , 2cos u, 2u 2〉 )

Se G(u) = 〈2 - u 2, sen u, 3u〉 e p u ( ) = 2 . e , então: p(u)
u


G(u) = < 2 . e u . (2 - u ), 2 . e
2 u . sen u, 2 . e u . 3 . u >

Portanto,

m(u) = 2(u + 5) . 2 . e u . (2 - u ) + 2 cos u . 2 . e


2 u . sen u + 2 . u 2 . 2 . e u . 3 . u

Assim,

m(0) = 2 (0 + 5) . 2 . e 0 . (2 - 0 ) + 2 cos 0 . 2 . e
2 0
. sen 0 + 2 . 0 2 . 2 . e 0 . 3 . 0 = 8 . 5 + 0 + 0 = 40

 EXEMPLO

→ →
Exemplo 2 - Considerando as funções F(u) = 〈u, cos u, 3u〉 e G(u) = 〈u 2, sen u, u〉 determine a função
→ → →
H(t) = F(t) x G(t) e seu valor
para t=π.

SOLUÇÃO
( )
→ → → → →
H(t) = F x G (t) = F(t) x G(t)

| |
x̂ ŷ ẑ

H(t) = t cos t 3t = t cost x̂ + t sent ẑ + 3t t 2ŷ - t 2cos t ẑ - 3t sen t x̂ - t. t ŷ
t2 sen (t) t


( ) (
H(t) = (t cost - 3t sent)x̂ + 3t 3 - t 2 ŷ + t sent - t 2cost ẑ )

H(t) = 〈t cost - 3t sent, 3t 3 - t 2, t sent - t 2cost〉

Assim,


H(π) = 〈π. cos π - 3. π sen π, 3 π 3 - π 2, π sen π - π 2cosπ〉 = 〈- π, 3 π 3 - π 2, π 2〉
TEORIA NA PRÁTICA
Desejamos traçar, com um computador, uma curva espacial denominada toroide espiral. A função vetorial que
define essa curva espacial é a seguinte:

→ 1
F(t) = 〈(4 + sen(kt))cost, (4 + sen(kt))sent, cos (kt)〉, com k real e 0 < k < 2

→ →
Sabendo que o módulo deF(t), para t = 4π , vale 5, determine o valor de F(8π)
FUNÇÕES VETORIAIS

MÃO NA MASSA

→ →
1. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈U + 5, 3 - U 2, U 3〉 E G(T) = 〈 T 2 + 1, T + 10, T 2〉
→ → → →
COM U E T REAIS, SABENDO QUE H(U) = 2 F(U) - G(U), O VALOR DE H(2) É:

A) 〈9,-14,12〉

B) 〈19,-4,2〉

C) 〈8,14,-12〉

D) 〈7,-1,5〉

2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO G(T) = 〈T + 2, 3T - 1 〉, DEFINIDA PARA T ∈ R, A
TRAJETÓRIA DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO É:

A) Circunferência de equação x 2 + y 2 = 1

B) Reta de equação 3x - y - 7 = 0

C) Plano de equação x - 3y + 7 = 0

D) Reta de equação 3x + y + 7 = 0

{
X=T
→ →
3. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(T) = Y = 3 - T E G(U) = 〈 U 2, U , 3 + U〉, COM U E T
Z = T2

( - G(U) ), O VALOR DE H(- 1) É:


→ → → →
REAIS, SABENDO QUE H(U) = 2 F(U) X

A) 〈-14,6,4〉

B) 〈9,3,-4〉

C) 〈-18,-6,6〉

D) 〈18,6,-8〉


4. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(U) = 〈2UCOS U, 2U SEN U, U〉, DEFINIDA PARA U ∈ R,
QUAL É A EQUAÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CURVA ESPACIAL DEFINIDA PELA IMAGEM DA
FUNÇÃO?

A) x 2 + y 2 + 2z 2 = 1

B) x 2 + y 2 - 4z 2 = 0

C) 4x 2 + 4y 2 + z 2 = 1

D) x 2 + y 2 + z 2 = 0

{
X = 3V - 6
→ →
5. CONSIDERE A FUNÇÃO VETORIAL G(V) = Y = V + 1 , COM V REAL, E A FUNÇÃO H(U),
Z = V2

CUJA IMAGEM FORMA UMA PARÁBOLA DE EQUAÇÃO Y = 2X2+ 3, QUE PERTENCE AO


PLANO Z = 4.
ASSINALE A ALTERNATIVA VERDADEIRA SOBRE OS PONTOS COMUNS NAS IMAGENS
DAS DUAS FUNÇÕES:

A) Não existem pontos comuns nas imagens das funções.

B) Existem dois pontos comuns nas imagens das funções com z = 4.

C) Existe apenas um ponto comum nas imagens das funções com z = 4.

D) Existem infinitos pontos comuns nas imagens das funções.


6. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈U + COS U, 1, 3U 〉 E
→ 2T 1
G(T) = 〈 3 , - 1, 2T - 3 SEN T 〉, DEFINIDAS PARA U E T ∈ [0,2Π], QUAL É A EQUAÇÃO DO

LUGAR GEOMÉTRICO FORMADO PELA IMAGEM DA FUNÇÃO H(T), SENDO
→ → →
H(T) = 2F(T) - 3G(T) ?

A) 4x 2 - z 2 = 1 e y = 3

B) x 2 + y 2 + 4z 2 = 4 e y = 5

C) x 2 + 4z 2 = 4 e y = 5

D) x 2 + 4y 2 = 1 e z = 5

GABARITO
→ →
1. Considerando as funções F(u) = 〈u + 5, 3 - u 2, u 3〉 e G(t) = 〈 t 2 + 1, t + 10, t 2〉 com u e t reais, sabendo
→ → → →
que H(u) = 2 F(u) - G(u), o valor de H(2) é:

A alternativa "A " está correta.

Usando as operações básicas da função vetorial, temos:

()
→ → →
H(u) = 2 F(u) - G(u) = 〈2f 1(u) - g 1(u), 2f 2(u) - g 2(u), 2f 3(u) - g 3 u 〉


( ) ( ) ( )
H(u) = 〈2(u + 5) - u 2 + 1 , 2 3 - u 2 - u + 10 , 2u 3 - u 2〉


H(u) = 〈2u - u 2 + 9, - 2u 2 - u - 4 , 2u 3 - u 2〉


H(2) = 〈4 - 4 + 9, - 8 - 2 - 4 , 16 - 4〉 = 〈9, - 14,12〉


2. Considerando a função G(t) = 〈t + 2, 3t - 1 〉, definida para t ∈ R, a trajetória definida pela imagem da
função é:

A alternativa "B " está correta.

Usando as definições de função vetorial, encontramos a equação paramétrica de:



G(t) =
{ x=t+2
y = 3t - 1
, t real

Identificando o valor de t em função de x e substituindo na segunda equação, temos:

t = x - 2 → y = 3(x - 2) - 1 = 3x - 6 - 1 = 3x - 7


Então, a imagem segue a trajetória 3x - y - 7 = 0. Como a imagem de G(t) é definida em R2, a curva é plana e, pela
equação, será uma reta.

{
x=t
→ →
3. Considerando as funções F(t) = y = 3 - t e G(u) = 〈 u 2, u , 3 + u〉, com u e t reais, sabendo que
z = t2

( - G(u) ), o valor de H(- 1) é:


→ → → →
H(u) = 2 F(u) x

A alternativa "C " está correta.


4. Considerando a função F(u) = 〈2ucos u, 2u sen u, u〉, definida para u ∈ R, qual é a equação da trajetória
da curva espacial definida pela imagem da função?

A alternativa "B " está correta.

Usando as definições de função vetorial, encontramos a equação paramétrica de:


{
x = 2u cos u

F(u) = y = 2u sen u , u real
z=u

Eliminando a variável u, temos:

)
x 2 + y 2 = (2u cos u) 2 + (2u sen u) 2 = 4u 2cos 2u + 4u 2sen 2u = 4u 2(cos 2u + sen 2u = 4u 2

Porém, pela terceira equação z = u, obtemos:

x 2 + y 2 = 4u 2 = 4z 2 → x 2 + y 2 - 4z 2 = 0

{
x = 3v - 6
→ →
5. Considere a função vetorial G(v) = y = v + 1 , com v real, e a função H(u), cuja imagem forma uma
z = v2

parábola de equação y = 2x2+ 3, que pertence ao plano z = 4.

Assinale a alternativa verdadeira sobre os pontos comuns nas imagens das duas funções:

A alternativa "C " está correta.


Vamos determinar a função H(t). Para isso, escolhemos um parâmetro t real, tal que x = t. Assim: y = 2t2 + 3

Dessa forma, a equação paramétrica da função será:

{
x=t
→ 2
H(t) = y = 2t + 3
z=4

A imagem comum deve satisfazer às duas equações paramétricas. Logo, temos:

{
3v - 6 = t
→ → 2
G(v) = H(t) ↔ v + 1 = 2t + 3
v2 = 4

Da terceira equação, tiramos que v = 2 ou v = – 2

Para v = 2, na primeira equação, obtemos: t = 3 . 2 - 6 = 0

Substituindo v = 2 e t = 0 na segunda equação, obtemos: 2 + 1 = 2 . 0 + 3 → 3 = 3

Assim, a imagem obtida para v = 2 na função G ou t = 0 na função H será a mesma com valor:

{ {
x=0 x = 3.2 - 6 = 0
y = 2.0 + 3 = 3 ou y = 2 + 1 = 3 →〈0,3,4〉
2

z=4 z = 22 = 4

Para v = – 2, na primeira equação, obtemos: t = 3 . (– 2) – 6 = – 12

Substituindo v = – 2 e t = – 12 na segunda equação, obtemos: – 2 + 1 = 2 . (– 12)2 + 3 → – 1 ≠291

Assim, não existe imagem comum para o caso de v= – 2


→ → 2t 1
6. Considerando as funções F(u) = 〈u + cos u, 1, 3u 〉 e G(t) = 〈 , - 1, 2t - sen t 〉, definidas para
3 3

u e t ∈ [0,2π], qual é a equação do lugar geométrico formado pela imagem da função H(t), sendo
→ → →
H(t) = 2F(t) - 3G(t) ?

A alternativa "C " está correta.

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

→ →
1. SEJAM AS FUNÇÕES G(T) = 〈T 2 - 1, 3 - T, T + 3〉 E F(U) = 〈U + 1, U 2 + 2, U 2〉, COM U E
T REAIS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA O VALOR DA FUNÇÃO M(U)=
→ →
F(U). G(U), PARA U=1:

A) 〈0,6,4〉
B) 〈2,3,1〉

C) 8

D) 10


2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(T) = 〈2T SEN T, LN T , TCOS T 〉, DEFINIDA PARA T
REAL MAIOR DO QUE 0 (ZERO), ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A
EQUAÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CURVA ESPACIAL DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO

F(T):

A) x 2 - 4e 2y + 4z 2 = 0

B) x 2 - e 2y + z 2 = 0

C) x 2 - y 2 + 4z 2 = 0

D) x 2 + 4ln y + 4z 2 = 1

GABARITO
→ →
1. Sejam as funções G(t) = 〈t 2 - 1, 3 - t, t + 3〉 e F(u) = 〈u + 1, u 2 + 2, u 2〉, com u e t reais. Assinale a
→ →
alternativa que representa o valor da função m(u)=F(u). G(u), para u=1:

A alternativa "D " está correta.

A função m(u) é o resultado de um produto escalar de duas funções vetoriais. Assim, ela será uma função real.

→ →
Se m(u) = F(u). G(u) → m(u) = f 1(u)g 1(u) + f 2(u)g 2(u) + f 3(u)g 3(u)

( ) ( )
m(u) = u 2 - 1 (u + 1) + (3 - u) u 2 + 2 + (u + 3)u 2

m(u) = u 3 + u 2 - u - 1 + 3u 2 + 6 - u 3 - 2u + u 3 + 3u 2 = u 3 + 7u 2 - 3u + 5

m(1) = 1 + 7 - 3 + 5 = 10


2. Considerando a função F(t) = 〈2t sen t, ln t , tcos t 〉, definida para t real maior do que 0 (zero), assinale a

alternativa que apresenta a equação da trajetória da curva espacial definida pela imagem da função F(t):

A alternativa "A " está correta.

Usando as definições de função vetorial, encontramos a equação paramétrica de:

{
x = 2t sen t

F(t) = y = ln t , t>0
z = tcos t
x
Eliminando a variável t na primeira e na terceira equações: t sent = e t cos t = z, temos:
2

( x
2 ( ( ( )
) 2 + z 2 = t sent) 2 + t cost) 2 = t 2cos 2t + t 2sen 2t = t 2 cos 2t + sen 2t = t 2

Porém, pela segunda equação: y = ln t → t = e y.

Logo:

( x
2 (
) 2 + z 2 = t 2 = e y) 2 = e 2y

Então:

x 2 + 4z 2 = 4e 2y → x 2 - 4e 2y + 4z 2 = 0

MÓDULO 2

 Aplicar as operações do limite, da derivada e da integral nas funções


vetoriais

INTRODUÇÃO
Da mesma forma que definimos as operações de limite, derivada e integral para uma função real, também o faremos
para as funções vetoriais.

Neste módulo, definiremos, então, as operações de limite, derivada e integral e as aplicaremos em alguns problemas
de cálculo diferencial e integral. Veremos que essas operações se relacionam com aquelas correspondentes às
funções reais, que são componentes da função vetorial.

LIMITE E CONTINUIDADE
O limite de uma função vetorial é alcançado obtendo-se o limite de cada uma de suas funções componentes.

()

Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real.

( ) t→a ()

lim F(t) = 〈lim f 1 t , lim f 2(t), …, lim f n t 〉
t→a t→a t→a

O limite existirá se houver o limite de todas as funções componentes.


A existência do limite implica que, toda vez que t se aproximar do valor a, a função vetorial F se aproximará do valor
do limite. No caso da função real, a aproximação da função a seu valor do limite ocorre por valores acima ou abaixo.

No caso da função vetorial, essa aproximação acontece por infinitos caminhos. Porém, existindo o limite L, a função

sempre tenderá ao vetor L, quando t tender ao valor de a.

A definição foi feita para t → a, mas pode ser extrapolada para todos os tipos de limite para t → a+ , t→ a- ou t → ±
∞.

Observe que o limite de cada função componente é um limite de uma função real, já estudado anteriormente. Assim,
todos os métodos e as propriedades já conhecidas podem ser utilizados. A única diferença, neste caso, é que, para a
função vetorial, serão resolvidos n limites diferentes, cada um relacionado a uma das n funções componentes.

 EXEMPLO

→ 2sen t t 3 - 3t + 2
Determine o limite de F(t) = 〈2t + 1, , 〉 quando t tende a 0
t t+2

SOLUÇÃO
→ 2sen t t 3 - 3t + 2
lim F(t) = 〈lim 2t + 1, lim t
, lim t+2

t→0 t→0 t→0 t→0

Resolvendo os limites das funções componentes, temos:

✓ Por substituição direta: lim 2t + 1 = 2. 0 + 1 = 1


t→0
2sen t sen t
✓ Pelo limite trigonométrico fundamental: lim = 2 lim = 2. 1 = 2
t t
t→0 t→0

t 3 - 3t + 2 2
✓ Pelo teorema de Leibniz: lim = =1
t+2 2
t→0

Portanto,


lim F(t) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ
t→0

TEOREMA DE LEIBNIZ

De acordo com este teorema:

Todo polinômio é equivalente a seu termo de maior grau, quando sua variável independente tende a mais
ou menos infinito (+∞ ou - ∞).

Todo polinômio é equivalente a seu termo de menor grau, quando sua variável independente tende a 0
(zero).

Algumas propriedades para o limite de funções vetoriais podem ser demonstradas pela definição do limite e pelas
operações das funções vetoriais. Por exemplo:
✓ lim (k1F(t) ± k2G(t) ) = k1lim
→ → → →
F(t) ± k 2lim G(t), onde k1 e k2 são números reais
t→a t→a t→a

✓ lim F(t). G(t) = lim F(t). lim G(t)


→ → → →

t→a t→a t→a

✓ lim F(t) x G(t) = lim F(t) xlim G(t)


→ → → →

t→a t→a t→a

CONTINUIDADE

De forma semelhante à função real, vamos definir a continuidade de uma função vetorial em um ponto do seu
domínio t = t0

()
→ →
Considerando F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real, e t0 um ponto do domínio da função, a função F(t) será

( )
→ →
contínua em t = t0 se e somente se: lim F(t) = F t 0
t → t0

Em outras palavras, é necessário existir o limite para quando t tende a t0, e esse limite precisa ter o valor da função

no ponto t = t0


A função F(t) só será contínua em um ponto t0 se todas as suas funções componentes forem contínuas no ponto t0

 EXEMPLO

→ 2sen t t 3 - 3t + 2
Considerando a função F(t) = 〈2t + 1,
t
, t+2
〉, para t real diferente de 0 (zero) e de – 2, determine o valor de
→ →
F(0) e F(- 2) para que a função seja contínua para todo t real.

SOLUÇÃO
No exemplo anterior, já foi obtido o limite:


lim F(t) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ
t→0

O limite existe. Para que seja contínua, a função deve ter valor em t = 0 igual ao valor do limite no ponto. Portanto,
temos:


F(0) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ

Para o caso de t = – 2, necessitamos, inicialmente, verificar se o limite existe. Vejamos:

→ 2sen t t 3 - 3t + 2
lim F(t) = 〈lim 2t + 1, lim , lim 〉
t t+2
t→ -2 t→ -2 t→ -2 t→ -2

Resolvendo os limites das funções componentes, temos:

✓ Por substituição direta: lim 2t + 1 = 2. (- 2) + 1 = - 3


t→ -2
2sen t 2 sen ( - 2 )
✓ Por substituição direta: lim = = - sen (- 2) = sen (2)
t -2
t→ -2

t 3 - 3t + 2 -8+6+2 0
✓ Pelo método da substituição de funções: lim = =
t+2 -2+2 0
t→ -2

Porém, t 3 - 3t + 2 = t + 2 ( )(t 2
- 2t + 1 )
( t + 2 ) ( t - 2t + 1 )
2

Logo, lim
t→ -2
t 3 - 3t + 2
t+2
= lim
t→ -2
t+2
= lim
t→ -2
(t 2
)
- 2t + 1 = 4 + 4 + 1 = 9


Portanto, lim F(t) = 〈- 3, sen(2), 9〉 = - 3x̂ + sen(2)ŷ + 9ẑ
t→ -2

O limite existe. Para que seja contínua, a função deve ter valor em t = – 2 igual ao valor do limite no ponto. Assim:


F(- 2) = 〈- 3, sen(2), 9〉 = - 3x̂ + sen(2)ŷ + 9ẑ

DERIVADA DE FUNÇÕES VETORIAIS


A derivada de uma função vetorial será definida de forma similar às funções reais.

()

Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real:

→ dF
→ →
F(t+h) -F(t)

F'(t) = = lim
dt h
h→0

Se o limite existir, a função será derivável ou diferençável, e sua derivada terá o valor fornecido pelo limite. Para ser
derivável ou diferençável em um intervalo, a função deve ser derivável para todos os pontos desse intervalo.

A definição anterior pode ser obtida pela derivada das funções componentes da seguinte forma:


()
F'(t) = 〈f' 1(t), f' 2(t), …, f' n t 〉 ∈ R n, com t real

Observe, portanto, que devemos empregar todas as formas e regras de derivação aprendidas para as funções reais,
com a única diferença de que derivaremos n funções componentes.

 EXEMPLO

→ π
Vamos obter a derivada da função G(u) = 〈sec u, u 2 + 1, 3e u〉 para u= 4

SOLUÇÃO

, , ,
G'(u) = 〈g 1 (u), g 2 (u), g 3 u 〉 ()
() ()
g 1 u = sec u → g 1, u = sec u tg u

g (u ) = u + 1 → g (u ) = 2u
2 ,
2 3
()
g 3 u = 3e u → g 3, u = 3e u ()
Assim,


G'(u) = 〈sec u tg u , 2u , 3e 2〉 = (sec u tg u)x̂ + 2u ŷ + 3 e uẑ

()
→ π π π π π π π π π
G'
4
= 〈sec 4 tg 4 , 2 4 , 3e 4 〉 = 〈√2 , 2 , 3e 4 〉 = √2x̂ + 2
ŷ + 3e 4 ẑ


Geometricamente, a derivada de F(t) representará um vetor que será tangente à trajetória definida pela função

vetorial. Esse vetor será denominado vetor tangente à curva deF(t) no ponto analisado. No próximo módulo,
estudaremos a aplicação da derivada no cálculo do vetor e da reta tangente à trajetória definida pela função.

PROPRIEDADES DA DERIVAÇÃO

Por meio da definição da derivada e das operações das funções vetoriais, podemos obter algumas
propriedades para a derivação de uma função vetorial. São elas:

dt [
F(t) + G(t) ] = dt [F(t) ] + dt [G(t) ]
d d d

→ → → →

dt [
kF(t) ] = k dt [F(t) ], k real
d d

→ →

[ ] [ ]
d d
✓ dt u(t)F(t) = u'(t)F(t) + u(t) dt F(t) ,u(t) função real
→ → →

[F(t). G(t) ] = dt [F(t) ]. G(t) + F(t). dt [G(t) ]


d d d

→ → → → → →

dt

[F(t) x G(t) ] = dt [F(t) ] x G(t) + F(t) x dt [G(t) ]


d d d

→ → → → → →

dt

dt [
F(u(t)) ] = [F(u(t)) ] u'(t) , com u(t) função real – Regra da Cadeia
d d

→ →

dt

 EXEMPLO


Exemplo 1 - Considerando uma função vetorial G(t), tal que, para todo t de seu domínio, a norma (módulo) de

dt [
G(t) ]
→ → d →
G(t) seja sempre igual a uma constante k, determine o valor do produto escalar de G(t).

SOLUÇÃO
→ → 2 → →
Como G(t) é um vetor, então: ||G(t)|| = G(t). G(t)

→ 2 → →
Pelo enunciado, temos: ||G(t)|| = G(t). G(t) = k 2

→ →
Como G(t). G(t) é uma constante, então sua derivada é nula. Usando a regra da derivada do produto escalar,
temos:
G(t) ]. G(t) + G(t). [G(t) ] = 2 (G(t). [G(t) ] ) = 0
dt [
G(t). G(t) ] =
dt [
d → → d → → → d → → d →

dt dt

[ ]
→ d →
Logo, G(t). dt G(t) = 0



Como o produto escalar será 0 (zero), o vetor G(t) e o vetor G'(t) serão ortogonais.

Por fim, as derivadas de ordem superior serão definidas de forma semelhante, isto é, a derivada de ordem n
da função vetorial será obtida pelas derivadas de ordem n das funções componentes.

 EXEMPLO


Exemplo 2 - Vamos obter a derivada de segunda ordem da função G(u) = 〈sec u, u 2 + 1, 3e u〉.

SOLUÇÃO

No exemplo anterior, já foi obtido que: G'(u) = 〈sec u tg u , 2u , 3e u〉

( )
→ → ,
Assim, G''(u) = G'(u)

() ()
g 1 u = sec u → g 1, u = sec u tg u → g ,1, u = sec u tg 2u + sec 3u ()
() ()
g 2 u = u 2 + 1 → g 3, u = 2u → g ,2, u = 2 ()
g (u ) = 3e
3
u
→ g 3, (u ) = 3e u
→ g ,3, (u ) = 3e u

Portanto,


G''(u) = 〈sec u tg 2u + sec 3u, 2, 3e u〉

INTEGRAIS DAS FUNÇÕES VETORIAIS


De forma semelhante à operação do limite e da derivada, a integração de funções vetoriais segue a mesma
definição da integração de uma função real e será calculada por meio da integração de suas funções
componentes.

()

Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real, definida em [a,b]:


b b b
∫ baF(t)dt = 〈 ∫ f 1(t)dt, ∫ f 2(t)dt, …, ∫ f n(t)dt〉 ∈ R n
a a a

Portanto, a integração definida de uma função vetorial terá como resultado um vetor. A função será
integrável se existirem todas as integrais definidas das funções componentes.

Também podemos utilizar o teorema fundamental do cálculo e verificar que:


|b
→ → → →
∫ baF(t)dt = G(t) a = G(b) - G(a)

→ →
→ →
Onde G(t) é uma primitiva de F(t), isto é, G'(t) = F(t)

TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO


b b
∫ a f(x)dx = [F(x)] a = F(b) - F(a)

 EXEMPLO
π
→ →
Considerando a função H(u) = u x̂ + cos u ŷ - sec 2u ẑ para u > 0, determine ∫ 04 H(u)du.

SOLUÇÃO

( )
π π π π π

∫ 04 H(u)du = ∫ 04 u x̂ + cos u ŷ - sec 2u ẑ du = ∫ 04 u du x̂ + ∫ 04 cos u du ŷ - ∫ 04 sec 2u du ẑ

|
π
π 4 π π
→ u2
∫ 04 H(u)du = x̂ + sen u| 04 ŷ - tg u| 04 ẑ
2 0

(() ) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
π
→ 1 π 2 π π
∫ 04 H(u)du = 2 4
- 0 x̂ + sen 4 - sen 0 ŷ - tg 4 - tg 0 ẑ

π
→ π2 √2
∫ 04 H(u)du = x̂ + 2 ŷ - ẑ
32
TEORIA NA PRÁTICA

{
x = t3 - t2 + 1

Um objeto se desloca em uma trajetória definida pela função F(t) = y = t 2 - 8t + 4 , com t > 0 e as
z=t+8

componentes medidas em metro.

Considere como sentido positivo da trajetória o sentido do crescimento do parâmetro t. Determine o valor do
módulo da velocidade e da aceleração do objeto para o instante t = 2.

SOLUÇÃO
Como o enunciado informa, a posição do objeto será dada pela imagem da função vetorial.

Como a velocidade será a taxa de variação instantânea da posição, a velocidade será a derivada da posição
em relação ao parâmetro t. Portanto, será derivada da função vetorial.

Assim, temos:


( ,
) ( ,
)
v(t) = F'(t) = 〈 t 3 - t 2 + 1 , t 2 - 8t + 4 , (t + 8) , 〉


v(t) = F'(t) = 〈3t 2 - 2t, 2t - 8, 1〉 m/s

Para t = 2→ →
v(2) = 〈3.4 - 2.2, 2.2 - 8, 1〉 = 〈8, - 4,1〉 m/s

|v (2 )| = √8 2 + ( - 4) 2 + 1 2 = √64 + 16 + 1 = √81 = 9 m/s


Como a aceleração será a taxa de variação instantânea da velocidade, a aceleração será a derivada da
velocidade em relação ao parâmetro t. Portanto, será derivada da função vetorial.

Assim, temos:


( )
,
a(t) = F''(t) = 〈 3t 2 - 2t , (2t - 8) , , (1) , 〉


a(t) = F ' ' (t) = 〈6t - 2, 2, 0〉 m/s2

Para t = 2→ a(2) = 〈6.2 - 2, 2, 0〉 = 〈10,2, 0〉 m/s2


|a (2 )| = √10 2 + 2 2 + 0 2 = √100 + 4 + 0 = √104 = 2√26 m/s2



MÃO NA MASSA

→ T+6 √T - √2
1. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(T) = 〈E T - 2, T + 2 , T - 2 〉, CASO EXISTA, QUAL É O LIMITE

DE F(T) QUANDO T TENDE A 2?

A) O limite não existe.

→ √2
B) lim F(t) = 〈1, 2 , 4 〉
t→2

→ √2
C) lim F(t) = 〈∞, 2 , 4 〉
t→2


D) lim F(t) = 〈1, 2 , 0〉
t→2


2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(U) = 〈TG U, U 2 + 3, SEN U + COS U〉, PARA U REAL,
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM VETOR COM DIREÇÃO PARALELA À
Π
DIREÇÃO TANGENTE À CURVA DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO NO PONTO U = 4 :

A) 〈4 ,π ,0〉

B) 〈-4 ,2π ,0〉

C) 〈4 ,0 ,8〉

D) 〈0 ,2π ,4〉


3. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE ∫ Π0 G(U)DU, SENDO

{
X = U - EU

G(U) = Y = 1 - U 2 , U REAL:
Z = SEN U

A)
( π2
2 ) ( π3
)
+ e π - 1 x̂ + π + 3 + 1 ŷ + (π + 2)ẑ

(
B) e π + 1 x̂ + ) ()
π3
3
ŷ + cos 2ẑ
( )
C) π 3 + 1 x̂ + (π + 1)ŷ + 2ẑ

D)
( π2
2 ) ( ) π3
- e π + 1 x̂ + π - 3 ŷ + 2ẑ

( )
→ →
4. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE ∫ 10 H(T) X F(T) DT, SENDO

{
X=3
→ →
H(T) = 〈2T, 2 , 1〉 E F(T) = Y = T 2 + 1 , T REAL:
Z = 2T - 1

4 8 9
A) 〈 - 3 , 3 , 2 〉

2 1 7
B) 〈 3 , 3 , 2 〉

4 8 9
C) 〈 3 , 3 , 2 〉

2 5 1
D) 〈 - 3 , 3 , 2 〉

→ U U 2 + 6U - 1 U + 8
5. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈 , , 〉E
2 SENU U+1 U+4
→ U 2U → →
G(U) = 〈 , , 8〉, CASO EXISTA, QUAL SERÁ O LIMITE DE F(U) X G(U) QUANDO
( U - 1 ) 2 - 1 COS U
U TENDE A 0 (ZERO)?

1
A) 〈 - 8, - 5, - 2 〉
1
B) 〈 - 1, 2, 〉
2

C) O limite não existe.

1
D) 〈8, 5, 2 〉


6. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈3U 2 + E U, 2 SEN 2U, √U〉 E

G(U) = 〈4, U 2 + 1, U + 1〉, DEFINIDAS PARA U > 0 E A FUNÇÃO REAL V(U) = U2, QUAL
→ →
SERÁ A DERIVADA DA FUNÇÃO M(U) = F(U). G(V(U)) PARA M=1?

A) 8 – 2e + 4 cos 2 – 16 sen 2

B) 12 + 2e – 2 sen 2 – 8 cos 2

C) 29 + 4e + 8 cos 2 + 16 sen 2
D) 4e2 + sen 2 – cos 2

GABARITO

→ t+6 √t - √2 →
1. Considerando a função F(t) = 〈e t - 2, t + 2 , t - 2 〉, caso exista, qual é o limite de F(t) quando t tende a 2?

A alternativa "B " está correta.

→ t+6 √t - √2
lim F(t) = 〈lim e t - 2, lim t + 2 , lim t-2

t→2 t→2 t→2 t→2

✓ Por substituição direta: lim e t - 2 = e 2 - 2 = e 0 = 1


t→2
t+6 2+6
✓ Por substituição direta: lim = 2+2 = 2
t+2
t→2

√t - √2 0
✓ Por substituição de função: lim t-2
= 0
t→2

Porém, (t - 2) = (√t + √2 )(√t - √2 )


√t - √2 √t - √2 1 1 √2
Logo, lim = lim = lim = = 4
t→2
t-2
t→2 ( √t + √2 ) ( √t - √2 ) t→2 ( √t + √2 ) 2 √2

→ √2
Assim, lim F(t) = 〈1, 2 , 〉
4
t→2


2. Considerando a função F(u) = 〈tg u, u 2 + 3, sen u + cos u〉, para u real, assinale a alternativa que apresenta
π
um vetor com direção paralela à direção tangente à curva definida pela imagem da função no ponto u = 4 :

A alternativa "A " está correta.

A direção tangente à curva em um ponto é dada pela derivada da função vetorial no ponto desejado.


→ ,
Se F(u) = 〈tg u, u 2 + 3, sen u + cos u〉 → F'(u) = 〈(tg u) , , u 2 + 3 , (sen u + cos u) , 〉 ( )

F'(u) = 〈sec 2u, 2u , cos u - sen u〉

() () () () ()
→ π π π π π π
F' 4 = 〈sec 2 4 , 2 4 , cos 4
- sen 4
〉 = 〈2 , 2 , 0〉

Qualquer vetor paralelo à direção tangente terá componente dado por:


w = k F'

()
π
4
= k〈2 ,
π
2
, 0〉 = 〈2k ,
πk
2
, 0〉 , k real


Se k = 2 → w = 〈4 , π , 0〉

{
x = u - eu
→ →
3. Assinale a alternativa que apresenta o valor de ∫ π 2
0 G(u)du, sendo G(u) = y = 1 - u , u real:
z = sen u

A alternativa "D " está correta.


∫π

π
( u
)π 2
( π
)
0 G(u)du = ∫ 0 u - e du x̂ + ∫ 0 1 - u du ŷ + ∫ 0 sen u du ẑ

( | ( |
π π
→ u2 u3
∫π
0 G(u)du = 2
-e u
x̂ + u - 3 ŷ + (- cos u| π
0 ẑ
0 0

∫π

0 G(u)du = (
π2
2 ) (
- e π - 0 + e 0 x̂ + π -
π3
3 )
- 0 + 0 ŷ + (- cosπ + cos 0)ẑ

∫π

0 G(u)du = ( ) ( )
π2
2
- e π + 1 x̂ + π - 3 ŷ + 2ẑ
π3

{
x=3

(H(t) x F(t) ) dt, sendo H(t) = 〈2t, 2 , 1〉 e F(t) =


→ → → →
4. Assinale a alternativa que apresenta o valor de ∫ 10 y = t2 + 1 ,
z = 2t - 1

t real:

A alternativa "A " está correta.

→ u u 2 + 6u - 1 u + 8 → u 2u
5. Considerando as funções F(u) = 〈 2 senu , , u + 4 〉 e G(u) = 〈 , , 8〉, caso exista, qual será o
u+1 ( u - 1 ) 2 - 1 cos u
→ →
limite de F(u) x G(u) quando u tende a 0 (zero)?

A alternativa "A " está correta.


→ →
6. Considerando as funções F(u) = 〈3u 2 + e u, 2 sen 2u, √u〉 e G(u) = 〈4, u 2 + 1, u + 1〉, definidas para u > 0 e
→ →
a função real v(u) = u2, qual será a derivada da função m(u) = F(u). G(v(u)) para m=1?

A alternativa "C " está correta.


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO


1. SABENDO QUE G(U) = 〈2 COS 2U, U 3 + 2, LN U 〉, PARA U > 0, QUAL É A DERIVADA DE
→ Π
G(U) PARA U= 4 ?

π2 2
A) 〈4, 16 , π 〉

3π 2
B) 〈- 1, 8
,4〉

3π 2 4
C) 〈- 4, 16 , π 〉

π2 1
D) 〈4, 6 , π 〉

→ 3U 2 1 →
2. SABENDO QUE G(U) = 〈U, 4
, 2 〉, PARA U REAL, QUAL É O MÓDULO DO VETOR W,
4
→ →
JÁ QUE W = ∫ G(U)DU?
0

A) 16

B) 18

C) 20

D) 22

GABARITO
→ → π
1. Sabendo que G(u) = 〈2 cos 2u, u 3 + 2, ln u 〉, para u > 0, qual é a derivada de G(u) para u= ?
4

A alternativa "C " está correta.

De acordo com o conceito da derivada de uma função vetorial:


Se G(u) = 〈2 cos 2u, u 3 + 2, ln u 〉 → G'(u) = 〈(2 cos 2u) ',

(u 3
) '
+ 2 , (ln u) ' 〉

( )
G'(u) = 〈- 4sen 2u , 3u 2, u 〉 → G' 4
1 →

()π

( ) ()
π π 2 1
= 〈- 4sen 2 4 , 3 4 , π
4


G'
()
π
4
= 〈- 4,
3π 2
16
,
4
π

→ 3u 2 1 4→
→ →
2. Sabendo que G(u) = 〈u, , 2 〉, para u real, qual é o módulo do vetor w, já que w = ∫ G(u)du?
4
0

A alternativa "B " está correta.

De acordo com o conceito da integral de uma função vetorial:

( )
w = ∫ 40 G(u)du = ∫ 40 u du x̂ + ∫ 40

3u 2
4
1
du ŷ + ∫ 40 2 du ẑ

(| (| ( |
4 4 4
→ u2 u3 1
w = ∫ 40 G(u)du =

2
x̂ + 4
ŷ + 2
u ẑ
0 0 0

→ 4→
w = ∫ 0 G(u)du =
( ) ( )
16
2
- 0 x̂ +
64
4
- 0 ŷ + (2 - 0)ẑ

^
w = 8x̂ + 16ŷ + 2z → |w | =
→ →
√8 2 + 16 2 + 2 2 = √324 = 18

MÓDULO 3

 Empregar as funções vetoriais no estudo das curvas no plano e no espaço,


bem como no movimento de um objeto

INTRODUÇÃO
A imagem de uma função vetorial pode ser analisada como o traçado de uma curva, que é percorrida
conforme o parâmetro varia. Assim, uma aplicação da função vetorial é o estudo de curvas no plano e no
espaço.

Os vetores e as retas normais e tangenciais à curva, bem como o comprimento do arco e a curvatura, podem
ser obtidos por meio da função vetorial.

Este módulo apresentará tal estudo e a aplicação do conceito na análise do movimento de um objeto.

VETOR E RETA TANGENTE À CURVA


Como já vimos, a imagem de uma função vetorial pode ser analisada como a trajetória de uma curva no
plano ou no espaço.

Como também já analisamos, a derivada da função vetorial terá a direção tangente à trajetória da curva
traçada pela função. Assim, podemos, por meio da função derivada, obter um versor que definirá a direção

( )

tangente à curva no ponto F t 0 .

Como a derivada da função é um vetor tangente à curva no ponto t0, então, conforme se estuda em

geometria analítica, o versor que definirá a direção tangente à curva será dado por:

F' ( t0 )
( )

T t0 =

| |

F' ( t0 )

| ( )|

Para F' t 0 ≠ 0.

Lembre-se de que o versor é um vetor unitário, isto é, de módulo igual a 1.

Se soubermos um ponto da reta e sua direção (vetor diretor), poderemos definir sua equação.


( ) ( )

A reta tangente à curva passa pelo ponto F t 0 e tem vetor diretor dado pelo valor de F' t 0 . Portanto, a

equação paramétrica da reta tangente à curva pode ser obtida por:

( ) ( )
→ → →
r (λ) - F t 0 = λF' t 0 , λ real

 EXEMPLO


Exemplo 1 - Considerando a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], determine o vetor, de
π
módulo 3, tangente à curva para t = 4

SOLUÇÃO
Vamos obter a derivada da função vetorial:

F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉

Então,


|| F'(t)|| = √(2 cost) 2 + ( - 2 sen t) 2 + 0 = √4((cost) 2 + (sen t) 2 ) = 2
Assim, o versor tangente à curva no ponto t0 será:


→ F' (t) 1
T(t) = = 2 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉 = 〈 cos t, - sen t , 0〉
|F' (t) |

π
Para t0= 4 →T 4

() π π π √2
= 〈cos 4 , - sen 4 , 0〉 = 〈 2 , - 2 , 0〉 =
√2 √2
2
√2
x̂ - 2 ŷ


Como o vetor u terá módulo 3, então:

()
→ π 3√2 3√2

u = 3T 4 = 〈 2 , - 2 , 0〉

Portanto, no ponto t = 4 , isto é, F 4


π →

()
π
= 〈2 sen
π
4
, 2 cos
π
4
, 5〉 = 〈 √2, √2, 5〉, o versor tangente será

() √2 √2
→ π 3√2 3 √2

T
4
= 2
x̂ - 2 ŷ e o vetor pedido será u = 2 x̂ - 2 ŷ

 EXEMPLO


Exemplo 2 - Considerando a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], determine a reta
π
tangente à curva para t = 4

SOLUÇÃO
Vamos obter a derivada da função vetorial:


F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉

Obtendo a equação da reta tangente a curva, temos:

→ →
( ) ( ) ( ) ( )
→ → →
r (λ) - F t 0 = λ F' t 0 →→r (t) = F t 0 + λ F' t 0 , λ real


r (λ) = 〈2 sen t 0, 2 cos t 0, 5〉+ λ 〈2 cos t 0, - 2 sen t 0 , 0〉

π
Substituindo t = , temos:
4


π π π π
r (λ) = 〈2 sen , 2 cos , 5〉 + λ 〈2 cos , - 2 sen , 0〉
4 4 4 4

r (λ) = 〈 √2, √2, 5〉 + λ 〈 √2, - √2, 0〉 = 〈 √2 + λ√2, √2 - λ√2, 5〉


{
x= √2 + λ√2
√2 - λ√2 ,

r (λ) = y = λ real

z=5
VETOR NORMAL E BINORMAL À CURVA
Outro vetor que pode ser obtido é o vetor normal à curva no ponto t0.

Qualquer vetor que apresente um produto escalar com o vetor tangente igual a 0 (zero) será normal à curva.
Lembre-se de que, no caso do plano, só existe uma direção normal, mas, no caso do espaço, existem
infinitas direções normais.

Vamos usar um conceito que já foi visto em um exemplo anterior. Se o módulo de um vetor for constante
para todos os valores do parâmetro, então o vetor será ortogonal a sua derivada.

→ F' (t)
Considere o versor tangente à curva T(t) = Como já é de nosso conhecimento, por ser um versor,

| |

F' (t)

|T(t) | = 1 para todos os valores de t; assim, obrigatoriamente: T(t). T'(t) = 0


→ → →

→ →
Portanto, o vetor T'(t) será perpendicular ao vetor tangente T(t) e, então, normal à curva. Basta, agora,
transformar o mesmo em um versor.


Definimos o versor normal principal ou vetor normal principal unitário N(t) como:

→ T ' (t)
N(t) =

| |

T ' (t)

 EXEMPLO


Exemplo 1- Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π]. Determine o versor normal
π
principal à curva para t = 4

SOLUÇÃO
Como calculado nos exemplos anteriores:

→ F' (t)
T(t) = = 〈 cos t, - sen t , 0〉

| |

F' (t)


T'(t) = 〈( cos t)', ( - sen t)' , (0)'〉 = 〈- sen t , - cos t , 0〉



Observe como T(t) e T , (t) são ortogonais:



T(t). T , (t) = cost(- sent) + (- sent t)(- cost) + 0.0 = - sent cost + sen t cost = 0

Isso era o esperado!



Calculando o módulo do vetor T , (t), temos:

| |

T '(t) = √( - sent) 2 + ( - cost) 2 + 0 2 = 1
Portanto, o vetor unitário principal será:
→ →
→ T ' (t) T ' (t)
N(t) = = =〈- sen t , - cos t , 0〉

| |
1

T ' (t)

π → π π √2 √2
Para t = → N(t) = 〈- sen , - cos , 0〉 = 〈- , - , 0〉
4 4 4 2 2

→ → →
Outro vetor que pode ser definido para uma curva é o vetor binormal B(t) = T(t) x N(t)

→ →
Como o vetor binormal é o resultado de um produto vetorial entre T(t) e N(t), ele será ortogonal à direção
tangente à curva e ortogonal à direção normal principal da curva. Por isso, ele é denominado binormal. Por
ser um produto vetorial entre dois vetores ortogonais e unitários, o vetor binormal também é um vetor
unitário.

 EXEMPLO


Exemplo 2 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine o vetor
π
binormal à curva para t = 4

SOLUÇÃO
Como calculado nos exemplos anteriores:

→ F' (t)
T(t) = = 〈 cos t, - sen t , 0〉

| |

F' (t)


N(t) = 〈- sen t , - cos t , 0〉

| |
x̂ ŷ ẑ
→ → →
B(t) = T(t) x N(t) = cos t - sent 0
- sent - cost 0


(
B(t) = - cos 2t ẑ - sen 2t ẑ = - cos 2t + sen 2t ẑ = - 1 ẑ )

B(t) = 〈0,0, - 1〉

COMPRIMENTO E CURVATURA DE UMA CURVA



Considere uma curva em que conhecemos a equação paramétrica da trajetória dada pela função vetorial F(t):

{
x = f(t)

F(t) = y = g(t) , t real
z = h(t)

Podemos definir uma equação que determina o comprimento da curva entre dois pontos de seu domínio.


Imagine uma curva C descrita pelas equações paramétricas de F(t) = 〈f(t), g(t), h(t)〉, com f’(t), g’(t) e h’(t)
contínuas, para a≤t≤b. Caso a trajetória de C seja percorrida apenas uma vez, quando t varia de a até b, o
comprimento da curva C, entre a e b, será dado por:

√( ) ( ) ( )
→ d 2 d 2 d 2
L = ∫ ba|| F'(t)||dt = ∫ ba dt
x(t) + dt
y(t) + dt
z(t)


b b

L = ∫ a || F'(t)||dt = ∫ a (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 + (h'(t)) 2dt

Para o caso do plano, não existirá a componente z, e a fórmula se reduzirá a:

√( ) ( )
→ d 2 d 2
L = ∫ ba|| F'(t)||dt = ∫ ba dt
x(t) + dt
y(t) √
dt=∫ ba (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 dt

Também podemos obter uma função comprimento de arco que mede desde um ponto inicial t = a:



s(t) = ∫ at || F'(t)||dt = ∫ at (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 + (h'(t)) 2dt

 EXEMPLO


Exemplo 1 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine o
comprimento da curva entre t = 0 e t =2π.

SOLUÇÃO

F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉


L = ∫ 2π 2π
0 F'(t)||dt = ∫ 0
|| √
(2 cost) 2 + (- 2 sent) 2 + (0) 2dt

L = ∫ 2π
0 √
4 cos 2t + 4sen 2tdt = ∫ 2π 2π
0 2dt = 2t| 0 = 4π

 EXEMPLO


Exemplo 2 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine a função
comprimento do arco que mede o comprimento da curva desde o ponto t = 0.

SOLUÇÃO

F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉



s(t) = ∫ 0t || F'(t)||dt = ∫ 0t (2 cost) 2 + (- 2 sent) 2 + (0) 2dt

t
√ t
s(t) = ∫ 0 4 cos 2t + 4sen 2tdt = ∫ 0 2dt = 2t| 0 = 2t
t

Uma curva pode ser parametrizada por meio do parâmetro comprimento do(s) arco(s). A vantagem dessa
parametrização é que o comprimento ficará visível na própria imagem obtida pela variação do parâmetro.

As curvas parametrizadas pelo comprimento de arco têm a derivada da função, isto é, sua velocidade com
módulo 1, pois, a cada variação de uma unidade do parâmetro, ocorrerá a variação de uma unidade de
comprimento de arco.

 EXEMPLO


Exemplo 3 - Parametrize a curva definida pela função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉 para t ∈ [0,2π] por meio de
seu comprimento de arco.

SOLUÇÃO
No exemplo anterior, foi obtido que: s(t) = 2t, assim t = s/2

→ s s
Portanto, com o novo parâmetro, a equação da curva será: F(s) = 〈2 sen 2 , 2 cos 2 , 5〉

Assim, para obtermos dois pontos com uma diferença de comprimento entre eles de 2 unidades, basta
obtermos um ponto com s = s0 e o outro com s = s0 + 2, por exemplo.

Sua derivada será:

( ) ( )
→ s , s ,
F'(s) = 〈 2 sen , 2 cos 2 , (5)'〉 = 〈 cos t, - sen t , 0〉
2


|| F'(s)|| = √cos 2t + ( - sen t) 2 + 0 = √cos 2t + sen 2t = 1

CURVATURA

A curvatura indica quão rapidamente uma trajetória muda com a variação do parâmetro, ou seja:

| |

dT
k= ds

CURVATURA
Taxa de variação do módulo do versor tangente em relação ao comprimento do arco.


Conhecemos o valor de T em relação ao parâmetro t, e não em relação ao comprimento s. Por isso, devemos
usar a regra da cadeia:

→ → → →

dT dT ds dT dT / dt T ' (t)
dt
= ds dt → ds = ds / dt = s ' ( t )

No entanto, pelo teorema fundamental do cálculo, aplicado na fórmula da função comprimento de arco,
temos:

→ →
s(t) = ∫ at || F'(t)||dt → s’(t)=|| F'(t)||

Portanto:

| |

T ' (t)

k(t) =

| |

F' (t)

Caso a curvatura seja diferente de 0 (zero), definimos o raio de curvatura ρ(t) como o inverso da curvatura.
Logo:

1
ρ(t) = , para k(t) ≠ 0
k(t)

Existe outra fórmula que pode ser obtida pelas definições apresentadas, a partir da manipulação matemática,
que determina a curvatura apenas em relação à função vetorial que define a curva.

Observe:

| |
→ →
F' (t) x F' ' (t)

k(t) =

| |
→ 3
F' (t)

 SAIBA MAIS

A demonstração dessa fórmula pode ser estudada pelas referências apresentadas ao final do tema.

 EXEMPLO


Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π] Determine a curvatura da curva
definida pela função.

SOLUÇÃO
Já foi calculado anteriormente para esta função que:

T ' (t) = 〈( cos t)', ( - sen t)' , (0)'〉 = 〈- sen t , - cos t , 0〉

| |

T '(t) = √( - sent) 2 + ( - cost) 2 + 0 2 = 1
Além disso,


F , (t) = 〈(2 sen t) , , (2 cos t) , , (5) , 〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉

√(2 cost) 2 + (- 2 sent) 2 + (0) 2 = 2



||F'(t)|| =

| |

T ' (t)
1
k(t) = = 2

| |

F ' (t)

Neste exemplo, por se tratar de uma circunferência, a curvatura não dependeu do parâmetro, isto é, da
posição na curva.

MOVIMENTO NO ESPAÇO: VELOCIDADE E


ACELERAÇÃO
Os vetores normais e tangenciais definidos no início deste módulo podem ser usados para estudarmos o
movimento de determinado objeto, sua velocidade e aceleração, quando ele estiver percorrendo uma
trajetória estipulada por uma curva plana ou espacial.


Agora, veremos a funçãoF(t), que define a trajetória percorrida pelo objeto.

A velocidade é uma grandeza vetorial expressa como a taxa de variação (derivada) da posição com o tempo.
A velocidade tem direção tangencial à curva. Assim:

| |
→ →
d →
v(t) = dt s(t) = F , (t) = F , (t) T(t)

Da mesma forma, a aceleração é uma grandeza vetorial obtida pela taxa de variação (derivada) da velocidade
pelo tempo. Dessa forma:

→ →

a(t) = v '(t) = F'(t)

Porém,

v(t) = | v(t) |T(t)


→ → →

| |

dt ( |
v(t) |T(t) ) =
d d
v '(t) T(t) + |→
v(t) |T'(t)
→ → → → → →
a(t) = v(t) =
dt
Como pode ser verificado, a aceleração tem uma componente tangencial e uma normal (ortogonal à
tangencial).

| |


A aceleração tangencial, v , (t) T(t), que tem a direção tangencial à curva, é responsável pela mudança do

módulo da velocidade.

A aceleração normal, | v(t) |T'(t), que é ortogonal à curva, é responsável pela mudança da direção do vetor
→ →

velocidade.

Logo,

| |

a(t) = v '(t) T(t) + | v(t) |T'(t)
→ → → →

Entretanto,

|T ' ( t ) |
| |


| |

k(t) = → T'(t) = F'(t) k(t)
|F ' ( t ) |

| | | |
→ T' (t) → → → → →
N(t) = → T'(t) = T'(t) N(t) = F'(t) k(t)N(t)
|T' (t) |

| |

Como | →
v(t) | = F , (t) , então a parcela anormal terá valor:

|v(t) |T'(t) = |F'(t) |T'(t) = |F'(t) ||F'(t) |k(t)N(t) = |F'(t) |2k(t)N(t)


→ → → → → → → → →

Assim,

| |

| |

d→ → → 2 →
a(t) = dt v(t) = v '(t) T(t) + F'(t) k(t)N(t)

→ →
Repare que a aceleração sempre estará contida no plano formado pelos vetores T(t) e N(t). Esse plano é
denominado plano osculador. Podemos manipular esta fórmula para depender apenas da função vetorial e
de suas derivadas.

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →

Substituindo a fórmula da curvatura k(t) =


|F' (t) | 3

Então,

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →

|F'(t) | k(t) =
2

|F' (t) |

(| | ) | || |
→ →
(| | ) | 2
|
→ → → → → → → →
Seja v(t). a(t) = F'(t) T(t) . v '(t) T(t) + F'(t) k(t)N(t) = F'(t) v '(t)

Logo,
| |
→ →

F, (t) .F, , (t)
→ →
v(t) .a(t)
v , (t) = =

| | | |
→ →
F, (t) F, (t)

Portanto,

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →
→ →


F' (t) .F' ' (t) → →
a(t) = T(t) + N(t)
|F' (t) | |F' (t) |
→ →

Consequentemente, temos:

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →
→ →


F' (t) .F' ' (t) → → →
a T(t) = T(t) e a N(t) = N(t)
|F' (t) | |F' (t) |
→ →

TEORIA NA PRÁTICA

Um objeto se desloca em uma trajetória definida pela função F(t) = 〈4t 2, 4t 2, 4t 3〉, com t ≥ 0. Determine o
módulo da velocidade, da aceleração tangencial e da aceleração normal para o instante de t = 1.
FUNÇÃO VETORIAL – MOVIMENTO NO ESPAÇO

MÃO NA MASSA

{
X = P2 + 2

1. CONSIDERANDO A CURVA C IMAGEM DA FUNÇÃO G(P) = Y=P , P REAL,
3
Z=1-P

ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM VETOR PARALELO AO VETOR


TANGENTE À CURVA C NO PONTO (3,1,0):

A) 〈1, 3, 5〉

B) 〈4, 2, – 6〉
C) 〈1 , 2, 6〉

D) 〈2, 0, – 3〉

{
X = 2COS T + 2

2. CONSIDERANDO A CURVA DEFINIDA PELA FUNÇÃO G(T) = Y = 2T , T ∈ [0,2Π],
Z = 3 - 2SEN T
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VERSOR NORMAL PRINCIPAL NO PONTO
Π
T = 3:

√3 1
A) 〈 2 , 0, 2 〉

1 √2
B) 〈 , 1, 〉
2 2

1 √3
C) 〈- , 0, 〉
2 2

1 √3
D) 〈 2 , 0, - 2 〉

3. CONSIDERANDO A CURVA DEFINIDA PELA FUNÇÃO

{
X=4

H(T) = Y = 3 SEN T + 3 , T ∈ [0,2Π], ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O
Z = 3 - 3COS T
Π
VETOR BINORMAL PRINCIPAL NO PONTO T = :
6

→ 1 √3
A) B(t) = 〈0, , 〉
2 2


B) B(t) = 〈1 , 0 , 1〉


C) B(t) = 〈1 , 0 , 0〉

→ 1 √3
D) B(t) = 〈 2 , 2 , 0〉

4. A RETA R É TANGENTE À CURVA, DEFINIDA PELA FUNÇÃO VETORIAL



F(U) = 〈SEN U, 3 + 3TGU, 2U〉, PARA O PONTO U = Π. O PONTO DA RETA R QUE TEM
ORDENADA NULA É:

A) ( 1 , 0 , π)

B) (- 1 , 0 , 2π)
C) ( 1 , 0 , 2π - 2)

D) ( 2 , 0 , π - 2)


5. O RAIO DE CURVATURA DA IMAGEM DA FUNÇÃO F(T) = 〈 √2T , E T, E - T〉, PARA T = 0, É:

A) √2

B) 3√2

C) 4√2

D) 2√2

6. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A PARAMETRIZAÇÃO DA CURVA



GERADA PELA FUNÇÃO F(U) = 〈4 SEN U , - 4COS U , 3U〉 POR MEIO DE SEU
COMPRIMENTO DE ARCO:


A) F(s) = 〈4 sen s , - 4cos s , 3s〉


B) F(s) = 〈4 sen
() s
5
, - 4 cos
() s
5
3
, 5 s〉


C) F(s) = 〈4 cos
() s
5
, 4 sen
()s
5
,
3
5
s〉


D) F(s) = 〈 sen
() s
5
, - cos ()
s
5
, 3s〉

GABARITO

{
x = p2 + 2

1. Considerando a curva C imagem da função G(p) = y=p , p real, assinale a alternativa que apresenta
3
z=1-p

um vetor paralelo ao vetor tangente à curva C no ponto (3,1,0):

A alternativa "B " está correta.



( ) ( )
O vetor tangente à função G(p) será o vetor: G ' (p) = 〈 p 2 + 2 ', (p)', 1 - p 3 '〉 = 〈2p, 1, - 3p 2〉

O ponto (3,1,0) pertence à curva. Necessitamos obter o valor do parâmetro p para obter esse ponto.

Vamos aos cálculos:


{
x = p2 + 2 = 3 → p = ± 1
y=p=1→p=1
z = 1 - p3 = 0 → p = 1

Assim, o valor do parâmetro será p = 1


O vetor tangente à curva C no ponto onde p = 1 será G'(1) = 〈2.1, 1 , - 3. 1 2〉 = 〈2,1, - 3〉

Portanto, todo vetor do tipo 〈2,1, - 3〉k , k real → 〈2k, k, - 3k〉

Analisando as alternativas, apenas a letra B tem um vetor deste tipo, que é obtido para k = 2

Dessa forma, o vetor 〈4,2,– 6〉 é paralelo ao vetor tangente no ponto (3,1,0)

{
x = 2cos t + 2

2. Considerando a curva definida pela função G(t) = y = 2t , t ∈ [0,2π], assinale a alternativa que
z = 3 - 2sen t
π
apresenta o versor normal principal no ponto t = 3 :

A alternativa "C " está correta.

→ →
O vetor tangente à função G(t) será o vetor: G'(t) = 〈(2cos t + 2) ', (2t) ', (3 - 2sen t) '〉


G'(t)=〈 - 2 sen t, 2, - 2cos t〉=

|G'(t) | = √(- 2 sen t)2 + 22 + (- 2cos t)2 = √4 + 4sen2t + 4cos2t = √8



→ G' (t) 1 1 1 1
T(t) = = 〈- 2 sen t, 2, - 2cos t〉 = 〈- sen t, , - cos t〉
|G' (t) | √8 √2 √2 √2

→ √2 √2 √2
T(t) = 〈- sen t, , - cos t〉
2 2 2

Portanto, obtemos:

(
T'(t) = 〈 - 2 sen t
)( )(
√2 '
,
√2
2
'
, -
√2
2
cos t
) '
〉 = 〈-
√2
2
cos t, 0,
√2
2
sen t〉

|T'(t) | =

√( ) (
-
√2
2
cos t
2
+ 02 +
√2
2
sen t
) √
2
=
1
2
cos 2t + 2 sen 2t =
√2
1
= 2
1 √2

Assim,

√2 √2

→ T' (t) 1
N(t) = = 〈- cos t, 0, sen t〉 = 〈- cos t, 0, sen t〉
|T' (t) | √2 / 2 2 2


N () π
3
= 〈- cos
π
3
, 0, sen
π
3
〉 = 〈- , 0,
1
2
√3
2

{
x=4

3. Considerando a curva definida pela função H(t) = y = 3 sen t + 3 , t ∈ [0,2π], assinale a alternativa que
z = 3 - 3cos t
π
apresenta o vetor binormal principal no ponto t = :
6
A alternativa "C " está correta.


4. A reta r é tangente à curva, definida pela função vetorial F(u) = 〈sen u, 3 + 3tgu, 2u〉, para o ponto u = π. O
ponto da reta r que tem ordenada nula é:

A alternativa "C " está correta.

Vamos obter a derivada da função vetorial:


F'(u) = 〈(sen u)', (3 + 3 tg u )', (2u)'〉 = 〈cos u , 3sec 2u , 2〉

Agora, vamos obter a equação da reta tangente a curva:

✓ Ponto de tangência: F(π) = 〈sen π, 3 + 3tg π, 2u〉 = 〈0, 3, 2π〉


✓ Vetor diretor: F (π) = 〈cos π, 3sec 2π , 2〉 = 〈- 1, 3 , 2〉


→'

Assim, a equação da reta será:

( ) ( )
→ → →
r (t) = F u 0 + λF' u 0 , λ real

{
x = λ( - 1)
r (λ) = 〈0, 3,2π 〉 + λ 〈- 1, 3 , 2〉 → r (λ) = y = 3 + λ 3 , λ real
→ →

z = 2π + λ 2

Para y = 0 → 3 + 3λ = 0 → λ = – 1. Logo, temos:


{
x = - (- 1) = 1
r ( - 1) = y = 3 - 3 = 0

z = 2π - 2

Portanto, o ponto será: (1 ,0 ,2π-2)


5. O raio de curvatura da imagem da função F(t) = 〈 √2t , e t, e - t〉, para t = 0, é:

A alternativa "D " está correta.

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →

k(t) =
|F' (t) | 3

(√2t ) , , (et ) , , (e - t ) , 〉 = 〈 √2, et, - e - t〉



F'(t) = 〈

√ (√2 )2 + (et )2 + (e - t ) 2 =

→ 1
||F'(t)|| = 2 + e 2t +
e 2t

√ (e )
2t 2


+1
→ e 4t + 2e 2t + 1 e 2t + 1
||F'(t)|| = = =
e 2t e 2t et

(√2 ) , , (et ) , , (- e - t ) , 〉 = 〈0, et, e - t〉



F''(t) = 〈

| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F'(t) x F''(t) = √2 e t
-e -t = x̂ + √2 e t ẑ - √2 e - t ŷ + x̂ = 2x̂ - √2 e - t ŷ + √2 e t ẑ
0 et e - t

√(2) + (- √2 e ) + (√2 e )

→ →
2 -t 2 t 2 2
||F'(t) x F''(t)|| = = 4 + 2 e 2t +
e 2t

√ ( ) 2
2 e 2t + 1


→ → 4e 2t + 2e 4t + 2 e 2t + 1
||F'(t) x F''(t)|| =
e 2t
=
e 2t
= √2 et

Assim,

e 2t + 1
|F' (t) x F' ' (t) |
→ →

√2 et e 2t
k(t) = = = √2
|F' (t) | 3
( ) (e )

2t 2
e 2t + 1 3 +1
et

e0 √2 4
k(0) = √2 = → ρ(0) = = 2√2
(e +1 )
0 2 4 √2

6. Assinale a alternativa que apresenta a parametrização da curva gerada pela função



F(u) = 〈4 sen u , - 4cos u , 3u〉 por meio de seu comprimento de arco:

A alternativa "B " está correta.


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO


1. CONSIDERE A FUNÇÃO H(U) = 〈- 4COS U , 8, 4 SEN U〉, DEFINIDA PARA U ∈ [0,2Π].
Π
QUAL É O VERSOR NORMAL PRINCIPAL À CURVA PARA U = 6 ?

1 √3
A) 〈- 2 , 0, 2 〉

1 √3
B) 〈 2 , 0, - 2 〉

√3 1
C) 〈 2 , 0, - 2 〉

√3 1
D) 〈- 2 , 0, 2 〉

2. CONSIDERE A FUNÇÃO F(T) = 〈2T , COS 2T, SEN 2T〉, DEFINIDA PARA T ∈ [0, Π].
QUAL É A CURVATURA DA CURVA?

t
A) 2

B) t

C) 2

1
D) 2

GABARITO

1. Considere a função H(u) = 〈- 4cos u , 8, 4 sen u〉, definida para u ∈ [0,2π]. Qual é o versor normal
π
principal à curva para u = ?
6

A alternativa "C " está correta.


H'(u) = 〈( - 4cos u)', (8)', (4 sen u)'〉 = 〈4 sen u, 0, 4cos u〉

Como calculado nos exemplos anteriores:


||H'(u)|| = √16cos 2u + 0 + 16sen 2u = 4
Assim:

→ H' (t)
T(u) = = 〈 sen u , 0, cos u〉
|H' (t) |


T'(u) = 〈( sen u)', (0)' , (cos u)'〉 = 〈cos u , 0, - sen u〉

|T'(u) | = √(cos u)2 + 0 + ( - sen u)2 = 1


→ →
→ T' (u) T' (u)
Portanto, o vetor unitário principal será: N(u) = = =〈cos u , 0, - sen u〉
|T' (u) | 1

π → π π √3 1
Para u = 6 →N(u) = 〈cos 6 , 0, - sen 6 〉 = 〈 2 , 0, - 2 〉


2. Considere a função F(t) = 〈2t , cos 2t, sen 2t〉, definida para t ∈ [0, π]. Qual é a curvatura da curva?

A alternativa "D " está correta.

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →

k(t) =
|F' (t) | 3


F'(t) = 〈(2t)', (cos 2t)', (sen 2t)'〉 = 〈2, - 2 sen 2t, 2cos 2t〉


||F'(t)|| = √(2) 2 + (- 2 sen 2t) 2 + (2cos 2t) 2 = √4 + 4sen 22t + 4cos 22t = √4 + 4 = 2√2

F''(t) = 〈(2)', (- 2 sen 2t)', (2cos 2t)'〉 = 〈0, - 4cos 2t, - 4 sen 2t〉

| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F'(t) x F''(t) = 2 - 2 sen 2t 2cos 2t
0 - 4cos 2t - 4 sen 2t

→ →
F'(t) x F''(t) = 8 sen 22t x̂ - 8cos 2t ẑ + 8 cos 22t x̂ + 8 sen 2t ŷ

→ →
F'(t) x F''(t) = 8 x̂ + 8 sen 2t ŷ - 8cos 2t ẑ

√(8) 2 + (8 sen 2t) 2 + (- 8cos 2t) 2 = √64 + 64sen 22t + 64cos 22ts
→ →
||F'(t) x F''(t)|| =

= √64 + 64 = 8√2
Assim,

|F' (t) x F' ' (t) |


→ →
8√2 1
k(t) = = = 2
|F' (t) | 3 ( 2 √2 ) 3

MÓDULO 4

 Aplicar o sistema de coordenadas polares ao estudo das curvas polares

INTRODUÇÃO
Já estudamos o sistema cartesiano, no qual o ponto é definido pelas coordenadas (x, y).

Este módulo apresentará o sistema polar e sua aplicação ao estudo de comprimento e de área de curvas
planas polares.

COORDENADAS E CURVAS POLARES


Um sistema de coordenadas é um sistema de referência para que possamos identificar a posição de um
ponto no plano ou no espaço por meio da definição de suas coordenadas.

Até aqui, trabalhamos com coordenadas cartesianas no R2, em que as coordenadas de um ponto eram
definidas por meio de (x, y), que eram, respectivamente, as distâncias do ponto ao eixo y e ao eixo x.

Outro sistema que pode ser utilizado para as curvas no plano é o sistema de coordenadas polares. Para
defini-lo, precisaremos de um ponto (origem) e de uma semirreta que parta dessa origem, denominada eixo
polar.
Usando os eixos cartesianos x e y, colocamos a origem do sistema polar na origem do sistema cartesiano,
isto é, no ponto O, que é a interseção dos dois eixos. O eixo polar será o eixo positivo do eixo x.

As coordenadas polares de um ponto serão:

A distância do ponto à origem do sistema polar, representada por ρ.

O ângulo que a reta OP faz com o eixo polar, representada por θ, medido no sentido anti-horário.

Dessa forma, o ponto P em coordenadas polares será representado por P(ρ, θ), como mostra o gráfico:

Fonte: Autor
 Figura 5: Coordenadas polares

Como ρ é uma distância, ele será um número real não negativo, porém, no sistema polar, também se trabalha
com ρ < 0. O ponto Q (-ρ , θ) será o ponto simétrico ao ponto P (ρ, θ). O ponto Q também poderia ser
representado por Q (ρ, θ + π).

Consideraremos θ negativo se ele for medido no sentido horário. Assim, o ponto R(ρ, - θ) poderia ser
representado no plano por R(ρ,2π– θ), como mostra o gráfico:

Fonte: Autor
 Figura 6: Representação dos pontos em coordenadas polares
Conforme observamos, diferentemente do sistema cartesiano, onde cada ponto tem apenas uma
representação, o mesmo ponto pode ser representado de diversas formas no sistema de coordenada polar.

RELAÇÃO ENTRE SISTEMA POLAR E CARTESIANO

Pode ser obtida uma relação entre as coordenadas cartesianas de um ponto P(x,y) e suas coordenadas
polares P(ρ,θ). Veja:

Fonte: Autor
 Figura 7: Relação entre sistema cartesiano e polar

Analisando o gráfico, temos:

{ x = ρ cosθ
y = ρ senθ

Além disso,

{ √x 2 + y 2
ρ=
y
tg θ =
x

 EXEMPLO

π
Exemplo 1 - Determine as coordenadas cartesianas do ponto P, que tem coordenadas polares (1 , 6 ).

SOLUÇÃO
π √3
x = ρ cosθ = 1 cos = 2
6
π 1
y = ρ senθ = 1 sen 6 = 2
Assim, o ponto P terá coordenadas cartesianas
( )
√3
2
,
1
2

 EXEMPLO

Exemplo 2 - Determine as coordenadas polares do ponto P, que tem coordenadas cartesianas (2, – 2).

SOLUÇÃO
ρ= √x 2 + y 2 = √2 2 + 2 2 = 2√2
y -2 3π 7π
tg θ = x = 2 = - 1 → θ = 4 ou θ = 4

Repare que o ponto P está no quarto quadrante (x positivo e y negativo). Assim, chegamos ao valor do

θ= 4

Dessa forma, P(ρ, θ) = 2√2, ( 7π


4 )
(
Uma questão importante: também poderia ter sido escolhida a coordenada P(ρ, θ) = 2√2, - 4
π
)

CURVAS POLARES

As curvas no plano R2, que podem ter seu gráfico definido por uma equação cartesiana, também são
representadas por uma equação polar do tipo ρ = f (θ). Com essa representação, tais curvas são
denominadas curvas polares.

 EXEMPLO


Exemplo 1 - Considere a curva planar com imagem dada pela função vetorial F(t) = 〈2cos t, 2 sent〉 e
determine a equação polar para essa curva.

SOLUÇÃO
Se observarmos a equação cartesiana da curva, veremos que:

{ x = 2cos t
y = 2 sent
→ x2 + y2 = 4

Isso representa uma circunferência de centro em (0,0) e raio 2.

Vamos obter, agora, a equação polar:

x 2 + y 2 = 4 = (ρ cosθ) 2 + (ρ senθ) 2 = ρ 2 → ρ = 2
Portanto, a equação polar será ρ = 2

 EXEMPLO

Exemplo 2 - Determine a equação cartesiana da figura no plano cuja equação polar é dada por ρ = 4 cos θ

SOLUÇÃO
x
x = ρcos θ → cosθ =
ρ

Assim,

x
ρ = 4 cos θ = 4
ρ
→ ρ 2 = 4x

Porém,

ρ 2 = x 2 + y 2. Então: ρ 2 = x 2 + y 2 = 4x

x 2 + y 2 = 4x → x 2 - 4x + y 2 = 0

Completando os quadrados, temos:

x 2 - 2.2x + 4 + y 2 = 4 → (x - 2) 2 + y 2 = 4

Isso representa uma circunferência de centro (2,0) e raio √4 = 2

Para obtermos a reta tangente a uma curva polar com equação ρ = f(θ), teremos de considerar θ como um
parâmetro. Assim:

{ x = ρ cosθ = f(θ)cos θ
y = ρ senθ = f(θ)sen θ

dy
O valor do coeficiente angular da reta tangente à curva será dado por dx

Logo,
dy
dy dθ f ' ( θ ) sen θ + f ( θ ) cos θ
= dx =
dx f ' ( θ ) cos θ - f ( θ ) sen θ

dy dx dy
Se = 0, com ≠ 0, a reta terá = 0, sendo uma reta horizontal.
dθ dθ dx
dx dy dy
Se dθ = 0, com dθ ≠ 0, a reta não terá dx , sendo uma reta vertical.

 EXEMPLO

Exemplo 3 - Obtenha a equação da reta tangente à curva polar de equação ρ = 2 + sem θ, no ponto que θ = π

SOLUÇÃO
Vamos obter a inclinação da reta.

Se ρ = f(θ) = 2 + senθ → f’(θ) = cos θ:


dy
dy dθ f ' ( θ ) sen θ + f ( θ ) cos θ cos θ sen θ + ( 2 + sen θ ) cos θ
m = dx = dx = = cos θ cos θ - ( 2 + sen θ ) sen θ
f' ( θ ) cos θ - f ( θ ) sen θ

Para θ = π, temos:

dy cos π sen π + ( 2 + sen π ) cos π (2+0) ( -1)


dx
= = cos π cos π - ( 2 + sen π ) sen π = ( - 1 ) ( - 1 ) = - 2

O ponto da curva será o ponto:

{ x = f(θ)cos θ = (2 + senθ)cosθ
y = f(θ)sen θ = (2 + senθ)senθ

{ x = (2 + senπ)cosπ = (2 + 0)(- 1) = - 2
y = (2 + senπ) senπ = (2 + 0). 0 = 0

Consequentemente, em coordenadas cartesianas, a equação da reta de inclinação m = – 2, passando no


ponto (-2,0), será:

( ) (
y - y 0 = m x - x 0 → y = - 2 x - (- 2) = - 2 x + 2 ( )
y = - 2x - 4 → 2x + y + 4 = 0

ÁREA E COMPRIMENTO DE UMA CURVA POLAR


A área de uma curva polar, definida pela equação ρ=f(θ), compreendida entre dois valores de θ, é obtida pela
equação:

1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ
02

 SAIBA MAIS

Esta fórmula não será demonstrada neste módulo, pois se baseia na divisão da figura em setores circulares
infinitesimal e monta um somatório semelhante à soma de Riemann. Caso seja de seu interesse, a
demonstração pode ser estudada nos livros que constam na lista de referências ao final deste tema.

SOMA DE RIEMANN

∫ baf(x)dx = lim
∆ u max → 0
( )
∑ i =n1 f p i ∆ u i
 EXEMPLO

π π
Exemplo 1 - Determine a área da figura definida pela equação ρ=2 sen2θ para o intervalo - 4 < θ < 4

SOLUÇÃO
π π
1 1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ = ∫ 4π (2 sen 2θ) 2dθ = 2∫ 4π sen 22θdθ
02 -4 2 -4

Para resolver esta integral, necessitamos usar a relação trigonométrica:

cos 2α = cos 2α - sen 2α = 1 - 2sen 2α = 2cos 2α - 1

1 1 1 1
sen 2α = 2 - 2 cos 2αecos 2α = 2 cos 2α + 2
1 1
Portanto: sen 22θ = 2 - 2 cos 4θ

( )
π π π π
1 1
A = 2∫ 4π sen 22θdθ = 2∫ 4π - cos 4θ dθ = ∫ 4π dθ - ∫ 4π cos 4θdθ
- - 2 2 -4 -4
4 4

| ( ( ))
π
1 4 π π 1 π
A = θ| 4π - 4 sen4θ = 4
- -4 - 4 (senπ - sen(- π)) = 2
- 4 π
- 4

Em relação ao comprimento da curva dada por uma equação polar, utilizaremos a mesma equação já
apresentada em módulos anteriores:

()
L t = ∫ ba
√( ( )) ( ( ))
d
dt
x t
2
+
d
dt
y t
2
dt

Acontece que, para as curvas polares, o parâmetro será o ângulo θ.

Assim,

L(θ) = ∫ θθ 1
0 √( ) ( )d

x(θ)
2
+
d

y(θ)
2
dθ = ∫ θθ 1
0 √( ( d

f(θ)cosθ
)) ( (
2
+
d

f(θ)senθ
))
2

Mas:

( ( )) ( ( ))
d 2 d 2

f(θ)cosθ + dθ
f(θ)senθ = (f'(θ)cosθ - f(θ)senθ) 2 + (f'(θ)senθ + f(θ)cosθ) 2

( ) cos θ - 2f (θ)f(θ)cosθ senθ + (f (θ) ) sen θ + (f(θ)) cos θ + 2f (θ)f(θ)cosθ senθ + (f(θ)) sen θ = (f (θ) )
= f '(θ)
2 2 ' ' 2 2 2 2 ' 2 2 ' 2
+ (f(θ)) 2

Então,

L(θ) = ∫ θ 1
0
θ
√ (f'(θ) ) 2 + (f(θ))2dθ

 EXEMPLO
π
Exemplo 2 - Determine o comprimento da curva definida pela equação ρ=2senθ entre os pontos θ = - e
4
π
θ=
4

SOLUÇÃO
Se f(θ) = ρ = 2 senθ → f '(θ) = 2 cosθ

Portanto,

( ( ))
π π
π π π
L(θ) = ∫
-

4
√ (2 sen θ) 2 + (2 cos θ) 2dθ = ∫
-
4π 2
4
dθ = 2 4 - - 4 = 22 = π

TEORIA NA PRÁTICA
Uma rosácea de 4 pétalas é definida por curva polar de equação ρ = 10 cos2θ, com ρ em metros e θ em
radianos. Um artista plástico deseja pintar essa curva em uma parede e necessita saber quantos metros
quadrados de tinta será necessário para isso. Determine a área coberta pela figura para ajudar o
levantamento do artista plástico.
ÁREA DE CURVA POLAR

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE DEMONSTRA UMA POSSÍVEL REPRESENTAÇÃO EM


COORDENADAS POLARES (Ρ, Θ) PARA O PONTO QUE APRESENTA (-3 , 3√3) EM
COORDENADAS CARTESIANAS:

( ) 5π
A) 2, 3

( )
B) 6, -
π
3
( )
C) 2, 3
π

( )
D) 6, 3

2. CONSIDERE A CURVA COM IMAGEM DADA PELA EQUAÇÃO CARTESIANA


X 2 + (Y - 4) 2 = 16, QUE É UMA CIRCUNFERÊNCIA CENTRADA EM (0,4) E COM RAIO 4.
QUAL É A EQUAÇÃO POLAR PARA A CURVA?

A) ρ = 2 cosθ

B) ρ = 8

C) ρ = 8 senθ

D) ρ = senθ + cosθ

3. QUAL É A EQUAÇÃO DA RETA TANGENTE À CURVA POLAR DE EQUAÇÃO Ρ = 1 – COS


Π
Θ NO PONTO EM QUE Θ = 2 ?

A) x + 2y - 1 = 0

B) x - y + 1 = 0

C) x + y - 1 = 0

D) x - y - 1 = 0

4. QUAL É O COMPRIMENTO DA CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO POLAR Ρ = E - Θ


ENTRE OS PONTOS Θ = 0 E Θ=Π?

(
A) 1 - e π )
(
B) √2 1 - e - π )
(
C) 1 + e - π )
(
D) √2 1 + e π )

5. QUAL É A ÁREA DA FIGURA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Ρ = 3 - SENΘ PARA O


INTERVALO 0 < Θ < Π?
19π
A) +4
4
π
B) 4 - 1


C) +5
4
19π
D) 4 - 6

6. O COMPRIMENTO DA CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO POLAR Ρ = Θ ENTRE OS


PONTOS Θ = 0 E Θ = 2Π VALE:


A) 2π 4π 2 + 1 - ln 2π + ( √4π2 + 1 )


B) π 4π 2 + 1 + ln 2π - ( √4π2 + 1 )


C) π 4π 2 + 1 +
1
2 (
ln 2π + √4π2 + 1 )


1
D) 2π π 2 + 1 - 2 ln 2π + ( √4π2 + 1 )

GABARITO

1. Assinale a alternativa que demonstra uma possível representação em coordenadas polares (ρ, θ) para o
ponto que apresenta (-3 , 3√3) em coordenadas cartesianas:

A alternativa "D " está correta.

{ √x 2 + y 2 = √( - 3) 2 + (3√3 )
2
ρ= =6

y 3√3
tg θ = x = - 3 = - √3

Como x é negativo e y é positivo, o ponto está no segundo quadrante e:

( )
π 5π
θ = arctg - √3 = π - = 3
3

Portanto, o ponto (ρ, θ) = 6,


( ) 5π
3

2. Considere a curva com imagem dada pela equação cartesiana x 2 + (y - 4) 2 = 16, que é uma circunferência
centrada em (0,4) e com raio 4. Qual é a equação polar para a curva?

A alternativa "C " está correta.

Sabemos que
{ x = ρ cos θ
y = ρ sen θ

Como x 2 + (y - 4) 2 = 16 → x 2 + y 2 - 8y + 16 - 16 = 0 → x 2 + y 2 - 8y = 0

)
Então, (x 2 + y 2 - 8y = 0 → ρ 2 - 8ρ senθ = 0 → ρ = 8 senθ
π
3. Qual é a equação da reta tangente à curva polar de equação ρ = 1 – cos θ no ponto em que θ = ?
2

A alternativa "C " está correta.

4. Qual é o comprimento da curva definida pela equação polar ρ = e - θ entre os pontos θ = 0 e θ=π?

A alternativa "B " está correta.

Se f(θ) = ρ = e - θ → f '(θ) = - e - θ:

Sabemos que L(θ) = ∫ θθ 1


0
√ (f'(θ) )2 + (f(θ))2dθ
Assim,

L(θ) = ∫ π
0 √ (e - θ )2 + ( - e - θ )2dθ = ∫π0 √2e - 2θdθ = ∫π0 √2 e - θdθ = - √2e - θ |π0 = √2 (1 - e - π )
5. Qual é a área da figura definida pela equação ρ = 3 - senθ para o intervalo 0 < θ < π?

A alternativa "D " está correta.

( )
1 1 1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ = ∫ π 2 π 2
0 2 (3 - senθ) dθ = ∫ 0 2 9 - 6senθ + sen θ dθ
02

9 1
A = ∫π π π 2
0 2 dθ - ∫ 0 3 senθdθ + ∫ 0 2 sen θ dθ

Para resolver esta integral, necessitamos usar a relação trigonométrica:


1 1
sen 2α = 2 - 2 cos 2α
1 1
Portanto, sen 2θ = - cos 2θ
2 2

A = ∫π
9
2
π π1
0 dθ - ∫ 0 3 senθdθ + ∫ 0 2 ( 1
2
-
1
2 )
cos 2θ dθ

9 π 1 π 1 π 9π π 19π
A = 2 θ| + 3cosθ| π
0 + 4 θ| - 8 sen2θ| = 2 - 0 + ( - 3) - 3 + 4 - 0 - 0 + 0 = 4 - 6
0 0 0

6. O comprimento da curva definida pela equação polar ρ = θ entre os pontos θ = 0 e θ = 2π vale:

A alternativa "C " está correta.

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. CONSIDERE A CURVA COM TRAJETÓRIA ELÍPTICA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO


4X 2 + Y 2 = 1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A EQUAÇÃO POLAR PARA
ESSA CURVA:

1
A) ρ =
1 + 3cos 2θ


1
B) ρ =
1 + cos 2θ


1
C) ρ =
1 + 3senθ


1
D) ρ =
1 + 3sen 2θ

2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O COMPRIMENTO DA CURVA DEFINIDA


Π
PELA EQUAÇÃO POLAR Ρ = SEC Θ ENTRE OS PONTOS Θ = 0 E Θ = 6

A) √3

√3
B) 3
2
C) 3

D) 1

GABARITO

1. Considere a curva com trajetória elíptica definida pela equação 4x 2 + y 2 = 1. Assinale a alternativa que
apresenta a equação polar para essa curva:

A alternativa "A " está correta.

Sabemos que
{ x = ρ cos θ
y = ρ sen θ

)
Como 4x 2 + y 2 = 1 → (x 2 + y 2 + 3x 2 = 1:

( ) √
1 1
ρ 2 + 3(ρ cosθ) 2 = 1 → ρ 2 1 + 3cos 2θ = 1 → ρ 2 = →ρ=
1 + 3cos 2θ 1 + 3cos 2θ

2. Assinale a alternativa que apresenta o comprimento da curva definida pela equação polar ρ = sec θ entre
π
os pontos θ = 0 e θ =
6

A alternativa "B " está correta.

Se f(θ) = ρ = secθ → f '(θ) = secθtgθ


Sabemos que: L(θ) = ∫ θθ 1
0
√ (f'(θ) )2 + (f(θ))2dθ
Assim,

√sec 2θ (1 + tg 2θ ) dθ
π π
L(θ) = ∫ 06 √ (sec θ) 2 + (sec θtg θ) 2dθ = ∫ 06

π π π
π √3
L(θ) = ∫ 06 √
sec 2θ sec 2θ dθ = ∫ 06 sec 2θ dθ = tg θ| 06 = tg 6 - tg0 = 3

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito de função vetorial e de coordenadas polares.

No primeiro módulo, definimos a função vetorial, que apresenta como domínio um número real, porém, como

imagem, um vetor que pertence ao Rn. Também apresentamos as operações básicas das funções vetoriais.

No segundo e no terceiro módulos, definimos as operações de limite, derivada e integral para uma função
vetorial e suas aplicações ao estudo de curvas planas e espaciais, bem como no movimento de um objeto.

Por fim, no quarto módulo, apresentamos o sistema de coordenadas polares, que pode ser utilizado para
representar curvas planas e determinar o comprimento de seus arcos e suas áreas.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 1. ed. Barcelona: Editorial Reverte SA, 1985. v. 1, cap. 14, p. 597-640.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013. v. 1, cap. 13, p. 422-432.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013. v. 2, cap. 7, p. 104-132.

STEWART, J. Cálculo. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. v. 2, cap. 10, p. 665-679; cap. 13, p. 847-883.

EXPLORE+
Pesquise mais sobre funções vetoriais na internet e nas referências bibliográficas.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de funções de várias variáveis e suas derivadas.

PROPÓSITO
Identificar a função de várias variáveis a valores reais, as derivadas parciais e o gradiente da
função, além do conceito da regra da cadeia, derivadas direcionais e derivadas parciais de
ordem superior.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Empregar as funções de várias variáveis

MÓDULO 2

Aplicar a derivação parcial e o gradiente de uma função escalar

MÓDULO 3

Aplicar a regra da cadeia para funções escalares

MÓDULO 4

Aplicar a derivada direcional e a derivada parcial de ordem superior


INTRODUÇÃO

MÓDULO 1

 EMPREGAR AS FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS

INTRODUÇÃO
Existem vários tipos de funções que são definidas dependendo do conjunto escolhido para seu
domínio e sua imagem.

Diversos fenômenos naturais, bem como diversas aplicações do nosso cotidiano fornecem,
como resultado (saída), um valor real, mas que depende de várias variáveis em suas entradas
ao invés de apenas uma.

 EXEMPLO

A temperatura em cada ponto de uma sala depende da posição desse ponto dentro dessa sala.
Assim, a função que representa o valor dessa temperatura dependerá de três variáveis que
representam a posição do ponto no espaço, isto é (x,y,z).

Dito isso, necessitamos definir uma função matemática que possua uma entrada vetorial (várias
variáveis) e forneça como resultado um valor real.

O DOMÍNIO É UM SUBCONJUNTO DE RN E A IMAGEM ESTÁ NO


CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS. ESTAS FUNÇÕES SÃO
DENOMINADAS DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS REAIS A
VALORES REAIS, OU SIMPLESMENTE FUNÇÕES ESCALARES.
Este módulo definirá as funções escalares e suas representações gráficas.

DEFINIÇÃO DE FUNÇÕES ESCALARES

Vamos relembra a definição do conjunto Rn, com n inteiro e n > 1:

Rn ={(x , x , … ,  xn )  com  x ,  x ¸ … ,  xn   reais}


1 2 1 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O elemento do conjunto é uma n-upla que representa um vetor com n componentes, sendo que
cada componente xj, 1 ≤ j ≤ n é um número real.
Seja uma função f cujo domínio está em subconjunto de conjunto Rn e sua imagem está em um

subconjunto do Rm, com n e m inteiros maiores ou iguais a 1. Dependendo dos valores de m e n,


teremos definidas funções de tipos diferentes.

Vejamos as possibilidades:

ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 04
Quando n = 1 e m = 1, se tem uma função de uma variável real a valores reais, ou simplesmente
funções reais (f: R → R). Em outras palavras, a entrada e saída da função é um número real.
Este tipo de função é estudado no cálculo integral e diferencial com uma variável.

Por exemplo:

f(x) = 3x + 5, x ∈ R, que é uma função f:R → R

g(y) = 4 cos y + 8, y ∈ R, que é uma função g:R → R

Quando n = 1 e m > 1, se tem uma função de uma variável real a valores vetoriais, ou

simplesmente funções vetoriais (f: R → Rm). Isto é, a entrada é um número real e a imagem é
um vetor.

Por exemplo:

f(t) =〈t2 + 1, cos t ,5t〉 , t ∈ R, que é uma função f: R → R3

h(u) =〈3u, 4- eu〉, u ∈ R, que é uma função h: R → R2

Quando n > 1 e m > 1, se tem uma função de uma variável vetorial a valores vetoriais, ou

simplesmente campos vetoriais (f: Rn → Rm). Ou seja, a entrada e a saída são vetores.

Por exemplo:

f(x, y, z) = 〈x + y, tg x + 2〉, que é uma função f: R3 → R2

g(u,v) = 〈3u2+ 5v, sen v + 3u, u - 2v〉, que é uma função f: R2 → R3


Por fim, quando n > 1 e m = 1, se tem a função de uma variável vetorial, ou de várias variáveis a

valores reais ou simplesmente função escalar (f: Rn → R). Isto é, a entrada é um vetor, e a
saída, um número real.

Por exemplo:

f(x, y, z) = 9xy , que é uma função f: R3 → R

h(u,v) = u2 + 3uv, que é uma função f: R2 → R

As funções escalares, que serão o objeto deste tema, contêm diversas aplicações práticas, pois,
de forma geral, os fenômenos dependem de várias variáveis. Por exemplo, o volume de um
recipiente depende do raio e da altura, ou a temperatura de uma região na terra depende da
latitude, longitude e altura.

Vamos começar por definir formalmente a função escalar.

DEFINIÇÃO

UMA FUNÇÃO ESCALAR SERÁ UMA FUNÇÃO F: S ⊂ RN → R,


NA QUAL S É UM SUBCONJUNTO DO CONJUNTO RN COM N
INTEIRO E N > 1.
Assim, a cada elemento (x1 , x2 , … ,  xn )∈ S será associado um único número real denotado
por f (x1 , x2 , … ,  xn ).

Portanto, a imagem da função será dada por:

Im f ={f (x1 , x2 , … ,  xn )∈ R/ (x1 , x2 , … ,  xn )∈ S ⊂ Rn }

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

As variáveis x1 , x2 , … ,  xn são denominadas de variáveis independentes, enquanto que a


variável y  =  (x1 , x2 , … ,  xn ) é denominada de variável dependente.
 ATENÇÃO

Quando o domínio não é especificado, se considera este como o subconjunto do Rn que permite,
através da equação que define a função, se obter um número real.

EXEMPLO 1:
√x+y−2
fxy
Determine o domínio da função escalar ( , )= x −y .

SOLUÇÃO
Ao se analisar o numerador da função, verifica-se a existência de uma raiz quadrada.

Sabemos que só existe raiz quadrada de um número maior ou igual a zero:

x+y−2≥0→x+y≥2
Outro ponto importante é que o numerador não pode ser zero:

x−y≠0→x≠y
Portanto, o domínio de f(x,y) será:

xy
Dom  f ={( , )  ∈ R / x + y ≥ 2 e x ≠ y}
2

EXEMPLO 2:
√x+y−2
fxy
Determine, caso seja possível, os valores de ( , )= x −y xy
para ( , )=(4,2) e
xy
( , )=(3,3).

SOLUÇÃO
Como calculado no exemplo anterior, o domínio da função será o conjunto S tal que

x y x + y ≥ 2 e x ≠ y}
S ={( , )/ 

O par ordenado (4,2) ∈ S, assim


√x+y−2
f (x, y)= x −y → f (4,2)= √4+2−2
4−2
=
2
2
=1

O par ordenado (3,3) não pertence a S, pois, apesar de x + y ≥ 2, o valor de x é igual a y, não
pertencendo, portanto, ao domínio da função, não sendo possível obter f(3,3).

EXEMPLO 3:

Determine o domínio da função escalar


x  y z
g(x, y, z)= √3x + 5 
3
ln(2 + + )
y +1
2

e calcule, caso seja possível, os valores de g(1, 0, 2) e g(1, 0, –3).

SOLUÇÃO
Uma raiz cúbica não tem restrição de domínio. Da mesma forma, o denominador y2 + 1 nunca
fornecerá um valor de zero.

Assim, a única restrição de domínio da função será a referente à função log neperiano, que só
pode ser aplicado a um número maior do que zero. Portanto, devemos ter 2x + y + z > 0

x y z R / 2x + y + z > 0}
Então: Dom  f ={( , , )∈ 3

Quanto aos valores pedidos para a função:

A trinca ordenada (1, 0, 2) ∈ dom g, assim


 
g(1, 0,2)= √3.1 + 5 
3
ln(2.1+ 0+2)
2
0 +1
3
= √8  
ln(4)= 2 ln(4)

A trinca ordenada (1, 0, -3) não pertence ao dom g, pois, 2x + y + z = –1 < 0, não sendo possível
obter g(1, 0, –3).

GRÁFICO, CURVAS DE NÍVEL E SUPERFÍCIE


DE NÍVEL
Vimos a representação da função através de sua equação matemática que relaciona as suas
variáveis independentes e o valor real a ser obtido no resultado da função. Neste tópico,
analisaremos a representação gráfica da função escalar.
Só será possível uma representação gráfica que permite uma visualização geométrica para

funções escalares cujo domínio está no R2 ou no R3.

Quando o domínio é um subconjunto do R2, isto é, S ⊂ R2, o elemento de entrada da função


será um vetor ou par ordenado (x, y). A função, então, será visualizada através de sua
representação gráfica no espaço através dos eixos cartesianos, considerando que z = f(x, y).
Assim, o gráfico da função z = f(x, y) será o conjunto de todos os pontos do espaço (x, y, z) ∈

R3, tal que z = f(x, y) e (x, y) pertence ao domínio de f(x, y).

Portanto, o gráfico de f(x, y) será definido por

Gf ={(x, y, z)∈ R  /  z = f (x, y)  com   (x, y)∈ S}


3

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O gráfico representará uma superfície que fica acima do conjunto que representa o domínio S da
função f(x, y).

Fonte: Autor

 Gráfico de uma função escalar no R2.

EXEMPLO 4:
Esboce o gráfico associado à função f(x, y) = 8 - 4x - 2y.

SOLUÇÃO
O gráfico de f(x,y) será definido como

Gf ={(x, y, z)∈ R  /  z = 8 − 4x − 2y}


3

Repare que a equação z = 8 - 4x - 2y é uma função linear, assim representará, no espaço, um


plano.

Para esboçar no plano cartesiano, obtemos alguns pontos.

Para x = y = 0 → z = 8 – 0 – 0 = 8

Para z = 0 → 8 – 4x – 2y = 0 → 4x + 2y = 8 → 2x + y = 4, assim quando x = 0 → y = 4 e


para y = 0 → x =2.

Assim a representação será

Fonte: Autor

A figura apresenta apenas uma parte do plano, pois ele vai tanto para cima quanto para baixo,
até o infinito.

Outra forma de visualizar as funções com domínio em um subconjunto do R2 são as curvas de


nível ou curvas de contorno, que é uma forma de representação planar para a função.
As curvas de nível são os contornos traçados no plano xy que representam todos os pontos em
que o valor de z = f(x, y) é constante, isto é, z = f(x, y) = k, na qual k é uma constante real.
Assim, definimos uma curva de nível para cada nível k.

 EXEMPLO

Um exemplo prático das curvas de níveis são os mapas topográficos ou mapas que fornecem
temperaturas de determinada região.

EXEMPLO 5:

Esboce o gráfico das curvas de nível da função f(x, y) = 8 - 2x - 4y.

SOLUÇÃO
Se fosse para traçar o gráfico de f(x, y), seria representado uma figura espacial, que neste caso
seria um plano cuja equação se daria por z = 8 - 2x - 4y.

Como se deseja esboçar as curvas de nível, é preciso desenhar no plano xy os pontos que
atendem a equação 8 - 2x - 4y = k, com k real.

Portanto, 2x + 4y + (k - 8) = 0, que é a equação de uma reta no plano xy.

Por exemplo:

Para k = 0 → 2x + 4y - 8 = 0 → x + 2y - 4 = 0

Para k = –2 → 2x + 4y - 10 = 0 → x + 2y - 5 = 0

Para k = 4 → 2x + 4y - 4 = 0 → x + 2y - 2 = 0

Assim, as curvas de nível do gráfico que seria um plano, serão retas paralelas.
Fonte: Autor

EXEMPLO 6:

Seja a função g(x, y) = 4 - x2 - y2. Sabe-se que o valor de g(x, y) determina o valor da grandeza
G para os pontos em uma placa definidos pelas coordenadas (x, y). Determine a superfície
formada pelo gráfico da função g(x, y).

SOLUÇÃO
O gráfico de g(x, y) será definido como

Gf ={(x, y, z)∈ R  /  z = 4 − x − y }


3 2 2

Repare que g(x, y)= 4 − x − y = 4 − (x y ), como x y z


2 2 2 2 2 2
+ + ≥ 0  →     ≤  4.

Para esboçar no plano cartesiano, obtemos alguns pontos:

Para x = y = 0 → z = 4 – 0 – 0 = 4

Para z = 0 → 0 = 4 -x2 - y2 → x2 + y2 = 4, que é uma circunferência de centro (x, y) = (0, 0)


e raio √4 = 2
Repare que se mantivermos um valor de z = k , k < 4
2
k = 4 − x − y2 → x2 + y 2 = (4 − k), que é uma circunferência de centro (x, y) = (0,
0) e raio √4 − k.

Esboçando a figura no plano cartesiano.

Fonte: Autor
 Paraboloide elíptico com concavidade virada para baixo.

EXEMPLO 7:

Seja a função g(x,y) = 16 - x2 - 9y2. Sabe-se que o valor de g(x, y) determina o valor da
grandeza G para os pontos em uma placa definidos pelas coordenadas (x, y). Determine a figura
formada por todos os pontos do plano que apresentam o valor de G = 7.

SOLUÇÃO
Neste caso, o que está sendo pedido é o esboço de uma curva de nível para um nível igual a 7.

g(x, y)= 16 − x2 − 9y2 = 7

x2 + 9y2 = 16 − 7
x2 y2
x2 + 9 y 2 = 9 → 9
+
1
=1

Que representa uma elipse em (x,y) = (0,0):


Fonte: Autor
 Paraboloide elíptico com concavidade virada para baixo.

Quando o domínio for um subconjunto do R3, isto é, S ⊂ R3, o elemento de entrada da função
será um vetor ou terna ordenado (x, y, z). O gráfico da função f(x, y, z) será o conjunto de todos

os pontos do espaço (x, y, z, w) ∈ R4, tal que w = f(x, y, z) e (x, y, z) pertence ao domínio de f(x,
y, z).

Esse gráfico será um subconjunto do R4, portanto, não será possível a representação dele
através de uma forma geométrica. Para se ter uma visão geométrica de tal função, vamos nos

valer das superfícies de nível, que serão o conjunto de pontos do R3, ou as superfícies do
espaço xyz, tais que f(x, y, z) = k, na qual k é uma constante real. Por isso, definimos uma
superfície de nível para cada nível w = f(x, y, z) = k, k real.

EXEMPLO 8:

Determine as superfícies de nível que representam graficamente a função escalar f(x, y, z) = x2 +

y2 + z2.

SOLUÇÃO
As superfícies de nível serão definidas por f(x, y, z) = x2 + y2 + z2 = k, k real.

Como x2 + y2 + z2 ≥ 0, para todo (x, y, z), então só é possível se definir níveis k ≥ 0.


Para facilitar a visualização, vamos definir k = R2 que será um número sempre maior ou igual a
zero.

Desse modo, as superfícies de níveis definidas pela equação x2 + y2 + z2 = R2, serão esferas de
centro (0, 0, 0) com raio dado por R, em que R ≥ 0.

RESUMO DO MÓDULO 1

TEORIA NA PRÁTICA
Deseja-se montar um mapa topográfico que representa a altura de um monte de 900 m. O topo
do monte é considerado o ponto central do mapa. Cada ponto será marcado pela distância (x, y)
determinada pela distância a dois eixos cartesianos que passam no ponto central.

O monte será aproximado por uma forma parabólica com concavidade para baixo com altura,

medida em metro, dada por uma equação h (x, y) = H – 2x2 - 3y2, com x e y também medidos
em metros. Esboce o mapa topográfico através das curvas de níveis.

RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:

MÃO NA MASSA

1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA UMA FUNÇÃO ESCALAR


COM DOMÍNIO NO R3.

A) h(u, v)= ⟨3uv, ln u,   v2 ⟩

B) f (t)= 4 + tg t

C) m(r, s, t)= 8rt2

D) p(r) = ⟨3r, cos(r), r + 2⟩

E) g(u, v)= u  cos(2v)


2. DETERMINE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O DOMÍNIO DA FUNÇÃO

g(x, y, z)= z  
3√ −3 ln(4− ) y
1− x 2

A) Dom g ={(x, y, z) ∈ R / x ≠ 1,  x ≠ −1,  y < 4  e z ≥ 3}


3

B) Dom g ={(x, y, z)∈ R / x ≠ 1,  y < 4  e z > 3}


3

C) Dom g ={(x, y, z) ∈ R / x ≠ −1 e y < 4} 3

D) Dom g ={(x, y, z) ∈ R / x = 1 ,  y ≤ 4  e z ≥ 3}3

E) Dom g ={(x, y, z)∈ R / x ≠ 1,  x ≠ −1,  y ≤ 4  e z > 3}


3

3. MARQUE A ALTERNATIVA VERDADEIRA RELACIONADA A FUNÇÃO


REAL A VALORES VETORIAIS
cos(w)
h(u, w)= w
4e
2u

−3
+
√2− u

h π πe
A) (2, )=
4
−3
4

B) h(−2,0)=
e − 4 4
1
3 2

C) h(6,0)= −
e − 4 12
1
3 2

D) h(−2, π)= π
e − 4 −4
1
−3 2

E) h(2,3)=
cos(3)
2

4. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A EQUAÇÃO DAS CURVAS


DE NÍVEL K PARA A FUNÇÃO ESCALAR ( , )= fxy y
x−2 . CONSIDERE K
REAL COMO SENDO O NÍVEL DESEJADO EM CADA CONTORNO, COM K >
0.

A) Conjunto de retas com equações x = 2k

B) Conjunto de circunferências com equações x2 + y2 = k, exceto o ponto (0,k)

C) Conjunto de retas com equações kx - y - 2k = 0, exceto o ponto (2,0)


D) Conjunto de parábolas de equações y = kx2 - 4k + 1, exceto ponto (2,1)

E) Conjunto de retas com equações x + ky + 3 = 0

5. SEJA A FUNÇÃO G(X, Y, Z) = X + 4Y + 8Z, DESCREVA AS SUPERFÍCIES


DE NÍVEL QUE REPRESENTAM A QUESTÃO.

A) Um conjunto de esferas centrada na origem

B) Um conjunto de planos

C) Um conjunto de elipsoides

D) Um conjunto vazio

E) Um conjunto de hiperboloides

6. MARQUE A ALTERNATIVA FALSA EM RELAÇÃO A FUNÇÃO

f (x, y)= √ 16 − x2 − y 2

A) A função é uma função escalar.

B) O esboço do domínio da função no plano xy é um círculo centrado na origem com raio 4.

C) A imagem da função é f(x, y) > 0.

D) O esboço das curvas de nível são circunferências no plano xy com centro na origem e raio
√16 − k2 , 0 ≤ k ≤ 4, sendo k o nível desejado.

E) O gráfico da função será uma semiesfera de raio 4.

GABARITO

1. Marque a alternativa que representa uma função escalar com domínio no R3.

A alternativa "C " está correta.

A função h(u,v) da alternativa A é um campo vetorial, com entrada e saída vetoriais.

A função f(t) da alternativa B é uma função real, com entrada e saída reais.
A função p(r) da alternativa D é uma função vetorial, com entrada real e saída vetorial.

As funções m(r,s,t) e g(u,v) são funções escalares, porém a função g(u,v) tem domínio no R2 e a

função m(r,s,t), que é a reposta correta, tem domínio no R3.

2. Determine a alternativa que apresenta o domínio da função

z   y
g(x, y, z)= 3√ −3 ln(4− )

1− x 2

A alternativa "A " está correta.

Analisando o denominador da equação, ele deve ser diferente de zero:

1− x 2
≠0→ x 2
≠1→ x ≠ 1 ou x ≠ −1
z
Quanto à parcela √ − 3, o número dentro de uma raiz quadrática deve ser maior ou igual a
zero:

z−3≥0→z≥3
Por fim, a parcela relacionada ao log neperiano só é possível se o argumento for maior do que
zero:

4− y>0→y<4
Então, o domínio de g(x,y,z) será

Dom g ={(x, y, z) ∈ R / x ≠ 1,  x ≠ −1,  y < 4  e z ≥ 3}


3

3. Marque a alternativa verdadeira relacionada a função real a valores vetoriais

w
h(u, w)= we u 4
2

−3
+
cos( )

√2−u

A alternativa "D " está correta.

Vamos, inicialmente, determinar o domínio. Analisando o denominador da primeira parcela


sendo diferente de zero, assim

w−3≠0→w≠3
Quanto ao numerador da primeira parcela (4 e2u) e o da segunda parcela (cos(w)), não existe
nenhuma restrição para o domínio, pois eles podem ser calculados para qualquer valor real.

O denominador da segunda parcela é uma raiz quadrática, além disso, não pode ser zero por
estar no denominador:

2− u>0→u<2
Logo, o domínio de h(u, w) será
Dom h ={(u, w) ∈ R / w ≠ 3  e u < 2}
2

Na alternativa A, é impossível calcular h(2, π), pois o par ordenado (2, π) não atende a condição
do domínio de u < 2.

Na alternativa B, apenas é possível calcular h(-2, 0), pois (-2, 0) faz parte do domínio da função,
h
o valor correto é (−2,0)= −
4 e −4
+
1
3 2

Na alternativa C, é impossível calcular h(6, 0), pois o par ordenado (6, 0) não atende a condição
do domínio de u < 2.

Na alternativa E, é impossível calcular h(2, 3), pois o par ordenado (2, 3) não atende a condição
do domínio de w ≠ 3.

Portanto, a alternativa correta é a letra D, pois (-2, π) faz parte do domínio e vale

h(−2, π)= πe 4 −4

−3

1
2

4. Marque a alternativa que apresenta a equação das curvas de nível k para a função
y
fxy
escalar ( , )= x−2 . Considere k real como sendo o nível desejado em cada contorno,
com k > 0.

A alternativa "C " está correta.

f (x, y)= x y = k ,  x ≠ 2 → k(x − 2) = y


−2

kx − 2k = y → kx − y − 2k = 0,  com x  ≠ 2
Para x = 2 → y = 0, assim a equação será {
kx − y − 2k = 0
(x, y) ≠ (2,0)

Esta equação representa uma reta no plano, com exceção do ponto (2,0). Sendo a alternativa
correta a letra C.

5. Seja a função g(x, y, z) = x + 4y + 8z, descreva as superfícies de nível que representam a


questão.

A alternativa "B " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:


6. Marque a alternativa falsa em relação a função

f (x, y)= √16 − x − y2 2

A alternativa "C " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA, RESPECTIVAMENTE, O


z  ln(y−1)
DOMÍNIO DA FUNÇÃO ( , , )= hxyz √2−

2x−6
E O VALOR DE H(4, 3, 0).

A) Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ 3,   y > 1 e z ≤ 2} e h(4,3, 0)= ln


3
4
2
B) Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ 2,   y < 1 e z > 2} e h(4,3, 0)=
3 √2  ln2
2

C) Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ 3,   y > 1 e z ≤ 2} e h(4,3, 0)=


3 √2  ln2
2

D) Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ 6,   y ≥ 1 e z < 2} e h(4,3, 0)=


3 √2  ln6
2

E) Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ −3,   y > 0 e z ≤ 2} e h(4,3, 0)=
3 √2  ln2
4

2. SEJA A FUNÇÃO ( , )= fxy y


5
+5
x . MARQUE A ALTERNATIVA FALSA EM
RELAÇÃO A FUNÇÃO F(X,Y).

A) O domínio da função é

Dom f :{(x, y ∈ R / y ≠ −5}2

A)

B) As curvas de nível da função f(x, y) representam um conjunto de retas com equações 5x - ky -


5k = 0, na qual k é o nível desejado, com exceção do ponto (0, -5).

f
C) O valor de (1,5)=
1
2

D) O gráfico da função f(x, y) é composto por pontos (x, y, z) que formam um plano de equação
5x - y - z - 5 = 0.

E) A função f(x, y) é uma função escalar.

GABARITO

1. Marque a alternativa que apresenta, respectivamente, o domínio da função


z  ln(y−1)
h(x, y, z)= √2−
2x−6
e o valor de h(4, 3, 0).

A alternativa "C " está correta.

Analisando o denominador da função, verifica-se que 2 − 6 ≠ 0 → x x≠3


A parcela do numerador referente a log neperiano ln( − 1): y
y−1>0→y>1
A parcela do numerador referente a raiz quadrada √2 − z   :  2 − z ≥ 0  →  z  ≤  2

Dessa forma, o domínio será Dom h :{(x, y, z)∈ R  / x ≠ 3,   y > 1 e z ≤ 2}
3
   ln2
h
Calculando (4,3, 0)=
√2−0 ln ( 3−1 )
2.4−6
=
√2
2

5x
fxy
2. Seja a função ( , )= y+5 . Marque a alternativa falsa em relação a função f(x,y).
A alternativa "D " está correta.

Analisando as alternativas:

a) Para definir o domínio da função, verifica-se que a única restrição é que o denominador não
pode ser zero, assim y + 5 ≠ 0 → y ≠ -5,
Dom f :{(x, y ∈ R / y ≠ −5}, estando a alternativa A correta.
2

e) A entrada da função é um vetor e a saída um número real, assim a alternativa E está correta.

f
c) O valor de (1,5)=
5.1
5+5
=
1
2
, estando correta a alternativa C.

b) As equações das curvas de nível serão obtidas por


5x
y+5 = k  →  5x  =  ky  +  5k
Logo, as equações serão 5x - ky - 5k = 0 , que representa um conjunto de retas. Mas y ≠ -5,
assim 5x ≠ k(-5) + 5k → x ≠ 0. Portanto, o ponto (0, –5) não pertence a estas retas. Alternativa B
está correta.

d) Por fim, o esboço do gráfico que são os pontos (x, y, z) do R3, tais que
5x
y+5 = z → 5x − yz − 5z = 0, que não representa um plano.
Assim, a alternativa que contém uma afirmativa falsa é a D.

MÓDULO 2

 APLICAR A DERIVAÇÃO PARCIAL E O GRADIENTE DE UMA


FUNÇÃO ESCALAR

INTRODUÇÃO
A operação matemática da derivação pode também ser definida para as funções escalares,
porém de uma forma um pouco diferente do que no caso das funções reais.
Como a função escalar depende de várias variáveis, devemos obter uma operação que
determina a variação da função em relação a uma variável, mantendo as demais constantes.
Esta operação será denominada de derivação parcial

PODEMOS OBTER UMA DERIVADA PARCIAL PARA CADA


VARIÁVEL INDEPENDENTE, ASSIM CONSEGUIMOS DEFINIR UM
VETOR QUE APRESENTA COMO COMPONENTES ESTAS
DERIVADAS PARCIAIS. TAL VETOR É DENOMINADO DE
GRADIENTE DA FUNÇÃO ESCALAR E APRESENTA
APLICAÇÕES PRÁTICAS IMPORTANTES NA OBTENÇÃO DAS
TAXAS DE VARIAÇÃO DA FUNÇÃO PARA QUALQUER
DIREÇÃO.
Neste módulo estudaremos as derivadas parciais e o vetor gradiente.

DERIVADAS PARCIAIS
Quando estudamos a função real, definimos a operação da derivação que representava a taxa
de variação da função em relação a sua variável independente. Isto é, como a função variava em
relação a sua variável de entrada em determinado ponto do seu domínio.

No caso de a função escalar, a entrada é composta por várias variáveis. Ao se tentar descobrir
como uma função varia em relação a uma das variáveis, devemos isolar o efeito das demais
variáveis. Este isolamento é obtido mantendo as demais variáveis constantes.

 EXEMPLO

Imaginemos o volume de um cone que depende de seu raio e de sua altura. Para se obter a taxa
de variação desse volume ao se alterar o raio do cone, devemos manter o valor da altura
constante e observar como o volume se altera ao se alterar o raio. Esta operação será
denominada de derivada parcial. O nome parcial vem do fato que se está analisando a taxa de
variação de apenas uma das variáveis.
Vamos iniciar a definição pelo caso mais simples, ou seja, para uma função com domínio no R2,
ou z = f (x, y).

Seja (x0, y0) um ponto de o domínio da função escalar f. Se fixarmos o valor y0, podemos definir

uma função que depende de apenas uma variável, dada por

h(x)  =  f ( x,  y0 )

A função h(x) será uma função real, pois depende apenas de uma variável, e a derivada de h(x)
no ponto x0 será dada por

h ( x ) −h ( x 0 )
h' (x0 )= lim x −x 0
x →x 0

Esta derivada representa como a função h(x) varia em relação a variável x, no ponto x0.

Substituindo a função h(x) pela função escalar f(x,y0)

f ( x , y0 ) − f ( x 0 , y0 )
h' (x0 )= lim x −x 0
x →x 0

que representará como a função f(x, y) irá variar em relação a variação de x, com y constante e
igual a y0, no ponto (x0, y0). Esta função será denominada de derivada parcial de f em relação a

variável x, representada por

∂f f ( x , y0 ) − f ( x 0 , y 0 )
∂x
(x0 , y0 )= h' (x0 )= xlim x −x 0
→x 0

Se considerarmos que Δx = x − x0 podemos obter uma outra definição equivalente:

∂f f ( x0 +Δx,y0 ) −f ( x0 ,y0 )
∂x
(x0 , y0 )= lim
Δx→0 Δx

∂f
Seja D o subconjunto de S, formado por todos os pontos (x, y), tais que existe. Assim,
∂x
∂f
definirmos uma função indicada por ∂x (x, y), definida em D ⊂ S ⊂ R2, tal que:

∂f f ( x+Δx,y ) −f ( x,y )
(x, y)= lim
∂x Δx→0 Δx

ESTA FUNÇÃO SERÁ DENOMINADA DE DERIVADA PARCIAL DE


PRIMEIRA ORDEM DE F, EM RELAÇÃO A X, OU SIMPLESMENTE
DERIVADA PARCIAL DE F EM RELAÇÃO A X.
De forma análoga, podemos definir
∂f f ( x,y+Δy ) −f ( x,y )
(x, y)= lim
∂y Δy→0 Δy

que é a derivada parcial de f em relação a y.

Outras notações utilizadas:


f
(x, y)= fx (x, y)= D1 f (x, y)

∂x

f
y (x, y)= fy (x, y) = D2 f (x, y)

Resumindo:

A função fx (x, y) obtida em um ponto (x0, y0), representa a taxa de variação de f(x,y), no
ponto (x0, y0), em relação apenas a variável x, mantendo y constante e igual a y0

A função fy (x, y) obtida em um ponto (x0, y0), representa a taxa de variação de f(x,y), no
ponto (x0, y0), em relação apenas a variável y, mantendo x constante e igual a x0

Podemos agora extrapolar para o caso de a função escalar definida no R3


f f ( x+Δx,y,z ) −f ( x,y,z )
x (x, y, z)= fx (x, y, z)= D1 f (x, y, z)= Δlim

∂ x→0 Δx

∂f f ( x,y+Δy,z ) −f ( x,y,z )
∂y
( x , y , z )= f y ( x , y , z )= D 2 f ( x , y , z )= lim
Δy→0 Δy

∂f f ( x,y,z+Δz ) −f ( x,y,z )
(x, y, z)= fz (x, y, z)= D3 f (x, y, z)= lim
∂z Δz→0 Δz

IMAGINEMOS O CASO DE UMA FUNÇÃO ESCALAR QUE


REPRESENTA O VALOR DO VOLUME DE UMA CAIXA
RETANGULAR. DESSA FORMA, O VALOR DA FUNÇÃO
DEPENDERÁ DE TRÊS VARIÁVEIS (L, C, A), COM L, C E A
NÚMEROS REAIS QUE REPRESENTAM A LARGURA, O
COMPRIMENTO E A ALTURA DA CAIXA. ASSIM, V(L, C, A).
DESEJAMOS OBTER COMO O VOLUME DA CAIXA IRÁ VARIAR
COM A VARIAÇÃO DE UMA DE SUAS DIMENSÕES, OU SEJA,
QUAL SERIA A TAXA DE VARIAÇÃO DE V EM FUNÇÃO, POR
EXEMPLO DE L.
Assim, necessitamos usar a derivada parcial da função em relação a variável L,

∂V (L, C , A)= lim V ( L+h,C ,A ) −f ( L,C ,A )


∂L h→0 h

que será semelhante a derivada de uma função real, pois dependerá da variação de apenas
uma variável, neste caso L, mantendo todas as demais constantes (C e A).
Para o caso geral da função com domínio em S ⊂ Rn. Seja f(x1,x2, ..., xn ), a derivada parcial de

f em relação a variável xj será definida por

f f ( x ,x ,…,xj +h, …, xn ) −f ( x ,x ,…xj ,…, xn )



∂x j
( x 1 , x 2 , … ,  x n )= lim
h→0
1 2

h
1 2

representando a variação de f em relação a xj, mantendo as n – 1 variáveis constantes.

Podemos também usar as notações

Dj f (x , x , … ,  xn )= fj (x , x , … ,  xn )
1 2 1 2

 ATENÇÃO
df
A notação dx é usada para derivar a função real f em relação a x, quando a função depender
apenas da variável x.
∂f
A notação é usada para derivar parcialmente a função escalar f em relação a x, quando a
∂x

função depender de outras variáveis, além da variável x.

Na prática, as derivadas parciais não serão obtidas pelo limite, e sim, por fórmulas e regras de
derivação. Como consideraremos a função dependendo de apenas uma variável, pois todas as
demais permaneceram como constantes, então pode ser utilizada as mesmas propriedades e
regras que utilizamos no caso da função real.

REGRA PARA OBTER A DERIVADA PARCIAL EM RELAÇÃO A


VARIÁVEL XJ
1) CONSIDERE TODAS AS OUTRAS VARIÁVEIS, QUE NÃO
SEJAM XJ, COMO CONSTANTES.
2) USE AS REGRAS DE DERIVAÇÃO DA FUNÇÃO REAL PARA
ACHAR A DERIVADA DE F EM RELAÇÃO A XJ.

Vejamos alguns exemplos.

EXEMPLO 1
Determine as derivadas parciais da função f(x, y) = 2xy + 3x2 y3 + 5y - 3x e obtenha seus
valores no ponto (2, 1).

SOLUÇÃO
Vamos obter fx(x, y), considerando y como uma constante e aplicando as regras de

derivação em relação a x.

O primeiro termo 2xy será observado como kx, assim (2yx)' = 2y(x)' = 2y.

O termo 3x2 y3 será observado como kx2, assim (3y3 x2 )' = 3y3 (x2 )' = 3y3 . 2x = 6xy3.

O termo 5y será observado apenas como uma constante, independente de x, assim (5y)' =
0.

Por fim, (-3x)' = -3.

Então, fx (x, y) = 2y + 6xy3 -3 e fx (2, 1) = 2 . 1 + 6 . 2 . 13 -3 = 11

Vamos obter fy(x, y), considerando x como uma constante e aplicando as regras de

derivação em relação a y.

O primeiro termo 2xy será observado como ky, assim (2xy)' = 2x(y)' = 2x.

O termo 3x2 y3 será observado como ky3, assim (3x2 (y3)' = 3x2 (y3 )' = 3x2 3y2 = 9x2 y2.

O termo (-3x) será observado apenas como uma constante, independente de y, assim
(-3x)' = 0

Por fim, (5y)' = 5.

Logo, fy (x, y) = 2x + 9x2 y2 + 5 e fy (2, 1) = 2 . 2 + 9 . 22 12 + 5 = 45

EXEMPLO 2
2
Deseja obter a taxa de variação da função  h(x, y, z, w)= 2yz lnx + 3xew +  zw2 y 3 , em
relação a variável w, no ponto (x, y, z, w)=(1, 1, 1, 1).

SOLUÇÃO
O que está se pedindo é a derivada parcial da função h em relação a variável w.
Assim se mantém na função h todas as demais variáveis (x, y, z) como constantes e aplica
as regras de derivação em relação a variável w.

O termo 2yz lnx será observado como uma constante, pois independe de w, então
(2yz lnx) = 0.
'

2 2
O termo 3xew será observado como kew , assim
' '

(3xew ) =  3x (ew )
2 2 2 2
= 3x 2wew = 6xwew .

Por fim, o termo zw2 y 3 , será observado como kw2 , assim


'

(zy 3 w2 )
'
= zy 3 (w2 ) = zy 3 2w = 2zy 3 w.

2
Então, fw (x, y, z, w)= 6 xwew + 2 zy3 w e fw (1,1, 1,1)= 6.1. 1e1 + 2.1. 1.1 = 2 + 6e

GRADIENTE DE UMA FUNÇÃO ESCALAR

Seja uma função de várias variáveis a valores reais, com domínio em S⊂ R2, e que admite
as derivadas parciais, em um ponto (x0,y0), para todas as suas duas variáveis

independentes (x e y).

Define o vetor gradiente da função f como

∂f ∂f
∇f (x0 , y0 )=( ∂x (x0 , y0 ), (x 0 , y 0 ) )
∂y

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A outra notação para o vetor gradiente será grad f.

Observe que só existe gradiente de uma função escalar e o resultado é um vetor cujas
componentes são as derivadas parciais de cada uma das variáveis independentes.

Portanto,
∂f ∂f
∇f (x0 , y0 )= ∂x
(x0 , y0 )x̂ + ∂y
(x0 , y0 )ŷ

EXEMPLO 3

Obtenha o vetor gradiente para a função f(x, y) = 3x2y, no ponto (x, y) = (1, 2).

SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais
∂f ∂ ∂
∂x
=
∂x
(3yx2 )= 3y ∂x (x2 )= 3y 2x = 6xy
∂f ∂ ∂
∂y
=
∂y
(3x2 y)= 3x2 ∂y (y)= 3x2

Logo,

2
∇f (x, y)= (6xy, 3x2 ) e ∇f (1,2)= (6.1. 2,3. 1 )  = (12, 3) =  12x̂  +  3ŷ

O vetor gradiente da função escalar pode ser definido, de forma análoga, para quando o

domínio for S ⊂ Rn. Assim:

∂f ∂f ∂f
∇f (x1 , x2 , … ,  xn )=( ∂x1 (x1 , x2 , … ,  xn ), … ,   ∂xj (x1 , x2 , … ,  xn ), … ,    ∂xn (x1 , x2 , … ,  xn ))

O vetor gradiente tem uma interpretação geométrica. Ele apontará para direção e sentido
no qual a função f terá a sua maior variação, em relação a suas variáveis independentes,
no ponto analisado.

Por exemplo, obtivemos que no ponto (1, 2) a função f(x, y) = 3x2y tem um vetor gradiente
∇f   = (12,  3) =  12x̂   +  3ŷ  . Vamos supor que esta função f(x, y) represente a

temperatura, em um ponto (x,y), de uma placa plana. Assim, se estivermos no ponto de


coordenada (x,y) = (1,2) e desejarmos saber para que direção/sentido teremos a maior
variação de temperatura ao variar a posição, ela será dada pela direção/sentido definida
pelo vetor ∇f   =  12x̂   +  3ŷ  .

EXEMPLO 4

Obtenha o versor que representa a direção e o sentido da maior variação da função f(x, y,

z) = x2 + y2 + z2 no ponto (1, 1, 1)
SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais de f(x, y, z):
∂f ∂f ∂f
= 2 x,   = 2y e  = 2z
∂x ∂y ∂z

Assim, o vetor gradiente será ∇f (x, y, z)= (2x, 2y, 2z)

No ponto (1, 1, 1), se tem ∇f(1, 1, 1)=(2, 2, 2)

Portanto, o vetor (2,2, 2)= 2x̂ + 2ŷ + 2ẑ representa a direção de maior variação da
função no ponto (1, 1, 1).

Como foi pedido o versor, isto é, o vetor unitário, devemos dividir pelo seu módulo

∇f (1,1, 1)= (2,2, 2) →|∇f |= √22 + 22 + 22 = √12 = 2√3


Portanto, o versor será
∇f
(2,2, 2)=( ) =( )
1 1 1 1 √3 √3 √3
= , , , ,
| ∇f | 2√3 √3 √3 √3 3 3 3

Quanto a amplitude do vetor ∇f, ele representará a maior taxa de variação da função em
relação à variação de suas variáveis. No exemplo anterior, a função terá uma variação de 2
√3 unidades quando ocorre uma variação Δs = Δxx̂ + Δyŷ + Δzẑ de módulo unitário,

na direção do vetor ( ).
√3 √3 √3
3
, 3
, 3

Por fim, uma última característica do vetor gradiente de uma função, é o fato de ser
sempre normal às curvas de nível da função, ou seja, às curvas ou superfícies de nível da
função.

EXEMPLO 5

Determine a reta tangente a curva de nível da função f (x, y)= 2x2 + y 2 no ponto (1, 2).

SOLUÇÃO
Obtendo o gradiente da função:
∂f ∂f
= 4x e = 2y, então ∇f (x, y)=(4x, 2y)
∂x ∂y

No ponto (1, 2): ∇f(1, 2) = (4, 4), que é um vetor normal à curva de nível no ponto (1, 2),
sendo, portanto, um vetor normal à reta tangente neste ponto.
Por isso, para se obter a equação da reta tangente, seguindo conceitos de geometria
analítica:

[(x, y)−(x0 − y0 )]. nr = 0 →[(x, y)−(x0 , y0 )]. ∇f (x0 , y0 )= 0

Portanto

[(x, y)−(1,2)]. ∇f (1,2)= 0 →(x − 1, y − 2).(4,4)= 0

4(x − 1)+4(y − 2)= 0 → 4x + 4y − 12 = 0 → x+y−3=0

Então, a reta x + y - 3 = 0 e tangente à curva de nível da função f(x,y) = 2x2 + y2 no ponto


(1, 2).

RESUMO DO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
As derivadas parciais de uma função escalar podem ser utilizadas para se determinar a
equação de um plano tangente ao gráfico de uma função z = f(x, y) em um ponto (x0, y0) e

com ele realizar uma aproximação linear para a função. A equação do plano tangente ao
gráfico no ponto (x0, y0, f(x0,y0) será dada por:

z − f (x0 , y0 )= fx (x0 , y0 )(x − x0 )+fy (x0 , y0 )(y − y0 ).

Determine a equação do plano tangente ao gráfico da função f(x, y) = x2 + 2y2 + 1 no ponto


(1, 1) e verifique através de uma aproximação linear, a partir deste ponto, o valor de

f (1 + 1
100
,1 +
1
100
)

RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:
MÃO NA MASSA

1. SEJA A FUNÇÃO f (x, y)= 2kcos(x)ln (y + e), COM K REAL.


DETERMINE O VALOR DE K SABENDO QUE A DERIVADA PARCIAL DE F
EM RELAÇÃO A X VALE – 8 NO PONTO (x, y)=( π2 , 0)

A) 2

B) 3

C) 4

D) 5

E) 6

2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VETOR GRADIENTE DA


2xy
FUNÇÃO ESCALAR g(x, y)= xy 2  e PARA O PONTO (X, Y) = (1, 1)

A) e2(3, 0)

B) e2(3, 4)

C) e2(1, 1)

D) e2(2, 2)

E) e2(2, 1)

3. DETERMINE A DERIVADA PARCIAL DE

g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x

EM RELAÇÃO A VARIÁVEL X E EM RELAÇÃO A VARIÁVEL Y,


RESPECTIVAMENTE, NO PONTO (X, Y) = (1, 1).
√6 √6
A) e
6 4

√5 √5
B) e
4 4

√6 √6
C) 3
e 3

√5 √5
D) 6
e 5

√6 √6
E) 3
e 4

4. DETERMINE O MÓDULO DO VETOR GRADIENTE A FUNÇÃO

f (x, y, z)= 3xyz − x2 + 2y3 + 3z 2

NO PONTO (1, 0, 2).

A) √23

B) √46

C) 3√23

D) 2√46

E) √73

y
5. SEJA A FUNÇÃO h(x, y, z)= 2z arctg( x ). MARQUE A ALTERNATIVA
QUE APRESENTA UM VETOR QUE POSSUA A DIREÇÃO DA MAIOR TAXA
DE VARIAÇÃO DA FUNÇÃO H(X, Y, Z) NO PONTO (1, 1, 2).

A) (2, 2,  2π)

B) (4,  − 4, −π)

C) (−1, 1,  π)

D) (0,  2,   − π)

E) (4, 0,  π)
6. SEJA A FUNÇÃO g(x, y)= √x − ty, COM T REAL DIFERENTE DE ZERO.
A RETA x − 2y + 4 = 0 É TANGENTE A CURVA DE NÍVEL DE G(X, Y) NO
PONTO (0, –2). DETERMINE O VALOR DE T

A) 2

B) 3

C) 4

D) 5

E) 6

GABARITO

1. Seja a função f (x, y)= 2kcos(x)ln (y + e), com k real. Determine o valor de k sabendo
π
que a derivada parcial de f em relação a x vale – 8 no ponto (x, y)=( 2 , 0)

A alternativa "C " está correta.

f (x, y)= 2kcos(x)ln (y + e)

Ao se derivar parcialmente em relação a variável x, a variável y permanecerá constante,


assim é como se derivasse a função t cos(2x), com t sendo uma constante igual a (k
ln(y+e)).

Vamos relembrar que a derivada da função

h(u)= cos(u)→ h' (u)= −sen(u)u'

Portanto,

fx (x, y)= t(cos(x)) = t(– 1) sen (x)  =   −  t sen (x)  =   − 2k  ln(y + e) sen(x)


'

Mas,
π π
fx ( 2 , 0)= −8 = −2kln(0 + e)sen( 2 )= −2k. 1.1 = −2k → k = 4

2. Marque a alternativa que apresenta o vetor gradiente da função escalar


2xy
g(x, y)= xy 2  e para o ponto (x, y) = (1, 1)

A alternativa "B " está correta.


2xy
g(x, y)= xy 2  e
∂g ∂g
O vetor gradiente será ∇g =( , )
∂x ∂y

Vamos relembrar que:

Se h = keu → h' = ku' eu

Se g = uv → g ' = u' v + uv'

Determinando a derivada parcial de g em relação a x, mantendo y constante


∂g
∂x
(x, y) = (y 2 x)  e2xy +  xy 2 ( e2yx )
' '

∂g
∂x
(x, y)= y 2  e2xy +  xy 2 2y e2yx = y 2  e2xy +  2xy3  e2yx = (y 2 + 2xy3 ) e2xy
∂g
(x, y)= y 2 (1 + 2xy) e2xy
∂x

Determinando a derivada parcial de g em relação a y, mantendo x constante


∂g
(x, y) = (xy2 )  e2xy +  xy 2 ( e2xy )
' '

∂y

∂g
∂y
(x, y)= 2xy e2xy +  xy 2 2x e2yx = 2xy e2xy +  2x2 y 2  e2yx = (2xy + 2x2 y 2 ) e2xy
∂g
(x, y)= 2xy(1 + xy) e2xy
∂y

O vetor gradiente será

∇g(x, y) =(y 2 (1 + 2xy) e2xy , 2xy(1 + xy) e2xy )

∇g(1,1)=(1.(1 + 2.1. 1) e2.1.1 , 2.1. 1.(1 + 1.1) e2.1.1 )=(3e2 , 4e2 )= e2 (3,4)

3. Determine a derivada parcial de

g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x

em relação a variável x e em relação a variável y, respectivamente, no ponto (x, y) = (1, 1).

A alternativa "A " está correta.

g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x

Vamos relembrar que a derivada da função

1
h(u)= √u → h' (u)= u'
2√u

Para se achar a derivada parcial em relação a variável x, mantém-se a variável y


constante.
Neste caso, se
du
u = 2 − xy + 2y 2 + 3x → u' =
dx
=0− y+3=3−y

Assim,

3−y 3−1 2 √6
gx (x, y)= → gx (1,1)= = =
2√2−xy+2y +3x 2
2√2−1.1+21+3.1 2√6 6

Para se achar a derivada parcial em relação a variável y, mantém-se a variável x constante

Neste caso, se

du
u = 2 − xy + 2y 2 + 3x → u' = u' =
dy
=0− x + 4y + 0 = 4y − x

Assim,

4 y −x 4.1−1 3 3√6 √6
gy (x, y)= → gy (1,1)= = = =
2√2−xy+2y +3x 2
2√2−1.1+21+3.1 2√6 12 4

4. Determine o módulo do vetor gradiente a função

f (x, y, z)= 3xyz − x2 + 2y3 + 3z 2

no ponto (1, 0, 2).

A alternativa "D " está correta.

f (x, y, z)= 3xyz − x2 + 2y3 + 3z 2

O vetor gradiente será


∂f ∂f ∂f
∇ f =( , , )
∂x ∂y ∂z

Determinando a derivada parcial de f em relação a x, mantendo y e z constantes


∂f
= 3yz − 2x
∂x

Determinando a derivada parcial de f em relação a y, mantendo x e z constantes


∂f
= 3xz + 6y 2
∂y

Determinando a derivada parcial de f em relação a z, mantendo x e y constantes


∂f
= 3xy + 6z
∂z

Portanto,

∇f (x, y, z) =(3yz − 2x, 3xz + 6y 2 , 3xy + 6z )

No ponto,

(x, y, z) = (1, 0, 2) →  ∇f (1, 0, 2) = (3. 0. 2 − 2. 1, 3. 1. 2 + 6. 0, 3. 1. 0 + 6. 2 ) = (−2, 6, 12)


Então,

|∇f |= √ 2 2 2
(−2) + (6) + (12) = √4 + 36 + 144 = √184 = 2√46
y
5. Seja a função h(x, y, z)= 2z arctg( x ). Marque a alternativa que apresenta um vetor
que possua a direção da maior taxa de variação da função h(x, y, z) no ponto (1, 1, 2).

A alternativa "B " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:

6. Seja a função g(x, y)= √x − ty, com t real diferente de zero. A reta x − 2y + 4 = 0 é
tangente a curva de nível de g(x, y) no ponto (0, –2). Determine o valor de t

A alternativa "A " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DETERMINE A DERIVADA PARCIAL DA FUNÇÃO
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg xy , EM RELAÇÃO A VARIÁVEL X, NO PONTO (0, 1,
1)

A) 0

B) 1

C) 2

D) 3

E) 4

2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O GRADIENTE DA


FUNÇÃO g(x, y)= 3x  cos(y + 2)

A) ∇g(x, y)=(3se n(y + 2), 3x cos(y + 2))

B) ∇g(x, y)=(3 + cos(y + 2), 3x + sen(y + 2))

C) ∇g(x, y)=(3 cos(y + 2), −3xsen(y + 2))

D) ∇g(x, y)=(cos(y + 2), sen(y + 2))

E) ∇g(x, y)=(3x  cos(y + 2), 3x cos(y + 2))

GABARITO
x
1. Determine a derivada parcial da função f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y , em relação a
variável x, no ponto (0, 1, 1)

A alternativa "D " está correta.

x
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y

Para se obter a derivada parcial de f em relação a x, se deriva em relação a variável x,


mantendo as variáveis y e z constantes.

Lembre-se de que se
h ( u) = tg(u) → h ′ ( u) = sec2 u u'

Se

z)x + 2z tg( 1y x)
x 2
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y = (y

Então
∂f

∂x
( x, y, z)= y 2 z + 2z sec2 ( xy ). 1
y
= y 2 z + 2 yz  sec2 ( xy )

No ponto

∂f
 sec2 ( 1 )=
0
( x, y, z)=(0,1, 1)→   ∂x (0,1, 1)= 1 + 2sec (0)= 1 + 2 = 3
2 1 2
1 1+2
1

Assim, a alternativa correta é a da letra D.

2. Marque a alternativa que apresenta o gradiente da função g(x, y)= 3x  cos(y + 2)

A alternativa "C " está correta.

g(x, y)= 3x  cos(y + 2)

O vetor gradiente será


∂g ∂g
∇g = ( ∂x
,
∂y
)
Determinando a derivada parcial de g em relação a x, mantendo y constante

∂g

∂x
= 3 cos(y + 2)(x)
'
= 3 cos (y + 2 )
Determinando a derivada parcial de g em relação a y, mantendo x constante
∂g

∂y
= 3x(cos(y + 2))
'
= 3x (−1)se n(y + 2)= −3xsen (y + 2 )
Portanto,

∇ g ( x, y)=(3 cos(y + 2), −3xsen(y + 2))

Assim, a alternativa correta é a letra C.

MÓDULO 3

 APLICAR A REGRA DA CADEIA PARA FUNÇÕES ESCALARES



INTRODUÇÃO
Seja uma função escalar. Suponha que se conheça a dependência desta função em
relação a um conjunto de variáveis, denominadas de intermediárias, que por sinal,
depende de outro conjunto que são denominados de variáveis independentes.

A REGRA DA CADEIA PODE SER USADA PARA SE OBTER AS


DERIVADAS DA FUNÇÃO ESCALAR EM RELAÇÃO AS
VARIÁVEIS INDEPENDENTES, MESMO NÃO SE OBTENDO A
FUNÇÃO QUE EXPLICITA DIRETAMENTE ESTA RELAÇÃO.
Estudaremos, neste módulo, três teoremas que definem esta regra da cadeia para serem
aplicadas em funções escalares.

REGRA DA CADEIA
Para o caso de uma função real, ou melhor, que dependa de apenas uma variável, a regra
da cadeia permitia a diferenciação de uma função composta. Se y = f(x) e x = g(t), com as
funções f e g diferenciáveis, se obtinha a derivada de y em relação a t de uma forma
indireta:

dy
dt = dy dx
dx dt

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, mesmo não se tendo a relação direta de y em relação a t, podia se obter como a
função y variava em relação a variável t.

Vamos agora definir esta regra que permitirá também calcular a derivada de funções
compostas para as funções escalares. Iremos propor o seguinte teorema:
TEOREMA 1

SEJA A FUNÇÃO F(X, Y) DIFERENCIÁVEL EM X E Y, COM X =


H(T) E Y = G(T). SE AS FUNÇÕES H(T) E G(T) FOREM
DIFERENCIÁVEIS EM T, ENTÃO
df f dx(t) f dy(t)
dt
(x(t), y(t)) = ∂

∂x dt
+

∂y dt

Repare que a regra acima permite calcular a derivada de f em relação a t por uma forma
indireta. Não se conhece a relação explicita da função em relação a variável t, mas se
conhece a relação da função com x e y, e destas variáveis em relação a variável t.

Outra forma de se representar essa regra seria através do gradiente da função f.

Seja γ(t)= ( x(t), y(t))


df

dt
(y(t)) = ∇f (γ(t)). γ (t) '

Vejamos um exemplo de sua aplicação.

EXEMPLO 1:

Seja a função f(x, y) = 2xy2 e que x = t3 e y = 2t + 5. Obtenha a derivada de f em relação à


variável t.

SOLUÇÃO
df ∂f dx ∂f dy
Usando a regra da cadeia dt =
∂x dt
+
∂f dt

f f dx dy
y , xy, t e
∂ ∂
Como = 2
2
= 4 = 3
2
= 2, se tem
∂x ∂y dt dt
df f dx f dy
y 3t xy. 2 = 6y t xy
∂ ∂
2 2 2 2
= + = 2 +4 +8
dt ∂x dt ∂f dt

Substituindo x e y em relação a variável t


df
dt
= 6 y t
2 2
+8 xy = 6(2t + 5) t 2 2
+8 t 3
(2 t + 5)

É obvio que neste caso, poderíamos obter o valor de f em relação apenas a t e depois
obter a derivada.

f (x ,  y)  =  2xy f (t t + 5)  =  g(t)  =   2 t t + 5)


2 3 3 2
  →   ,  2  (2
df
Assim, a derivada será obtida se derivando em relação a t através da regra do produto
dt
df
= (2t + 5)  6 t2   +  2t3  2 (2t + 5) .  2  =  6(2t + 5) t2 + 8t3 (2t + 5) obtendo o
2 2
dt
mesmo valor.

Todavia, às vezes, essa forma de obter a dependência e depois derivar é mais complexa
do que usar a regra da cadeia diretamente.

EXEMPLO 2:

Sabendo que o volume de um cilindro é dado pela fórmula V (r, h)= πr2 h, na qual r é o
raio da base e h é a altura do cilindro, ambas medidos em metros. Determine a taxa de
variação do volume do cilindro, para r = 1 m e h = 1 m, sabendo que o raio está variando a
uma taxa de 0,5 m/s e a altura a uma taxa de –0,25 m/s.

SOLUÇÃO
dV ∂V dr ∂V dh
Se V (r, h)= πr2 h, usando a regra da cadeia, se tem dt
= +
∂r dt ∂h dt

∂V ∂V dr dh
Como ∂r
= 2πhr, ∂h
= πr2 , dt = 0,5 e dt = −0,25 m/s, se tem

(r, h)= 2πhr.  0,5 +  πr2 (−0,25)


dV
dt

dV
dt
(r, h)= πhr −   π4 r2
Para r = 1m e h = 1m

dV
dt
(1, 1)= π −   π4 =
4
 m3 /s

 ATENÇÃO

A demonstração do teorema 1 não será vista neste módulo, e pode ser analisada nos
livros que constam na referência bibliográfica deste material.

Agora vamos analisar outra situação. Seja z = f(x, y), mas x = h(u, v) e y = g(u, v). Então a
função f depende indiretamente de u e de v. Podemos usar o seguinte teorema para obter
as derivadas parciais de f em relação a variável u e em relação a variável v.
TEOREMA 2

SEJA A FUNÇÃO F(X,Y) DIFERENCIÁVEL EM X E Y, COM X =


H(U,V) E Y = G(U,V). SE AS FUNÇÕES H(U,V) E G(U,V) SÃO
DIFERENCIÁVEIS EM U E EM V, ENTÃO
∂f ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂f ∂x ∂f ∂y
∂u
=
∂x ∂u
+ ∂y ∂u
E ∂v
=
∂x ∂v
+ ∂y ∂v

As variáveis u e v são denominadas de variáveis independentes, enquanto as variáveis x e


y serão denominadas de variáveis intermediárias, pois serão usadas para obter a variável
dependente z em relação às variáveis independentes.

Observe a aplicação da regra acima no exemplo a seguir.

EXEMPLO 3:

Seja g(x,y) = 2ey co s(x), na qual x = u2 v e y = uv2 . Determine as derivadas parciais de


g(x,y) em relação a u e a v para os pontos em que u = 1 e v = 2.

SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais de g em relação a x e a y.
∂g ∂g
= −2ey sen(x) e = 2ey cos(x)
∂x ∂y

Além disso,

∂x ∂x ∂y ∂y
= 2uv, = u2 , = v2 , = 2uv
∂u ∂v ∂u ∂v

Assim,

∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= + =(−2ey sen(x))2uv + 2ey cos(x)v2
∂u ∂x ∂u ∂y ∂u

∂g y
= 2v2  e cos(x)−4uv ey sen(x)
∂u

∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= + =(−2ey sen(x))u2 + 2ey cos(x)2uv
∂v ∂x ∂v ∂y ∂v

∂g
= 4uv ey cos(x)−2u2 ey sen(x)
∂u

Quando u = 1 e v = 2 → x = u2 v = 2 e y = uv2 = 4.

Deste modo:
∂g 4 4
∂u
(1,2)= 2. 4 e cos(2)−4. 1.2 e sen(2)= 8e4 cos(2)−8e4 sen(2)

∂g 2
∂u
(1,2)= 4.1. 2 e4 cos(2)−2. 1 e4 sen(2)= 8 e4 cos(2)−2e4 sen(2)

Podemos agora definir a situação geral.

Seja a função escalar f: S ⊂ Rn, ou seja, a função dependente z é função de n variáveis


intermediárias (x1,x2,…,xn ). Cada uma das variáveis intermediárias xj, a seu tempo,

depende de m variáveis independentes (u1,u2,…,um ). Se deseja agora obter o valor da

derivada parcial de z em relação a uma das variáveis independentes ui.

TEOREMA 3

SEJA A FUNÇÃO F: S⊂ RN DIFERENCIÁVEL EM RELAÇÃO AS N


VARIÁVEIS (X1, X2, ..., XN), EM QUE CADA XJ É DIFERENCIÁVEL
EM RELAÇÃO A M VARIÁVEIS (U1, U2, ..., UM). ENTÃO:
∂f ∂f ∂ x1 ∂f ∂ x2 ∂f ∂ xn
∂ uj
= ∂ x1 ∂ u j
+ ∂ x2 ∂ uj
+…+
∂ xn ∂ uj

para cada j = 1,2,..., m.

Vamos aplicar esse teorema em um exemplo.

EXEMPLO 4:

Seja a função h(r, s, t)= sr2 + 2rst, na qual r = xz + 2yz , s = 3x2z e t = 2xy. Determine as
derivadas parciais da função h, em relação as variáveis x, y e z, para os valores de (x, y, z)
= (1, 0, 2).

SOLUÇÃO
Neste exemplo, as variáveis intermediárias serão r,s e t, enquanto as variáveis
independentes serão x, y e z.

Calculando as derivadas parciais da função h

∂h ∂h ∂h
= 2sr + 2st, = r2 + 2rt e = 2rs
∂r ∂s ∂t
Mas
∂r ∂r ∂r
= z, = 2z e = x + 2y
∂x ∂y ∂y

∂s ∂s ∂s
∂x
= 6xz, ∂y
=0e ∂z
= 3 x2

∂t ∂t ∂t
= 2y , = 2x e =0
∂x ∂y ∂z

Desta forma,
∂h ∂h ∂r ∂h ∂s ∂h ∂t
a) ∂x = + +
∂r ∂x ∂s ∂x ∂t ∂x

∂h
=(2rs + 2st)z +(r2 + 2rt) 6xz +(2rs) 2y
∂x

b) ∂∂hy = ∂∂hr ∂∂yr + ∂∂hs ∂∂ys + ∂∂ht ∂∂yt

∂h
=(2rs + 2st) 2z +(r2 + 2rt) 0 +(2rs) 2x
∂y

∂h ∂h ∂r ∂h ∂s ∂h ∂t
c) ∂z = ∂r ∂z + ∂s ∂z + ∂t ∂z

∂h
=(2rs + 2st) (x + 2y) +(r2 + 2rt) 3x2 +(2rs) 0
∂z

Para (x, y, z) = (1, 0, 2) → r = xz + 2yz = 1 . 2 + 2 . 0 . 2 = 2, s = 3x2z = 3 . 1 . 2 = 6 e t = 2xy = 2


. 1 . 0 = 0, assim:
∂h
(x, y, z)=(2.2. 6 + 2.6. 0). 2 +(2 + 2.2. 0) 6.1. 2 +(2.2. 6)2.0
2
a)
∂x

∂h
(x, y, z)= 48 + 48 + 0 = 96
∂x

∂h
b) ∂y =(2.2. 6 + 2.6. 0). 2.2 +(2 + 2.2. 0) 0 +(2.2. 6)2.1
2

∂h
= 96 + 0 + 48 = 144
∂y

c) ∂h =(2.2. 6 + 2.6. 0). (1 + 2.0) +(22 + 2.2. 0) 3.1 +(2.2. 6)0


∂z

∂h
= 24 + 12 = 36
∂z
RESUMO DO MÓDULO 3

TEORIA NA PRÁTICA
Uma caixa com formato de um paralelepípedo retangular é feita de um material que

apresenta um custo de R$ 10,00 por m2. Sabendo que o comprimento da caixa cresce a
uma taxa de 2 m/s, a largura decresce a uma taxa de 1 m/s e a altura cresce a uma taxa de
3 m/s, determine a taxa de variação do custo de produção da caixa em relação ao tempo,
para quando comprimento(C) = 10 m, largura(L) = 5m e altura (A) = 2 m.
RESOLUÇÃO

VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:

MÃO NA MASSA

1. A TENSÃO EM UM CIRCUITO ELÉTRICO É DADA PELA EQUAÇÃO V= RI,


NA QUAL R É A RESISTÊNCIA E I A CORRENTE ELÉTRICA. A TENSÃO DO
CIRCUITO ESTÁ DIMINUINDO A UMA TAXA DE 1 V/S, DEVIDO A
DESCARGA DA BATERIA E SIMULTANEAMENTE A RESISTÊNCIA
AUMENTA A UMA TAXA DE 0,05 Ω/S. DETERMINE A TAXA DA VARIAÇÃO
DA CORRENTE QUANDO A TENSÃO FOR DE 800 V E A RESISTÊNCIA DE
10 Ω.

A) 0,5 A/s

B) -0,5 A/s

C) -1,5 A/s

D) 1,5 A/s

E) 2 A/s
2. SEJA A FUNÇÃO G(X, Y) = 4 COS(XY). SABE-SE QUE X = 4T2 E Y = T3.
USE A REGRA DA CADEIA E DETERMINE A TAXA DE VARIAÇÃO DA
FUNÇÃO G EM RELAÇÃO A T.

A) −80 sen(4t5 )

B) −40 t4  cos(t5 )

C) −80 t4  sen(4t5 )

D) 80 t4  (sen(4t5 )+cos(4t5 ))

E) 20 t5  (sen(4t5 )−cos(4t5 ))

3. DETERMINE A DERIVADA PARCIAL DA FUNÇÃO G(X, Y) = 2XY, EM


RELAÇÃO A VARIÁVEL Θ, SABENDO QUE X(R, Θ) = R COSΘ E Y(R, Θ) = R
SENΘ.

A) 2r2 sen(2θ)

B) r2 cos(θ)B

C) 2r2 cos(2θ)

D) r2 sen(θ)

E) 4r3 cos(2θ)D

4. SEJA A FUNÇÃO H(U, V) = -SEN(U2 + V2). SABE-SE QUE U(X, Y, Z) = X -Y


+ 3Z E V(X, Y, Z) = 2X - 3Y + 2Z. DETERMINE A SOMA DA DERIVADA
PARCIAL DA FUNÇÃO H EM RELAÇÃO À VARIÁVEL Y COM A DERIVADA
PARCIAL DA FUNÇÃO H EM RELAÇÃO À VARIÁVEL Z, PARA X = Y = Z = 1.

A) cos(10)

B) -10 sen(8)

C) 10 cos(8)

D) 10 sen(10)
E) -10 cos(10)

5. A EQUAÇÃO QUE RELACIONA A PRESSÃO (P), MEDIDA EM KPA, A


TEMPERATURA (T), MEDIDA EM K, E O VOLUME (V), MEDIDAS EM
LITROS, DE DOIS MOLES DE UM GÁS IDEAL É DADA POR T = 16,6.
PV
DETERMINE A TAXA DE VARIAÇÃO DO VOLUME DO GÁS, QUANDO A
PRESSÃO 25 KPA ESTÁ AUMENTANDO A UMA TAXA DE 0,04 KPA/S E A
TEMPERATURA É DE 600 K E ESTÁ DIMINUINDO A UMA TAXA DE 0,1 K/S

A) Aumenta com taxa de 0,571 l/s

B) Diminui com taxa de 0,571 l/s

C) Aumenta com taxa de 0,345 l/s

D) Aumenta com taxa de 0,703 l/s

E) Diminui com taxa de 0,703 l/s

6. SEJA A FUNÇÃO f (x,  y,  z), NA QUAL x(u, v, w) = uv ,y(u, v, w) = w


u E
z(u, v, w) = wv . DETERMINE O VALOR DA EXPRESSÃO
u ∂∂uf + v ∂∂fv + w ∂∂wf .

A) -1

B) 0

C) 1

D) 2

E) 3

GABARITO

1. A tensão em um circuito elétrico é dada pela equação V= RI, na qual R é a resistência e I


a corrente elétrica. A tensão do circuito está diminuindo a uma taxa de 1 V/s, devido a
descarga da bateria e simultaneamente a resistência aumenta a uma taxa de 0,05 Ω/s.
Determine a taxa da variação da corrente quando a tensão for de 800 V e a resistência de
10 Ω.

A alternativa "B " está correta.

A função V(R,I) depende de R e I, e R = h(t) e I = g(t), então

dV (R(t), I (t)) = ∂V dR(t) + ∂V dI (t)


dt ∂R dt ∂I dt
dR(t) dV (t) V
Pelo enunciado dt = 0,05Ω/s  e dt = −1 s
Quando V   =  RI   → ∂∂VR = I e ∂∂VI = R

Assim, substituindo na regra da cadeia

dV
dt t I dRdtt
( )=
( )
+ R dIdtt
( )
→ −1 = 80.0,05 + 10 .   dIdtt
( )

10 .     dIdtt
( )
= −1 − 4 = −5 →
dI ( t )
dt As
= −0,5  /

2. Seja a função g(x, y) = 4 cos(xy). Sabe-se que x = 4t2 e y = t3. Use a regra da cadeia e
determine a taxa de variação da função g em relação a t.

A alternativa "C " está correta.

A função g(x,y) depende de x e y, e x = h(t) e y = g(t), então

dg ∂g dx(t) g dy(t)
dt ( x (t), y(t)) =
∂x dt +

∂y dt
Temos:

dx(t)
x(t)= 4t 2

dt =8 t
dy(t)
y(t)= t 3

dt =3 t 2

g
g(x, y)= 4 cos(xy)→ ∂
∂x
= 4(−1) sen(xy)y = −4y sen(xy)
g
g(x, y)= 4 cos(xy)→ ∂
∂ x = 4(−1) sen(xy)x = −4x sen(xy)
Portanto
dg
dt (x(t), y(t))= −4y sen(xy) 8t + −4x sen(xy) 3t
2

Porém, x = 4t2 e y = t2
dg
dt (t)= −4t sen(4t t ) 8t − 4 4t  sen(4t t ) 3t
3 2 3 2 2 3 2

dg
dt (t)= −32t sen(4t )−48 t  sen(4t )= −80 t  sen(4t ) 
4 5 4 5 4 5
3. Determine a derivada parcial da função g(x, y) = 2xy, em relação a variável θ, sabendo
que x(r, θ) = r cosθ e y(r, θ) = r senθ.

A alternativa "C " está correta.

A função g(x, y) depende de x e y, com x = h(r, θ) e y = f(r, θ) . Assim


∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= +
∂r ∂x ∂θ ∂y ∂θ

Mas

∂g ∂g
g(x, y)= 2xy → ∂x
= 2y  e 
∂y
= 2x 

∂x
x(r, θ)= r cosθ → ∂θ
= −r senθ

∂y
y(r, θ)= r senθ → ∂θ
= r cosθ

Assim
∂g
= 2y(−r sen θ) + 2x (r cosθ)
∂θ

Como x(r, θ) = r cosθ e y(r, θ) = r senθ

∂g
= 2 r sen θ(−r sen θ) + 2 r cos θ(r cosθ)
∂θ

∂g
= 2r2 (cos2 θ − sen2 θ)= 2r2 cos(2θ) 
∂θ

4. Seja a função h(u, v) = -sen(u2 + v2). Sabe-se que u(x, y, z) = x -y + 3z e v(x, y, z) = 2x - 3y


+ 2z. Determine a soma da derivada parcial da função h em relação à variável y com a
derivada parcial da função h em relação à variável z, para x = y = z = 1.

A alternativa "E " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:


5. A equação que relaciona a pressão (P), medida em kPa, a temperatura (T), medida em K,
e o volume (V), medidas em litros, de dois moles de um gás ideal é dada por PV = 16,6.
T
Determine a taxa de variação do volume do gás, quando a pressão 25 kPa está
aumentando a uma taxa de 0,04 kPa/s e a temperatura é de 600 K e está diminuindo a uma
taxa de 0,1 K/s

A alternativa "E " está correta.


PV
T = 16,6 → V = 16,6 PT
dV =
∂V ∂P +
∂V ∂T
dt ∂P ∂t ∂T ∂t

Mas:

V = 16,6 PT = 16,6 T  P 1

∂V = 16,6 T( P )
1
'

= 16,6 T (−1) P
1
=
−16,6 T
∂P 2
P 2

V = 16,6 PT = 16,6 P
1
 T  → ∂V
∂T
1
= 16,6 P ( ) = T ' 16,6
P



P
t = 0,04  kPa/s e ∂

T
t = −0,1  K/s
Assim

dV T 0,04 +
P (−0,1)
−16,6 16,6
=
dt P 2

Mas P = 25 kPa e T = 600 K

Portanto

dV =
−16,6. 600   0,04 +
16,6
(−0,1)= −0,637 − 0,066 = −0,703 l/s
dt ( 25 )
2 25

x u v w) = uv ,y(u, v, w) = wu e z(u, v, w) = wv .
fx y z
6. Seja a função ( ,   ,   ), na qual ( , ,
f f f
Determine o valor da expressão u u + v v + w w .
∂ ∂ ∂
∂ ∂ ∂

A alternativa "B " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O VOLUME DE UM CONE É DADO PELA FÓRMULA V (r, h)= 1


3
πr2 h, NA
QUAL R É O RAIO DA BASE E H É A ALTURA DO CONE, AMBAS MEDIDOS
EM METROS. DETERMINE A TAXA DE VARIAÇÃO DO VOLUME DO CONE,
PARA R = 2 M E H = 1 M, SABENDO QUE O RAIO ESTÁ VARIANDO A UMA
TAXA DE – 0,1 M/S E A ALTURA A UMA TAXA DE 0,2 M/S.

A)
1
5
π m³/s
B) − 5 π m³/s
2

C) − 15 π m³/s
2

D)
2
15
π m³/s
E)
4
15
π m³/s

2. DETERMINE A DERIVADA PARCIAL DA FUNÇÃO G(X, Y) = 2X2+Y3, EM


RELAÇÃO A VARIÁVEL R, SABENDO QUE X(R, Θ) = R COSΘ E Y(R, Θ) = R
SENΘ.
A) 4r cos2 θ + 3r2 sen3 θ

B) 2r sen2 θ + r2 cos3 θ

C) 2 cos2 θ + rsen3 θ

D) 8r3 sen4 θ

E) 3r2  cos3 θ

GABARITO

1. O volume de um cone é dado pela fórmula V (r, h)= 1


3
πr2 h, na qual r é o raio da base e
h é a altura do cone, ambas medidos em metros. Determine a taxa de variação do volume
do cone, para r = 2 m e h = 1 m, sabendo que o raio está variando a uma taxa de – 0,1 m/s
e a altura a uma taxa de 0,2 m/s.

A alternativa "D " está correta.

dV ∂V dr ∂V dh
Se V (r, h)= πr2 h usando a regra da cadeia, se tem
1
= +
3 dt ∂r dt ∂h dt

Como ∂V = 23 πhr, ∂V = 13 πr2 , dr =–  0,1 e dh = 0,2, se tem


∂r ∂h dt dt
dV ∂V dr ∂V dh
= πhr(−0,1)+ πr2 (0,2)
2 1
= +
dt ∂r dt ∂h dt 3 3

Para r = 2 m e h = 1 m

dV
dt
=
2
3
π. 1.2(−0,1)+ 13 π22 (0,2)= − 43 π  101 +
4
3
π  102 4
30
π= 2
15
π m³/s

2. Determine a derivada parcial da função g(x, y) = 2x2+y3, em relação a variável r,


sabendo que x(r, θ) = r cosθ e y(r, θ) = r senθ.

A alternativa "A " está correta.

A função g(x, y) depende de x e y, com x = h(r, θ) e y = f(r, θ). Assim


∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= +
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r

Mas

∂g ∂g
g(x, y)= 2x2 + y 3 → ∂x
= 4x  e 
∂y
= 3y 2  

∂x
x(r, θ)= r cosθ → ∂r
= cosθ
∂y
y(r, θ)= r senθ → ∂r
= senθ

Assim
∂g
= 4x cos θ + 3y 2  sen θ
∂r

Como x(r, θ) = r cosθ e y(r, θ) = r senθ


∂g 2
= 4r  cos θ cos θ + 3(r sen θ)  sen θ
∂r

∂g
= 4r cos2 θ + 3r2 sen3 θ
∂r

MÓDULO 4

 APLICAR A DERIVADA DIRECIONAL E A DERIVADA PARCIAL


DE ORDEM SUPERIOR

INTRODUÇÃO
Em algumas aplicações, se torna necessário obter a taxa de variação de uma função
escalar quando ocorre a variação das variáveis seguindo certa direção. Esta derivada é
denominada de derivada direcional e será determinada através do gradiente de uma
função escalar

A DERIVADA PARCIAL TAMBÉM SERÁ UMA FUNÇÃO


ESCALAR, CAPAZ DE POSSUIR, POR SUA VEZ, UMA DERIVADA
PARCIAL. ESTA DERIVADA É DENOMINADA DE FUNÇÃO
PARCIAL DE ORDEM SUPERIOR E SERÁ CALCULADA
ATRAVÉS DAS DERIVAÇÕES PARCIAIS SUCESSIVAS.

DERIVADAS DIRECIONAIS
Certas práticas exigem a obtenção da taxa de variação de uma função escalar em
determinada direção/sentido. Essa taxa será denominada de derivação direcional da
função e dependerá do ponto analisado e do vetor que determina a direção/sentido
desejado.

 ATENÇÃO

A direção/sentido desejado deve ser definido através de um vetor unitário (versor).

Vamos iniciar a definição para funções escalares com domínio em R2.

Seja a função f: S ⊂ R2 → R, a derivada direcional de f em um ponto (x0, y0) na direção e

no sentido do vetor unitário v (a,b) é


Dv f (x , y )= hlim f
0 0
→0
( x +ah,y +bh ) −f ( x ,y
0 0

h
0 0 )

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Esta derivada vai existir se o limite acima existir.

Observe que se v ⃗(a, b) = (1, 0), a derivada direcional será a própria derivada parcial em

relação a variável x. E se v (a,b) = (0, 1), a derivada direcional será a própria derivada

parcial em relação a variável y. Dizemos, portando, que as derivadas parciais de f em


relação a x e a y são casos particulares da derivada direcional.

Não iremos calcular a derivada direcional através de sua definição, ou melhor, através do
cálculo do limite. Para a determinação da derivada direcional, usaremos o teorema, a
seguir, por permitir seu cálculo pelo gradiente da função escalar f.

TEOREMA

SE F É UMA FUNÇÃO ESCALAR DIFERENCIÁVEL EM X E EM Y,


ENTÃO A DERIVADA DIRECIONAL NA DIREÇÃO E NO SENTIDO
DE QUALQUER VETOR UNITÁRIO v (A, B) É DADO POR →

Dv f (x, y)= ∇f (x, y). →v (a, b)  = afx (x, y)+b fy (x, y)
Observe que o maior valor da derivada direcional será quando o vetor unitário tiver a
mesma direção e sentido que o ∇f, tendo o módulo desta derivada o valor do módulo do
∇f. Este fato comprova o que foi dito: que o gradiente da função é o vetor que representa
a maior taxa de variação da função.

A derivada direcional pode ser analisada como sendo a projeção do vetor gradiente sobre

a direção e sentido definidos pelo vetor unitário



v.

EXEMPLO 1:

Determine a derivada direcional da função f(x, y) = 5x3 y + 5 na direção do vetor v (3, 4),

para o ponto (x, y) = (1, 1)

SOLUÇÃO
Observe que o vetor v (3, 4) não é um versor, ou seja, um vetor unitário. Assim,

necessitamos achar o vetor unitário na direção/sentido de v (3, 4).


∣ v ∣=
∣→ ∣ √3 + 4 = √9 + 16 = √25 = 5
2 2

Dessa forma, o versor será

v̂ = v

(3,4)=( , )
1 3 4
=
∣v
∣→∣

5 5 5

Sabe-se que f(x, y) = 5x3 y + 5, então


f

∂x
=5 (y x ) = 5y 3x
3 ' 2
= 15 yx 2

∂f
= 5 x (y ) = 5 x
3 3
'

∂y

Portanto, ∇f(x, y) = (15yx2, 5x3)

Assim, a derivada direcional será dada por

Dv (x, y)= ∇f . v̂ = 15yx 2 3


5
+5 x 3 4
5
=9 yx 2
+4 x 3

Para o ponto (x,y)=(1,1)

Dv (x, y)= ∇ = 9.1. 1 2 3


+ 4. 1 = 9 + 4 = 13
DERIVADA PARCIAL DE ORDEM SUPERIOR
A derivada parcial de uma função escalar, conforme já estudada neste tema, é também
uma função escalar. Por serem funções escalares, podemos também determinar as suas
derivadas parciais em relação as variáveis independentes.

A DERIVADA PARCIAL DE UMA FUNÇÃO QUE JÁ É DERIVADA


PARCIAL DE UMA FUNÇÃO É DENOMINADA DE DERIVADA
PARCIAL DE SEGUNDA ORDEM. SE REPETIRMOS O
PROCESSO, TEREMOS AS DERIVADAS PARCIAIS DE
TERCEIRA, QUARTA, ..., ENÉSIMA ORDEM.
ESTAS DERIVADAS PARCIAIS SÃO CONHECIDAS COMO
DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM SUPERIOR.
Iniciaremos nosso estudo pelas derivadas parciais de segunda ordem para uma função

escalar f(x,y), isto é, com domínio no R2. Por exemplo, seja f(x, y) = 4x2y3, então

fx (x, y)= 8xy 3 e fy (x, y)= 12x2 y 2

Vamos agora determinar as derivadas parciais de segunda ordem, ou, a derivada parcial

da função escalar fx (x, y) = 8xy3

∂ fx
fx (x, y)= 8xy 3 →
∂x
= 8y 3

∂ fx
fx (x, y)= 8xy 3 →
∂y
= 24xy 2

Usamos a seguinte notação

∂ fx ∂f ∂2 f
∂x
=

∂x
( ∂x
)= ∂x 2
= 8y 3 ou (fx )x = fxx = 8y 3

∂ fx ∂f ∂2 f
= ∂ y ( ∂ x )=

∂y ∂y ∂x
= 24xy 2   ou (fx )y = fxy = 24 xy2

De forma análoga, podemos fazer o mesmo raciocínio para as derivadas parciais da

função escalar fy (x, y) = 12x2 y2

∂fy
fy (x, y)= 12x2 y2 → = 24 xy2
∂x

∂fy
fy (x, y)= 12x2 y2 → = 24x2 y
∂y

Usamos a notação
∂fy ∂ ∂f ∂2 f
∂x
= ∂x ( ∂y )= ∂x∂y
= 24 xy2 ou (fy )x = fyx = 24 xy2
∂fy ∂2 f
∂y

= ∂y ( ∂y
∂f
)= ∂y2
= 24x2 y  ou (fy )y = fyy = 24x2 y

Portanto, as funções fx(x, y) e fy(x, y) são denominadas de derivadas parciais de primeira

ordem da função f(x, y). As funções fxx(x, y) , fxy(x, y), fyx(x, y) e fyy(x, y) são as derivadas

de segunda ordem da função f(x, y).

 ATENÇÃO

É preciso cuidado com a notação utilizada, pois a ordem das variáveis na notação
determina a ordem da derivação.

Veja a primeira notação:

∂2 f
∂x∂y
→ a função f foi derivada parcialmente, primeiro em relação a variável y e
depois em relação a variável x.

∂2 f
∂y∂x
→ a função f foi derivada parcialmente, primeiro em relação a variável x e
depois em relação a variável y.

 COMENTÁRIO

Observe que a ordem de derivação parcial no denominador aparece da direita para a


esquerda.

Agora analisemos a segunda notação:

fyx  → a função f foi derivada parcialmente primeiro em relação a variável y e depois


em relação a variável x.

fxy  → a função f foi derivada parcialmente primeiro em relação a variável x e depois


em relação a variável y.
 COMENTÁRIO

Observe que, neste caso, a ordem da derivação parcial no índice aparece da esquerda
para a direita.

O número de derivadas parciais de segunda ordem dependerá do domínio da função.

Como vimos no exemplo, a função f(x . y) tinha domínio no R2, assim possuía 4 derivadas
de segunda ordem, correspondendo a 2 variáveis vezes 2 variáveis.

Desse modo, se o domínio da função escalar for no Rn, ela possuirá n2 derivadas de

segunda ordem. Vamos ver o caso do R3, seja g(x, y, z): S ⊂ R3, as derivadas de segunda
ordem de g(x, y, z) serão nove:

∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g
∂x2 ,   ∂y∂x ,   ∂z∂x , ∂x∂y   ∂y 2 ,   ∂z∂y ,   ∂x∂z ,   ∂y∂z  e  ∂z 2
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 2:

Determine as derivadas parciais de segunda ordem da função h(x, y) = 4x3y + y2 cos(x)

SOLUÇÃO
Inicialmente, precisamos obter as derivadas parciais de primeira ordem

∂h = 12x2 y − y 2  sen(x)
∂x
∂h
∂y = 4x3 y + 2y cos(x)
Agora iremos derivar parcialmente as derivadas parciais de primeira ordem para obter as
quatro derivadas parciais de segunda ordem.

∂ ∂h ∂2 h = 24xy − y 2  cos(x)
∂ x ( ∂ x )= ∂x 2
∂2 h = 12x2 − 2y sen(x)
∂ y ( ∂ x )=
∂ ∂h
∂y ∂x

∂x
( ∂∂hy )= ∂2 h
∂x ∂y
= 12x2 y − 2y sen(x)


∂y
( ∂∂hy )= ∂2 h
∂y 2
= 4x3 + 2 cos(x)

 ATENÇÃO

Foram dados exemplos de derivadas parciais de segunda ordem, mas as derivadas


parciais de ordem maiores do que a segunda seguem a mesma notação e o mesmo
procedimento.

EXEMPLO 3:

Seja a função f(x, y, z) = 2xez + 3x2y3z – 2 cos x. Determine as derivadas parciais de ordem
superior fxyz.

SOLUÇÃO
Como visto na teoria, a notação fxyz, representa uma derivada parcial de terceira ordem

com a seguinte sequência de derivadas x, y e por último z.


∂3 f
Assim fxyz = ∂z ∂y ∂x

∂f '
= 2ez (x) + 3y 3 z(x2 ) − 2(cosx) = 2ez + 3y 3 z 2x − 2(−senx)
' '

∂x

∂f
= 2ez + 6xy 3 z + 2senx
∂x

∂2 f ∂f
= ∂y ( ∂x )= (2ez ) + 6xz(y 3 ) + (2senx) = 0 + 6xz 3y 2 + 0 = 18xzy 2
∂ ' ' '

∂y ∂x

∂3 f ∂2 f
∂z ∂y ∂x
=

∂z
( ∂y∂x )= 18xy 2 (z) '
= 18xy 2

As derivadas parciais de ordem superior que envolvem variáveis diferentes são


denominadas derivadas mistas da função.

NOS EXEMPLOS APRESENTADOS ATÉ AQUI, AS DERIVADAS


MISTAS ENVOLVENDO AS MESMAS VARIÁVEIS
APRESENTARAM OS MESMOS VALORES, MAS NEM SEMPRE
ISSO ACONTECE. AS DERIVADAS MISTAS, ENVOLVENDO O
MESMO CONJUNTO DE VARIÁVEIS, APENAS EM ORDEM
DIFERENTE, SERÃO IGUAIS SE FOREM FUNÇÕES CONTÍNUAS.
∂2 f ∂2 f
Por exemplo, para o caso do R2, elas serão ∂x∂y e ∂y∂x . Estas derivadas serão iguais se, e
∂2 f ∂2 f
somente se, as derivadas ∂x∂y e ∂y∂x forem contínuas. Assim, se uma for contínua,
obrigatoriamente a outra também será e terá o mesmo valor da primeira.

Esta conclusão diminui o número de cálculo para obter as derivadas de ordem superior,
pois necessitaremos apenas fazer a conta uma vez para cada conjunto de derivadas
mistas.

RESUMO DO MÓDULO 4
TEORIA NA PRÁTICA
A temperatura em uma placa plana é dada pela equação T (x, y)= √x 2 + 2y 2 , que

apresenta a temperatura (T), medido em °C em um ponto (x, y), com x e y medida em


metros. Um objeto se encontra no ponto (1,√2). Determine a taxa de variação da
temperatura sofrida pelo objeto, quando ele segue uma trajetória definida pelo vetor (2, 4).

RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:

MÃO NA MASSA

1. A DERIVADA DE SEGUNDA ORDEM MISTA DA FUNÇÃO G(X,Y) = (XY-


2YX3+KXY4), COM K REAL, NO PONTO (1,1) VALE 3. DETERMINE O VALOR
DE K

A) 0

B) 1

C) 2

D) 3

E) 4

2. DETERMINE O VALOR DA MAIOR DERIVADA DIRECIONAL PARA A


3x2 y
FUNÇÃO g(x, y, z)= NO PONTO (X, Y, Z) = (1, 1, –1).
z2

A) 5

B) 9

C) -3

D) 2

E) 6

3. SEJA A FUNÇÃO F(X, Y) = 3X2 + 2XY. DETERMINE A DERIVADA


∂f
DIRECIONAL DA FUNÇÃO NA DIREÇÃO DO VETOR (–4, 3).
∂x

8
A) 5

12
B) 5

18
C) − 5

12
D) − 5

18
E) 5

4. DETERMINE A SOMA DAS QUATRO DERIVADAS DE SEGUNDA ORDEM


2
2 x
DA FUNÇÃOf (x, y)= 2y e NO PONTO (1, 1)
A) 16e

B) 32e

C) 48e

D) 64e

E) 72e

5. DETERMINE A EXPRESSÃO DA DERIVADA PARCIAL


∂3 h
∂x ∂y ∂z
(x, y , z ) ,
SENDO h(x, y, z)= 4x3 e−2y   cos(3z)

A) 72x2 e−2y  sen(3z)

B) 36x3 e−y  cos(3z)

C) 36x2 e−2y  cos(3z)

D) 18x2 e−2y  sen(3z)

E) 24x2 y sen(3z)

6. SEJA A FUNÇÃO f (x, y)= xy 2   cos(xy). DETERMINE A DERIVADA


√π √π
DIRECIONAL, NO PONTO (x, y)=( 2
, 2
), EM RELAÇÃO A DIREÇÃO
DEFINIDA PELO VETOR UNITÁRIO (1, –1).

π
A) 8

π√2
B) 4

π√2
C) 2

π
D) − 8
π
E) − 2

GABARITO
1. A derivada de segunda ordem mista da função g(x,y) = (xy-2yx3+kxy4), com k real, no
ponto (1,1) vale 3. Determine o valor de k

A alternativa "C " está correta.

g(x, y)=(xy − 2 yx3 + k xy4 )

∂g '
= y(x) − 2y(x3 ) + ky 4 (x) = y − 2y 3x2 + ky 4 y − 6yx2 + ky 4
' '
=
∂x

∂g
( )= ( y )
∂ ' ' ' 3
∂y ∂x
− 6x2 (y) + k(y 4 ) = 1 − 6x2 + k.  4y = 1 − 6x2 + 4ky 3

∂2 g 2 3
(1,1)= 1 − 6. 1 + 4. k. 1 = 1 − 6 + 4k = 3
∂y ∂x

4k = 3 + 5 = 8 → 4k = 8 → k = 2
3x2 y
2. Determine o valor da maior derivada direcional para a função g(x, y, z)= no ponto
z2
(x, y, z) = (1, 1, –1).

A alternativa "B " está correta.

Sabe-se que a derivada direcional de maior valor é o próprio ∇g.


3x2 y
g(x, y, z)= z2
∂g 3y ' 3y 6xy
∂x
= ( x2 ) =   2x =
z 2
z 2
z2
∂g 3x2 3x2
(y ) =  
'
=
∂y z2 z2
'
∂g −6x2 y
= 3x2 y( 2 ) = 3x2 y(−2) 3 =
1 1
∂z z z z3
 

No ponto (1, 1, -1)

( )=(6,3, 6)
2 2
6.1.1 3.1 −6.1 .1
∇g(1,1, −1)= 2
, 2
, 3
(−1) (−1) (−1)

|∇g|= √6 + 3 + 6 = √81 = 9
2 2 2

∂f
3. Seja a função f(x, y) = 3x2 + 2xy. Determine a derivada direcional da função ∂x na
direção do vetor (–4, 3).

A alternativa "C " está correta.

f (x, y)= 3x2 + 2xy


∂f
= 6x + 2y
∂x

Para facilitar a nomenclatura chamaremos de


∂f
  ∂x = g(x, y)= 6x + 2y
Necessitamos achar o gradiente de f
∂ g ∂ g
=6e =2
∂ x ∂ y
Repare que é constante e temo mesmo valor para todo (x,y)

O vetor ( – 4 , 3) não é unitário, assim necessitamos do versor:

v
∣→ ∣=
∣ ∣
√(−4)2 + (3)2 = √16 + 9 = √25  =  5

Assim

v̂ = v

=
1
(−4,3)=(− 5 ,
4 3
)
∣v
∣→∣

5 5

A derivada direcional vale

Dv = ∇f . v̂ =(6,2).(− 4
5
,
3
5
)= 6.(− 45 )+2. 35 =−
18
5

fxy y ex
2
2
4. Determine a soma das quatro derivadas de segunda ordem da função ( , )= 2
no ponto (1, 1)

A alternativa "B " está correta.

f (x, y)= 2y ex
2
2

f
= 2y (ex ) = 2y  2xex = 4xy 2 ex
'
∂ 2 2 2 2 2

∂x

∂f
= 2ex (y 2 ) = 2ex  2y = 4yex
2 ' 2 2

∂y

∂ f ∂f
= ( )= 4y 2 (xex ) = 4y 2 (ex x 2x ex )= 4y (1 + 2x )ex
2 '
2 2 2 2
∂ 2 2
+
∂x ∂x2 ∂x

f ∂f
y ( ∂x )= 4xe (y ) xex  2y = 8xyex
∂2
=
∂ x 2 2 '
=4
2 2

∂y ∂x ∂

∂2 f ∂ f 2

Não existe necessidade de se calcular ∂x ∂y


, pois como ∂y ∂x
é contínua, então

f ∂ f
= ∂y∂x = 8xyex
∂2 2
2

∂x ∂y

∂ f ∂f
= ( )= 4 e x ( y ) ex
2
∂ 2 ' 2
=4
∂y ∂y
2
∂y

Para o ponto (x, y) = (1, 1)

f
(1,1)= 4. 1 (1 + 2. 1 )e1 = 4.3. 3 = 12 e
∂2 2 2 2

∂x 2

∂ f
(1,1)= 4e1 = 4e
2
2

∂y 2

∂ f ∂ f
(1,1)= ∂y∂x (1,1)= 8.1. 1e1 = 8e
2 2
2

∂x ∂y

Somando se tem 12e + 4e + 8 e + 8 e = 32e


5. Determine a expressão da derivada parcial
∂3 h
∂x ∂y ∂z
(x, y, z), sendo
h(x, y, z)= 4x3 e−2y   cos(3z)

A alternativa "A " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:

6. Seja a função f (x, y)= xy 2   cos(xy). Determine a derivada direcional, no ponto


√π √π
(x, y)=( 2
, 2
), em relação a direção definida pelo vetor unitário (1, –1).
A alternativa "D " está correta.

Veja a solução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEJA A FUNÇÃO f (x, y)= y 2 + 3xy. DETERMINE A DERIVADA
DIRECIONAL DA FUNÇÃO, NO PONTO (1, –1), NA DIREÇÃO DO VETOR (–3,
4).

11
A)
5

19
B) 5

3
C) 5

13
D) 5

17
E) 5

2. SEJA A FUNÇÃO h(x, y)= x2 y  ln(y). DETERMINE A DERIVADA DE


∂2 h
SEGUNDA ORDEM ∂y∂x .

A) 2x(ln y + 1)

B) 2y(ln y − 1)

C) x(ln y − 1)

D) xy(ln y + 1)

E) 4x(ln y + 2)

GABARITO

1. Seja a função f (x, y)= y 2 + 3xy. Determine a derivada direcional da função, no ponto
(1, –1), na direção do vetor (–3, 4).

A alternativa "D " está correta.

f (x, y)= y 2 + 3xy


∂f ∂f
= 3y e = 2y + 3x
∂x ∂y

No ponto (1, –1)

∇f (1, −1)=(3.(−1),  2.(−1)+3.1)= (−3,1)


O vetor (–3, 4) não é unitário, assim necessitamos do versor:

v
∣→ ∣=
∣ ∣
√(−3)2 + (4)2 = √16 + 9 = √25

Assim

v̂ = v

(−3,4)=(− 5 , )
1 3 4
=
∣→∣
∣ ∣ v 5 5

A derivada direcional vale

Dv = ∇f . v̂ =(−3,1).(− , )=(−3).(− )+1. = =


3
5
4
5
3
5
4
5
9+4
5
13
5

2. Seja a função h(x, y)= x y  ln(y). Determine a derivada de segunda ordem


∂2h
y x.
2
∂ ∂

A alternativa "A " está correta.

h(x, y)= x y  ln(y)


2

∂h = ylny(x ) = y ln y 2x = 2xy ln y


2 '

∂x
y ( x )= 2x(y ln y) = 2x(ln y + y. y )= 2x(ln y + 1)
∂ h∂ ' 1
∂ ∂

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito de função de várias variáveis, também
conhecida como função escalar, e suas derivadas.

No primeiro módulo, definimos a função escalar e vimos as suas representações, além de


analisarmos o gráfico e as curvas e superfícies de nível.

No segundo e terceiro módulos, aplicamos as derivadas parciais, o gradiente e a regra da


cadeia, bem como algumas de suas aplicações no cálculo diferencial e integral de várias
variáveis. Por fim, apresentamos a derivada direcional e as derivadas parciais de ordem
superior.
Temos certeza de que, a partir deste momento, você saberá definir e trabalhar com
funções escalares e aplicar suas derivadas.

-->

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo, Volume 1. 1 ed. Barcelona – Espanha: Editorial Reverte SA, 1985.
cap. 8, p. 243-281

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo, Volume 2. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. cap. 8, p.147-162, cap.
12, p. 211-225, cap. 13, p. 245-273 e cap. 14, p. 274-287.

STEWART, J. Cálculo, Volume 2. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. cap. 14, p. 884-
977

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise na internet e nas
referências:

Sobre funções escalares, derivadas parciais e derivadas direcionais.

Sobre as superfícies planas e espaciais, de forma a conhecer possíveis


representações gráficas obtidas por uma função escalar no plano ou no espaço.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de Integração Dupla.

PROPÓSITO
Definir a integral dupla e suas propriedades por meio das integrais simples iteradas em coordenadas cartesianas e em
coordenadas polares, bem como a integração dupla em alguns problemas de cálculo integral com duas variáveis.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora
de seu smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Calcular a integral dupla


MÓDULO 2

Calcular a integral dupla na forma polar

MÓDULO 3

Aplicar o conceito de integração dupla

INTRODUÇÃO

MÓDULO 1

 Calcular a integral dupla


INTRODUÇÃO
A integração definida, estudada no cálculo de uma variável, foi uma operação criada por meio de um somatório para
resolver problemas que envolviam determinação de áreas.

AO SE APLICAR PROCEDIMENTOS ANÁLOGOS, SERÁ DEFINIDA A INTEGRAL


DUPLA, POR MEIO DE UM SOMATÓRIO DUPLO, COM O OBJETIVO PRINCIPAL
DE CALCULAR VOLUME DE UM SÓLIDO GERADO ENTRE O GRÁFICO DE UMA
FUNÇÃO ESCALAR DO R² E O PLANO XY

Este módulo definirá a integração dupla e ensinará a realizar o seu cálculo.

DEFINIÇÃO DE INTEGRAL DUPLA


Você já deve ter estudado o procedimento em que se substituía a área, que se desejava calcular, por um somatório de
áreas retangulares. Esse somatório era denominado soma de Riemann.

Vamos relembrar, rapidamente, esse procedimento.

SOMA DE RIEMANN PARA FUNÇÕES REAIS

Desejava-se obter a área entre uma função real f(x), isto é, de apenas uma variável real, e o eixo x, para um domínio
definido pelo intervalo [a,b], com a e b reais.

O primeiro passo foi a criação de uma partição P desse intervalo P= {u0, u1, ..., un}, que dividia [a,b] em n subintervalos

[ui − 1, ui], tal que a = u0 < u1 < ... < un − 1 < un =b.

A amplitude de cada subintervalo [ui − 1, ui] era dada por Δui = u1 − ui − 1.

Depois, em cada subintervalo [ui − 1, ui] da partição P, foi escolhido, arbitrariamente, um ponto pi. Assim, foi definida a

soma de Riemann de f(x) em relação à partição P e ao conjunto de pontos pi por meio da expressão:

N
∑ I = 1F ( PI ) ∆

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Cada parcela f(pi)∆ui pode ser analisada com a área de um retângulo de base ∆ui e altura fpi. Portanto, podia-se cobrir
toda a área por um conjunto de retângulos correspondente a cada subintervalo da partição do domínio [a,b], conforme
mostra a Figura 1.
Dessa forma, a soma de Riemann foi vista como uma boa aproximação para o valor da área desejada.

Fonte: O autor
 Figura 1

É óbvio que essa aproximação ficava cada vez melhor quando se diminuía a largura da base dos retângulos, por meio
do aumento do número de subintervalos da partição P. Quando esse número de retângulos tendia para infinito, tinha-se
a melhor aproximação.

COM ISSO, FOI POSSÍVEL DEFINIR A INTEGRAL DEFINIDA COMO UM LIMITE


DA SOMA DE RIEMANN PARA QUANDO O NÚMERO DE SUBINTERVALOS
TENDE AO INFINITO:

∫ABF(X)DX=LIMN→∞∑I=1NFPI∆UI

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SOMA DUPLA DE RIEMANN PARA FUNÇÕES ESCALARES

A integral dupla será uma operação matemática definida para uma função escalar com domínio em um subconjunto do
R², isto é, dependendo de duas variáveis reais.

Seja um retângulo fechado R definido por:

R=X,Y ∈R2/ A≤X≤B E C≤Y≤D, COM A, B, C E D REAIS.

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 COMENTÁRIO

De forma análoga ao realizado no caso da função de uma variável com o intervalo [a,b], vamos definir uma partição P
para o retângulo R. A diferença, agora, é que essa partição é por área, envolvendo duas dimensões.

Seja P1:a≤x0<x1<…<xn=b eP2:c≤y0<y1<…<ym=d partições dos intervalos [a,b] e [c,d], respectivamente. As amplitudes
dos intervalos serão definidas por ∆xi e ∆yj.

O conjunto definido por:

P={XI,YJ/ 0≤I≤N E 0≤J≤M}, I E J INTEIROS

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é denominado de partição do retângulo R.

Para esse caso, a partição P determinará m.n retângulos, cada qual definido por:

RIJ=X,Y ∈R2/ XI-1≤X≤XI E YJ-1≤Y≤YJ

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Fonte: GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. Vol. 3. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013


 Figura 2

Considere, agora, um conjunto S ⊂ R². O conjunto S será limitado se existir um retângulo R, tal que todo S está contido
nesse retângulo, isto é, S ⊂ R.
 ATENÇÃO

Agora já podemos utilizar procedimentos semelhantes e definir a soma dupla de Riemann para a função escalar com
domínio no R². Seja a função escalar f(x,y) com domínio no conjunto S ⊂ R², com S limitado. Assim, existirá um
retângulo R, tal que S está totalmente contido em R.

Seja a partição P do retângulo R, isto é, P={(xi,yj )/ 0≤i≤n e 0≤j≤m}, com i e j inteiros. Para cada sub-retângulo Rij da

partição P, escolhe-se um ponto pij arbitrariamente.

PIJ=UI,VJ, COM XI-1≤UI≤XI E YJ-1≤VJ≤YJ

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DESEJAMOS DEFINIR UM SOMATÓRIO CUJAS PARCELAS SERÃO DO TIPO


F(PIJ)∆XI∆YJ. O PROBLEMA É QUE A FUNÇÃO F(X,Y) SOMENTE É DEFINIDA
PARA S, E OS PONTOS PIJ PODEM CAIR EM UMA REGIÃO DO RETÂNGULO R
QUE NÃO PERTENCE A S.

Por exemplo, na Figura 3 a seguir, o ponto p11 está contido em S, existindo, portanto f(p11). No entanto, o ponto p34, não

está contido em S, não sendo possível definir f(p34).

Fonte: O autor
 Figura 3

Para resolver esse problema, usaremos a seguinte definição para f(pij):

FPIJ=FPIJ, SE PIJ∈S0, SE PIJ∉S

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Agora, podemos definir a soma dupla de Riemann da função f(x,y) relativa a uma partição P e aos pontos arbitrários pij,

pela expressão:

∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ

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Se o valor de fpij≥0, a parcela fpij∆xi∆yj pode ser interpretada como o volume do paralelepípedo de base no retângulo Rij

e alturafpij, conforme mostra a figura 4. Caso o valor de fpij<0, a parcela representará o volume do paralelepípedo
multiplicado por (– 1).

 ATENÇÃO

Repare que, como os pontos que não pertencem a S tem valor de função zero, as parcelas do somatório referentes a
eles serão nulas. Portanto, a soma dupla de Riemann em S será igual à soma dupla de Riemann em R.

Fonte: GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. Vol. 3. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013


 Figura 4

Se f(x,y) ≥ 0 para todos os pontos do seu domínio S, a soma dupla de Riemann pode ser considerada uma aproximação
do volume do sólido formado entre o gráfico da função z = f(x,y) e o plano xy, para a região S definida pelo seu domínio.

Para o caso de se ter, em alguns pontos, f(x,y) < 0, a soma dupla de Riemann será a aproximação da diferença entre (o
volume do sólido formado por f(x,y) acima do plano xy) e (o volume do sólido formado por f(x,y) abaixo do plano xy).

 COMENTÁRIO
É obvio que, quanto menor for a base dos paralelepípedos definidos na partição ou quanto maior for o número deles (n e
m tendendo a infinito), melhor será a aproximação do volume do sólido pela soma de Riemann.

Portanto, a integral dupla da função f(x,y) na região S será definida por um limite da soma dupla de Riemann:

∬SFX,YDXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ

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em que ∆ → 0 representa que todas as amplitudes de ∆xi e ∆yj tendem para zero.

Se o limite existir, então a função f será integrável em S, e o valor da integral dupla será o valor obtido pelo cálculo do
limite.

De forma similar, f(x,y) será denominada de integrando, e a integral dupla terá um limite inferior e superior de integração
para cada uma das integrais.

EXEMPLO 1

Determine ∬S3 dxdy, em que S é o retângulo formado por 0≤x≤2 e 0≤y≤3.

SOLUÇÃO

∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ

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Entretanto, fpij=3, para todos pij

∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ

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∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ=3∑I=0N∑J=0M∆XI∆YJ=3∑I=0N∆XI∑J=0M∆YJ

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Pela propriedade da soma telescópica:


∑K=0T∆ZK=ZT-Z0

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Assim:

3∑I=0N∆XI∑J=0M∆YJ=3B-AD-C=3.2-0.3-0=18

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∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ=LIM∆→018=18

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DA MESMA FORMA QUE OCORREU COM O CÁLCULO DE INTEGRAIS SIMPLES,


A DETERMINAÇÃO DAS INTEGRAIS DUPLAS NÃO SERÁ FEITA PELO
CÁLCULO DO LIMITE DE SUA DEFINIÇÃO, CONFORME VISTO NO EXEMPLO
ANTERIOR. EM TÓPICO POSTERIOR, SERÁ ESTUDADO O TEOREMA DE
FUBINI, QUE NOS PERMITE CALCULAR A INTEGRAL DUPLA POR MEIO DO
CÁLCULO DE DUAS INTEGRAIS SIMPLES.

PROPRIEDADES DA INTEGRAL DUPLA


Podemos apresentar algumas propriedades para a integral dupla. A demonstração de todas elas é feita por meio de sua
definição pela soma dupla de Riemann.

Considere as funções f(x,y) e g(x,y) integráveis em S e k uma constante real:

1)

∬SF(X,Y)±G(X,Y)DXDY=∬SF(X,Y)DXDY±∬SG(X,Y)DXDY

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2)
∬SKF(X,Y)DXDY=K∬SF(X,Y)DXDY

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3) Se f(x,y) ≥ 0 em S:

∬SF(X,Y)DXDY≥0

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 ATENÇÃO

Pode-se utilizar a mesma analogia para f(x,y) ≤ 0, f(x,y) > 0 e f(x,y) < 0.

4) Se f(x,y) ≥ g(x,y) em S:

∬SF(X,Y)DXDY≥∬SG(X,Y)DXDY

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Obs.: Pode-se usar a mesma analogia para f(x,y) ≤ g(x,y), f(x,y) > g(x,y) e f(x,y) < g(x,y)

5) Seja S1 e S2, tais que S1 ∪ S2 = S e S1 ∩ S2 = ∅

∬SF(X,Y)DXDY=∬S1F(X,Y)DXDY+∬S2F(X,Y)DXDY

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CÁLCULO DE INTEGRAIS DUPLAS


No cálculo integral de uma variável, foi estudado que era possível se calcular as integrais definidas de uma forma mais
direta, usando as integrais imediatas por meio do Teorema Fundamental do Cálculo. Assim, não se necessitava
determinar as integrais pelo cálculo do limite da soma de Riemann.

Para o caso da integral dupla, o cálculo do limite da soma dupla de Riemann é ainda mais complicado. Desse modo,
buscaremos uma alternativa mais simples.
A SOLUÇÃO SERÁ CALCULAR A INTEGRAL DUPLA POR MEIO DE DUAS
INTEGRAIS SIMPLES, QUE SERÃO DENOMINADAS DE INTEGRAIS ITERADAS,
COM PROCEDIMENTO DEFINIDO PELO TEOREMA DE FUBINI E SEUS
COROLÁRIOS.

TEOREMA DE FUBINI

O Teorema de Fubini não será demonstrado neste Tema, mas daremos uma interpretação geométrica para o caso
de f(x,y) positivo que justificará a sua validade.

Seja f(x,y) uma função escalar, integrável, definida em S ⊂ R2. O conjunto S é um retângulo definido por

S=X,Y ∈R2/ A≤X≤B E C≤Y≤D

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com a,b,c e d reais.

Mantendo a variável y fixa, podemos integrar parcialmente f(x,y) em relação a variável x pela expressão:

AY=∫ABFX,YDX, Y∈C,D

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 ATENÇÃO

A integração apresentada segue a mesma lógica da derivada parcial, isto é, integra-se em x, mantendo a variável y
constante.

Para cada valor fixo de y, dentro do intervalo [c,d], por exemplo y0 , obteremos uma função A(y0). Para o caso de f(x,y0)

≥ 0, essa função pode ser interpretada como a área entre o gráfico da função f(x,y0) e o plano xy.

Vejamos a Figura 5 a seguir:


Fonte: GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. Vol. 3. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013
 Figura 5

Podemos, então, enxergar o cálculo do volume do sólido entre f(x,y) e o plano xy por meio da soma de vários prismas
com base dada por A(y) e a altura dada por dy, para c ≤ y ≤ d.

Portanto:

∬SFX,YDXDY=∫CDAYDY=∫CD∫ABFX,YDXDY

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A integral ao lado direito da expressão apresentada é denominada integral iterada. Esse nome se deve ao fato de que,
primeiro, integramos parcialmente em relação a uma variável e, depois, integraremos em relação a outra. O uso ou não
dos colchetes separando as integrais é opcional.

NA INTEGRAL INDICADA, OS VALORES A E B SERÃO OS LIMITES DA


INTEGRAL EM X, E DE C E D LIMITES DA INTEGRAL EM Y. A ORDEM DA
COLOCAÇÃO DE DX E DY DEVE SEGUIR O APRESENTADO, ISTO É, O
PRIMEIRO DIFERENCIAL SE REFERE À INTEGRAL DE DENTRO E O ÚLTIMO
DIFERENCIAL A INTEGRAL DE FORA.

Vamos, agora, enunciar o Teorema de Fubini após ter visto uma justificativa de sua validade.

TEOREMA DE FUBINI

Seja f(x,y) uma função escalar integrável no retângulo por

S=X,Y ∈R2/ A≤X≤B E C≤Y≤D


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Suponha que ∫abfx,ydx exista para todo c ≤ y ≤ d e que ∫cdfx,ydy exista para todo a ≤ x ≤ b, então:

∬SFX,YDXDY=∫CD∫ABFX,YDXDY=∫AB∫CDFX,YDYDX

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Observe que, para esse caso, tanto faz integrar parcialmente em relação à variável x e depois y, ou vice-versa. Em
certos casos, a escolha da ordem de integração pode simplificar ou complicar o cálculo da integral.

REPARE NA NOTAÇÃO QUE, DEPENDENDO DA ORDEM ESCOLHIDA, A


POSIÇÃO DE DX E DY MUDA. COMO DITO, OS LIMITES DA INTEGRAL DE
DENTRO ESTÃO RELACIONADAS AO PRIMEIRO DIFERENCIAL QUE APARECE
E DA INTEGRAL DE FORA AO SEGUNDO DIFERENCIAL

Pode ser provado que, para o caso de se ter f(x,y) = g(x)h(y), a integral dupla para quando os limites são numéricos
pode ser analisada como um produto de duas integrais simples.

∬SFX,YDXDY=∫CD∫ABGXH(Y)DXDY=∫ABGXDX∫CDHYDY

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Por exemplo:

∫CD∫AB8 XY2DXDY=∫AB8XDX∫CDY2DY

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Por fim, como a integral dupla será calculada com a determinação de duas integrais simples, é importante relembramos
as integrais simples imediatas e os métodos de integração estudados no cálculo de uma variável.

EXEMPLO 2

Determine o valor de ∬S2x2+3ydxdy, em que S é um retângulo definido por 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ 4.

SOLUÇÃO
Usando as integrais iteradas:
∬S2X2+3YDXDY=∫04∫132X2+3YDXDY

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ou

∬S2X2+3YDXDY=∫13∫042X2+3Y DYDX

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Escolheremos a segunda, mas você pode realizar a primeira como exercício e verificar o mesmo resultado.

∬S2X2+3YDXDY=∫13∫042X2+3Y DYDX

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Vamos integrar parcialmente ∫042x2+3ydyy em relação à variável y, mantendo x constante. Lembremos da regra de
integração:

∫YΒ DY=YΒ+1Β+1+K, K REAL E Β≠1 E ∫K DY=Y+K, K REAL

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Então:

AX=∫042X2+3YDX=2X2Y04+3 12Y204=2X24-0+3242-02=8X2+24

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Portanto:

∬S2X2+3YDXDY=∫138X2+24DX

∫138X2+24DX=83X313+24X13=8333-13+243-1
∬S2X2+3YDXDY=83.26+24.2=2083+48=3523

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EXEMPLO 3

Calcule o volume do sólido formado por todos os pontos (x,y,z), tais que 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ 2e e 0 ≤ z ≤ ln(xy).

SOLUÇÃO
Repare que o exercício está pedindo o cálculo do volume entre o gráfico de uma função z = f(x,y) e o plano xy. Observe
que f(x,y) ≥ 0 para todo seu domínio 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ e.

Esse volume pode ser obtido por meio da integral dupla:

∬SLN(XY)DXDY=∫1E∫12ELNXYDY DX=∫12E∫1ELNXYDX DY

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Resolvendo, inicialmente, em relação à variável x, mantendo a variável y constante:

∫1ELNXYDX =∫1E(LNX+LNY)DX =∫1ELNX DX +∫1ELNY DX

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A segunda integral é mais rápida:

∫1ELNY DX =LNY ∫1EDX =LNY X1E=E-1LNY

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Na primeira integral, devemos utilizar a integração por partes:

∫1ELNX DX , ONDE U = LN X → DU=1X E DV = DX →V=X


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Assim:

∫1ELNX DX=X LNX1E-∫1EX1XDX=X LNX1E-∫1EDX=X LNX1E-X1E

∫1ELNX DX=(ELNE-1LN1)-E-1=E-0-E+1=1

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Dessa forma

∫1ELNXYDX =1+E-1LNY

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Retornando:

∬SLN(XY)DXDY=∫12E1+E-1LNY DY

∫12E1+E-1LNY DY= ∫12EDY+E-1∫12ELNY DY

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a) ∫12edy=y12e=2e-1

b) e-1∫12elny dy, usando a integral por partes já realizadas para o x:

∫LNY DY=YLN Y-Y+K, K REAL

E-1∫12ELNY DY=E-1Y LNY12E-Y12E


E-12ELN2E-1LN1-[2E-1]=E-1(2ELN2E-2E+1)

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No entanto:

LN2E=LN2+LNE=LN2+1

E-1(2ELN2E-2E+1)=(E-1)(2ELN2+2E-2E+1)=(E-1)(2ELN2+1)

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Finalmente:

∬SLN(XY)DXDY=∫12E1+E-1LNY DY=2E-1+E-12ELN2+1

∬SLN(XY)DXDY=2E-1+2E2LN2+E-2ELN2-1=3E-2+2E2LN2-2ELN2

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Até o momento, aplicamos o Teorema de Fubini para quando o domínio é um retângulo. Vejamos, agora, um corolário
desse teorema que permite calcular a integral dupla para qualquer domínio fechado de f(x,y).

Veremos que a única diferença em relação ao caso anterior é que, neste, os limites de integração da variável y
dependerão da variável x, ou vice-versa. A consequência disso é que não teremos mais a liberdade de escolher a ordem
das integrações.

TEOREMA DE FUBINI – COROLÁRIO 1


Seja f(x,y) uma função escalar integrável no domínio S ⊂ R². Sejam c(x) e d(x) duas funções contínuas em [a,b] e tais
que c(x) ≤ d(x).

Seja o conjunto
S=X,Y ∈R2/ A≤X≤B E C(X)≤Y≤D(X)

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Então:

∬SFX,YDXDY=∫AB∫C(X)D(X)FX,YDYDX

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Observe que, como a variação de y depende de x, obrigatoriamente a integração parcial em relação à variável y deve
ser realizada primeiro.

TEOREMA DE FUBINI – COROLÁRIO 2


Seja f(x,y) uma função escalar integrável no domínio S ⊂ R2. Sejam a(y) e b(y) duas funções contínuas em [c,d] e tais
que a(y) ≤ b(y).

Seja o conjunto

S=X,Y ∈R2/ A(Y)≤X≤B(Y) E C≤Y≤D

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Então:

∬SFX,YDXDY=∫CD∫A(Y)B(Y)FX,YDXDY

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De forma contrária, nesse caso, como a variação de x depende da variável y, a integração parcial em relação a x deve
ser feita primeiramente.

EXEMPLO 4:

Determine o valor de ∬S2x2+3ydxdy, em que

S=(X,Y)/ 0≤X≤1 E 0≤Y≤X


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SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo já resolvido para essa função, não estamos mais integrando em um retângulo,
mais, sim, em uma região, como mostra a Figura 6:

Fonte: O autor
 Figura 6

 ATENÇÃO

Como os limites da variável y dependerão de x, a integral parcial em y deve ser feita em primeiro lugar, uma vez que,
para um x fixo, a variável y irá variar de 0 até x.

Usando as integrais iteradas:

∬S2X2+3YDXDY=∫01∫0X2X2+3YDYDX

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Vamos integrar parcialmente ∫0x2x2+3ydy em relação à variável y, mantendo x constante.

AX=∫0X2X2+3YDX=2X2Y0X+3 12Y20X=2X2X-0+32X2-02=2X3+32X2

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Portanto:
∬S2X2+3YDXDY=∫012X3+32X2DX

∫012X3+32X2DX=24X401+32.13X301=1214-04+1213-03=12+12=1

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É óbvio que a região S poderia ser analisada de outra forma, escolhendo um valor de y e fazendo x variar entre 0 e y.
Assim, a integral também poderia ser resolvida como:

∬S2X2+3YDXDY=∫01∫Y12X2+3YDXDY

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Só que, para esse caso, a integral parcial em relação à variável x deve ser feita primeiramente. Essa segunda solução
ficará como exercício para se verificar o mesmo resultado do anterior.

 ATENÇÃO

É preciso que as integrais sejam sempre separadas em regiões onde a dependência de uma variável em relação à outra
seja igual. Veja o caso representado na Figura 7 para um domínio S

Fonte: o Autor
 Figura 7

Repare que a variação de y em relação a x tem uma composição para a ≤ x ≤ b e outra para b ≤ x ≤ c. Dessa forma:
∬SF(X,Y)DXDY=∫AB∫C1(X)D1(X)FX,YDYDX+∫BC∫C2(X)D2(X)FX,YDYDX

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EXEMPLO 5

Determine o valor de ∬S2x2+3ydxdy, em que

S=(X,Y)/ 0≤X≤2 E 0≤Y≤G(X)

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, e gx=x, 0≤x≤14, 1≤x≤2

SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo anterior, devemos dividir o intervalo de integração em razão de a dependência
da variação de y em relação a x ser diferente para cada intervalo.

∬S2X2+3YDXDY=∫01∫0X2X2+3YDYDX+∫12∫042X2+3YDYDX

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A primeira integral ∫01∫0x2x2+3ydydx já foi realizada no exemplo anterior e vale 1.

Vamos resolver a segunda integral que está faltando ∫12∫042x2+3ydydx

Integrando, inicialmente, em y, ∫042x2+3ydy, mantendo a variável x constante:

∫042X2+3YDY=2X2Y04+3 12Y204=2X24-0+3242-02=8X2+24

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:

∫12∫042X2+3YDYDX=∫128X2+24DX
∫128X2+24DX=83X312+24X12=8323-13+242-1=643+48

∬S2X2+3YDXDY=1+643+48=2113

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

RESUMO DO MÓDULO 1

TEORIA NA PRÁTICA
Use a integração dupla para determinar o volume de um cilindro de raio de 3 cm e altura de 10 cm.

SOLUÇÃO

Veja a seguir a solução desta questão:


MÃO NA MASSA

1. DETERMINE O VALOR DE ∫14∫02(2Y+3X) DYDX

A) 30 + 122

B) 152

C) 40

D) 54

E) 753

2. DETERMINE ∬SU SENUVDUDV, SENDO

S=U,V∈R2/ 0≤U≤1 E 0≤V≤Π2

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) 1+2π

B) 1-2π

C) 2π

D) 2π

E) 4-2π

3. DETERMINE O VALOR DA ∬SHU,VDUDV, EM QUE H(U,V) = 4UV² E A REGIÃO

S=U,V∈R2 / 0≤V≤2 E 2≤U≤V


 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM
HORIZONTAL

A) -6415

B) -1285

C) -12815

D) -645

E) -25615

4. DETERMINE O VALOR DA ∬RFX,YDX DY, EM QUE F(X,Y) = 2LN(Y) E A REGIÃO

R=X,Y∈R2 / 1≤Y≤2 E 0≤X≤1Y

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) ln 2

B) ln 4

C) ln 8

D) (ln 4)²

E) (ln 2)²

5. DETERMINE ∬RGX,YDXDY, EM QUE G(X,Y) = X + 2Y E R É UM PARALELOGRAMO DE


VÉRTICES (0,0), (3,0), (2,2) E (5,2).

A) 27

B) 54

C) 76

D) 81

E) 98

6. DETERMINE A INTEGRAL DUPLA ∬S2XY+4X3DXDY, EM QUE S É A REGIÃO DELIMITADA


PELAS CURVAS Y = X² E X = 2 – Y, COM X ENTRE [0,2].

A) 2893

B) 2896
C) 3896

D) 5896

E) 5893

GABARITO

1. Determine o valor de ∫14∫02(2y+3x) dydx

A alternativa "C " está correta.

Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem.

Integraremos parcialmente em relação ao y, mantendo a variável x constante:

∫02(2y+3x) dy=2 12y202+3x y02=22-02+3x2-0=4+6x

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∫14∫02(2y+3x) dydx=∫144+6xdx=4 x14+6 132x3214=4 x14+6 23x3214

∫14∫02(2y+3x) dydx=4 4-1+4432-132=12+444-1=12+32-4=40

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine ∬Su senuvdudv, sendo

S=u,v∈R2/ 0≤u≤1 e 0≤v≤π2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "B " está correta.

Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem.

∫01∫0π/2u senuvdv du

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integraremos parcialmente em relação a v, mantendo a variável u constante:

∫0π/2u senuvdv=u∫0π/2 senuvdv=u 1u(-cos(uv)0π2

∫0π/2u senuvdv=-cosπ2u+cos0=1-cosπ2u

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∫01∫0π/2u senuvdv du=∫011-cosπ2udu

∫011-cosπ2udu=∫01du-∫01cosπ2udu=u01-2πsenπ2u01
∫011-cosπ2udu=1-0-2πsenπ2-sen0=1-2π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Determine o valor da ∬Shu,vdudv, em que h(u,v) = 4uv² e a região

S=u,v∈R2 / 0≤v≤2 e 2≤u≤v

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "C " está correta.

∬Shu,vdudv=∫02∫2v4uv2dudv

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A variação de u depende da variável v, de modo que devemos realizar a integral em relação a u primeiramente:

∫2v4uv2du=4v2∫2vudu=4v2 12u22v=2v2v2-22=2v4-8v2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∬Shu,vdudv=∫022v4-8v2dv=2 15v502-8 13v302=2525-8323

∬Shu,vdudv=645-643=-12815

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine o valor da ∬Rfx,ydx dy, em que f(x,y) = 2ln(y) e a região

R=x,y∈R2 / 1≤y≤2 e 0≤x≤1y

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "E " está correta.

∬Rfx,ydx dy=∫12∫01y2 lnydx dy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A variação de x depende da variável y, de forma que devemos realizar a integral em relação a x primeiramente:

∫01y2 lnydx dy=2 lny∫01ydx= 2 lny1y-0=2y lny

∫12∫01y2 lnydx dy =∫122y lny dy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para resolver essa integral, vamos fazer uma substituição de variável:

u=lny→du= 1y

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim 2y lny=2u du
Para y = 1 → u = ln 1 = 0 e y = 2 → u = ln 2

∫122y lny dy=∫0ln22u du=u20ln2=ln22

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. Determine ∬Rgx,ydxdy, em que g(x,y) = x + 2y e R é um paralelogramo de vértices (0,0), (3,0), (2,2) e (5,2).

A alternativa "A " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:

6. Determine a integral dupla ∬S2xy+4x3dxdy, em que S é a região delimitada pelas curvas y = x² e x = 2 – y,


com x entre [0,2].

A alternativa "B " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DETERMINE O VALOR DE

∫01∫02(2YX+3X2) DYDX

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL
A) 1

B) 2

C) 3

D) 4

E) 5

2. DETERMINE O VALOR DE ∬S4XY DX EM QUE S É A REGIÃO DELIMITADA PELA RETA Y =


X E A PARÁBOLA Y = X², PARA X ENTRE [0,1].

A) 12

B) 14

C) 16

D) 23

E) 32

GABARITO

1. Determine o valor de

∫01∫02(2yx+3x2) dydx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "D " está correta.

Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem. Integraremos parcialmente
em relação ao y, mantendo a variável x constante:

∫02(2yx+3x2) dy=2x 12y202+3x2 y02=x22-02+3x22-0=4x+6x2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∫014x+6x2dx=4 12x201+6 13x301=21-0+21-0=2+2=4

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine o valor de ∬S4xy dx em que S é a região delimitada pela reta y = x e a parábola y = x², para x entre
[0,1].

A alternativa "C " está correta.


Repare que os limites da variável x dependem de y, ou vice-versa. Vamos considerar o valor de x variando de [0,1] e,
assim, o valor de y irá variar entre os valores dados pela parábola e os valores dados pela reta.

Observe que, para x entre [o,1], a reta y = x sempre dará valores superiores do que a parábola y = x²

∫01∫x2x4xy dy dx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y, mantendo x constante:

∫x2x4xy dy=4x 12y2x2x=2xx2-x22=2x3-2x5

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∫01∫x2x4xy dy dx=∫012x3-2x5dx=214x401-216x601

∫01∫x2x4xy dy dx=1214-1316=12-13=16

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÓDULO 2

 Calcular a Integral dupla na forma polar

INTRODUÇÃO
Em alguns problemas, devido à sua simetria, pode ficar mais fácil resolver a integral dupla transformando o integrando
para sua forma polar.

Este módulo apresentará o cálculo da integral dupla por meio de sua forma polar.

INTEGRAL DUPLA EM COORDENADAS POLARES


O sistema de coordenada polares já foi estudado para representar curvas no plano. Para definirmos esse sistema,
necessitamos de um ponto (origem) e de uma semirreta, que parte dessa origem, denominada eixo polar.

UTILIZANDO OS EIXOS CARTESIANOS X E Y, COLOCAMOS A ORIGEM DO


SISTEMA POLAR NA ORIGEM DO SISTEMA CARTESIANO, ISTO É, NO PONTO
O, QUE É A INTERSEÇÃO DOS DOIS EIXOS, E O EIXO POLAR SERÁ O EIXO
POSITIVO DO EIXO X.
As coordenadas polares de um ponto serão:

A distância do ponto à origem do sistema polar, representada por ρ.

O ângulo que a reta OP faz com o eixo polar, representada por θ, medido no sentido anti-horário.

Dessa forma, o ponto P em coordenadas polares será representado por P(ρ,θ).

Fonte: O autor
 Figura 08

A relação entre o sistema cartesiano (x,y) e polar (ρ,θ) será dado pelas equações:

X=Ρ COSΘY=Ρ SENΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ρ=X2+Y2TG Θ=YX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Imaginemos, agora, a situação em que desejamos calcular a integral dupla ∬Sfx,ydxdy, na qual a região S pode ser
mais facilmente representada por sua equação polar do que sua equação retangular.

PARA ESSES CASOS, SERIA MAIS FÁCIL TERMOS UM MÉTODO DE RESOLVER


A INTEGRAL DUPLA COM A FUNÇÃO NA SUA FORMA POLAR. NO ENTANTO, A
INTEGRAL DUPLA É DEFINIDA POR MEIO DE UMA SOMA DUPLA DE RIEMANN,
QUE FOI DEFINIDA ATRAVÉS DE UMA PARTIÇÃO DO DOMÍNIO DA FUNÇÃO EM
RETÂNGULOS. DESSE MODO, TORNA-SE NECESSÁRIO, PARA O CASO DA
INTEGRAL EM COORDENADAS POLARES, RETOMARMOS À DEFINIÇÃO DA
INTEGRAÇÃO.

O desejo é obter os limites e integração determinados pelas variáveis polares ρ e θ. Assim, as partições da região S não
poderiam mais serem feitas na forma de retângulos que possuem áreas do tipo ∆x∆y , mas sim de retângulos polares,
que serão definidos por ∆ρ e ∆θ.

Portanto, a partição será dividida em sub-retângulos polares do tipo:

RIJ=ΡI,ΘJ/ΡI-1≤Ρ≤ΡI E ΘJ-1≤Θ≤ΘJ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fonte: o Autor
 Figura 09

A área desse retângulo polar pode ser calculada pela subtração de dois setores circulares:

∆AIJ=12ΡI2∆ΘI-12ΡI-12∆ΘI=12∆ΘI(ΡI2-ΡI-12)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas

ΡI2-ΡI-12=ΡI+ΡI-1ΡI-ΡI-1=ΡI+ΡI-1∆ΡI

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como vamos trabalhar com retângulo polares muito pequenos, pois faremos, posteriormente, o número de retângulo
tendendo a infinito ρi≈ρi-1→ρi+ρi-1=2ρi)

Assim
∆AIJ=12ΡI2∆ΘI-12ΡI-12∆ΘI=12∆ΘIΡI+ΡI-1∆ΡI=12∆ΘI2ΡI∆ΡI=ΡI∆ΘI∆ΡI

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No caso das coordenadas retangulares, a área de Rij era dada por ∆xi∆yi e deduzimos a soma dupla de Riemann como:

∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ=∑I=0N∑J=0MFXPI,YPI∆AIJ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para cada um desses sub-retângulos, será escolhido, arbitrariamente, um ponto pij, com coordenadas polares ρpi,θpj.

O valor da área infinitesimal em relação às coordenadas polares será ∆Aij=ρi∆θi∆ρi.

Assim, a soma dupla de Riemann será dada por:

∑I=0N∑J=0MFXPI,YPJ∆AIJ=∑I=0N∑J=0MFΡPICOSΘPJ,ΡPISENΘPJΡI∆ΘI∆ΡI

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Calculando o limite da soma dupla de Riemann, temos:

∬SFX,YDXDY=∬SPFΡ COSΘ,Ρ SENΘ ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

em que S é o domínio da função f em coordenadas retangulares e Sp é o domínio da função f em coordenadas polares.

COMO AS INTEGRAIS SÃO CALCULADAS EM RELAÇÃO AOS LIMITES DE


INTEGRAÇÃO DIFERENTES, TORNA-SE NECESSÁRIO UM FATOR DE
CORREÇÃO NO INTEGRANDO. PARA O CASO DA TRANSFORMAÇÃO DE
COORDENADA RETANGULAR PARA POLAR, ESSE FATOR É Ρ, CONFORME
DEMONSTRAMOS PELOS NOSSOS CÁLCULOS.

Caso não fosse colocado o fator de correção ρ, os limites de integração em relação a ρ e θ não representariam uma
região de forma polar, mas, sim, um retângulo normal, não representando corretamente a região S.

 RESUMINDO
Seja f(x,y) integrável no retângulo polar definido por a≤ρ≤b e α ≤ θ ≤ β, com β- α menor do que uma volta completa, isto
é, β- α ≤ 2π. Então:

∬SFX,YDXDY=∫ΑΒ∫ABFΡ COSΘ,Ρ SENΘ ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o caso de as variações angulares de θ dependerem da variável radial ρ, ou vice-versa, deve ser usado os
corolários do Teorema de Fubini para determinar a ordem de integração.

EXEMPLO 1

Determine o volume do cilindro de raio de 3 cm e altura de 10 cm.

SOLUÇÃO
No item Teoria na Prática do Módulo 1, resolvemos esse exercício por meio de coordenadas retangulares, solucionando
a integral dupla:

∬SF(X,Y)DXDY=∫-33∫-9-X29-X210 DYDX=90Π CM3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No entanto, se observarmos o domínio S utilizado: x2 + y2 = 9, pela sua simetria, poderia ser representado pela curva
polar ρ = 3, com 0 ≤ θ ≤ 2π.

Desse modo:

∬SF(X,Y)DXDY=∫02Π∫0310 ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como os limites são números, podemos resolver a integrais iteradas em qualquer ordem, inicialmente, resolvendo em
relação à variável ρ:

∫0310 ΡDΡ=10∫03 ΡDΡ=1012Ρ203=532-02=45

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:
∬SF(X,Y)DXDY=∫02Π45 DΘ=45 Θ02Π=452Π-0=90Π CM3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 DICA

Compare as duas soluções e veja como foi muito mais rápido pelo uso das coordenadas polares.

EXEMPLO 2

Determine ∬s2 cosx2+y2dxdy, sendo:

S=X,Y∈R2/X2+Y2≤1 E Y≥0

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SOLUÇÃO
A superfície S é uma semicircunferência de raio 1.

Como x2+y2=ρ2, em coordenadas polares, esta terá uma equação ρ = 1, com 0 ≤ θ ≤ π. O valor de θ foi limitado a π,
pois é apenas metade da circunferência e não ela inteira.

Convertendo a função cos(x2+y2 ) para coordenada polar, temos cos(ρ2 ).

Então:

∬S2 COSX2+Y2DXDY=∫0Π∫01COSΡ2 ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, primeiramente, a integral em θ, mantendo ρ constante:

∫0ΠCOSΡ2 ΡDΘ=ΡCOSΡ2∫0ΠDΘ=ΡCOSΡ2 Θ0Π=ΠΡCOSΡ2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:
∫01COSΡ2 ΡDΡDΘ=∫01ΠΡ COSΡ2DΡ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo a substituição u = ρ2 → du = 2ρdρ. Para ρ = 0 → u = 0 e ρ = 1 → u = 1

∫01ΠΡ COSΡ2DΡ=Π2∫01COSUDU=Π2 SEN(U)01

∫01ΠΡ COSΡ2DΡ=Π2 SEN(U)01=Π2SEN1-SEN(0)=Π2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 ATENÇÃO

Caso montássemos a integral de forma errada, como:

∫0Π∫01COSΡ2 DΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

isto é, sem colocar o fator ρ, não estaríamos integrando em relação a um semicírculo de raio 1, mas sim em relação a
um retângulo de lados (π - 0 = π) e lado (1 – 0 = 1). Não sendo isso o que foi pedido no problema.

EXEMPLO 3

Determine o valor da integral ∬S4 ρdρdθ, em que S é uma região definida por

S=Ρ,Θ /-Π4≤Θ≤Π4 E 0≤Ρ≤2COSΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SOLUÇÃO
∫-Π4Π4∫02COSΘ4 ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como a variação de ρ depende de θ, a integral de ρ deve ser feita primeiramente:

∫02COSΘ4 ΡDΡ=4 12Ρ202COSΘ=22 COSΘ2=8 COS2Θ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim

∫-Π4Π4∫02COSΘ4 ΡDΡDΘ=∫-Π4Π48 COS2Θ DΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Usando a fórmula do arco duplo cos2θ=12cos(2θ)+12

∫-Π4Π48 COS2Θ DΘ=∫-Π4Π44COS2Θ+4DΘ=4∫-Π4Π4COS(2Θ) DΘ+4∫-


Π4Π4 DΘ

∫-Π4Π48 COS2Θ DΘ=4 12SEN(2Θ)-Π4Π4+4 Θ)-Π4Π4=2SENΠ2-SEN-


Π2+4Π4--Π4

∫-Π4Π4∫02COSΘ4 ΡDΡDΘ=21+1+4Π4+Π4=4+2Π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Este módulo apresentou apenas o caso das coordenadas polares. A análise também poderia ter sido feita com a
obtenção da expressão geral para mudança de variável em uma integral dupla, sendo a mudança de coordenadas
retangulares para polares um caso particular dessa expressão geral.
 DICA

As mudanças gerais não serão abordadas neste Tema, mas podem ser estudadas em nossa bibliografia de referência.

RESUMO MÓDULO 2

TEORIA NA PRÁTICA
Um reservatório de água tem a forma de um paraboloide de concavidade para baixo. Sua forma pode ser modelada por

meio de um sólido formado entre o paraboloide de equação z = 4 – x2 – y2 e o plano z = 0. Determine o volume desse
reservatório.

RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:
MÃO NA MASSA

1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA CORRETAMENTE A INTEGRAL


∬S2XY DXDY, , EM QUE S É UMA SEMICOROA CIRCULAR LIMITADA PELAS EQUAÇÕES X² +
Y² = 1 E X² +Y² = 4 COM Y ≥ 0.

A) ∫02∫02πρ3 cos2θ dρdθ

B) ∫12∫0πρ3 sen2θ dρdθ

C) ∫12∫02πρ2 sen2θ dρdθ

D) ∫12∫0πρ3 cos2θ dρdθ

E) ∫02∫0πρ4 cos2θ dρdθ

2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE PERMITE CALCULAR A INTEGRAL


∫0Π∫011+COS2Θ12Ρ4SEN2ΘCOSΘDΡ DΘ POR MEIO DE SUA FORMA RETANGULAR.

A) ∫02∫-12-12x212-12x22x2y dy dx

B) ∫-11∫-12-12y212-12y24xy dy dx

C) ∫-21∫-1-2x21-2x2(x+y) dx dy

D) ∫01∫-12-12y212-12y2x2y dx dy

E) ∫01∫01-2x2(2x+y) dx dy

3. DETERMINE

∫04∫04-X2X2+2Y2DY DX

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL
, USANDO A INTEGRAL NA FORMA POLAR.

A) π

B) 2π

C) 3π

D) 4π

E) 5π

4. DETERMINE O VOLUME DO SÓLIDO FORMADO ABAIXO DO PARABOLOIDE DE EQUAÇÃO


Z = X² + Y² E ACIMA DO DISCO X² + Y² ≤ 4.

A) 4π

B) 8π

C) 24π

D) 54π

E) 72π

5. A ÁREA DE UMA REGIÃO R PODE SER DETERMINADA PELA INTEGRAL DUPLA ∬RDXDY.
SEJA R A REGIÃO DEFINIDA POR -Π8≤Θ≤Π8 E ≤Ρ≤COS4Θ, MARQUE A ALTERNATIVA QUE
APRESENTA O VALOR DE SUA ÁREA.

A) π6

B) π64

C) π8

D) π32

E) π16

6. DETERMINE A INTEGRAL

∬R2(X2+Y2)DXDY

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

, ONDE R É UMA REGIÃO CONTIDA PELA FIGURA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO X² + Y² – 2X =


0.
A) π

B) 2π

C) 3π

D) 4π

E) 5π

GABARITO

1. Marque a alternativa que representa corretamente a integral ∬S2xy dxdy, , em que S é uma semicoroa circular
limitada pelas equações x² + y² = 1 e x² +y² = 4 com y ≥ 0.

A alternativa "B " está correta.

Usando a transformação de retangular para polar: x = ρ cosθ e y = ρ sen θ.

A circunferência x² + y² = 1 será representada por ρ² = 1 → ρ = 1.

A circunferência x² + y² = 4 será representada por ρ² = 4 → ρ = 2.

Como está limitada apenas para y ≥ 0, a variação angular será de 0 ≤ θ ≤ π.

Assim, a região S em coordenadas polares será representada por 1 ≤ ρ ≤ 2 com 0 ≤ θ ≤ π.

Por fim, f(x,y) = 2xy → f(ρ,θ) = 2ρ cosθ ρ senθ = 2ρ² cosθ senθ = ρ² sen(2θ).

Portanto

∬S2xy dxdy=∬Spfρ,θρ dρdθ

∬S2xy dxdy=∫12∫0πρ2 sen2θρ dρdθ=∫12∫0πρ3 sen2θ dρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa correta é a letra B.

2. Marque a alternativa que permite calcular a integral ∫0π∫011+cos2θ12ρ4sen2θcosθdρ dθ por meio de sua forma
retangular.

A alternativa "D " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:

3. Determine
∫04∫04-x2x2+2y2dy dx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

, usando a integral na forma polar.

A alternativa "C " está correta.

Ao se analisar a região coberta pelos limites de integração, verifica-se que 0≤x≤4 e 0≤y≤4-x2.

Essa região corresponde a um quarto de um círculo de equação y² = 4 - x² → x² + y² = 4

Passando para coordenadas polares, a região será representada por ρ² = 4 → ρ = 2, com o valor de 0≤θ≤π2

Transformando a função x² + 2y² =(x² + y²) + y² = ρ² + (ρ senθ)² = ρ² (1 + sen²θ)

Portanto:

∫04∫04-x2x2+2y2dy dx=∫0π2∫02ρ2(1+sen2θ)ρdρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas

∫0π2∫02ρ2(1+sen2θ)ρdρdθ=∫02ρ3dρ∫0π2(1+sen2θ)dθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

* ∫02ρ3dρ=14ρ402=164=4

* ∫0π2(1+sen2θ)dθ=∫0π2dθ+∫0π2 sen2θdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

∫0π2(1+sen2θ)dθ=∫0π2dθ+∫0π212-12cos2θdθ=32∫0π2dθ-12∫0π2cos2θdθ

∫0π2(1+sen2θ)dθ=32 θ0π2-12 12sen2θ0π2=3π4-14senπ-sen0=3π4

∫04∫04-x2x2+2y2dy dx=4. 3π4=3π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine o volume do sólido formado abaixo do paraboloide de equação z = x² + y² e acima do disco x² + y² ≤


4.

A alternativa "B " está correta.

Verificando o enunciado, o sólido é definido entre um disco do plano xy e um paraboloide centrado na origem de
concavidade para cima, conforme indica a figura a seguir:
Fonte: O autor
 Figura 10

Para calcular o volume do sólido, podemos considerar que o paraboloide é definido pela função z = f(x,y) = x² + y², de
modo que o volume entre o gráfico e o plano é obtido pela integral dupla:

∬Dx2+y2dxdy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

em que D é o disco dado pela equação x²+ y² = 4, que é um disco centrado na origem de raio 2.

Essa integral é mais simples em coordenadas polares:

fx,y=x2+y2→fρ,θ=ρ2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A região de integração, o disco de raio 2. Podemos considerar, em coordenadas polares, o seguinte limite de integração:
0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ ρ ≤ 2. Assim:

∬Dx2+y2dxdy=∫02π∫02ρ2 ρdρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como os limites de integração são números:

∫02π∫02ρ2 ρdρdθ=∫02πdθ ∫02ρ3dρ=θ02π.14ρ402=2π1424=8π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. A área de uma região R pode ser determinada pela integral dupla ∬Rdxdy. Seja R a região definida por
-π8≤θ≤π8 e ≤ρ≤cos4θ, marque a alternativa que apresenta o valor de sua área.

A alternativa "E " está correta.

A=∬Rdxdy=∬Rpρdρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

A=∫-π8π8∫0cos4θρ dρdθ
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral em ρ:

∫0cos4θρ dρ=12ρ20cos4θ=12cos24θ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Usando a fórmula do arco duplo:

cos24θ=12+12cos8θ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

A=∫-π8π8∫0cos4θρ dρdθ=∫-π8π814+14cos8θdθ=14θ-π8π8+1418 sen8θ-π8π8

A=∫-π8π8∫0cos4θρ dρdθ=14π8--π8+132senπ-sen-π=14.π4=π16

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

6. Determine a integral

∬R2(x2+y2)dxdy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

, onde R é uma região contida pela figura definida pela equação x² + y² – 2x = 0.

A alternativa "C " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL


∬S2X2+Y2DY DX

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

, EM QUE S É UM CÍRCULO CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 1.

A) 3π8

B) 3π4

C) π4

D) 3π5

E) 3π2

2. A ÁREA DE UMA REGIÃO R PODE SER DETERMINADA PELA INTEGRAL DUPLA ∬RDXDY.
ESTABELEÇA A ÁREA DE UMA PÉTALA DE UMA ROSÁCEA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO
-Π4≤Θ≤Π4 E ≤Ρ≤COS2Θ, MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE SUA
ÁREA.

A) π6

B) π4

C) 2π3

D) π8

E) π2

GABARITO

1. Determine o valor da integral

∬S2x2+y2dy dx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

, em que S é um círculo centrado na origem de raio 1.

A alternativa "B " está correta.

A região de integração terá equação x² + y² = 1, que será, em coordenadas polares, ρ² = 1 → ρ = 1, com 0 ≤ θ ≤ 2π

Transformando a função 2x² + y² = (x² + y²) + x² = ρ² + (ρ cosθ)² = ρ² (1 + cos²θ)

Portanto:

∬S2x2+y2dy dx=∫02π∫01ρ2(1+cos2θ)ρdρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas
∫02π∫01ρ2(1+cos2θ)ρdρdθ=∫01ρ3dρ∫02π(1+cos2θ)dθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

* ∫01ρ3dρ=14ρ401=14

* ∫02π(1+cos2θ)dθ=∫02πdθ+∫02π cos2θdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

∫02π(1+cos2θ)dθ=∫02πdθ+∫02π12+12cos2θdθ=32∫02πdθ+12∫02πcos2θdθ

∫02π(1+sen2θ)dθ=32 θ02π+12 12sen2θ02π=6π2-14sen4π-sen0=3π

∫04∫04-x2x2+2y2dy dx= 14.3π=3π4

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. A área de uma região R pode ser determinada pela integral dupla ∬Rdxdy. Estabeleça a área de uma pétala de
uma rosácea definida pela equação -π4≤θ≤π4 e ≤ρ≤cos2θ, marque a alternativa que apresenta o valor de sua
área.

A alternativa "D " está correta.

A=∬Rdxdy=∬Rpρdρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

A=∫-π4π4∫0cos2θρ dρdθ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral em ρ:

∫0cos2θρ dρ=12ρ20cos2θ=12cos22θ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Usando a fórmula do arco duplo:

cos22θ=12+12cos4θ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

A=∫-π4π4∫0cos2θρ dρdθ=∫-π4π414+14cos4θdθ=14θ-π4π4+1414 sen4θ-π4π4

A=∫-π4π4∫0cos3θρ dρdθ=14π4--π4+116senπ-sen-π=14.π2=π8

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


MÓDULO 3

 Aplicar o conceito de integração dupla

INTRODUÇÃO
Existem várias aplicações no cálculo diferencial e integral com duas variáveis em que a ferramenta da integração dupla
é usada. Entre tais aplicações, podemos citar: cálculo de área de superfície, densidades superficiais, momentos e centro
de massa.

Este módulo apresentará algumas dessas aplicações na resolução de alguns problemas de cálculo.

CÁLCULO DE ÁREA DE UMA REGIÃO NO PLANO


A integral dupla pode ser utilizada para se calcular área de um conjunto de pontos em um plano.

Foi visto que ∬Sfx,ydxdy representa o volume entre a função f(x,y) e o plano xy. Esse volume foi obtido dividindo-se o
domínio da função em retângulos com dimensões que tendiam a zero, desse modo, aproximando-se o volume por uma
soma de paralelepípedos com base dxdy e altura f(x,y).

Se fizermos o valor de f(x,y) = 1, o volume se converte apenas à área da base. Como estamos integrando em S, a área
do conjunto de pontos que compões a região S.

Assim, seja S ⊂ R²:

ÁREA S=∬SDS=∬SDXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 1

Determine a área da superfície S definida por

S=X,Y∈R2 / 0≤X≤2 E 0≤Y≤EX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


SOLUÇÃO
A área S pode ser representada pela figura a seguir:

Fonte: O autor
 Figura 11

Assim:

ÁREA S=∬SDS=∫02∫0EXDY DX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como o limite da variável y depende da variável x, a integral parcial em y deve ser resolvida primeiramente:

∫0EXDY =Y0EX=EX

ÁREA S=∫02EXDX=EX02=E2-E0=E2-1

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos, agora, repetir a solução do exercício analisando a área S contendo uma variação de x dependendo da variável y.

 COMENTÁRIO

A resolução da integral por esse caminho é mais complexa do que a primeira solução, mas serve como exercício para
fixar o conteúdo. Esse é um bom exemplo de que, às vezes, a ordem escolhida para integração pode simplificar ou
complicar a resolução de um problema.

Para tal caso, a área S deveria ser separada em duas regiões:


S=S1∪S2

S1=X,Y∈R2 / 0≤Y≤E0 E 0≤X≤2

S2=X,Y∈R2 / E0≤Y≤E2 E LN Y≤X≤2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Lembre-se de que, se y = ex → x = ln y

A região S1 é um retângulo de área 2e0 = 2 . 1 = 2

Para região S2

ÁREA S2=∬S2DS=∫1E2∫LNY2DX DY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

∫LNY2DX =XLNY2=2-LNY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

ÁREA S2=∫1E2(2-LNY) DY= ∫1E22DY-∫1E2LNYDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A primeira parcela

∫1E22DY=2Y1E2=2E2-2
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para a segunda parcela, já foi calculado, neste tema, o valor da integral por meio da integração por partes

∫LNZ DZ=ZLN Z-Z+C, C CTE

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:

ÁREA S2=∫1E2LNY DY= (YLN Y-Y)1E2=(E2LNE2-E2)-(1LN1-1)=2E2-


E2+1=E2+1

A ÁREA S2=2E2-2-(E2+1)=E2-3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dessa forma, a área S = 2 + e2 – 3 = e2 – 1, que foi o mesmo resultado obtido anteriormente.

EXEMPLO 2

Determine, por meio de uma integração dupla, a área de um círculo de 2 cm de raio.

SOLUÇÃO
Para esse caso, pela simetria de S, é mais fácil usarmos as coordenadas polares. Assim, a região S será dada por ρ = 2
e 0 ≤ θ ≤ 2π.

Portanto:

ÁREA S=∬SDS=∬SDXDY=∬SΡ DΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Obs.: Essa mudança de variável na integral já foi vista no módulo anterior.

Portanto:
ÁREA S=∬SΡ DΡDΘ=∫02∫02ΠΡDΘDΡ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral em θ:

∫02ΠΡDΘ=Ρ Θ02Π=Ρ 2Π-0=2ΠΡ

ÁREA S=∫022ΠΡ DΡ=2Π 12Ρ202=Π Ρ202=4Π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DE MASSA E CENTRO DE MASSA


A massa de um objeto plano pode ser definida por meio de uma função que determina a densidade superficial de massa
(δ).

Lembremos do conceito que estabelece que δ é a razão entre a massa e a área da superfície, de modo que:

Δ=LIM∆S→0∆M∆S=DMDS(KG/M²)

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se a massa se dividir igualmente em toda superfície, então δ será constante, e a massa pode ser obtida multiplicando-se
δ pela área. Entretanto, quando a superfície não é homogênea, tendo densidade superficial de massa diferente em cada
ponto, devemos usar a integração dupla para obter a massa.

Δ=DMDS→DM=ΔDS

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

MASSA S= ∬SΔX,YDXDY
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 ATENÇÃO

Foi dado um exemplo de aplicação para densidade superficial de massa, mas ele pode ser estendido para várias
grandezas estudadas na Física, por exemplo, densidade superficial de carga, densidade superficial de corrente etc. Em
todos os casos, o valor da grandeza será obtido pelo cálculo de uma integral dupla similar à utilizada para calcular a
massa.

A Física também nos ensina que o centro de massa de um objeto plano pode ser obtido pela divisão do momento pela
massa total. Para um objeto com densidade superficial e massa dada por δ(x,y), as coordenadas do centro de massa
podem ser obtidas pelas expressões:

X-=∬SXΔX,YDXDYM E Y-=∬SYΔX,YDXDYM

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

M= ∬SΔX,YDXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos fazer um exercício para verificar a aplicação das expressões.

EXEMPLO 3

Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Este triângulo possui vértices nos pontos (0,0),
(3,0) e (0,4). Determine a massa e o centro de massa da chapa, sabendo que

δ = 5 kg/m²

SOLUÇÃO
Se tem uma chapa homogênea, m = δ Área.

Como é um triângulo retângulo de catetos 3 e 4, a área será A = 123.4=6

Logo, a massa será m = 5 . 6 = 30 kg.

Para centro de massa:


X-=∬SXΔX,YDXDYM=130∬S5X DXDY=16∬SX DXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para sabermos os limites de integração, necessitamos da equação da reta que une os vértices (3,0) e (4,0), uma vez
que, fixando o valor de x, a variável y irá variar de zero até essa reta (hipotenusa do triângulo).

A geometria analítica nos ensina que a equação da reta poderá ser tirada através do determinante:

XY1301041=0→12-4X-3Y=0→Y=4-43X

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, para o triângulo poderíamos definir os limites de duas formas:

i) 0≤x≤4 e 4-43x

ou

ii) 0≤y≤3 e 0≤x≤-34y

Usaremos o primeiro caso:

X-=16∬SX DXDY=16∫04∫04-43XXDYDX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

16∫04-43XX DY=16X Y04-43X=X64-43X=23X-29X2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

X-=∫0423X-29X2 DX=23 12 X204-29 13 X304=163-12827=169

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Continuando:
Y-=∬SYΔX,YDXDYM=16∬SY DXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Já calculamos os limites de integração, mas usaremos a segunda configuração para esse caso:

Y-=16∬SY DXDY=16∫03∫03-34YYDX DY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

16∫03-34YY DX=16Y X03-34Y=Y63-34Y=12Y-18Y2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim

Y-=∫0312Y-18Y2 DY=12 12 Y203-18 13 Y303=94-924=2524

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Desse modo, as coordenadas do centro de massa serão 169,2524

EXEMPLO 4

Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Esse triângulo possui vértices nos pontos (0,0),
(3,0) e (0,4). Determine a massa e o centro de massa da chapa sabendo que

δ(x,y) = (1 + x + y) kg/m²

SOLUÇÃO
Nesse caso, a chapa é não homogênea, de forma que:

M= ∬SΔX,YDXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Os limites de integração já foram definidos no exemplo anterior.

M=∬S(1+X+Y) DXDY=∫04∫04-43X1+X+Y DYDX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

∫04-43x1+x+y dy=1+xy04-43x+12 y204-43x=1+x4-43x+124-43x2

=4-43x+4x-43x2+8-163x+89x2=12-83x-49x2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

M=∫0412-83X-49X2 DX=12X04-83 12 X204-49 13 X304=48-643-


25627=46427KG

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para centro de massa:

X-=∬SXΔX,YDXDYM=1M∬S1+X+YX DXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituiremos m apenas no fim:

X-=1M∬S(1+X+Y)X DXDY=1M∫04∫04-43XX+X2+XYDYDX

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

∫04-43XX+X2+XY DY=X+X2Y04-43X+ X 12Y204-43X


∫04-43XX+X2+XY DY=X+X24-43X+X24-43X2

=4X-43X2+4X2-43X3+8X-163X2+83X3=12X-83X2-49X3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∫0412x-83x2-49x3 dx=1212x204-83 13 x304-49 14 x404=96-5129-2569=323x3

x-=1m∬S(1+x+y)x dxdy=146427323=27464.323=1819

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Continuando:

Y-=∬SYΔX,YDXDYM=1M∬S1+X+Y Y DXDY

Y-=1M∬S(Y+XY+Y2) DXDY=1M∫03∫03-34Y(Y+XY+Y2)DXDY

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

∫03-34y(y+xy+y2)dx=y+y2x03-34y+y 12x203-34y=y+y23-34y+y23-34y2

=3y-34y2+3y2-34y3+92y-94y2+932y3=152y-1532y3

∫03152y-1532y3dy= 15212y203-153214y403=1354-1215128=3105128

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA


A MECÂNICA ESTUDA O MOMENTO DE INÉRCIA DE UM OBJETO. O MOMENTO
DE INÉRCIA QUANTIFICA A DIFICULDADE DE MUDAR UM ESTADO DE
ROTAÇÃO DE UM OBJETO EM TORNO DE UM EIXO E DE UM PONTO. QUANTO
MAIOR FOR O MOMENTO DE INÉRCIA DE UM OBJETO, MAIS DIFÍCIL SERÁ
GIRÁ-LO OU ALTERAR SUA ROTAÇÃO.

Considere uma partícula pontual de massa m. O momento de inércia dessa partícula em torno de um eixo é dado por

md2, em que d é a distância da partícula ao eixo.

Vamos, agora, considerar um objeto no plano com massa dada por sua densidade superficial de massa δ(x,y). Esse
objeto está definido por uma área dada por S. Estamos interessados em calcular o momento de inércia do objeto em
relação ao eixo x e ao eixo y.

Dividiremos o objeto em partículas pontuais de massa dm, localizada em um ponto (x,y). Dessa forma, o momento de

inércia em relação ao eixo x será dado por y2dm, do mesmo modo que em relação ao eixo x, será de x2dm.

Se somarmos os momentos de inércia de todas as partículas que compõem o objeto, obteremos o momento de inércia
do corpo desejado. Devemos lembrar que dm = δ dS

Assim:

IX=∬SY2DM=∬SY2Δ(X,Y)DS

IY=∬SX2DM=∬SX2Δ(X,Y)DS

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Também podemos calcular o momento de inércia referente a origem, lembrando que a distância de um ponto (x,y) para
origem é dada por x2+y2. Assim, o momento de inércia em torno da origem é dado por:

IO=∬S(X2+Y2)DM=∬S(X2+Y2)Δ(X,Y)DS

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 5

Determine o momento de inércia em torno da origem para o disco de 2 cm de raio e centro na origem, que apresenta
densidade superficial de massa de 4 kg/m².
SOLUÇÃO

IO=∬S(X2+Y2)Δ(X,Y)DS

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pela simetria, é melhor trabalharmos com coordenadas cartesianas, da seguinte forma:

IO=∬SΡ2ΔΡ,Θ ΡDΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas o disco é homogêneo, isto é, δ é constante e vale 4.

I0=∫02∫02ΠΡ2 4Ρ DΡDΘ=4∫02∫02ΠΡ3 DΡDΘ

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em θ:

4∫02ΠΡ3 DΘ=4Ρ3 2Π

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

I0=∫028ΠΡ3DΡ=8Π14Ρ402=32Π KG CM2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


RESUMO DO MÓDULO 3

TEORIA NA PRÁTICA
A placa de um capacitor tem a forma de um disco de 4 cm raio. Considere que a origem do sistema se encontra no
centro do disco. Sabe-se que esse disco é carregado eletricamente com uma densidade superficial de carga dada por
σ(x,y)= 2x² + x + y + 2y², medido em C/m². Determine a carga total da placa do capacitor.

RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:
MÃO NA MASSA

1. SEJA A REGIÃO S LIMITADA SUPERIORMENTE PELA RETA Y = X + 1 E INFERIORMENTE


PELA PARÁBOLA Y = X² - 2X + 1. DETERMINE A ÁREA DA REGIÃO S.

A) 13

B) 23

C) 12

D) 32

E) 52

2. DETERMINE A ÁREA DA REGIÃO CONTIDA ABAIXO DA PARÁBOLA Y = – 4X² + 4 E ACIMA


DA PARÁBOLA Y = 9 X² – 9.

A) 523

B) 263

C) 525

D) 4423

E) 283

3. DETERMINE A MASSA DE UM OBJETO PLANAR QUE OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR S


E TEM UMA DENSIDADE DE MASSA SUPERFICIAL Δ(X,Y) = LN(X). SABE-SE QUE:

S=X,Y / 1≤X≤2 E 0≤Y≤2X

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL
A) ln 2

B) ln²2

C) ln³2

D) ln²3

E) ln³3

4. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM TORNO DO EIXO Y DO OBJETO PLANAR QUE


OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR S E TEM DENSIDADE DE MASSA SUPERFICIAL Δ(X,Y) =
14X2Y. SABE-SE QUE:

S=X,Y / 0≤X≤2 E 0≤Y≤X

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) 64

B) 128

C) 256

D) 512

E) 1024

5. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM TORNO DA ORIGEM PARA UMA LÂMINA QUE


APRESENTA UMA DENSIDADE SUPERFICIAL DE MASSA Δ(X,Y) = XY E QUE OCUPA UMA
ÁREA DEFINIDA POR:

R=Ρ,Θ / 0≤Θ≤Π2 E 1≤Ρ≤2

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) 14

B) 174

C) 294

D) 214

E) 514
6. DETERMINE A ABSCISSA DO CENTRO DE MASSA DE UMA LÂMINA QUE TEM A FORMA
DE UM TRIÂNGULO COM VÉRTICES NOS PONTOS (0,2), (1,0) E (– 1,0). SABE-SE QUE A
DENSIDADE SUPERFICIAL DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X,Y)= 2X + 3Y.

A) 16

B) -16

C) -13

D) 13

E) 25

GABARITO

1. Seja a região S limitada superiormente pela reta y = x + 1 e inferiormente pela parábola y = x² - 2x + 1.


Determine a área da região S.

A alternativa "D " está correta.

A área da região S é obtida por ∬Sdxdy.

É necessário, inicialmente, obter-se a interseção entre a reta e a parábola:

Fonte: o Autor
 Figura 12

As equações que definem as curvas representadas na figura são:

y=x+1y=x2-2x+1→x+1=x2-2x+1→x2-3x=0→x=0 ou x=3

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, a região S será definida por 0 ≤ x ≤ 3 e x² - 2x + 1 ≤ y ≤ x.

A=∫03∫x2-2x+1xdydx
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

∫x2-2x+1xdy=yx2-2x+1x=x-x2-2x+1=-x2+3x-1

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

A=∫03-x2+3x-1dx=-13x303+ 32x203-x03=-273+272-3=96=32

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine a área da região contida abaixo da parábola y = – 4x² + 4 e acima da parábola y = 9 x² – 9.

A alternativa "A " está correta.

Achando as interseções entre as duas curvas:

y=-4x2+4y=9x2-9→13x2-13=0→x=±1

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então, as curvas se interceptam em x = – 1 e x = 1.

A=∫-11∫9x2-94-4x2dydx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando, inicialmente, em relação à variável y:

∫9x2-94-4x2dy=4-4x2-9x2-9=-13x2+13

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando na variável x:

A=∫-11( -13x2+13)dx

A=-13 13x3-11+13 x-11=-1331--1+131--1=26-263=523

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Determine a massa de um objeto planar que ocupa a região definida por S e tem uma densidade de massa
superficial δ(x,y) = ln(x). Sabe-se que:

S=x,y / 1≤x≤2 e 0≤y≤2x

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "B " está correta.

Se a densidade superficial de massa vale

δ(x,y) = ln(x)→m=∬Sln(x) dxdy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pela definição da região S:

m=∫12∫02xln(x) dy dx
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando em y:

∫02xlnxdy=lnx y02x=2xlnx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

m=∫122xlnxdx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo u = ln(x) →du=1xdx, portanto 2xlnxdx=2u du

Se x = 1 → u =ln(1) = 0 e x = 2 → u = ln(2)

m=∫0ln(2)2u du=2 12u20ln(2)=ln22

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine o momento de inércia em torno do eixo y do objeto planar que ocupa a região definida por S e tem

densidade de massa superficial δ(x,y) = 14x2y. Sabe-se que:

S=x,y / 0≤x≤2 e 0≤y≤x

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "B " está correta.

O momento de inércia em torno do eixo y será dado por:

Iy=∬Sx2δ(x,y)dS=∬Sx2 14x2y dxdy=∬S14x4y dxdy

Iy=∬S14x4y dxdy=∫02∫0x14x4y dydx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo inicialmente para variável y:

∫0x14x4y dy=14x4 12y20x=7x6

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

Iy=∬S14x4y dxdy=∫027x6dx=717x702=27=128

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. Determine o momento de inércia em torno da origem para uma lâmina que apresenta uma densidade
superficial de massa δ(x,y) = xy e que ocupa uma área definida por:

R=ρ,θ / 0≤θ≤π2 e 1≤ρ≤2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "D " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:


6. Determine a abscissa do centro de massa de uma lâmina que tem a forma de um triângulo com vértices nos
pontos (0,2), (1,0) e (– 1,0). Sabe-se que a densidade superficial de massa do objeto vale δ(x,y)= 2x + 3y.

A alternativa "A " está correta.

Veja a resolução da questão no vídeo a seguir:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DETERMINE A MASSA DE UMA LÂMINA QUE OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR S E TEM
UMA DENSIDADE DE MASSA SUPERFICIAL Δ(X,Y) = X + 2Y SABE-SE QUE:

S=X,Y 1≤Y≤2 E 0≤X≤Y

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) 32

B) 72

C) 65

D) 45
E) 23

2. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM TORNO DO EIXO X DO OBJETO PLANAR QUE


OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR S E TEM UMA DENSIDADE DE MASSA SUPERFICIAL
Δ(X,Y) = 15X² 2Y . SABE-SE QUE:

S=X,Y / 0≤X≤2 E 0≤Y≤X

 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM


HORIZONTAL

A) 613

B) 1303

C) 1603

D) 2343

E) 3193

GABARITO

1. Determine a massa de uma lâmina que ocupa a região definida por S e tem uma densidade de massa
superficial δ(x,y) = x + 2y Sabe-se que:

S=x,y 1≤y≤2 e 0≤x≤y

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "B " está correta.

Se a densidade superficial de massa vale

δ(x,y)=x+2y→m=∬S(x+y) dxdy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pela definição da região S:

m=∫12∫0y(x+y) dx dy

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando em x:

∫0yx+ydx= 12x20y+y x0y=12y2+2y2=32y2

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

m=∫1232y2dy= 32 13y312=1223-13=72
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine o momento de inércia em torno do eixo x do objeto planar que ocupa a região definida por S e tem
uma densidade de massa superficial δ(x,y) = 15x² 2y . Sabe-se que:

S=x,y / 0≤x≤2 e 0≤y≤x

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "C " está correta.

O momento de inércia em torno do eixo x será dado por:

Iy=∬Sy2δ(x,y)dS=∬Sy2 15x2y dxdy=∬S15x2y2 dxdy

Iy=∬S15x2y2 dxdy=∫02∫0x15x2y2 dydx

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, para variável y:

∫0x15x2y2 dy=15x2 13y30x=5x5

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

Iy=∬S15x2y2 dxdy=∫025x5dx=516x602=5626=1603

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste Tema, apresentamos e aplicamos o conceito da integral dupla de funções escalares.

No primeiro módulo, definimos a integral dupla e estudamos como se calcula a integral em coordenadas retangulares.
Vimos que o Teorema de Fubini permitiu o cálculo da integral dupla por meio de duas integrais simples iteradas.

No segundo módulo, apresentamos a integral dupla em sua forma polar, permitindo o cálculo mais simples para algumas
simetrias.

Por fim, vimos exemplos de aplicação de integral dupla no cálculo de áreas, no cálculo de massa e centro de massa,
bem como no momento de inércia.

Acreditamos que você, neste momento, já saiba definir e trabalhar com a integração dupla de funções escalares.
AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 2 ed. Estados Unidos: John Wiley & Sons, 1969. Cap. 11, p. 353-378, 392-405. Vol 2.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. Cap. 2, p. 37-48; Cap. 3, p. 49-74 e Cap. 4, p. 75-104. Vol 3.

STEWART, J. Cálculo. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. Cap. 16, p. 978-1019. Vol 2.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste Tema, pesquise sobre integrais duplas e suas aplicações na internet e
em nossas referências.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de Integração Tripla.

PROPÓSITO
Definir integral tripla, calcular a integral tripla por meio de integrais iteradas em coordenadas cartesianas, cilíndricas e esféricas, e aplicar a integração
tripla em alguns problemas de cálculo integral com três variáveis.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Calcular a integral tripla

MÓDULO 2

Calcular a integral tripla em coordenadas cilíndricas e esféricas

MÓDULO 3
Aplicar o conceito de integração tripla

TAGS

Integral tripla, coordenadas cilíndricas, coordenadas esféricas, aplicações integrais triplas.

MÓDULO 1

 Calcular a integral tripla

INTRODUÇÃO
Ao se aplicar procedimentos análogos à integral simples aplicada em funções reais e à integral dupla aplicada em funções escalares com duas

variáveis, também podemos definir a integral tripla por meio de um somatório triplo, que envolverá uma função escalar do R3.

Este módulo definirá a integração tripla e ensinará a realizar o seu cálculo.

DEFINIÇÃO DE INTEGRAL TRIPLA

 ATENÇÃO

Para definição da integral simples e integral dupla, foi utilizado um somatório denominado Somatório de Riemann.
Para a definição da integral simples, foi criada uma partição P = {u0, u1, ..., un} que dividia um intervalo [a,b] em n subintervalos [ui − 1, ui], tal que a =

u0 < u1 < ... < un − 1 < un = b, com amplitudes de cada subintervalo [ui − 1, ui] dada por Δui = u1 − ui − 1.

Logo após, em cada subintervalo [ui − 1, ui] da Partição P, foi escolhido, arbitrariamente, um ponto pi. Assim, foi definida a soma de Riemann de f(x)

em relação à partição P e ao conjunto de pontos pi por meio da expressão:

N
∑ F PI
I=1
( ) ∆ UI
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Desse modo, a integral simples, aplicada a uma função de uma variável, foi definida como:

N
∫B
AF(X)DX ( )
= LIM ∑ F P I ∆ U I
N → ∞I = 1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

n → ∞: representa que todas as amplitudes ∆ u i tendem a zero.

Diante da integral dupla, de forma semelhante ao realizado no caso da função de uma variável com o intervalo [a,b], foi definida uma Partição, de uma
área S, que envolvia agora duas dimensões em vez de uma só. As amplitudes de cada área particionada eram definidas por ∆ x i ∆ y j. Foram
escolhidos, arbitrariamente, um ponto pi em cada área da partição.

Assim, a integral dupla da função f(x,y) na região S será definida por um limite da Soma Dupla de Riemann:

N M
∬ F(X, Y)DXDY = LIM ∑ ∑ F P IJ ∆ X I ∆ Y J
S ∆ → 0I = 0 J = 0
( )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

∆→0: representa que todas as amplitudes de ∆ x i e ∆ y j tendem a zero.

Agora, podemos usar um procedimento análogo para definir a integral tripla para uma função escalar com domínio em R3.

SOMA TRIPLA DE RIEMANN PARA FUNÇÕES ESCALARES

A integral Tripla será uma operação matemática definida para uma função escalar com domínio em um subconjunto do R3, isto é, dependendo de três
variáveis reais.

Seja um paralelepípedo V definido por:

{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / A ≤ X ≤ B , C ≤ Y ≤ D E G ≤ Y ≤ H , COM A, B, C, D, G E H REAIS }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 DICA

Conforme realizado nos casos anteriores, vamos definir uma Partição P para o Paralelepípedo definido por V. A diferença, agora, é que essa partição é
por volume e envolve três dimensões.

Seja:

P1 : a = x0 < x1 < … < xn = b

P2 : c = y0 < y1 < … < ym = d

P3 : g = z0 < z1 < … < zp = h

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

partições dos intervalos [a,b] , [c,d] e [g,h], respectivamente. As amplitudes dos intervalos serão definidas por ∆xi, ∆yj e ∆zk.

O conjunto definido por:

P= {(xi, yj, zk ) / 0 ≤ i ≤ n, e 0 ≤ j ≤ m e 0 ≤ k ≤ p }, i, j e k inteiros


฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

é denominado partição do paralelepípedo V.

Para tal caso, essa partição P determinará m.n.k paralelepípedos, cada um definido por:

{
V IJK = (X, Y, Z) ∈ R 3 / X I - 1 ≤ X ≤ X I , Y J - 1 ≤ Y ≤ Y J E Z K - 1 ≤ Z ≤ Z K }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Seja, agora, um conjunto B⊂R3. O conjunto B será limitado se existir um paralelepípedo V, tal que todo B está contido nesse paralelepípedo, isto é,
B⊂V.

Neste momento, já podemos usar procedimentos análogos e definir a Soma Tripla de Riemann para a função escalar com domínio no R3. Seja a

função escalar f(x,y,z) com domínio no conjunto B ⊂ R3, com B limitado. Assim, existirá um retângulo V tal que B está totalmente contido em V.

Seja a partição P do paralelepípedo V, isto é:

P= {(xi, yj, zk ) / 0 ≤ i ≤ n, e 0 ≤ j ≤ m e 0 ≤ k ≤ p },
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

com i , j e k inteiros. Para cada paralelepípedo Vijk da partição P, escolhe-se, arbitrariamente, um ponto pij.

( )
p ijk = u i, v j, w k , com x i - 1 ≤ u i ≤ x i , y j - 1 ≤ v j ≤ y j e z k - 1 ≤ w j ≤ z k

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( )
Desejamos definir um somatório cujas parcelas serão do tipo f p ij ∆ x i ∆ y j ∆ z k

 COMENTÁRIO

O problema é que a função f(x,y,z) somente é definida para B, e os pontos pijk podem cair em uma região do paralelepípedo V que não pertence a B.

Resolveremos esta questão de forma análoga ao resolvido para integral dupla.

Para solucionar este problema, usaremos a seguinte definição para f(pijk):


( )
f p ijk =
{( )
f p ijk , se p ijk ∈ B

0, se p ijk ∉ B

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora, podemos definir a Soma Tripla de Riemann da função f(x,y,z) relativa a uma partição P e aos pontos arbitrários pijk, pela expressão:

N M P
∑ ∑
I=0 J=0 K=0
∑ ( )
F P IJK ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Repare que, como os pontos que não pertencem a B têm valor de função zero, as parcelas do somatório referentes a eles serão nulas. Portanto, a
Soma Tripla de Riemann em B será igual à Soma Tripla de Riemann em V.

A integral tripla da função f(x,y,z) na região B será definida por um limite da Soma Tripla de Riemann:

N M P
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = LIM ∑ ∑
B ∆ →0 I=0 J=0 K=0
∑ ( )
F P IJK ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

∆→0: representa que todas as amplitudes de ∆ x i , , ∆ y j e ∆ z k tendem para zero.

Se o limite existir, então a função f será integrável em B e o valor da integral tripla será o valor obtido pelo cálculo do limite.

De forma similar, f(x,y,z) será denominada integrando, e a integral tripla terá um limite inferior e superior de integração para cada uma das três
integrais.

 DICA

A determinação das integrais triplas não será feita pelo cálculo do limite de sua definição.

Em tópico posterior, será estudado como realizar esse cálculo. Antes, vamos analisar as propriedades da integral tripla.

PROPRIEDADES DA INTEGRAL TRIPLA


Podemos apresentar algumas propriedades para a integral tripla. A demonstração de todas elas é feita por meio da sua definição pela Soma Tripla de
Riemann.

Sejam as funções f(x,y,z) e g(x,y,z) integráveis em B e k uma constante real:

01
02
03

∭ [F(X, Y, Z) ± G(X, Y, Z)]DXDYDZ = ∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ ± ∭ G(X, Y, Z)DXDYDZ


B B B
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

∭ K F(X, Y, Z)DXDYDZ = K∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ


B B

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se f(x,y) ≥ 0 em S

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ ≥ 0
B

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 DICA

É possível utilizar a mesma analogia para f(x,y,z) ≤ 0, f(x,y,z) > 0 e f(x,y,z) < 0.

04
05
Se f(x,y,z) ≥ g(x,y,z) em B:

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ ≥ ∭ G(X, Y, Z)DXDYDZ


B B

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 DICA

É possível utilizar a mesma analogia para f(x,y,z) ≤ g(x,y,z), f(x,y,z) > g(x,y,z) e f(x,y,z) < g(x,y,z).

Sejam B 1 e B 2 tais que B 1 ∪ B 2 = B e B 1 ∩ B 2 = ∅

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ + ∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ


B B B

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DA INTEGRAL TRIPLA


No cálculo integral de uma variável, é possível calcular as integrais definidas de uma forma mais direta, usando as integrais imediatas por meio do
Teorema Fundamental do Cálculo.

Integral dupla

Para o caso da integral dupla, é usado o Teorema de Fubini por meio do cálculo de duas integrais simples iteradas.

Integral tripla

Para o caso da integral tripla, a solução será transformar a integral em uma integral dupla e uma integral simples.

Vamos dividir em dois casos:

Quando B é um paralelepípedo — neste caso, os três intervalos de integração serão definidos por números e sem dependência entre as variáveis.

Quando os intervalos de integração de, pelo menos, uma variável depende das demais.

INTEGRAL TRIPLA SOBRE UM PARALELEPÍPEDO

Seja f(x,y,z) uma função escalar, integrável, definida em B⊂R3. O conjunto B é um paralelepípedo definido por:

{ }
B = (x, y, z) ∈ R 3 / a ≤ x ≤ b , c ≤ y ≤ d e g ≤ y ≤ h , com a, b, c, d, g e h reais

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, pelo Teorema de Fubini para integral tripla:

BDH
∭ F(X, Y, Z)DV = ∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DZDYDX
B B ACG

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A integral que vemos ao lado direito da expressão apresentada é denominada Integrais Iteradas.

 DICA

O nome Integrais Iteradas, indica que, inicialmente, integramos parcialmente em relação a uma variável, depois, integraremos em relação à segunda e,
por fim, em relação à terceira variável.

Em cada caso, similar ao realizado na integração dupla, durante a integração parcial, as demais variáveis são consideradas como constantes.

 ATENÇÃO

Para este caso, tanto faz integrar-se parcialmente em relação à variável x, y ou z. Assim, teremos cerca de seis possibilidades, de acordo com a ordem
escolhida de integração.

Repare na notação: dependendo da ordem escolhida, a ordem de dx, dy e dz deve mudar.

Os limites de integração em cada integral da direita para esquerda correspondem às diferenciais da direita para esquerda.

No caso do exemplo, o intervalo [a,b] corresponde à variável x, o intervalo [c,d] corresponde à variável y e, por fim, o intervalo [g,h] corresponde à
variável z.

Para fixar o conteúdo, vamos mostrar a integral quando escolhemos integral na ordem das variáveis x, z e y:

DH B
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DXDZDY
B C GA
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pode ser provado que, para o caso de se ter f(x,y,z) = g(x)h(y)q(z), a integral é tripla, para quando os limites são numéricos, ela pode ser analisada
como um produto de três integrais simples:

DH B B D H
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DXDZDY = ∫ G(X)DX ∫ H(Y)DY ∫ Q(Z)DZ
B C GA A C G

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 EXEMPLO

( )(∫ Y DY )(∫ )
B
H D
∫G ∫ C ∫ 8 X(Z + 1)Y 2DXDYDZ = ∫ B
A8XDX
D 2
C
H
G(Z + 1)DZ
A

Como visto, a integral tripla será calculada com a determinação de três integrais simples. É importante relembrarmos as integrais simples imediatas e
os métodos de integração estudados no cálculo de uma variável.

EXEMPLO 1
Determine o valor de ∭ B(3xy + zy - 2xz)dxdydz, em que B está contido em uma caixa, definido por 1 ≤ x ≤ 2, 1 ≤ y ≤ 3 e 0 ≤ z ≤ 1.

SOLUÇÃO
Usando as integrais iteradas:

∭ B(3xy + zy - 2xz)dxdydz = ∫ 10 ∫ 31 ∫ 21 (3xy + zy - 2xz)dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos integrar parcialmente em relação à variável x, mantendo as variáveis y e z constantes:

2 2 2 2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = ∫ 3xy dx + ∫ zy dx - ∫ 2xz dx
1 1 1 1
2 2 2 2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 3y ∫ x dx + zy ∫ dx - 2z ∫ x dz
1 1 1 1

| |
2 1 2 2 1 2 2
2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 3y 2
x + zy x| 1 - 2z 2
x
1 1 1

2
( ) ( )
3
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 2
y 2 2 - 1 2 + zy(2 - 1) - z 2 2 - 1 2
1
2 9
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 2
y + zy - 3z
1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando, agora, parcialmente em relação ao y, mantendo z constante:

( )
3 9 93 3 3
∫ y + zy - 3z dy = ∫ y dy + z ∫ y dy - 3z ∫ dy
2 2
1 1 1 1

( ) | |
3 9 9 1 3 1 3
∫ 2
y + zy - 3z dy = 2 2
y2 +z 2
y2 - 3z y| 31
1 1 1
( ) ( )
3

1
9
2
y + zy - 3z dy =
9
4 (3 2
- 12 + ) (3
z
2
2
)
- 1 2 - 3z 3 - 1

( )
3 9
∫ 2
y + zy - 3z dy = 18 + 4z - 6z = 18 - 2z
1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvemos a integral em z:

|
1 1 1
∫ (18 - 2z) dz = 18 z| 10 - 2 2
z2 = 18 - 1 = 17
0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

INTEGRAL TRIPLA SOBRE UM VOLUME GENÉRICO

Seja f(x,y,z) uma função escalar, integrável, definida em B⊂R3. O conjunto B é uma região espacial limitada, isto é, um sólido.

 COMENTÁRIO

Vamos considerar que o sólido B é um conjunto de pontos (x,y,z) tais que, ao fixar o valor de (x,y), o valor de z estará limitado entre duas funções.

Considere o conjunto S ⊂ R2 um conjunto fechado e limitado, e sejam duas funções escalares g(x,y) e h(x,y) contínuas em S, tais que, para todo (x,y)
∈ S, g(x,y) ≤ h(x,y).

Seja B o conjunto do R3, isto é, dos pontos (x,y,z) tais que g(x,y) ≤ z ≤ h(x,y), para todo (x,y) ∈ S. Na verdade, o conjunto S é a projeção do sólido B no
plano XY, conforme a figura:

Fonte: Autor

Assim, de forma análoga à integral dupla:

[
∭ Bf(x, y, z)dV = ∭ Bf(x, y, z)dxdydz = ∬ S ∫ gh (( xx ,, yy )) f(x, y, z)dz dxdy ]
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O raciocínio também poderia ter sido feito de outras duas maneiras:

PELA PROJEÇÃO DE B SOBRE O PLANO XZ


Pela projeção de B sobre o plano XZ, isto é, mantendo (x,y) fixo, sendo g(x,z) ≤ y ≤ h(x,z). Assim:
∭ BF(X, Y, Z)DV = ∭ BF(X, Y, Z)DXDYDZ = ∬ S ∫ G ( X , Z ) F(X, Y, Z)DY DXDZ [ H(X,Z)
]
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PELA PROJEÇÃO DE B SOBRE O PLANO YZ


Pela projeção de B sobre o plano YZ, isto é, mantendo (y,z) fixo, sendo g(y,z) ≤ x ≤ h(y,z). Assim:

H(Y,Z)
∭ BF(X, Y, Z)DV = ∭ BF(X, Y, Z)DXDYDZ = ∬ S ∫ G ( Y , Z ) F(X, Y, Z)DX DYDZ [ ]
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Em todos os casos, o cálculo da integral tripla iniciará pela solução de uma integral simples, em que uma variável terá limites de integração
dependendo das duas outras variáveis. Por fim, deve ser resolvida uma integral dupla sobre a área S.

Para se determinar a projeção S do sólido B em um dos três planos cartesianos, existe a necessidade de termos uma visão espacial.

 ATENÇÃO

Se existirem regiões, dentro da área S, onde g(x,y) ≤ h(x,y), e outras, onde g(x,y) ≥ h(x,y), a integral deve ser separada em integrais em que a ordem
de g(x,y) e h(x,y) seja mantida. Para isso, deve ser usada a propriedade 4, vista no item anterior.

EXEMPLO 2


Determine ∭ B x 2 + y 2 dxdydz, em que B é a região interna ao paraboloide de equação z = x 2 + y 2 com z ≤ 9

SOLUÇÃO
O sólido B projetado no plano XY forma um círculo de centro na origem e raio 3, que chamaremos de S, com equação x2+y2 = 9, conforme a figura:

Fonte: Autor

Fixando o valor de (x,y), a variável z irá variar do paraboloide até o plano z = 9, assim:

x2 + y2 ≤ z ≤ 9

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Dessa forma:
√ √
∭ B x 2 + y 2 dxdydz = ∬ S∫ x 2 9+ y 2 x 2 + y 2 dz dxdy

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Resolvendo a integral em z:


∫ x 2 9+ y 2 x 2 + y 2 dz = √x 2 + y 2 ∫ x 9
2 + y 2dz = √x2 + y 2 z|x 9
2 + y2

9

∫ x 2 + y 2 x 2 + y 2 dz = √x 2 + y 2 (9 - x 2 - y 2 )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:


∭ B x 2 + y 2 dxdydz = ∬ S √x 2 + y 2 (9 - x 2 - y 2 dxdy )
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Na qual S é o círculo de equação x2+y2 = 9.

Agora, o problema caiu na resolução de uma integral dupla. Como ela tem simetria polar, mudaremos para variável polar.

Lembrando que x = ρcosθ e y = ρsenθ, assim ρ 2 = x 2 + y 2

∬S √x 2 + y 2 )
(9 - x 2 - y 2 dxdy = ∬ Sp ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A região S em coordenadas polares vale 0 ≤ ρ ≤ 3 com 0 ≤ θ ≤ 2π

2π3 2π 3

Sp
) ( )
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = ∫ ∫ 9ρ 2 - ρ 4 dρdθ = ∫ dθ ∫ 9ρ 2 - ρ 4 dρ
0 0 0 0
( )


Sp
)
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = θ| 2π
0( )9 ( 1
3
ρ3 |
3

0
-
1
5
ρ5 |)
3


Sp
)
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = 2π 3 3 3 -
[( )
1
5 ] (
3 5 = 2π 81 -
243
5 ) =
324π
5

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RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Uma das aplicações da integral tripla é o cálculo de massa de um sólido, definido por meio de uma densidade volumétrica de massa. Seja um objeto
sólido que possui a forma de uma esfera de equação x 2 + y 2 + z 2 = 4. Esse objeto tem uma densidade volumétrica de massa dada por

(
δ x, y, z )=x 2
kg / m 3. Determine a massa do objeto, sabendo que ela pode ser obtida pela integral:

M = ∭ Δ(X, Y, Z)DXDYDZ
V
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SOLUÇÃO

CÁLCULO DE INTEGRAL TRIPLA

Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

MÃO NA MASSA

1. DETERMINE O VALOR DE ∫ 31∫ -11 ∫ 20(X + Y + Z)DZDYDX :

A) 8

B) 15

C) 24

D) 36

E) 48
( ( )√ )
Π
9
2. DETERMINE O VALOR DE ∫ 02 ∫ -11 ∫ 30 X 2 COS Z Y + 1 DYDXDZ
2

A) 13

B) 14

C) 15

D) 16

E) 17

3. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ VX 2Z DXDYDZ, EM QUE V É O SÓLIDO CONTIDO NO CILINDRO COM EIXO
PRINCIPAL NO EIXO Z E BASE INFERIOR NO PLANO XY. O CILINDRO TEM RAIO DA BASE 2 E ALTURA 4.

A) 4π

B) 8π

C) 32π

D) 48π

E) 64π

0 Y - 2Z
4. DETERMINE O VALOR DE ∫ 10∫ 2Y ∫ 0 6Y DV :

A) 2

B) 3

C) 4

D) 5

E) 6

5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ VX DXDYDZ, EM QUE V É UM SÓLIDO DEFINIDO PELA INTERSEÇÃO DO


PLANO DE EQUAÇÃO X + 2Y + Z = 4 E OS PLANOS COORDENADOS:

4
A) 3
8
B) 3
16
C)
3
32
D) 3
64
E)
3

6
6. DETERMINE O VALOR DE ∭ V Π DXDYDZ, EM QUE V É A REGIÃO LIMITADA INFERIORMENTE PELO
PARABOLOIDE Z = X 2 + Y 2 E, SUPERIORMENTE, PELA ESFERA X 2 + Y 2 + Z 2 = 2 :

7
A) 4√2 + 2
7
B) 4√2 - 2
C) 16√2 - 14

D) 8√2 + 7

E) 8√2 - 7

GABARITO
3 1 2
1. Determine o valor de ∫ 1 ∫ - 1 ∫ 0 (x + y + z)dzdydx :

A alternativa "C " está correta.


31 2
∫ ∫ ∫ (x + y + z)dzdydx
1 - 10

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral em z, mantendo x e y constantes:


2 2 2
|
1 2
∫ (x + y + z)dz = ∫ (x + y)dz + ∫ z dz = (x + y) z| 20 + 2
z2 0
= 2(x + y) + 2
0 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

31
∫ ∫ (2x + 2y + 2)dydx
1 -1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Realizando a integral em y:

1 1 1
|
1
∫ (2x + 2y + 2)dy = ∫ (2x + 2)dy + ∫ 2ydy = (2x + 2) y| -11 + y 2 -1
-1 -1 -1
1
∫ (2x + 2y + 2)dy = (2x + 2)(1 - (- 1)) + (1 - 1) = 4x + 4
-1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim:

|
3 3
( )
1
∫ (4x + 4)dx = 4 x2 + 4x| 31 = 2 3 2 - 1 2 + 4(3 - 1) = 16 + 8 = 24
2
1 1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( ( )√ )
π
9
2. Determine o valor de ∫ 02 ∫ -11 ∫ 30 2
x 2 cos z y + 1 dydxdz

A alternativa "B " está correta.


π

( ( )√ )
21 3 9 2
∫∫ ∫ 2
x cos z y + 1 dydxdz
0 - 10

( ) ( )( )
π π

( ( )√ )
21 3 9 92 1 3
∫∫ ∫ x2 cos z y + 1 dydxdz = ∫ cos (z)dz ∫ x 2dx ∫ √y + 1dy
2 2
0 - 10 0 -1 0

| )
3
( √y + 1 )dy = ∫30 (y + 1)1 / 2dy = 3 (y + 1)
2 3 2 3 14
a) ∫ 30 2 = 3
((4) 3 / 2 - (1) 2 = 3
0

|
1 1 1 1 2
b) ∫ x 2dx = 3
x3 =
3
(1 - (- 1)) =
3
-1 -1
π

()
2 π
π
c) ∫ cos (z)dz = sen(z)| 02 = sen - sen(0) = 1
2
0
π

( ( )√ )
21 3 9 9 14 2
∫∫ ∫ 2
x 2 cos z y + 1 dydxdz = 2
. 3
. 3 . 1 = 14
0 - 10
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Determine o valor da integral ∭ Vx 2z dxdydz, em que V é o sólido contido no cilindro com eixo principal no eixo z e base inferior no plano
XY. O cilindro tem raio da base 2 e altura 4.

A alternativa "C " está correta.

Analisando o sólido V, a projeção dele sobre o plano XY será a base do cilindro de equação x2+y2=22=4.

Fixando um valor para (x,y), na base inferior, o valor de Z irá variar da base inferior (z = 0) até a base superior (z = 4). Assim:
4
∭ x 2z dxdydz = ∬ ∫ x 2z dz dxdy
V S0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que S é o círculo de equação x2+ y2 = 22 = 4.

Resolvendo a equação em z, mantendo x e y constantes, temos:

|
4 4 1 4
∫ x 2z dz = x 2 ∫ z dz = x 2 2
z2 = 8x 2
0 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:

∭ x 2z dxdydz = ∬ S8x 2dxdy


V

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como S tem simetria polar, resolveremos a integral dupla por sua forma polar.

A região S em coordenadas polares terá equação 0 ≤ ρ ≤ 2 e 0 ≤ π ≤ 2π.

f(x, y) = 8x 2 → f(ρ, θ) = 8 (ρ cosθ) 2 = 8ρ 2 cos 2θ

∬ 8x 2dxdy = ∬ 8ρ 2 cos 2θ ρ dρdθ


S Sp
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∬ Sp8ρ 2 cos 2θ ρ dρdθ = ∫ 2π 2 3 2 2π 2


0 ∫ 0 8ρ cos θ dρdθ = 8 ∫ 0 cos θ dθ ( ) (∫ ρ dρ )
2 3
0

( )
2π 2π 1 1 1
✓ ∫ cos 2θ dθ = ∫ cos (2θ) + dθ = 0 + (2π - 0) = π
2 2 2
0 0

|
2 1 2 1
✓ ∫ ρ 3 dρ = 4
ρ4 =
4
24 = 4
0 0

∬ 8Ρ 2 COS 2Θ Ρ DΡDΘ = 8. Π. 4 = 32Π


SP
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine o valor de ∫ 10 ∫ 2y
0 y - 2z
∫ 0 6y dV :

A alternativa "B " está correta.

Analisando os limites da integração:

Os limites de 0 até y – 2z, como dependem das variáveis y e z, obrigatoriamente será o limite da variável x.

Os limites de 2y até 0, como dependem da variável y e já temos a integração em x, obrigatoriamente será o limite da variável z.

E o limite de 0 a 1 restou para variável y.

Assim:
1 0 y - 2z 1 0 y - 2z
∫∫ ∫ 6y dV = ∫ ∫ ∫ 6y dxdzdy
0 2y 0 0 2y 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando na variável x, mantendo y e z constantes:

y - 2z y - 2z
∫ 6y dx = 6y ∫ dx = 6y(y - 2z) = 6y 2 - 12yz
0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando em z, mantendo y constante:

0

2y
(6y 2
)
- 12yz dz = 6y 2z| 2y - 12y
0 1
2
z2 |
0

2y
(
= 6y 2(0 - 2y) - 6y 0 2 - (2y) 2
)
0

2y
(6y 2
)
- 12yz dz = - 12y 3 + 24y 3 = 12y 3

Por fim, integrando em y:


1
∫ 12y 3dy = 3y 4
0
| 1
0
=3

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. Determine o valor da integral ∭ Vx dxdydz, em que V é um sólido definido pela interseção do plano de equação x + 2y + z = 4 e os planos
coordenados:

A alternativa "C " está correta.

CÁLCULO DE INTEGRAL DUPLA TRIPLA


Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

6
6. Determine o valor de ∭ V π dxdydz, em que V é a região limitada inferiormente pelo paraboloide z = x 2 + y 2 e, superiormente, pela esfera
x2 + y2 + z2 = 2 :
A alternativa "E " está correta.

CÁLCULO DE INTEGRAL DUPLA TRIPLA


Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

2 1 2
(
1. DETERMINE O VALOR DE ∫ 0∫ 0∫ 1 6 Y 2ZE X DYDXDZ : )
A) 4e – 1

B) 8e + 1

C) 28(e + 1)

D) 28(e – 1)

E) 3e2 + 5

2. DETERMINE O VALOR DE ∫ 10∫ X0 ∫ Y 0- X 10X 2 DV :

A) 1
B) 2

C) 3

D) 4

E) 5

GABARITO

1. Determine o valor de ∫ 20 ∫ 10 ∫ 21 6 y 2ze x dydxdz : ( )


A alternativa "D " está correta.

212 2 2 1

001
( )
∫ ∫ ∫ 6 y 2ze x dydxdz = ∫ 2zdz ∫ 3y 2dy ∫ e xdx
0 1 0
2
✓ ∫ 2zdz =
0
2
z2 0 | = 22 = 4

✓ ∫ 1 3y 2dy = y 3
2
| 2
1 = 23 - 13 = 7

✓ ∫ 10 e xdx = = e x | 1
0 =e-1

( )
212
( )
∫ ∫ ∫ 6 Y 2ZE X DYDXDZ = 4.7. (E - 1) = 28 E - 1
001

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine o valor de ∫ 10 ∫ 0x ∫ y0- x 10x 2 dV :

A alternativa "A " está correta.

Analisando os limites da integração:

Os limites de 0 até y – x, como dependem das variáveis x e y, obrigatoriamente, será o limite da variável z.

Os limites de x até 0, como depende da variável x e já temos a integração em z, obrigatoriamente, será o limite da variável y.

E o limite de 0 a 1 restou para variável x.

Assim:

10y - x 10y - x
∫ ∫ ∫ 10x 2 dV = ∫ ∫ ∫ 10x 2 dzdydx
0x 0 0x 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando na variável z, mantendo x e y constantes:

y-x
∫ 10x 2 dz = 10x 2 z| y0- x = 10x 2(y - x) = 10yx 2 - 10x 3
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Integrando em y, mantendo x constante:

0
( )
∫ 10yx 2 - 10x 3 dy = 10x 2 2 z 2
x
1
|
0

x
0
( ) ( )
- 10x 3 y| x = 5x 2 0 - x 2 - 10x 3 0 - x

0
( )
∫ 10yx 2 - 10 dy = - 5x 4 + 10x 4 = 5x 4
x
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, integrando em y:

|
1 1 5 1
∫ 5x 4 dx = 5 x =1
5
0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÓDULO 2

 Calcular a integral tripla em coordenadas cilíndricas e esféricas

INTRODUÇÃO
Em alguns problemas, devido à sua simetria, às vezes, fica mais fácil de se resolver a integral tripla transformando as coordenadas retangulares para
coordenadas cilíndricas e coordenadas esféricas.

Este módulo apresentará o sistema de coordenadas cilíndricas e esféricas, e o cálculo da integral tripla por meio dessas coordenadas.

INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS CILÍNDRICAS

SISTEMA DE COORDENADAS CILÍNDRICAS

Antes de estudarmos o cálculo da integral tripla em coordenadas cilíndricas, vamos definir o sistema de coordenadas cilíndricas.

O sistema de coordenadas cilíndricas é um sistema que permite a representação de um ponto P, no espaço, por meio de três coordenadas (ρ, θ, z).

Veja a figura a seguir:

Fonte: Autor

 EM QUE:
z: A coordenada z do ponto P representa a cota, isto é, a distância entre o ponto P e o plano xy. Repare que essa coordenada z é a mesma do
sistema de coordenadas retangulares (x,y,z). O valor de z varia de - ∞ até ∞

Q: O ponto Q é a projeção do ponto P no plano XY.

ρ: A coordenada ρ é a distância entre o ponto Q e a origem O. O valor de ρ varia de 0 até ∞

θ: A coordenada θ é o ângulo no plano XY, medido no sentido anti-horário, entre o segmento OQ e o eixo positivo x. O valor de θ varia de zero
até 2π.

 ATENÇÃO

Observe que as coordenadas ρ e θ são as polares do ponto Q, isto é, são as coordenadas polares da projeção do ponto P no plano XY.

A relação entre o sistema de coordenadas retangulares (x,y,z) e o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, θ, z) pode ser obtida por meio de uma análise
geométrica da figura. Dessa forma, para se converter as coordenadas cilíndricas de um ponto para coordenadas retangulares, usamos as equações:

X = Ρ COSΘ, Y = Ρ SENΘ E Z = Z

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Igualmente, para se converter as coordenadas retangulares de um ponto para as coordenadas cilíndricas, devem ser usadas as equações:

Y
Ρ= √ X 2 + Y 2, Θ = ARCTG
X
E Z=Z

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 3
Converta as coordenadas do ponto P(x,y,z) = (– 1 , – 1, 3) para coordenadas cilíndricas.

SOLUÇÃO
ρ= √x 2 + y 2 = √( - 1) 2 + ( - 1) 2 = √2
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
y π 5π
tgθ = x
= 1, como x < 0 e y < 0, isto é, o ponto P está no terceiro quadrante do plano XY, assim o valor de θ = π + 4
= 4
.

E, por fim, z = 3. Portanto, P(ρ, θ, z) =


(√ 2,

4 )
,3 .

EXEMPLO 4

Converta as coordenadas cilíndricas do ponto P(ρ, θ, z) = 2,


( π
3 )
, 4 para coordenadas retangulares.

SOLUÇÃO
π 1
x = ρ cosθ = 2 cos 3 = 2 2 = 1

π √3
y = ρ senθ = 2 sen
3
=2 2
= √3
z = z = 4

(
Logo, P(x, y, z) = 1, √3, 4 ).
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DE INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS CILÍNDRICAS

As coordenadas cilíndricas são muito utilizadas em problemas do R3 que envolvem simetria em torno de um eixo, que colocaremos, normalmente,
como eixo z.

 EXEMPLO

Problemas que envolvem um cilindro ou um cone.

A integral tripla foi definida por meio de uma Soma Tripla de Riemann, que usou uma filosofia de dividir o volume de integração por paralelepípedos
com volumes ∆ V = ∆ x ∆ y ∆ z, usando coordenadas retangulares.

Para representação em coordenadas cilíndricas, o sólido será dividido em volumes que terão, na sua base, retângulos polares com área dada por
ρ ∆ ρ ∆ θ.

Assim, o volume de cada sólido será dado pela área da base vezes a altura, dada por ∆θ.

Deste modo, a Soma Tripla de Riemann pode ser definida como:

N M P
( ) N M P
(
∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0F X PI, Y PJ, Z PJ ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K = ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0F Ρ PI, Θ PJ, Z PJ Ρ ∆ Ρ I ∆ Θ J ∆ Z )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Calculando o limite da Soma Tripla de Riemann:

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∭ F(Ρ, Θ, Z) ΡDΡDΘDZ


V VC
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

V é o volume de integração em coordenadas retangulares

VC é o volume de integração em coordenadas cilíndricas

Repare que, como as integrais são calculadas em relação a limites de integração diferentes, torna-se necessário um fator de correção no integrando.
Para o caso da transformação de coordenada retangular para cilíndrica, esse fator valerá ρ, conforme apresentado na equação acima.

A resolução da integral tripla em integrais iteradas segue o mesmo raciocínio apresentado para a integral tripla em coordenadas retangulares.

EXEMPLO 5

Determine a integral ∭ V x 2 + y 2 dxdydz por meio da integração em coordenadas cilíndricas. Sabe-se que V é o sólido contido no cilindro de base

x 2 + y 2 = 4 e com 0 ≤ z ≤ 5.

SOLUÇÃO

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∭ F(Ρ, Θ, Z) ΡDΡDΘDZ


V VC
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como

ρ= √x 2 + y 2 : f (x, y, z ) = √x2 + y 2 → f(ρ, θ, z) = ρ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A equação que define o cilindro em coordenadas cilíndricas será:

✓ x2 + y2 ≤ 4 → 0 ≤ ρ ≤ 2

✓ 0 ≤ θ ≤ 2π

✓0≤z≤5

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

5 2π2 5 2π2
∭ f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ 2 dρdθdz
VC 00 0 00 0

( )( )( ) ( )
5 2π2 5 2π 2 1 1 80
∫ ∫ ∫ ρ 2 dρdθdz = ∫ dz ∫ dθ ∫ ρ 2dρ = (5 - 0)(2π - 0) 23 - 03 = π
3 3 3
00 0 0 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 6
4
Determine a integral ∫ ∫ -√ 16 - x 2∫ √x16
16 - x 22 + y 2 y 2dzdydz por meio das coordenadas cilíndricas.

-4

RESOLUÇÃO

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∭ F(Ρ, Θ, Z) ΡDΡDΘDZ


V VC

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se analisarmos os limites de integração da integral em coordenadas cartesianas, veremos que V é um cone com vértice em (0,0,0), com altura 16 e
base localizada em z = 16, com raio 4.

Convertendo o volume V para coordenadas cilíndricas, teremos:

✓ √x 2 + y 2 ≤ z ≤ 16 → ρ ≤ z ≤ 16

✓ - 4 ≤ x ≤ 4e - √16 - x 2 ≤ y ≤ √16 - x2 é um círculo de raio 4 → 0 ≤ ρ ≤ 4 e 0 ≤ θ ≤ 2π

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Passando a função f x, y, z( )=y 2


para coordenadas cilíndricas f(ρ, θ, z) = ρ 2sen 2θ

Assim:
4 2π16 4 2π16
∭ f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ 2sen 2θ ρ dzdθdρ = ∫ ∫ ∫ ρ 3sen 2θ dzdθdρ
VC 00 ρ 00 ρ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em z, mantendo ρ e θ constantes:

( )
16 16
∫ ρ 3sen 2θ dz = ρ 3sen 2θ ∫ dz = ρ 3sen 2θ z| 16 3 2
ρ = ρ sen θ 16 - ρ
ρ ρ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Logo:
4 2π

VC
f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ρ 3sen 2θ 16 - ρ dθdρ
00
( )


VC
f(ρ, θ, z) ρdρdθdz =
( 2π

0
∫ sen 2θ dθ
)( 4
(
∫ ρ 3 16 - ρ dρ
0
) )
( ( )) (
2π 2π 1 1 1 1 1 2π
✓ ∫ sen 2θ dθ = ∫

2
- 2
sen 2θ dθ = 2
θ| 0 + 2 2
cos 2θ)| =π
0 0 0

4 4
4
( ) 4
(
✓ ∫ 0 ρ 3 16 - ρ dρ = ∫ 0 16ρ 3 - ρ 4 dρ = 16 4 ρ 4 ) 1
| 0
-
1
5
ρ5 | 0
= 4 44 -
1 5
5
4 =
4096
5

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

4096 4096Π
∭ V F(Ρ, Θ, Z) ΡDΡDΘDZ = Π. =
C 5 5

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS ESFÉRICAS

SISTEMA DE COORDENADAS ESFÉRICAS

Outro sistema de coordenadas para representar um ponto no espaço é o sistema de coordenadas esférica. Antes de estudarmos o cálculo da integral
tripla em coordenadas esféricas, vamos definir esse sistema.

O sistema de coordenadas esféricas é um sistema que permite a representação de um ponto P, no espaço, por meio de três coordenadas (r, φ, θ).

Veja a figura a seguir:


Fonte: Autor

 EM QUE:

r: A coordenada r é a distância radial do ponto, isto é, a distância entre o Ponto P e a origem do sistema O. O valor de r varia de 0 até ∞.

φ: A coordenada φ é um azimute vertical, isto é, é o ângulo entre o segmento OP e o eixo positivo do z. O valor de φ varia de zero até π.

θ: Por fim, a coordenada θ é um azimute horizontal, isto é, o ângulo que o segmento OQ forma com eixo positivo do x. Ele é a mesma
coordenada θ do sistema cilíndrico. O ponto Q é a projeção do ponto P no plano XY.

A relação entre o sistema de coordenadas retangulares (x,y,z) e o sistema de coordenadas esféricas (r, φ, θ) pode ser obtida por meio de uma análise
geométrica da figura. Assim, para se converter as coordenadas esféricas de um ponto para coordenadas retangulares, usamos as equações:

X = R SENΦ COSΘ, Y = R SENΦ SENΘ E Z = R COSΦ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Da mesma forma, para se converter as coordenadas retangulares de um ponto para as coordenadas esféricas, devem ser usadas as equações:

√X 2 + Y 2 Y
R= √ X 2 + Y 2 + Z 2, Φ = ARCTG
Z
E Θ = ARCTG
X

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EXEMPLO 7

Converta as coordenadas do ponto P x, y, z =


( )( -
√6 √6
2
, 2 )
, 1 para coordenadas esféricas.

SOLUÇÃO


6 6
r= √x 2 + y 2 + z 2 = 4
+ 4
+1= √4 = 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


y π 3π
tgθ = x
= - 1, como x < 0 e y > 0, isto é, o ponto P está no segundo quadrante do plano XY, assim θ = π -
4
=
4
.

√x 2 + y 2 √3 π
tgφ =
z
= 1
= √3, assim φ = 3
.

Portanto, P(r, φ, θ) = 2, ( 3π π
4
, 3 )

EXEMPLO 8

Converta as coordenadas esféricas do ponto P(r, φ, θ) = 4, ( π π


4
, 6 ) para coordenadas retangulares.

SOLUÇÃO
π π 1 √2
x = r senφ cosθ = 4 sen
6
cos
4
=4
2 2
= √2
π π 1 √2
y = r senφ senθ = 4 sen 6 sen 4 = 4 2 2
= √2
π √3
z = r cosφ = 4 cos =4 = 2√3
6 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, P(x, y, z) = (√2, √2, 2√3 ).

CÁLCULO DE INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS ESFÉRICAS

As coordenadas esféricas são muito utilizadas em problemas do R3 que envolvem simetria em torno de um ponto.

 EXEMPLO

Problemas que envolvem esferas.

Para representação em coordenadas esféricas, o sólido será dividido em volumes que terão a forma de cunhas esféricas. O volume da cunha esférica
será dado por r 2senφ ∆ r ∆ φ ∆ θ.

Assim sendo, a Soma Tripla de Riemann pode ser definida como:

∑ I =N0 ∑ JM P
( N M P
) 2
= 0 ∑ K = 0 F X PI, Y PJ, Z PJ ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K = ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0 F R PI, Φ PJ, Θ PJ R SENΦ ∆ R ( )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Calculando o limite da Soma Tripla de Riemann:

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∭ F(R, Φ, Θ) R 2 SENΦ DRDΦDΘ


V VE
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

V é o volume de integração em coordenadas retangulares


VE é o volume de integração em coordenadas esféricas

Repare que, como as integrais são calculadas em relação a limites de integração diferentes, torna-se necessário um fator de correção no integrando.

Para o caso da transformação de coordenada retangular para esféricas, esse fator valerá r 2 senφ, conforme apresentado na equação anteriormente
apresentada.

A resolução da integral tripla em integrais iteradas segue o mesmo raciocínio apresentado para a integral tripla em coordenadas retangulares.

EXEMPLO 9

Determine a integral ∭ V8e √x


2 + y2 + z2
dV, em que V é o sólido contido na esfera x 2 + y 2 + z 2 = 4.

SOLUÇÃO
A montagem dessa integral em coordenadas retangulares tornaria a sua solução bastante complicada.

Em coordenadas esféricas, o volume V será representado pelas equações 0 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ φ ≤ π.

A função f(x, y, z) = 8e √x
2 + y2 + z2
( )
→ f r, φ, θ = 8e r.

2 + y2 + z2
∭ V8e x dV = ∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ
E

∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ = ∫ 2π π 2 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 8r e senφ drdφdθ
E

= 8 ∫ 2π(
0 dθ )(∫ senφdφ )(∫ r
π
0
2 2
0 e r dr )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

✓ ∫ dθ = 2π
0
π
✓ ∫ senφdφ = cos0 - cosπ = 2
0
2
✓ ∫ r 2 e r dr
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolveremos essa integral usando duas vezes o método de integração por partes.

Inicialmente, faremos u = r 2 → du = 2rdr e dv = e rdr → v = e r. Assim:


2 2 2

0
( |
∫ r 2 e r dr = r 2e r
2
0
- 2 ∫ r e r dr = 4e 2 - 2 ∫ r e r dr
0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo, agora, u = r → du = dr e dv = e rdr → v = e r. Assim:

2 2
( |
∫ r e r dr = r e r
0
2
0 ( | - (e |
- ∫ e r dr = r e r
0
2
0
r 2
0 ( )
= 2e 2 - e 2 - 1 = e 2 + 1

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

2 2
(
∫ r 2 e r dr = 4e 2 - 2 ∫ r e r dr = 4e 2 - 2 e 2 + 1 = 2e 2 - 2
0 0
)
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Retornando à integral inicial:

∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ = 8 ∫ 2π
E 0 dθ ( )(∫ senφdφ )(∫ r
π
0
2 2
0 )
e r dr = 8. 2π. 2. ( 2e 2 - 2 )
∭ V8e √x
2 + y2 + z2
dV = 64π e 2 - 1( )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Este módulo apresentou apenas o caso da mudança de variável para coordenadas cilíndricas e coordenadas esféricas. No entanto, a mudança de
variável na integral tripla pode ser feita de uma forma mais geral. O que mudará em cada caso será o fato de correção que aparecerá no integrando,
por causa da mudança dos intervalos de integração. As mudanças gerais não serão abordadas neste tema, mas podem ser estudadas em nossa
bibliografia.

 SAIBA MAIS

Pesquise, na internet e nas referências bibliográficas, a mudança de variável em integrais triplas.

RESUMO DO MÓDULO 2

TEORIA NA PRÁTICA
Considere que uma laranja tenha a forma de uma esfera com raio de 4 cm. Sabe-se que a obtenção do volume de um sólido pode ser feita pela
integral tripla:

V = ∭ dV = ∭ dxdydz
V V
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

π
Considere um gomo da laranja como se fosse uma cunha dessa esfera com abertura de 4
. Determine o volume ocupado por este gomo.

RESOLUÇÃO

INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS ESFÉRICAS


Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão.

MÃO NA MASSA


1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL ∭ V 2Z 2 + X 2 + Y 2DV EM COORDENADAS
CILÍNDRICAS, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO NO CILINDRO, QUE APRESENTA A BASE INFERIOR NO PLANO XY
COM EIXO CENTRAL SOBRE O EIXO Z E RAIO DA BASE 2. A BASE SUPERIOR SE ENCONTRA NO PLANO Z = 4.

2π2 2
A) ∫ ∫ ∫
0 00
√2z2 + ρ 2 dρdθdz
2π4 2
B) ∫ ∫ ∫ ρ√ρcosθ dρdθdz
0 00
2π4 4

C) ∫ ∫ ∫ ρ 2z 2 + ρ 2 dρdθdz
0 00
2π4 2

D) ∫ ∫ ∫ ρ 2z 2 + ρ 2 dρdθdz
0 00
π2 2

E) ∫ ∫ ∫ ρ z 2 + ρ dρdθdz
0 00

2 2
2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL ∭ VE X + Y + Z
2
( ) 3/2
DV EM COORDENADAS
ESFÉRICAS, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO EM UMA SEMIESFERA, COM Z ≥ 0, DE CENTRO NA ORIGEM E RAIO
4.

π
A) ∫ 2π 2 4 r
0 ∫ 0 ∫ 0 re senφ drdφdθ
2
B) ∫ 2π π 4 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 r e senφ drdφdθ
π
3
C) ∫ 2π 2 4 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 r e senφ drdφdθ
π
3
D) ∫ 0 ∫ 02 ∫ 20 re r senφ drdφdθ
π

π
2π 2 4 2
E) ∫ 0 ∫ 0 ∫ 0 r senφ drdφdθ

3. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ VX DXDYDZ, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO NA INTERSEÇÃO DO


CILINDRO X2+Y2 = 1 E –1 ≤ Z ≤ 1 COM AS REGIÕES X ≥ 0 E Y ≥ 0.

1
A) 3
2
B)
3
1
C)
6
4
D) 7
2
E)
5

4. DETERMINE A INTEGRAL ∭ V 3DXDYDZ, NA QUAL V É O INTERIOR DE UMA PARTE INTERNA DE UMA ESFERA
DEFINIDA COMO

{
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 2 ≤ R ≤ 3, 0 ≤ Θ ≤ Π E 0 ≤ Φ ≤ Π }
฀ ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL

A) 38π

B) 45π

C) 52π

D) 64π

E) 78π

5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V (48 - 96Z) DXDYDZ, NA QUAL V É O INTERIOR DE UMA PARTE DA
ESFERA DEFINIDA COMO

{ Π Π
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 1 ≤ R ≤ 2, 0 ≤ Θ ≤ 4 E 2 ≤ Φ ≤ Π :
}
฀ ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL

A) 28π

B) 45π

C) 73π

D) 82π

E) 95π

6. UTILIZANDO COORDENADAS CILÍNDRICAS, DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V6DXDYDZ, COM

{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / X 2 + Y 2 ≤ 4, X ≥ 0, Y ≥ 0 E 0 ≤ Z ≤ 2X + 2Y }
฀ ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL

A) 16

B) 32

C) 64

D) 128

E) 256

GABARITO


1. Marque a alternativa que apresenta a integral ∭ V 2z 2 + x 2 + y 2dV em coordenadas cilíndricas, na qual V é o sólido contido no cilindro,
que apresenta a base inferior no plano XY com eixo central sobre o eixo z e raio da base 2. A base superior se encontra no plano z = 4.
A alternativa "D " está correta.

∭ f(x, y, z)dxdydz = ∭ f(ρ, θ, z) ρdρdθdz


V VC
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Convertendo a função f(x, y, z) = √2z 2 + x2 + y 2 para coordenadas cilíndricas, teremos:


f(ρ, θ, z) = √2z 2 + ρ 2
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O sólido V em coordenadas cilíndricas será definido pelos seguintes intervalos de integração:

✓ 0 ≤ ρ ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π : círculo que define as bases do cilindro.

✓ 0 ≤ z ≤ 4 : altura do cilindro.

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

2π4 2
∭ √2z 2 + x2 + y 2dV = ∭ √2z2 + ρ 2ρdρdθdz = 0∫ 0∫ 0∫ ρ√2z 2 + ρ 2 dρdθdz
V VC

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Marque a alternativa que apresenta a integral ∭ Ve (x +y +z )


2 2 2 3/2
dV em coordenadas esféricas, na qual V é o sólido contido em uma
semiesfera, com z ≥ 0, de centro na origem e raio 4.

A alternativa "C " está correta.

∭ f(x, y, z)dxdydz = ∭ f(r, φ, θ) r 2 senφ drdφdθ


V VE
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Convertendo a função f(x, y, z) = e (x +y +z )


2 2 2 3/2
para coordenadas esféricas, teremos:

f(r, φ, θ) = e (r )
2 3/2
= er
3

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O sólido V em coordenadas esféricas será definido pelos seguintes intervalos de integração:

✓ 0 ≤ r ≤ 4 : raio da semiesfera.

✓ 0 ≤ θ ≤ 2π : pois a semiesfera percorre toda variação angular horizontal do plano XY.

π
✓0≤φ≤ : pois a semiesfera percorre apenas a metade superior da esfera (z ≥ 0).
2

Assim:
π
2π 2 4
∭ e ( x2 + y2 + z2 ) 3/2
dV = ∭ r3 3
e r 2 senφ drdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 2e r senφ drdφdθ
V VE 0 00

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Determine o valor da integral ∭ Vx dxdydz, na qual V é o sólido contido na interseção do cilindro x2+y2 = 1 e –1 ≤ z ≤ 1 com as regiões
x ≥ 0 e y ≥ 0.

A alternativa "B " está correta.

Analisando o volume V pela simetria cilíndrica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas cilíndricas.

V é o solido contido em um cilindro, mas limitado por duas regiões, tendo-se, portanto, apenas um quarto do cilindro, contido em x e y ≥ 0. Em
coordenadas cilíndricas, os intervalos de integração seriam:

✓ 0 ≤ ρ ≤ 1 : Círculo da base do cilindro.

✓ - 1 ≤ z ≤ 1 : Variação da altura do cilindro.


π
✓0≤θ≤ 2
: O cilindro está limitado por x ≥ 0 e y ≥ 0.

Transformando a função f(x, y, z) = x em coordenadas cilíndricas, temos f(ρ, θ, z) = ρcosθ.

Dessa maneira:
π
∭ Vx dxdydz = ∭ V ρcosθ ρdρdθdz = ∫ 02 ∫ 10 ∫ -11 ρ 2cosθ dρdzdθ
C

( )( ) ( )
π π
2 11 1 1 2
∫∫∫ ρ 2cosθ dρdzdθ = ∫ ρ 2dρ ∫ dz ∫ cos θdθ
00 - 1 0 -1 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

|
1 1 1 1 1
∫ 0 ρ 2dρ = 3
ρ3 0 = 3
-0= 3

1 1
∫ - 1 dz = z| - 1 = 1 - (- 1) = 2

π π
∫ 02 cosθdθ = sen θ| 02 = 1 - 0 = 1

Portanto:
1 2
∭ x dxdydz = 3
. 2.1 =
3
V
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine a integral ∭ V 3dxdydz, na qual V é o interior de uma parte interna de uma esfera definida como

{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 2 ≤ r ≤ 3, 0 ≤ θ ≤ π e 0 ≤ φ ≤ π }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "A " está correta.

Analisando o volume V pela simetria esférica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas esféricas.

O sólido V já está definido em coordenadas esféricas.

Desse modo:

∭ 3dxdydz = ∭ 3 r 2 senφ drdφdθ


V VE
ππ3
∭ 3 dxdydz = ∫ ∫ ∫ 3 r 2 senφ drdφdθ
V 002

( )( )( )
ππ3 3 π π
∫ ∫ ∫ 3 r 2 senφ drdφdθ = ∫ 3r 2dr ∫ sen(φ)dφ ∫ dθ
002 2 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

∫ 32 3r 2dr = r 3 | 3
2
= (27 - 88) = 19

π
∫ 0 sen(φ)dφ = ( - cos (φ| 0 = 1 -
π
( ( - 1 )) = 2
π π
∫ 0 dθ = θ| 0 = π

Assim,

∭ 3dxdydz = 19.2. π = 38π


V
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. Determine o valor da integral ∭ V (48 - 96z) dxdydz, na qual V é o interior de uma parte da esfera definida como

{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 1 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤
π
4
e
π
2
≤φ≤π :
}
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "C " está correta.


INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS ESFÉRICAS

Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

6. Utilizando coordenadas cilíndricas, determine o valor da integral ∭ V6dxdydz, com

{ }
V = (x, y, z) ∈ R 3 / x 2 + y 2 ≤ 4, x ≥ 0, y ≥ 0 e 0 ≤ z ≤ 2x + 2y

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "C " está correta.

INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS CILÍNDRICAS

Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V2Y DXDYDZ, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO NA INTERSEÇÃO DO


CILINDRO X2+Y2 = 4 E 0 ≤ Z ≤ 3 COM AS REGIÕES X ≤ 0 E Y ≥ 0.

A) 8

B) 12

C) 16

D) 20

E) 24

2. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V 2Z DXDYDZ, NA QUAL V ESTÁ CONTIDO EM UMA PARTE DA ESFERA
DEFINIDA COMO

{ Π
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 2 ≤ R ≤ 4, 0 ≤ Θ ≤ 4 E 0 ≤ Φ ≤ 2
Π
}
฀ ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL

A) 55π

B) 45π

C) 35π

D) 25π

E) 15π

GABARITO

1. Determine o valor da integral ∭ V2y dxdydz, na qual V é o sólido contido na interseção do cilindro x2+y2 = 4 e 0 ≤ z ≤ 3 com as regiões
x ≤ 0 e y ≥ 0.

A alternativa "C " está correta.

Analisando o volume V pela simetria cilíndrica, ficará mais simples resolver a integral por meios das coordenadas cilíndricas.
V é o solido contido em um cilindro, mas limitado por duas regiões, tendo-se, portanto, apenas um quarto do cilindro contido em x≤0 e y ≥0. Em
coordenadas cilíndricas, os intervalos de integração seriam:

✓ 0 ≤ ρ ≤ 2: Círculo da base do cilindro

✓ 0 ≤ z ≤ 3: Variação da altura do cilindro

π
✓ ≤ θ ≤ π: O cilindro está limitado por x ≤ 0 e y ≥ 0
2

Transformando a função f(x, y, z) = 2y em coordenadas cilíndricas, temos f(ρ, θ, z) = 2ρsenθ

Portanto:

π3 2
∭ 2y dxdydz = ∭ 2ρsenθ ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ 2ρ 2senθ dρdzdθ
π 00
V VC
2

π3 2
∫ ∫ ∫ 2ρ 2senθ dρdzdθ = ∫ 2ρ 2dρ
π 00
2
( )( )
2

0
3
∫ dz
0 ( )
π
∫ senθdθ
π
2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

1
∫ 20 2ρ 2dρ = 2 3 ρ 3 | 2
0 =
16
3
-0=
16
3

∫ 30 dz = z| 30 = 3 - 0 = 3

∫ ππ senθdθ = - cos θ| ππ = 1 - 0 = 1
2 2

Assim:
16
∭ 2y dxdydz = . 3.1 = 16
3
V
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine o valor da integral ∭ V 2z dxdydz, na qual V está contido em uma parte da esfera definida como

{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 2 ≤ r ≤ 4, 0 ≤ θ ≤
π
4
e0≤φ≤
π
2 }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "E " está correta.

Analisando o volume V pela simetria esférica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas esféricas.

O sólido V já está definido em coordenadas esféricas. Basta definir a função que se encontra no integrando.

Transformando a função f(x,y,z) = 2z em coordenadas esféricas, temos:

f(r, φ, θ) = 2r cosφ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:
ππ
4 24
∭ 2z dxdydz = ∭
V VE
2
2r cosφ r senφ drdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 3sen 2φ drdφdθ
002
( )

( ) ( )( )
ππ π π
4 24 4
( )
2 4
∫ ∫ ∫ r 3sen 2φ drdφdθ = ∫ r 3dr ∫ sen(2φ)dφ ∫ dθ
002 2 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4
∫ 2 r 3dr =
4 |
1 4 4
r 2 =
1
4
(256 - 16) = 60
( )
π π
1 1
∫ 02 sen(2φ)dφ = 2
( - cos (2φ| 02 = 2
1+1 =1

π π
π
∫ 04 dθ = θ| 04 = 4

π
∭ 2z dxdydz = 60.1. = 15π
4
V
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MÓDULO 3

 Aplicar o conceito de integração tripla

INTRODUÇÃO
Existem várias aplicações, no cálculo diferencial e integral com três variáveis, em que a ferramenta da integração tripla é usada.

Entre essas aplicações, podemos citar: cálculo de volume de um sólido, densidades volumétricas, momentos e centro de massa de objetos.

Este módulo apresentará algumas dessas aplicações na resolução de alguns problemas de cálculo.

CÁLCULO DO VOLUME DE UM SÓLIDO


A integral tripla foi definida, em módulo anterior, por meio da Soma Tripla de Riemann:

∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = LIM ∑ I =N0 ∑ JM


B
P
= 0 ∑ K = 0 F P IJK ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K
∆ →0
( )
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Em que:

∆→0: representa que todas as amplitudes de ∆ x i , ∆ y j e ∆ z k tendem para zero.

Se fizermos o valor de f(x,y,z) = 1, temos:

N M P
∭ DXDYDZ = LIM ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0 ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K
B ∆ →0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

∆→0: representa que todas as amplitudes de ∆ x i , ∆ y j e ∆ z k tendem para zero.

Como estudado, a Soma de Riemann será uma soma de paralelepípedos e, quando ∆→0, esse somatório dos paralelepípedos definidos pelo limite da
Soma Tripla de Riemann será igual ao volume do sólido B.
Assim:

V B = ∭ DV = ∭ DXDYDZ
B B

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EXEMPLO 10
Determine o volume do conjunto dos pontos do espaço B definidos como

B = {(x, y, z) 1 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 3 e - 1 ≤ z ≤ 1}

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SOLUÇÃO
O volume de B será dado por:

231
V B = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∫ ∫ ∫ dzdydx
B B 10 - 1

( )( )( )
231 2 3 1
V B = ∫ ∫ ∫ dzdydx = ∫ dz ∫ dy ∫ dz = (2 - 1)(3 - 0)(1 - (- 1)) = 6
10 - 1 1 0 -1

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Verificando que a representação do sólido B é um paralelepípedo de lados a = 2 – 1 = 1, b = 3 – 0 = 3 e c = 1 – (– 1) = 2, o volume seria a.b.c = 1.3.2 =
6.

EXEMPLO 11
Determine o volume de um sólido V definido pelos pontos interiores ao paraboloide z = 4 – x 2 – y 2 para z ≥ 0.

SOLUÇÃO
O volume V é o paraboloide que tem boca virada para baixo, que será obtido por:

V = ∭ VdV = ∭ Vdxdydz

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A projeção do sólido sobre o plano XY é o círculo 4– x 2– y 2 = 0 → x 2 + y 2 = 4

Para um ponto (x,y) desse círculo, o valor de z irá variar de z = 0 e o paraboloide z = 4 – x2 – y2

Assim:

4 – x2 – y2
V = ∭ dxdydz = ∬
V C0

C
(
dz dxdy = ∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy)
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Pela simetria polar, converteremos a integral dupla na sua forma polar, com o círculo tendo a equação 0 ≤ ρ ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π

Como 4 – x 2 – y 2 → 4 - ρ 2

( )
∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy = ∬ 4 – ρ 2 ρdρdθ
C Cp
( )

( )( ( )
2π2 2π 2

C
( )
∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy = ∫ ∫ 4 – ρ 2 ρdρdθ =
0 0
( ) ∫ dθ
0
)
∫ 4ρ – ρ 3 ρdρ
0
V = ∭ dxdydz = (2π) 2ρ 2
V
( |
2
0 -
1
4
ρ4 |
2
0 ) = 2π(8 - 4) = 8π

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CÁLCULO DE MASSA E CENTRO DE MASSA


Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir sua massa em relação à sua dimensão pela densidade de massa.

Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será utilizada δ(x), medida em kg/m. Assim, cada parte
infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:

δ = lim
∆L→0
∆m
∆L
=
dm
dL ( )
kg / m

dm = δ dL

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Desse modo, um objeto que tem a dimensão linear e varia desde x = a até x = b, terá massa dada por:

B
MASSA L = ∫ DM = ∫ Δ(X)DX = ∫ Δ(X)DX
L L A

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Para o caso de um objeto planar, com duas dimensões, a densidade superficial de massa será definida por:

δ = lim
∆S→0
∆m
∆S
=
dm
dS ( )
kg / m 2

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Para se obter a massa, devemos usar a integração dupla:

dm
δ= dS
→ dm = δdS

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Então:

MASSA S = ∬ Δ(X, Y)DS = ∬ Δ(X, Y)DXDY


S S
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Para um objeto com três dimensões, será definida a densidade volumétrica de massa:

δ = lim
∆V→0
∆m
∆V
=
dm
dV ( )
kg / m 3

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Se a massa se dividir igualmente em todo volume, então, δ será uma constante, e a massa pode ser obtida multiplicando-se δ pelo volume. No
entanto, quando o volume não é homogêneo, tendo densidade volumétrica de massa diferente em cada ponto, teremos:

MASSA V = ∭ Δ(X, Y, Z) DV = ∭ Δ(X, Y, Z) DXDYDZ


V V
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O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser definidas pelas duas
densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.

EXEMPLO 12
Determine a massa de um sólido na forma de um cubo, definido por 0 ≤ x ≤ 2,0 ≤ y ≤ 2 e 0 ≤ z ≤ 2, com densidade volumétrica de massa
δ(x, y, z) = x + y + z.

SOLUÇÃO
Massa V = ∭ δ(x, y, z) dxdydz = ∭ (x + y + z)dxdydz
V V
222
Massa V = ∫ ∫ ∫ (x + y + z)dxdydz
000

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral na variável z, mantendo x e y constantes:

| (2 )
2 1 2 2 1
∫ (x + y + z)dz = (x + y)z| 20 + z 0 = (x + y)(2 - 0) + 2
- 0 2 = 2x + 2y + 2
2 2
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora, resolvendo a integral em y, mantendo x constante:

2
∫ (2x + 2y + 2)dy = (2x + 2)y| 20 + 2 2 y 2
0
1
| 2
0 (
= (2x + 2)(2 - 0) + 2 2 - 0 2 = 4x + 8 )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvendo a integral em x:

2
| ( )
1 2
∫ (4x + 8)dx = 8x| 20 + 4 x 2 0
= 8(2 - 0) + 2 2 2 - 0 2 = 16 + 8 = 24
2
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, a massa do sólido vale 24.

A densidade volumétrica de massa também pode ser usada para se obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.

O centro de massa é um ponto hipotético, no qual, na mecânica clássica, considera-se que toda massa do sistema físico estará concentrada.

As coordenadas do centro de massa de um objeto são obtidas dividindo-se o momento pela massa total. Para um objeto com densidade volumétrica
de massa dada por δ(x,y,z), as coordenadas do centro de massa podem ser obtidas pelas seguintes expressões:

∭ Vxδ ( x , y , z ) dxdydz ∭ Vyδ ( x , y , z ) dxdydz ∭ Vzδ ( x , y , z ) dxdydz


xˉ = m
, yˉ = m
e zˉ = m

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

m = ∭ δ(x, y, z)dxdydz
V
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A seguir, vamos analisar a aplicação das expressões.

EXEMPLO 13
Determine as coordenadas do centro de massa do cubo da questão anterior.

SOLUÇÃO
No exemplo anterior, foi calculado que a massa valia 24.
∭ Vxδ ( x , y , z ) dxdydz 1 1
xˉ = m
= 24
∭ Vxδ(x, y, z)dxdydz = 24
∭ Vx(x + y + z)dxdydz

(x )
1 2 2 2 1 2 2 2
xˉ = ∫ ∫ ∫ x(x + y + z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ 2 + xy + xz dxdydz
24 0 0 0 24 0 0 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral na variável z, mantendo x e y constantes:


2
( ) ( ) | = (x ) (2 )
1 2 x
∫ x 2 + xy + xz dz = x 2 + xy z| 20 + x z 2 0
2 + xy (2 - 0) + 2 - 02
2 2
0
2
( )
∫ x 2 + xy + xz dz = 2x 2 + 2xy + 2x
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora, resolvendo a integral em y, mantendo x constante:

2
) ( ) | = (2x ) ( )
1 2
∫ (2x 2 + 2xy + 2x dy = 2x 2 + 2x y| 20 + 2x 2 y 2 0
2 + 2x (2 - 0) + x 2 2 - 0 2
0
2
)
∫ (2x 2 + 2xy + 2x dy = 4x 2 + 4x + 4x = 4x 2 + 8x
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvendo a integral em x:

2
( ) | | (2 ) ( )
1 2 1 2 4 32 80
∫ 4x 2 + 8x dx = 4 x 3 0
+ 8 x2 0
= 3 - 03 + 4 22 - 03 = + 16 =
3 2 3 3 3
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

1 2 2 2 1 80 10
xˉ = ∫ ∫ ∫ x(x
24 0 0 0
+ y + z)dxdydz = 24
. 3
= 9

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O valor das coordenadas xˉ e zˉ será semelhante, pela simetria do problema:


1 2 2 2 1 80 10
yˉ = ∫ ∫ ∫ y(x + y + z)dxdydz = . =
24 0 0 0 24 3 9
1 2 2 2 1 80 10
zˉ = ∫ ∫ ∫ z(x
24 0 0 0
+ y + z)dxdydz =
24
.
3
=
9

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dessa forma, o centro de massa está localizado no ponto (x, y, z) = ( 10 10 10


9
, 9
, 9 )

CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA


O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto.

 EXEMPLO

Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação. Podemos definir o momento de inércia para um
sólido definido no espaço.

Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade volumétrica de massa δ(x, y, z). Este objeto está definido por um volume dado por V.
Estamos interessados em calcular o momento de inércia desse objeto em relação aos três eixos coordenados.

Dividiremos esse objeto em partículas pontuais de massa dm, localizadas em um ponto (x,y,z). Dessa forma, o momento de inércia, em relação ao
eixo, será dado pela distância ao quadrado de dm ao eixo vezes o valor de dm.

Se somarmos os momentos de inércia de todas as partículas que compõem o objeto, obteremos o momento de inércia do corpo desejado.

Desse modo, teremos:


O MOMENTO INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO X
O MOMENTO INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Y
O MOMENTO INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z
Ix = ∭
V
(y 2
)
+ z 2 dm = ∭
V
(y 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dV = ∭
V
(y 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Iy = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 dm = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dV = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Iz = ∭
V
(z 2
)
+ y 2 dm = ∭
V
(z 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dV = ∭
V
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 14
Determine o momento de inércia em torno dos três eixos coordenados para o cubo dos exemplos anteriores.

RESOLUÇÃO
Solução

( )
I x = ∭ V y 2 + z 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ 20 ∫ 20 ∫ 20 y 2 + z 2 (x + y + z)dxdydz ( )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral na variável x, mantendo y e z constantes:

2 2

0
[(y 2
) (
+ z 2 (y + z) + y 2 + z 2 x dz = ∫ )] 0
[(y 3 + y 2z + z 2y + z 3 + y 2 + z 2 x dz =) ( )]
( ) ( )x| ( ) ( )
1
= y 3 + y 2z + z 2y + z 3 x| 20 + y 2 + z 2 2 2 = 2 y 3 + y 2z + z 2y + z 3 + 2 y 2 + z 2 =
2 0

(
= 2y 3 + y 2 2z + 2 + 2yz 2 ) + (2z 3
+ 2z ) 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, agora, a integral em y, mantendo z constante:


2
[
∫ 2y 3 + y 2(2z + 2) + 2yz 2 + 2z 3 + 2z 2
0
( )] dy = 2 1 4 2
4
y 0 | + (2z + 2) 3
y 0|
1 3 2 1
+ 2z 2 2 y 2 | 2
0 +

(
+ 2z 3 + 2z 2 y| 0 = 8 + ) 2 8
3
(2z + 2) + 4z 2 + 4z 3 + 4z 2 =
40
3
+
16
3
z + 8z 2 + 4z 3

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvendo a integral em z:

( )
2 40
| | |
16 40 16 1 2 1 2 1 2
∫ + z + 8z 2 + 4z 3 dz = z| 20 + z2 0
+ 8 z3 0
+ 4 z4 0
3 3 3 3 2 3 4
0

( )
2 40 8 40 16 8 80 32 224
∫ + z + 8z 2 + 4z 3 dz = .2+ .2+ . 8 + 16 = + + 32 + 16 =
3 3 3 3 3 3 3 3
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em relação aos eixos y e z:

222
Iy = ∭
V
(x 2
) (
+ z 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ x 2 + z 2 (x + y + z)dxdydz
000
)
222
Iz = ∭
V
(x 2
) (
+ y 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ x 2 + y 2 (x + y + z)dxdydz
000
)
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pela simetria, as integrais resultarão no mesmo valor da integral de Ix.

224
Assim, I y = I z = 3
.

RESUMO DO MÓDULO 3

TEORIA NA PRÁTICA
Qual o momento de inércia de um sólido na forma de um cilindro de raio b e altura h, em relação a um eixo que passa pelo seu centro? Sabe-se que a
densidade volumétrica de massa do cilindro vale d 2, em que d é a distância de um ponto do cilindro ao seu eixo central.

RESOLUÇÃO

APLICAÇÃO INTEGRAL TRIPLA – MOMENTO DE INERCIA

Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:


MÃO NA MASSA

1. DETERMINE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL QUE DETERMINA O MOMENTO DE INÉRCIA DO


SÓLIDO V EM RELAÇÃO AO EIXO Z. O SÓLIDO V É O INTERIOR DE UMA ESFERA DE EQUAÇÃO X 2 + Y 2 + Z 2 = 1,
COM DENSIDADE DE MASSA Δ(X, Y, Z) = X 2 + Y 2 + Z 2.

π π 1
A) ∫ 0 ∫ 0 ∫ 0 r 4sen 3θ drdφdθ

B) ∫ 2π π 1 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r sen θ drdφdθ

π 1 2
C) ∫ π 2
0 ∫ 0 ∫ 0 r cos φ drdφdθ

D) ∫ 2π π 1 6 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r cos φ drdφdθ

E) ∫ 2π π 1 6 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r sen φ drdφdθ

2. DETERMINE A CARGA ELÉTRICA DE UMA BOLA NA FORMA ESFÉRICA DE RAIO 4 M, COM UMA DENSIDADE
VOLUMÉTRICA DE CARGA DE Λ(R, Φ, Θ) = 4RC / M 3, EM QUE R É A DISTÂNCIA AO CENTRO DA ESFERA.

A) 64π C

B) 128π C

C) 256π C

D) 512π C

E) 1024π C

3. DETERMINE O VOLUME DO SÓLIDO DEFINIDO PELA INTERSEÇÃO DE UM CILINDRO PARABÓLICO Z = Y2 COM


OS PLANOS X = 3, Z = 4 E X = 0.

A) 12

B) 16

C) 32

D) 45

E) 56

4. DETERMINE A ORDENADA DO CENTRO DE MASSA DE UM SÓLIDO NA FORMA DE UM CUBO, DEFINIDO POR


0 ≤ X ≤ 1, 0 ≤ Y ≤ 1 E 0 ≤ Z ≤ 1, COM DENSIDADE VOLUMÉTRICA DE MASSA Δ(X, Y, Z) = 3X 2 + 3Y 2 + 3Z 2.

1
A) 12
5
B)
12
7
C) 12
9
D) 12
11
E) 12
5. DETERMINE O VOLUME DE UM TETRAEDRO FORMADO PELOS PLANOS CARTESIANOS E O PLANO X + Y + Z = 4.

16
A) 3
32
B) 3
64
C)
3
128
D) 3
256
E)
3

6. DETERMINE A MASSA DO SÓLIDO, COM DENSIDADE VOLUMÉTRICA E MASSA DADA POR Δ(X, Y, Z) = XZ, QUE
OCUPA OS PONTOS DEFINIDOS POR

{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / 0 ≤ Z ≤ 2, 0 ≤ X ≤ 2 - Z E 0 ≤ Y ≤ 2 - Z 2 }
฀ ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL

1
A) 5
2
B)
5
3
C) 5
4
D)
5
7
E) 5

GABARITO

1. Determine a alternativa que apresenta a integral que determina o momento de inércia do sólido V em relação ao eixo z. O sólido V é o
interior de uma esfera de equação x 2 + y 2 + z 2 = 1, com densidade de massa δ(x, y, z) = x 2 + y 2 + z 2.

A alternativa "E " está correta.

O momento de inércia em relação ao eixo y vale:

( ) (
I y = ∭ V x 2 + y 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∭ V x 2 + y 2 )(x 2
)
+ y 2 + z 2 dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como o sólido tem simetria esférica, vamos colocar a integral em coordenadas esféricas:

✓ x2 + y2 + z2 = r2

✓ x = r senφ cosθ e y = r senφ senθ, então:

( )
x 2 + y 2 = r 2sen 2φcos 2θ + r 2sen 2φsen 2θ = r 2sen 2φ cos 2θ + sen 2θ = r 2sen 2φ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O sólido V em coordenadas esféricas é dada por r = 1, para 0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ φ ≤ π.

Assim:

E (
I y = ∭ V r 2sen 2φ )(r ) r senφdrdφdθ = ∭
2 2
V Er
6
sen 3φdrdφdθ

2ππ 1
Iy = ∭ r 6sen 3φdrdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 6sen 3φdrdφdθ
VE 0 00

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determine a carga elétrica de uma bola na forma esférica de raio 4 m, com uma densidade volumétrica de carga de λ(r, φ, θ) = 4rC / m 3, em
que r é a distância ao centro da esfera.
A alternativa "E " está correta.

A carga elétrica é obtida de forma semelhante ao feito com a massa e densidade volumétrica de massa, pela densidade volumétrica de carga(λ), por
meio equação:

Q = ∭ Vλ(x, y, z) dxdydz

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pela simetria esférica, essa integral tripla em coordenadas esféricas será dada por:

Q = ∭ V λ(r, φ, θ)r 2senφdrdφdθ


E

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O enunciado já fornece a densidade volumétrica de carga em coordenadas esféricas, assim: λ(r, φ, θ) = 4r.

A esfera em coordenadas esféricas terá uma equação 0 ≤ r ≤ 4, com 0 ≤ φ ≤ π e 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim:


2π π 4
Q = ∭ V λ(r, φ, θ)r 2senφdrdφdθ = ∫ 2
0 ∫ 0 ∫ 0 4r r senφdrdφdθ
E

Q=∫
2π π 4 3
0 ∫ 0 ∫ 0 4r senφdrdφdθ = ∫ ( 2π
0 dθ )(∫ senφ dφ )(∫ 4r dr )
π
0
4
0
3

Q = (2π - 0) cos0 - cosπ ( )(4 4


)
- 0 4 = 1024π C

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Determine o volume do sólido definido pela interseção de um cilindro parabólico z = y2 com os planos x = 3, z = 4 e x = 0.

A alternativa "C " está correta.

Analisando o volume V:

✓ Como z está limitado a 4, o valor de y está no intervalo de – 2 ≤ y ≤ 2, uma vez que, para z = 4 = y 2 → y = ± 2

✓ A projeção do volume V no plano XY, então, será um retângulo definido – 2 ≤ y ≤ 2 e 0 ≤ x ≤ 3.

✓ Para cada ponto (x,y) desse retângulo, a variável z vai variar do cilindro parabólico y 2 até o plano z = 4.

Assim:

3 2 4
V = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∫ 0 ∫ - 2 ∫ y 2dz dydx
V V

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em Z, mantendo x e z constantes:

∫ y42dz = z| y42 = 4 - y 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

|
2
( ) (2 )
1 1 16 32
∫ -22 4 - y 2 dy = 4y| -22 - y3 = 4(2 - ( - 2)) - 3 - ( - 2) 3 = 16 - =
3 3 3 3
-2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvendo a integral em x:

|
32 32 3 32
∫ 30 3
dx =
3
x =
3
. 3 = 32
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Determine a ordenada do centro de massa de um sólido na forma de um cubo, definido por 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1 e 0 ≤ z ≤ 1, com densidade
volumétrica de massa δ(x, y, z) = 3x 2 + 3y 2 + 3z 2.

A alternativa "C " está correta.

APLICAÇÃO INTEGRAL TRIPLA – DENSIDADE VOLUMÉTRICA


Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

5. Determine o volume de um tetraedro formado pelos planos cartesianos e o plano x + y + z = 4.

A alternativa "B " está correta.

APLICAÇÃO INTEGRAL TRIPLA – CÁLCULO DE VOLUME

Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão:

6. Determine a massa do sólido, com densidade volumétrica e massa dada por δ(x, y, z) = xz, que ocupa os pontos definidos por

{
V = (x, y, z) ∈ R 3 / 0 ≤ z ≤ 2, 0 ≤ x ≤ 2 - z e 0 ≤ y ≤ 2 - z 2 }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A alternativa "D " está correta.

Analisando o volume V:

Massa V = ∭ δ(x, y, z) dxdydz = ∭ xz dxdydz


V V
2 2 - z2 - z 2
Massa V = ∭ xz dxdydz = ∫ ∫ ∫ xz dydxdz
V 00 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

2 - z2

0
2 - z2
∫ xz dy = xz ∫ dy = xz y|
0
2 - z2
0
( )
= xz 2 - z 2

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

2-z

0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx = z 2 - z 2
( ) 2-z

0
∫ xdx = z 2 - z 2( )
1
2
x2 |
2-z

2-z

0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx =
1
2 (2z - z )(2 - z)
3 2

2-z

0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx = 4z - 4z 2 + z 3 - 2z 3 + 2z 4 -
1 5
2
z = 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 -
1 5
2
z

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Resolvendo a equação em z:
( ) |
2 2
| | | |
1 1 2 1 2 1 1 2 11 2
∫ 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 - 2
z 5 dz = 4 2 z 2 0 - 4 3 z3 0 - 4
z4 + 2 5 z5 0 - 26
z6 0
0 0

( )
2 1 32 64 16 64 4
∫ 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 - z 5 dz = 4.2 - -4+ - = - 12 =
2 3 5 3 5 5
0

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GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DETERMINE A MASSA DE UM CUBO DEFINIDO PELAS EQUAÇÕES 0 ≤ X ≤ 4 , 0 ≤ Y ≤ 4 E 0 ≤ Z ≤ 4, COM


DENSIDADE VOLUMÉTRICA DE MASSA Δ(X, Y, Z) = X + 2Y.

A) 384

B) 267

C) 168

D) 123

E) 89

2. DETERMINE O VOLUME DO SÓLIDO QUE OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR X ≥ 0, Y ≥ 0, Z ≥ 0 E X + 2Z + 2Y = 4.

1
A)
3
8
B) 3
11
C) 3
13
D)
3
17
E) 3

GABARITO

1. Determine a massa de um cubo definido pelas equações 0 ≤ x ≤ 4 , 0 ≤ y ≤ 4 e 0 ≤ z ≤ 4, com densidade volumétrica de massa
δ(x, y, z) = x + 2y.

A alternativa "A " está correta.

Massa V = ∭ δ(x, y, z) dxdydz = ∭ (x + 2y)dxdydz


V V
444
Massa V = ∫ ∫ ∫ (x + 2y)dxdydz
000

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Resolvendo, inicialmente, a integral na variável z, mantendo x e y constantes:

4
∫ (x + 2y)dz = (x + 2y) z| 40 = (x + 2y)(4 - 0) = 4x + 8y
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Agora, resolvendo a integral em y, mantendo x constante:

4
∫ (4x + 8y)dy = (4x)y| 40 + 8 y 2
0
1
2 | 4
0 ( )
= (4x)(4 - 0) + 4 4 2 - 0 2 = 16x + 64

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Por fim, resolvendo a integral em x:

4
| ( )
4 1 4
∫ (16x + 64)dx = 64 x| 0 + 16 2
x2 0 = 64(4 - 0) + 8 4 2 - 0 2 = 256 + 128 = 384
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, a massa do sólido vale 384, sendo a alternativa correta a letra A.

2. Determine o volume do sólido que ocupa a região definida por x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0 e x + 2z + 2y = 4.

A alternativa "B " está correta.

Analisando o volume V:

✓ A projeção do volume sobre o plano XY será um triângulo retângulo de vértices (0,0,0), (0,2,0) e (4,0,0)

1
✓ Para cada ponto desse triângulo no plano XY, o valor de z varia de zero até o plano z = 2– 2 x– y

Assim:
1
2 – 2x – y
V = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∬ ∫ 0 dz dxdy
V V S

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Resolvendo a equação na variável z:


1 1
2 – 2x – y 2 – 2x – y 1
∫ 0 dz = y| 0 =2– 2
x– y

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

V=∬
S
(2 –
1
2 )
x – y dxdy

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A área S está apresentada a seguir:

Fonte: Autor

Assim, fixando o valor de x entre 0 ≤ x ≤ 4, o valor de y varia de zero até a reta que une os pontos (x,y) = (0,2) e (x,y) = (4,0):

| |
x y 1
1
4 0 1 = 0 → 8 - 2x - 4y = 0 → x + 2y - 4 = 0 → y = 2 - x
2
0 2 1
1

( ) ( )
1 42 - 2 x 1
∬ 2– 2
x – y dxdy = ∫ ∫ 2– 2
x – y dy dx
S 00

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a equação em y:
1

( ) ( ) |
1
2- 2x 1 2- 2x
1 1 2- 2x 1
∫ 2– x – y dy = 2 - x y| 0 - y2
2 2 2 0
0

( ) ( )( ) ( ) ( )
2- 2x
1 1 1 1 1 2 1 1 2
∫ 2– x – y dy = 2 - x 2- x - 2- x = 2- x
2 2 2 2 2 2 2
0
1

( )
2- 2x
1 1
∫ 2– 2
x – y dy = 2 - x + 8
x2
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Finalmente:

( )
4
| |
1 1 4 1 1 4 8 8
V= ∫ 2-x+ 8
x 2 dx = 2x| 40 - 2
x2 0
+ 8 3
x3 0
=8-8+ 3
= 3
0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral tripla de funções escalares.

No primeiro módulo, definimos a integral tripla e estudamos como se calcula a integral em coordenadas retangulares. Vimos que a integral tripla pode
ser obtida por meio de três integrais simples iteradas.

No segundo módulo, apresentamos o sistema de coordenadas cilíndricas e esféricas, bem como a representação e o cálculo da integral tripla nesses
dois sistemas de coordenadas.

Por fim, vimos exemplos de aplicação de integral tripla no cálculo de volumes, no cálculo de massa e centro de massa, e no momento de inércia.

Consideramos que, ao fim deste tema, você saiba definir e trabalhar com a integração tripla de funções escalares.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 2 ed. Estados Unidos da América: John Wiley & Sons, 1969. cap. 11, p. 92-416. Vol 2.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. cap. 5, p. 105-140. Vol 3.

STEWART, J. Cálculo. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. cap. 16, p. 1020-1051. Vol 2.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise nas referências e na internet.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de integral de linha de campos escalares e campos vetoriais.

PROPÓSITO
Calcular a integral de linha para campos escalares e vetoriais, bem como a sua aplicação em campos conservativos e a do teorema
de Green.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Calcular a integral de linha de campos escalares

MÓDULO 2
Processing math: 36%
Calcular a integral de linha de campos vetoriais

MÓDULO 3

Calcular integrais de linha de campos conservativos

MÓDULO 4

Aplicar o Teorema de Green

BEM-VINDO AO ESTUDO DAS INTEGRAIS DE LINHA E CAMPOS VETORIAIS!

MÓDULO 1

 Calcular a integral de linha de campos escalares

INTRODUÇÃO
Existem alguns problemas práticos para os quais é necessário calcular o efeito de uma função escalar sobre uma determinada
trajetória.

Imagine que você conheça a densidade linear de massa de um objeto que tem a forma de uma curva. Essa densidade linear define
como a massa se distribui pelo comprimento do objeto em cada ponto dele. Se essa densidade não for constante, deve ser
analisado o efeito desta função em cada ponto do objeto, e depois somar todos esses valores.

A integral de linha de campos escalares é a ferramenta matemática que fornece uma solução para esses problemas.

Nós já conhecemos a integração simples que permitiria a integração de uma função real para um intervalo [a,b]. Essa integral
simples permitiria resolver esse tipo de problema caso a função dependesse apenas de uma variável e a forma da curva fosse uma
reta obtida pela variação dessa variável de a até b.

A integral de linha amplia essa possibilidade, permitindo trabalhar com um campo escalar, que depende de várias variáveis,
integradas por uma curva que tem um trajeto qualquer.

Neste módulo, você vai conhecer a definição e como calcular a integral de linha.
Processing math: 36%
INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS ESCALARES
Iniciaremos nosso estudo apresentando uma curva parametrizada.

CURVA PARAMETRIZADA

() [ ]
A curva paramétrica γ t : a, b ⊂ R → R n, com n inteiro maior do que 1, é percorrida variando o valor do parâmetro t.

Vejamos dois exemplos:

EXEMPLO 1
A curva γ(t) = (cos t, sen t), para 0 ≤ t ≤ 2π. Observe que x(t) = cos t e y(t) = sen t. Assim x 2(t) + y 2(t) = 1, representando uma
circunferência de raio 1 no plano XY, com a variação do valor de t.

EXEMPLO 2
A curva γ(u) = (2 cos u, 2 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 10. Observe que x(u) = cos u, y(u) = sen u e z(u) = u. Assim x 2(u) + y 2(u) = 4 e
z(u) = u, representando uma hélice circular, no espaço XYZ, com raio 2 e com z variando de 0 até 10, com a variação do valor do
parâmetro u.

Considere que esta curva é derivável em seu domínio. A derivada de γ(t) representa a taxa de variação instantânea de γ(t) em
relação ao parâmetro t. Portanto, podemos usar uma aproximação, tal que o comprimento de um arco (“pedaço”) desta curva será
dado por:

| ( )| ∆ t
∆ s = γ' t

Com ∆ t = t f - t i, sendo t f e t i os valores do parâmetro para o ponto inicial e final do pedaço da curva analisado.

É óbvio que essa aproximação será mais precisa para quando ∆ s → 0.

RELEMBRANDO O CONCEITO DE CAMPO ESCALAR

Vamos relembrar a função escalar ou campo escalar, já estudada em outra oportunidade.

AS FUNÇÕES ESCALARES SÃO FUNÇÕES F : S ⊂ ℝ N → ℝ, ONDE S É UM


SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N COM N INTEIRO E N > 1. ASSIM, CADA ELEMENTO

(X1, X2, …, XN ) ∈ S DE ENTRADA SERÁ ASSOCIADO A UM ÚNICO NÚMERO REAL


DENOTADO POR F (X 1, X 2, …, X N ) NA SUA IMAGEM.

Vamos considerar o caso onde essa função escalar f apresenta em seu domínio os pontos percorridos pela curva γ(t). Assim,
γ(t) ⊂ S, para t ∈ [a, b].

PROBLEMA A SER RESOLVIDO PELA INTEGRAL DE LINHA DE UMA


FUNÇÃO ESCALAR
Processing math: 36%
Imaginemos agora um problema em que desejamos obter o efeito da função em cada arco (“pedaço”) dessa Curva C.

Imagine que conhecemos o valor da densidade linear de massa de um objeto (δ) que tem a forma de uma Curva C, definida por uma
parametrização γ(t). Essa densidade linear é representada por uma função que tem um valor diferente em cada ponto dessa Curva
C. Por exemplo, no caso do ℝ 3, a densidade linear seria uma função δ(x, y, z).

Como o objeto tem a forma de uma curva definida por sua parametrização, podemos dizer que a função densidade será dada por
δ = f(γ(t)), onde γ(t) representa cada ponto da curva.

Como a densidade linear de massa é a razão entre a massa pelo comprimento, se desejarmos obter o valor da massa em um
pedaço ∆ L do objeto, ela será obtida por:

∆M = Δ∆L

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, se fizermos esse pedaço ser tão pequeno quanto desejarmos, isto é, ∆ L → 0, podemos definir que

| ( )| ∆ t.
∆ m = f(γ(t)) ∆ L = f(γ(t)) γ ' t

Vamos usar um raciocínio análogo ao da Soma de Riemann, utilizada na definição de integrais simples. Vamos pegar o objeto, na
forma da curva, e dividir em m pedaços. A massa total pode ser obtida por:

M = LIM ∑ I =M1 ∆ M I = LIM ∑ I =M1 F Γ T I


M→∞ M→∞
( ( )) |Γ' (TI )| ∆ TI
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Esse limite do somatório, quando existir, será representado na forma de uma integral e denominado integral de linha de um campo
escalar.

Repare, portanto, que a integral de linha de funções escalares é uma ferramenta definida para determinar o valor do produto de uma
função escalar pelo comprimento em uma trajetória definida por uma curva.

No exemplo anterior, foi usada a densidade linear de massa, mas há várias aplicações práticas nas áreas de Eletromagnetismo,
Física, estudo de escoamento de fluidos, entre outras.

Vamos, agora, definir matematicamente a integral de linha de uma função escalar.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO ESCALAR

Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de função escalar é semelhante à integral simples de uma função real, com
a seguinte diferença:

A INTEGRAÇÃO É FEITA POR MEIO DE UMA TRAJETÓRIA DEFINIDA POR UMA CURVA
(OU LINHA) QUALQUER, E QUE O INTEGRANDO SERÁ O PRODUTO DE UMA FUNÇÃO
PELO COMPRIMENTO DE UM PEDAÇO INFINITESIMAL DA TRAJETÓRIA.

()
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : [a, b] ⊂ ℝ → ℝ n, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.

Sejamath:
Processing uma36%
função escalar f : S ⊂ ℝn → ℝ, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.
A integral de linha da função escalar f sobre C será definida por:

| ( )|DT
B
∫ F(Γ(T))DL = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Outra denominação para essa integral é integral de linha com relação ao comprimento de arco. Essa denominação é para
diferenciar da integral de linha de campos vetoriais, que será estudada posteriormente.

Repare na simbologia: a letra C colocada abaixo da integral representando que está se integrando sobre a Curva C.

Como estamos obtendo uma integração sobre a Curva C, para cada ponto do percurso é obtido o valor de f γ t 0 ( ( )) vezes o
) ) | ( )| ∆ t.
comprimento infinitesimal ∆ s(t 0 . Lembrando que ∆ s(t 0 = γ ' t 0

Fonte: EnsineMe

Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ 2 e ℝ 3, considerando que a Curva C é definida pelas parametrizações γ(t) = (x(t), y(t)),
no caso do ℝ 2, e γ(t) = (x(t), y(t), z(t)), para ℝ 3.

Assim:

√( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2
∫ F(X, Y)DL = ∫ F(X(T), Y(T)) + DT
DT DT
C A

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ou

√( ) ( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2 DZ ( T ) 2
∫ F(X, Y, Z)DL = ∫ F(X(T), Y(T), Z(T)) DT
+ DT
+ DT
DT
C A
Processing math: 36%
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Observe que, após a montagem da integral de linha, o problema recai no cálculo de uma integral definida simples com o integrando
sendo uma função real.

EXEMPLO

Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é a semicircunferência de centro na origem com raio
2 e com y ≥ 0.

RESOLUÇÃO

Vamos inicialmente definir a Curva C. Como ela é uma semicircunferência de raio 2, temos que:

γ(t) = (2cos t, 2 sen t)

Observe que x 2(t) + y 2(t) = 4cos 2t + 4sen 2t, que é uma circunferência no plano XY de raio 2.

Como desejamos apenas a parte de cima dessa semicircunferência, isto é, y ≥ 0. O parâmetro t não irá variar de 0 até 2π, que
seria o caso da circunferência inteira, e sim de 0 até π.

Montando o integrando da integral de linha f(γ(t)) γ ' t | ( )|.


Como γ(t) = (2cos t, 2 sen t), então x(t) = 2 cos t e y(t) = 2 sen t.

f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 (2 cos t)(2 sen t) + 1 = 8 cos t sen t + 1 = 4 sen(2t) + 1

f(x, y) = 4 sen(2t) + 1

x'(t) = 2 ( – sen t) e y’(t) = 2 cos t → γ’(t) = ( – 2 cos t , 2 sen t)

|γ (t )| = √(- 2 cos t)
' 2 + (2 sen t) 2 = √4 cos 2t + 4 sen 2t = √4 = 2
Dessa forma:

| ( )|dt = ∫ 2(4 sen(2t) + 1) dt


π π
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0 0

∫ f dl = 8
C
1
2 ( ( )|
- cos 2t
π

0
+ 2t| π
(
0 = - 4 cos2π - cos0) + 2(π - 0) = 2π

A integral de linha independe da parametrização utilizada para a curva. Em outras palavras, se usarmos duas parametrizações
diferentes, desde que as duas definam a mesma curva, a integral de linha tem que dar o mesmo resultado.

EXEMPLO

Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é definida pela equação γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u)
π π
com - 4 ≤ u ≤ 4

RESOLUÇÃO

Processing math: 36%


π π
Observe que este exemplo é igual ao anterior, pois γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u) com - ≤ u ≤ 4 representando a semicircunferência
4
de raio 2 no plano XY com y ≥ 0.

() (
Assim, γ ' u = (- 2sen 2u) ', (2cos 2u) ' = ) ( - 4cos 2u, - 4 sen 2u )

| ( )| = √(- 4 cos 2u)


Portanto, γ ' u 2
+ (- 4 sen 2u) 2 = √16 cos 2 (2u ) + 16 sen 2 (2u ) = √16 = 4

E:

f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 ( - 2sen(2u))(2cos(2u)) + 1

f(γ(t)) = - 8cos(2u)sen(2u) + 1 = - 4sen(4u) + 1

Dessa forma:

π
π
| ( )|du = ∫
4
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u 4(- 4 sen(4u) + 1)du
0 π
C - 4

( ( )| ( ( )) ( ( ))
π
π
1 4 π π
∫ f dl = 16 4 - cos 4u + 4u| 4π = - 4 cosπ - cos - π +4
4
- 4
= 2π
π - 4
C - 4

Observe que, apesar da mudança de parametrização para a curva, a integral de linha não mudou de valor.

Repare que quando o caminho C é uma reta sobre o eixo x, y ou z, a integral de linha se transforma na integral simples de uma
função real.

 EXEMPLO
Processing math: 36%
Se a Curva C for a reta no plano XY que une os pontos (a,0) e (b,0), assim:

√( )
b dx ( t ) 2 b dx ( t )
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0) + (0) 2dt = ∫ f(x(t), 0) dt
dt dt
C a a

b b
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0)dx(t) = ∫ f(x)dx
C a a

Por fim, para definirmos a integral de linha, supomos que a equação que parametriza a curva apresenta derivada. Outra forma é
dizer que a curva é suave.

QUANDO TEMOS UMA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA QUE APRESENTA


PONTOS ONDE NÃO EXISTE DERIVADA, PARA CALCULAR A INTEGRAL DE
LINHA, DEVEMOS DIVIDIR O PERCURSO EM PEDAÇOS QUE, JUNTOS,
OBTÊM TODA A CURVA, MAS QUE SÃO INDIVIDUALMENTE SUAVES.

Observe a figura a seguir, a curva não apresenta derivadas no ponto c e d. Repare que forma um “bico”, tendo limites laterais
diferentes da variação da função. Outra forma de não ter a derivada no ponto é se a curva não fosse contínua. Observe:

Fonte: EnsineMe

Se desejarmos calcular uma integral de linha do ponto t = a até o ponto t = b, não poderíamos aplicar a forma direta, pois a curva
não é integrável em todo o percurso.

É possível que você esteja se perguntando: Qual seria a solução?

Dividir a trajetória em três trechos:

t = a até t = c

t = c até t = d

t – d até t = b

Assim:

| (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) | (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) |Γ (T )|DT


C D B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T)) Γ' Γ' '

C A C D

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Toda vez que conseguirmos dividir a Curva C dessa forma, dizemos que ela é suave em partes.
Processing math: 36%
EXEMPLO

Determine a integral de linha do campo escalar f x, y ( ) = x y sobre a Curva C definida pelos pontos (x,y) tais que γ(t) = (t, |t|) com
2

- 1 ≤ t ≤ 1.

RESOLUÇÃO

Observe que não existe a derivada para γ(t) quanto t = 0. Assim, para realizar a integral de linha, dividiremos a curva em duas
partes:

γ(t) =
{ (t, - t), - 1 ≤ t ≤ 0
(t, t), 0 ≤ t ≤ 1

Obtendo a derivada de γ(t):

γ'(t) = { (1, - 1), - 1 ≤ t ≤ 0


(1,1), 0 ≤ t ≤ 1

Para ambos os casos γ ' t | ( )| = √1 + 1 = √2

Acontece que o valor de f(x, y) = xy em relação à parametrização da curva será:

f(x, y) = xy → f γ(t) =
( ){ t 2(- t) = - t 3, - 1 ≤ t ≤ 0
t 2. t = t 3, 0 ≤ t ≤ 1

Assim:

1 0 1
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
C -1
| ( )|du = ∫ -1
| ( )|du + ∫ f(γ(u)) |γ (u )|du
f(γ(u)) γ ' u
0
'

Processing math: 36%


| |
0 1 0 1
(- t )√2dt + ∫ (t )√2 dt = - √2
1 1
∫ f dl = ∫ 3 3 t4 + √2 4 t 4
4
C -1 0 -1 0

√2
( )
√2
( )
√2
∫ f dl = - 4 0 4 - (- 1) 4 + 4 1 4 - 0 4 = 2
C

APLICAÇÃO DE INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS


ESCALARES
Vale a pena recordamos algumas aplicações possíveis da integral de linha para campos escalares.

Muitas dessas aplicações, quando temos uma configuração em duas ou três dimensões, são solucionadas por integrais duplas ou
triplas.

Em relação ao nosso problema atual, trabalharemos um objeto no espaço que possua uma dimensão.

MEDIDA DE COMPRIMENTO

Um objeto definido pela Curva C, com equação paramétrica γ(t), pode ter seu comprimento medido considerando na integral de linha
à função escalar como unitária.

| ( )|DT
B
COMPRIMENTO = ∫ DL = ∫ Γ ' T
C A

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Onde o ponto inicial da curva a ser medida se dá para o parâmetro t = a, e o ponto final, para o parâmetro t = b.

EXEMPLO

Qual é o comprimento total da hélice circular com a equação paramétrica definida por γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 5.

RESOLUÇÃO

Se γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u) → γ'(u) = (- 3 sen u, 3 cos u, 1).

Assim, |γ'(u)| = √9sen 2u + 9cos2u + 1 = √9 + 1 = √10.

Processing math: 36%


Portanto:

5
Comprimento = ∫ dl = ∫ √10 du = √10(5 - 0) = 5√10
C 0

DENSIDADES LINEARES

Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir a massa do mesmo em relação a sua dimensão pela densidade de
massa. Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será medida em kg/m.

Assim, cada parte infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:

∆M DM
Δ = LIM = (KG/M)
∆L DL
∆L→0

DM = Δ DL

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Quando esse objeto tiver a forma de uma Curva, definida pela equação γ(t):

| ( )|DT
B
MASSA(M) = ∫ Δ(Γ(T))DL = ∫ Δ(Γ(T)) Γ ' T
C A

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 COMENTÁRIO

O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser
definidas pelas suas densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.

CENTRO DE MASSA

A densidade linear de massa também pode ser usada para obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.

O CENTRO DE MASSA É UM PONTO HIPOTÉTICO, ONDE, NA MECÂNICA CLÁSSICA, SE


CONSIDERA QUE TODA MASSA DO SISTEMA FÍSICO ESTARÁ CONCENTRADA.
As coordenadas do centro de massa de um objeto são obtidas dividindo o momento pela massa total. Para um objeto com
Processing math: 36%
densidade linear dada por δ(x, y, z), as coordenadas do centro de massa, de um corpo de massa m, onde m = ∫ δ(γ(t))dl, podem
C
ser obtidas pelas expressões:

∫ X DM ∫ X Δ ( Γ ( T ) ) DL
ˉ =
X C = C
M M

∫ Y DM ∫ Y Δ ( Γ ( T ) ) DL
ˉ =
Y C = C
M M

∫ Z DM ∫ Z Δ ( Γ ( T ) ) DL
Zˉ = C = C
M M

MOMENTO DE INÉRCIA

O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto.
Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação. Podemos definir o momento de
inércia para um sólido definido no espaço.

Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade linear de massa δ(x, y, z). Esse objeto tem forma definida por uma
Curva C e sua equação paramétrica γ(t).

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO X:


Ix = ∫
C
(y 2
)
+ z 2 dm = ∫
C
(y 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dl

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Y:


Iy = ∫
C
(x 2
)
+ z 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dl

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z:


Iz = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl

RESUMO DO MÓDULO 1

Processing math: 36%


TEORIA NA PRÁTICA
Um objeto tem a forma de uma hélice circular de raio 2 e altura π. Sabe-se que a densidade linear de massa desse objeto vale
δ(x, y, z) = 2y sen z. Para esse objeto colocado no espaço xyz, determine: a massa do objeto, sabendo que a forma do objeto pode
ser parametrizada por γ(t) = (2cos t, 2 sen t , t) com ≤ t ≤ π.

RESOLUÇÃO

INTEGRAL DE LINHA – DENSIDADES LINEARES

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO

(
F X, Y, Z ) = X Y + Z SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = (T , 2T , T + 5 ) COM
2 2

0 ≤ T ≤ 5:

) ( √t )
5

0
(
A) ∫ t 4 + t + 5 2 + 2 dt

) (√16t )
5

0
(
B) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 2 dt

) (√t )
1

0
(
C) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 4 dt

Processing math: 36%


) (√16t )
5

0
(
D) ∫ t 2 + t 2
+ 2 dt

) (√6t )
1

0
(
E) ∫ 4t 4 + 5 2 + 4 dt

2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL PARA CALCULAR O MOMENTO DE


INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE UM QUARTO DE CIRCUNFERÊNCIA
NO PLANO XY, DE RAIO 2, COM CENTRO NA ORIGEM, E COM X E Y MAIOR OU IGUAL A ZERO. SABE-
SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = √2X 2 + Y 2.
π
A) ∫ 02 √4 cos 2t - 1 dt
π
B) ∫ 0 4 √4 cos 2t + 1 dt
π
C) ∫ 02 8 √4 cos2t + 1 dt
π
D) ∫ 02 8 √4 sen 2t + 1 dt
E) ∫ π
08 √4 cos 2t + 1 dt

( )
3. DETERMINE ∫ X 2 + Y DL ONDE C É UM ANEL CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 4:
C

A) 16 π

B) 32 π

C) 64 π

D) 128 π

E) 256 π

4. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ 15 (X + 3Y) DL, ONDE A CURVA C É DEFINIDA PELA

( )
C
EQUAÇÃO PARAMÉTRICA Γ(T) = T, 2T 2, 3T 3 COM 0 ≤ T ≤ 1:

A) 90

B) 91

C) 92

D) 93

E) 94

5. DETERMINE AS COORDENADAS DA ORDENADA DO CENTRO DE MASSA DE UM FIO COM A


FORMA DE UMA HÉLICE CIRCULAR COM EQUAÇÃO PARAMÉTRICA DADA POR
Processing = (2
Γ(T)math: T, T SEN T), COM 0 ≤ T ≤ 2. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DESSE FIO É
COST,
36%
IGUAL À QUARTA POTÊNCIA DA DISTÂNCIA DE UM PONTO DO FIO ATÉ A ORIGEM DO SISTEMA
CARTESIANO.

3
A)
111
10
B) 7

5
C) 7

5
D) 11
13
E) 3

6. SEJAM O CAMPO ESCALAR F X, Y ( )=E X+Y


E O QUADRADO CENTRADO NA ORIGEM COM LADO
2 NO PLANO XY. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO DE ARCO DA
FUNÇÃO F SOBRE OS LADOS DO QUADRADO:

(
A) 2 e 2 - e - 2 + 1 )
B) 2 (e 2 + e -2 )
C) 2 (e 2
- e -2 - 1 )
(
D) 2 e 2 - e - 2 )
E) 2 (e 4
- e -2 )

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f x, y, z ( ) = x y + z sobre a curva definida pela
2

(
equação γ(t) = t , 2t 2, t + 5 com 0 ≤ t ≤ 5: )
A alternativa "B " está correta.

(
Como γ(t) = t , 2t 2, t + 5 : )

() (
 γ ' t = (t) ' , (2t ) , (t + 5) ) = (1 , 4t, 1)
2 ' '

 |γ'(t)| = √1 2 + (4t)2 + 1 2 = √16t 2 + 2

(
 f x, y, z ) = x y + z → f(γ(t)) = t (2t ) + (t + 5) = 2t
2 2 2 4 +t+5

Assim:

) (√16t )
5 5
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
Processing
C math:
0 36%
| ( )|dt = ∫ (2t 0
4 +t+5 2 + 2 dt
2. Assinale a alternativa que apresenta a integral para calcular o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na
forma de um quarto de circunferência no plano XY, de raio 2, com centro na origem, e com x e y maior ou igual a zero. Sabe-

se que a densidade linear de massa do objeto vale δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2.


A alternativa "C " está correta.

π
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( 2cos t , 2 sen t, 0) para 0 ≤ t ≤ 2 .

Assim, γ'(t) = (- 2sen t , 2 cos t, 0) → |γ'(t)| = √4 sen 2t + 4cos 2t + 0 = √4 = 2.

Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.

Então:

 x 2 + y 2 em relação ao parâmetro t será 4cos 2t + 4 sen 2t = 4.

 δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2 → δ(γ(t)) = √2. 4cos 2t + 4 sen 2t → δ(γ(t)) = √8 cos2t + 4 sen 2t = √4 cos 2t + 1

Dessa forma:

( () ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt
π
I z = ∫ 02 x 2 t + y 2 t '

π π
I z = ∫ 02 4. √ 4 cos 2t + 1 . 2dt = ∫ 02 8 √4 cos2t + 1 dt
( )
3. Determine ∫ x 2 + y dl onde C é um anel centrado na origem de raio 4:
C

A alternativa "C " está correta.

Necessitamos, inicialmente, parametrizar a Curva C. Como a curva é um anel (circunferência) de raio 4, teremos que
γ(t) = (4 cos t, 4 sen t) com 0 ≤ t ≤ 2π.

Assim:

γ'(t) = ( - 4sen t , 4 cos t ) → |γ'(t)| = √( - 4sen t) 2 + (4cos t) 2 = √16 = 4

f(x, y) = (x 2 +y ) → f(γ(t)) = (4cos t) 2 + 4 sen t = 16cos 2t + 4 sen t

Assim:

2π 2π
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ 4 (16cos t + 4 sen t )dt
0
2

2π 2π
∫ f dl = 64 ∫ cos 2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0

Processing
Usandomath:a36%
fórmula do arco duplo 2 cos 2t = 1 + cos 2t
2π 2π 2π 2π 2π
∫ f dl = 32 ∫ (1 + cos 2t)dt + 16 ∫ sen tdt = 32 ∫ dt + 32 ∫ cos2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0 0 0 0

|
1 2π
∫ f dl = 32 t| 2π
0 + 32 2 sen 2t - 16 cos t| 2π
0
C 0

∫ f dl = 32 (2π - 0) + 16(sen 4π - sen 0) - 16 cos 2π - cos 0) = 64π (


C

4. Determine a integral de linha ∫ 15 (x + 3y) dl, onde a Curva C é definida pela equação paramétrica γ(t) = t, 2t 2, 3t 3 com
C
( )
0 ≤ t ≤ 1:

A alternativa "B " está correta.

Como γ(t) = t, t 2, t
3 ( ) 2 3
, então γ ' t = 1, 2t, 2t 2 () ( )

√1 + 4t 2 + 4t 4 = √ (1 + 2t 2 ) ( )
2
Assim, |γ'(t)| = = 1 + 2t 2 .

( )
Como f(x, y) = 15 x + 3y → f(γ(t)) = 15 t + 3.2t 2 = 15 1 + 6t 2 ( ) ( )
Portanto,

1 1
| ( )|
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
dt = 15 ∫ 1 + 6t 2
0
( )(1 + 2t ) dt 2

A solução agora cai na de uma integral definida:

1
(
∫ f dl = 15 ∫ 1 + 8t 2 + 12t 4 dt
C 0
)

| ( )
1

|
1 1 1 5 8 12 91
∫ f dl = 15t| 10 + 15.8 t 3 0 + 15. 12 t = 15 1 + + = 15. = 91
3 5 3 5 15
C 0

5. Determine as coordenadas da ordenada do centro de massa de um fio com a forma de uma hélice circular com equação
paramétrica dada por γ(t) = (2 cost, t, t sen t), com 0 ≤ t ≤ 2. Sabe-se que a densidade linear desse fio é igual à quarta
potência da distância de um ponto do fio até a origem do sistema cartesiano.

A alternativa "B " está correta.

INTEGRAL DE LINHA – CENTRO DE MASSA

Processing math: 36%


6. Sejam o campo escalar f x, y ( )=e x+y
e o quadrado centrado na origem com lado 2 no plano XY. Determine a integral de

linha em relação ao comprimento de arco da função f sobre os lados do quadrado:

A alternativa "D " está correta.

INTEGRAL DE LINHA

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO F(X, Y) = 2XY

SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = 2T 2 , 2T + 10 COM 0 ≤ T ≤ 2: ( )


( ) (√4t )
1
A) ∫ 8t 2 t + 5 2
+ 2 dt
0

( ) ( √t )
2
B) ∫ t 2 t + 5 2 + 2 dt
0

( ) (√4t )
2
C) ∫ 16t 2 t + 5 2
+ 1 dt
0

( ) (√t )
2
D) ∫ 16t 2 t + 1 2 + 1 dt
0

(√ )
1
E) ∫ 16t 2 t 2 + 1 dt
Processing math: 36%
0
2. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE
UMA SEMICIRCUNFERÊNCIA NO PLANO XY, DE RAIO 1, COM CENTRO NA ORIGEM E COM X MAIOR
OU IGUAL A ZERO. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = X.

A) 0

B) 1

C) 2

D) 3

E) 4

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f(x, y) = 2xy sobre a curva definida pela equação

(
γ(t) = 2t 2 , 2t + 10 com 0 ≤ t ≤ 2: )
A alternativa "C " está correta.

(
Como γ(t) = 2t 2, 2t + 10 : )

() ((
 γ' t = ) '
)
2t 2 , (2t + 10) ' = (4t , 2)

 |γ'(t)| = √(4t) 2 + 2 2 = √16t 2 + 4 = 2√4t 2 + 1

( ) = 2xy → f(γ(t)) = 2 (2t )(2t + 10) = 8t (t + 5 )


 f x, y 2 2

| ( )|dt = ∫ 16t (t + 5 ) (√4t )


2 2
Assim, ∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t 2 2 + 1 dt
C 0 0

2. Determine o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de uma semicircunferência no plano XY, de
raio 1, com centro na origem e com x maior ou igual a zero. Sabe-se que a densidade linear de massa do objeto vale
δ(x, y, z) = x.

A alternativa "C " está correta.

Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( sen t , cos t, 0) para 0 ≤ t ≤ π.

Assim, γ'(t) = (cos t , - sen t, 0) → |γ'(t)| = √ cos 2t + sen 2t + 0 = √1 = 1.

Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.

Então:

 x2+ y2 em relação ao parâmetro t será sen 2t + cos 2t = 1.


Processing math: 36%
 δ(x, y, z) = x → δ(γ(t)) = sen t.

Dessa forma:

π
( ()
Iz = ∫ 0 x2 t + y2 t( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt = ∫ sen tdt = - cos t| = (cos 0 - cosπ) = 2
' π
0
π
0

MÓDULO 2

 Calcular a integral de linha de campos vetoriais

INTRODUÇÃO
Nós já estudamos em outras oportunidades a função real, a função escalar e a função vetorial. Neste módulo, definiremos o quarto
tipo de função que está faltando: os campos vetoriais.

OS CAMPOS VETORIAIS SÃO AS FUNÇÕES EM QUE TANTO OS ELEMENTOS DO


DOMÍNIO QUANTO OS DA IMAGEM SÃO VETORES.
No módulo passado, foi definida a integral de linha para campos escalares. Aqui, vamos definir e aplicar a integral de linha para
campos vetoriais.

CAMPOS VETORIAIS
Dependendo da definição do conjunto domínio e do contradomínio de uma função matemática, definimos vários tipos diferentes de
função. A função real, a função escalar e a função vetorial já foram estudadas por nós em outras oportunidades.

Vamos relembrá-las:

FUNÇÃO REAL
FUNÇÃO VETORIAL
FUNÇÃO ESCALAR
Tem domínio e contradomínio contidos no conjunto dos números reais. Assim, a entrada e a saída são números reais.

Tem domínio contido no conjunto dos números reais e contradomínio no conjunto ℝ m, com m inteiro e maior do que um. Dessa
forma, sua entrada é um número real, mas sua saída é um vetor com m componentes.

Tem domínio contido no conjunto ℝ n, com n inteiro maior do que um, e contradomínio no conjunto dos números reais. Portanto, sua
entrada é um vetor com n componentes e a saída é um número real.

Nesse momento, vamos definir o quarto tipo de função, denominada campo vetorial.

O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO QUE TEM DOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO ℝ N E


CONTRADOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO ℝ M, COM M E N INTEIROS E MAIORES DO
QUE 1.
Processing math: 36%
Em outras palavras, tanto a entrada quanto a saída dessa função são vetores. O valor de m e n podem ser iguais ou até mesmo
diferentes.

Um outro nome para os campos vetoriais é função de diversas variáveis reais a valores vetoriais. Vamos definir formalmente o
campo vetorial.

DEFINIÇÃO


O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO F : S ⊂ ℝ N → ℝ M, ONDE S É UM
SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N E TANTO M QUANTO N SÃO INTEIROS
MAIORES DO QUE UM.

( ) ( ) ( )

Assim a cada elemento x 1, x 2, …, x n ∈ S ⊂ ℝ n, será associado um único vetor F x 1, x 2, …, x n = y 1, y 2, …, y m ∈ ℝ m.

Portanto, a imagem da função será dada por:

{( →
) ( )
IM F = F X 1, X 2, …, X N = Y 1, Y 2, …, Y M ∈ R M / X 1, X 2, …, X N ∈ S ⊂ R N ( ) }
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A imagem do campo vetorial é um vetor e cada uma de suas componentes serão funções escalares que dependerão das variáveis
independentes de entrada.


Para o caso de uma função F : S ⊂ ℝ 3 → ℝ 3, podemos escrever o campo vetorial em relação às suas funções escalares
componentes, como:


F(X, Y, Z) = 〈P(X, Y, Z), Q(X, Y, Z), R(X, Y, Z)〉 = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO

→ →
Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈e x + y, 2z 2 + 10, ln (y + 1), x + y + z〉. Determine as imagens de F para quando o elemento de
entrada for (– 1, 0, 2).

RESOLUÇÃO


Repare que o campo vetorial F apresenta domínio no ℝ 3 e imagem no ℝ 4. Assim, terá em sua entrada um vetor de 3 componentes e
Processing math: 36%
a saída um vetor do ℝ 4.

Dessa forma, F(- 1,0, 2) = 〈e - 1 + 0, 2.2 2 + 10, ln (0 + 1), - 1 + 0 + 2〉 = 〈e - 1, 18, 0, 1〉

O campo vetorial tem várias aplicações práticas.

 EXEMPLO

O mapeamento de velocidade de um líquido, isto é, em cada ponto do espaço, definido por variáveis (x,y,z), tem definido um vetor
velocidade com suas três componentes (vx, vy, vz) que dependem das variáveis de entrada.

Outro exemplo é o valor de uma força tridimensional em cada ponto de um sólido. Que também associa em cada ponto espacial
(x,y,z) um vetor força. O campo elétrico em cada ponto do espaço.

Quando estudamos campos escalares, vimos o gradiente de uma função escalar, que foi definida como:

(
∇ F X 1, X 2, …, X N = ) ( ∂ X1 (X1, X2, …, XN ), …,
∂F
∂ XJ ( 1
∂F
X , X 2, …, X N ), …,
∂F
∂ XN (X1, X2, …, XN ) )
฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Repare que o gradiente de uma função escalar é um campo vetorial, pois apresenta um vetor com n componentes na entrada e n
funções escalares na saída.

O campo vetorial, por ser um vetor, obedece a todas as operações e propriedades vetoriais.

EXEMPLO

→ →
Determine o produto vetorial entre a imagem dos campos vetoriais F(x, y, z) = 〈x + y, x - z, z〉 e G(x, y, z) = 〈2y - z, 3x + y, y + 1〉 no
ponto (1,1,1).

RESOLUÇÃO

Calculando as imagens dos campos vetoriais no ponto (1,1,1):


F(1,1, 1) = 〈1 + 1,1 - 1,1〉 = 〈2,0, 1〉


G(1,1, 1) = 〈2 - 1, 3 + 1,1 + 1〉 = 〈1,4, 2〉

Processing math: 36%


| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F(1,1, 1)XG(1,1, 1) = 2 0 1 = (0 - 4)x̂ + (1 - 4)ŷ + (8 - 0)ẑ = - 4x̂ - 3ŷ + 8ẑ
1 4 2

INTEGRAL DE LINHA PARA CAMPO VETORIAL


A integral de linha de um campo escalar f : S ⊂ ℝ n → R sobre uma Curva C definida pela equação parametrizada γ(t) já foi
estudada e tem a forma:

| ( )|DT
B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos, de forma análoga, definir uma integral de linha para um campo vetorial.

A PRINCIPAL DIFERENÇA É QUE O CAMPO VETORIAL APRESENTA COMO


IMAGEM UM VETOR E NÃO UM NÚMERO REAL, COMO NO CASO DO
CAMPO ESCALAR.

Para definir essa integral de linha, vamos seguir um exemplo prático que seria o cálculo do trabalho de uma força sobre uma
trajetória.

Seja a Curva C definida pela equação parametrizada γ(t). Imagine um objeto tendo como trajetória a Curva C. Assim, a posição do

( )
objeto para o instante t o, seria dada por γ t 0 .


Seja um campo vetorial que representa uma força F. Considere que as posições definidas pela trajetória façam parte do domínio do

( )

campo vetorial. Assim, em cada posição, teremos um valor para o vetor F. No instante t 0, o objeto estará na posição γ t 0 , e sobre

( ( )).

essa posição existirá um campo vetorial de valor F γ t 0

Fonte: EnsineMe

Necessitaremos definir um sentido para essa trajetória. Tanto faz qual seja, mas após a sua definição, a parametrização da curva
devemath:
Processing respeitar
36% o sentido escolhido. Em nosso exemplo, consideraremos sentido positivo da esquerda para direita.
Quando não é informada a orientação da curva, considera-se o sentido de percurso o do crescimento do parâmetro.

Aprendemos, na Física, que o trabalho que uma força exerce sobre um deslocamento vale o produto escalar entre a força e o vetor
deslocamento.

 ATENÇÃO

Lembre-se que o vetor deslocamento é o que tem início na posição inicial do objeto e extremidade na posição final. Como
consideramos o sentido positivo da esquerda para a direita, o vetor deslocamento terá sempre esse sentido.

Durante o percurso, a força pode variar. Assim, temos que fazer o percurso tão pequeno quanto pudermos para usarmos a condição

( ( )) para um

que a força não varia nesse trecho. Dessa forma, podemos dizer que o trabalho realizado pela força F γ t 0

deslocamento infinitesimal ∆ γ, no ponto t 0, será dado por:

( ( )) ( ) ( ( )) ( ( ) ( ))
→ → → → →
∆ Τ = F Γ T0 . ∆ Γ T0 = F Γ T0 . Γ T0 + ∆ T - Γ T0

COM ∆ T → 0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Considere que a equação parametrizada da curva apresenta derivada, isto é, que a curva é suave no seu domínio. Como o vetor

( )

∆ γ t 0 será tão pequeno quanto desejarmos, podemos afirmar que ele terá a direção da reta tangente à curva e usará o teorema

do valor médio para calcular esse vetor por meio da derivada:

( ) (( ) ( )) ( )
→ → → →
∆ Γ T0 = Γ T0 + ∆ T - Γ T0 = Γ' T 0 ∆ T

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( ( )). ∆ γ (t0 ) = F (γ (t0 )). γ' (t0 ) ∆ t com ∆ t tendendo para zero.
→ → → →
Então, ∆ τ = F γ t 0

 COMENTÁRIO

( )

Observe a figura anterior, como γ' t 0 terá a direção da tangente à curva:

( ( )). γ' (t0 ) ∆ t = |F (γ (t0 ))| |γ' (t0 )|cos α ∆ t


→ → → →
∆ τ = F γ t0


Onde α é o ângulo entre o vetor F e a tangente à curva da trajetória no ponto t 0.

( ) | | ||
→ → → →
Se considerarmos a componente do vetor F na direção e sentido da trajetória F T , como F T = F cos α:

Processing math: 36%


( ( )). Γ' (T0 ) ∆ T = |FT (Γ (T0 ))| |Γ' (T0 )| ∆ T
→ → → →
∆ Τ = F Γ T0

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em cada posição da trajetória, tanto o módulo do campo vetorial quanto o ângulo, que o vetor força faz com o deslocamento, pode

mudar. Para calcular o trabalho total exercido pela força F desde um instante t = a até um instante t = b, necessitaremos somar todos
os trabalhos realizados em cada trecho da trajetória.

Seguindo um raciocínio análogo que foi feito com a Soma de Riemann, dividiremos as trajetórias em partições tão pequenas quantos
desejarmos e calcularemos o trabalho para cada uma dessas partições infinitesimais. Quando o tamanho das partições tenderem a
zero, ou como outra forma de pensar, quando o número de partições tenderem ao infinito, o trabalho total será obtido pelo somatório
do trabalho em cada partição.

( ( )). Γ' (TI ) ∆ TI


→ →
Τ = LIM ∑ I =M1 ∆ Τ I = LIM ∑ I =M1 F Γ T I
M→∞ M→∞

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 ATENÇÃO

Quando o tamanho de cada partição tender a zero, será o mesmo que fazer a variação da parametrização ∆ t tender a zero,
garantindo a aproximação do vetor deslocamento através de sua derivada.


Esse limite é semelhante ao da integral simples, sendo definido como a integral de linha do campo vetorial F sobre a Curva C,
definida por γ(t):

( ( )) ( )
→ → → →
LIM ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
M→∞

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Deduzimos a integral de linha para campo vetorial por meio de um exemplo prático de cálculo de trabalho. Existem, porém, diversas
outras aplicações. Toda vez que desejarmos obter o efeito de um campo vetorial sobre uma trajetória, a integral de linha para campo
vetorial será usada.

Vamos, agora, definir matematicamente a Integral de linha de um campo vetorial.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL

Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de campo vetorial é semelhante a integral de linha de campo escalar, com a
diferença que desejamos o efeito da projeção do campo vetorial sobre a trajetória e não apenas o módulo do campo.
Processing math: 36%
() [ ]
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : a, b ⊂ ℝ → ℝ n, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.

Seja uma função escalar F : S ⊂ ℝ n → ℝ n, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.


A integral de linha do campo vetorial F sobre C é definida por:

→ → → →
∫ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
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 ATENÇÃO

É preciso tomar cuidado, pois no integrando temos um produto escalar entre dois vetores e não uma multiplicação simples.

Observe que, após a montagem da integral de linha e o cálculo do produto escalar, o problema recai no cálculo de uma ou mais
integrais simples com os integrandos sendo funções reais.

Quando essa curva for fechada, podemos representar a integral pela simbologia a seguir:

→ → → →
∮ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
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Lembre-se, também, que caso a Curva C não seja suave em todo seu domínio, devemos dividir a trajetória em pedaços onde a
curva é suave, da mesma forma que fizemos para integral de linha em campos escalares para curvas suaves em partes.

Da mesma forma, a integral de linha de campo vetorial também independe da parametrização da curva utilizada.

Agora, veremos dois exemplos para entender melhor.

EXEMPLO 1

→ → →
(
Determine o valor da integral de linha ∫ F. d γ, onde F(x, y, z) = 〈2x, - y, 3z〉 e a Curva C é definida pela equação γ(t) = 1 - t 2, 2t, t
C
)
com 0 ≤ t ≤ 2, com orientação positiva no sentido do crescimento do parâmetro t.

EXEMPLO 1

RESOLUÇÃO


( )
Como F(x, y, z) = 〈x, y, z〉 e γ(t) = 1 - t 2, 2t, t , então:

Processing math: 36%



F(γ(t)) = 〈2 - 2t 2, - 2t, 3t〉

γ'(t) = (- 2t, 2, 0)



( )
Assim, F(γ(t)). γ ' (t) = 2 - 2t 2 (- 2t) + (- 2t). 2 + 3t. 0 = 4t 3 - 4t - 4t = 4t 3 - 8t

∫CF→.dγ→=∫024t3-8tdt=t402-4t202=16-4.4=0

Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ3. Seja a Curva C definida pelas parametrizações γ t = x t , y t , z ( t ) .

Dessa forma, γ't=x't,y't, z'(t)=dxdt t,dydt t,dzdt t,

Considere o campo vetorial:

F→x,y,z=Px,y,z,Qx,y,z,Rx,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^.

Assim:

∫CF→γt.dγ→=∫abF→γt.γ→'tdt

∫CF→γt.dγ→=∫abPx,y,zdxdt+Qx,y,zdydt+Rx,y,zdzdtdt

Os valores de dxdt t,dydt t,dzdt t são obtidos pelas coordenadas de γ't.

Processing math: 36%


Esta expressão pode ser simbolizada como:
∫CF→γt.dγ→=∫C(P dx+Qdy+Rdz)

A forma px,y,zdx+Qx,y,zdy+Rx,y,zdz é denominada de forma diferencial definida.

Para o caso do ℝ2, só não teríamos a parcela R dz.

EXEMPLO 2

Determine o valor de ∫Cx2dx+2y dy, sendo a Curva C definida por γt=(2t2,cos t), com 0≤t≤π2. Considere a orientação positiva da
curva no sentido do crescimento do parâmetro t.

RESOLUÇÃO

Pelo enunciado, F→x,y,z=x2,2y.

Assim, ∫Cx2dx+2y dy=∫0π22t22dxdt+2cos t dydtdt.

Mas, dxdt=2t2'=4t e dxdt=cos t'=-sen t.

Então:

∫Cx2dx+2y dy=∫0π24t4.4t+2cos t (-sent)dt=∫0π216t5-2cos t sen tdt

∫Cx2dx+2y dy=∫0π216t5-sen 2tdt=1616t60π2+12cos (2t)0π2=83π664=π624

RESUMO DO MÓDULO 2

Processing math: 36%


TEORIA NA PRÁTICA
Um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, localizada na origem do sistema cartesiano, apresenta uma equação dada
por E→(x,y,z)=kQx2+y2+z23/2x x^+y y^+z z^ [Volts/m], onde k é uma constante real positiva.

Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos finais e iniciais de uma Curva C dada pela equação γt=(t,t,t), com
1 ≤ t≤ 2, sabendo que a diferença de potencial é dada pela equação:

∆V=Vf-Vi=-∫CE→.dγ→ [Volts]

RESOLUÇÃO

CAMPOS VETORIAIS

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO VETORIAL COM DOMÍNIO NO R3:

A) f(y)= y2+ 2 ln y

B) F→t=2t, t+1,cos t

C) F→u,v,w=2v, u+w

D) fx,y,z=2x+zln y

E) F→x,y=x+y,
Processing math: 36% y+2, yln x
2. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS F→X,Y=X+Y, X2+3, Y-1, G→U,V,W=U+V, V+W, U+W E
H→X,Y,Z=X2+Y, Z2,3Y. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL T→X,Y,Z, PARA O
PONTO (X,Y,Z) = (1, 0, 2). SABE-SE QUE T→X,Y,Z = 2F→X,Y ×(G→X,Y,Z-3H→X,Y,Z).

A) 6

B) 7

C) 8

D) 9

E) 10

3. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫CF→.DΓ→, SENDO O CAMPO VETORIAL


F→X,Y,Z=XYX^+YZY^+XZZ^ E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO ΓT=(T2,T3,T), PARA 0≤T≤1.

A) 2728

B) 2324

C) 2928

D) 2123

E) 1921

4. DETERMINE A INTEGRAL ∫C(X DX+Y DY+ZDZ) COM C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA
ΓT=(T3,T2,T) COM 0 ≤ T ≤2. CONSIDERE A ORIENTAÇÃO DO PERCURSO NO SENTIDO DE
CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T.

A) 32

B) 40

C) 42

D) 48

E) 50

5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∫C(XZ DX+Y DY+DZ). A CURVA C É DEFINIDA PELA


INTERSEÇÃO DA ESFERA DE RAIO 2, CENTRADA NA ORIGEM, AS REGIÕES X ≥ 0, Y ≥ 0 E Z ≥ 0 E O
PLANO X = Z. O SENTIDO DO PERCURSO DA CURVA C SERÁ ENTRE SEU PONTO INICIAL (0,2,0) ATÉ
2,0,2.

A) -52+63

B) 52-63

C) 22-63
Processing math: 36%
D) 22+63
E) 52+63

6. UMA FORÇA F→X,Y,Z=X+2, Y+1 ATUA SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVIMENTA SOBRE UMA
CURVA, QUE, POR SUA VEZ, É UM ARCO DE CICLOIDE DE EQUAÇÃO ΓT=2T-SEN T, 2(1-COS T) COM
0≤T≤2Π DETERMINE O TRABALHO REALIZADO POR ESTA FORÇA:

A) 8π2

B) 8π(π-1)

C) π(π+1)

D) 8π(π+1)

E) 8π2-1

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta um campo vetorial com domínio no R3:

A alternativa "C " está correta.

A alternativa a apresenta uma função real.

A alternativa b apresenta uma função vetorial com imagem no ℝ3.

A alternativa d apresenta uma função escalar com domínio no ℝ3.

As alternativas c e e apresentam campos vetoriais, porém somente a alternativa c apresenta domínio no ℝ3, sendo a alternativa
verdadeira.

O domínio do campo vetorial da alternativa e é o conjunto ℝ2.

2. Sejam os campos vetoriais F→x,y=x+y, x2+3, y-1, G→u,v,w=u+v, v+w, u+w e H→x,y,z=x2+y, z2,3y. Determine o módulo da
imagem do campo vetorial T→x,y,z, para o ponto (x,y,z) = (1, 0, 2). Sabe-se que T→x,y,z = 2F→x,y ×(G→x,y,z-3H→x,y,z).

A alternativa "A " está correta.

Calculando os valores das imagens dos campos vetoriais:

F→1,0=1+0, 12+3, 0-1=1,4,-1 →F→1,0=2.1,2.4,2.(-1)=2,8,-2

G→1,0,2=1+0, 0+2, 1+2=1, 2,3

H→1,0,2=12+0, 22, 3.0=1, 4,0→3H→1,0,2=3, 12,0

Assim, G→1,0,2-3H→1,0,2=1-3,2-12,3-0=-2,-10,3

T→1,0,2=2,8,-2X-2,-10,3=x^y^z^28-2-2-103
Processing math: 36%
T→1,0,2=24-20x^+4-6y^+-20+16z^=4x^-2y^-4z^

T→1,0,2=42+(-2)2+42=16+4+16=36=6

3. Determine a integral de linha ∫CF→.dγ→, sendo o campo vetorial F→x,y,z=xyx^+yzy^+xzz^ e a Curva C definida pela
equação γt=(t2,t3,t), para 0≤t≤1.

A alternativa "A " está correta.

Como F→x,y,z=xyx^+yzy^+xzz^ e γt=(t2,t3,t)

F→γ(t)=t2.t3,t3.t,t2.t=t5,t4,t3

γt=(2t,3t2,1)

Portanto, F→γt.γ→'t=2t.t5+3t2.t4+1.t3=5t6+t3

Assim, ∫CF→.dγ→=∫01(5t6+t3)dt=517t701+14t401=57+14=2728

4. Determine a integral ∫C(x dx+y dy+zdz) com C definida pela equação paramétrica γt=(t3,t2,t) com 0 ≤ t ≤2. Considere a
orientação do percurso no sentido de crescimento do parâmetro t.

A alternativa "C " está correta.

Como γt=(t3,t2,t)

γ't=3t2,2t,1

Analisando a integral de linha pedida:

F→x,y,z=Px,y,z,Qx,y,z,Rx,y,z=x x^+yy^+zz^

Assim:

∫CF→γt.dγ→=∫02F→γt.γ→'tdt

∫CF→γt.dγ→=∫02x dxdt+ydydt+zdzdtdt

∫CF→γt.dγ→=∫02t3 3t2+t2 2t+t.1dt=∫02(3t5+2t3+t) dt

∫CF→γt.dγ→=316t602+214t402+12t202=262+242+222=32+8+2=42

5. Determine o valor da integral ∫C(xz dx+y dy+dz). A Curva C é definida pela interseção da esfera de raio 2, centrada na
origem, as regiões x ≥ 0, y ≥ 0 e z ≥ 0 e o plano x = z. O sentido do percurso da Curva C será entre seu ponto inicial (0,2,0)
até 2,0,2.

A alternativa "B " está correta.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL


Processing math: 36%
6. Uma força F→x,y,z=x+2, y+1 atua sobre um objeto que se movimenta sobre uma curva, que, por sua vez, é um arco de
cicloide de equação γt=2t-sen t, 2(1-cos t) com 0≤t≤2π Determine o trabalho realizado por esta força:

A alternativa "D " está correta.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS G→U,V=2U+V, V2, U+2, F→X,Y,Z=X+2Y, Y+2Z, Z-2X E


H→U,V,W=U2+2, V2,3W. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL R→X,Y,Z PARA O
PONTO (X,Y,Z) = (– 1 , 1, 0). SABE-SE QUE R→X,Y,Z=3G→X,Y ×(F→X,Y,Z-H→X,Y,Z).

A) 6

B) 62

C) 12

D) 63

E) 102

Processing math: 36%


2. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫CF→.DΓ→, SENDO O CAMPO VETORIAL
F→X,Y,Z=2Y2ZX^+XZY^+Z2Z^, E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO ΓT=(T2,T,T2), PARA 0≤T≤1.

A) 34

B) 57

C) 65

D) 98

E) 23

GABARITO

1. Sejam os campos vetoriais G→u,v=2u+v, v2, u+2, F→x,y,z=x+2y, y+2z, z-2x e H→u,v,w=u2+2, v2,3w. Determine o módulo
da imagem do campo vetorial R→x,y,z para o ponto (x,y,z) = (– 1 , 1, 0). Sabe-se que R→x,y,z=3G→x,y ×(F→x,y,z-H→x,y,z).

A alternativa "B " está correta.

G→-1,1=2.-1+1,12,-1+2=-1,1,1

3G→-1,1=3.(-1),3.1,3.1= -3,3,3

F→-1,1,0=-1+2.1, 1+2.0, 0-2.(-1)=1, 1,2

H→-1,1,0=(-1)2+2, 12, 3.0=3, 1,0

Assim F→-1,1,0-H→-1,1,0=1-3,1-1,2-0=-2,0,2

R→-1,1,0=-3,12,3X-4,0,-2=x^y^z^-333-202

R→-1,1,0=6-0x^+-6+6y^+0+6z^=6x^+6z^

R→-1,1,0=62+02+62=72=62

2. Determine a integral de linha ∫CF→.dγ→, sendo o campo vetorial F→x,y,z=2y2zx^+xzy^+z2z^, e a Curva C definida pela
equação γt=(t2,t,t2), para 0≤t≤1.

A alternativa "C " está correta.

Como F→x,y,z=2y2zx^+xzy^+z2z^ e γt=t2,t,t2:

F→γ(t)=2.t2.t2,t2.t2,t4=2t4,t4,t4

γt=(2t,1,2t)

Portanto:

F→γt.γ→'t=2t.2t4+1.t4+2t.t4=4t5+t4+2t5=6t5+t4
Processing math: 36%
Assim:

∫CF→.dγ→=∫01(6t5+t4)dt=616t601+15t501=1+15=65

MÓDULO 3

 Calcular integrais de linha de campos conservativos

INTRODUÇÃO
O rotacional e o divergente de um campo vetorial são dois operadores diferenciais aplicados em um campo vetorial que são
bastantes utilizados em diversas áreas de aplicação. Esses operadores quando aplicados a campos reais apresenta um significado
físico, como será estudado neste módulo.

Baseado no resultado de alguns operadores diferenciais, o campo vetorial pode ser classificado como campo conservativo.

ESSE TIPO DE CAMPO TEM UMA PROPRIEDADE IMPORTANTE: A SUA INTEGRAL DE


LINHA INDEPENDER DO CAMINHO DE INTEGRAÇÃO, DEPENDENDO APENAS DO
PONTO FINAL E INICIAL.
Na física, por exemplo, trabalha-se com diversos tipos de campos conservativos que são associados a suas funções potenciais.
Podemos citar o campo gravitacional e o campo elétrico.

Os campos conservativos também serão estudados neste módulo.

OPERADORES DIFERENCIAIS
Antes de estudarmos o campo conservativo, precisamos definir alguns operadores diferenciais para um campo vetorial.

Já estudamos em outras oportunidades o gradiente de um campo escalar.

 COMENTÁRIO

O gradiente é um operador aplicado em uma função que tem saída real e tem como resultado um vetor, composto pelas derivadas
parciais da função que foi operada matematicamente.

Além do gradiente, podemos definir dois outros operadores diferenciais que são o rotacional e o divergente, que serão aplicados em
campos vetoriais.

ROTACIONAL DE UM CAMPO VETORIAL


Processing math: 36%
Seja um campo vetorial F→: S ⊂ ℝ3 → ℝ3 representado por suas funções componentes da forma:

F→X,Y,Z=PX,Y,ZX^+QX,Y,ZY^+RX,Y,ZZ^

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Suponha que as funções P, Q e R são funções escalares que admitem derivadas parciais em S. Assim, o rotacional de F→,
simbolizado por rot F→ é também um campo vetorial definido por:

ROT F→=ΔRΔY-ΔQΔZX^+ΔPΔZ-ΔRΔXY^+ΔQΔX-ΔPΔYZ^

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Essa expressão também pode ser representada por meio do cálculo de um determinante:

ROT F→=X^Y^Z^ΔΔXΔΔYΔΔZPQR

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Definindo o operador ∇=∂∂x,∂∂y,∂∂z no ℝ3, o determinante acima pode ser analisado como rot F→=∇×F→, por isso que ∇×F→
também é uma simbologia usada para o rotacional de F→.

Observe que o rotacional é um operador aplicado a um campo vetorial e tem como resultado também um campo vetorial. O

rotacional só será definido para um campo do R3 e seu caso particular no R2.

 COMENTÁRIO

A interpretação geométrica do rotacional de um campo vetorial é que ele é um vetor que representa quanto o campo se rotaciona em
torno de um ponto, por isso o nome rotacional.

Se um campo apresenta rotacional nulo é denominado de campo irrotacional.

EXEMPLO

Determine o rotacional do campo vetorial F→x,y,z=2x2z x^+3xyz y^+y2 z^ no ponto (1,1,2).

RESOLUÇÃO

rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδzPQR

Assim:
Processing math: 36%
rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδz2x2z3xyzy2

Resolvendo o determinante:

rot F→x,y,z=δδy(y2)-δδz(3xyz)x^+δδz(2x2z)-δδx(y2)y^+δδx(3xyz)-δδy(2x2z)z^

rot F→x,y,z=2y-3xyx^+2x2-0y^+3yz-0z^

rot F→x,y,z=2y-3xyx^+2x2y^+3yzz^

Para (1,1,2):

rot F→1,1,2=2-3x^+2y^+3.2z^=-x^+2y^+6z^

Como lembrado no item anterior, o gradiente de uma função escalar (∇f) é um campo vetorial. Existe uma propriedade que diz que,
para qualquer função escalar:

rot∇f=0

DIVERGENTE DE UM CAMPO VETORIAL

Seja um campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro maior do que 1, representado por suas funções componentes da forma
F→=f1,f2,…, fn. Considere que as derivadas parciais de primeira ordem de todas as componentes no domínio de F→⃗ existem.

Assim, define o divergente de um campo vetorial, representado por div F→⃗, por:

DIV F→=∂F1∂X1+∂F2∂X2+…+∂FN∂XN

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Definindo o operador ∇=∂∂x1,∂∂x2,…, ∂∂xn no ℝn, o divergente pode ser considerado o produto escalar entre o operador ∇ e o
campo vetorial F→. Por isso, também, se usa a simbologia ∇.F→ para representar o divergente de um campo vetorial F→.

Observe que o divergente é aplicado em um campo vetorial, mas tem como resultado um campo escalar.
Processing math: 36%
NO CASO DE UMA FUNÇÃO F→: S ⊂ ℝ3 → ℝ3 COM A SEGUINTE
REPRESENTAÇÃO:
No caso de uma função F→: S⊂R3 → R3 com F→x,y,z = Pz,y,zx^ + Qx,y,zy^ + Rx,y,zz^

div F→x,y,z = ∂P∂x x,y,z + ∂Q∂y x,y,z + ∂R∂z x,y,z

PARA O CASO DO ℝ2, COM F→X,Y=PX,YX^+QX,YY^:


Para o caso do ℝ2, com F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^

div F→x,y = ∂P∂x x,y + ∂Q∂y x,y

EXEMPLO

Determine o divergente do campo vetorial F→x,y,z=2x2z x^+3xyz y^+y2 z^ no ponto (1,1,2).

RESOLUÇÃO

Se F→x,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^, então:

div F→x,y,z=∂P∂xx,y,z+∂Q∂yx,y,z+∂R∂zx,y,z

div F→x,y,z=∂∂x2x2z+∂∂y3xyz+∂∂zy2=4xz+3xz+0=7xy

No ponto (1,1,2):

div F→1,1,2=7.1.1=7

A INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO DIVERGENTE DE UM CAMPO


VETORIAL É QUE ELE MEDE QUANTO UM CAMPO SE ESPALHA (DIVERGE)
A PARTIR DE UM PONTO, POR ISSO O NOME DIVERGENTE.

Pode também ser analisado que se temos um campo vetorial que mede um fenômeno físico, o ponto onde o divergente é diferente
Processing math: 36%
de zero, são os pontos onde o campo é criado (fonte de campo) ou destruído (sumidouro de campo).
Existe uma propriedade que mostra que para um campo vetorial:

divrot F→=0

Por fim, o divergente pode ser combinado com o gradiente, definindo um novo operador diferencial denominado de Laplaciano de
um Campo Escalar (∇2f):

∇2F=∇.∇F OU ∇2F=DIV (GRAD F)

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o caso de um campo escalar f(x,y,z), com domínio no ℝ3:

∇2F X,Y,Z =∂2F∂X2 X,Y,Z +∂2F(X,Y,Z∂Y2 X,Y,Z +∂2F∂Z2 X,Y,Z

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o caso de um campo vetorial, define o Laplaciano de um Campo Vetorial (∇2F→) pelo laplaciano de cada componente do
campo vetorial.

Assim no caso do ℝ3, com:

F→X,Y,Z=PX,Y,ZX^+QX,Y,ZY^+RX,Y,ZZ^

∇2F→X,Y,Z=∇2PX,Y,ZX^+∇2QX,Y,ZY^+∇2RX,Y,ZZ^

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CAMPOS CONSERVATIVOS
O campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro e maior do que 1, será um campo conservativo se existir um campo escalar
f: S ⊂ ℝn → ℝ tal que:

∇F=F→ EM S

A FUNÇÃO ESCALAR F É DENOMINADA DE FUNÇÃO POTENCIAL DE F→


EM S.

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Um ponto importante que podemos citar é que se F→ for contínuo em S, a função potencial f será contínua e derivável no domínio
S.
Processing math: 36%
Observe que o campo vetorial será conservativo se puder ser representado pelo gradiente de uma função escalar.

De início, para que isso seja possível, o domínio e a imagem precisam ter a mesma dimensão.

 COMENTÁRIO

Repare que se o domínio estiver em ℝn, a imagem, obrigatoriamente, deve estar em ℝn. Em outras palavras, não existe campo
conservativo para um campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝm, com n diferente de m.

Para o caso de n = 2 e n = 3, que são os casos principais de nossos problemas, uma condição necessária, mas não suficiente para
que o campo vetorial seja conservativo é que rot F→ seja nulo, isto é, que o campo seja irrotacional. Ou seja, o rotacional nulo é
necessário para que um campo seja conservativo. Quando o rotacional do campo é diferente de zero, o campo, com certeza, não é
conservativo.

Apenas um cuidado: pode ocorrer campos com rotacional nulo que não são conservativos. Por isso que a condição não é suficiente.
Mais à frente, analisaremos a condição suficiente para garantir que um campo vetorial seja conservativo.

EXEMPLO

Verifique se o campo vetorial F→x,y,z=2x2z x^+3xyz y^+y2 z^ é um campo conservativo

RESOLUÇÃO

Já calculamos em um exemplo anterior o rotacional deste campo vetorial

Assim, rot F→x,y,z=2y-3xyx^+2x2y^+3yzz^.

Repara que esse campo não é irrotacional, pois existem pontos onde o rotacional não é nulo.

Assim, podemos garantir que o campo vetorial F→ não é conservativo.

Na Física, trabalhamos com diversos campos conservativos.

 EXEMPLO

O campo elétrico será representado pelo gradiente de uma função escalar que denominamos de potencial elétrico. Por isso que o
campo é conservativo e terá propriedades relacionadas a sua integral de linha. Essas propriedades serão vistas no próximo item.

Processing math: 36%


INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS CONSERVATIVOS
Quando o campo vetorial for conservativo, vamos verificar que podemos aplicar um teorema semelhante ao Teorema Fundamental
do Cálculo que denominaremos de Teorema Fundamental para Integrais de Linha.

Seja C uma curva suave definida por γ(t), com a ≤ t ≤ b. Seja F→ um campo vetorial contínuo e conservativo, com função gradiente
f, então o Teorema Fundamental para Integrais de Linha nos diz que:

∫CF→ΓT.DΓ→=∫AB∇FΓT.Γ→'TDT=FΓ(B)-FΓ(A)

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em outras palavras, a integral de linha só depende do valor da função potencial nos pontos final e inicial. Dizemos que a integral de
linha de um campo conservativo independe da trajetória.

A INTEGRAL DE LINHA DE QUALQUER CAMPO VETORIAL INDEPENDE DO


PARÂMETRO. SE O CAMPO FOR CONSERVATIVO, ALÉM DE INDEPENDER DA
PARAMETRIZAÇÃO, A INTEGRAL DE LINHA INDEPENDERÁ DO CAMINHO TRAÇADO.
SE O CAMPO FOR NÃO CONSERVATIVO, A INTEGRAL DE LINHA DEPENDERÁ DO
CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS PONTOS INICIAIS E FINAIS.
Um ponto importante é que a volta do teorema não vale para qualquer região. Em outras palavras, se o valor da integral de linha de
um campo for independente do caminho para todas as curvas dentro de uma região, dependendo apenas dos pontos inicial e final,
só podemos garantir que esse campo será conservativo se a região for uma região conexa.

Outra conclusão importante do teorema é que, caso o campo seja conservativo, a integral de linha através de um percurso fechado
será obrigatoriamente nula. Ou se o valor da integral de linha através de qualquer percurso fechado for nulo, o campo será
conservativo.

Os teoremas e suas conclusões não foram demonstrados, mas essas demonstrações podem ser estudadas, se for o caso, nas
obras de referência deste tema.

Obs.: Uma região será conexa se quaisquer dois pontos da região puderem ser sempre ligados por uma poligonal totalmente
contida na região B. Por exemplo, uma região que é dividida em duas regiões separadas não é uma região conexa.

 DICA

Toda vez que formos calcular a integral de linha de um campo vetorial, temos que observar antes se o campo é ou não conservativo,
pois assim podemos resolvê-la de forma muito mais rápida.

EXEMPLO

Seja o campo conservativo F→x,y=1+4xy, 2x2-y2. Determine a sua integral de linha entre o ponto inicial (1,1) até o ponto final (2,2).
Sabe-se
Processing math:que
36% a função potencial de F→ vale fx,y=x+2x2y-13y3 para todo seu domínio ℝ2.
RESOLUÇÃO

O enunciado já informa que o campo é conservativo. Repare que:

rot F→x,y,0=x^y^z^δδxδδyδδz1+4xy 2x2-y20=

=δδy(0)-δδz(2x2-y2)x^+δδz(1+4xy)-δδx(0)y^+δδx(2x2-y2)-δδy(1+4xy)z^

=0-0x^+0-0y^+4x-4xz^=0

Mostrando que o campo atende a condição necessária por ser irrotacional, isto é, seu rotacional é nulo para todos os pontos (x,y,z).

O enunciado já forneceu a função potencial do campo vetorial, observe:

∂f∂x=1+4xy=Fx

∂f∂y=2x2-y2=Fy

Provando que ∇f=F→.

Resolvendo a integral de linha, repare que o exemplo não informou qual é o caminho a ser traçado, pois, ao afirmar que o campo era
conservativo, a integral de linha só depende do seu ponto inicial e final.

∫CF→γt.dγ→=fγb-fγa=f2,2-f1,1

∫CF→γt.dγ→=2+2.22.2-1323-1+1.12.1-1313=383

Processing math: 36%


Vamos apenas escolher um caminho para provar que a integral de linha para este campo vetorial, para qualquer caminho, tem que
fornecer o valor calculado. Seja o caminho γt=(t,t) para 1 ≤ t≤ 2.

Neste caso, γ't=(1,1) e F→γt=1+4t2,t2

F→γt.γ→'t=1+4t2+t2 =1+5t2

∫CF→.dγ→=∫12F→γt.γ→'tdt=∫12(1+5t2)dt=t12+5 t3312

∫CF→.dγ→=2-1+583-13=1+353=383

Fornecendo o mesmo valor obtido anteriormente.

Esse conceito de campo conservativo pode parecer novo para você, mas já foi utilizado diversas vezes em seus estudos de Física.

OS CAMPOS GRAVITACIONAL, ELÉTRICO E DE FORÇA DA MOLA SÃO


CONSERVATIVOS, E VOCÊ APRENDEU QUE O TRABALHO QUE ESSAS
FORÇAS EXERCIAM SÓ DEPENDIA DOS PONTOS INICIAL E FINAL.

Outra forma de abordar isso era com a criação da Energia potencial, que dependia apenas do ponto do objeto.

Só resta buscarmos uma forma de verificar se um campo é conservativo, isto é, uma condição suficiente para essa garantia.

Antes disso, necessitamos definir alguns pontos:

Uma curva será simples se nenhum ponto dela se intercepta.

Processing math: 36%


Fonte: EnsineMe

Uma região B será simplesmente conexa quando toda curva simples fechada dentro de sua região contornar apenas pontos
que pertence à região B. Em outras palavras, a região B não pode ter buracos ou ser constituída por regiões separadas, veja:

Fonte: EnsineMe

Agora vamos definir uma condição suficiente para o campo vetorial ser conservativo.

SEJA F→: S ⊂ ℝN → ℝN, PARA N = 2 OU N = 3, UM CAMPO VETORIAL DIFERENCIÁVEL


EM S. SE O DOMÍNIO S FOR SIMPLESMENTE CONEXO E O ROT F→ FOR NULO, ENTÃO
F→ SERÁ UM CAMPO CONSERVATIVO.
Assim, a condição de simplesmente conexo para o domínio do campo vetorial garante que caso o campo seja irrotacional, o campo
vetorial será conservativo.

Os casos mais comuns serão aqueles em que o domínio da função será o próprio ℝn. Podemos observar que o conjunto ℝn é
simplesmente conexo. Assim, para esse caso, basta garantirmos que o campo vetorial seja irrotacional.

Para o caso do ℝ2, seja F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^, então o rotacional do campo será:

ROT F→=X^Y^Z^ΔΔXΔΔYΔΔZPQ0=ΔQΔX-ΔPΔYZ^
Processing math: 36%
POIS P E Q SÓ DEPENDEM DE X E Y.

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Neste caso, para o rotacional ser nulo δQδx-δPδy=0..

Assim, dizemos que se F→ for conservativo, então δQδx=δPδy. E se o domínio do campo vetorial F→ for simplesmente conexo e
δQδx=δPδy em todos os seus pontos, então F→ é conservativo.

EXEMPLO

Seja o campo vetorial F→x,y=4xy, x2-y2. Verifique se é um campo conservativo.

RESOLUÇÃO

Como o domínio de F→ é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, basta verificarmos se será um campo irrotacional.

No caso do ℝ2, basta verificarmos se δQδx=δPδy, com F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^

∂Q∂x=∂∂x x2-y2=2x

∂P∂y=∂∂y 4xy=4x

Como ∂Q∂x≠∂P∂y então, o campo não é irrotacional e não será conservativo.

EXEMPLO

Seja o campo vetorial F→x,y=8-3xy2, 2y2-3yx2. Verifique se é um campo conservativo.

RESOLUÇÃO

Como o domínio de F→ é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, então basta verificarmos se será um campo irrotacional.

No caso do ℝ2, basta verificarmos se δQδx=δPδy, com F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^

∂Q∂x=∂∂x
Processing (2y2-3yx2)=-6xy
math: 36%
∂P∂y=∂∂y (8-3xy2)= -6xy

Como ∂Q∂x=∂P∂y, com domínio no ℝ2, o campo será conservativo.

Por fim, para o caso de um campo ser conservativo, existem formas de obter a sua função potencial. Essa metodologia não será
vista neste módulo, mas pode ser estudada, se for o caso, nas referências deste tema.

RESUMO DO MÓDULO 3

TEORIA NA PRÁTICA
Sabe-se que um campo elétrico gerado por determinada carga puntiforme, localizada na origem do sistema cartesiano, tem uma
equação dada por:

E→x,y,z=100x2+y2+z23/2x x^+y y^+z z^ [Volts/m].

Esse campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada por:

Vx,y,z=-100x2+y2+z21/2 [Volts/m].

Determine a integral de linha para o campo elétrico entre os pontos (2, 23, 2) e (22, 4, 1) através de uma Curva C. A Curva C será
contida na interseção de um paraboloide e um cone.

RESOLUÇÃO

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO

Processing math: 36%


MÃO NA MASSA

1. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z= ZEYX^+3 ARCTGYY^+X2+3Y Z^. DETERMINE O VALOR DO


ROTACIONAL ∇XF→ NO PONTO (1,0,2):

A) x^- y^+2z^

B) 3x^+2y^+z^

C) 3x^-2y^+2z^

D) - y^+2z^

E) 3x^-z^

2. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=2ARCTGZ X2 X^+3ZEY Y^+3X+Y Z^. DETERMINE O VALOR DO


SEU DIVERGENTE ∇·F→ NO PONTO (2,0,1).

A) π2+3

B) π-3

C) π4+e3

D) 21

E) π2

3. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y=2XCOS Y+YCOS X, -X2SEN Y+SEN X. DETERMINE O VALOR DA


INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL SOBRE UMA ELIPSE NO PLANO XY DE EQUAÇÃO

9X2+ 7Y2 = 23, PARA UM PERCURSO QUE SE INICIA E TERMINA, APÓS UMA VOLTA COMPLETA NO
SENTIDO ANTI-HORÁRIO, NO PONTO 1,2.

A) 4 math: 36%
Processing
B) -4

C) 3

D) -2

E) 0

4. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO CONSERVATIVO:

A) F→x,y=2xy x^+x3+1 y^

B) F→x,y=2y x^+y+x3 y^

C) F→x,y=2xy x^+x2+1 y^

D) F→x,y=2x x^+x3+1 y^

E) F→x,y=2xy2 x^+x3+x y^

5. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=2Y2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY2COS Z. ASSINALE A


ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA AFIRMATIVA FALSA RELACIONADA AO CAMPO VETORIAL F→:

A) Domínio do campo vetorial é o conjunto R3.

B) O campo vetorial F→ é irrotacional.

C) O campo vetorial F→ é conservativo.

D) O divergente do campo vetorial F→ no ponto (1,1, π2) vale 3.

E) O divergente do rotacional do campo vetorial F→ é nulo.

6. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=2Y2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY2COS Z. DETERMINE A INTEGRAL


DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA ΓT=(T2+1,27-19T3,37T2+9 DESDE O
PONTO INICIAL (1,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (2,2,4). SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E
APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA PELO CAMPO ESCALAR FX,Y,Z=2XY2SEN Z.

A) 3 sen 4-2 sen 3

B) 4 sen 4+3 sen 3

C) 6 sen 4+8 sen 3

D) 18 sen 4-16 sen 3

E) 16 sen 4-18 sen 3

GABARITO

1. Seja
Processing o 36%
math: campo vetorial F→x,y,z= zeyx^+3 arctgyy^+x2+3y z^. Determine o valor do rotacional ∇XF→ no ponto (1,0,2):
A alternativa "C " está correta.

rot F→(x,y,z)=x^y^z^δδxδδyδδzzey3 arctgy(x2+3y)

Assim, resolvendo o determinante:

rot F→x,y,z=δδy(x2+3y)-δδz(3 arctgy)x^ +δδz(zey)-δδx(x2+3y)y^ +δδx(3 arctgy)-δδy(zey)z^

rot F→x,y,z=3-0x^+ey-2xy^+zeyz^

rot F→x,y,z=3x^+ey-2xy^+zeyz^

Para o ponto (1,0,2):

rot F→1,0,2=3x^+e0-2.1y^+2.e0z^=3x^- 2y^+2z^

2. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2arctgz x2 x^+3zey y^+3x+y z^. Determine o valor do seu divergente ∇·F→ no ponto
(2,0,1).

A alternativa "A " está correta.

Se F→x,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^, então:

div F→x,y,z=∂P∂xx,y,z+∂Q∂yx,y,z+∂R∂zx,y,z

div F→x,y,z=∂∂x2arctgz x2+∂∂y3zey+∂∂z3x+y=4xz+3xz+0=7xy

div F→x,y,z=2arctgz∂∂xx2+3z∂∂yey+3x+y∂∂z1=2arctgz.2x+3zey

No ponto (2,0,1):

div F→2,0,1=2 arctg1.2.2+3.1.e0=8π4+3=π2+3

3. Seja o campo vetorial F→x,y=2xcos y+ycos x, -x2sen y+sen x. Determine o valor da integral de linha deste campo vetorial

sobre uma elipse no plano XY de equação 9x2+ 7y2 = 23, para um percurso que se inicia e termina, após uma volta completa
no sentido anti-horário, no ponto 1,2.

A alternativa "E " está correta.

Considerando F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^:

δQδx=-2xsen y+cosx e δPδy=-2xsen y+cosx

Assim como δQδx=δPδy e o domínio do campo vetorial é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, o campo vetorial será
conservativo.

A integral de linha de um campo conservativo para um percurso que se inicia e acaba no mesmo ponto é zero.
Processing math: 36%
4. Assinale a alternativa que apresenta um campo conservativo:

A alternativa "C " está correta.

Como o domínio de todos os campos apresentados está no ℝ2, que é simplesmente conexo, a condição de irrotacional é suficiente
para o campo ser conservativo.

No caso do R2, o rotacional será nulo para um campo F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^ se δQδx=δPδy,

Para alternativa da letra a: δQδx=3x2 e δPδy=2x

Para alternativa da letra b: δQδx=3x2 e δPδy=2

Para alternativa da letra c: δQδx=2x e δPδy=2x, sendo a resposta correta para questão.

Para alternativa da letra d: δQδx=3x2 e δPδy=0

Para alternativa da letra e: δQδx=3x2 +1 e δPδy=4xy

5. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa falsa
relacionada ao campo vetorial F→:

A alternativa "D " está correta.

OPERADORES DIFERENCIAIS

6. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z. Determine a integral de linha deste campo vetorial em
relação à curva γt=(t2+1,27-19t3,37t2+9 desde o ponto inicial (1,3,3) até o ponto final (2,2,4). Sabe-se que este campo é
conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar fx,y,z=2xy2sen z.

A alternativa "E " está correta.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO

Processing math: 36%


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=2YZ X^+2Z2EX Y^+3X+1 Z^. DETERMINE O VALOR DO ∇XF→
NO PONTO (0,1,2):

A) rot F→0,1,2=-x^+y^+4z^

B) rot F→0,1,2=-8x^-y^+4z^

C) rot F→0,1,2=8x^-y^+z^

D) rot F→0,1,2=-2x^-y^+z^

E) rot F→0,1,2=3x^-1+4z^

2. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=16 XZCOS Y, -8ZX2 SEN Z, 8X2COS Y. DETERMINE A


INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA ΓT=(T2-1, 16T2+9, 27-19T33)
DESDE O PONTO INICIAL ( – 1 ,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (0,5,2). SABE-SE QUE ESTE CAMPO É
CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA PELO CAMPO ESCALAR
FX,Y,Z=8ZX2COS Y.

A) 24 cos 3

B) 24 sen 3

C) - 24 cos 3

D) 24 cos 3 - 12 sen 3

E) 24 cos 3 + 12 sen 3

GABARITO
Processing math: 36%
1. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2yz x^+2z2ex y^+3x+1 z^. Determine o valor do ∇XF→ no ponto (0,1,2):

A alternativa "B " está correta.

Primeiro temos que calcular o rotacional para depois tirar o divergente dele.

rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδz2yz2z2ex(3x+1)

Assim, resolvendo o determinante:

rot F→x,y,z=δδy(3x+1)-δδz(2z2ex)x^+δδz(2yz)-δδx(3x+1)y^+δδx(2z2ex)-δδy(2yz)z^

rot F→x,y,z=0-4zexx^+2y-3y^+2z2ex-2zz^

rot F→x,y,z=-4zexx^+2y-3y^+2z2ex-2zz^

No ponto (0,1,2):

rot F→0,1,2=-4.2.e0x^+2.1-3y^+2.22.e0-2.2z^

rot F→0,1,2=-8x^-y^+4z^

2. Seja o campo vetorial F→x,y,z=16 xzcos y, -8zx2 sen z, 8x2cos y. Determine a integral de linha deste campo vetorial em
relação à curva γt=(t2-1, 16t2+9, 27-19t33) desde o ponto inicial ( – 1 ,3,3) até o ponto final (0,5,2). Sabe-se que este campo é
conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar fx,y,z=8zx2cos y.

A alternativa "C " está correta.

O enunciado diz que o campo é conservativo. Mas como o domínio é ℝ3, determine o valor do rotacional deste campo e prove que
será nulo, confirmando a informação.

Como o campo é conservativo, a integral de linha independe da curva e depende apenas dos pontos inicial e final:

∫CF→γt.dγ→=fγb-fγa=f0,5,2-f-1,3,3

Mas fx,y,z=8zx2cos y

∫CF→γt.dγ→=8.2.0.cos 5-8.3.-12cos3=-24 cos 3

MÓDULO 4

 Aplicar o Teorema de Green

INTRODUÇÃO
Processing math: 36%
O cálculo de uma integral de linha e o de uma integral dupla podem ser relacionados por meio do chamado Teorema de Green.

Através dele, você obtém a integral de linha de um campo vetorial resolvendo uma integral dupla de uma função real.

Vamos estudá-lo?

TEOREMA DE GREEN
O Teorema de Green permite relacionar a integral de linha por meio de uma curva fechada simples C com a integral dupla sobre a
região B formada por esta curva. A região B será formada por todos os pontos da fronteira C e os pontos dentro da curva fechada,
veja a figura.

Fonte: EnsineMe

Necessitamos orientar a curva, assim para o Teorema de Green, a orientação positiva será quando a curva for percorrida no sentido
anti-horário apenas uma vez.

Vamos, agora, enunciar o teorema. A demonstração desse teorema para uma região retangular, pode ser estudada, se for o caso,
nas obras de referência que se encontram no fim deste tema. Quando se trata de uma região qualquer, a demonstração do teorema
é bastante complexa.

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE GREEN

SEJA C UMA CURVA PLANA SIMPLES, FECHADA, CONTÍNUA POR


TRECHOS E ORIENTADA POSITIVAMENTE. SEJA B A REGIÃO DELIMITADA
POR C. SEJAM AS FUNÇÕES ESCALARES P E Q DERIVÁVEIS EM UM
CONJUNTO ABERTO QUE CONTENHA D, ENTÃO:

∮CPX,YDX+QX,YDY=∬B∂Q∂X-∂P∂YDS

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Processing math: 36%


EXEMPLO

Determine a integral de linha ∮Cx4-y3dx+x3+y3dy, sobre a curva γt=(cos t, sen t), com 0≤t≤2π percorrida no sentido do crescimento
do parâmetro t.

RESOLUÇÃO

Se desejássemos resolver a integral de linha da forma direta:

Com γt=(cos t, sen t)→ γ't=(-sen t, cos t):

∮Cx4-y3dx+x3+y3dy=∫02πx4-y3dxdt+x3+y3dydtdt

Com γt=(cos t, sen t)→ γ't=(-sen t, cos t):

=∫02πcos4t-sen3t(-sen t)+cos3t+sen3tcos tdt=

=∫02π(-cos4tsen t+sen4t+cos4t+sen3tcos t)dt

Que seria uma integral definida resolvida usando a substituição de variável que vai requerer muito trabalho.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que, ao crescer o parâmetro, a curva é
percorrida no sentido anti-horário, que é o sentido definido como positivo para o teorema de Green.

∮CPx,ydx+Qx,ydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds

Px,y=x4-y3→δPδy=-3y2

Qx,y=x3+y3→δQδx=3x2

Processing math: 36%


Assim:

∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B(3x2--3y2dxdy=∬B(3x2+3y2)dxdy

Ao analisarmos a Curva C fechada, que se trata de uma circunferência de raio 1. Assim, fica mais simples resolver a integral dupla
pelas coordenadas polares:

∬B3(x2+y2)dxdy=∫02π∫013ρ2 ρdρdθ=∫02π∫013ρ3 dρdθ

∫02π∫013ρ3 dρdθ=θ02π . 3 14ρ401=2π.34=3π2

REPRESENTAÇÃO VETORIAL PARA TEOREMA DE GREEN

Observe que estamos trabalhando com funções e áreas no R2. Se considerarmos que F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^, , então ∂Q∂x-∂P∂y é o
seu rotacional, com direção do eixo x, isto é, perpendicular ao plano XY.

Portanto, o Teorema de Green pode ser representado por:

∮CF→.DΓ→=∬B ∇XF→.Z^ DS

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA UNIÃO DE REGIÕES

Se a região B for uma união finita de regiões simplesmente conexas, podemos também aplicar o Teorema de Green. Veja a figura,
na qual a região B será a união das regiões B1 e B2.

Processing math: 36%


Fonte: EnsineMe

Seja C1 o contorno da região B1, no sentido positivo, e C2, o contorno de B2, no sentido positivo. Repare que, na fronteira que une

as duas regiões, C1 e C2 estarão em sentidos contrários e se anularão.

Assim, se considerarmos C o contorno apenas externo da região, podemos dizer que:

∬B1∪B2∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1∪C2PX,YDX+QX,YDY=∫CPX,YDX+QX,YDY

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA REGIÃO COM FUROS

Quando a região B não for simplesmente conexa, isto é, quando apresentar furos, teremos que fazer uma adaptação do Teorema de
Green para sua aplicação, aplicando-o por meio de uma diminuição de áreas.

Seja a região B abaixo desenhada:

Fonte: EnsineMe

Observe que a região B agora será definida por uma área entre duas curvas, que serão suas fronteiras C1 e C2. Ambas as curvas

são orientadas em seu sentido positivo, isto é, anti-horário.

Dessa forma, podemos afirmar que:

∬B∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1PX,YDX+QX,YDY-∫C2PX,YDX+QX,YDY

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A combinação acima pode ser feita para quantos buracos houver na região. Se você quiser fazer o contorno externo C1 no sentido

anti-horário, e os contornos que definem os buracos no sentido horário, o sinal muda para essa integral de linha dos buracos.
Processing math: 36%
Suponha que a região B é definida externamente pelo contorno C1, orientado no sentido positivo, e tem dois buracos definidos,

respectivamente, por C2 e C3, ambos orientados no sentido negativo (horário), assim:

∬B∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1PX,YDX+QX,YDY+∫C2PX,YDX+QX,YDY+∫C3PX,YDX+QX,YDY

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA CÁLCULO DE ÁREAS

O Teorema de Green pode também ser utilizado como outra forma de se calcular a área de uma região B. Na verdade, será o
cálculo da área por meio de uma integral de linha.

Lembrando que se o teorema nos apresenta a seguinte relação:

∮CPX,YDX+QX,YDY=∬B∂Q∂X-∂P∂YDS

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas sabemos que a área da região B pode ser calculada como:

A=∬BDS

฀ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se observarmos o Teorema de Green na parte da integral dupla, seria o mesmo que fazer o termo ∂Q∂x-∂P∂y igual a 1.

Existem várias possibilidades para esta combinação. E, para cada uma delas, teremos uma integral de linha diferente a ser
calculada, através da curva fechada C que contorna a área analisada.

P(X,Y) = 0 E Q(X,Y) = X
A=∬Bds=∮Cx dy

P(X,Y) = – Y E Q(X,Y) = 0
A=∬Bds=∮C-y dx

P(X,Y) = -12Y E Q(X,Y) =12X


A=∬Bds=∮C12x dy-12ydx

A escolha do tipo utilizado dependerá da curva que determina a área. Sempre devemos buscar a integral mais simples.
Exemplificaremos este cálculo na seção “Teoria na prática” deste módulo.

RESUMO DO MÓDULO 4
Processing math: 36%
TEORIA NA PRÁTICA
Determine a área da elipse de equação 3x2 + 2y2 = 6 através de uma integral de linha.

RESOLUÇÃO

TEOREMA DE GREEN

MÃO NA MASSA

1. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∮C2EYDX-2XEYDY, ONDE A CURVA C É UM QUADRADO


CENTRADO NA ORIGEM, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, COM LADOS (1,1), ( – 1,1), (– 1,
– 1) E (1, – 1).

A) 2e-1+3e

B) 8e-1-2e

C) 8e-2+e

D) 6e-1-e

E) 8e-1-e

Processing math: 36%


2. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y=Y2, XY. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESSA FUNÇÃO
SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0), (0,2) E (2,0).

A) 13

B) -13

C) -43

D) 43

E) 23

3. SEJA A REGIÃO S DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE: ∮C1Y DX= - 16, ∮C2X DY=4 E
∮C3(X DY-Y DX)=10. DETERMINE A ÁREA DE B:

FONTE: ENSINEME

A) 4

B) 5

C) 6

D) 7

E) 8

4. SEJA A REGIÃO B DELIMITADA EXTERNAMENTE POR UMA CURVA CIRCUNFERÊNCIA CENTRADA


NA ORIGEM DE RAIO 2. INTERNAMENTE, ESTA REGIÃO APRESENTA DOIS BURACOS EM SEU
DOMÍNIO. ESTES BURACOS SÃO DELIMITADOS, RESPECTIVAMENTE PELA CURVA C2 E C3. SABE-SE
QUE ∮C2XDY-YDX=2Π E ∮C3XDY-YDX=Π, COM C2 E C3 PERCORRIDA NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO.
DETERMINE O VALOR DA ÁREA DE B:

A) π2

B) 3π2

C) 5π2

D) 7π2
Processing math: 36%
E) 9π2

5. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∮CX7-Y5DX+X5+Y4DY, SOBRE A CURVA ΓT=(-SEN T,COS T),


COM 0≤T≤2Π PERCORRIDA NO SENTIDO DO CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T.

A) π8

B) π4

C) 3π4

D) 5π4

E) 7π4

6. DETERMINE A ÁREA DELIMITADA PELAS CURVAS DE EQUAÇÃO PARAMÉTRICAS ΓT=(2T-


2SEN T, 2-2COS T) PARA 0≤T≤2Π E O EIXO X.

A) 4π

B) 6π

C) 8π

D) 12π

E) 14π

GABARITO

1. Determine a integral de linha ∮C2eydx-2xeydy, onde a Curva C é um quadrado centrado na origem, percorrido no sentido
anti-horário, com lados (1,1), ( – 1,1), (– 1, – 1) e (1, – 1).

A alternativa "E " está correta.

Deseja-se calcular ∮C2eydx-2xeydy

Utilizando o teorema de Green:

Px,y=2ey→δPδy=2ey

Qx,y=-2xey→δQδx=-2ey

∮C2eydx-2xeydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B-2ey-2eydxdy

A região B é um quadrado. Assim podemos considerar x variando de ( – 1 , 1) e y também variando de ( – 1 , 1).

∬B-4eydxdy=∫-11∫-11-4eydxdy=∫-11-4eydy∫-11dx

∮C2eydx-2xeydy=-4ey-11x-11=-4e+4e-11--1=8e-1-8e
Processing math: 36%
2. Seja o campo vetorial F→x,y=y2, xy. Determine a integral de linha dessa função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,2) e (2,0).

A alternativa "C " está correta.

Desejamos calcular ∮Cy2dx+xydy utilizando o Teorema de Green:

Px,y=y2→δPδy=2y

Qx,y=xy→δQδx=y

∮Cy4dx+xydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬By-2ydxdy

A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,2} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(2,0) e (0,2).

Obtendo a equação da reta: x-2y-0=0-22-0→2x-4=-2y→x+y-2=0

Assim:

∬B-ydxdy=∫02∫02-x-ydy dx

Resolvendo a equação em y:

∫02-x-ydy=-12y202-x=-122-x2=2x-2-12x2

∫022x-2-12x2dx=x202-2x02-1213x302=4-4-86=-43

3. Seja a região S desenhada na figura abaixo. Sabe-se que: ∮C1y dx= - 16, ∮C2x dy=4 e ∮C3(x dy-y dx)=10. Determine a
área de B:

Fonte: EnsineMe

A alternativa "D " está correta.

A área da figura B é dada por ∬Bds.

Usando
Processing math:o36%
Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬Bds=∮Cx dy.
Como a região B é delimitada externamente por C1 e internamente por C2 e C3.

∬Bds=∮Cx dy=∮C1x dy-∮C2x dy-∮C3x dy

Com C1, C2 e C3 percorridas no sentido anti-horário.

Mas:

∮C1x dy=∮C1-y dx=--16=16

∮C3x dy=∮C3(12xdy-12x dy)=12∮C3(x dy-y dx)=12.10=5

∬Bds=∮Cx dy=16-4 - 5 =7

4. Seja a região B delimitada externamente por uma Curva Circunferência centrada na origem de raio 2. Internamente, esta
região apresenta dois buracos em seu domínio. Estes buracos são delimitados, respectivamente pela Curva C2 e C3. Sabe-

se que ∮C2xdy-ydx=2π e ∮C3xdy-ydx=π, com C2 e C3 percorrida no sentido anti-horário. Determine o valor da área de B:

A alternativa "C " está correta.

TEOREMA DE GREEN

5. Determine a integral de linha ∮Cx7-y5dx+x5+y4dy, sobre a curva γt=(-sen t,cos t), com 0≤t≤2π percorrida no sentido do
crescimento do parâmetro t.

A alternativa "D " está correta.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que a equação γt está orientada no sentido
anti-horário.

∮CPx,ydx+Qx,ydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds

Px,y=x7-y5→δPδy=-5y4

Qx,y=x5+y4→δQδx=5x4

Assim:
Processing math: 36%
∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B(5x4--5y4dxdy=∬B(5x4+5y4)dxdy

Ao analisarmos a Curva C fechada, sendo uma circunferência de raio 1, fica mais simples resolver a integral dupla pelas
coordenadas polares:

∬B5(x4+y4)dxdy=∫02π∫015ρ4(cos4θ+sen4θ) ρdρdθ=∫015ρ5dρ∫02π(cos4θ+sen4θ) dθ

 ∫015ρ5dρ=56ρ601=56

 ∫02πcos4θ+sen4θdθ

Mas sabendo que cos2θ+sen2θ2=1=cos4θ+2cos2θsen2θ+sen4θ, então:

cos4θ+sen4θ=1-2cos2θsen2θ=1-12sen22θ=1-14+14+14cos4θ

∫02πcos4θ+sen4θdθ=∫02π34+14cos 4θdθ=34θ02π+1414sen(4θ)02π=3π2

∬B5(x4+y4)dxdy=56. 3π2=5π4

6. Determine a área delimitada pelas curvas de equação paramétricas γt=(2t-2sen t, 2-2cos t) para 0≤t≤2π e o eixo x.

A alternativa "D " está correta.

TEOREMA DE GREEN

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y=XY+3, X2-2. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESTA


FUNÇÃO SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0),
(0,1) E (1,0).

Processing math: 36%


A) 16
B) 112

C) -112

D) 118

E) -110

2. SEJA A REGIÃO B DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE ∮C1X DY VALE 8 E ∮C2X DY=3.
DETERMINE A ÁREA DE B:

FONTE: ENSINEME

A) 4

B) 5

C) 6

D) 7

E) 8

GABARITO

1. Seja o campo vetorial F→x,y=xy+3, x2-2. Determine a integral de linha desta função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,1) e (1,0).

A alternativa "A " está correta.

Deseja-se calcular ∮Cxy+3dx+(x2-2)dy.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples:

Px,y=xy+3→δPδy=x

Qx,y=x2-2→δQδx=2x

∮Cxy+3dx+(x2-2)dy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B2x-xdxdy

A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,1} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(1,0) e (0,1).

Processing math: 36%


Obtendo a equação da reta: x-1y-0=0-11-0→x-1=-y→x+y-1=0

Assim:

∬Bxdxdy=∫01∫01-xx dy dx

Resolvendo a equação em y:

∫01-xx dy=x y01-x=x1-x=x-x2

∫01(x-x2)dx= 12x201-13x301=12-13=16

2. Seja a região B desenhada na figura abaixo. Sabe-se que ∮C1x dy vale 8 e ∮C2x dy=3. Determine a área de B:

Fonte: EnsineMe

A alternativa "B " está correta.

A área da figura B é dada por ∬Bds..

Usando o Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬Bds=∮Cx dy.

Como a região B é delimitada externamente por C1 e internamente por C2.

∬Bds=∮Cx dy=∮C1x dy-∮C2x dy

Com C1 e C2 percorridas no sentido anti-horário.

Pelo enunciado:

∬Bds=∮C1x dy-∮C2x dy=8-3=5

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Processing math: 36%
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral de linha de campos escalares e vetoriais.

No primeiro módulo, foi definida e calculada a integral de linha de campos escalares.

No segundo módulo, foi definido o campo vetorial e calculada a integral de linha de campos vetoriais, com sentido um pouco
diferente da integral de linha de campos escalares.

No terceiro módulo, foram apresentados os operadores diferenciais rotacional e divergente e aplicada a integral de linha em campos
conservativos.

Por fim, no quarto módulo, foi apresentado o Teorema de Green, que relaciona o cálculo de uma integral de linha a uma integral
dupla.

Esperamos que, ao fim deste tema, você saiba definir um campo vetorial, calcular integrais de linha, usar os operadores diferenciais
e aplicar o Teorema de Green.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. Vol. II. 2. ed. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 1969.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. Vol. III. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013.

STEWART, J. Cálculo. Vol. II. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

EXPLORE+
Pesquise mais sobre integrais triplas e suas aplicações na Internet e em nossas referências.

Além disso, sugerimos a pesquisa e leitura do artigo Integrais de linha em um campo escalar, da Khan Academy.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES

Processing math: 36%

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