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PROPÓSITO
Conhecer as funções vetoriais e suas operações, a partir do cálculo do limite, da derivada e da integral dessas
funções, para aplicar tais conceitos em problemas de cálculo vetorial.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir as funções vetoriais e suas operações matemáticas básicas
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Empregar as funções vetoriais no estudo das curvas no plano e no espaço, bem como no movimento de um objeto
MÓDULO 4
MÓDULO 1
Definir as funções vetoriais e suas operações matemáticas básicas
INTRODUÇÃO
O vetor é um objeto da Matemática de grande aplicação prática em diversas áreas. Assim, é necessário definir
funções que tenham os elementos vetoriais em suas entradas ou saídas.
A função a variáveis reais, a valores vetoriais ou simplesmente função vetorial é aquela que tem domínio no conjunto
Há um elemento matemático de grande aplicação prática: o vetor, definido não apenas por seu valor (módulo), mas
também por sua direção e seu sentido.
Fonte: Peshkova/Shutterstock
COORDENADAS:
→
⟨
V = V 1, V 2, …, V N ⟩
No exemplo, v1, v2, ... , vn são números reais que representam a projeção do vetor v na direção e no sentido de cada
Estamos trabalhando com coordenadas cartesianas. Particularmente, neste tema, nosso interesse está em R2 e R3.
v, pertencente ao R3, é representado por três coordenadas. Veja a figura 1, em que o vetor →
Assim, um vetor → v
projetado na direção do eixo x apresenta um tamanho vx; na direção do eixo y, um tamanho vy; na direção do eixo z,
um tamanho vz:
Caso a projeção em relação a um dos eixos seja contrária ao sentido positivo do eixo, o sinal da coordenada será
negativo. Portanto, o vetor v terá coordenadas (vx, vy , vz), em que vx, vy e vz são números reais. No caso do R2,
→
Fonte: Autor
Figura 1: Representação do vetor no espaço
Assim, precisamos definir funções que tenham elementos vetoriais em seus domínios e/ou em suas imagens. Neste
módulo, iniciaremos com as funções que têm como imagens, isto é, como saídas, elementos vetoriais.
Trabalharemos com a função que tem domínio no conjunto real e tem imagem no conjunto Rn. Assim, sua entrada é
um número real, mas sua saída é um vetor. Esta função é denominada função vetorial ou, de forma mais precisa,
função de uma variável real a valores vetoriais.
→
Uma função de uma variável real a valores vetoriais em Rn é uma função F : S ⊂ R → R n, com n inteiro e n > 1, em
→
que S é um subconjunto dos números reais. Assim, para cada valor real, pertencente ao domínio de F, teremos como
→
{ | →
() }
ImF = t ∈ S ⊂ R F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n
Como a imagem da função é um vetor, cada componente desse vetor dependerá da variável de entrada. Portanto, a
variável de entrada pode ser considerada um parâmetro e a função pode ser também representada por uma equação
paramétrica.
Observe que a entrada da função vetorial será um número real e a saída será um vetor. Veja o exemplo.
EXEMPLO
→ →
F : R → R 3, tal que F(m) = (2m + 3, 5m, 2 - m), com m real.
Note que cada vetor da imagem dependerá do elemento do domínio, que, neste caso, será o parâmetro m.
Existem funções denominadas campos vetoriais que apresentam, tanto no domínio quanto na imagem, vetores.
→
Assim, seriam funções F : R n → R m, com m e n inteiros maiores do que 1. Por exemplo:
→ →
F : R 3 → R 4, tal que F(x, y, z) = (2x + 3y, 2x + 5, y + 3z, 4x + y)
Perceba que as coordenadas dos elementos vetoriais da saída dependem das coordenadas dos elementos vetoriais
da entrada. Aqui, não abordaremos este tipo de funções.
EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
A função vetorial pode ser representada por sua forma vetorial, já exemplificada, ou por sua forma paramétrica.
→ →
Seja F(t) : t ∈ S ⊂ R → F(t) ∈ R 3. Como já vimos, cada componente do vetor de saída depende da variável de
entrada, denominada parâmetro. Dessa forma, a função pode ser representada por:
{
x = f(t)
→
F(t) = y = g(t) , t real
z = h(t)
Observe que f(t), g(t) e h(t) são funções reais, que relacionam cada coordenada ao parâmetro t. Este tipo de equação
é chamado de equação paramétrica. Para funções com imagem no Rn, n inteiro maior do que 1, a equação
paramétrica terá n equações.
EXEMPLO
→ → →
Seja a função F(t) = 〈t, t 2 + 5, ln t〉, definida para t > 0. Determine o valor de F(1) e F(e)
SOLUÇÃO
→
A função é uma função de variável real a valores vetoriais de R3, F(t) = 〈f(t), g(t), h(t)〉
Onde:
f(t) = t
g(t) = t2 + 5
h(t) = ln t
Logo, temos:
{
x=t
→
F(t) = y = t 2 + 5 , para t real e t > 0.
z = ln t
Então,
→
F(1) = 〈f(1), g(1), h(1)〉 = 〈1, 1 + 5 , ln 1〉 = 〈1,6, 0〉
Para t = e:
→
F(e) = 〈f(e), g(e), h(e)〉 = 〈e, e 2 + 5 , ln e〉 = 〈e, e 2 + 5,1〉
⟨
Por fim, para uma entrada t = e, o resultado da função será o vetor e, e 2 + 5, 1 ⟩
geométrico) em R2 ou R3 descrita pela equação paramétrica da função. Em outras palavras, a função vetorial definirá
uma curva plana, no caso de sua imagem em R2, ou uma curva espacial, quando sua imagem estiver no R3.
Se considerarmos que a imagem da função vetorial é um vetor com extremidade inicial na origem, a trajetória da
curva será definida pela extremidade final dos vetores obtidos pela imagem da função vetorial.
EXEMPLO
→
Exemplo 1 - Considere a função F(u) = 〈u, u 2〉, definida para u ∈ R. Determine a trajetória definida pela imagem da
função.
SOLUÇÃO
Trata-se de uma função de variável real a valores vetoriais de R2.
→
Repare que a componente x do vetor determinado pela imagem de F vale u e a componente y vale u2. Então, se
→
F(u) = 〈x, y〉, temos a seguinte representação paramétrica:
→
F(u) =
{ x=u
y = u2
→ y = x2
Esta é a equação de uma parábola vertical. Assim, a imagem da função será a parábola de equação y = x2,
representada a seguir:
Fonte: Autor
→
Figura 2: Imagem da função F(u) = 〈u, u 2〉
Conforme o valor do parâmetro u se altera, a imagem obtida pela função vetorial também muda, traçando uma curva,
que, neste exemplo, será uma parábola vertical de vértice na origem.
EXEMPLO
→
Exemplo 2 - Seja a função F(t) = 〈sen t, cos t, 5〉. Determine a trajetória definida pela imagem da função.
SOLUÇÃO
Trata-se de uma função de variável real a valores vetoriais de R3.
→
Seja F(t) = 〈x, y, z〉
Repare que:
{
x = sen t
→
F(t) : y = cos t → x 2 + y 2 = 1 e z = 5
z=5
A imagem da função representará uma circunferência pertencente ao plano z = 5. Assim, será uma circunferência de
centro em 〈0, 0, 5〉 e raio 1, conforme observamos a seguir:
Fonte: Adaptado de Guidorizzi (2013)
→
Figura 3: Imagem da função F(t) = 〈sen t, cos t, 5〉
Se quisermos dar um sentido à trajetória, este pode ser definido como o sentido do crescimento do parâmetro ou do
→
decrescimento do parâmetro. No caso do exemplo de F(u) = 〈u, u 2〉, a trajetória da parábola é percorrida no sentido
da esquerda para direita, quando cresce o parâmetro u:
Fonte: Autor
Figura 4: Sentido da trajetória pelo crescimento do parâmetro
Uma função de uma variável real a valores do Rn, conforme definida, será composta por n funções reais, definindo
cada uma de suas coordenadas. Assim, temos:
()
→
F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real
→
Tais funções f1, f2, ... , fn são denominadas funções componentes da função F.
→
Como a imagem da função F(t) será um vetor, ela atende todas as propriedades e operações que um vetor possui.
→ →
Considerando que F, G : S ⊂ R → R n, p(t) uma função real e k uma constante real, é possível definir as seguintes
propriedades:
A) SOMA
( )
→ → → → →
H(t) = F + G (t) = F(t) + G(t)
→
H(t) = 〈f 1(t) + g 1(t), f 2(t) + g 2(t), …, f n(t) + g n(t)〉 ∈ R
( )
→ → →
H(t) = kF (t) = kF(t)
→
H(t) = 〈kf 1(t), kf 2(t), …, kf n(t)〉 ∈ R n
( )
→ → →
H(t) = p. F (t) = p(t)F(t)
→
H(t) = 〈p(t)f 1(t), p(t)f 2(t), …, p(t)f n(t)〉 ∈ R n
→ →
D) PRODUTO ESCALAR ENTRE F E G
( )
→ → → →
m(t) = F. G (t) = F(t). G(t)
( )
→ → → → →
H(t) = F x G (t) = F(t) x G(t)
| |
x̂ ŷ ẑ
→
H(t) = ()
f1 t ()
f2 t ()
f3 t
g 1 (t ) g 2 (t ) g 3 (t )
EXEMPLO
→ →
Exemplo 1 - Considerando as funções F(u) = 〈u + 5, cos u, u 2〉, G(u) = 〈2 - u 2, sen u, 3u〉 e p(u) = 2eu,
( )( )
→ →
determine o valor para t = 0 da função m(t) = 2F(t) . p(t)G(t)
SOLUÇÃO
→ →
(
Se F(u) = 〈u + 5, cos u, u 2〉, então 2F(u) = 〈2 u + 5 , 2cos u, 2u 2〉 )
→
Se G(u) = 〈2 - u 2, sen u, 3u〉 e p u ( ) = 2 . e , então: p(u)
u
→
G(u) = < 2 . e u . (2 - u ), 2 . e
2 u . sen u, 2 . e u . 3 . u >
Portanto,
Assim,
m(0) = 2 (0 + 5) . 2 . e 0 . (2 - 0 ) + 2 cos 0 . 2 . e
2 0
. sen 0 + 2 . 0 2 . 2 . e 0 . 3 . 0 = 8 . 5 + 0 + 0 = 40
EXEMPLO
→ →
Exemplo 2 - Considerando as funções F(u) = 〈u, cos u, 3u〉 e G(u) = 〈u 2, sen u, u〉 determine a função
→ → →
H(t) = F(t) x G(t) e seu valor
para t=π.
SOLUÇÃO
( )
→ → → → →
H(t) = F x G (t) = F(t) x G(t)
| |
x̂ ŷ ẑ
→
H(t) = t cos t 3t = t cost x̂ + t sent ẑ + 3t t 2ŷ - t 2cos t ẑ - 3t sen t x̂ - t. t ŷ
t2 sen (t) t
→
( ) (
H(t) = (t cost - 3t sent)x̂ + 3t 3 - t 2 ŷ + t sent - t 2cost ẑ )
→
H(t) = 〈t cost - 3t sent, 3t 3 - t 2, t sent - t 2cost〉
Assim,
→
H(π) = 〈π. cos π - 3. π sen π, 3 π 3 - π 2, π sen π - π 2cosπ〉 = 〈- π, 3 π 3 - π 2, π 2〉
TEORIA NA PRÁTICA
Desejamos traçar, com um computador, uma curva espacial denominada toroide espiral. A função vetorial que
define essa curva espacial é a seguinte:
→ 1
F(t) = 〈(4 + sen(kt))cost, (4 + sen(kt))sent, cos (kt)〉, com k real e 0 < k < 2
→ →
Sabendo que o módulo deF(t), para t = 4π , vale 5, determine o valor de F(8π)
FUNÇÕES VETORIAIS
MÃO NA MASSA
→ →
1. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈U + 5, 3 - U 2, U 3〉 E G(T) = 〈 T 2 + 1, T + 10, T 2〉
→ → → →
COM U E T REAIS, SABENDO QUE H(U) = 2 F(U) - G(U), O VALOR DE H(2) É:
A) 〈9,-14,12〉
B) 〈19,-4,2〉
C) 〈8,14,-12〉
D) 〈7,-1,5〉
→
2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO G(T) = 〈T + 2, 3T - 1 〉, DEFINIDA PARA T ∈ R, A
TRAJETÓRIA DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO É:
A) Circunferência de equação x 2 + y 2 = 1
B) Reta de equação 3x - y - 7 = 0
C) Plano de equação x - 3y + 7 = 0
D) Reta de equação 3x + y + 7 = 0
{
X=T
→ →
3. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(T) = Y = 3 - T E G(U) = 〈 U 2, U , 3 + U〉, COM U E T
Z = T2
A) 〈-14,6,4〉
B) 〈9,3,-4〉
C) 〈-18,-6,6〉
D) 〈18,6,-8〉
→
4. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(U) = 〈2UCOS U, 2U SEN U, U〉, DEFINIDA PARA U ∈ R,
QUAL É A EQUAÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CURVA ESPACIAL DEFINIDA PELA IMAGEM DA
FUNÇÃO?
A) x 2 + y 2 + 2z 2 = 1
B) x 2 + y 2 - 4z 2 = 0
C) 4x 2 + 4y 2 + z 2 = 1
D) x 2 + y 2 + z 2 = 0
{
X = 3V - 6
→ →
5. CONSIDERE A FUNÇÃO VETORIAL G(V) = Y = V + 1 , COM V REAL, E A FUNÇÃO H(U),
Z = V2
→
6. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈U + COS U, 1, 3U 〉 E
→ 2T 1
G(T) = 〈 3 , - 1, 2T - 3 SEN T 〉, DEFINIDAS PARA U E T ∈ [0,2Π], QUAL É A EQUAÇÃO DO
→
LUGAR GEOMÉTRICO FORMADO PELA IMAGEM DA FUNÇÃO H(T), SENDO
→ → →
H(T) = 2F(T) - 3G(T) ?
A) 4x 2 - z 2 = 1 e y = 3
B) x 2 + y 2 + 4z 2 = 4 e y = 5
C) x 2 + 4z 2 = 4 e y = 5
D) x 2 + 4y 2 = 1 e z = 5
GABARITO
→ →
1. Considerando as funções F(u) = 〈u + 5, 3 - u 2, u 3〉 e G(t) = 〈 t 2 + 1, t + 10, t 2〉 com u e t reais, sabendo
→ → → →
que H(u) = 2 F(u) - G(u), o valor de H(2) é:
()
→ → →
H(u) = 2 F(u) - G(u) = 〈2f 1(u) - g 1(u), 2f 2(u) - g 2(u), 2f 3(u) - g 3 u 〉
→
( ) ( ) ( )
H(u) = 〈2(u + 5) - u 2 + 1 , 2 3 - u 2 - u + 10 , 2u 3 - u 2〉
→
H(u) = 〈2u - u 2 + 9, - 2u 2 - u - 4 , 2u 3 - u 2〉
→
H(2) = 〈4 - 4 + 9, - 8 - 2 - 4 , 16 - 4〉 = 〈9, - 14,12〉
→
2. Considerando a função G(t) = 〈t + 2, 3t - 1 〉, definida para t ∈ R, a trajetória definida pela imagem da
função é:
t = x - 2 → y = 3(x - 2) - 1 = 3x - 6 - 1 = 3x - 7
→
Então, a imagem segue a trajetória 3x - y - 7 = 0. Como a imagem de G(t) é definida em R2, a curva é plana e, pela
equação, será uma reta.
{
x=t
→ →
3. Considerando as funções F(t) = y = 3 - t e G(u) = 〈 u 2, u , 3 + u〉, com u e t reais, sabendo que
z = t2
→
4. Considerando a função F(u) = 〈2ucos u, 2u sen u, u〉, definida para u ∈ R, qual é a equação da trajetória
da curva espacial definida pela imagem da função?
)
x 2 + y 2 = (2u cos u) 2 + (2u sen u) 2 = 4u 2cos 2u + 4u 2sen 2u = 4u 2(cos 2u + sen 2u = 4u 2
x 2 + y 2 = 4u 2 = 4z 2 → x 2 + y 2 - 4z 2 = 0
{
x = 3v - 6
→ →
5. Considere a função vetorial G(v) = y = v + 1 , com v real, e a função H(u), cuja imagem forma uma
z = v2
Assinale a alternativa verdadeira sobre os pontos comuns nas imagens das duas funções:
→
Vamos determinar a função H(t). Para isso, escolhemos um parâmetro t real, tal que x = t. Assim: y = 2t2 + 3
{
x=t
→ 2
H(t) = y = 2t + 3
z=4
{
3v - 6 = t
→ → 2
G(v) = H(t) ↔ v + 1 = 2t + 3
v2 = 4
Assim, a imagem obtida para v = 2 na função G ou t = 0 na função H será a mesma com valor:
{ {
x=0 x = 3.2 - 6 = 0
y = 2.0 + 3 = 3 ou y = 2 + 1 = 3 →〈0,3,4〉
2
z=4 z = 22 = 4
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ →
1. SEJAM AS FUNÇÕES G(T) = 〈T 2 - 1, 3 - T, T + 3〉 E F(U) = 〈U + 1, U 2 + 2, U 2〉, COM U E
T REAIS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA O VALOR DA FUNÇÃO M(U)=
→ →
F(U). G(U), PARA U=1:
A) 〈0,6,4〉
B) 〈2,3,1〉
C) 8
D) 10
→
2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(T) = 〈2T SEN T, LN T , TCOS T 〉, DEFINIDA PARA T
REAL MAIOR DO QUE 0 (ZERO), ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A
EQUAÇÃO DA TRAJETÓRIA DA CURVA ESPACIAL DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO
→
F(T):
A) x 2 - 4e 2y + 4z 2 = 0
B) x 2 - e 2y + z 2 = 0
C) x 2 - y 2 + 4z 2 = 0
D) x 2 + 4ln y + 4z 2 = 1
GABARITO
→ →
1. Sejam as funções G(t) = 〈t 2 - 1, 3 - t, t + 3〉 e F(u) = 〈u + 1, u 2 + 2, u 2〉, com u e t reais. Assinale a
→ →
alternativa que representa o valor da função m(u)=F(u). G(u), para u=1:
A função m(u) é o resultado de um produto escalar de duas funções vetoriais. Assim, ela será uma função real.
→ →
Se m(u) = F(u). G(u) → m(u) = f 1(u)g 1(u) + f 2(u)g 2(u) + f 3(u)g 3(u)
( ) ( )
m(u) = u 2 - 1 (u + 1) + (3 - u) u 2 + 2 + (u + 3)u 2
m(u) = u 3 + u 2 - u - 1 + 3u 2 + 6 - u 3 - 2u + u 3 + 3u 2 = u 3 + 7u 2 - 3u + 5
m(1) = 1 + 7 - 3 + 5 = 10
→
2. Considerando a função F(t) = 〈2t sen t, ln t , tcos t 〉, definida para t real maior do que 0 (zero), assinale a
→
alternativa que apresenta a equação da trajetória da curva espacial definida pela imagem da função F(t):
{
x = 2t sen t
→
F(t) = y = ln t , t>0
z = tcos t
x
Eliminando a variável t na primeira e na terceira equações: t sent = e t cos t = z, temos:
2
( x
2 ( ( ( )
) 2 + z 2 = t sent) 2 + t cost) 2 = t 2cos 2t + t 2sen 2t = t 2 cos 2t + sen 2t = t 2
Logo:
( x
2 (
) 2 + z 2 = t 2 = e y) 2 = e 2y
Então:
x 2 + 4z 2 = 4e 2y → x 2 - 4e 2y + 4z 2 = 0
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Da mesma forma que definimos as operações de limite, derivada e integral para uma função real, também o faremos
para as funções vetoriais.
Neste módulo, definiremos, então, as operações de limite, derivada e integral e as aplicaremos em alguns problemas
de cálculo diferencial e integral. Veremos que essas operações se relacionam com aquelas correspondentes às
funções reais, que são componentes da função vetorial.
LIMITE E CONTINUIDADE
O limite de uma função vetorial é alcançado obtendo-se o limite de cada uma de suas funções componentes.
()
→
Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real.
( ) t→a ()
→
lim F(t) = 〈lim f 1 t , lim f 2(t), …, lim f n t 〉
t→a t→a t→a
→
A existência do limite implica que, toda vez que t se aproximar do valor a, a função vetorial F se aproximará do valor
do limite. No caso da função real, a aproximação da função a seu valor do limite ocorre por valores acima ou abaixo.
→
No caso da função vetorial, essa aproximação acontece por infinitos caminhos. Porém, existindo o limite L, a função
→
sempre tenderá ao vetor L, quando t tender ao valor de a.
A definição foi feita para t → a, mas pode ser extrapolada para todos os tipos de limite para t → a+ , t→ a- ou t → ±
∞.
Observe que o limite de cada função componente é um limite de uma função real, já estudado anteriormente. Assim,
todos os métodos e as propriedades já conhecidas podem ser utilizados. A única diferença, neste caso, é que, para a
função vetorial, serão resolvidos n limites diferentes, cada um relacionado a uma das n funções componentes.
EXEMPLO
→ 2sen t t 3 - 3t + 2
Determine o limite de F(t) = 〈2t + 1, , 〉 quando t tende a 0
t t+2
SOLUÇÃO
→ 2sen t t 3 - 3t + 2
lim F(t) = 〈lim 2t + 1, lim t
, lim t+2
〉
t→0 t→0 t→0 t→0
t 3 - 3t + 2 2
✓ Pelo teorema de Leibniz: lim = =1
t+2 2
t→0
Portanto,
→
lim F(t) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ
t→0
TEOREMA DE LEIBNIZ
Todo polinômio é equivalente a seu termo de maior grau, quando sua variável independente tende a mais
ou menos infinito (+∞ ou - ∞).
Todo polinômio é equivalente a seu termo de menor grau, quando sua variável independente tende a 0
(zero).
Algumas propriedades para o limite de funções vetoriais podem ser demonstradas pela definição do limite e pelas
operações das funções vetoriais. Por exemplo:
✓ lim (k1F(t) ± k2G(t) ) = k1lim
→ → → →
F(t) ± k 2lim G(t), onde k1 e k2 são números reais
t→a t→a t→a
CONTINUIDADE
De forma semelhante à função real, vamos definir a continuidade de uma função vetorial em um ponto do seu
domínio t = t0
()
→ →
Considerando F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real, e t0 um ponto do domínio da função, a função F(t) será
( )
→ →
contínua em t = t0 se e somente se: lim F(t) = F t 0
t → t0
Em outras palavras, é necessário existir o limite para quando t tende a t0, e esse limite precisa ter o valor da função
no ponto t = t0
→
A função F(t) só será contínua em um ponto t0 se todas as suas funções componentes forem contínuas no ponto t0
EXEMPLO
→ 2sen t t 3 - 3t + 2
Considerando a função F(t) = 〈2t + 1,
t
, t+2
〉, para t real diferente de 0 (zero) e de – 2, determine o valor de
→ →
F(0) e F(- 2) para que a função seja contínua para todo t real.
SOLUÇÃO
No exemplo anterior, já foi obtido o limite:
→
lim F(t) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ
t→0
O limite existe. Para que seja contínua, a função deve ter valor em t = 0 igual ao valor do limite no ponto. Portanto,
temos:
→
F(0) = 〈1,2, 1〉 = x̂ + 2ŷ + ẑ
→ 2sen t t 3 - 3t + 2
lim F(t) = 〈lim 2t + 1, lim , lim 〉
t t+2
t→ -2 t→ -2 t→ -2 t→ -2
t 3 - 3t + 2 -8+6+2 0
✓ Pelo método da substituição de funções: lim = =
t+2 -2+2 0
t→ -2
Porém, t 3 - 3t + 2 = t + 2 ( )(t 2
- 2t + 1 )
( t + 2 ) ( t - 2t + 1 )
2
Logo, lim
t→ -2
t 3 - 3t + 2
t+2
= lim
t→ -2
t+2
= lim
t→ -2
(t 2
)
- 2t + 1 = 4 + 4 + 1 = 9
→
Portanto, lim F(t) = 〈- 3, sen(2), 9〉 = - 3x̂ + sen(2)ŷ + 9ẑ
t→ -2
O limite existe. Para que seja contínua, a função deve ter valor em t = – 2 igual ao valor do limite no ponto. Assim:
→
F(- 2) = 〈- 3, sen(2), 9〉 = - 3x̂ + sen(2)ŷ + 9ẑ
()
→
Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real:
→ dF
→ →
F(t+h) -F(t)
→
F'(t) = = lim
dt h
h→0
Se o limite existir, a função será derivável ou diferençável, e sua derivada terá o valor fornecido pelo limite. Para ser
derivável ou diferençável em um intervalo, a função deve ser derivável para todos os pontos desse intervalo.
A definição anterior pode ser obtida pela derivada das funções componentes da seguinte forma:
→
()
F'(t) = 〈f' 1(t), f' 2(t), …, f' n t 〉 ∈ R n, com t real
Observe, portanto, que devemos empregar todas as formas e regras de derivação aprendidas para as funções reais,
com a única diferença de que derivaremos n funções componentes.
EXEMPLO
→ π
Vamos obter a derivada da função G(u) = 〈sec u, u 2 + 1, 3e u〉 para u= 4
SOLUÇÃO
→
, , ,
G'(u) = 〈g 1 (u), g 2 (u), g 3 u 〉 ()
() ()
g 1 u = sec u → g 1, u = sec u tg u
g (u ) = u + 1 → g (u ) = 2u
2 ,
2 3
()
g 3 u = 3e u → g 3, u = 3e u ()
Assim,
→
G'(u) = 〈sec u tg u , 2u , 3e 2〉 = (sec u tg u)x̂ + 2u ŷ + 3 e uẑ
()
→ π π π π π π π π π
G'
4
= 〈sec 4 tg 4 , 2 4 , 3e 4 〉 = 〈√2 , 2 , 3e 4 〉 = √2x̂ + 2
ŷ + 3e 4 ẑ
→
Geometricamente, a derivada de F(t) representará um vetor que será tangente à trajetória definida pela função
→
vetorial. Esse vetor será denominado vetor tangente à curva deF(t) no ponto analisado. No próximo módulo,
estudaremos a aplicação da derivada no cálculo do vetor e da reta tangente à trajetória definida pela função.
PROPRIEDADES DA DERIVAÇÃO
Por meio da definição da derivada e das operações das funções vetoriais, podemos obter algumas
propriedades para a derivação de uma função vetorial. São elas:
dt [
F(t) + G(t) ] = dt [F(t) ] + dt [G(t) ]
d d d
✓
→ → → →
dt [
kF(t) ] = k dt [F(t) ], k real
d d
✓
→ →
[ ] [ ]
d d
✓ dt u(t)F(t) = u'(t)F(t) + u(t) dt F(t) ,u(t) função real
→ → →
dt
dt
dt [
F(u(t)) ] = [F(u(t)) ] u'(t) , com u(t) função real – Regra da Cadeia
d d
✓
→ →
dt
EXEMPLO
→
Exemplo 1 - Considerando uma função vetorial G(t), tal que, para todo t de seu domínio, a norma (módulo) de
dt [
G(t) ]
→ → d →
G(t) seja sempre igual a uma constante k, determine o valor do produto escalar de G(t).
SOLUÇÃO
→ → 2 → →
Como G(t) é um vetor, então: ||G(t)|| = G(t). G(t)
→ 2 → →
Pelo enunciado, temos: ||G(t)|| = G(t). G(t) = k 2
→ →
Como G(t). G(t) é uma constante, então sua derivada é nula. Usando a regra da derivada do produto escalar,
temos:
G(t) ]. G(t) + G(t). [G(t) ] = 2 (G(t). [G(t) ] ) = 0
dt [
G(t). G(t) ] =
dt [
d → → d → → → d → → d →
dt dt
[ ]
→ d →
Logo, G(t). dt G(t) = 0
→
→
Como o produto escalar será 0 (zero), o vetor G(t) e o vetor G'(t) serão ortogonais.
Por fim, as derivadas de ordem superior serão definidas de forma semelhante, isto é, a derivada de ordem n
da função vetorial será obtida pelas derivadas de ordem n das funções componentes.
EXEMPLO
→
Exemplo 2 - Vamos obter a derivada de segunda ordem da função G(u) = 〈sec u, u 2 + 1, 3e u〉.
SOLUÇÃO
→
No exemplo anterior, já foi obtido que: G'(u) = 〈sec u tg u , 2u , 3e u〉
( )
→ → ,
Assim, G''(u) = G'(u)
() ()
g 1 u = sec u → g 1, u = sec u tg u → g ,1, u = sec u tg 2u + sec 3u ()
() ()
g 2 u = u 2 + 1 → g 3, u = 2u → g ,2, u = 2 ()
g (u ) = 3e
3
u
→ g 3, (u ) = 3e u
→ g ,3, (u ) = 3e u
Portanto,
→
G''(u) = 〈sec u tg 2u + sec 3u, 2, 3e u〉
()
→
Assim, seja F(t) = 〈f 1(t), f 2(t), …, f n t 〉 ∈ R n, com t real, definida em [a,b]:
→
b b b
∫ baF(t)dt = 〈 ∫ f 1(t)dt, ∫ f 2(t)dt, …, ∫ f n(t)dt〉 ∈ R n
a a a
Portanto, a integração definida de uma função vetorial terá como resultado um vetor. A função será
integrável se existirem todas as integrais definidas das funções componentes.
→ →
→ →
Onde G(t) é uma primitiva de F(t), isto é, G'(t) = F(t)
EXEMPLO
π
→ →
Considerando a função H(u) = u x̂ + cos u ŷ - sec 2u ẑ para u > 0, determine ∫ 04 H(u)du.
SOLUÇÃO
( )
π π π π π
→
∫ 04 H(u)du = ∫ 04 u x̂ + cos u ŷ - sec 2u ẑ du = ∫ 04 u du x̂ + ∫ 04 cos u du ŷ - ∫ 04 sec 2u du ẑ
|
π
π 4 π π
→ u2
∫ 04 H(u)du = x̂ + sen u| 04 ŷ - tg u| 04 ẑ
2 0
(() ) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
π
→ 1 π 2 π π
∫ 04 H(u)du = 2 4
- 0 x̂ + sen 4 - sen 0 ŷ - tg 4 - tg 0 ẑ
π
→ π2 √2
∫ 04 H(u)du = x̂ + 2 ŷ - ẑ
32
TEORIA NA PRÁTICA
{
x = t3 - t2 + 1
→
Um objeto se desloca em uma trajetória definida pela função F(t) = y = t 2 - 8t + 4 , com t > 0 e as
z=t+8
Considere como sentido positivo da trajetória o sentido do crescimento do parâmetro t. Determine o valor do
módulo da velocidade e da aceleração do objeto para o instante t = 2.
SOLUÇÃO
Como o enunciado informa, a posição do objeto será dada pela imagem da função vetorial.
Como a velocidade será a taxa de variação instantânea da posição, a velocidade será a derivada da posição
em relação ao parâmetro t. Portanto, será derivada da função vetorial.
Assim, temos:
→
( ,
) ( ,
)
v(t) = F'(t) = 〈 t 3 - t 2 + 1 , t 2 - 8t + 4 , (t + 8) , 〉
→
→
v(t) = F'(t) = 〈3t 2 - 2t, 2t - 8, 1〉 m/s
→
Para t = 2→ →
v(2) = 〈3.4 - 2.2, 2.2 - 8, 1〉 = 〈8, - 4,1〉 m/s
Como a aceleração será a taxa de variação instantânea da velocidade, a aceleração será a derivada da
velocidade em relação ao parâmetro t. Portanto, será derivada da função vetorial.
Assim, temos:
→
( )
,
a(t) = F''(t) = 〈 3t 2 - 2t , (2t - 8) , , (1) , 〉
→
→
a(t) = F ' ' (t) = 〈6t - 2, 2, 0〉 m/s2
→
→ T+6 √T - √2
1. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(T) = 〈E T - 2, T + 2 , T - 2 〉, CASO EXISTA, QUAL É O LIMITE
→
DE F(T) QUANDO T TENDE A 2?
→ √2
B) lim F(t) = 〈1, 2 , 4 〉
t→2
→ √2
C) lim F(t) = 〈∞, 2 , 4 〉
t→2
→
D) lim F(t) = 〈1, 2 , 0〉
t→2
→
2. CONSIDERANDO A FUNÇÃO F(U) = 〈TG U, U 2 + 3, SEN U + COS U〉, PARA U REAL,
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM VETOR COM DIREÇÃO PARALELA À
Π
DIREÇÃO TANGENTE À CURVA DEFINIDA PELA IMAGEM DA FUNÇÃO NO PONTO U = 4 :
A) 〈4 ,π ,0〉
C) 〈4 ,0 ,8〉
D) 〈0 ,2π ,4〉
→
3. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE ∫ Π0 G(U)DU, SENDO
{
X = U - EU
→
G(U) = Y = 1 - U 2 , U REAL:
Z = SEN U
A)
( π2
2 ) ( π3
)
+ e π - 1 x̂ + π + 3 + 1 ŷ + (π + 2)ẑ
(
B) e π + 1 x̂ + ) ()
π3
3
ŷ + cos 2ẑ
( )
C) π 3 + 1 x̂ + (π + 1)ŷ + 2ẑ
D)
( π2
2 ) ( ) π3
- e π + 1 x̂ + π - 3 ŷ + 2ẑ
( )
→ →
4. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE ∫ 10 H(T) X F(T) DT, SENDO
{
X=3
→ →
H(T) = 〈2T, 2 , 1〉 E F(T) = Y = T 2 + 1 , T REAL:
Z = 2T - 1
4 8 9
A) 〈 - 3 , 3 , 2 〉
2 1 7
B) 〈 3 , 3 , 2 〉
4 8 9
C) 〈 3 , 3 , 2 〉
2 5 1
D) 〈 - 3 , 3 , 2 〉
→ U U 2 + 6U - 1 U + 8
5. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈 , , 〉E
2 SENU U+1 U+4
→ U 2U → →
G(U) = 〈 , , 8〉, CASO EXISTA, QUAL SERÁ O LIMITE DE F(U) X G(U) QUANDO
( U - 1 ) 2 - 1 COS U
U TENDE A 0 (ZERO)?
1
A) 〈 - 8, - 5, - 2 〉
1
B) 〈 - 1, 2, 〉
2
1
D) 〈8, 5, 2 〉
→
6. CONSIDERANDO AS FUNÇÕES F(U) = 〈3U 2 + E U, 2 SEN 2U, √U〉 E
→
G(U) = 〈4, U 2 + 1, U + 1〉, DEFINIDAS PARA U > 0 E A FUNÇÃO REAL V(U) = U2, QUAL
→ →
SERÁ A DERIVADA DA FUNÇÃO M(U) = F(U). G(V(U)) PARA M=1?
A) 8 – 2e + 4 cos 2 – 16 sen 2
B) 12 + 2e – 2 sen 2 – 8 cos 2
C) 29 + 4e + 8 cos 2 + 16 sen 2
D) 4e2 + sen 2 – cos 2
GABARITO
→ t+6 √t - √2 →
1. Considerando a função F(t) = 〈e t - 2, t + 2 , t - 2 〉, caso exista, qual é o limite de F(t) quando t tende a 2?
→ t+6 √t - √2
lim F(t) = 〈lim e t - 2, lim t + 2 , lim t-2
〉
t→2 t→2 t→2 t→2
√t - √2 0
✓ Por substituição de função: lim t-2
= 0
t→2
→ √2
Assim, lim F(t) = 〈1, 2 , 〉
4
t→2
→
2. Considerando a função F(u) = 〈tg u, u 2 + 3, sen u + cos u〉, para u real, assinale a alternativa que apresenta
π
um vetor com direção paralela à direção tangente à curva definida pela imagem da função no ponto u = 4 :
A direção tangente à curva em um ponto é dada pela derivada da função vetorial no ponto desejado.
→
→ ,
Se F(u) = 〈tg u, u 2 + 3, sen u + cos u〉 → F'(u) = 〈(tg u) , , u 2 + 3 , (sen u + cos u) , 〉 ( )
→
F'(u) = 〈sec 2u, 2u , cos u - sen u〉
() () () () ()
→ π π π π π π
F' 4 = 〈sec 2 4 , 2 4 , cos 4
- sen 4
〉 = 〈2 , 2 , 0〉
→
w = k F'
→
()
π
4
= k〈2 ,
π
2
, 0〉 = 〈2k ,
πk
2
, 0〉 , k real
→
Se k = 2 → w = 〈4 , π , 0〉
{
x = u - eu
→ →
3. Assinale a alternativa que apresenta o valor de ∫ π 2
0 G(u)du, sendo G(u) = y = 1 - u , u real:
z = sen u
( | ( |
π π
→ u2 u3
∫π
0 G(u)du = 2
-e u
x̂ + u - 3 ŷ + (- cos u| π
0 ẑ
0 0
∫π
→
0 G(u)du = (
π2
2 ) (
- e π - 0 + e 0 x̂ + π -
π3
3 )
- 0 + 0 ŷ + (- cosπ + cos 0)ẑ
∫π
→
0 G(u)du = ( ) ( )
π2
2
- e π + 1 x̂ + π - 3 ŷ + 2ẑ
π3
{
x=3
t real:
→ u u 2 + 6u - 1 u + 8 → u 2u
5. Considerando as funções F(u) = 〈 2 senu , , u + 4 〉 e G(u) = 〈 , , 8〉, caso exista, qual será o
u+1 ( u - 1 ) 2 - 1 cos u
→ →
limite de F(u) x G(u) quando u tende a 0 (zero)?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→
1. SABENDO QUE G(U) = 〈2 COS 2U, U 3 + 2, LN U 〉, PARA U > 0, QUAL É A DERIVADA DE
→ Π
G(U) PARA U= 4 ?
π2 2
A) 〈4, 16 , π 〉
3π 2
B) 〈- 1, 8
,4〉
3π 2 4
C) 〈- 4, 16 , π 〉
π2 1
D) 〈4, 6 , π 〉
→ 3U 2 1 →
2. SABENDO QUE G(U) = 〈U, 4
, 2 〉, PARA U REAL, QUAL É O MÓDULO DO VETOR W,
4
→ →
JÁ QUE W = ∫ G(U)DU?
0
A) 16
B) 18
C) 20
D) 22
GABARITO
→ → π
1. Sabendo que G(u) = 〈2 cos 2u, u 3 + 2, ln u 〉, para u > 0, qual é a derivada de G(u) para u= ?
4
→
Se G(u) = 〈2 cos 2u, u 3 + 2, ln u 〉 → G'(u) = 〈(2 cos 2u) ',
→
(u 3
) '
+ 2 , (ln u) ' 〉
( )
G'(u) = 〈- 4sen 2u , 3u 2, u 〉 → G' 4
1 →
()π
( ) ()
π π 2 1
= 〈- 4sen 2 4 , 3 4 , π
4
〉
→
G'
()
π
4
= 〈- 4,
3π 2
16
,
4
π
〉
→ 3u 2 1 4→
→ →
2. Sabendo que G(u) = 〈u, , 2 〉, para u real, qual é o módulo do vetor w, já que w = ∫ G(u)du?
4
0
( )
w = ∫ 40 G(u)du = ∫ 40 u du x̂ + ∫ 40
→
3u 2
4
1
du ŷ + ∫ 40 2 du ẑ
(| (| ( |
4 4 4
→ u2 u3 1
w = ∫ 40 G(u)du =
→
2
x̂ + 4
ŷ + 2
u ẑ
0 0 0
→ 4→
w = ∫ 0 G(u)du =
( ) ( )
16
2
- 0 x̂ +
64
4
- 0 ŷ + (2 - 0)ẑ
^
w = 8x̂ + 16ŷ + 2z → |w | =
→ →
√8 2 + 16 2 + 2 2 = √324 = 18
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
A imagem de uma função vetorial pode ser analisada como o traçado de uma curva, que é percorrida
conforme o parâmetro varia. Assim, uma aplicação da função vetorial é o estudo de curvas no plano e no
espaço.
Os vetores e as retas normais e tangenciais à curva, bem como o comprimento do arco e a curvatura, podem
ser obtidos por meio da função vetorial.
Este módulo apresentará tal estudo e a aplicação do conceito na análise do movimento de um objeto.
Como também já analisamos, a derivada da função vetorial terá a direção tangente à trajetória da curva
traçada pela função. Assim, podemos, por meio da função derivada, obter um versor que definirá a direção
( )
→
tangente à curva no ponto F t 0 .
Como a derivada da função é um vetor tangente à curva no ponto t0, então, conforme se estuda em
geometria analítica, o versor que definirá a direção tangente à curva será dado por:
→
F' ( t0 )
( )
→
T t0 =
| |
→
F' ( t0 )
| ( )|
→
Para F' t 0 ≠ 0.
Se soubermos um ponto da reta e sua direção (vetor diretor), poderemos definir sua equação.
→
( ) ( )
→
A reta tangente à curva passa pelo ponto F t 0 e tem vetor diretor dado pelo valor de F' t 0 . Portanto, a
( ) ( )
→ → →
r (λ) - F t 0 = λF' t 0 , λ real
EXEMPLO
→
Exemplo 1 - Considerando a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], determine o vetor, de
π
módulo 3, tangente à curva para t = 4
SOLUÇÃO
Vamos obter a derivada da função vetorial:
→
F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉
Então,
→
|| F'(t)|| = √(2 cost) 2 + ( - 2 sen t) 2 + 0 = √4((cost) 2 + (sen t) 2 ) = 2
Assim, o versor tangente à curva no ponto t0 será:
→
→ F' (t) 1
T(t) = = 2 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉 = 〈 cos t, - sen t , 0〉
|F' (t) |
→
π
Para t0= 4 →T 4
→
() π π π √2
= 〈cos 4 , - sen 4 , 0〉 = 〈 2 , - 2 , 0〉 =
√2 √2
2
√2
x̂ - 2 ŷ
→
Como o vetor u terá módulo 3, então:
()
→ π 3√2 3√2
→
u = 3T 4 = 〈 2 , - 2 , 0〉
()
π
= 〈2 sen
π
4
, 2 cos
π
4
, 5〉 = 〈 √2, √2, 5〉, o versor tangente será
() √2 √2
→ π 3√2 3 √2
→
T
4
= 2
x̂ - 2 ŷ e o vetor pedido será u = 2 x̂ - 2 ŷ
EXEMPLO
→
Exemplo 2 - Considerando a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], determine a reta
π
tangente à curva para t = 4
SOLUÇÃO
Vamos obter a derivada da função vetorial:
→
F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉
→ →
( ) ( ) ( ) ( )
→ → →
r (λ) - F t 0 = λ F' t 0 →→r (t) = F t 0 + λ F' t 0 , λ real
→
r (λ) = 〈2 sen t 0, 2 cos t 0, 5〉+ λ 〈2 cos t 0, - 2 sen t 0 , 0〉
π
Substituindo t = , temos:
4
→
π π π π
r (λ) = 〈2 sen , 2 cos , 5〉 + λ 〈2 cos , - 2 sen , 0〉
4 4 4 4
{
x= √2 + λ√2
√2 - λ√2 ,
→
r (λ) = y = λ real
z=5
VETOR NORMAL E BINORMAL À CURVA
Outro vetor que pode ser obtido é o vetor normal à curva no ponto t0.
Qualquer vetor que apresente um produto escalar com o vetor tangente igual a 0 (zero) será normal à curva.
Lembre-se de que, no caso do plano, só existe uma direção normal, mas, no caso do espaço, existem
infinitas direções normais.
Vamos usar um conceito que já foi visto em um exemplo anterior. Se o módulo de um vetor for constante
para todos os valores do parâmetro, então o vetor será ortogonal a sua derivada.
→
→ F' (t)
Considere o versor tangente à curva T(t) = Como já é de nosso conhecimento, por ser um versor,
| |
→
F' (t)
→ →
Portanto, o vetor T'(t) será perpendicular ao vetor tangente T(t) e, então, normal à curva. Basta, agora,
transformar o mesmo em um versor.
→
Definimos o versor normal principal ou vetor normal principal unitário N(t) como:
→
→ T ' (t)
N(t) =
| |
→
T ' (t)
EXEMPLO
→
Exemplo 1- Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π]. Determine o versor normal
π
principal à curva para t = 4
SOLUÇÃO
Como calculado nos exemplos anteriores:
→
→ F' (t)
T(t) = = 〈 cos t, - sen t , 0〉
| |
→
F' (t)
→
T'(t) = 〈( cos t)', ( - sen t)' , (0)'〉 = 〈- sen t , - cos t , 0〉
→
→
Observe como T(t) e T , (t) são ortogonais:
→
→
T(t). T , (t) = cost(- sent) + (- sent t)(- cost) + 0.0 = - sent cost + sen t cost = 0
| |
→
T '(t) = √( - sent) 2 + ( - cost) 2 + 0 2 = 1
Portanto, o vetor unitário principal será:
→ →
→ T ' (t) T ' (t)
N(t) = = =〈- sen t , - cos t , 0〉
| |
1
→
T ' (t)
π → π π √2 √2
Para t = → N(t) = 〈- sen , - cos , 0〉 = 〈- , - , 0〉
4 4 4 2 2
→ → →
Outro vetor que pode ser definido para uma curva é o vetor binormal B(t) = T(t) x N(t)
→ →
Como o vetor binormal é o resultado de um produto vetorial entre T(t) e N(t), ele será ortogonal à direção
tangente à curva e ortogonal à direção normal principal da curva. Por isso, ele é denominado binormal. Por
ser um produto vetorial entre dois vetores ortogonais e unitários, o vetor binormal também é um vetor
unitário.
EXEMPLO
→
Exemplo 2 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine o vetor
π
binormal à curva para t = 4
SOLUÇÃO
Como calculado nos exemplos anteriores:
→
→ F' (t)
T(t) = = 〈 cos t, - sen t , 0〉
| |
→
F' (t)
→
N(t) = 〈- sen t , - cos t , 0〉
| |
x̂ ŷ ẑ
→ → →
B(t) = T(t) x N(t) = cos t - sent 0
- sent - cost 0
→
(
B(t) = - cos 2t ẑ - sen 2t ẑ = - cos 2t + sen 2t ẑ = - 1 ẑ )
→
B(t) = 〈0,0, - 1〉
{
x = f(t)
→
F(t) = y = g(t) , t real
z = h(t)
Podemos definir uma equação que determina o comprimento da curva entre dois pontos de seu domínio.
→
Imagine uma curva C descrita pelas equações paramétricas de F(t) = 〈f(t), g(t), h(t)〉, com f’(t), g’(t) e h’(t)
contínuas, para a≤t≤b. Caso a trajetória de C seja percorrida apenas uma vez, quando t varia de a até b, o
comprimento da curva C, entre a e b, será dado por:
√( ) ( ) ( )
→ d 2 d 2 d 2
L = ∫ ba|| F'(t)||dt = ∫ ba dt
x(t) + dt
y(t) + dt
z(t)
→
b b
√
L = ∫ a || F'(t)||dt = ∫ a (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 + (h'(t)) 2dt
√( ) ( )
→ d 2 d 2
L = ∫ ba|| F'(t)||dt = ∫ ba dt
x(t) + dt
y(t) √
dt=∫ ba (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 dt
Também podemos obter uma função comprimento de arco que mede desde um ponto inicial t = a:
→
√
s(t) = ∫ at || F'(t)||dt = ∫ at (f'(t)) 2 + (g'(t)) 2 + (h'(t)) 2dt
EXEMPLO
→
Exemplo 1 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine o
comprimento da curva entre t = 0 e t =2π.
SOLUÇÃO
→
F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉
→
L = ∫ 2π 2π
0 F'(t)||dt = ∫ 0
|| √
(2 cost) 2 + (- 2 sent) 2 + (0) 2dt
L = ∫ 2π
0 √
4 cos 2t + 4sen 2tdt = ∫ 2π 2π
0 2dt = 2t| 0 = 4π
EXEMPLO
→
Exemplo 2 - Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π], e determine a função
comprimento do arco que mede o comprimento da curva desde o ponto t = 0.
SOLUÇÃO
→
F'(t) = 〈(2 sen t)', (2 cos t)', (5)'〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉
→
√
s(t) = ∫ 0t || F'(t)||dt = ∫ 0t (2 cost) 2 + (- 2 sent) 2 + (0) 2dt
t
√ t
s(t) = ∫ 0 4 cos 2t + 4sen 2tdt = ∫ 0 2dt = 2t| 0 = 2t
t
Uma curva pode ser parametrizada por meio do parâmetro comprimento do(s) arco(s). A vantagem dessa
parametrização é que o comprimento ficará visível na própria imagem obtida pela variação do parâmetro.
As curvas parametrizadas pelo comprimento de arco têm a derivada da função, isto é, sua velocidade com
módulo 1, pois, a cada variação de uma unidade do parâmetro, ocorrerá a variação de uma unidade de
comprimento de arco.
EXEMPLO
→
Exemplo 3 - Parametrize a curva definida pela função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉 para t ∈ [0,2π] por meio de
seu comprimento de arco.
SOLUÇÃO
No exemplo anterior, foi obtido que: s(t) = 2t, assim t = s/2
→ s s
Portanto, com o novo parâmetro, a equação da curva será: F(s) = 〈2 sen 2 , 2 cos 2 , 5〉
Assim, para obtermos dois pontos com uma diferença de comprimento entre eles de 2 unidades, basta
obtermos um ponto com s = s0 e o outro com s = s0 + 2, por exemplo.
( ) ( )
→ s , s ,
F'(s) = 〈 2 sen , 2 cos 2 , (5)'〉 = 〈 cos t, - sen t , 0〉
2
→
|| F'(s)|| = √cos 2t + ( - sen t) 2 + 0 = √cos 2t + sen 2t = 1
CURVATURA
A curvatura indica quão rapidamente uma trajetória muda com a variação do parâmetro, ou seja:
| |
→
dT
k= ds
CURVATURA
Taxa de variação do módulo do versor tangente em relação ao comprimento do arco.
→
Conhecemos o valor de T em relação ao parâmetro t, e não em relação ao comprimento s. Por isso, devemos
usar a regra da cadeia:
→ → → →
→
dT dT ds dT dT / dt T ' (t)
dt
= ds dt → ds = ds / dt = s ' ( t )
No entanto, pelo teorema fundamental do cálculo, aplicado na fórmula da função comprimento de arco,
temos:
→ →
s(t) = ∫ at || F'(t)||dt → s’(t)=|| F'(t)||
Portanto:
| |
→
T ' (t)
k(t) =
| |
→
F' (t)
Caso a curvatura seja diferente de 0 (zero), definimos o raio de curvatura ρ(t) como o inverso da curvatura.
Logo:
1
ρ(t) = , para k(t) ≠ 0
k(t)
Existe outra fórmula que pode ser obtida pelas definições apresentadas, a partir da manipulação matemática,
que determina a curvatura apenas em relação à função vetorial que define a curva.
Observe:
| |
→ →
F' (t) x F' ' (t)
k(t) =
| |
→ 3
F' (t)
SAIBA MAIS
A demonstração dessa fórmula pode ser estudada pelas referências apresentadas ao final do tema.
EXEMPLO
→
Considere a função F(t) = 〈2 sen t, 2 cos t, 5〉, definida para t ∈ [0,2π] Determine a curvatura da curva
definida pela função.
SOLUÇÃO
Já foi calculado anteriormente para esta função que:
→
T ' (t) = 〈( cos t)', ( - sen t)' , (0)'〉 = 〈- sen t , - cos t , 0〉
| |
→
T '(t) = √( - sent) 2 + ( - cost) 2 + 0 2 = 1
Além disso,
→
F , (t) = 〈(2 sen t) , , (2 cos t) , , (5) , 〉 = 〈2 cos t, - 2 sen t , 0〉
| |
→
T ' (t)
1
k(t) = = 2
| |
→
F ' (t)
Neste exemplo, por se tratar de uma circunferência, a curvatura não dependeu do parâmetro, isto é, da
posição na curva.
→
Agora, veremos a funçãoF(t), que define a trajetória percorrida pelo objeto.
A velocidade é uma grandeza vetorial expressa como a taxa de variação (derivada) da posição com o tempo.
A velocidade tem direção tangencial à curva. Assim:
| |
→ →
d →
v(t) = dt s(t) = F , (t) = F , (t) T(t)
→
Da mesma forma, a aceleração é uma grandeza vetorial obtida pela taxa de variação (derivada) da velocidade
pelo tempo. Dessa forma:
→ →
→
a(t) = v '(t) = F'(t)
Porém,
| |
→
dt ( |
v(t) |T(t) ) =
d d
v '(t) T(t) + |→
v(t) |T'(t)
→ → → → → →
a(t) = v(t) =
dt
Como pode ser verificado, a aceleração tem uma componente tangencial e uma normal (ortogonal à
tangencial).
| |
→
→
A aceleração tangencial, v , (t) T(t), que tem a direção tangencial à curva, é responsável pela mudança do
módulo da velocidade.
A aceleração normal, | v(t) |T'(t), que é ortogonal à curva, é responsável pela mudança da direção do vetor
→ →
velocidade.
Logo,
| |
→
a(t) = v '(t) T(t) + | v(t) |T'(t)
→ → → →
Entretanto,
|T ' ( t ) |
| |
→
→
| |
→
k(t) = → T'(t) = F'(t) k(t)
|F ' ( t ) |
→
| | | |
→ T' (t) → → → → →
N(t) = → T'(t) = T'(t) N(t) = F'(t) k(t)N(t)
|T' (t) |
→
| |
→
Como | →
v(t) | = F , (t) , então a parcela anormal terá valor:
Assim,
| |
→
| |
→
d→ → → 2 →
a(t) = dt v(t) = v '(t) T(t) + F'(t) k(t)N(t)
→ →
Repare que a aceleração sempre estará contida no plano formado pelos vetores T(t) e N(t). Esse plano é
denominado plano osculador. Podemos manipular esta fórmula para depender apenas da função vetorial e
de suas derivadas.
Então,
|F'(t) | k(t) =
2
→
|F' (t) |
→
(| | ) | || |
→ →
(| | ) | 2
|
→ → → → → → → →
Seja v(t). a(t) = F'(t) T(t) . v '(t) T(t) + F'(t) k(t)N(t) = F'(t) v '(t)
Logo,
| |
→ →
→
F, (t) .F, , (t)
→ →
v(t) .a(t)
v , (t) = =
| | | |
→ →
F, (t) F, (t)
Portanto,
→
F' (t) .F' ' (t) → →
a(t) = T(t) + N(t)
|F' (t) | |F' (t) |
→ →
Consequentemente, temos:
→
F' (t) .F' ' (t) → → →
a T(t) = T(t) e a N(t) = N(t)
|F' (t) | |F' (t) |
→ →
TEORIA NA PRÁTICA
→
Um objeto se desloca em uma trajetória definida pela função F(t) = 〈4t 2, 4t 2, 4t 3〉, com t ≥ 0. Determine o
módulo da velocidade, da aceleração tangencial e da aceleração normal para o instante de t = 1.
FUNÇÃO VETORIAL – MOVIMENTO NO ESPAÇO
MÃO NA MASSA
{
X = P2 + 2
→
1. CONSIDERANDO A CURVA C IMAGEM DA FUNÇÃO G(P) = Y=P , P REAL,
3
Z=1-P
A) 〈1, 3, 5〉
B) 〈4, 2, – 6〉
C) 〈1 , 2, 6〉
D) 〈2, 0, – 3〉
{
X = 2COS T + 2
→
2. CONSIDERANDO A CURVA DEFINIDA PELA FUNÇÃO G(T) = Y = 2T , T ∈ [0,2Π],
Z = 3 - 2SEN T
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VERSOR NORMAL PRINCIPAL NO PONTO
Π
T = 3:
√3 1
A) 〈 2 , 0, 2 〉
1 √2
B) 〈 , 1, 〉
2 2
1 √3
C) 〈- , 0, 〉
2 2
1 √3
D) 〈 2 , 0, - 2 〉
{
X=4
→
H(T) = Y = 3 SEN T + 3 , T ∈ [0,2Π], ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O
Z = 3 - 3COS T
Π
VETOR BINORMAL PRINCIPAL NO PONTO T = :
6
→ 1 √3
A) B(t) = 〈0, , 〉
2 2
→
B) B(t) = 〈1 , 0 , 1〉
→
C) B(t) = 〈1 , 0 , 0〉
→ 1 √3
D) B(t) = 〈 2 , 2 , 0〉
A) ( 1 , 0 , π)
B) (- 1 , 0 , 2π)
C) ( 1 , 0 , 2π - 2)
D) ( 2 , 0 , π - 2)
→
5. O RAIO DE CURVATURA DA IMAGEM DA FUNÇÃO F(T) = 〈 √2T , E T, E - T〉, PARA T = 0, É:
A) √2
B) 3√2
C) 4√2
D) 2√2
→
A) F(s) = 〈4 sen s , - 4cos s , 3s〉
→
B) F(s) = 〈4 sen
() s
5
, - 4 cos
() s
5
3
, 5 s〉
→
C) F(s) = 〈4 cos
() s
5
, 4 sen
()s
5
,
3
5
s〉
→
D) F(s) = 〈 sen
() s
5
, - cos ()
s
5
, 3s〉
GABARITO
{
x = p2 + 2
→
1. Considerando a curva C imagem da função G(p) = y=p , p real, assinale a alternativa que apresenta
3
z=1-p
→
→
( ) ( )
O vetor tangente à função G(p) será o vetor: G ' (p) = 〈 p 2 + 2 ', (p)', 1 - p 3 '〉 = 〈2p, 1, - 3p 2〉
O ponto (3,1,0) pertence à curva. Necessitamos obter o valor do parâmetro p para obter esse ponto.
→
O vetor tangente à curva C no ponto onde p = 1 será G'(1) = 〈2.1, 1 , - 3. 1 2〉 = 〈2,1, - 3〉
Analisando as alternativas, apenas a letra B tem um vetor deste tipo, que é obtido para k = 2
{
x = 2cos t + 2
→
2. Considerando a curva definida pela função G(t) = y = 2t , t ∈ [0,2π], assinale a alternativa que
z = 3 - 2sen t
π
apresenta o versor normal principal no ponto t = 3 :
→ →
O vetor tangente à função G(t) será o vetor: G'(t) = 〈(2cos t + 2) ', (2t) ', (3 - 2sen t) '〉
→
G'(t)=〈 - 2 sen t, 2, - 2cos t〉=
→
→ G' (t) 1 1 1 1
T(t) = = 〈- 2 sen t, 2, - 2cos t〉 = 〈- sen t, , - cos t〉
|G' (t) | √8 √2 √2 √2
→
→ √2 √2 √2
T(t) = 〈- sen t, , - cos t〉
2 2 2
Portanto, obtemos:
(
T'(t) = 〈 - 2 sen t
)( )(
√2 '
,
√2
2
'
, -
√2
2
cos t
) '
〉 = 〈-
√2
2
cos t, 0,
√2
2
sen t〉
|T'(t) | =
→
√( ) (
-
√2
2
cos t
2
+ 02 +
√2
2
sen t
) √
2
=
1
2
cos 2t + 2 sen 2t =
√2
1
= 2
1 √2
Assim,
√2 √2
→
→ T' (t) 1
N(t) = = 〈- cos t, 0, sen t〉 = 〈- cos t, 0, sen t〉
|T' (t) | √2 / 2 2 2
→
→
N () π
3
= 〈- cos
π
3
, 0, sen
π
3
〉 = 〈- , 0,
1
2
√3
2
〉
{
x=4
→
3. Considerando a curva definida pela função H(t) = y = 3 sen t + 3 , t ∈ [0,2π], assinale a alternativa que
z = 3 - 3cos t
π
apresenta o vetor binormal principal no ponto t = :
6
A alternativa "C " está correta.
→
4. A reta r é tangente à curva, definida pela função vetorial F(u) = 〈sen u, 3 + 3tgu, 2u〉, para o ponto u = π. O
ponto da reta r que tem ordenada nula é:
→
F'(u) = 〈(sen u)', (3 + 3 tg u )', (2u)'〉 = 〈cos u , 3sec 2u , 2〉
( ) ( )
→ → →
r (t) = F u 0 + λF' u 0 , λ real
{
x = λ( - 1)
r (λ) = 〈0, 3,2π 〉 + λ 〈- 1, 3 , 2〉 → r (λ) = y = 3 + λ 3 , λ real
→ →
z = 2π + λ 2
z = 2π - 2
→
5. O raio de curvatura da imagem da função F(t) = 〈 √2t , e t, e - t〉, para t = 0, é:
k(t) =
|F' (t) | 3
→
√ (√2 )2 + (et )2 + (e - t ) 2 =
√
→ 1
||F'(t)|| = 2 + e 2t +
e 2t
√ (e )
2t 2
√
+1
→ e 4t + 2e 2t + 1 e 2t + 1
||F'(t)|| = = =
e 2t e 2t et
| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F'(t) x F''(t) = √2 e t
-e -t = x̂ + √2 e t ẑ - √2 e - t ŷ + x̂ = 2x̂ - √2 e - t ŷ + √2 e t ẑ
0 et e - t
√(2) + (- √2 e ) + (√2 e )
√
→ →
2 -t 2 t 2 2
||F'(t) x F''(t)|| = = 4 + 2 e 2t +
e 2t
√ ( ) 2
2 e 2t + 1
√
→ → 4e 2t + 2e 4t + 2 e 2t + 1
||F'(t) x F''(t)|| =
e 2t
=
e 2t
= √2 et
Assim,
e 2t + 1
|F' (t) x F' ' (t) |
→ →
√2 et e 2t
k(t) = = = √2
|F' (t) | 3
( ) (e )
→
2t 2
e 2t + 1 3 +1
et
e0 √2 4
k(0) = √2 = → ρ(0) = = 2√2
(e +1 )
0 2 4 √2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→
1. CONSIDERE A FUNÇÃO H(U) = 〈- 4COS U , 8, 4 SEN U〉, DEFINIDA PARA U ∈ [0,2Π].
Π
QUAL É O VERSOR NORMAL PRINCIPAL À CURVA PARA U = 6 ?
1 √3
A) 〈- 2 , 0, 2 〉
1 √3
B) 〈 2 , 0, - 2 〉
√3 1
C) 〈 2 , 0, - 2 〉
√3 1
D) 〈- 2 , 0, 2 〉
→
2. CONSIDERE A FUNÇÃO F(T) = 〈2T , COS 2T, SEN 2T〉, DEFINIDA PARA T ∈ [0, Π].
QUAL É A CURVATURA DA CURVA?
t
A) 2
B) t
C) 2
1
D) 2
GABARITO
→
1. Considere a função H(u) = 〈- 4cos u , 8, 4 sen u〉, definida para u ∈ [0,2π]. Qual é o versor normal
π
principal à curva para u = ?
6
→
H'(u) = 〈( - 4cos u)', (8)', (4 sen u)'〉 = 〈4 sen u, 0, 4cos u〉
→
||H'(u)|| = √16cos 2u + 0 + 16sen 2u = 4
Assim:
→
→ H' (t)
T(u) = = 〈 sen u , 0, cos u〉
|H' (t) |
→
→
T'(u) = 〈( sen u)', (0)' , (cos u)'〉 = 〈cos u , 0, - sen u〉
→ →
→ T' (u) T' (u)
Portanto, o vetor unitário principal será: N(u) = = =〈cos u , 0, - sen u〉
|T' (u) | 1
→
π → π π √3 1
Para u = 6 →N(u) = 〈cos 6 , 0, - sen 6 〉 = 〈 2 , 0, - 2 〉
→
2. Considere a função F(t) = 〈2t , cos 2t, sen 2t〉, definida para t ∈ [0, π]. Qual é a curvatura da curva?
k(t) =
|F' (t) | 3
→
→
F'(t) = 〈(2t)', (cos 2t)', (sen 2t)'〉 = 〈2, - 2 sen 2t, 2cos 2t〉
→
||F'(t)|| = √(2) 2 + (- 2 sen 2t) 2 + (2cos 2t) 2 = √4 + 4sen 22t + 4cos 22t = √4 + 4 = 2√2
→
F''(t) = 〈(2)', (- 2 sen 2t)', (2cos 2t)'〉 = 〈0, - 4cos 2t, - 4 sen 2t〉
| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F'(t) x F''(t) = 2 - 2 sen 2t 2cos 2t
0 - 4cos 2t - 4 sen 2t
→ →
F'(t) x F''(t) = 8 sen 22t x̂ - 8cos 2t ẑ + 8 cos 22t x̂ + 8 sen 2t ŷ
→ →
F'(t) x F''(t) = 8 x̂ + 8 sen 2t ŷ - 8cos 2t ẑ
√(8) 2 + (8 sen 2t) 2 + (- 8cos 2t) 2 = √64 + 64sen 22t + 64cos 22ts
→ →
||F'(t) x F''(t)|| =
= √64 + 64 = 8√2
Assim,
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Já estudamos o sistema cartesiano, no qual o ponto é definido pelas coordenadas (x, y).
Este módulo apresentará o sistema polar e sua aplicação ao estudo de comprimento e de área de curvas
planas polares.
Até aqui, trabalhamos com coordenadas cartesianas no R2, em que as coordenadas de um ponto eram
definidas por meio de (x, y), que eram, respectivamente, as distâncias do ponto ao eixo y e ao eixo x.
Outro sistema que pode ser utilizado para as curvas no plano é o sistema de coordenadas polares. Para
defini-lo, precisaremos de um ponto (origem) e de uma semirreta que parta dessa origem, denominada eixo
polar.
Usando os eixos cartesianos x e y, colocamos a origem do sistema polar na origem do sistema cartesiano,
isto é, no ponto O, que é a interseção dos dois eixos. O eixo polar será o eixo positivo do eixo x.
O ângulo que a reta OP faz com o eixo polar, representada por θ, medido no sentido anti-horário.
Dessa forma, o ponto P em coordenadas polares será representado por P(ρ, θ), como mostra o gráfico:
Fonte: Autor
Figura 5: Coordenadas polares
Como ρ é uma distância, ele será um número real não negativo, porém, no sistema polar, também se trabalha
com ρ < 0. O ponto Q (-ρ , θ) será o ponto simétrico ao ponto P (ρ, θ). O ponto Q também poderia ser
representado por Q (ρ, θ + π).
Consideraremos θ negativo se ele for medido no sentido horário. Assim, o ponto R(ρ, - θ) poderia ser
representado no plano por R(ρ,2π– θ), como mostra o gráfico:
Fonte: Autor
Figura 6: Representação dos pontos em coordenadas polares
Conforme observamos, diferentemente do sistema cartesiano, onde cada ponto tem apenas uma
representação, o mesmo ponto pode ser representado de diversas formas no sistema de coordenada polar.
Pode ser obtida uma relação entre as coordenadas cartesianas de um ponto P(x,y) e suas coordenadas
polares P(ρ,θ). Veja:
Fonte: Autor
Figura 7: Relação entre sistema cartesiano e polar
{ x = ρ cosθ
y = ρ senθ
Além disso,
{ √x 2 + y 2
ρ=
y
tg θ =
x
EXEMPLO
π
Exemplo 1 - Determine as coordenadas cartesianas do ponto P, que tem coordenadas polares (1 , 6 ).
SOLUÇÃO
π √3
x = ρ cosθ = 1 cos = 2
6
π 1
y = ρ senθ = 1 sen 6 = 2
Assim, o ponto P terá coordenadas cartesianas
( )
√3
2
,
1
2
EXEMPLO
Exemplo 2 - Determine as coordenadas polares do ponto P, que tem coordenadas cartesianas (2, – 2).
SOLUÇÃO
ρ= √x 2 + y 2 = √2 2 + 2 2 = 2√2
y -2 3π 7π
tg θ = x = 2 = - 1 → θ = 4 ou θ = 4
Repare que o ponto P está no quarto quadrante (x positivo e y negativo). Assim, chegamos ao valor do
7π
θ= 4
CURVAS POLARES
As curvas no plano R2, que podem ter seu gráfico definido por uma equação cartesiana, também são
representadas por uma equação polar do tipo ρ = f (θ). Com essa representação, tais curvas são
denominadas curvas polares.
EXEMPLO
→
Exemplo 1 - Considere a curva planar com imagem dada pela função vetorial F(t) = 〈2cos t, 2 sent〉 e
determine a equação polar para essa curva.
SOLUÇÃO
Se observarmos a equação cartesiana da curva, veremos que:
{ x = 2cos t
y = 2 sent
→ x2 + y2 = 4
x 2 + y 2 = 4 = (ρ cosθ) 2 + (ρ senθ) 2 = ρ 2 → ρ = 2
Portanto, a equação polar será ρ = 2
EXEMPLO
Exemplo 2 - Determine a equação cartesiana da figura no plano cuja equação polar é dada por ρ = 4 cos θ
SOLUÇÃO
x
x = ρcos θ → cosθ =
ρ
Assim,
x
ρ = 4 cos θ = 4
ρ
→ ρ 2 = 4x
Porém,
ρ 2 = x 2 + y 2. Então: ρ 2 = x 2 + y 2 = 4x
x 2 + y 2 = 4x → x 2 - 4x + y 2 = 0
x 2 - 2.2x + 4 + y 2 = 4 → (x - 2) 2 + y 2 = 4
Para obtermos a reta tangente a uma curva polar com equação ρ = f(θ), teremos de considerar θ como um
parâmetro. Assim:
{ x = ρ cosθ = f(θ)cos θ
y = ρ senθ = f(θ)sen θ
dy
O valor do coeficiente angular da reta tangente à curva será dado por dx
Logo,
dy
dy dθ f ' ( θ ) sen θ + f ( θ ) cos θ
= dx =
dx f ' ( θ ) cos θ - f ( θ ) sen θ
dθ
dy dx dy
Se = 0, com ≠ 0, a reta terá = 0, sendo uma reta horizontal.
dθ dθ dx
dx dy dy
Se dθ = 0, com dθ ≠ 0, a reta não terá dx , sendo uma reta vertical.
EXEMPLO
Exemplo 3 - Obtenha a equação da reta tangente à curva polar de equação ρ = 2 + sem θ, no ponto que θ = π
SOLUÇÃO
Vamos obter a inclinação da reta.
Para θ = π, temos:
{ x = f(θ)cos θ = (2 + senθ)cosθ
y = f(θ)sen θ = (2 + senθ)senθ
→
{ x = (2 + senπ)cosπ = (2 + 0)(- 1) = - 2
y = (2 + senπ) senπ = (2 + 0). 0 = 0
( ) (
y - y 0 = m x - x 0 → y = - 2 x - (- 2) = - 2 x + 2 ( )
y = - 2x - 4 → 2x + y + 4 = 0
1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ
02
SAIBA MAIS
Esta fórmula não será demonstrada neste módulo, pois se baseia na divisão da figura em setores circulares
infinitesimal e monta um somatório semelhante à soma de Riemann. Caso seja de seu interesse, a
demonstração pode ser estudada nos livros que constam na lista de referências ao final deste tema.
SOMA DE RIEMANN
∫ baf(x)dx = lim
∆ u max → 0
( )
∑ i =n1 f p i ∆ u i
EXEMPLO
π π
Exemplo 1 - Determine a área da figura definida pela equação ρ=2 sen2θ para o intervalo - 4 < θ < 4
SOLUÇÃO
π π
1 1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ = ∫ 4π (2 sen 2θ) 2dθ = 2∫ 4π sen 22θdθ
02 -4 2 -4
1 1 1 1
sen 2α = 2 - 2 cos 2αecos 2α = 2 cos 2α + 2
1 1
Portanto: sen 22θ = 2 - 2 cos 4θ
( )
π π π π
1 1
A = 2∫ 4π sen 22θdθ = 2∫ 4π - cos 4θ dθ = ∫ 4π dθ - ∫ 4π cos 4θdθ
- - 2 2 -4 -4
4 4
| ( ( ))
π
1 4 π π 1 π
A = θ| 4π - 4 sen4θ = 4
- -4 - 4 (senπ - sen(- π)) = 2
- 4 π
- 4
Em relação ao comprimento da curva dada por uma equação polar, utilizaremos a mesma equação já
apresentada em módulos anteriores:
()
L t = ∫ ba
√( ( )) ( ( ))
d
dt
x t
2
+
d
dt
y t
2
dt
Assim,
L(θ) = ∫ θθ 1
0 √( ) ( )d
dθ
x(θ)
2
+
d
dθ
y(θ)
2
dθ = ∫ θθ 1
0 √( ( d
dθ
f(θ)cosθ
)) ( (
2
+
d
dθ
f(θ)senθ
))
2
dθ
Mas:
( ( )) ( ( ))
d 2 d 2
dθ
f(θ)cosθ + dθ
f(θ)senθ = (f'(θ)cosθ - f(θ)senθ) 2 + (f'(θ)senθ + f(θ)cosθ) 2
( ) cos θ - 2f (θ)f(θ)cosθ senθ + (f (θ) ) sen θ + (f(θ)) cos θ + 2f (θ)f(θ)cosθ senθ + (f(θ)) sen θ = (f (θ) )
= f '(θ)
2 2 ' ' 2 2 2 2 ' 2 2 ' 2
+ (f(θ)) 2
Então,
L(θ) = ∫ θ 1
0
θ
√ (f'(θ) ) 2 + (f(θ))2dθ
EXEMPLO
π
Exemplo 2 - Determine o comprimento da curva definida pela equação ρ=2senθ entre os pontos θ = - e
4
π
θ=
4
SOLUÇÃO
Se f(θ) = ρ = 2 senθ → f '(θ) = 2 cosθ
Portanto,
( ( ))
π π
π π π
L(θ) = ∫
-
4π
4
√ (2 sen θ) 2 + (2 cos θ) 2dθ = ∫
-
4π 2
4
dθ = 2 4 - - 4 = 22 = π
TEORIA NA PRÁTICA
Uma rosácea de 4 pétalas é definida por curva polar de equação ρ = 10 cos2θ, com ρ em metros e θ em
radianos. Um artista plástico deseja pintar essa curva em uma parede e necessita saber quantos metros
quadrados de tinta será necessário para isso. Determine a área coberta pela figura para ajudar o
levantamento do artista plástico.
ÁREA DE CURVA POLAR
MÃO NA MASSA
( ) 5π
A) 2, 3
( )
B) 6, -
π
3
( )
C) 2, 3
π
( )
D) 6, 3
5π
A) ρ = 2 cosθ
B) ρ = 8
C) ρ = 8 senθ
D) ρ = senθ + cosθ
A) x + 2y - 1 = 0
B) x - y + 1 = 0
C) x + y - 1 = 0
D) x - y - 1 = 0
(
A) 1 - e π )
(
B) √2 1 - e - π )
(
C) 1 + e - π )
(
D) √2 1 + e π )
9π
C) +5
4
19π
D) 4 - 6
√
A) 2π 4π 2 + 1 - ln 2π + ( √4π2 + 1 )
√
B) π 4π 2 + 1 + ln 2π - ( √4π2 + 1 )
√
C) π 4π 2 + 1 +
1
2 (
ln 2π + √4π2 + 1 )
√
1
D) 2π π 2 + 1 - 2 ln 2π + ( √4π2 + 1 )
GABARITO
1. Assinale a alternativa que demonstra uma possível representação em coordenadas polares (ρ, θ) para o
ponto que apresenta (-3 , 3√3) em coordenadas cartesianas:
{ √x 2 + y 2 = √( - 3) 2 + (3√3 )
2
ρ= =6
y 3√3
tg θ = x = - 3 = - √3
( )
π 5π
θ = arctg - √3 = π - = 3
3
2. Considere a curva com imagem dada pela equação cartesiana x 2 + (y - 4) 2 = 16, que é uma circunferência
centrada em (0,4) e com raio 4. Qual é a equação polar para a curva?
Sabemos que
{ x = ρ cos θ
y = ρ sen θ
Como x 2 + (y - 4) 2 = 16 → x 2 + y 2 - 8y + 16 - 16 = 0 → x 2 + y 2 - 8y = 0
)
Então, (x 2 + y 2 - 8y = 0 → ρ 2 - 8ρ senθ = 0 → ρ = 8 senθ
π
3. Qual é a equação da reta tangente à curva polar de equação ρ = 1 – cos θ no ponto em que θ = ?
2
4. Qual é o comprimento da curva definida pela equação polar ρ = e - θ entre os pontos θ = 0 e θ=π?
Se f(θ) = ρ = e - θ → f '(θ) = - e - θ:
L(θ) = ∫ π
0 √ (e - θ )2 + ( - e - θ )2dθ = ∫π0 √2e - 2θdθ = ∫π0 √2 e - θdθ = - √2e - θ |π0 = √2 (1 - e - π )
5. Qual é a área da figura definida pela equação ρ = 3 - senθ para o intervalo 0 < θ < π?
( )
1 1 1
A = ∫ θθ 1 (f(θ)) 2dθ = ∫ π 2 π 2
0 2 (3 - senθ) dθ = ∫ 0 2 9 - 6senθ + sen θ dθ
02
9 1
A = ∫π π π 2
0 2 dθ - ∫ 0 3 senθdθ + ∫ 0 2 sen θ dθ
A = ∫π
9
2
π π1
0 dθ - ∫ 0 3 senθdθ + ∫ 0 2 ( 1
2
-
1
2 )
cos 2θ dθ
9 π 1 π 1 π 9π π 19π
A = 2 θ| + 3cosθ| π
0 + 4 θ| - 8 sen2θ| = 2 - 0 + ( - 3) - 3 + 4 - 0 - 0 + 0 = 4 - 6
0 0 0
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
√
1
B) ρ =
1 + cos 2θ
√
1
C) ρ =
1 + 3senθ
√
1
D) ρ =
1 + 3sen 2θ
A) √3
√3
B) 3
2
C) 3
D) 1
GABARITO
1. Considere a curva com trajetória elíptica definida pela equação 4x 2 + y 2 = 1. Assinale a alternativa que
apresenta a equação polar para essa curva:
Sabemos que
{ x = ρ cos θ
y = ρ sen θ
)
Como 4x 2 + y 2 = 1 → (x 2 + y 2 + 3x 2 = 1:
( ) √
1 1
ρ 2 + 3(ρ cosθ) 2 = 1 → ρ 2 1 + 3cos 2θ = 1 → ρ 2 = →ρ=
1 + 3cos 2θ 1 + 3cos 2θ
2. Assinale a alternativa que apresenta o comprimento da curva definida pela equação polar ρ = sec θ entre
π
os pontos θ = 0 e θ =
6
√sec 2θ (1 + tg 2θ ) dθ
π π
L(θ) = ∫ 06 √ (sec θ) 2 + (sec θtg θ) 2dθ = ∫ 06
π π π
π √3
L(θ) = ∫ 06 √
sec 2θ sec 2θ dθ = ∫ 06 sec 2θ dθ = tg θ| 06 = tg 6 - tg0 = 3
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito de função vetorial e de coordenadas polares.
No primeiro módulo, definimos a função vetorial, que apresenta como domínio um número real, porém, como
imagem, um vetor que pertence ao Rn. Também apresentamos as operações básicas das funções vetoriais.
No segundo e no terceiro módulos, definimos as operações de limite, derivada e integral para uma função
vetorial e suas aplicações ao estudo de curvas planas e espaciais, bem como no movimento de um objeto.
Por fim, no quarto módulo, apresentamos o sistema de coordenadas polares, que pode ser utilizado para
representar curvas planas e determinar o comprimento de seus arcos e suas áreas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 1. ed. Barcelona: Editorial Reverte SA, 1985. v. 1, cap. 14, p. 597-640.
GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013. v. 1, cap. 13, p. 422-432.
STEWART, J. Cálculo. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. v. 2, cap. 10, p. 665-679; cap. 13, p. 847-883.
EXPLORE+
Pesquise mais sobre funções vetoriais na internet e nas referências bibliográficas.
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de funções de várias variáveis e suas derivadas.
PROPÓSITO
Identificar a função de várias variáveis a valores reais, as derivadas parciais e o gradiente da
função, além do conceito da regra da cadeia, derivadas direcionais e derivadas parciais de
ordem superior.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Existem vários tipos de funções que são definidas dependendo do conjunto escolhido para seu
domínio e sua imagem.
Diversos fenômenos naturais, bem como diversas aplicações do nosso cotidiano fornecem,
como resultado (saída), um valor real, mas que depende de várias variáveis em suas entradas
ao invés de apenas uma.
EXEMPLO
A temperatura em cada ponto de uma sala depende da posição desse ponto dentro dessa sala.
Assim, a função que representa o valor dessa temperatura dependerá de três variáveis que
representam a posição do ponto no espaço, isto é (x,y,z).
Dito isso, necessitamos definir uma função matemática que possua uma entrada vetorial (várias
variáveis) e forneça como resultado um valor real.
O elemento do conjunto é uma n-upla que representa um vetor com n componentes, sendo que
cada componente xj, 1 ≤ j ≤ n é um número real.
Seja uma função f cujo domínio está em subconjunto de conjunto Rn e sua imagem está em um
Vejamos as possibilidades:
ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 04
Quando n = 1 e m = 1, se tem uma função de uma variável real a valores reais, ou simplesmente
funções reais (f: R → R). Em outras palavras, a entrada e saída da função é um número real.
Este tipo de função é estudado no cálculo integral e diferencial com uma variável.
Por exemplo:
Quando n = 1 e m > 1, se tem uma função de uma variável real a valores vetoriais, ou
simplesmente funções vetoriais (f: R → Rm). Isto é, a entrada é um número real e a imagem é
um vetor.
Por exemplo:
Quando n > 1 e m > 1, se tem uma função de uma variável vetorial a valores vetoriais, ou
simplesmente campos vetoriais (f: Rn → Rm). Ou seja, a entrada e a saída são vetores.
Por exemplo:
valores reais ou simplesmente função escalar (f: Rn → R). Isto é, a entrada é um vetor, e a
saída, um número real.
Por exemplo:
As funções escalares, que serão o objeto deste tema, contêm diversas aplicações práticas, pois,
de forma geral, os fenômenos dependem de várias variáveis. Por exemplo, o volume de um
recipiente depende do raio e da altura, ou a temperatura de uma região na terra depende da
latitude, longitude e altura.
DEFINIÇÃO
Quando o domínio não é especificado, se considera este como o subconjunto do Rn que permite,
através da equação que define a função, se obter um número real.
EXEMPLO 1:
√x+y−2
fxy
Determine o domínio da função escalar ( , )= x −y .
SOLUÇÃO
Ao se analisar o numerador da função, verifica-se a existência de uma raiz quadrada.
x+y−2≥0→x+y≥2
Outro ponto importante é que o numerador não pode ser zero:
x−y≠0→x≠y
Portanto, o domínio de f(x,y) será:
xy
Dom f ={( , ) ∈ R / x + y ≥ 2 e x ≠ y}
2
EXEMPLO 2:
√x+y−2
fxy
Determine, caso seja possível, os valores de ( , )= x −y xy
para ( , )=(4,2) e
xy
( , )=(3,3).
SOLUÇÃO
Como calculado no exemplo anterior, o domínio da função será o conjunto S tal que
x y x + y ≥ 2 e x ≠ y}
S ={( , )/
O par ordenado (3,3) não pertence a S, pois, apesar de x + y ≥ 2, o valor de x é igual a y, não
pertencendo, portanto, ao domínio da função, não sendo possível obter f(3,3).
EXEMPLO 3:
SOLUÇÃO
Uma raiz cúbica não tem restrição de domínio. Da mesma forma, o denominador y2 + 1 nunca
fornecerá um valor de zero.
Assim, a única restrição de domínio da função será a referente à função log neperiano, que só
pode ser aplicado a um número maior do que zero. Portanto, devemos ter 2x + y + z > 0
x y z R / 2x + y + z > 0}
Então: Dom f ={( , , )∈ 3
A trinca ordenada (1, 0, -3) não pertence ao dom g, pois, 2x + y + z = –1 < 0, não sendo possível
obter g(1, 0, –3).
O gráfico representará uma superfície que fica acima do conjunto que representa o domínio S da
função f(x, y).
Fonte: Autor
EXEMPLO 4:
Esboce o gráfico associado à função f(x, y) = 8 - 4x - 2y.
SOLUÇÃO
O gráfico de f(x,y) será definido como
Para x = y = 0 → z = 8 – 0 – 0 = 8
Fonte: Autor
A figura apresenta apenas uma parte do plano, pois ele vai tanto para cima quanto para baixo,
até o infinito.
EXEMPLO
Um exemplo prático das curvas de níveis são os mapas topográficos ou mapas que fornecem
temperaturas de determinada região.
EXEMPLO 5:
SOLUÇÃO
Se fosse para traçar o gráfico de f(x, y), seria representado uma figura espacial, que neste caso
seria um plano cuja equação se daria por z = 8 - 2x - 4y.
Como se deseja esboçar as curvas de nível, é preciso desenhar no plano xy os pontos que
atendem a equação 8 - 2x - 4y = k, com k real.
Por exemplo:
Para k = 0 → 2x + 4y - 8 = 0 → x + 2y - 4 = 0
Para k = –2 → 2x + 4y - 10 = 0 → x + 2y - 5 = 0
Para k = 4 → 2x + 4y - 4 = 0 → x + 2y - 2 = 0
Assim, as curvas de nível do gráfico que seria um plano, serão retas paralelas.
Fonte: Autor
EXEMPLO 6:
Seja a função g(x, y) = 4 - x2 - y2. Sabe-se que o valor de g(x, y) determina o valor da grandeza
G para os pontos em uma placa definidos pelas coordenadas (x, y). Determine a superfície
formada pelo gráfico da função g(x, y).
SOLUÇÃO
O gráfico de g(x, y) será definido como
Para x = y = 0 → z = 4 – 0 – 0 = 4
Fonte: Autor
Paraboloide elíptico com concavidade virada para baixo.
EXEMPLO 7:
Seja a função g(x,y) = 16 - x2 - 9y2. Sabe-se que o valor de g(x, y) determina o valor da
grandeza G para os pontos em uma placa definidos pelas coordenadas (x, y). Determine a figura
formada por todos os pontos do plano que apresentam o valor de G = 7.
SOLUÇÃO
Neste caso, o que está sendo pedido é o esboço de uma curva de nível para um nível igual a 7.
x2 + 9y2 = 16 − 7
x2 y2
x2 + 9 y 2 = 9 → 9
+
1
=1
Quando o domínio for um subconjunto do R3, isto é, S ⊂ R3, o elemento de entrada da função
será um vetor ou terna ordenado (x, y, z). O gráfico da função f(x, y, z) será o conjunto de todos
os pontos do espaço (x, y, z, w) ∈ R4, tal que w = f(x, y, z) e (x, y, z) pertence ao domínio de f(x,
y, z).
Esse gráfico será um subconjunto do R4, portanto, não será possível a representação dele
através de uma forma geométrica. Para se ter uma visão geométrica de tal função, vamos nos
valer das superfícies de nível, que serão o conjunto de pontos do R3, ou as superfícies do
espaço xyz, tais que f(x, y, z) = k, na qual k é uma constante real. Por isso, definimos uma
superfície de nível para cada nível w = f(x, y, z) = k, k real.
EXEMPLO 8:
y2 + z2.
SOLUÇÃO
As superfícies de nível serão definidas por f(x, y, z) = x2 + y2 + z2 = k, k real.
Desse modo, as superfícies de níveis definidas pela equação x2 + y2 + z2 = R2, serão esferas de
centro (0, 0, 0) com raio dado por R, em que R ≥ 0.
RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Deseja-se montar um mapa topográfico que representa a altura de um monte de 900 m. O topo
do monte é considerado o ponto central do mapa. Cada ponto será marcado pela distância (x, y)
determinada pela distância a dois eixos cartesianos que passam no ponto central.
O monte será aproximado por uma forma parabólica com concavidade para baixo com altura,
medida em metro, dada por uma equação h (x, y) = H – 2x2 - 3y2, com x e y também medidos
em metros. Esboce o mapa topográfico através das curvas de níveis.
RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:
MÃO NA MASSA
B) f (t)= 4 + tg t
g(x, y, z)= z
3√ −3 ln(4− ) y
1− x 2
−3
+
√2− u
h π πe
A) (2, )=
4
−3
4
B) h(−2,0)=
e − 4 4
1
3 2
C) h(6,0)= −
e − 4 12
1
3 2
D) h(−2, π)= π
e − 4 −4
1
−3 2
E) h(2,3)=
cos(3)
2
B) Um conjunto de planos
C) Um conjunto de elipsoides
D) Um conjunto vazio
E) Um conjunto de hiperboloides
f (x, y)= √ 16 − x2 − y 2
D) O esboço das curvas de nível são circunferências no plano xy com centro na origem e raio
√16 − k2 , 0 ≤ k ≤ 4, sendo k o nível desejado.
GABARITO
1. Marque a alternativa que representa uma função escalar com domínio no R3.
A função f(t) da alternativa B é uma função real, com entrada e saída reais.
A função p(r) da alternativa D é uma função vetorial, com entrada real e saída vetorial.
As funções m(r,s,t) e g(u,v) são funções escalares, porém a função g(u,v) tem domínio no R2 e a
z y
g(x, y, z)= 3√ −3 ln(4− )
1− x 2
1− x 2
≠0→ x 2
≠1→ x ≠ 1 ou x ≠ −1
z
Quanto à parcela √ − 3, o número dentro de uma raiz quadrática deve ser maior ou igual a
zero:
z−3≥0→z≥3
Por fim, a parcela relacionada ao log neperiano só é possível se o argumento for maior do que
zero:
4− y>0→y<4
Então, o domínio de g(x,y,z) será
w
h(u, w)= we u 4
2
−3
+
cos( )
√2−u
w−3≠0→w≠3
Quanto ao numerador da primeira parcela (4 e2u) e o da segunda parcela (cos(w)), não existe
nenhuma restrição para o domínio, pois eles podem ser calculados para qualquer valor real.
O denominador da segunda parcela é uma raiz quadrática, além disso, não pode ser zero por
estar no denominador:
2− u>0→u<2
Logo, o domínio de h(u, w) será
Dom h ={(u, w) ∈ R / w ≠ 3 e u < 2}
2
Na alternativa A, é impossível calcular h(2, π), pois o par ordenado (2, π) não atende a condição
do domínio de u < 2.
Na alternativa B, apenas é possível calcular h(-2, 0), pois (-2, 0) faz parte do domínio da função,
h
o valor correto é (−2,0)= −
4 e −4
+
1
3 2
Na alternativa C, é impossível calcular h(6, 0), pois o par ordenado (6, 0) não atende a condição
do domínio de u < 2.
Na alternativa E, é impossível calcular h(2, 3), pois o par ordenado (2, 3) não atende a condição
do domínio de w ≠ 3.
Portanto, a alternativa correta é a letra D, pois (-2, π) faz parte do domínio e vale
h(−2, π)= πe 4 −4
−3
−
1
2
4. Marque a alternativa que apresenta a equação das curvas de nível k para a função
y
fxy
escalar ( , )= x−2 . Considere k real como sendo o nível desejado em cada contorno,
com k > 0.
kx − 2k = y → kx − y − 2k = 0, com x ≠ 2
Para x = 2 → y = 0, assim a equação será {
kx − y − 2k = 0
(x, y) ≠ (2,0)
Esta equação representa uma reta no plano, com exceção do ponto (2,0). Sendo a alternativa
correta a letra C.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
2x−6
E O VALOR DE H(4, 3, 0).
E) Dom h :{(x, y, z)∈ R / x ≠ −3, y > 0 e z ≤ 2} e h(4,3, 0)=
3 √2 ln2
4
A) O domínio da função é
A)
f
C) O valor de (1,5)=
1
2
D) O gráfico da função f(x, y) é composto por pontos (x, y, z) que formam um plano de equação
5x - y - z - 5 = 0.
GABARITO
Dessa forma, o domínio será Dom h :{(x, y, z)∈ R / x ≠ 3, y > 1 e z ≤ 2}
3
ln2
h
Calculando (4,3, 0)=
√2−0 ln ( 3−1 )
2.4−6
=
√2
2
5x
fxy
2. Seja a função ( , )= y+5 . Marque a alternativa falsa em relação a função f(x,y).
A alternativa "D " está correta.
Analisando as alternativas:
a) Para definir o domínio da função, verifica-se que a única restrição é que o denominador não
pode ser zero, assim y + 5 ≠ 0 → y ≠ -5,
Dom f :{(x, y ∈ R / y ≠ −5}, estando a alternativa A correta.
2
e) A entrada da função é um vetor e a saída um número real, assim a alternativa E está correta.
f
c) O valor de (1,5)=
5.1
5+5
=
1
2
, estando correta a alternativa C.
d) Por fim, o esboço do gráfico que são os pontos (x, y, z) do R3, tais que
5x
y+5 = z → 5x − yz − 5z = 0, que não representa um plano.
Assim, a alternativa que contém uma afirmativa falsa é a D.
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
A operação matemática da derivação pode também ser definida para as funções escalares,
porém de uma forma um pouco diferente do que no caso das funções reais.
Como a função escalar depende de várias variáveis, devemos obter uma operação que
determina a variação da função em relação a uma variável, mantendo as demais constantes.
Esta operação será denominada de derivação parcial
DERIVADAS PARCIAIS
Quando estudamos a função real, definimos a operação da derivação que representava a taxa
de variação da função em relação a sua variável independente. Isto é, como a função variava em
relação a sua variável de entrada em determinado ponto do seu domínio.
No caso de a função escalar, a entrada é composta por várias variáveis. Ao se tentar descobrir
como uma função varia em relação a uma das variáveis, devemos isolar o efeito das demais
variáveis. Este isolamento é obtido mantendo as demais variáveis constantes.
EXEMPLO
Imaginemos o volume de um cone que depende de seu raio e de sua altura. Para se obter a taxa
de variação desse volume ao se alterar o raio do cone, devemos manter o valor da altura
constante e observar como o volume se altera ao se alterar o raio. Esta operação será
denominada de derivada parcial. O nome parcial vem do fato que se está analisando a taxa de
variação de apenas uma das variáveis.
Vamos iniciar a definição pelo caso mais simples, ou seja, para uma função com domínio no R2,
ou z = f (x, y).
Seja (x0, y0) um ponto de o domínio da função escalar f. Se fixarmos o valor y0, podemos definir
A função h(x) será uma função real, pois depende apenas de uma variável, e a derivada de h(x)
no ponto x0 será dada por
h ( x ) −h ( x 0 )
h' (x0 )= lim x −x 0
x →x 0
Esta derivada representa como a função h(x) varia em relação a variável x, no ponto x0.
f ( x , y0 ) − f ( x 0 , y0 )
h' (x0 )= lim x −x 0
x →x 0
que representará como a função f(x, y) irá variar em relação a variação de x, com y constante e
igual a y0, no ponto (x0, y0). Esta função será denominada de derivada parcial de f em relação a
∂f f ( x , y0 ) − f ( x 0 , y 0 )
∂x
(x0 , y0 )= h' (x0 )= xlim x −x 0
→x 0
∂f f ( x0 +Δx,y0 ) −f ( x0 ,y0 )
∂x
(x0 , y0 )= lim
Δx→0 Δx
∂f
Seja D o subconjunto de S, formado por todos os pontos (x, y), tais que existe. Assim,
∂x
∂f
definirmos uma função indicada por ∂x (x, y), definida em D ⊂ S ⊂ R2, tal que:
∂f f ( x+Δx,y ) −f ( x,y )
(x, y)= lim
∂x Δx→0 Δx
f
y (x, y)= fy (x, y) = D2 f (x, y)
∂
∂
Resumindo:
A função fx (x, y) obtida em um ponto (x0, y0), representa a taxa de variação de f(x,y), no
ponto (x0, y0), em relação apenas a variável x, mantendo y constante e igual a y0
A função fy (x, y) obtida em um ponto (x0, y0), representa a taxa de variação de f(x,y), no
ponto (x0, y0), em relação apenas a variável y, mantendo x constante e igual a x0
∂f f ( x,y+Δy,z ) −f ( x,y,z )
∂y
( x , y , z )= f y ( x , y , z )= D 2 f ( x , y , z )= lim
Δy→0 Δy
∂f f ( x,y,z+Δz ) −f ( x,y,z )
(x, y, z)= fz (x, y, z)= D3 f (x, y, z)= lim
∂z Δz→0 Δz
que será semelhante a derivada de uma função real, pois dependerá da variação de apenas
uma variável, neste caso L, mantendo todas as demais constantes (C e A).
Para o caso geral da função com domínio em S ⊂ Rn. Seja f(x1,x2, ..., xn ), a derivada parcial de
h
1 2
Dj f (x , x , … , xn )= fj (x , x , … , xn )
1 2 1 2
ATENÇÃO
df
A notação dx é usada para derivar a função real f em relação a x, quando a função depender
apenas da variável x.
∂f
A notação é usada para derivar parcialmente a função escalar f em relação a x, quando a
∂x
Na prática, as derivadas parciais não serão obtidas pelo limite, e sim, por fórmulas e regras de
derivação. Como consideraremos a função dependendo de apenas uma variável, pois todas as
demais permaneceram como constantes, então pode ser utilizada as mesmas propriedades e
regras que utilizamos no caso da função real.
EXEMPLO 1
Determine as derivadas parciais da função f(x, y) = 2xy + 3x2 y3 + 5y - 3x e obtenha seus
valores no ponto (2, 1).
SOLUÇÃO
Vamos obter fx(x, y), considerando y como uma constante e aplicando as regras de
derivação em relação a x.
O primeiro termo 2xy será observado como kx, assim (2yx)' = 2y(x)' = 2y.
O termo 3x2 y3 será observado como kx2, assim (3y3 x2 )' = 3y3 (x2 )' = 3y3 . 2x = 6xy3.
O termo 5y será observado apenas como uma constante, independente de x, assim (5y)' =
0.
Vamos obter fy(x, y), considerando x como uma constante e aplicando as regras de
derivação em relação a y.
O primeiro termo 2xy será observado como ky, assim (2xy)' = 2x(y)' = 2x.
O termo 3x2 y3 será observado como ky3, assim (3x2 (y3)' = 3x2 (y3 )' = 3x2 3y2 = 9x2 y2.
O termo (-3x) será observado apenas como uma constante, independente de y, assim
(-3x)' = 0
EXEMPLO 2
2
Deseja obter a taxa de variação da função h(x, y, z, w)= 2yz lnx + 3xew + zw2 y 3 , em
relação a variável w, no ponto (x, y, z, w)=(1, 1, 1, 1).
SOLUÇÃO
O que está se pedindo é a derivada parcial da função h em relação a variável w.
Assim se mantém na função h todas as demais variáveis (x, y, z) como constantes e aplica
as regras de derivação em relação a variável w.
O termo 2yz lnx será observado como uma constante, pois independe de w, então
(2yz lnx) = 0.
'
2 2
O termo 3xew será observado como kew , assim
' '
(3xew ) = 3x (ew )
2 2 2 2
= 3x 2wew = 6xwew .
(zy 3 w2 )
'
= zy 3 (w2 ) = zy 3 2w = 2zy 3 w.
2
Então, fw (x, y, z, w)= 6 xwew + 2 zy3 w e fw (1,1, 1,1)= 6.1. 1e1 + 2.1. 1.1 = 2 + 6e
Seja uma função de várias variáveis a valores reais, com domínio em S⊂ R2, e que admite
as derivadas parciais, em um ponto (x0,y0), para todas as suas duas variáveis
independentes (x e y).
∂f ∂f
∇f (x0 , y0 )=( ∂x (x0 , y0 ), (x 0 , y 0 ) )
∂y
Observe que só existe gradiente de uma função escalar e o resultado é um vetor cujas
componentes são as derivadas parciais de cada uma das variáveis independentes.
Portanto,
∂f ∂f
∇f (x0 , y0 )= ∂x
(x0 , y0 )x̂ + ∂y
(x0 , y0 )ŷ
EXEMPLO 3
Obtenha o vetor gradiente para a função f(x, y) = 3x2y, no ponto (x, y) = (1, 2).
SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais
∂f ∂ ∂
∂x
=
∂x
(3yx2 )= 3y ∂x (x2 )= 3y 2x = 6xy
∂f ∂ ∂
∂y
=
∂y
(3x2 y)= 3x2 ∂y (y)= 3x2
Logo,
2
∇f (x, y)= (6xy, 3x2 ) e ∇f (1,2)= (6.1. 2,3. 1 ) = (12, 3) = 12x̂ + 3ŷ
O vetor gradiente da função escalar pode ser definido, de forma análoga, para quando o
∂f ∂f ∂f
∇f (x1 , x2 , … , xn )=( ∂x1 (x1 , x2 , … , xn ), … , ∂xj (x1 , x2 , … , xn ), … , ∂xn (x1 , x2 , … , xn ))
O vetor gradiente tem uma interpretação geométrica. Ele apontará para direção e sentido
no qual a função f terá a sua maior variação, em relação a suas variáveis independentes,
no ponto analisado.
Por exemplo, obtivemos que no ponto (1, 2) a função f(x, y) = 3x2y tem um vetor gradiente
∇f = (12, 3) = 12x̂ + 3ŷ . Vamos supor que esta função f(x, y) represente a
EXEMPLO 4
Obtenha o versor que representa a direção e o sentido da maior variação da função f(x, y,
z) = x2 + y2 + z2 no ponto (1, 1, 1)
SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais de f(x, y, z):
∂f ∂f ∂f
= 2 x, = 2y e = 2z
∂x ∂y ∂z
Portanto, o vetor (2,2, 2)= 2x̂ + 2ŷ + 2ẑ representa a direção de maior variação da
função no ponto (1, 1, 1).
Como foi pedido o versor, isto é, o vetor unitário, devemos dividir pelo seu módulo
Quanto a amplitude do vetor ∇f, ele representará a maior taxa de variação da função em
relação à variação de suas variáveis. No exemplo anterior, a função terá uma variação de 2
√3 unidades quando ocorre uma variação Δs = Δxx̂ + Δyŷ + Δzẑ de módulo unitário,
na direção do vetor ( ).
√3 √3 √3
3
, 3
, 3
Por fim, uma última característica do vetor gradiente de uma função, é o fato de ser
sempre normal às curvas de nível da função, ou seja, às curvas ou superfícies de nível da
função.
EXEMPLO 5
Determine a reta tangente a curva de nível da função f (x, y)= 2x2 + y 2 no ponto (1, 2).
SOLUÇÃO
Obtendo o gradiente da função:
∂f ∂f
= 4x e = 2y, então ∇f (x, y)=(4x, 2y)
∂x ∂y
No ponto (1, 2): ∇f(1, 2) = (4, 4), que é um vetor normal à curva de nível no ponto (1, 2),
sendo, portanto, um vetor normal à reta tangente neste ponto.
Por isso, para se obter a equação da reta tangente, seguindo conceitos de geometria
analítica:
→
[(x, y)−(x0 − y0 )]. nr = 0 →[(x, y)−(x0 , y0 )]. ∇f (x0 , y0 )= 0
Portanto
RESUMO DO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
As derivadas parciais de uma função escalar podem ser utilizadas para se determinar a
equação de um plano tangente ao gráfico de uma função z = f(x, y) em um ponto (x0, y0) e
com ele realizar uma aproximação linear para a função. A equação do plano tangente ao
gráfico no ponto (x0, y0, f(x0,y0) será dada por:
f (1 + 1
100
,1 +
1
100
)
RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:
MÃO NA MASSA
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5
E) 6
A) e2(3, 0)
B) e2(3, 4)
C) e2(1, 1)
D) e2(2, 2)
E) e2(2, 1)
g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x
√5 √5
B) e
4 4
√6 √6
C) 3
e 3
√5 √5
D) 6
e 5
√6 √6
E) 3
e 4
A) √23
B) √46
C) 3√23
D) 2√46
E) √73
y
5. SEJA A FUNÇÃO h(x, y, z)= 2z arctg( x ). MARQUE A ALTERNATIVA
QUE APRESENTA UM VETOR QUE POSSUA A DIREÇÃO DA MAIOR TAXA
DE VARIAÇÃO DA FUNÇÃO H(X, Y, Z) NO PONTO (1, 1, 2).
A) (2, 2, 2π)
B) (4, − 4, −π)
C) (−1, 1, π)
D) (0, 2, − π)
E) (4, 0, π)
6. SEJA A FUNÇÃO g(x, y)= √x − ty, COM T REAL DIFERENTE DE ZERO.
A RETA x − 2y + 4 = 0 É TANGENTE A CURVA DE NÍVEL DE G(X, Y) NO
PONTO (0, –2). DETERMINE O VALOR DE T
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5
E) 6
GABARITO
1. Seja a função f (x, y)= 2kcos(x)ln (y + e), com k real. Determine o valor de k sabendo
π
que a derivada parcial de f em relação a x vale – 8 no ponto (x, y)=( 2 , 0)
Portanto,
Mas,
π π
fx ( 2 , 0)= −8 = −2kln(0 + e)sen( 2 )= −2k. 1.1 = −2k → k = 4
∂g
∂x
(x, y)= y 2 e2xy + xy 2 2y e2yx = y 2 e2xy + 2xy3 e2yx = (y 2 + 2xy3 ) e2xy
∂g
(x, y)= y 2 (1 + 2xy) e2xy
∂x
∂y
∂g
∂y
(x, y)= 2xy e2xy + xy 2 2x e2yx = 2xy e2xy + 2x2 y 2 e2yx = (2xy + 2x2 y 2 ) e2xy
∂g
(x, y)= 2xy(1 + xy) e2xy
∂y
g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x
g(x, y)= √2 − xy + 2y 2 + 3x
1
h(u)= √u → h' (u)= u'
2√u
Assim,
3−y 3−1 2 √6
gx (x, y)= → gx (1,1)= = =
2√2−xy+2y +3x 2
2√2−1.1+21+3.1 2√6 6
Neste caso, se
du
u = 2 − xy + 2y 2 + 3x → u' = u' =
dy
=0− x + 4y + 0 = 4y − x
Assim,
4 y −x 4.1−1 3 3√6 √6
gy (x, y)= → gy (1,1)= = = =
2√2−xy+2y +3x 2
2√2−1.1+21+3.1 2√6 12 4
Portanto,
No ponto,
|∇f |= √ 2 2 2
(−2) + (6) + (12) = √4 + 36 + 144 = √184 = 2√46
y
5. Seja a função h(x, y, z)= 2z arctg( x ). Marque a alternativa que apresenta um vetor
que possua a direção da maior taxa de variação da função h(x, y, z) no ponto (1, 1, 2).
6. Seja a função g(x, y)= √x − ty, com t real diferente de zero. A reta x − 2y + 4 = 0 é
tangente a curva de nível de g(x, y) no ponto (0, –2). Determine o valor de t
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DETERMINE A DERIVADA PARCIAL DA FUNÇÃO
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg xy , EM RELAÇÃO A VARIÁVEL X, NO PONTO (0, 1,
1)
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
GABARITO
x
1. Determine a derivada parcial da função f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y , em relação a
variável x, no ponto (0, 1, 1)
x
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y
Lembre-se de que se
h ( u) = tg(u) → h ′ ( u) = sec2 u u'
Se
z)x + 2z tg( 1y x)
x 2
f (x, y, z)= xy 2 z + 2z tg y = (y
Então
∂f
∂x
( x, y, z)= y 2 z + 2z sec2 ( xy ). 1
y
= y 2 z + 2 yz sec2 ( xy )
No ponto
∂f
sec2 ( 1 )=
0
( x, y, z)=(0,1, 1)→ ∂x (0,1, 1)= 1 + 2sec (0)= 1 + 2 = 3
2 1 2
1 1+2
1
2. Marque a alternativa que apresenta o gradiente da função g(x, y)= 3x cos(y + 2)
∂g
∂x
= 3 cos(y + 2)(x)
'
= 3 cos (y + 2 )
Determinando a derivada parcial de g em relação a y, mantendo x constante
∂g
∂y
= 3x(cos(y + 2))
'
= 3x (−1)se n(y + 2)= −3xsen (y + 2 )
Portanto,
MÓDULO 3
REGRA DA CADEIA
Para o caso de uma função real, ou melhor, que dependa de apenas uma variável, a regra
da cadeia permitia a diferenciação de uma função composta. Se y = f(x) e x = g(t), com as
funções f e g diferenciáveis, se obtinha a derivada de y em relação a t de uma forma
indireta:
dy
dt = dy dx
dx dt
Assim, mesmo não se tendo a relação direta de y em relação a t, podia se obter como a
função y variava em relação a variável t.
Vamos agora definir esta regra que permitirá também calcular a derivada de funções
compostas para as funções escalares. Iremos propor o seguinte teorema:
TEOREMA 1
∂x dt
+
∂
∂y dt
Repare que a regra acima permite calcular a derivada de f em relação a t por uma forma
indireta. Não se conhece a relação explicita da função em relação a variável t, mas se
conhece a relação da função com x e y, e destas variáveis em relação a variável t.
dt
(y(t)) = ∇f (γ(t)). γ (t) '
EXEMPLO 1:
SOLUÇÃO
df ∂f dx ∂f dy
Usando a regra da cadeia dt =
∂x dt
+
∂f dt
f f dx dy
y , xy, t e
∂ ∂
Como = 2
2
= 4 = 3
2
= 2, se tem
∂x ∂y dt dt
df f dx f dy
y 3t xy. 2 = 6y t xy
∂ ∂
2 2 2 2
= + = 2 +4 +8
dt ∂x dt ∂f dt
É obvio que neste caso, poderíamos obter o valor de f em relação apenas a t e depois
obter a derivada.
Todavia, às vezes, essa forma de obter a dependência e depois derivar é mais complexa
do que usar a regra da cadeia diretamente.
EXEMPLO 2:
Sabendo que o volume de um cilindro é dado pela fórmula V (r, h)= πr2 h, na qual r é o
raio da base e h é a altura do cilindro, ambas medidos em metros. Determine a taxa de
variação do volume do cilindro, para r = 1 m e h = 1 m, sabendo que o raio está variando a
uma taxa de 0,5 m/s e a altura a uma taxa de –0,25 m/s.
SOLUÇÃO
dV ∂V dr ∂V dh
Se V (r, h)= πr2 h, usando a regra da cadeia, se tem dt
= +
∂r dt ∂h dt
∂V ∂V dr dh
Como ∂r
= 2πhr, ∂h
= πr2 , dt = 0,5 e dt = −0,25 m/s, se tem
dV
dt
(r, h)= πhr − π4 r2
Para r = 1m e h = 1m
3π
dV
dt
(1, 1)= π − π4 =
4
m3 /s
ATENÇÃO
A demonstração do teorema 1 não será vista neste módulo, e pode ser analisada nos
livros que constam na referência bibliográfica deste material.
Agora vamos analisar outra situação. Seja z = f(x, y), mas x = h(u, v) e y = g(u, v). Então a
função f depende indiretamente de u e de v. Podemos usar o seguinte teorema para obter
as derivadas parciais de f em relação a variável u e em relação a variável v.
TEOREMA 2
EXEMPLO 3:
SOLUÇÃO
Obtendo as derivadas parciais de g em relação a x e a y.
∂g ∂g
= −2ey sen(x) e = 2ey cos(x)
∂x ∂y
Além disso,
∂x ∂x ∂y ∂y
= 2uv, = u2 , = v2 , = 2uv
∂u ∂v ∂u ∂v
Assim,
∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= + =(−2ey sen(x))2uv + 2ey cos(x)v2
∂u ∂x ∂u ∂y ∂u
∂g y
= 2v2 e cos(x)−4uv ey sen(x)
∂u
∂g ∂g ∂x ∂g ∂y
= + =(−2ey sen(x))u2 + 2ey cos(x)2uv
∂v ∂x ∂v ∂y ∂v
∂g
= 4uv ey cos(x)−2u2 ey sen(x)
∂u
Quando u = 1 e v = 2 → x = u2 v = 2 e y = uv2 = 4.
Deste modo:
∂g 4 4
∂u
(1,2)= 2. 4 e cos(2)−4. 1.2 e sen(2)= 8e4 cos(2)−8e4 sen(2)
∂g 2
∂u
(1,2)= 4.1. 2 e4 cos(2)−2. 1 e4 sen(2)= 8 e4 cos(2)−2e4 sen(2)
TEOREMA 3
EXEMPLO 4:
Seja a função h(r, s, t)= sr2 + 2rst, na qual r = xz + 2yz , s = 3x2z e t = 2xy. Determine as
derivadas parciais da função h, em relação as variáveis x, y e z, para os valores de (x, y, z)
= (1, 0, 2).
SOLUÇÃO
Neste exemplo, as variáveis intermediárias serão r,s e t, enquanto as variáveis
independentes serão x, y e z.
∂h ∂h ∂h
= 2sr + 2st, = r2 + 2rt e = 2rs
∂r ∂s ∂t
Mas
∂r ∂r ∂r
= z, = 2z e = x + 2y
∂x ∂y ∂y
∂s ∂s ∂s
∂x
= 6xz, ∂y
=0e ∂z
= 3 x2
∂t ∂t ∂t
= 2y , = 2x e =0
∂x ∂y ∂z
Desta forma,
∂h ∂h ∂r ∂h ∂s ∂h ∂t
a) ∂x = + +
∂r ∂x ∂s ∂x ∂t ∂x
∂h
=(2rs + 2st)z +(r2 + 2rt) 6xz +(2rs) 2y
∂x
∂h
=(2rs + 2st) 2z +(r2 + 2rt) 0 +(2rs) 2x
∂y
∂h ∂h ∂r ∂h ∂s ∂h ∂t
c) ∂z = ∂r ∂z + ∂s ∂z + ∂t ∂z
∂h
=(2rs + 2st) (x + 2y) +(r2 + 2rt) 3x2 +(2rs) 0
∂z
∂h
(x, y, z)= 48 + 48 + 0 = 96
∂x
∂h
b) ∂y =(2.2. 6 + 2.6. 0). 2.2 +(2 + 2.2. 0) 0 +(2.2. 6)2.1
2
∂h
= 96 + 0 + 48 = 144
∂y
∂h
= 24 + 12 = 36
∂z
RESUMO DO MÓDULO 3
TEORIA NA PRÁTICA
Uma caixa com formato de um paralelepípedo retangular é feita de um material que
apresenta um custo de R$ 10,00 por m2. Sabendo que o comprimento da caixa cresce a
uma taxa de 2 m/s, a largura decresce a uma taxa de 1 m/s e a altura cresce a uma taxa de
3 m/s, determine a taxa de variação do custo de produção da caixa em relação ao tempo,
para quando comprimento(C) = 10 m, largura(L) = 5m e altura (A) = 2 m.
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
A) 0,5 A/s
B) -0,5 A/s
C) -1,5 A/s
D) 1,5 A/s
E) 2 A/s
2. SEJA A FUNÇÃO G(X, Y) = 4 COS(XY). SABE-SE QUE X = 4T2 E Y = T3.
USE A REGRA DA CADEIA E DETERMINE A TAXA DE VARIAÇÃO DA
FUNÇÃO G EM RELAÇÃO A T.
A) −80 sen(4t5 )
B) −40 t4 cos(t5 )
C) −80 t4 sen(4t5 )
A) 2r2 sen(2θ)
B) r2 cos(θ)B
C) 2r2 cos(2θ)
D) r2 sen(θ)
E) 4r3 cos(2θ)D
A) cos(10)
B) -10 sen(8)
C) 10 cos(8)
D) 10 sen(10)
E) -10 cos(10)
A) -1
B) 0
C) 1
D) 2
E) 3
GABARITO
dV
dt t I dRdtt
( )=
( )
+ R dIdtt
( )
→ −1 = 80.0,05 + 10 . dIdtt
( )
10 . dIdtt
( )
= −1 − 4 = −5 →
dI ( t )
dt As
= −0,5 /
2. Seja a função g(x, y) = 4 cos(xy). Sabe-se que x = 4t2 e y = t3. Use a regra da cadeia e
determine a taxa de variação da função g em relação a t.
dg ∂g dx(t) g dy(t)
dt ( x (t), y(t)) =
∂x dt +
∂
∂y dt
Temos:
dx(t)
x(t)= 4t 2
→
dt =8 t
dy(t)
y(t)= t 3
→
dt =3 t 2
g
g(x, y)= 4 cos(xy)→ ∂
∂x
= 4(−1) sen(xy)y = −4y sen(xy)
g
g(x, y)= 4 cos(xy)→ ∂
∂ x = 4(−1) sen(xy)x = −4x sen(xy)
Portanto
dg
dt (x(t), y(t))= −4y sen(xy) 8t + −4x sen(xy) 3t
2
Porém, x = 4t2 e y = t2
dg
dt (t)= −4t sen(4t t ) 8t − 4 4t sen(4t t ) 3t
3 2 3 2 2 3 2
dg
dt (t)= −32t sen(4t )−48 t sen(4t )= −80 t sen(4t )
4 5 4 5 4 5
3. Determine a derivada parcial da função g(x, y) = 2xy, em relação a variável θ, sabendo
que x(r, θ) = r cosθ e y(r, θ) = r senθ.
Mas
∂g ∂g
g(x, y)= 2xy → ∂x
= 2y e
∂y
= 2x
∂x
x(r, θ)= r cosθ → ∂θ
= −r senθ
∂y
y(r, θ)= r senθ → ∂θ
= r cosθ
Assim
∂g
= 2y(−r sen θ) + 2x (r cosθ)
∂θ
∂g
= 2 r sen θ(−r sen θ) + 2 r cos θ(r cosθ)
∂θ
∂g
= 2r2 (cos2 θ − sen2 θ)= 2r2 cos(2θ)
∂θ
Mas:
V = 16,6 PT = 16,6 T P 1
→
∂V = 16,6 T( P )
1
'
= 16,6 T (−1) P
1
=
−16,6 T
∂P 2
P 2
V = 16,6 PT = 16,6 P
1
T → ∂V
∂T
1
= 16,6 P ( ) = T ' 16,6
P
∂
∂
P
t = 0,04 kPa/s e ∂
∂
T
t = −0,1 K/s
Assim
dV T 0,04 +
P (−0,1)
−16,6 16,6
=
dt P 2
Portanto
dV =
−16,6. 600 0,04 +
16,6
(−0,1)= −0,637 − 0,066 = −0,703 l/s
dt ( 25 )
2 25
x u v w) = uv ,y(u, v, w) = wu e z(u, v, w) = wv .
fx y z
6. Seja a função ( , , ), na qual ( , ,
f f f
Determine o valor da expressão u u + v v + w w .
∂ ∂ ∂
∂ ∂ ∂
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A)
1
5
π m³/s
B) − 5 π m³/s
2
C) − 15 π m³/s
2
D)
2
15
π m³/s
E)
4
15
π m³/s
B) 2r sen2 θ + r2 cos3 θ
C) 2 cos2 θ + rsen3 θ
D) 8r3 sen4 θ
E) 3r2 cos3 θ
GABARITO
dV ∂V dr ∂V dh
Se V (r, h)= πr2 h usando a regra da cadeia, se tem
1
= +
3 dt ∂r dt ∂h dt
Para r = 2 m e h = 1 m
dV
dt
=
2
3
π. 1.2(−0,1)+ 13 π22 (0,2)= − 43 π 101 +
4
3
π 102 4
30
π= 2
15
π m³/s
Mas
∂g ∂g
g(x, y)= 2x2 + y 3 → ∂x
= 4x e
∂y
= 3y 2
∂x
x(r, θ)= r cosθ → ∂r
= cosθ
∂y
y(r, θ)= r senθ → ∂r
= senθ
Assim
∂g
= 4x cos θ + 3y 2 sen θ
∂r
∂g
= 4r cos2 θ + 3r2 sen3 θ
∂r
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Em algumas aplicações, se torna necessário obter a taxa de variação de uma função
escalar quando ocorre a variação das variáveis seguindo certa direção. Esta derivada é
denominada de derivada direcional e será determinada através do gradiente de uma
função escalar
DERIVADAS DIRECIONAIS
Certas práticas exigem a obtenção da taxa de variação de uma função escalar em
determinada direção/sentido. Essa taxa será denominada de derivação direcional da
função e dependerá do ponto analisado e do vetor que determina a direção/sentido
desejado.
ATENÇÃO
Dv f (x , y )= hlim f
0 0
→0
( x +ah,y +bh ) −f ( x ,y
0 0
h
0 0 )
Observe que se v ⃗(a, b) = (1, 0), a derivada direcional será a própria derivada parcial em
→
relação a variável x. E se v (a,b) = (0, 1), a derivada direcional será a própria derivada
→
Não iremos calcular a derivada direcional através de sua definição, ou melhor, através do
cálculo do limite. Para a determinação da derivada direcional, usaremos o teorema, a
seguir, por permitir seu cálculo pelo gradiente da função escalar f.
TEOREMA
Dv f (x, y)= ∇f (x, y). →v (a, b) = afx (x, y)+b fy (x, y)
Observe que o maior valor da derivada direcional será quando o vetor unitário tiver a
mesma direção e sentido que o ∇f, tendo o módulo desta derivada o valor do módulo do
∇f. Este fato comprova o que foi dito: que o gradiente da função é o vetor que representa
a maior taxa de variação da função.
A derivada direcional pode ser analisada como sendo a projeção do vetor gradiente sobre
EXEMPLO 1:
Determine a derivada direcional da função f(x, y) = 5x3 y + 5 na direção do vetor v (3, 4),
→
SOLUÇÃO
Observe que o vetor v (3, 4) não é um versor, ou seja, um vetor unitário. Assim,
→
∣ v ∣=
∣→ ∣ √3 + 4 = √9 + 16 = √25 = 5
2 2
v̂ = v
→
(3,4)=( , )
1 3 4
=
∣v
∣→∣
∣
5 5 5
∂f
= 5 x (y ) = 5 x
3 3
'
∂y
escalar f(x,y), isto é, com domínio no R2. Por exemplo, seja f(x, y) = 4x2y3, então
Vamos agora determinar as derivadas parciais de segunda ordem, ou, a derivada parcial
∂ fx
fx (x, y)= 8xy 3 →
∂x
= 8y 3
∂ fx
fx (x, y)= 8xy 3 →
∂y
= 24xy 2
∂ fx ∂f ∂2 f
∂x
=
∂
∂x
( ∂x
)= ∂x 2
= 8y 3 ou (fx )x = fxx = 8y 3
∂ fx ∂f ∂2 f
= ∂ y ( ∂ x )=
∂
∂y ∂y ∂x
= 24xy 2 ou (fx )y = fxy = 24 xy2
∂fy
fy (x, y)= 12x2 y2 → = 24 xy2
∂x
∂fy
fy (x, y)= 12x2 y2 → = 24x2 y
∂y
Usamos a notação
∂fy ∂ ∂f ∂2 f
∂x
= ∂x ( ∂y )= ∂x∂y
= 24 xy2 ou (fy )x = fyx = 24 xy2
∂fy ∂2 f
∂y
∂
= ∂y ( ∂y
∂f
)= ∂y2
= 24x2 y ou (fy )y = fyy = 24x2 y
ordem da função f(x, y). As funções fxx(x, y) , fxy(x, y), fyx(x, y) e fyy(x, y) são as derivadas
ATENÇÃO
É preciso cuidado com a notação utilizada, pois a ordem das variáveis na notação
determina a ordem da derivação.
∂2 f
∂x∂y
→ a função f foi derivada parcialmente, primeiro em relação a variável y e
depois em relação a variável x.
∂2 f
∂y∂x
→ a função f foi derivada parcialmente, primeiro em relação a variável x e
depois em relação a variável y.
COMENTÁRIO
Observe que, neste caso, a ordem da derivação parcial no índice aparece da esquerda
para a direita.
Como vimos no exemplo, a função f(x . y) tinha domínio no R2, assim possuía 4 derivadas
de segunda ordem, correspondendo a 2 variáveis vezes 2 variáveis.
Desse modo, se o domínio da função escalar for no Rn, ela possuirá n2 derivadas de
segunda ordem. Vamos ver o caso do R3, seja g(x, y, z): S ⊂ R3, as derivadas de segunda
ordem de g(x, y, z) serão nove:
∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g ∂2 g
∂x2 , ∂y∂x , ∂z∂x , ∂x∂y ∂y 2 , ∂z∂y , ∂x∂z , ∂y∂z e ∂z 2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO 2:
SOLUÇÃO
Inicialmente, precisamos obter as derivadas parciais de primeira ordem
∂h = 12x2 y − y 2 sen(x)
∂x
∂h
∂y = 4x3 y + 2y cos(x)
Agora iremos derivar parcialmente as derivadas parciais de primeira ordem para obter as
quatro derivadas parciais de segunda ordem.
∂ ∂h ∂2 h = 24xy − y 2 cos(x)
∂ x ( ∂ x )= ∂x 2
∂2 h = 12x2 − 2y sen(x)
∂ y ( ∂ x )=
∂ ∂h
∂y ∂x
∂
∂x
( ∂∂hy )= ∂2 h
∂x ∂y
= 12x2 y − 2y sen(x)
∂
∂y
( ∂∂hy )= ∂2 h
∂y 2
= 4x3 + 2 cos(x)
ATENÇÃO
EXEMPLO 3:
Seja a função f(x, y, z) = 2xez + 3x2y3z – 2 cos x. Determine as derivadas parciais de ordem
superior fxyz.
SOLUÇÃO
Como visto na teoria, a notação fxyz, representa uma derivada parcial de terceira ordem
∂f '
= 2ez (x) + 3y 3 z(x2 ) − 2(cosx) = 2ez + 3y 3 z 2x − 2(−senx)
' '
∂x
∂f
= 2ez + 6xy 3 z + 2senx
∂x
∂2 f ∂f
= ∂y ( ∂x )= (2ez ) + 6xz(y 3 ) + (2senx) = 0 + 6xz 3y 2 + 0 = 18xzy 2
∂ ' ' '
∂y ∂x
∂3 f ∂2 f
∂z ∂y ∂x
=
∂
∂z
( ∂y∂x )= 18xy 2 (z) '
= 18xy 2
Esta conclusão diminui o número de cálculo para obter as derivadas de ordem superior,
pois necessitaremos apenas fazer a conta uma vez para cada conjunto de derivadas
mistas.
RESUMO DO MÓDULO 4
TEORIA NA PRÁTICA
A temperatura em uma placa plana é dada pela equação T (x, y)= √x 2 + 2y 2 , que
RESOLUÇÃO
VEJA A SOLUÇÃO DA QUESTÃO NO VÍDEO A SEGUIR:
MÃO NA MASSA
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
A) 5
B) 9
C) -3
D) 2
E) 6
8
A) 5
12
B) 5
18
C) − 5
12
D) − 5
18
E) 5
B) 32e
C) 48e
D) 64e
E) 72e
E) 24x2 y sen(3z)
π
A) 8
π√2
B) 4
π√2
C) 2
π
D) − 8
π
E) − 2
GABARITO
1. A derivada de segunda ordem mista da função g(x,y) = (xy-2yx3+kxy4), com k real, no
ponto (1,1) vale 3. Determine o valor de k
∂g '
= y(x) − 2y(x3 ) + ky 4 (x) = y − 2y 3x2 + ky 4 y − 6yx2 + ky 4
' '
=
∂x
∂g
( )= ( y )
∂ ' ' ' 3
∂y ∂x
− 6x2 (y) + k(y 4 ) = 1 − 6x2 + k. 4y = 1 − 6x2 + 4ky 3
∂2 g 2 3
(1,1)= 1 − 6. 1 + 4. k. 1 = 1 − 6 + 4k = 3
∂y ∂x
4k = 3 + 5 = 8 → 4k = 8 → k = 2
3x2 y
2. Determine o valor da maior derivada direcional para a função g(x, y, z)= no ponto
z2
(x, y, z) = (1, 1, –1).
( )=(6,3, 6)
2 2
6.1.1 3.1 −6.1 .1
∇g(1,1, −1)= 2
, 2
, 3
(−1) (−1) (−1)
|∇g|= √6 + 3 + 6 = √81 = 9
2 2 2
∂f
3. Seja a função f(x, y) = 3x2 + 2xy. Determine a derivada direcional da função ∂x na
direção do vetor (–4, 3).
v
∣→ ∣=
∣ ∣
√(−4)2 + (3)2 = √16 + 9 = √25 = 5
Assim
v̂ = v
→
=
1
(−4,3)=(− 5 ,
4 3
)
∣v
∣→∣
∣
5 5
Dv = ∇f . v̂ =(6,2).(− 4
5
,
3
5
)= 6.(− 45 )+2. 35 =−
18
5
fxy y ex
2
2
4. Determine a soma das quatro derivadas de segunda ordem da função ( , )= 2
no ponto (1, 1)
f (x, y)= 2y ex
2
2
f
= 2y (ex ) = 2y 2xex = 4xy 2 ex
'
∂ 2 2 2 2 2
∂x
∂f
= 2ex (y 2 ) = 2ex 2y = 4yex
2 ' 2 2
∂y
∂ f ∂f
= ( )= 4y 2 (xex ) = 4y 2 (ex x 2x ex )= 4y (1 + 2x )ex
2 '
2 2 2 2
∂ 2 2
+
∂x ∂x2 ∂x
f ∂f
y ( ∂x )= 4xe (y ) xex 2y = 8xyex
∂2
=
∂ x 2 2 '
=4
2 2
∂y ∂x ∂
∂2 f ∂ f 2
f ∂ f
= ∂y∂x = 8xyex
∂2 2
2
∂x ∂y
∂ f ∂f
= ( )= 4 e x ( y ) ex
2
∂ 2 ' 2
=4
∂y ∂y
2
∂y
f
(1,1)= 4. 1 (1 + 2. 1 )e1 = 4.3. 3 = 12 e
∂2 2 2 2
∂x 2
∂ f
(1,1)= 4e1 = 4e
2
2
∂y 2
∂ f ∂ f
(1,1)= ∂y∂x (1,1)= 8.1. 1e1 = 8e
2 2
2
∂x ∂y
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEJA A FUNÇÃO f (x, y)= y 2 + 3xy. DETERMINE A DERIVADA
DIRECIONAL DA FUNÇÃO, NO PONTO (1, –1), NA DIREÇÃO DO VETOR (–3,
4).
11
A)
5
19
B) 5
3
C) 5
13
D) 5
17
E) 5
A) 2x(ln y + 1)
B) 2y(ln y − 1)
C) x(ln y − 1)
D) xy(ln y + 1)
E) 4x(ln y + 2)
GABARITO
1. Seja a função f (x, y)= y 2 + 3xy. Determine a derivada direcional da função, no ponto
(1, –1), na direção do vetor (–3, 4).
v
∣→ ∣=
∣ ∣
√(−3)2 + (4)2 = √16 + 9 = √25
Assim
v̂ = v
→
(−3,4)=(− 5 , )
1 3 4
=
∣→∣
∣ ∣ v 5 5
∂x
y ( x )= 2x(y ln y) = 2x(ln y + y. y )= 2x(ln y + 1)
∂ h∂ ' 1
∂ ∂
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito de função de várias variáveis, também
conhecida como função escalar, e suas derivadas.
-->
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo, Volume 1. 1 ed. Barcelona – Espanha: Editorial Reverte SA, 1985.
cap. 8, p. 243-281
GUIDORIZZI, H. L. Cálculo, Volume 2. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. cap. 8, p.147-162, cap.
12, p. 211-225, cap. 13, p. 245-273 e cap. 14, p. 274-287.
STEWART, J. Cálculo, Volume 2. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. cap. 14, p. 884-
977
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise na internet e nas
referências:
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de Integração Dupla.
PROPÓSITO
Definir a integral dupla e suas propriedades por meio das integrais simples iteradas em coordenadas cartesianas e em
coordenadas polares, bem como a integração dupla em alguns problemas de cálculo integral com duas variáveis.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora
de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
MÓDULO 1
Desejava-se obter a área entre uma função real f(x), isto é, de apenas uma variável real, e o eixo x, para um domínio
definido pelo intervalo [a,b], com a e b reais.
O primeiro passo foi a criação de uma partição P desse intervalo P= {u0, u1, ..., un}, que dividia [a,b] em n subintervalos
[ui − 1, ui], tal que a = u0 < u1 < ... < un − 1 < un =b.
Depois, em cada subintervalo [ui − 1, ui] da partição P, foi escolhido, arbitrariamente, um ponto pi. Assim, foi definida a
soma de Riemann de f(x) em relação à partição P e ao conjunto de pontos pi por meio da expressão:
N
∑ I = 1F ( PI ) ∆
Cada parcela f(pi)∆ui pode ser analisada com a área de um retângulo de base ∆ui e altura fpi. Portanto, podia-se cobrir
toda a área por um conjunto de retângulos correspondente a cada subintervalo da partição do domínio [a,b], conforme
mostra a Figura 1.
Dessa forma, a soma de Riemann foi vista como uma boa aproximação para o valor da área desejada.
Fonte: O autor
Figura 1
É óbvio que essa aproximação ficava cada vez melhor quando se diminuía a largura da base dos retângulos, por meio
do aumento do número de subintervalos da partição P. Quando esse número de retângulos tendia para infinito, tinha-se
a melhor aproximação.
∫ABF(X)DX=LIMN→∞∑I=1NFPI∆UI
A integral dupla será uma operação matemática definida para uma função escalar com domínio em um subconjunto do
R², isto é, dependendo de duas variáveis reais.
De forma análoga ao realizado no caso da função de uma variável com o intervalo [a,b], vamos definir uma partição P
para o retângulo R. A diferença, agora, é que essa partição é por área, envolvendo duas dimensões.
Seja P1:a≤x0<x1<…<xn=b eP2:c≤y0<y1<…<ym=d partições dos intervalos [a,b] e [c,d], respectivamente. As amplitudes
dos intervalos serão definidas por ∆xi e ∆yj.
Para esse caso, a partição P determinará m.n retângulos, cada qual definido por:
Considere, agora, um conjunto S ⊂ R². O conjunto S será limitado se existir um retângulo R, tal que todo S está contido
nesse retângulo, isto é, S ⊂ R.
ATENÇÃO
Agora já podemos utilizar procedimentos semelhantes e definir a soma dupla de Riemann para a função escalar com
domínio no R². Seja a função escalar f(x,y) com domínio no conjunto S ⊂ R², com S limitado. Assim, existirá um
retângulo R, tal que S está totalmente contido em R.
Seja a partição P do retângulo R, isto é, P={(xi,yj )/ 0≤i≤n e 0≤j≤m}, com i e j inteiros. Para cada sub-retângulo Rij da
Por exemplo, na Figura 3 a seguir, o ponto p11 está contido em S, existindo, portanto f(p11). No entanto, o ponto p34, não
Fonte: O autor
Figura 3
pela expressão:
∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ
Se o valor de fpij≥0, a parcela fpij∆xi∆yj pode ser interpretada como o volume do paralelepípedo de base no retângulo Rij
e alturafpij, conforme mostra a figura 4. Caso o valor de fpij<0, a parcela representará o volume do paralelepípedo
multiplicado por (– 1).
ATENÇÃO
Repare que, como os pontos que não pertencem a S tem valor de função zero, as parcelas do somatório referentes a
eles serão nulas. Portanto, a soma dupla de Riemann em S será igual à soma dupla de Riemann em R.
Se f(x,y) ≥ 0 para todos os pontos do seu domínio S, a soma dupla de Riemann pode ser considerada uma aproximação
do volume do sólido formado entre o gráfico da função z = f(x,y) e o plano xy, para a região S definida pelo seu domínio.
Para o caso de se ter, em alguns pontos, f(x,y) < 0, a soma dupla de Riemann será a aproximação da diferença entre (o
volume do sólido formado por f(x,y) acima do plano xy) e (o volume do sólido formado por f(x,y) abaixo do plano xy).
COMENTÁRIO
É obvio que, quanto menor for a base dos paralelepípedos definidos na partição ou quanto maior for o número deles (n e
m tendendo a infinito), melhor será a aproximação do volume do sólido pela soma de Riemann.
Portanto, a integral dupla da função f(x,y) na região S será definida por um limite da soma dupla de Riemann:
∬SFX,YDXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ
em que ∆ → 0 representa que todas as amplitudes de ∆xi e ∆yj tendem para zero.
Se o limite existir, então a função f será integrável em S, e o valor da integral dupla será o valor obtido pelo cálculo do
limite.
De forma similar, f(x,y) será denominada de integrando, e a integral dupla terá um limite inferior e superior de integração
para cada uma das integrais.
EXEMPLO 1
SOLUÇÃO
∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ
∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ
∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ=3∑I=0N∑J=0M∆XI∆YJ=3∑I=0N∆XI∑J=0M∆YJ
Assim:
3∑I=0N∆XI∑J=0M∆YJ=3B-AD-C=3.2-0.3-0=18
∬S3DXDY=LIM∆→0∑I=0N∑J=0M3∆XI∆YJ=LIM∆→018=18
1)
∬SF(X,Y)±G(X,Y)DXDY=∬SF(X,Y)DXDY±∬SG(X,Y)DXDY
2)
∬SKF(X,Y)DXDY=K∬SF(X,Y)DXDY
3) Se f(x,y) ≥ 0 em S:
∬SF(X,Y)DXDY≥0
ATENÇÃO
Pode-se utilizar a mesma analogia para f(x,y) ≤ 0, f(x,y) > 0 e f(x,y) < 0.
4) Se f(x,y) ≥ g(x,y) em S:
∬SF(X,Y)DXDY≥∬SG(X,Y)DXDY
Obs.: Pode-se usar a mesma analogia para f(x,y) ≤ g(x,y), f(x,y) > g(x,y) e f(x,y) < g(x,y)
∬SF(X,Y)DXDY=∬S1F(X,Y)DXDY+∬S2F(X,Y)DXDY
Para o caso da integral dupla, o cálculo do limite da soma dupla de Riemann é ainda mais complicado. Desse modo,
buscaremos uma alternativa mais simples.
A SOLUÇÃO SERÁ CALCULAR A INTEGRAL DUPLA POR MEIO DE DUAS
INTEGRAIS SIMPLES, QUE SERÃO DENOMINADAS DE INTEGRAIS ITERADAS,
COM PROCEDIMENTO DEFINIDO PELO TEOREMA DE FUBINI E SEUS
COROLÁRIOS.
TEOREMA DE FUBINI
O Teorema de Fubini não será demonstrado neste Tema, mas daremos uma interpretação geométrica para o caso
de f(x,y) positivo que justificará a sua validade.
Seja f(x,y) uma função escalar, integrável, definida em S ⊂ R2. O conjunto S é um retângulo definido por
Mantendo a variável y fixa, podemos integrar parcialmente f(x,y) em relação a variável x pela expressão:
AY=∫ABFX,YDX, Y∈C,D
ATENÇÃO
A integração apresentada segue a mesma lógica da derivada parcial, isto é, integra-se em x, mantendo a variável y
constante.
Para cada valor fixo de y, dentro do intervalo [c,d], por exemplo y0 , obteremos uma função A(y0). Para o caso de f(x,y0)
≥ 0, essa função pode ser interpretada como a área entre o gráfico da função f(x,y0) e o plano xy.
Podemos, então, enxergar o cálculo do volume do sólido entre f(x,y) e o plano xy por meio da soma de vários prismas
com base dada por A(y) e a altura dada por dy, para c ≤ y ≤ d.
Portanto:
∬SFX,YDXDY=∫CDAYDY=∫CD∫ABFX,YDXDY
A integral ao lado direito da expressão apresentada é denominada integral iterada. Esse nome se deve ao fato de que,
primeiro, integramos parcialmente em relação a uma variável e, depois, integraremos em relação a outra. O uso ou não
dos colchetes separando as integrais é opcional.
Vamos, agora, enunciar o Teorema de Fubini após ter visto uma justificativa de sua validade.
TEOREMA DE FUBINI
Suponha que ∫abfx,ydx exista para todo c ≤ y ≤ d e que ∫cdfx,ydy exista para todo a ≤ x ≤ b, então:
∬SFX,YDXDY=∫CD∫ABFX,YDXDY=∫AB∫CDFX,YDYDX
Observe que, para esse caso, tanto faz integrar parcialmente em relação à variável x e depois y, ou vice-versa. Em
certos casos, a escolha da ordem de integração pode simplificar ou complicar o cálculo da integral.
Pode ser provado que, para o caso de se ter f(x,y) = g(x)h(y), a integral dupla para quando os limites são numéricos
pode ser analisada como um produto de duas integrais simples.
∬SFX,YDXDY=∫CD∫ABGXH(Y)DXDY=∫ABGXDX∫CDHYDY
Por exemplo:
∫CD∫AB8 XY2DXDY=∫AB8XDX∫CDY2DY
Por fim, como a integral dupla será calculada com a determinação de duas integrais simples, é importante relembramos
as integrais simples imediatas e os métodos de integração estudados no cálculo de uma variável.
EXEMPLO 2
SOLUÇÃO
Usando as integrais iteradas:
∬S2X2+3YDXDY=∫04∫132X2+3YDXDY
ou
∬S2X2+3YDXDY=∫13∫042X2+3Y DYDX
Escolheremos a segunda, mas você pode realizar a primeira como exercício e verificar o mesmo resultado.
∬S2X2+3YDXDY=∫13∫042X2+3Y DYDX
Vamos integrar parcialmente ∫042x2+3ydyy em relação à variável y, mantendo x constante. Lembremos da regra de
integração:
Então:
AX=∫042X2+3YDX=2X2Y04+3 12Y204=2X24-0+3242-02=8X2+24
Portanto:
∬S2X2+3YDXDY=∫138X2+24DX
∫138X2+24DX=83X313+24X13=8333-13+243-1
∬S2X2+3YDXDY=83.26+24.2=2083+48=3523
EXEMPLO 3
Calcule o volume do sólido formado por todos os pontos (x,y,z), tais que 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ 2e e 0 ≤ z ≤ ln(xy).
SOLUÇÃO
Repare que o exercício está pedindo o cálculo do volume entre o gráfico de uma função z = f(x,y) e o plano xy. Observe
que f(x,y) ≥ 0 para todo seu domínio 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ e.
∬SLN(XY)DXDY=∫1E∫12ELNXYDY DX=∫12E∫1ELNXYDX DY
Assim:
∫1ELNX DX=(ELNE-1LN1)-E-1=E-0-E+1=1
Dessa forma
∫1ELNXYDX =1+E-1LNY
Retornando:
∬SLN(XY)DXDY=∫12E1+E-1LNY DY
a) ∫12edy=y12e=2e-1
No entanto:
LN2E=LN2+LNE=LN2+1
E-1(2ELN2E-2E+1)=(E-1)(2ELN2+2E-2E+1)=(E-1)(2ELN2+1)
Finalmente:
∬SLN(XY)DXDY=∫12E1+E-1LNY DY=2E-1+E-12ELN2+1
∬SLN(XY)DXDY=2E-1+2E2LN2+E-2ELN2-1=3E-2+2E2LN2-2ELN2
Até o momento, aplicamos o Teorema de Fubini para quando o domínio é um retângulo. Vejamos, agora, um corolário
desse teorema que permite calcular a integral dupla para qualquer domínio fechado de f(x,y).
Veremos que a única diferença em relação ao caso anterior é que, neste, os limites de integração da variável y
dependerão da variável x, ou vice-versa. A consequência disso é que não teremos mais a liberdade de escolher a ordem
das integrações.
Seja o conjunto
S=X,Y ∈R2/ A≤X≤B E C(X)≤Y≤D(X)
Então:
∬SFX,YDXDY=∫AB∫C(X)D(X)FX,YDYDX
Observe que, como a variação de y depende de x, obrigatoriamente a integração parcial em relação à variável y deve
ser realizada primeiro.
Seja o conjunto
Então:
∬SFX,YDXDY=∫CD∫A(Y)B(Y)FX,YDXDY
De forma contrária, nesse caso, como a variação de x depende da variável y, a integração parcial em relação a x deve
ser feita primeiramente.
EXEMPLO 4:
SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo já resolvido para essa função, não estamos mais integrando em um retângulo,
mais, sim, em uma região, como mostra a Figura 6:
Fonte: O autor
Figura 6
ATENÇÃO
Como os limites da variável y dependerão de x, a integral parcial em y deve ser feita em primeiro lugar, uma vez que,
para um x fixo, a variável y irá variar de 0 até x.
∬S2X2+3YDXDY=∫01∫0X2X2+3YDYDX
AX=∫0X2X2+3YDX=2X2Y0X+3 12Y20X=2X2X-0+32X2-02=2X3+32X2
Portanto:
∬S2X2+3YDXDY=∫012X3+32X2DX
∫012X3+32X2DX=24X401+32.13X301=1214-04+1213-03=12+12=1
É óbvio que a região S poderia ser analisada de outra forma, escolhendo um valor de y e fazendo x variar entre 0 e y.
Assim, a integral também poderia ser resolvida como:
∬S2X2+3YDXDY=∫01∫Y12X2+3YDXDY
Só que, para esse caso, a integral parcial em relação à variável x deve ser feita primeiramente. Essa segunda solução
ficará como exercício para se verificar o mesmo resultado do anterior.
ATENÇÃO
É preciso que as integrais sejam sempre separadas em regiões onde a dependência de uma variável em relação à outra
seja igual. Veja o caso representado na Figura 7 para um domínio S
Fonte: o Autor
Figura 7
Repare que a variação de y em relação a x tem uma composição para a ≤ x ≤ b e outra para b ≤ x ≤ c. Dessa forma:
∬SF(X,Y)DXDY=∫AB∫C1(X)D1(X)FX,YDYDX+∫BC∫C2(X)D2(X)FX,YDYDX
EXEMPLO 5
SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo anterior, devemos dividir o intervalo de integração em razão de a dependência
da variação de y em relação a x ser diferente para cada intervalo.
∬S2X2+3YDXDY=∫01∫0X2X2+3YDYDX+∫12∫042X2+3YDYDX
∫042X2+3YDY=2X2Y04+3 12Y204=2X24-0+3242-02=8X2+24
Portanto:
∫12∫042X2+3YDYDX=∫128X2+24DX
∫128X2+24DX=83X312+24X12=8323-13+242-1=643+48
∬S2X2+3YDXDY=1+643+48=2113
RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Use a integração dupla para determinar o volume de um cilindro de raio de 3 cm e altura de 10 cm.
SOLUÇÃO
A) 30 + 122
B) 152
C) 40
D) 54
E) 753
A) 1+2π
B) 1-2π
C) 2π
D) 2π
E) 4-2π
A) -6415
B) -1285
C) -12815
D) -645
E) -25615
A) ln 2
B) ln 4
C) ln 8
D) (ln 4)²
E) (ln 2)²
A) 27
B) 54
C) 76
D) 81
E) 98
A) 2893
B) 2896
C) 3896
D) 5896
E) 5893
GABARITO
Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem.
Assim:
Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem.
∫01∫0π/2u senuvdv du
∫0π/2u senuvdv=-cosπ2u+cos0=1-cosπ2u
Assim:
∫011-cosπ2udu=∫01du-∫01cosπ2udu=u01-2πsenπ2u01
∫011-cosπ2udu=1-0-2πsenπ2-sen0=1-2π
∬Shu,vdudv=∫02∫2v4uv2dudv
A variação de u depende da variável v, de modo que devemos realizar a integral em relação a u primeiramente:
∫2v4uv2du=4v2∫2vudu=4v2 12u22v=2v2v2-22=2v4-8v2
Assim:
∬Shu,vdudv=645-643=-12815
A variação de x depende da variável y, de forma que devemos realizar a integral em relação a x primeiramente:
u=lny→du= 1y
Assim 2y lny=2u du
Para y = 1 → u = ln 1 = 0 e y = 2 → u = ln 2
5. Determine ∬Rgx,ydxdy, em que g(x,y) = x + 2y e R é um paralelogramo de vértices (0,0), (3,0), (2,2) e (5,2).
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DETERMINE O VALOR DE
∫01∫02(2YX+3X2) DYDX
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
A) 12
B) 14
C) 16
D) 23
E) 32
GABARITO
1. Determine o valor de
∫01∫02(2yx+3x2) dydx
Como os limites de integração não dependem entre si, podemos integrar em qualquer ordem. Integraremos parcialmente
em relação ao y, mantendo a variável x constante:
Assim:
2. Determine o valor de ∬S4xy dx em que S é a região delimitada pela reta y = x e a parábola y = x², para x entre
[0,1].
Observe que, para x entre [o,1], a reta y = x sempre dará valores superiores do que a parábola y = x²
∫01∫x2x4xy dy dx
Assim:
∫01∫x2x4xy dy dx=∫012x3-2x5dx=214x401-216x601
∫01∫x2x4xy dy dx=1214-1316=12-13=16
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Em alguns problemas, devido à sua simetria, pode ficar mais fácil resolver a integral dupla transformando o integrando
para sua forma polar.
Este módulo apresentará o cálculo da integral dupla por meio de sua forma polar.
O ângulo que a reta OP faz com o eixo polar, representada por θ, medido no sentido anti-horário.
Fonte: O autor
Figura 08
A relação entre o sistema cartesiano (x,y) e polar (ρ,θ) será dado pelas equações:
Ρ=X2+Y2TG Θ=YX
Imaginemos, agora, a situação em que desejamos calcular a integral dupla ∬Sfx,ydxdy, na qual a região S pode ser
mais facilmente representada por sua equação polar do que sua equação retangular.
O desejo é obter os limites e integração determinados pelas variáveis polares ρ e θ. Assim, as partições da região S não
poderiam mais serem feitas na forma de retângulos que possuem áreas do tipo ∆x∆y , mas sim de retângulos polares,
que serão definidos por ∆ρ e ∆θ.
RIJ=ΡI,ΘJ/ΡI-1≤Ρ≤ΡI E ΘJ-1≤Θ≤ΘJ
Fonte: o Autor
Figura 09
A área desse retângulo polar pode ser calculada pela subtração de dois setores circulares:
∆AIJ=12ΡI2∆ΘI-12ΡI-12∆ΘI=12∆ΘI(ΡI2-ΡI-12)
Mas
ΡI2-ΡI-12=ΡI+ΡI-1ΡI-ΡI-1=ΡI+ΡI-1∆ΡI
Como vamos trabalhar com retângulo polares muito pequenos, pois faremos, posteriormente, o número de retângulo
tendendo a infinito ρi≈ρi-1→ρi+ρi-1=2ρi)
Assim
∆AIJ=12ΡI2∆ΘI-12ΡI-12∆ΘI=12∆ΘIΡI+ΡI-1∆ΡI=12∆ΘI2ΡI∆ΡI=ΡI∆ΘI∆ΡI
No caso das coordenadas retangulares, a área de Rij era dada por ∆xi∆yi e deduzimos a soma dupla de Riemann como:
∑I=0N∑J=0MFPIJ∆XI∆YJ=∑I=0N∑J=0MFXPI,YPI∆AIJ
Para cada um desses sub-retângulos, será escolhido, arbitrariamente, um ponto pij, com coordenadas polares ρpi,θpj.
∑I=0N∑J=0MFXPI,YPJ∆AIJ=∑I=0N∑J=0MFΡPICOSΘPJ,ΡPISENΘPJΡI∆ΘI∆ΡI
Caso não fosse colocado o fator de correção ρ, os limites de integração em relação a ρ e θ não representariam uma
região de forma polar, mas, sim, um retângulo normal, não representando corretamente a região S.
RESUMINDO
Seja f(x,y) integrável no retângulo polar definido por a≤ρ≤b e α ≤ θ ≤ β, com β- α menor do que uma volta completa, isto
é, β- α ≤ 2π. Então:
Para o caso de as variações angulares de θ dependerem da variável radial ρ, ou vice-versa, deve ser usado os
corolários do Teorema de Fubini para determinar a ordem de integração.
EXEMPLO 1
SOLUÇÃO
No item Teoria na Prática do Módulo 1, resolvemos esse exercício por meio de coordenadas retangulares, solucionando
a integral dupla:
No entanto, se observarmos o domínio S utilizado: x2 + y2 = 9, pela sua simetria, poderia ser representado pela curva
polar ρ = 3, com 0 ≤ θ ≤ 2π.
Desse modo:
∬SF(X,Y)DXDY=∫02Π∫0310 ΡDΡDΘ
Como os limites são números, podemos resolver a integrais iteradas em qualquer ordem, inicialmente, resolvendo em
relação à variável ρ:
Assim:
∬SF(X,Y)DXDY=∫02Π45 DΘ=45 Θ02Π=452Π-0=90Π CM3
DICA
Compare as duas soluções e veja como foi muito mais rápido pelo uso das coordenadas polares.
EXEMPLO 2
S=X,Y∈R2/X2+Y2≤1 E Y≥0
SOLUÇÃO
A superfície S é uma semicircunferência de raio 1.
Como x2+y2=ρ2, em coordenadas polares, esta terá uma equação ρ = 1, com 0 ≤ θ ≤ π. O valor de θ foi limitado a π,
pois é apenas metade da circunferência e não ela inteira.
Então:
Então:
∫01COSΡ2 ΡDΡDΘ=∫01ΠΡ COSΡ2DΡ
ATENÇÃO
∫0Π∫01COSΡ2 DΡDΘ
isto é, sem colocar o fator ρ, não estaríamos integrando em relação a um semicírculo de raio 1, mas sim em relação a
um retângulo de lados (π - 0 = π) e lado (1 – 0 = 1). Não sendo isso o que foi pedido no problema.
EXEMPLO 3
Determine o valor da integral ∬S4 ρdρdθ, em que S é uma região definida por
SOLUÇÃO
∫-Π4Π4∫02COSΘ4 ΡDΡDΘ
Assim
∫-Π4Π4∫02COSΘ4 ΡDΡDΘ=21+1+4Π4+Π4=4+2Π
Este módulo apresentou apenas o caso das coordenadas polares. A análise também poderia ter sido feita com a
obtenção da expressão geral para mudança de variável em uma integral dupla, sendo a mudança de coordenadas
retangulares para polares um caso particular dessa expressão geral.
DICA
As mudanças gerais não serão abordadas neste Tema, mas podem ser estudadas em nossa bibliografia de referência.
RESUMO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
Um reservatório de água tem a forma de um paraboloide de concavidade para baixo. Sua forma pode ser modelada por
meio de um sólido formado entre o paraboloide de equação z = 4 – x2 – y2 e o plano z = 0. Determine o volume desse
reservatório.
RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:
MÃO NA MASSA
A) ∫02∫-12-12x212-12x22x2y dy dx
B) ∫-11∫-12-12y212-12y24xy dy dx
C) ∫-21∫-1-2x21-2x2(x+y) dx dy
D) ∫01∫-12-12y212-12y2x2y dx dy
E) ∫01∫01-2x2(2x+y) dx dy
3. DETERMINE
∫04∫04-X2X2+2Y2DY DX
A) π
B) 2π
C) 3π
D) 4π
E) 5π
A) 4π
B) 8π
C) 24π
D) 54π
E) 72π
5. A ÁREA DE UMA REGIÃO R PODE SER DETERMINADA PELA INTEGRAL DUPLA ∬RDXDY.
SEJA R A REGIÃO DEFINIDA POR -Π8≤Θ≤Π8 E ≤Ρ≤COS4Θ, MARQUE A ALTERNATIVA QUE
APRESENTA O VALOR DE SUA ÁREA.
A) π6
B) π64
C) π8
D) π32
E) π16
6. DETERMINE A INTEGRAL
∬R2(X2+Y2)DXDY
B) 2π
C) 3π
D) 4π
E) 5π
GABARITO
1. Marque a alternativa que representa corretamente a integral ∬S2xy dxdy, , em que S é uma semicoroa circular
limitada pelas equações x² + y² = 1 e x² +y² = 4 com y ≥ 0.
Por fim, f(x,y) = 2xy → f(ρ,θ) = 2ρ cosθ ρ senθ = 2ρ² cosθ senθ = ρ² sen(2θ).
Portanto
2. Marque a alternativa que permite calcular a integral ∫0π∫011+cos2θ12ρ4sen2θcosθdρ dθ por meio de sua forma
retangular.
3. Determine
∫04∫04-x2x2+2y2dy dx
Ao se analisar a região coberta pelos limites de integração, verifica-se que 0≤x≤4 e 0≤y≤4-x2.
Passando para coordenadas polares, a região será representada por ρ² = 4 → ρ = 2, com o valor de 0≤θ≤π2
Portanto:
∫04∫04-x2x2+2y2dy dx=∫0π2∫02ρ2(1+sen2θ)ρdρdθ
Mas
∫0π2∫02ρ2(1+sen2θ)ρdρdθ=∫02ρ3dρ∫0π2(1+sen2θ)dθ
* ∫02ρ3dρ=14ρ402=164=4
* ∫0π2(1+sen2θ)dθ=∫0π2dθ+∫0π2 sen2θdθ
∫0π2(1+sen2θ)dθ=∫0π2dθ+∫0π212-12cos2θdθ=32∫0π2dθ-12∫0π2cos2θdθ
Verificando o enunciado, o sólido é definido entre um disco do plano xy e um paraboloide centrado na origem de
concavidade para cima, conforme indica a figura a seguir:
Fonte: O autor
Figura 10
Para calcular o volume do sólido, podemos considerar que o paraboloide é definido pela função z = f(x,y) = x² + y², de
modo que o volume entre o gráfico e o plano é obtido pela integral dupla:
∬Dx2+y2dxdy
em que D é o disco dado pela equação x²+ y² = 4, que é um disco centrado na origem de raio 2.
fx,y=x2+y2→fρ,θ=ρ2
A região de integração, o disco de raio 2. Podemos considerar, em coordenadas polares, o seguinte limite de integração:
0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ ρ ≤ 2. Assim:
∬Dx2+y2dxdy=∫02π∫02ρ2 ρdρdθ
5. A área de uma região R pode ser determinada pela integral dupla ∬Rdxdy. Seja R a região definida por
-π8≤θ≤π8 e ≤ρ≤cos4θ, marque a alternativa que apresenta o valor de sua área.
A=∬Rdxdy=∬Rpρdρdθ
Assim:
A=∫-π8π8∫0cos4θρ dρdθ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
∫0cos4θρ dρ=12ρ20cos4θ=12cos24θ
cos24θ=12+12cos8θ
Assim:
A=∫-π8π8∫0cos4θρ dρdθ=14π8--π8+132senπ-sen-π=14.π4=π16
6. Determine a integral
∬R2(x2+y2)dxdy
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 3π8
B) 3π4
C) π4
D) 3π5
E) 3π2
2. A ÁREA DE UMA REGIÃO R PODE SER DETERMINADA PELA INTEGRAL DUPLA ∬RDXDY.
ESTABELEÇA A ÁREA DE UMA PÉTALA DE UMA ROSÁCEA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO
-Π4≤Θ≤Π4 E ≤Ρ≤COS2Θ, MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O VALOR DE SUA
ÁREA.
A) π6
B) π4
C) 2π3
D) π8
E) π2
GABARITO
∬S2x2+y2dy dx
Portanto:
∬S2x2+y2dy dx=∫02π∫01ρ2(1+cos2θ)ρdρdθ
Mas
∫02π∫01ρ2(1+cos2θ)ρdρdθ=∫01ρ3dρ∫02π(1+cos2θ)dθ
* ∫01ρ3dρ=14ρ401=14
* ∫02π(1+cos2θ)dθ=∫02πdθ+∫02π cos2θdθ
∫02π(1+cos2θ)dθ=∫02πdθ+∫02π12+12cos2θdθ=32∫02πdθ+12∫02πcos2θdθ
2. A área de uma região R pode ser determinada pela integral dupla ∬Rdxdy. Estabeleça a área de uma pétala de
uma rosácea definida pela equação -π4≤θ≤π4 e ≤ρ≤cos2θ, marque a alternativa que apresenta o valor de sua
área.
A=∬Rdxdy=∬Rpρdρdθ
Assim:
A=∫-π4π4∫0cos2θρ dρdθ
∫0cos2θρ dρ=12ρ20cos2θ=12cos22θ
cos22θ=12+12cos4θ
Assim:
A=∫-π4π4∫0cos3θρ dρdθ=14π4--π4+116senπ-sen-π=14.π2=π8
INTRODUÇÃO
Existem várias aplicações no cálculo diferencial e integral com duas variáveis em que a ferramenta da integração dupla
é usada. Entre tais aplicações, podemos citar: cálculo de área de superfície, densidades superficiais, momentos e centro
de massa.
Este módulo apresentará algumas dessas aplicações na resolução de alguns problemas de cálculo.
Foi visto que ∬Sfx,ydxdy representa o volume entre a função f(x,y) e o plano xy. Esse volume foi obtido dividindo-se o
domínio da função em retângulos com dimensões que tendiam a zero, desse modo, aproximando-se o volume por uma
soma de paralelepípedos com base dxdy e altura f(x,y).
Se fizermos o valor de f(x,y) = 1, o volume se converte apenas à área da base. Como estamos integrando em S, a área
do conjunto de pontos que compões a região S.
ÁREA S=∬SDS=∬SDXDY
EXEMPLO 1
Fonte: O autor
Figura 11
Assim:
ÁREA S=∬SDS=∫02∫0EXDY DX
Como o limite da variável y depende da variável x, a integral parcial em y deve ser resolvida primeiramente:
∫0EXDY =Y0EX=EX
ÁREA S=∫02EXDX=EX02=E2-E0=E2-1
Vamos, agora, repetir a solução do exercício analisando a área S contendo uma variação de x dependendo da variável y.
COMENTÁRIO
A resolução da integral por esse caminho é mais complexa do que a primeira solução, mas serve como exercício para
fixar o conteúdo. Esse é um bom exemplo de que, às vezes, a ordem escolhida para integração pode simplificar ou
complicar a resolução de um problema.
Lembre-se de que, se y = ex → x = ln y
Para região S2
ÁREA S2=∬S2DS=∫1E2∫LNY2DX DY
Resolvendo a integral em x:
∫LNY2DX =XLNY2=2-LNY
Assim:
A primeira parcela
∫1E22DY=2Y1E2=2E2-2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para a segunda parcela, já foi calculado, neste tema, o valor da integral por meio da integração por partes
Portanto:
A ÁREA S2=2E2-2-(E2+1)=E2-3
EXEMPLO 2
SOLUÇÃO
Para esse caso, pela simetria de S, é mais fácil usarmos as coordenadas polares. Assim, a região S será dada por ρ = 2
e 0 ≤ θ ≤ 2π.
Portanto:
Portanto:
ÁREA S=∬SΡ DΡDΘ=∫02∫02ΠΡDΘDΡ
Lembremos do conceito que estabelece que δ é a razão entre a massa e a área da superfície, de modo que:
Δ=LIM∆S→0∆M∆S=DMDS(KG/M²)
Se a massa se dividir igualmente em toda superfície, então δ será constante, e a massa pode ser obtida multiplicando-se
δ pela área. Entretanto, quando a superfície não é homogênea, tendo densidade superficial de massa diferente em cada
ponto, devemos usar a integração dupla para obter a massa.
Δ=DMDS→DM=ΔDS
Então:
MASSA S= ∬SΔX,YDXDY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Foi dado um exemplo de aplicação para densidade superficial de massa, mas ele pode ser estendido para várias
grandezas estudadas na Física, por exemplo, densidade superficial de carga, densidade superficial de corrente etc. Em
todos os casos, o valor da grandeza será obtido pelo cálculo de uma integral dupla similar à utilizada para calcular a
massa.
A Física também nos ensina que o centro de massa de um objeto plano pode ser obtido pela divisão do momento pela
massa total. Para um objeto com densidade superficial e massa dada por δ(x,y), as coordenadas do centro de massa
podem ser obtidas pelas expressões:
X-=∬SXΔX,YDXDYM E Y-=∬SYΔX,YDXDYM
Em que:
M= ∬SΔX,YDXDY
EXEMPLO 3
Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Este triângulo possui vértices nos pontos (0,0),
(3,0) e (0,4). Determine a massa e o centro de massa da chapa, sabendo que
δ = 5 kg/m²
SOLUÇÃO
Se tem uma chapa homogênea, m = δ Área.
Para sabermos os limites de integração, necessitamos da equação da reta que une os vértices (3,0) e (4,0), uma vez
que, fixando o valor de x, a variável y irá variar de zero até essa reta (hipotenusa do triângulo).
A geometria analítica nos ensina que a equação da reta poderá ser tirada através do determinante:
XY1301041=0→12-4X-3Y=0→Y=4-43X
i) 0≤x≤4 e 4-43x
ou
X-=16∬SX DXDY=16∫04∫04-43XXDYDX
Resolvendo a integral em y:
Assim:
Continuando:
Y-=∬SYΔX,YDXDYM=16∬SY DXDY
Já calculamos os limites de integração, mas usaremos a segunda configuração para esse caso:
Y-=16∬SY DXDY=16∫03∫03-34YYDX DY
Resolvendo a integral em x:
Assim
EXEMPLO 4
Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Esse triângulo possui vértices nos pontos (0,0),
(3,0) e (0,4). Determine a massa e o centro de massa da chapa sabendo que
δ(x,y) = (1 + x + y) kg/m²
SOLUÇÃO
Nesse caso, a chapa é não homogênea, de forma que:
M= ∬SΔX,YDXDY
Resolvendo a integral em y:
=4-43x+4x-43x2+8-163x+89x2=12-83x-49x2
Assim:
X-=∬SXΔX,YDXDYM=1M∬S1+X+YX DXDY
X-=1M∬S(1+X+Y)X DXDY=1M∫04∫04-43XX+X2+XYDYDX
Resolvendo a integral em y:
=4X-43X2+4X2-43X3+8X-163X2+83X3=12X-83X2-49X3
Assim:
x-=1m∬S(1+x+y)x dxdy=146427323=27464.323=1819
Continuando:
Y-=∬SYΔX,YDXDYM=1M∬S1+X+Y Y DXDY
Y-=1M∬S(Y+XY+Y2) DXDY=1M∫03∫03-34Y(Y+XY+Y2)DXDY
Resolvendo a integral em x:
∫03-34y(y+xy+y2)dx=y+y2x03-34y+y 12x203-34y=y+y23-34y+y23-34y2
=3y-34y2+3y2-34y3+92y-94y2+932y3=152y-1532y3
∫03152y-1532y3dy= 15212y203-153214y403=1354-1215128=3105128
Considere uma partícula pontual de massa m. O momento de inércia dessa partícula em torno de um eixo é dado por
Vamos, agora, considerar um objeto no plano com massa dada por sua densidade superficial de massa δ(x,y). Esse
objeto está definido por uma área dada por S. Estamos interessados em calcular o momento de inércia do objeto em
relação ao eixo x e ao eixo y.
Dividiremos o objeto em partículas pontuais de massa dm, localizada em um ponto (x,y). Dessa forma, o momento de
inércia em relação ao eixo x será dado por y2dm, do mesmo modo que em relação ao eixo x, será de x2dm.
Se somarmos os momentos de inércia de todas as partículas que compõem o objeto, obteremos o momento de inércia
do corpo desejado. Devemos lembrar que dm = δ dS
Assim:
IX=∬SY2DM=∬SY2Δ(X,Y)DS
IY=∬SX2DM=∬SX2Δ(X,Y)DS
Também podemos calcular o momento de inércia referente a origem, lembrando que a distância de um ponto (x,y) para
origem é dada por x2+y2. Assim, o momento de inércia em torno da origem é dado por:
IO=∬S(X2+Y2)DM=∬S(X2+Y2)Δ(X,Y)DS
EXEMPLO 5
Determine o momento de inércia em torno da origem para o disco de 2 cm de raio e centro na origem, que apresenta
densidade superficial de massa de 4 kg/m².
SOLUÇÃO
IO=∬S(X2+Y2)Δ(X,Y)DS
IO=∬SΡ2ΔΡ,Θ ΡDΡDΘ
Resolvendo a integral em θ:
4∫02ΠΡ3 DΘ=4Ρ3 2Π
Assim:
I0=∫028ΠΡ3DΡ=8Π14Ρ402=32Π KG CM2
TEORIA NA PRÁTICA
A placa de um capacitor tem a forma de um disco de 4 cm raio. Considere que a origem do sistema se encontra no
centro do disco. Sabe-se que esse disco é carregado eletricamente com uma densidade superficial de carga dada por
σ(x,y)= 2x² + x + y + 2y², medido em C/m². Determine a carga total da placa do capacitor.
RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:
MÃO NA MASSA
A) 13
B) 23
C) 12
D) 32
E) 52
A) 523
B) 263
C) 525
D) 4423
E) 283
B) ln²2
C) ln³2
D) ln²3
E) ln³3
A) 64
B) 128
C) 256
D) 512
E) 1024
A) 14
B) 174
C) 294
D) 214
E) 514
6. DETERMINE A ABSCISSA DO CENTRO DE MASSA DE UMA LÂMINA QUE TEM A FORMA
DE UM TRIÂNGULO COM VÉRTICES NOS PONTOS (0,2), (1,0) E (– 1,0). SABE-SE QUE A
DENSIDADE SUPERFICIAL DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X,Y)= 2X + 3Y.
A) 16
B) -16
C) -13
D) 13
E) 25
GABARITO
Fonte: o Autor
Figura 12
y=x+1y=x2-2x+1→x+1=x2-2x+1→x2-3x=0→x=0 ou x=3
A=∫03∫x2-2x+1xdydx
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Resolvendo a integral em y:
∫x2-2x+1xdy=yx2-2x+1x=x-x2-2x+1=-x2+3x-1
Assim:
A=∫03-x2+3x-1dx=-13x303+ 32x203-x03=-273+272-3=96=32
y=-4x2+4y=9x2-9→13x2-13=0→x=±1
A=∫-11∫9x2-94-4x2dydx
∫9x2-94-4x2dy=4-4x2-9x2-9=-13x2+13
Integrando na variável x:
A=∫-11( -13x2+13)dx
3. Determine a massa de um objeto planar que ocupa a região definida por S e tem uma densidade de massa
superficial δ(x,y) = ln(x). Sabe-se que:
m=∫12∫02xln(x) dy dx
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Integrando em y:
∫02xlnxdy=lnx y02x=2xlnx
Assim:
m=∫122xlnxdx
Se x = 1 → u =ln(1) = 0 e x = 2 → u = ln(2)
4. Determine o momento de inércia em torno do eixo y do objeto planar que ocupa a região definida por S e tem
Assim:
Iy=∬S14x4y dxdy=∫027x6dx=717x702=27=128
5. Determine o momento de inércia em torno da origem para uma lâmina que apresenta uma densidade
superficial de massa δ(x,y) = xy e que ocupa uma área definida por:
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DETERMINE A MASSA DE UMA LÂMINA QUE OCUPA A REGIÃO DEFINIDA POR S E TEM
UMA DENSIDADE DE MASSA SUPERFICIAL Δ(X,Y) = X + 2Y SABE-SE QUE:
A) 32
B) 72
C) 65
D) 45
E) 23
A) 613
B) 1303
C) 1603
D) 2343
E) 3193
GABARITO
1. Determine a massa de uma lâmina que ocupa a região definida por S e tem uma densidade de massa
superficial δ(x,y) = x + 2y Sabe-se que:
δ(x,y)=x+2y→m=∬S(x+y) dxdy
m=∫12∫0y(x+y) dx dy
Integrando em x:
Assim:
m=∫1232y2dy= 32 13y312=1223-13=72
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. Determine o momento de inércia em torno do eixo x do objeto planar que ocupa a região definida por S e tem
uma densidade de massa superficial δ(x,y) = 15x² 2y . Sabe-se que:
Assim:
Iy=∬S15x2y2 dxdy=∫025x5dx=516x602=5626=1603
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste Tema, apresentamos e aplicamos o conceito da integral dupla de funções escalares.
No primeiro módulo, definimos a integral dupla e estudamos como se calcula a integral em coordenadas retangulares.
Vimos que o Teorema de Fubini permitiu o cálculo da integral dupla por meio de duas integrais simples iteradas.
No segundo módulo, apresentamos a integral dupla em sua forma polar, permitindo o cálculo mais simples para algumas
simetrias.
Por fim, vimos exemplos de aplicação de integral dupla no cálculo de áreas, no cálculo de massa e centro de massa,
bem como no momento de inércia.
Acreditamos que você, neste momento, já saiba definir e trabalhar com a integração dupla de funções escalares.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 2 ed. Estados Unidos: John Wiley & Sons, 1969. Cap. 11, p. 353-378, 392-405. Vol 2.
GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. Cap. 2, p. 37-48; Cap. 3, p. 49-74 e Cap. 4, p. 75-104. Vol 3.
STEWART, J. Cálculo. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. Cap. 16, p. 978-1019. Vol 2.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste Tema, pesquise sobre integrais duplas e suas aplicações na internet e
em nossas referências.
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de Integração Tripla.
PROPÓSITO
Definir integral tripla, calcular a integral tripla por meio de integrais iteradas em coordenadas cartesianas, cilíndricas e esféricas, e aplicar a integração
tripla em alguns problemas de cálculo integral com três variáveis.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Aplicar o conceito de integração tripla
TAGS
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Ao se aplicar procedimentos análogos à integral simples aplicada em funções reais e à integral dupla aplicada em funções escalares com duas
variáveis, também podemos definir a integral tripla por meio de um somatório triplo, que envolverá uma função escalar do R3.
ATENÇÃO
Para definição da integral simples e integral dupla, foi utilizado um somatório denominado Somatório de Riemann.
Para a definição da integral simples, foi criada uma partição P = {u0, u1, ..., un} que dividia um intervalo [a,b] em n subintervalos [ui − 1, ui], tal que a =
u0 < u1 < ... < un − 1 < un = b, com amplitudes de cada subintervalo [ui − 1, ui] dada por Δui = u1 − ui − 1.
Logo após, em cada subintervalo [ui − 1, ui] da Partição P, foi escolhido, arbitrariamente, um ponto pi. Assim, foi definida a soma de Riemann de f(x)
N
∑ F PI
I=1
( ) ∆ UI
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Desse modo, a integral simples, aplicada a uma função de uma variável, foi definida como:
N
∫B
AF(X)DX ( )
= LIM ∑ F P I ∆ U I
N → ∞I = 1
Em que:
Diante da integral dupla, de forma semelhante ao realizado no caso da função de uma variável com o intervalo [a,b], foi definida uma Partição, de uma
área S, que envolvia agora duas dimensões em vez de uma só. As amplitudes de cada área particionada eram definidas por ∆ x i ∆ y j. Foram
escolhidos, arbitrariamente, um ponto pi em cada área da partição.
Assim, a integral dupla da função f(x,y) na região S será definida por um limite da Soma Dupla de Riemann:
N M
∬ F(X, Y)DXDY = LIM ∑ ∑ F P IJ ∆ X I ∆ Y J
S ∆ → 0I = 0 J = 0
( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Agora, podemos usar um procedimento análogo para definir a integral tripla para uma função escalar com domínio em R3.
A integral Tripla será uma operação matemática definida para uma função escalar com domínio em um subconjunto do R3, isto é, dependendo de três
variáveis reais.
{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / A ≤ X ≤ B , C ≤ Y ≤ D E G ≤ Y ≤ H , COM A, B, C, D, G E H REAIS }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
DICA
Conforme realizado nos casos anteriores, vamos definir uma Partição P para o Paralelepípedo definido por V. A diferença, agora, é que essa partição é
por volume e envolve três dimensões.
Seja:
partições dos intervalos [a,b] , [c,d] e [g,h], respectivamente. As amplitudes dos intervalos serão definidas por ∆xi, ∆yj e ∆zk.
Para tal caso, essa partição P determinará m.n.k paralelepípedos, cada um definido por:
{
V IJK = (X, Y, Z) ∈ R 3 / X I - 1 ≤ X ≤ X I , Y J - 1 ≤ Y ≤ Y J E Z K - 1 ≤ Z ≤ Z K }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Seja, agora, um conjunto B⊂R3. O conjunto B será limitado se existir um paralelepípedo V, tal que todo B está contido nesse paralelepípedo, isto é,
B⊂V.
Neste momento, já podemos usar procedimentos análogos e definir a Soma Tripla de Riemann para a função escalar com domínio no R3. Seja a
função escalar f(x,y,z) com domínio no conjunto B ⊂ R3, com B limitado. Assim, existirá um retângulo V tal que B está totalmente contido em V.
P= {(xi, yj, zk ) / 0 ≤ i ≤ n, e 0 ≤ j ≤ m e 0 ≤ k ≤ p },
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
com i , j e k inteiros. Para cada paralelepípedo Vijk da partição P, escolhe-se, arbitrariamente, um ponto pij.
( )
p ijk = u i, v j, w k , com x i - 1 ≤ u i ≤ x i , y j - 1 ≤ v j ≤ y j e z k - 1 ≤ w j ≤ z k
( )
Desejamos definir um somatório cujas parcelas serão do tipo f p ij ∆ x i ∆ y j ∆ z k
COMENTÁRIO
O problema é que a função f(x,y,z) somente é definida para B, e os pontos pijk podem cair em uma região do paralelepípedo V que não pertence a B.
0, se p ijk ∉ B
Agora, podemos definir a Soma Tripla de Riemann da função f(x,y,z) relativa a uma partição P e aos pontos arbitrários pijk, pela expressão:
N M P
∑ ∑
I=0 J=0 K=0
∑ ( )
F P IJK ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K
Repare que, como os pontos que não pertencem a B têm valor de função zero, as parcelas do somatório referentes a eles serão nulas. Portanto, a
Soma Tripla de Riemann em B será igual à Soma Tripla de Riemann em V.
A integral tripla da função f(x,y,z) na região B será definida por um limite da Soma Tripla de Riemann:
N M P
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = LIM ∑ ∑
B ∆ →0 I=0 J=0 K=0
∑ ( )
F P IJK ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K
Em que:
Se o limite existir, então a função f será integrável em B e o valor da integral tripla será o valor obtido pelo cálculo do limite.
De forma similar, f(x,y,z) será denominada integrando, e a integral tripla terá um limite inferior e superior de integração para cada uma das três
integrais.
DICA
A determinação das integrais triplas não será feita pelo cálculo do limite de sua definição.
Em tópico posterior, será estudado como realizar esse cálculo. Antes, vamos analisar as propriedades da integral tripla.
01
02
03
Se f(x,y) ≥ 0 em S
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ ≥ 0
B
DICA
É possível utilizar a mesma analogia para f(x,y,z) ≤ 0, f(x,y,z) > 0 e f(x,y,z) < 0.
04
05
Se f(x,y,z) ≥ g(x,y,z) em B:
DICA
É possível utilizar a mesma analogia para f(x,y,z) ≤ g(x,y,z), f(x,y,z) > g(x,y,z) e f(x,y,z) < g(x,y,z).
Integral dupla
Para o caso da integral dupla, é usado o Teorema de Fubini por meio do cálculo de duas integrais simples iteradas.
Integral tripla
Para o caso da integral tripla, a solução será transformar a integral em uma integral dupla e uma integral simples.
Quando B é um paralelepípedo — neste caso, os três intervalos de integração serão definidos por números e sem dependência entre as variáveis.
Quando os intervalos de integração de, pelo menos, uma variável depende das demais.
Seja f(x,y,z) uma função escalar, integrável, definida em B⊂R3. O conjunto B é um paralelepípedo definido por:
{ }
B = (x, y, z) ∈ R 3 / a ≤ x ≤ b , c ≤ y ≤ d e g ≤ y ≤ h , com a, b, c, d, g e h reais
BDH
∭ F(X, Y, Z)DV = ∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DZDYDX
B B ACG
A integral que vemos ao lado direito da expressão apresentada é denominada Integrais Iteradas.
DICA
O nome Integrais Iteradas, indica que, inicialmente, integramos parcialmente em relação a uma variável, depois, integraremos em relação à segunda e,
por fim, em relação à terceira variável.
Em cada caso, similar ao realizado na integração dupla, durante a integração parcial, as demais variáveis são consideradas como constantes.
ATENÇÃO
Para este caso, tanto faz integrar-se parcialmente em relação à variável x, y ou z. Assim, teremos cerca de seis possibilidades, de acordo com a ordem
escolhida de integração.
Os limites de integração em cada integral da direita para esquerda correspondem às diferenciais da direita para esquerda.
No caso do exemplo, o intervalo [a,b] corresponde à variável x, o intervalo [c,d] corresponde à variável y e, por fim, o intervalo [g,h] corresponde à
variável z.
Para fixar o conteúdo, vamos mostrar a integral quando escolhemos integral na ordem das variáveis x, z e y:
DH B
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DXDZDY
B C GA
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pode ser provado que, para o caso de se ter f(x,y,z) = g(x)h(y)q(z), a integral é tripla, para quando os limites são numéricos, ela pode ser analisada
como um produto de três integrais simples:
DH B B D H
∭ F(X, Y, Z)DXDYDZ = ∫ ∫ ∫ F(X, Y, Z)DXDZDY = ∫ G(X)DX ∫ H(Y)DY ∫ Q(Z)DZ
B C GA A C G
EXEMPLO
( )(∫ Y DY )(∫ )
B
H D
∫G ∫ C ∫ 8 X(Z + 1)Y 2DXDYDZ = ∫ B
A8XDX
D 2
C
H
G(Z + 1)DZ
A
Como visto, a integral tripla será calculada com a determinação de três integrais simples. É importante relembrarmos as integrais simples imediatas e
os métodos de integração estudados no cálculo de uma variável.
EXEMPLO 1
Determine o valor de ∭ B(3xy + zy - 2xz)dxdydz, em que B está contido em uma caixa, definido por 1 ≤ x ≤ 2, 1 ≤ y ≤ 3 e 0 ≤ z ≤ 1.
SOLUÇÃO
Usando as integrais iteradas:
2 2 2 2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = ∫ 3xy dx + ∫ zy dx - ∫ 2xz dx
1 1 1 1
2 2 2 2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 3y ∫ x dx + zy ∫ dx - 2z ∫ x dz
1 1 1 1
| |
2 1 2 2 1 2 2
2
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 3y 2
x + zy x| 1 - 2z 2
x
1 1 1
2
( ) ( )
3
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 2
y 2 2 - 1 2 + zy(2 - 1) - z 2 2 - 1 2
1
2 9
∫ (3xy + zy - 2xz)dx = 2
y + zy - 3z
1
( )
3 9 93 3 3
∫ y + zy - 3z dy = ∫ y dy + z ∫ y dy - 3z ∫ dy
2 2
1 1 1 1
( ) | |
3 9 9 1 3 1 3
∫ 2
y + zy - 3z dy = 2 2
y2 +z 2
y2 - 3z y| 31
1 1 1
( ) ( )
3
∫
1
9
2
y + zy - 3z dy =
9
4 (3 2
- 12 + ) (3
z
2
2
)
- 1 2 - 3z 3 - 1
( )
3 9
∫ 2
y + zy - 3z dy = 18 + 4z - 6z = 18 - 2z
1
|
1 1 1
∫ (18 - 2z) dz = 18 z| 10 - 2 2
z2 = 18 - 1 = 17
0 0
Seja f(x,y,z) uma função escalar, integrável, definida em B⊂R3. O conjunto B é uma região espacial limitada, isto é, um sólido.
COMENTÁRIO
Vamos considerar que o sólido B é um conjunto de pontos (x,y,z) tais que, ao fixar o valor de (x,y), o valor de z estará limitado entre duas funções.
Considere o conjunto S ⊂ R2 um conjunto fechado e limitado, e sejam duas funções escalares g(x,y) e h(x,y) contínuas em S, tais que, para todo (x,y)
∈ S, g(x,y) ≤ h(x,y).
Seja B o conjunto do R3, isto é, dos pontos (x,y,z) tais que g(x,y) ≤ z ≤ h(x,y), para todo (x,y) ∈ S. Na verdade, o conjunto S é a projeção do sólido B no
plano XY, conforme a figura:
Fonte: Autor
[
∭ Bf(x, y, z)dV = ∭ Bf(x, y, z)dxdydz = ∬ S ∫ gh (( xx ,, yy )) f(x, y, z)dz dxdy ]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
H(Y,Z)
∭ BF(X, Y, Z)DV = ∭ BF(X, Y, Z)DXDYDZ = ∬ S ∫ G ( Y , Z ) F(X, Y, Z)DX DYDZ [ ]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em todos os casos, o cálculo da integral tripla iniciará pela solução de uma integral simples, em que uma variável terá limites de integração
dependendo das duas outras variáveis. Por fim, deve ser resolvida uma integral dupla sobre a área S.
Para se determinar a projeção S do sólido B em um dos três planos cartesianos, existe a necessidade de termos uma visão espacial.
ATENÇÃO
Se existirem regiões, dentro da área S, onde g(x,y) ≤ h(x,y), e outras, onde g(x,y) ≥ h(x,y), a integral deve ser separada em integrais em que a ordem
de g(x,y) e h(x,y) seja mantida. Para isso, deve ser usada a propriedade 4, vista no item anterior.
EXEMPLO 2
√
Determine ∭ B x 2 + y 2 dxdydz, em que B é a região interna ao paraboloide de equação z = x 2 + y 2 com z ≤ 9
SOLUÇÃO
O sólido B projetado no plano XY forma um círculo de centro na origem e raio 3, que chamaremos de S, com equação x2+y2 = 9, conforme a figura:
Fonte: Autor
Fixando o valor de (x,y), a variável z irá variar do paraboloide até o plano z = 9, assim:
x2 + y2 ≤ z ≤ 9
Dessa forma:
√ √
∭ B x 2 + y 2 dxdydz = ∬ S∫ x 2 9+ y 2 x 2 + y 2 dz dxdy
Resolvendo a integral em z:
√
∫ x 2 9+ y 2 x 2 + y 2 dz = √x 2 + y 2 ∫ x 9
2 + y 2dz = √x2 + y 2 z|x 9
2 + y2
9
√
∫ x 2 + y 2 x 2 + y 2 dz = √x 2 + y 2 (9 - x 2 - y 2 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Portanto:
√
∭ B x 2 + y 2 dxdydz = ∬ S √x 2 + y 2 (9 - x 2 - y 2 dxdy )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Agora, o problema caiu na resolução de uma integral dupla. Como ela tem simetria polar, mudaremos para variável polar.
∬S √x 2 + y 2 )
(9 - x 2 - y 2 dxdy = ∬ Sp ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2π3 2π 3
∬
Sp
) ( )
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = ∫ ∫ 9ρ 2 - ρ 4 dρdθ = ∫ dθ ∫ 9ρ 2 - ρ 4 dρ
0 0 0 0
( )
∬
Sp
)
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = θ| 2π
0( )9 ( 1
3
ρ3 |
3
0
-
1
5
ρ5 |)
3
∬
Sp
)
ρ (9 - ρ 2 ρdρdθ = 2π 3 3 3 -
[( )
1
5 ] (
3 5 = 2π 81 -
243
5 ) =
324π
5
RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Uma das aplicações da integral tripla é o cálculo de massa de um sólido, definido por meio de uma densidade volumétrica de massa. Seja um objeto
sólido que possui a forma de uma esfera de equação x 2 + y 2 + z 2 = 4. Esse objeto tem uma densidade volumétrica de massa dada por
(
δ x, y, z )=x 2
kg / m 3. Determine a massa do objeto, sabendo que ela pode ser obtida pela integral:
M = ∭ Δ(X, Y, Z)DXDYDZ
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
SOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
A) 8
B) 15
C) 24
D) 36
E) 48
( ( )√ )
Π
9
2. DETERMINE O VALOR DE ∫ 02 ∫ -11 ∫ 30 X 2 COS Z Y + 1 DYDXDZ
2
A) 13
B) 14
C) 15
D) 16
E) 17
3. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ VX 2Z DXDYDZ, EM QUE V É O SÓLIDO CONTIDO NO CILINDRO COM EIXO
PRINCIPAL NO EIXO Z E BASE INFERIOR NO PLANO XY. O CILINDRO TEM RAIO DA BASE 2 E ALTURA 4.
A) 4π
B) 8π
C) 32π
D) 48π
E) 64π
0 Y - 2Z
4. DETERMINE O VALOR DE ∫ 10∫ 2Y ∫ 0 6Y DV :
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5
E) 6
4
A) 3
8
B) 3
16
C)
3
32
D) 3
64
E)
3
6
6. DETERMINE O VALOR DE ∭ V Π DXDYDZ, EM QUE V É A REGIÃO LIMITADA INFERIORMENTE PELO
PARABOLOIDE Z = X 2 + Y 2 E, SUPERIORMENTE, PELA ESFERA X 2 + Y 2 + Z 2 = 2 :
7
A) 4√2 + 2
7
B) 4√2 - 2
C) 16√2 - 14
D) 8√2 + 7
E) 8√2 - 7
GABARITO
3 1 2
1. Determine o valor de ∫ 1 ∫ - 1 ∫ 0 (x + y + z)dzdydx :
Então:
31
∫ ∫ (2x + 2y + 2)dydx
1 -1
Realizando a integral em y:
1 1 1
|
1
∫ (2x + 2y + 2)dy = ∫ (2x + 2)dy + ∫ 2ydy = (2x + 2) y| -11 + y 2 -1
-1 -1 -1
1
∫ (2x + 2y + 2)dy = (2x + 2)(1 - (- 1)) + (1 - 1) = 4x + 4
-1
Por fim:
|
3 3
( )
1
∫ (4x + 4)dx = 4 x2 + 4x| 31 = 2 3 2 - 1 2 + 4(3 - 1) = 16 + 8 = 24
2
1 1
( ( )√ )
π
9
2. Determine o valor de ∫ 02 ∫ -11 ∫ 30 2
x 2 cos z y + 1 dydxdz
( ( )√ )
21 3 9 2
∫∫ ∫ 2
x cos z y + 1 dydxdz
0 - 10
( ) ( )( )
π π
( ( )√ )
21 3 9 92 1 3
∫∫ ∫ x2 cos z y + 1 dydxdz = ∫ cos (z)dz ∫ x 2dx ∫ √y + 1dy
2 2
0 - 10 0 -1 0
| )
3
( √y + 1 )dy = ∫30 (y + 1)1 / 2dy = 3 (y + 1)
2 3 2 3 14
a) ∫ 30 2 = 3
((4) 3 / 2 - (1) 2 = 3
0
|
1 1 1 1 2
b) ∫ x 2dx = 3
x3 =
3
(1 - (- 1)) =
3
-1 -1
π
()
2 π
π
c) ∫ cos (z)dz = sen(z)| 02 = sen - sen(0) = 1
2
0
π
( ( )√ )
21 3 9 9 14 2
∫∫ ∫ 2
x 2 cos z y + 1 dydxdz = 2
. 3
. 3 . 1 = 14
0 - 10
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
3. Determine o valor da integral ∭ Vx 2z dxdydz, em que V é o sólido contido no cilindro com eixo principal no eixo z e base inferior no plano
XY. O cilindro tem raio da base 2 e altura 4.
Analisando o sólido V, a projeção dele sobre o plano XY será a base do cilindro de equação x2+y2=22=4.
Fixando um valor para (x,y), na base inferior, o valor de Z irá variar da base inferior (z = 0) até a base superior (z = 4). Assim:
4
∭ x 2z dxdydz = ∬ ∫ x 2z dz dxdy
V S0
|
4 4 1 4
∫ x 2z dz = x 2 ∫ z dz = x 2 2
z2 = 8x 2
0 0 0
Portanto:
Como S tem simetria polar, resolveremos a integral dupla por sua forma polar.
Assim:
( )
2π 2π 1 1 1
✓ ∫ cos 2θ dθ = ∫ cos (2θ) + dθ = 0 + (2π - 0) = π
2 2 2
0 0
|
2 1 2 1
✓ ∫ ρ 3 dρ = 4
ρ4 =
4
24 = 4
0 0
4. Determine o valor de ∫ 10 ∫ 2y
0 y - 2z
∫ 0 6y dV :
Os limites de 0 até y – 2z, como dependem das variáveis y e z, obrigatoriamente será o limite da variável x.
Os limites de 2y até 0, como dependem da variável y e já temos a integração em x, obrigatoriamente será o limite da variável z.
Assim:
1 0 y - 2z 1 0 y - 2z
∫∫ ∫ 6y dV = ∫ ∫ ∫ 6y dxdzdy
0 2y 0 0 2y 0
y - 2z y - 2z
∫ 6y dx = 6y ∫ dx = 6y(y - 2z) = 6y 2 - 12yz
0 0
0
∫
2y
(6y 2
)
- 12yz dz = 6y 2z| 2y - 12y
0 1
2
z2 |
0
2y
(
= 6y 2(0 - 2y) - 6y 0 2 - (2y) 2
)
0
∫
2y
(6y 2
)
- 12yz dz = - 12y 3 + 24y 3 = 12y 3
5. Determine o valor da integral ∭ Vx dxdydz, em que V é um sólido definido pela interseção do plano de equação x + 2y + z = 4 e os planos
coordenados:
6
6. Determine o valor de ∭ V π dxdydz, em que V é a região limitada inferiormente pelo paraboloide z = x 2 + y 2 e, superiormente, pela esfera
x2 + y2 + z2 = 2 :
A alternativa "E " está correta.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
2 1 2
(
1. DETERMINE O VALOR DE ∫ 0∫ 0∫ 1 6 Y 2ZE X DYDXDZ : )
A) 4e – 1
B) 8e + 1
C) 28(e + 1)
D) 28(e – 1)
E) 3e2 + 5
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
GABARITO
212 2 2 1
001
( )
∫ ∫ ∫ 6 y 2ze x dydxdz = ∫ 2zdz ∫ 3y 2dy ∫ e xdx
0 1 0
2
✓ ∫ 2zdz =
0
2
z2 0 | = 22 = 4
✓ ∫ 1 3y 2dy = y 3
2
| 2
1 = 23 - 13 = 7
✓ ∫ 10 e xdx = = e x | 1
0 =e-1
( )
212
( )
∫ ∫ ∫ 6 Y 2ZE X DYDXDZ = 4.7. (E - 1) = 28 E - 1
001
Os limites de 0 até y – x, como dependem das variáveis x e y, obrigatoriamente, será o limite da variável z.
Os limites de x até 0, como depende da variável x e já temos a integração em z, obrigatoriamente, será o limite da variável y.
Assim:
10y - x 10y - x
∫ ∫ ∫ 10x 2 dV = ∫ ∫ ∫ 10x 2 dzdydx
0x 0 0x 0
y-x
∫ 10x 2 dz = 10x 2 z| y0- x = 10x 2(y - x) = 10yx 2 - 10x 3
0
0
( )
∫ 10yx 2 - 10x 3 dy = 10x 2 2 z 2
x
1
|
0
x
0
( ) ( )
- 10x 3 y| x = 5x 2 0 - x 2 - 10x 3 0 - x
0
( )
∫ 10yx 2 - 10 dy = - 5x 4 + 10x 4 = 5x 4
x
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
|
1 1 5 1
∫ 5x 4 dx = 5 x =1
5
0 0
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Em alguns problemas, devido à sua simetria, às vezes, fica mais fácil de se resolver a integral tripla transformando as coordenadas retangulares para
coordenadas cilíndricas e coordenadas esféricas.
Este módulo apresentará o sistema de coordenadas cilíndricas e esféricas, e o cálculo da integral tripla por meio dessas coordenadas.
Antes de estudarmos o cálculo da integral tripla em coordenadas cilíndricas, vamos definir o sistema de coordenadas cilíndricas.
O sistema de coordenadas cilíndricas é um sistema que permite a representação de um ponto P, no espaço, por meio de três coordenadas (ρ, θ, z).
Fonte: Autor
EM QUE:
z: A coordenada z do ponto P representa a cota, isto é, a distância entre o ponto P e o plano xy. Repare que essa coordenada z é a mesma do
sistema de coordenadas retangulares (x,y,z). O valor de z varia de - ∞ até ∞
θ: A coordenada θ é o ângulo no plano XY, medido no sentido anti-horário, entre o segmento OQ e o eixo positivo x. O valor de θ varia de zero
até 2π.
ATENÇÃO
Observe que as coordenadas ρ e θ são as polares do ponto Q, isto é, são as coordenadas polares da projeção do ponto P no plano XY.
A relação entre o sistema de coordenadas retangulares (x,y,z) e o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, θ, z) pode ser obtida por meio de uma análise
geométrica da figura. Dessa forma, para se converter as coordenadas cilíndricas de um ponto para coordenadas retangulares, usamos as equações:
X = Ρ COSΘ, Y = Ρ SENΘ E Z = Z
Igualmente, para se converter as coordenadas retangulares de um ponto para as coordenadas cilíndricas, devem ser usadas as equações:
Y
Ρ= √ X 2 + Y 2, Θ = ARCTG
X
E Z=Z
EXEMPLO 3
Converta as coordenadas do ponto P(x,y,z) = (– 1 , – 1, 3) para coordenadas cilíndricas.
SOLUÇÃO
ρ= √x 2 + y 2 = √( - 1) 2 + ( - 1) 2 = √2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
y π 5π
tgθ = x
= 1, como x < 0 e y < 0, isto é, o ponto P está no terceiro quadrante do plano XY, assim o valor de θ = π + 4
= 4
.
EXEMPLO 4
SOLUÇÃO
π 1
x = ρ cosθ = 2 cos 3 = 2 2 = 1
π √3
y = ρ senθ = 2 sen
3
=2 2
= √3
z = z = 4
(
Logo, P(x, y, z) = 1, √3, 4 ).
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As coordenadas cilíndricas são muito utilizadas em problemas do R3 que envolvem simetria em torno de um eixo, que colocaremos, normalmente,
como eixo z.
EXEMPLO
A integral tripla foi definida por meio de uma Soma Tripla de Riemann, que usou uma filosofia de dividir o volume de integração por paralelepípedos
com volumes ∆ V = ∆ x ∆ y ∆ z, usando coordenadas retangulares.
Para representação em coordenadas cilíndricas, o sólido será dividido em volumes que terão, na sua base, retângulos polares com área dada por
ρ ∆ ρ ∆ θ.
Assim, o volume de cada sólido será dado pela área da base vezes a altura, dada por ∆θ.
N M P
( ) N M P
(
∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0F X PI, Y PJ, Z PJ ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K = ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0F Ρ PI, Θ PJ, Z PJ Ρ ∆ Ρ I ∆ Θ J ∆ Z )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Repare que, como as integrais são calculadas em relação a limites de integração diferentes, torna-se necessário um fator de correção no integrando.
Para o caso da transformação de coordenada retangular para cilíndrica, esse fator valerá ρ, conforme apresentado na equação acima.
A resolução da integral tripla em integrais iteradas segue o mesmo raciocínio apresentado para a integral tripla em coordenadas retangulares.
EXEMPLO 5
√
Determine a integral ∭ V x 2 + y 2 dxdydz por meio da integração em coordenadas cilíndricas. Sabe-se que V é o sólido contido no cilindro de base
x 2 + y 2 = 4 e com 0 ≤ z ≤ 5.
SOLUÇÃO
Como
✓ x2 + y2 ≤ 4 → 0 ≤ ρ ≤ 2
✓ 0 ≤ θ ≤ 2π
✓0≤z≤5
Assim:
5 2π2 5 2π2
∭ f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ 2 dρdθdz
VC 00 0 00 0
( )( )( ) ( )
5 2π2 5 2π 2 1 1 80
∫ ∫ ∫ ρ 2 dρdθdz = ∫ dz ∫ dθ ∫ ρ 2dρ = (5 - 0)(2π - 0) 23 - 03 = π
3 3 3
00 0 0 0 0
EXEMPLO 6
4
Determine a integral ∫ ∫ -√ 16 - x 2∫ √x16
16 - x 22 + y 2 y 2dzdydz por meio das coordenadas cilíndricas.
-4
√
RESOLUÇÃO
Se analisarmos os limites de integração da integral em coordenadas cartesianas, veremos que V é um cone com vértice em (0,0,0), com altura 16 e
base localizada em z = 16, com raio 4.
✓ √x 2 + y 2 ≤ z ≤ 16 → ρ ≤ z ≤ 16
Assim:
4 2π16 4 2π16
∭ f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ ρ 2sen 2θ ρ dzdθdρ = ∫ ∫ ∫ ρ 3sen 2θ dzdθdρ
VC 00 ρ 00 ρ
( )
16 16
∫ ρ 3sen 2θ dz = ρ 3sen 2θ ∫ dz = ρ 3sen 2θ z| 16 3 2
ρ = ρ sen θ 16 - ρ
ρ ρ
Logo:
4 2π
∭
VC
f(ρ, θ, z) ρdρdθdz = ∫ ∫ ρ 3sen 2θ 16 - ρ dθdρ
00
( )
∭
VC
f(ρ, θ, z) ρdρdθdz =
( 2π
0
∫ sen 2θ dθ
)( 4
(
∫ ρ 3 16 - ρ dρ
0
) )
( ( )) (
2π 2π 1 1 1 1 1 2π
✓ ∫ sen 2θ dθ = ∫
2π
2
- 2
sen 2θ dθ = 2
θ| 0 + 2 2
cos 2θ)| =π
0 0 0
4 4
4
( ) 4
(
✓ ∫ 0 ρ 3 16 - ρ dρ = ∫ 0 16ρ 3 - ρ 4 dρ = 16 4 ρ 4 ) 1
| 0
-
1
5
ρ5 | 0
= 4 44 -
1 5
5
4 =
4096
5
Então:
4096 4096Π
∭ V F(Ρ, Θ, Z) ΡDΡDΘDZ = Π. =
C 5 5
Outro sistema de coordenadas para representar um ponto no espaço é o sistema de coordenadas esférica. Antes de estudarmos o cálculo da integral
tripla em coordenadas esféricas, vamos definir esse sistema.
O sistema de coordenadas esféricas é um sistema que permite a representação de um ponto P, no espaço, por meio de três coordenadas (r, φ, θ).
EM QUE:
r: A coordenada r é a distância radial do ponto, isto é, a distância entre o Ponto P e a origem do sistema O. O valor de r varia de 0 até ∞.
φ: A coordenada φ é um azimute vertical, isto é, é o ângulo entre o segmento OP e o eixo positivo do z. O valor de φ varia de zero até π.
θ: Por fim, a coordenada θ é um azimute horizontal, isto é, o ângulo que o segmento OQ forma com eixo positivo do x. Ele é a mesma
coordenada θ do sistema cilíndrico. O ponto Q é a projeção do ponto P no plano XY.
A relação entre o sistema de coordenadas retangulares (x,y,z) e o sistema de coordenadas esféricas (r, φ, θ) pode ser obtida por meio de uma análise
geométrica da figura. Assim, para se converter as coordenadas esféricas de um ponto para coordenadas retangulares, usamos as equações:
Da mesma forma, para se converter as coordenadas retangulares de um ponto para as coordenadas esféricas, devem ser usadas as equações:
√X 2 + Y 2 Y
R= √ X 2 + Y 2 + Z 2, Φ = ARCTG
Z
E Θ = ARCTG
X
EXEMPLO 7
SOLUÇÃO
√
6 6
r= √x 2 + y 2 + z 2 = 4
+ 4
+1= √4 = 2
√x 2 + y 2 √3 π
tgφ =
z
= 1
= √3, assim φ = 3
.
Portanto, P(r, φ, θ) = 2, ( 3π π
4
, 3 )
EXEMPLO 8
SOLUÇÃO
π π 1 √2
x = r senφ cosθ = 4 sen
6
cos
4
=4
2 2
= √2
π π 1 √2
y = r senφ senθ = 4 sen 6 sen 4 = 4 2 2
= √2
π √3
z = r cosφ = 4 cos =4 = 2√3
6 2
As coordenadas esféricas são muito utilizadas em problemas do R3 que envolvem simetria em torno de um ponto.
EXEMPLO
Para representação em coordenadas esféricas, o sólido será dividido em volumes que terão a forma de cunhas esféricas. O volume da cunha esférica
será dado por r 2senφ ∆ r ∆ φ ∆ θ.
∑ I =N0 ∑ JM P
( N M P
) 2
= 0 ∑ K = 0 F X PI, Y PJ, Z PJ ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K = ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0 F R PI, Φ PJ, Θ PJ R SENΦ ∆ R ( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Repare que, como as integrais são calculadas em relação a limites de integração diferentes, torna-se necessário um fator de correção no integrando.
Para o caso da transformação de coordenada retangular para esféricas, esse fator valerá r 2 senφ, conforme apresentado na equação anteriormente
apresentada.
A resolução da integral tripla em integrais iteradas segue o mesmo raciocínio apresentado para a integral tripla em coordenadas retangulares.
EXEMPLO 9
SOLUÇÃO
A montagem dessa integral em coordenadas retangulares tornaria a sua solução bastante complicada.
A função f(x, y, z) = 8e √x
2 + y2 + z2
( )
→ f r, φ, θ = 8e r.
2 + y2 + z2
∭ V8e x dV = ∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ
E
∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ = ∫ 2π π 2 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 8r e senφ drdφdθ
E
= 8 ∫ 2π(
0 dθ )(∫ senφdφ )(∫ r
π
0
2 2
0 e r dr )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2π
✓ ∫ dθ = 2π
0
π
✓ ∫ senφdφ = cos0 - cosπ = 2
0
2
✓ ∫ r 2 e r dr
0
Resolveremos essa integral usando duas vezes o método de integração por partes.
0
( |
∫ r 2 e r dr = r 2e r
2
0
- 2 ∫ r e r dr = 4e 2 - 2 ∫ r e r dr
0 0
2 2
( |
∫ r e r dr = r e r
0
2
0 ( | - (e |
- ∫ e r dr = r e r
0
2
0
r 2
0 ( )
= 2e 2 - e 2 - 1 = e 2 + 1
Então:
2 2
(
∫ r 2 e r dr = 4e 2 - 2 ∫ r e r dr = 4e 2 - 2 e 2 + 1 = 2e 2 - 2
0 0
)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
∭ V 8e r r 2senφ drdφdθ = 8 ∫ 2π
E 0 dθ ( )(∫ senφdφ )(∫ r
π
0
2 2
0 )
e r dr = 8. 2π. 2. ( 2e 2 - 2 )
∭ V8e √x
2 + y2 + z2
dV = 64π e 2 - 1( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Este módulo apresentou apenas o caso da mudança de variável para coordenadas cilíndricas e coordenadas esféricas. No entanto, a mudança de
variável na integral tripla pode ser feita de uma forma mais geral. O que mudará em cada caso será o fato de correção que aparecerá no integrando,
por causa da mudança dos intervalos de integração. As mudanças gerais não serão abordadas neste tema, mas podem ser estudadas em nossa
bibliografia.
SAIBA MAIS
RESUMO DO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
Considere que uma laranja tenha a forma de uma esfera com raio de 4 cm. Sabe-se que a obtenção do volume de um sólido pode ser feita pela
integral tripla:
V = ∭ dV = ∭ dxdydz
V V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
π
Considere um gomo da laranja como se fosse uma cunha dessa esfera com abertura de 4
. Determine o volume ocupado por este gomo.
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
√
1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL ∭ V 2Z 2 + X 2 + Y 2DV EM COORDENADAS
CILÍNDRICAS, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO NO CILINDRO, QUE APRESENTA A BASE INFERIOR NO PLANO XY
COM EIXO CENTRAL SOBRE O EIXO Z E RAIO DA BASE 2. A BASE SUPERIOR SE ENCONTRA NO PLANO Z = 4.
2π2 2
A) ∫ ∫ ∫
0 00
√2z2 + ρ 2 dρdθdz
2π4 2
B) ∫ ∫ ∫ ρ√ρcosθ dρdθdz
0 00
2π4 4
√
C) ∫ ∫ ∫ ρ 2z 2 + ρ 2 dρdθdz
0 00
2π4 2
√
D) ∫ ∫ ∫ ρ 2z 2 + ρ 2 dρdθdz
0 00
π2 2
√
E) ∫ ∫ ∫ ρ z 2 + ρ dρdθdz
0 00
2 2
2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL ∭ VE X + Y + Z
2
( ) 3/2
DV EM COORDENADAS
ESFÉRICAS, NA QUAL V É O SÓLIDO CONTIDO EM UMA SEMIESFERA, COM Z ≥ 0, DE CENTRO NA ORIGEM E RAIO
4.
π
A) ∫ 2π 2 4 r
0 ∫ 0 ∫ 0 re senφ drdφdθ
2
B) ∫ 2π π 4 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 r e senφ drdφdθ
π
3
C) ∫ 2π 2 4 2 r
0 ∫ 0 ∫ 0 r e senφ drdφdθ
π
3
D) ∫ 0 ∫ 02 ∫ 20 re r senφ drdφdθ
π
π
2π 2 4 2
E) ∫ 0 ∫ 0 ∫ 0 r senφ drdφdθ
1
A) 3
2
B)
3
1
C)
6
4
D) 7
2
E)
5
4. DETERMINE A INTEGRAL ∭ V 3DXDYDZ, NA QUAL V É O INTERIOR DE UMA PARTE INTERNA DE UMA ESFERA
DEFINIDA COMO
{
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 2 ≤ R ≤ 3, 0 ≤ Θ ≤ Π E 0 ≤ Φ ≤ Π }
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
A) 38π
B) 45π
C) 52π
D) 64π
E) 78π
5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V (48 - 96Z) DXDYDZ, NA QUAL V É O INTERIOR DE UMA PARTE DA
ESFERA DEFINIDA COMO
{ Π Π
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 1 ≤ R ≤ 2, 0 ≤ Θ ≤ 4 E 2 ≤ Φ ≤ Π :
}
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
A) 28π
B) 45π
C) 73π
D) 82π
E) 95π
{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / X 2 + Y 2 ≤ 4, X ≥ 0, Y ≥ 0 E 0 ≤ Z ≤ 2X + 2Y }
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
A) 16
B) 32
C) 64
D) 128
E) 256
GABARITO
√
1. Marque a alternativa que apresenta a integral ∭ V 2z 2 + x 2 + y 2dV em coordenadas cilíndricas, na qual V é o sólido contido no cilindro,
que apresenta a base inferior no plano XY com eixo central sobre o eixo z e raio da base 2. A base superior se encontra no plano z = 4.
A alternativa "D " está correta.
✓ 0 ≤ z ≤ 4 : altura do cilindro.
Assim:
2π4 2
∭ √2z 2 + x2 + y 2dV = ∭ √2z2 + ρ 2ρdρdθdz = 0∫ 0∫ 0∫ ρ√2z 2 + ρ 2 dρdθdz
V VC
f(r, φ, θ) = e (r )
2 3/2
= er
3
✓ 0 ≤ r ≤ 4 : raio da semiesfera.
π
✓0≤φ≤ : pois a semiesfera percorre apenas a metade superior da esfera (z ≥ 0).
2
Assim:
π
2π 2 4
∭ e ( x2 + y2 + z2 ) 3/2
dV = ∭ r3 3
e r 2 senφ drdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 2e r senφ drdφdθ
V VE 0 00
3. Determine o valor da integral ∭ Vx dxdydz, na qual V é o sólido contido na interseção do cilindro x2+y2 = 1 e –1 ≤ z ≤ 1 com as regiões
x ≥ 0 e y ≥ 0.
Analisando o volume V pela simetria cilíndrica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas cilíndricas.
V é o solido contido em um cilindro, mas limitado por duas regiões, tendo-se, portanto, apenas um quarto do cilindro, contido em x e y ≥ 0. Em
coordenadas cilíndricas, os intervalos de integração seriam:
Dessa maneira:
π
∭ Vx dxdydz = ∭ V ρcosθ ρdρdθdz = ∫ 02 ∫ 10 ∫ -11 ρ 2cosθ dρdzdθ
C
( )( ) ( )
π π
2 11 1 1 2
∫∫∫ ρ 2cosθ dρdzdθ = ∫ ρ 2dρ ∫ dz ∫ cos θdθ
00 - 1 0 -1 0
|
1 1 1 1 1
∫ 0 ρ 2dρ = 3
ρ3 0 = 3
-0= 3
1 1
∫ - 1 dz = z| - 1 = 1 - (- 1) = 2
π π
∫ 02 cosθdθ = sen θ| 02 = 1 - 0 = 1
Portanto:
1 2
∭ x dxdydz = 3
. 2.1 =
3
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
4. Determine a integral ∭ V 3dxdydz, na qual V é o interior de uma parte interna de uma esfera definida como
{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 2 ≤ r ≤ 3, 0 ≤ θ ≤ π e 0 ≤ φ ≤ π }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Analisando o volume V pela simetria esférica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas esféricas.
Desse modo:
( )( )( )
ππ3 3 π π
∫ ∫ ∫ 3 r 2 senφ drdφdθ = ∫ 3r 2dr ∫ sen(φ)dφ ∫ dθ
002 2 0 0
∫ 32 3r 2dr = r 3 | 3
2
= (27 - 88) = 19
π
∫ 0 sen(φ)dφ = ( - cos (φ| 0 = 1 -
π
( ( - 1 )) = 2
π π
∫ 0 dθ = θ| 0 = π
Assim,
5. Determine o valor da integral ∭ V (48 - 96z) dxdydz, na qual V é o interior de uma parte da esfera definida como
{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 1 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤
π
4
e
π
2
≤φ≤π :
}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
{ }
V = (x, y, z) ∈ R 3 / x 2 + y 2 ≤ 4, x ≥ 0, y ≥ 0 e 0 ≤ z ≤ 2x + 2y
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 8
B) 12
C) 16
D) 20
E) 24
2. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∭ V 2Z DXDYDZ, NA QUAL V ESTÁ CONTIDO EM UMA PARTE DA ESFERA
DEFINIDA COMO
{ Π
V = (R, Φ, Θ) ∈ R 3 / 2 ≤ R ≤ 4, 0 ≤ Θ ≤ 4 E 0 ≤ Φ ≤ 2
Π
}
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
A) 55π
B) 45π
C) 35π
D) 25π
E) 15π
GABARITO
1. Determine o valor da integral ∭ V2y dxdydz, na qual V é o sólido contido na interseção do cilindro x2+y2 = 4 e 0 ≤ z ≤ 3 com as regiões
x ≤ 0 e y ≥ 0.
Analisando o volume V pela simetria cilíndrica, ficará mais simples resolver a integral por meios das coordenadas cilíndricas.
V é o solido contido em um cilindro, mas limitado por duas regiões, tendo-se, portanto, apenas um quarto do cilindro contido em x≤0 e y ≥0. Em
coordenadas cilíndricas, os intervalos de integração seriam:
π
✓ ≤ θ ≤ π: O cilindro está limitado por x ≤ 0 e y ≥ 0
2
Portanto:
π3 2
∭ 2y dxdydz = ∭ 2ρsenθ ρdρdθdz = ∫ ∫ ∫ 2ρ 2senθ dρdzdθ
π 00
V VC
2
π3 2
∫ ∫ ∫ 2ρ 2senθ dρdzdθ = ∫ 2ρ 2dρ
π 00
2
( )( )
2
0
3
∫ dz
0 ( )
π
∫ senθdθ
π
2
1
∫ 20 2ρ 2dρ = 2 3 ρ 3 | 2
0 =
16
3
-0=
16
3
∫ 30 dz = z| 30 = 3 - 0 = 3
∫ ππ senθdθ = - cos θ| ππ = 1 - 0 = 1
2 2
Assim:
16
∭ 2y dxdydz = . 3.1 = 16
3
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. Determine o valor da integral ∭ V 2z dxdydz, na qual V está contido em uma parte da esfera definida como
{
V = (r, φ, θ) ∈ R 3 / 2 ≤ r ≤ 4, 0 ≤ θ ≤
π
4
e0≤φ≤
π
2 }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Analisando o volume V pela simetria esférica, ficará mais simples resolver a integral por meio das coordenadas esféricas.
O sólido V já está definido em coordenadas esféricas. Basta definir a função que se encontra no integrando.
f(r, φ, θ) = 2r cosφ
Assim:
ππ
4 24
∭ 2z dxdydz = ∭
V VE
2
2r cosφ r senφ drdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 3sen 2φ drdφdθ
002
( )
( ) ( )( )
ππ π π
4 24 4
( )
2 4
∫ ∫ ∫ r 3sen 2φ drdφdθ = ∫ r 3dr ∫ sen(2φ)dφ ∫ dθ
002 2 0 0
4
∫ 2 r 3dr =
4 |
1 4 4
r 2 =
1
4
(256 - 16) = 60
( )
π π
1 1
∫ 02 sen(2φ)dφ = 2
( - cos (2φ| 02 = 2
1+1 =1
π π
π
∫ 04 dθ = θ| 04 = 4
π
∭ 2z dxdydz = 60.1. = 15π
4
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Existem várias aplicações, no cálculo diferencial e integral com três variáveis, em que a ferramenta da integração tripla é usada.
Entre essas aplicações, podemos citar: cálculo de volume de um sólido, densidades volumétricas, momentos e centro de massa de objetos.
Este módulo apresentará algumas dessas aplicações na resolução de alguns problemas de cálculo.
Em que:
N M P
∭ DXDYDZ = LIM ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∑ K = 0 ∆ X I ∆ Y J ∆ Z K
B ∆ →0
Em que:
Como estudado, a Soma de Riemann será uma soma de paralelepípedos e, quando ∆→0, esse somatório dos paralelepípedos definidos pelo limite da
Soma Tripla de Riemann será igual ao volume do sólido B.
Assim:
V B = ∭ DV = ∭ DXDYDZ
B B
EXEMPLO 10
Determine o volume do conjunto dos pontos do espaço B definidos como
B = {(x, y, z) 1 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 3 e - 1 ≤ z ≤ 1}
SOLUÇÃO
O volume de B será dado por:
231
V B = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∫ ∫ ∫ dzdydx
B B 10 - 1
( )( )( )
231 2 3 1
V B = ∫ ∫ ∫ dzdydx = ∫ dz ∫ dy ∫ dz = (2 - 1)(3 - 0)(1 - (- 1)) = 6
10 - 1 1 0 -1
Verificando que a representação do sólido B é um paralelepípedo de lados a = 2 – 1 = 1, b = 3 – 0 = 3 e c = 1 – (– 1) = 2, o volume seria a.b.c = 1.3.2 =
6.
EXEMPLO 11
Determine o volume de um sólido V definido pelos pontos interiores ao paraboloide z = 4 – x 2 – y 2 para z ≥ 0.
SOLUÇÃO
O volume V é o paraboloide que tem boca virada para baixo, que será obtido por:
V = ∭ VdV = ∭ Vdxdydz
Assim:
4 – x2 – y2
V = ∭ dxdydz = ∬
V C0
∫
C
(
dz dxdy = ∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pela simetria polar, converteremos a integral dupla na sua forma polar, com o círculo tendo a equação 0 ≤ ρ ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π
Como 4 – x 2 – y 2 → 4 - ρ 2
( )
∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy = ∬ 4 – ρ 2 ρdρdθ
C Cp
( )
( )( ( )
2π2 2π 2
C
( )
∬ 4 – x 2 – y 2 dxdy = ∫ ∫ 4 – ρ 2 ρdρdθ =
0 0
( ) ∫ dθ
0
)
∫ 4ρ – ρ 3 ρdρ
0
V = ∭ dxdydz = (2π) 2ρ 2
V
( |
2
0 -
1
4
ρ4 |
2
0 ) = 2π(8 - 4) = 8π
Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será utilizada δ(x), medida em kg/m. Assim, cada parte
infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:
δ = lim
∆L→0
∆m
∆L
=
dm
dL ( )
kg / m
dm = δ dL
Desse modo, um objeto que tem a dimensão linear e varia desde x = a até x = b, terá massa dada por:
B
MASSA L = ∫ DM = ∫ Δ(X)DX = ∫ Δ(X)DX
L L A
Para o caso de um objeto planar, com duas dimensões, a densidade superficial de massa será definida por:
δ = lim
∆S→0
∆m
∆S
=
dm
dS ( )
kg / m 2
dm
δ= dS
→ dm = δdS
Então:
Para um objeto com três dimensões, será definida a densidade volumétrica de massa:
δ = lim
∆V→0
∆m
∆V
=
dm
dV ( )
kg / m 3
Se a massa se dividir igualmente em todo volume, então, δ será uma constante, e a massa pode ser obtida multiplicando-se δ pelo volume. No
entanto, quando o volume não é homogêneo, tendo densidade volumétrica de massa diferente em cada ponto, teremos:
O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser definidas pelas duas
densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.
EXEMPLO 12
Determine a massa de um sólido na forma de um cubo, definido por 0 ≤ x ≤ 2,0 ≤ y ≤ 2 e 0 ≤ z ≤ 2, com densidade volumétrica de massa
δ(x, y, z) = x + y + z.
SOLUÇÃO
Massa V = ∭ δ(x, y, z) dxdydz = ∭ (x + y + z)dxdydz
V V
222
Massa V = ∫ ∫ ∫ (x + y + z)dxdydz
000
| (2 )
2 1 2 2 1
∫ (x + y + z)dz = (x + y)z| 20 + z 0 = (x + y)(2 - 0) + 2
- 0 2 = 2x + 2y + 2
2 2
0
2
∫ (2x + 2y + 2)dy = (2x + 2)y| 20 + 2 2 y 2
0
1
| 2
0 (
= (2x + 2)(2 - 0) + 2 2 - 0 2 = 4x + 8 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2
| ( )
1 2
∫ (4x + 8)dx = 8x| 20 + 4 x 2 0
= 8(2 - 0) + 2 2 2 - 0 2 = 16 + 8 = 24
2
0
A densidade volumétrica de massa também pode ser usada para se obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.
O centro de massa é um ponto hipotético, no qual, na mecânica clássica, considera-se que toda massa do sistema físico estará concentrada.
As coordenadas do centro de massa de um objeto são obtidas dividindo-se o momento pela massa total. Para um objeto com densidade volumétrica
de massa dada por δ(x,y,z), as coordenadas do centro de massa podem ser obtidas pelas seguintes expressões:
Em que:
m = ∭ δ(x, y, z)dxdydz
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO 13
Determine as coordenadas do centro de massa do cubo da questão anterior.
SOLUÇÃO
No exemplo anterior, foi calculado que a massa valia 24.
∭ Vxδ ( x , y , z ) dxdydz 1 1
xˉ = m
= 24
∭ Vxδ(x, y, z)dxdydz = 24
∭ Vx(x + y + z)dxdydz
(x )
1 2 2 2 1 2 2 2
xˉ = ∫ ∫ ∫ x(x + y + z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ 2 + xy + xz dxdydz
24 0 0 0 24 0 0 0
2
) ( ) | = (2x ) ( )
1 2
∫ (2x 2 + 2xy + 2x dy = 2x 2 + 2x y| 20 + 2x 2 y 2 0
2 + 2x (2 - 0) + x 2 2 - 0 2
0
2
)
∫ (2x 2 + 2xy + 2x dy = 4x 2 + 4x + 4x = 4x 2 + 8x
0
2
( ) | | (2 ) ( )
1 2 1 2 4 32 80
∫ 4x 2 + 8x dx = 4 x 3 0
+ 8 x2 0
= 3 - 03 + 4 22 - 03 = + 16 =
3 2 3 3 3
0
Assim:
1 2 2 2 1 80 10
xˉ = ∫ ∫ ∫ x(x
24 0 0 0
+ y + z)dxdydz = 24
. 3
= 9
EXEMPLO
Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação. Podemos definir o momento de inércia para um
sólido definido no espaço.
Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade volumétrica de massa δ(x, y, z). Este objeto está definido por um volume dado por V.
Estamos interessados em calcular o momento de inércia desse objeto em relação aos três eixos coordenados.
Dividiremos esse objeto em partículas pontuais de massa dm, localizadas em um ponto (x,y,z). Dessa forma, o momento de inércia, em relação ao
eixo, será dado pela distância ao quadrado de dm ao eixo vezes o valor de dm.
Se somarmos os momentos de inércia de todas as partículas que compõem o objeto, obteremos o momento de inércia do corpo desejado.
Iy = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 dm = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dV = ∭
V
(x 2
)
+ z 2 δ(x, y, z)dxdydz
Iz = ∭
V
(z 2
)
+ y 2 dm = ∭
V
(z 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dV = ∭
V
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dxdydz
EXEMPLO 14
Determine o momento de inércia em torno dos três eixos coordenados para o cubo dos exemplos anteriores.
RESOLUÇÃO
Solução
( )
I x = ∭ V y 2 + z 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ 20 ∫ 20 ∫ 20 y 2 + z 2 (x + y + z)dxdydz ( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2 2
∫
0
[(y 2
) (
+ z 2 (y + z) + y 2 + z 2 x dz = ∫ )] 0
[(y 3 + y 2z + z 2y + z 3 + y 2 + z 2 x dz =) ( )]
( ) ( )x| ( ) ( )
1
= y 3 + y 2z + z 2y + z 3 x| 20 + y 2 + z 2 2 2 = 2 y 3 + y 2z + z 2y + z 3 + 2 y 2 + z 2 =
2 0
(
= 2y 3 + y 2 2z + 2 + 2yz 2 ) + (2z 3
+ 2z ) 2
(
+ 2z 3 + 2z 2 y| 0 = 8 + ) 2 8
3
(2z + 2) + 4z 2 + 4z 3 + 4z 2 =
40
3
+
16
3
z + 8z 2 + 4z 3
( )
2 40
| | |
16 40 16 1 2 1 2 1 2
∫ + z + 8z 2 + 4z 3 dz = z| 20 + z2 0
+ 8 z3 0
+ 4 z4 0
3 3 3 3 2 3 4
0
( )
2 40 8 40 16 8 80 32 224
∫ + z + 8z 2 + 4z 3 dz = .2+ .2+ . 8 + 16 = + + 32 + 16 =
3 3 3 3 3 3 3 3
0
222
Iy = ∭
V
(x 2
) (
+ z 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ x 2 + z 2 (x + y + z)dxdydz
000
)
222
Iz = ∭
V
(x 2
) (
+ y 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∫ ∫ ∫ x 2 + y 2 (x + y + z)dxdydz
000
)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pela simetria, as integrais resultarão no mesmo valor da integral de Ix.
224
Assim, I y = I z = 3
.
RESUMO DO MÓDULO 3
TEORIA NA PRÁTICA
Qual o momento de inércia de um sólido na forma de um cilindro de raio b e altura h, em relação a um eixo que passa pelo seu centro? Sabe-se que a
densidade volumétrica de massa do cilindro vale d 2, em que d é a distância de um ponto do cilindro ao seu eixo central.
RESOLUÇÃO
π π 1
A) ∫ 0 ∫ 0 ∫ 0 r 4sen 3θ drdφdθ
B) ∫ 2π π 1 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r sen θ drdφdθ
π 1 2
C) ∫ π 2
0 ∫ 0 ∫ 0 r cos φ drdφdθ
D) ∫ 2π π 1 6 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r cos φ drdφdθ
E) ∫ 2π π 1 6 3
0 ∫ 0 ∫ 0 r sen φ drdφdθ
2. DETERMINE A CARGA ELÉTRICA DE UMA BOLA NA FORMA ESFÉRICA DE RAIO 4 M, COM UMA DENSIDADE
VOLUMÉTRICA DE CARGA DE Λ(R, Φ, Θ) = 4RC / M 3, EM QUE R É A DISTÂNCIA AO CENTRO DA ESFERA.
A) 64π C
B) 128π C
C) 256π C
D) 512π C
E) 1024π C
A) 12
B) 16
C) 32
D) 45
E) 56
1
A) 12
5
B)
12
7
C) 12
9
D) 12
11
E) 12
5. DETERMINE O VOLUME DE UM TETRAEDRO FORMADO PELOS PLANOS CARTESIANOS E O PLANO X + Y + Z = 4.
16
A) 3
32
B) 3
64
C)
3
128
D) 3
256
E)
3
6. DETERMINE A MASSA DO SÓLIDO, COM DENSIDADE VOLUMÉTRICA E MASSA DADA POR Δ(X, Y, Z) = XZ, QUE
OCUPA OS PONTOS DEFINIDOS POR
{
V = (X, Y, Z) ∈ R 3 / 0 ≤ Z ≤ 2, 0 ≤ X ≤ 2 - Z E 0 ≤ Y ≤ 2 - Z 2 }
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL
1
A) 5
2
B)
5
3
C) 5
4
D)
5
7
E) 5
GABARITO
1. Determine a alternativa que apresenta a integral que determina o momento de inércia do sólido V em relação ao eixo z. O sólido V é o
interior de uma esfera de equação x 2 + y 2 + z 2 = 1, com densidade de massa δ(x, y, z) = x 2 + y 2 + z 2.
( ) (
I y = ∭ V x 2 + y 2 δ(x, y, z)dxdydz = ∭ V x 2 + y 2 )(x 2
)
+ y 2 + z 2 dxdydz
Como o sólido tem simetria esférica, vamos colocar a integral em coordenadas esféricas:
✓ x2 + y2 + z2 = r2
( )
x 2 + y 2 = r 2sen 2φcos 2θ + r 2sen 2φsen 2θ = r 2sen 2φ cos 2θ + sen 2θ = r 2sen 2φ
Assim:
E (
I y = ∭ V r 2sen 2φ )(r ) r senφdrdφdθ = ∭
2 2
V Er
6
sen 3φdrdφdθ
2ππ 1
Iy = ∭ r 6sen 3φdrdφdθ = ∫ ∫ ∫ r 6sen 3φdrdφdθ
VE 0 00
2. Determine a carga elétrica de uma bola na forma esférica de raio 4 m, com uma densidade volumétrica de carga de λ(r, φ, θ) = 4rC / m 3, em
que r é a distância ao centro da esfera.
A alternativa "E " está correta.
A carga elétrica é obtida de forma semelhante ao feito com a massa e densidade volumétrica de massa, pela densidade volumétrica de carga(λ), por
meio equação:
Q = ∭ Vλ(x, y, z) dxdydz
Pela simetria esférica, essa integral tripla em coordenadas esféricas será dada por:
O enunciado já fornece a densidade volumétrica de carga em coordenadas esféricas, assim: λ(r, φ, θ) = 4r.
Q=∫
2π π 4 3
0 ∫ 0 ∫ 0 4r senφdrdφdθ = ∫ ( 2π
0 dθ )(∫ senφ dφ )(∫ 4r dr )
π
0
4
0
3
3. Determine o volume do sólido definido pela interseção de um cilindro parabólico z = y2 com os planos x = 3, z = 4 e x = 0.
Analisando o volume V:
✓ Como z está limitado a 4, o valor de y está no intervalo de – 2 ≤ y ≤ 2, uma vez que, para z = 4 = y 2 → y = ± 2
✓ Para cada ponto (x,y) desse retângulo, a variável z vai variar do cilindro parabólico y 2 até o plano z = 4.
Assim:
3 2 4
V = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∫ 0 ∫ - 2 ∫ y 2dz dydx
V V
∫ y42dz = z| y42 = 4 - y 2
Resolvendo a integral em y:
|
2
( ) (2 )
1 1 16 32
∫ -22 4 - y 2 dy = 4y| -22 - y3 = 4(2 - ( - 2)) - 3 - ( - 2) 3 = 16 - =
3 3 3 3
-2
|
32 32 3 32
∫ 30 3
dx =
3
x =
3
. 3 = 32
0
4. Determine a ordenada do centro de massa de um sólido na forma de um cubo, definido por 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1 e 0 ≤ z ≤ 1, com densidade
volumétrica de massa δ(x, y, z) = 3x 2 + 3y 2 + 3z 2.
6. Determine a massa do sólido, com densidade volumétrica e massa dada por δ(x, y, z) = xz, que ocupa os pontos definidos por
{
V = (x, y, z) ∈ R 3 / 0 ≤ z ≤ 2, 0 ≤ x ≤ 2 - z e 0 ≤ y ≤ 2 - z 2 }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Analisando o volume V:
Resolvendo a integral em y:
2 - z2
0
2 - z2
∫ xz dy = xz ∫ dy = xz y|
0
2 - z2
0
( )
= xz 2 - z 2
Resolvendo a integral em x:
2-z
0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx = z 2 - z 2
( ) 2-z
0
∫ xdx = z 2 - z 2( )
1
2
x2 |
2-z
2-z
0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx =
1
2 (2z - z )(2 - z)
3 2
2-z
0
( )
∫ xz 2 - z 2 dx = 4z - 4z 2 + z 3 - 2z 3 + 2z 4 -
1 5
2
z = 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 -
1 5
2
z
Resolvendo a equação em z:
( ) |
2 2
| | | |
1 1 2 1 2 1 1 2 11 2
∫ 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 - 2
z 5 dz = 4 2 z 2 0 - 4 3 z3 0 - 4
z4 + 2 5 z5 0 - 26
z6 0
0 0
( )
2 1 32 64 16 64 4
∫ 4z - 4z 2 - z 3 + 2z 4 - z 5 dz = 4.2 - -4+ - = - 12 =
2 3 5 3 5 5
0
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 384
B) 267
C) 168
D) 123
E) 89
1
A)
3
8
B) 3
11
C) 3
13
D)
3
17
E) 3
GABARITO
1. Determine a massa de um cubo definido pelas equações 0 ≤ x ≤ 4 , 0 ≤ y ≤ 4 e 0 ≤ z ≤ 4, com densidade volumétrica de massa
δ(x, y, z) = x + 2y.
4
∫ (x + 2y)dz = (x + 2y) z| 40 = (x + 2y)(4 - 0) = 4x + 8y
0
4
∫ (4x + 8y)dy = (4x)y| 40 + 8 y 2
0
1
2 | 4
0 ( )
= (4x)(4 - 0) + 4 4 2 - 0 2 = 16x + 64
4
| ( )
4 1 4
∫ (16x + 64)dx = 64 x| 0 + 16 2
x2 0 = 64(4 - 0) + 8 4 2 - 0 2 = 256 + 128 = 384
0
Analisando o volume V:
✓ A projeção do volume sobre o plano XY será um triângulo retângulo de vértices (0,0,0), (0,2,0) e (4,0,0)
1
✓ Para cada ponto desse triângulo no plano XY, o valor de z varia de zero até o plano z = 2– 2 x– y
Assim:
1
2 – 2x – y
V = ∭ dV = ∭ dxdydz = ∬ ∫ 0 dz dxdy
V V S
Então:
V=∬
S
(2 –
1
2 )
x – y dxdy
Fonte: Autor
Assim, fixando o valor de x entre 0 ≤ x ≤ 4, o valor de y varia de zero até a reta que une os pontos (x,y) = (0,2) e (x,y) = (4,0):
| |
x y 1
1
4 0 1 = 0 → 8 - 2x - 4y = 0 → x + 2y - 4 = 0 → y = 2 - x
2
0 2 1
1
( ) ( )
1 42 - 2 x 1
∬ 2– 2
x – y dxdy = ∫ ∫ 2– 2
x – y dy dx
S 00
Resolvendo a equação em y:
1
( ) ( ) |
1
2- 2x 1 2- 2x
1 1 2- 2x 1
∫ 2– x – y dy = 2 - x y| 0 - y2
2 2 2 0
0
( ) ( )( ) ( ) ( )
2- 2x
1 1 1 1 1 2 1 1 2
∫ 2– x – y dy = 2 - x 2- x - 2- x = 2- x
2 2 2 2 2 2 2
0
1
( )
2- 2x
1 1
∫ 2– 2
x – y dy = 2 - x + 8
x2
0
Finalmente:
( )
4
| |
1 1 4 1 1 4 8 8
V= ∫ 2-x+ 8
x 2 dx = 2x| 40 - 2
x2 0
+ 8 3
x3 0
=8-8+ 3
= 3
0
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral tripla de funções escalares.
No primeiro módulo, definimos a integral tripla e estudamos como se calcula a integral em coordenadas retangulares. Vimos que a integral tripla pode
ser obtida por meio de três integrais simples iteradas.
No segundo módulo, apresentamos o sistema de coordenadas cilíndricas e esféricas, bem como a representação e o cálculo da integral tripla nesses
dois sistemas de coordenadas.
Por fim, vimos exemplos de aplicação de integral tripla no cálculo de volumes, no cálculo de massa e centro de massa, e no momento de inércia.
Consideramos que, ao fim deste tema, você saiba definir e trabalhar com a integração tripla de funções escalares.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 2 ed. Estados Unidos da América: John Wiley & Sons, 1969. cap. 11, p. 92-416. Vol 2.
GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. cap. 5, p. 105-140. Vol 3.
STEWART, J. Cálculo. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. cap. 16, p. 1020-1051. Vol 2.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise nas referências e na internet.
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Aplicação do conceito de integral de linha de campos escalares e campos vetoriais.
PROPÓSITO
Calcular a integral de linha para campos escalares e vetoriais, bem como a sua aplicação em campos conservativos e a do teorema
de Green.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Processing math: 36%
Calcular a integral de linha de campos vetoriais
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Existem alguns problemas práticos para os quais é necessário calcular o efeito de uma função escalar sobre uma determinada
trajetória.
Imagine que você conheça a densidade linear de massa de um objeto que tem a forma de uma curva. Essa densidade linear define
como a massa se distribui pelo comprimento do objeto em cada ponto dele. Se essa densidade não for constante, deve ser
analisado o efeito desta função em cada ponto do objeto, e depois somar todos esses valores.
A integral de linha de campos escalares é a ferramenta matemática que fornece uma solução para esses problemas.
Nós já conhecemos a integração simples que permitiria a integração de uma função real para um intervalo [a,b]. Essa integral
simples permitiria resolver esse tipo de problema caso a função dependesse apenas de uma variável e a forma da curva fosse uma
reta obtida pela variação dessa variável de a até b.
A integral de linha amplia essa possibilidade, permitindo trabalhar com um campo escalar, que depende de várias variáveis,
integradas por uma curva que tem um trajeto qualquer.
Neste módulo, você vai conhecer a definição e como calcular a integral de linha.
Processing math: 36%
INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS ESCALARES
Iniciaremos nosso estudo apresentando uma curva parametrizada.
CURVA PARAMETRIZADA
() [ ]
A curva paramétrica γ t : a, b ⊂ R → R n, com n inteiro maior do que 1, é percorrida variando o valor do parâmetro t.
EXEMPLO 1
A curva γ(t) = (cos t, sen t), para 0 ≤ t ≤ 2π. Observe que x(t) = cos t e y(t) = sen t. Assim x 2(t) + y 2(t) = 1, representando uma
circunferência de raio 1 no plano XY, com a variação do valor de t.
EXEMPLO 2
A curva γ(u) = (2 cos u, 2 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 10. Observe que x(u) = cos u, y(u) = sen u e z(u) = u. Assim x 2(u) + y 2(u) = 4 e
z(u) = u, representando uma hélice circular, no espaço XYZ, com raio 2 e com z variando de 0 até 10, com a variação do valor do
parâmetro u.
Considere que esta curva é derivável em seu domínio. A derivada de γ(t) representa a taxa de variação instantânea de γ(t) em
relação ao parâmetro t. Portanto, podemos usar uma aproximação, tal que o comprimento de um arco (“pedaço”) desta curva será
dado por:
| ( )| ∆ t
∆ s = γ' t
Com ∆ t = t f - t i, sendo t f e t i os valores do parâmetro para o ponto inicial e final do pedaço da curva analisado.
Vamos considerar o caso onde essa função escalar f apresenta em seu domínio os pontos percorridos pela curva γ(t). Assim,
γ(t) ⊂ S, para t ∈ [a, b].
Imagine que conhecemos o valor da densidade linear de massa de um objeto (δ) que tem a forma de uma Curva C, definida por uma
parametrização γ(t). Essa densidade linear é representada por uma função que tem um valor diferente em cada ponto dessa Curva
C. Por exemplo, no caso do ℝ 3, a densidade linear seria uma função δ(x, y, z).
Como o objeto tem a forma de uma curva definida por sua parametrização, podemos dizer que a função densidade será dada por
δ = f(γ(t)), onde γ(t) representa cada ponto da curva.
Como a densidade linear de massa é a razão entre a massa pelo comprimento, se desejarmos obter o valor da massa em um
pedaço ∆ L do objeto, ela será obtida por:
∆M = Δ∆L
Assim, se fizermos esse pedaço ser tão pequeno quanto desejarmos, isto é, ∆ L → 0, podemos definir que
| ( )| ∆ t.
∆ m = f(γ(t)) ∆ L = f(γ(t)) γ ' t
Vamos usar um raciocínio análogo ao da Soma de Riemann, utilizada na definição de integrais simples. Vamos pegar o objeto, na
forma da curva, e dividir em m pedaços. A massa total pode ser obtida por:
Esse limite do somatório, quando existir, será representado na forma de uma integral e denominado integral de linha de um campo
escalar.
Repare, portanto, que a integral de linha de funções escalares é uma ferramenta definida para determinar o valor do produto de uma
função escalar pelo comprimento em uma trajetória definida por uma curva.
No exemplo anterior, foi usada a densidade linear de massa, mas há várias aplicações práticas nas áreas de Eletromagnetismo,
Física, estudo de escoamento de fluidos, entre outras.
Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de função escalar é semelhante à integral simples de uma função real, com
a seguinte diferença:
A INTEGRAÇÃO É FEITA POR MEIO DE UMA TRAJETÓRIA DEFINIDA POR UMA CURVA
(OU LINHA) QUALQUER, E QUE O INTEGRANDO SERÁ O PRODUTO DE UMA FUNÇÃO
PELO COMPRIMENTO DE UM PEDAÇO INFINITESIMAL DA TRAJETÓRIA.
()
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : [a, b] ⊂ ℝ → ℝ n, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.
Sejamath:
Processing uma36%
função escalar f : S ⊂ ℝn → ℝ, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.
A integral de linha da função escalar f sobre C será definida por:
| ( )|DT
B
∫ F(Γ(T))DL = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A
Outra denominação para essa integral é integral de linha com relação ao comprimento de arco. Essa denominação é para
diferenciar da integral de linha de campos vetoriais, que será estudada posteriormente.
Repare na simbologia: a letra C colocada abaixo da integral representando que está se integrando sobre a Curva C.
Como estamos obtendo uma integração sobre a Curva C, para cada ponto do percurso é obtido o valor de f γ t 0 ( ( )) vezes o
) ) | ( )| ∆ t.
comprimento infinitesimal ∆ s(t 0 . Lembrando que ∆ s(t 0 = γ ' t 0
Fonte: EnsineMe
Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ 2 e ℝ 3, considerando que a Curva C é definida pelas parametrizações γ(t) = (x(t), y(t)),
no caso do ℝ 2, e γ(t) = (x(t), y(t), z(t)), para ℝ 3.
Assim:
√( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2
∫ F(X, Y)DL = ∫ F(X(T), Y(T)) + DT
DT DT
C A
ou
√( ) ( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2 DZ ( T ) 2
∫ F(X, Y, Z)DL = ∫ F(X(T), Y(T), Z(T)) DT
+ DT
+ DT
DT
C A
Processing math: 36%
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observe que, após a montagem da integral de linha, o problema recai no cálculo de uma integral definida simples com o integrando
sendo uma função real.
EXEMPLO
Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é a semicircunferência de centro na origem com raio
2 e com y ≥ 0.
RESOLUÇÃO
Vamos inicialmente definir a Curva C. Como ela é uma semicircunferência de raio 2, temos que:
Observe que x 2(t) + y 2(t) = 4cos 2t + 4sen 2t, que é uma circunferência no plano XY de raio 2.
Como desejamos apenas a parte de cima dessa semicircunferência, isto é, y ≥ 0. O parâmetro t não irá variar de 0 até 2π, que
seria o caso da circunferência inteira, e sim de 0 até π.
f(x, y) = 4 sen(2t) + 1
|γ (t )| = √(- 2 cos t)
' 2 + (2 sen t) 2 = √4 cos 2t + 4 sen 2t = √4 = 2
Dessa forma:
∫ f dl = 8
C
1
2 ( ( )|
- cos 2t
π
0
+ 2t| π
(
0 = - 4 cos2π - cos0) + 2(π - 0) = 2π
A integral de linha independe da parametrização utilizada para a curva. Em outras palavras, se usarmos duas parametrizações
diferentes, desde que as duas definam a mesma curva, a integral de linha tem que dar o mesmo resultado.
EXEMPLO
Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é definida pela equação γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u)
π π
com - 4 ≤ u ≤ 4
RESOLUÇÃO
() (
Assim, γ ' u = (- 2sen 2u) ', (2cos 2u) ' = ) ( - 4cos 2u, - 4 sen 2u )
E:
Dessa forma:
π
π
| ( )|du = ∫
4
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u 4(- 4 sen(4u) + 1)du
0 π
C - 4
( ( )| ( ( )) ( ( ))
π
π
1 4 π π
∫ f dl = 16 4 - cos 4u + 4u| 4π = - 4 cosπ - cos - π +4
4
- 4
= 2π
π - 4
C - 4
Observe que, apesar da mudança de parametrização para a curva, a integral de linha não mudou de valor.
Repare que quando o caminho C é uma reta sobre o eixo x, y ou z, a integral de linha se transforma na integral simples de uma
função real.
EXEMPLO
Processing math: 36%
Se a Curva C for a reta no plano XY que une os pontos (a,0) e (b,0), assim:
√( )
b dx ( t ) 2 b dx ( t )
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0) + (0) 2dt = ∫ f(x(t), 0) dt
dt dt
C a a
b b
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0)dx(t) = ∫ f(x)dx
C a a
Por fim, para definirmos a integral de linha, supomos que a equação que parametriza a curva apresenta derivada. Outra forma é
dizer que a curva é suave.
Observe a figura a seguir, a curva não apresenta derivadas no ponto c e d. Repare que forma um “bico”, tendo limites laterais
diferentes da variação da função. Outra forma de não ter a derivada no ponto é se a curva não fosse contínua. Observe:
Fonte: EnsineMe
Se desejarmos calcular uma integral de linha do ponto t = a até o ponto t = b, não poderíamos aplicar a forma direta, pois a curva
não é integrável em todo o percurso.
t = a até t = c
t = c até t = d
t – d até t = b
Assim:
C A C D
Toda vez que conseguirmos dividir a Curva C dessa forma, dizemos que ela é suave em partes.
Processing math: 36%
EXEMPLO
Determine a integral de linha do campo escalar f x, y ( ) = x y sobre a Curva C definida pelos pontos (x,y) tais que γ(t) = (t, |t|) com
2
- 1 ≤ t ≤ 1.
RESOLUÇÃO
Observe que não existe a derivada para γ(t) quanto t = 0. Assim, para realizar a integral de linha, dividiremos a curva em duas
partes:
γ(t) =
{ (t, - t), - 1 ≤ t ≤ 0
(t, t), 0 ≤ t ≤ 1
f(x, y) = xy → f γ(t) =
( ){ t 2(- t) = - t 3, - 1 ≤ t ≤ 0
t 2. t = t 3, 0 ≤ t ≤ 1
Assim:
1 0 1
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
C -1
| ( )|du = ∫ -1
| ( )|du + ∫ f(γ(u)) |γ (u )|du
f(γ(u)) γ ' u
0
'
√2
( )
√2
( )
√2
∫ f dl = - 4 0 4 - (- 1) 4 + 4 1 4 - 0 4 = 2
C
Muitas dessas aplicações, quando temos uma configuração em duas ou três dimensões, são solucionadas por integrais duplas ou
triplas.
Em relação ao nosso problema atual, trabalharemos um objeto no espaço que possua uma dimensão.
MEDIDA DE COMPRIMENTO
Um objeto definido pela Curva C, com equação paramétrica γ(t), pode ter seu comprimento medido considerando na integral de linha
à função escalar como unitária.
| ( )|DT
B
COMPRIMENTO = ∫ DL = ∫ Γ ' T
C A
Onde o ponto inicial da curva a ser medida se dá para o parâmetro t = a, e o ponto final, para o parâmetro t = b.
EXEMPLO
Qual é o comprimento total da hélice circular com a equação paramétrica definida por γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 5.
RESOLUÇÃO
5
Comprimento = ∫ dl = ∫ √10 du = √10(5 - 0) = 5√10
C 0
DENSIDADES LINEARES
Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir a massa do mesmo em relação a sua dimensão pela densidade de
massa. Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será medida em kg/m.
Assim, cada parte infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:
∆M DM
Δ = LIM = (KG/M)
∆L DL
∆L→0
DM = Δ DL
Quando esse objeto tiver a forma de uma Curva, definida pela equação γ(t):
| ( )|DT
B
MASSA(M) = ∫ Δ(Γ(T))DL = ∫ Δ(Γ(T)) Γ ' T
C A
COMENTÁRIO
O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser
definidas pelas suas densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.
CENTRO DE MASSA
A densidade linear de massa também pode ser usada para obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.
∫ X DM ∫ X Δ ( Γ ( T ) ) DL
ˉ =
X C = C
M M
∫ Y DM ∫ Y Δ ( Γ ( T ) ) DL
ˉ =
Y C = C
M M
∫ Z DM ∫ Z Δ ( Γ ( T ) ) DL
Zˉ = C = C
M M
MOMENTO DE INÉRCIA
O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto.
Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação. Podemos definir o momento de
inércia para um sólido definido no espaço.
Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade linear de massa δ(x, y, z). Esse objeto tem forma definida por uma
Curva C e sua equação paramétrica γ(t).
RESUMO DO MÓDULO 1
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
(
F X, Y, Z ) = X Y + Z SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = (T , 2T , T + 5 ) COM
2 2
0 ≤ T ≤ 5:
) ( √t )
5
0
(
A) ∫ t 4 + t + 5 2 + 2 dt
) (√16t )
5
0
(
B) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 2 dt
) (√t )
1
0
(
C) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 4 dt
0
(
D) ∫ t 2 + t 2
+ 2 dt
) (√6t )
1
0
(
E) ∫ 4t 4 + 5 2 + 4 dt
( )
3. DETERMINE ∫ X 2 + Y DL ONDE C É UM ANEL CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 4:
C
A) 16 π
B) 32 π
C) 64 π
D) 128 π
E) 256 π
( )
C
EQUAÇÃO PARAMÉTRICA Γ(T) = T, 2T 2, 3T 3 COM 0 ≤ T ≤ 1:
A) 90
B) 91
C) 92
D) 93
E) 94
3
A)
111
10
B) 7
5
C) 7
5
D) 11
13
E) 3
(
A) 2 e 2 - e - 2 + 1 )
B) 2 (e 2 + e -2 )
C) 2 (e 2
- e -2 - 1 )
(
D) 2 e 2 - e - 2 )
E) 2 (e 4
- e -2 )
GABARITO
1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f x, y, z ( ) = x y + z sobre a curva definida pela
2
(
equação γ(t) = t , 2t 2, t + 5 com 0 ≤ t ≤ 5: )
A alternativa "B " está correta.
(
Como γ(t) = t , 2t 2, t + 5 : )
() (
γ ' t = (t) ' , (2t ) , (t + 5) ) = (1 , 4t, 1)
2 ' '
(
f x, y, z ) = x y + z → f(γ(t)) = t (2t ) + (t + 5) = 2t
2 2 2 4 +t+5
Assim:
) (√16t )
5 5
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
Processing
C math:
0 36%
| ( )|dt = ∫ (2t 0
4 +t+5 2 + 2 dt
2. Assinale a alternativa que apresenta a integral para calcular o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na
forma de um quarto de circunferência no plano XY, de raio 2, com centro na origem, e com x e y maior ou igual a zero. Sabe-
π
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( 2cos t , 2 sen t, 0) para 0 ≤ t ≤ 2 .
Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.
Então:
δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2 → δ(γ(t)) = √2. 4cos 2t + 4 sen 2t → δ(γ(t)) = √8 cos2t + 4 sen 2t = √4 cos 2t + 1
Dessa forma:
( () ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt
π
I z = ∫ 02 x 2 t + y 2 t '
π π
I z = ∫ 02 4. √ 4 cos 2t + 1 . 2dt = ∫ 02 8 √4 cos2t + 1 dt
( )
3. Determine ∫ x 2 + y dl onde C é um anel centrado na origem de raio 4:
C
Necessitamos, inicialmente, parametrizar a Curva C. Como a curva é um anel (circunferência) de raio 4, teremos que
γ(t) = (4 cos t, 4 sen t) com 0 ≤ t ≤ 2π.
Assim:
Assim:
2π 2π
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ 4 (16cos t + 4 sen t )dt
0
2
2π 2π
∫ f dl = 64 ∫ cos 2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0
Processing
Usandomath:a36%
fórmula do arco duplo 2 cos 2t = 1 + cos 2t
2π 2π 2π 2π 2π
∫ f dl = 32 ∫ (1 + cos 2t)dt + 16 ∫ sen tdt = 32 ∫ dt + 32 ∫ cos2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0 0 0 0
|
1 2π
∫ f dl = 32 t| 2π
0 + 32 2 sen 2t - 16 cos t| 2π
0
C 0
4. Determine a integral de linha ∫ 15 (x + 3y) dl, onde a Curva C é definida pela equação paramétrica γ(t) = t, 2t 2, 3t 3 com
C
( )
0 ≤ t ≤ 1:
Como γ(t) = t, t 2, t
3 ( ) 2 3
, então γ ' t = 1, 2t, 2t 2 () ( )
√1 + 4t 2 + 4t 4 = √ (1 + 2t 2 ) ( )
2
Assim, |γ'(t)| = = 1 + 2t 2 .
( )
Como f(x, y) = 15 x + 3y → f(γ(t)) = 15 t + 3.2t 2 = 15 1 + 6t 2 ( ) ( )
Portanto,
1 1
| ( )|
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
dt = 15 ∫ 1 + 6t 2
0
( )(1 + 2t ) dt 2
1
(
∫ f dl = 15 ∫ 1 + 8t 2 + 12t 4 dt
C 0
)
| ( )
1
|
1 1 1 5 8 12 91
∫ f dl = 15t| 10 + 15.8 t 3 0 + 15. 12 t = 15 1 + + = 15. = 91
3 5 3 5 15
C 0
5. Determine as coordenadas da ordenada do centro de massa de um fio com a forma de uma hélice circular com equação
paramétrica dada por γ(t) = (2 cost, t, t sen t), com 0 ≤ t ≤ 2. Sabe-se que a densidade linear desse fio é igual à quarta
potência da distância de um ponto do fio até a origem do sistema cartesiano.
INTEGRAL DE LINHA
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
( ) ( √t )
2
B) ∫ t 2 t + 5 2 + 2 dt
0
( ) (√4t )
2
C) ∫ 16t 2 t + 5 2
+ 1 dt
0
( ) (√t )
2
D) ∫ 16t 2 t + 1 2 + 1 dt
0
(√ )
1
E) ∫ 16t 2 t 2 + 1 dt
Processing math: 36%
0
2. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE
UMA SEMICIRCUNFERÊNCIA NO PLANO XY, DE RAIO 1, COM CENTRO NA ORIGEM E COM X MAIOR
OU IGUAL A ZERO. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = X.
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
GABARITO
1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f(x, y) = 2xy sobre a curva definida pela equação
(
γ(t) = 2t 2 , 2t + 10 com 0 ≤ t ≤ 2: )
A alternativa "C " está correta.
(
Como γ(t) = 2t 2, 2t + 10 : )
() ((
γ' t = ) '
)
2t 2 , (2t + 10) ' = (4t , 2)
2. Determine o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de uma semicircunferência no plano XY, de
raio 1, com centro na origem e com x maior ou igual a zero. Sabe-se que a densidade linear de massa do objeto vale
δ(x, y, z) = x.
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( sen t , cos t, 0) para 0 ≤ t ≤ π.
Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.
Então:
Dessa forma:
π
( ()
Iz = ∫ 0 x2 t + y2 t( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt = ∫ sen tdt = - cos t| = (cos 0 - cosπ) = 2
' π
0
π
0
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Nós já estudamos em outras oportunidades a função real, a função escalar e a função vetorial. Neste módulo, definiremos o quarto
tipo de função que está faltando: os campos vetoriais.
CAMPOS VETORIAIS
Dependendo da definição do conjunto domínio e do contradomínio de uma função matemática, definimos vários tipos diferentes de
função. A função real, a função escalar e a função vetorial já foram estudadas por nós em outras oportunidades.
Vamos relembrá-las:
FUNÇÃO REAL
FUNÇÃO VETORIAL
FUNÇÃO ESCALAR
Tem domínio e contradomínio contidos no conjunto dos números reais. Assim, a entrada e a saída são números reais.
Tem domínio contido no conjunto dos números reais e contradomínio no conjunto ℝ m, com m inteiro e maior do que um. Dessa
forma, sua entrada é um número real, mas sua saída é um vetor com m componentes.
Tem domínio contido no conjunto ℝ n, com n inteiro maior do que um, e contradomínio no conjunto dos números reais. Portanto, sua
entrada é um vetor com n componentes e a saída é um número real.
Nesse momento, vamos definir o quarto tipo de função, denominada campo vetorial.
Um outro nome para os campos vetoriais é função de diversas variáveis reais a valores vetoriais. Vamos definir formalmente o
campo vetorial.
DEFINIÇÃO
→
O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO F : S ⊂ ℝ N → ℝ M, ONDE S É UM
SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N E TANTO M QUANTO N SÃO INTEIROS
MAIORES DO QUE UM.
( ) ( ) ( )
→
Assim a cada elemento x 1, x 2, …, x n ∈ S ⊂ ℝ n, será associado um único vetor F x 1, x 2, …, x n = y 1, y 2, …, y m ∈ ℝ m.
{( →
) ( )
IM F = F X 1, X 2, …, X N = Y 1, Y 2, …, Y M ∈ R M / X 1, X 2, …, X N ∈ S ⊂ R N ( ) }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A imagem do campo vetorial é um vetor e cada uma de suas componentes serão funções escalares que dependerão das variáveis
independentes de entrada.
→
Para o caso de uma função F : S ⊂ ℝ 3 → ℝ 3, podemos escrever o campo vetorial em relação às suas funções escalares
componentes, como:
→
F(X, Y, Z) = 〈P(X, Y, Z), Q(X, Y, Z), R(X, Y, Z)〉 = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ
EXEMPLO
→ →
Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈e x + y, 2z 2 + 10, ln (y + 1), x + y + z〉. Determine as imagens de F para quando o elemento de
entrada for (– 1, 0, 2).
RESOLUÇÃO
→
Repare que o campo vetorial F apresenta domínio no ℝ 3 e imagem no ℝ 4. Assim, terá em sua entrada um vetor de 3 componentes e
Processing math: 36%
a saída um vetor do ℝ 4.
→
Dessa forma, F(- 1,0, 2) = 〈e - 1 + 0, 2.2 2 + 10, ln (0 + 1), - 1 + 0 + 2〉 = 〈e - 1, 18, 0, 1〉
EXEMPLO
O mapeamento de velocidade de um líquido, isto é, em cada ponto do espaço, definido por variáveis (x,y,z), tem definido um vetor
velocidade com suas três componentes (vx, vy, vz) que dependem das variáveis de entrada.
Outro exemplo é o valor de uma força tridimensional em cada ponto de um sólido. Que também associa em cada ponto espacial
(x,y,z) um vetor força. O campo elétrico em cada ponto do espaço.
Quando estudamos campos escalares, vimos o gradiente de uma função escalar, que foi definida como:
(
∇ F X 1, X 2, …, X N = ) ( ∂ X1 (X1, X2, …, XN ), …,
∂F
∂ XJ ( 1
∂F
X , X 2, …, X N ), …,
∂F
∂ XN (X1, X2, …, XN ) )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Repare que o gradiente de uma função escalar é um campo vetorial, pois apresenta um vetor com n componentes na entrada e n
funções escalares na saída.
O campo vetorial, por ser um vetor, obedece a todas as operações e propriedades vetoriais.
EXEMPLO
→ →
Determine o produto vetorial entre a imagem dos campos vetoriais F(x, y, z) = 〈x + y, x - z, z〉 e G(x, y, z) = 〈2y - z, 3x + y, y + 1〉 no
ponto (1,1,1).
RESOLUÇÃO
→
F(1,1, 1) = 〈1 + 1,1 - 1,1〉 = 〈2,0, 1〉
→
G(1,1, 1) = 〈2 - 1, 3 + 1,1 + 1〉 = 〈1,4, 2〉
| ( )|DT
B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A
Podemos, de forma análoga, definir uma integral de linha para um campo vetorial.
Para definir essa integral de linha, vamos seguir um exemplo prático que seria o cálculo do trabalho de uma força sobre uma
trajetória.
Seja a Curva C definida pela equação parametrizada γ(t). Imagine um objeto tendo como trajetória a Curva C. Assim, a posição do
( )
objeto para o instante t o, seria dada por γ t 0 .
→
Seja um campo vetorial que representa uma força F. Considere que as posições definidas pela trajetória façam parte do domínio do
( )
→
campo vetorial. Assim, em cada posição, teremos um valor para o vetor F. No instante t 0, o objeto estará na posição γ t 0 , e sobre
( ( )).
→
essa posição existirá um campo vetorial de valor F γ t 0
Fonte: EnsineMe
Necessitaremos definir um sentido para essa trajetória. Tanto faz qual seja, mas após a sua definição, a parametrização da curva
devemath:
Processing respeitar
36% o sentido escolhido. Em nosso exemplo, consideraremos sentido positivo da esquerda para direita.
Quando não é informada a orientação da curva, considera-se o sentido de percurso o do crescimento do parâmetro.
Aprendemos, na Física, que o trabalho que uma força exerce sobre um deslocamento vale o produto escalar entre a força e o vetor
deslocamento.
ATENÇÃO
Lembre-se que o vetor deslocamento é o que tem início na posição inicial do objeto e extremidade na posição final. Como
consideramos o sentido positivo da esquerda para a direita, o vetor deslocamento terá sempre esse sentido.
Durante o percurso, a força pode variar. Assim, temos que fazer o percurso tão pequeno quanto pudermos para usarmos a condição
( ( )) para um
→
que a força não varia nesse trecho. Dessa forma, podemos dizer que o trabalho realizado pela força F γ t 0
( ( )) ( ) ( ( )) ( ( ) ( ))
→ → → → →
∆ Τ = F Γ T0 . ∆ Γ T0 = F Γ T0 . Γ T0 + ∆ T - Γ T0
COM ∆ T → 0
Considere que a equação parametrizada da curva apresenta derivada, isto é, que a curva é suave no seu domínio. Como o vetor
( )
→
∆ γ t 0 será tão pequeno quanto desejarmos, podemos afirmar que ele terá a direção da reta tangente à curva e usará o teorema
( ) (( ) ( )) ( )
→ → → →
∆ Γ T0 = Γ T0 + ∆ T - Γ T0 = Γ' T 0 ∆ T
( ( )). ∆ γ (t0 ) = F (γ (t0 )). γ' (t0 ) ∆ t com ∆ t tendendo para zero.
→ → → →
Então, ∆ τ = F γ t 0
COMENTÁRIO
( )
→
Observe a figura anterior, como γ' t 0 terá a direção da tangente à curva:
→
Onde α é o ângulo entre o vetor F e a tangente à curva da trajetória no ponto t 0.
( ) | | ||
→ → → →
Se considerarmos a componente do vetor F na direção e sentido da trajetória F T , como F T = F cos α:
Em cada posição da trajetória, tanto o módulo do campo vetorial quanto o ângulo, que o vetor força faz com o deslocamento, pode
→
mudar. Para calcular o trabalho total exercido pela força F desde um instante t = a até um instante t = b, necessitaremos somar todos
os trabalhos realizados em cada trecho da trajetória.
Seguindo um raciocínio análogo que foi feito com a Soma de Riemann, dividiremos as trajetórias em partições tão pequenas quantos
desejarmos e calcularemos o trabalho para cada uma dessas partições infinitesimais. Quando o tamanho das partições tenderem a
zero, ou como outra forma de pensar, quando o número de partições tenderem ao infinito, o trabalho total será obtido pelo somatório
do trabalho em cada partição.
ATENÇÃO
Quando o tamanho de cada partição tender a zero, será o mesmo que fazer a variação da parametrização ∆ t tender a zero,
garantindo a aproximação do vetor deslocamento através de sua derivada.
→
Esse limite é semelhante ao da integral simples, sendo definido como a integral de linha do campo vetorial F sobre a Curva C,
definida por γ(t):
( ( )) ( )
→ → → →
LIM ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
M→∞
Deduzimos a integral de linha para campo vetorial por meio de um exemplo prático de cálculo de trabalho. Existem, porém, diversas
outras aplicações. Toda vez que desejarmos obter o efeito de um campo vetorial sobre uma trajetória, a integral de linha para campo
vetorial será usada.
Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de campo vetorial é semelhante a integral de linha de campo escalar, com a
diferença que desejamos o efeito da projeção do campo vetorial sobre a trajetória e não apenas o módulo do campo.
Processing math: 36%
() [ ]
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : a, b ⊂ ℝ → ℝ n, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.
→
Seja uma função escalar F : S ⊂ ℝ n → ℝ n, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.
→
A integral de linha do campo vetorial F sobre C é definida por:
→ → → →
∫ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
É preciso tomar cuidado, pois no integrando temos um produto escalar entre dois vetores e não uma multiplicação simples.
Observe que, após a montagem da integral de linha e o cálculo do produto escalar, o problema recai no cálculo de uma ou mais
integrais simples com os integrandos sendo funções reais.
Quando essa curva for fechada, podemos representar a integral pela simbologia a seguir:
→ → → →
∮ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lembre-se, também, que caso a Curva C não seja suave em todo seu domínio, devemos dividir a trajetória em pedaços onde a
curva é suave, da mesma forma que fizemos para integral de linha em campos escalares para curvas suaves em partes.
Da mesma forma, a integral de linha de campo vetorial também independe da parametrização da curva utilizada.
EXEMPLO 1
→ → →
(
Determine o valor da integral de linha ∫ F. d γ, onde F(x, y, z) = 〈2x, - y, 3z〉 e a Curva C é definida pela equação γ(t) = 1 - t 2, 2t, t
C
)
com 0 ≤ t ≤ 2, com orientação positiva no sentido do crescimento do parâmetro t.
EXEMPLO 1
RESOLUÇÃO
→
( )
Como F(x, y, z) = 〈x, y, z〉 e γ(t) = 1 - t 2, 2t, t , então:
γ'(t) = (- 2t, 2, 0)
→
→
( )
Assim, F(γ(t)). γ ' (t) = 2 - 2t 2 (- 2t) + (- 2t). 2 + 3t. 0 = 4t 3 - 4t - 4t = 4t 3 - 8t
∫CF→.dγ→=∫024t3-8tdt=t402-4t202=16-4.4=0
Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ3. Seja a Curva C definida pelas parametrizações γ t = x t , y t , z ( t ) .
F→x,y,z=Px,y,z,Qx,y,z,Rx,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^.
Assim:
∫CF→γt.dγ→=∫abF→γt.γ→'tdt
∫CF→γt.dγ→=∫abPx,y,zdxdt+Qx,y,zdydt+Rx,y,zdzdtdt
EXEMPLO 2
Determine o valor de ∫Cx2dx+2y dy, sendo a Curva C definida por γt=(2t2,cos t), com 0≤t≤π2. Considere a orientação positiva da
curva no sentido do crescimento do parâmetro t.
RESOLUÇÃO
Então:
RESUMO DO MÓDULO 2
Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos finais e iniciais de uma Curva C dada pela equação γt=(t,t,t), com
1 ≤ t≤ 2, sabendo que a diferença de potencial é dada pela equação:
∆V=Vf-Vi=-∫CE→.dγ→ [Volts]
RESOLUÇÃO
CAMPOS VETORIAIS
MÃO NA MASSA
A) f(y)= y2+ 2 ln y
B) F→t=2t, t+1,cos t
C) F→u,v,w=2v, u+w
D) fx,y,z=2x+zln y
E) F→x,y=x+y,
Processing math: 36% y+2, yln x
2. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS F→X,Y=X+Y, X2+3, Y-1, G→U,V,W=U+V, V+W, U+W E
H→X,Y,Z=X2+Y, Z2,3Y. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL T→X,Y,Z, PARA O
PONTO (X,Y,Z) = (1, 0, 2). SABE-SE QUE T→X,Y,Z = 2F→X,Y ×(G→X,Y,Z-3H→X,Y,Z).
A) 6
B) 7
C) 8
D) 9
E) 10
A) 2728
B) 2324
C) 2928
D) 2123
E) 1921
4. DETERMINE A INTEGRAL ∫C(X DX+Y DY+ZDZ) COM C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA
ΓT=(T3,T2,T) COM 0 ≤ T ≤2. CONSIDERE A ORIENTAÇÃO DO PERCURSO NO SENTIDO DE
CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T.
A) 32
B) 40
C) 42
D) 48
E) 50
A) -52+63
B) 52-63
C) 22-63
Processing math: 36%
D) 22+63
E) 52+63
6. UMA FORÇA F→X,Y,Z=X+2, Y+1 ATUA SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVIMENTA SOBRE UMA
CURVA, QUE, POR SUA VEZ, É UM ARCO DE CICLOIDE DE EQUAÇÃO ΓT=2T-SEN T, 2(1-COS T) COM
0≤T≤2Π DETERMINE O TRABALHO REALIZADO POR ESTA FORÇA:
A) 8π2
B) 8π(π-1)
C) π(π+1)
D) 8π(π+1)
E) 8π2-1
GABARITO
As alternativas c e e apresentam campos vetoriais, porém somente a alternativa c apresenta domínio no ℝ3, sendo a alternativa
verdadeira.
2. Sejam os campos vetoriais F→x,y=x+y, x2+3, y-1, G→u,v,w=u+v, v+w, u+w e H→x,y,z=x2+y, z2,3y. Determine o módulo da
imagem do campo vetorial T→x,y,z, para o ponto (x,y,z) = (1, 0, 2). Sabe-se que T→x,y,z = 2F→x,y ×(G→x,y,z-3H→x,y,z).
Assim, G→1,0,2-3H→1,0,2=1-3,2-12,3-0=-2,-10,3
T→1,0,2=2,8,-2X-2,-10,3=x^y^z^28-2-2-103
Processing math: 36%
T→1,0,2=24-20x^+4-6y^+-20+16z^=4x^-2y^-4z^
T→1,0,2=42+(-2)2+42=16+4+16=36=6
3. Determine a integral de linha ∫CF→.dγ→, sendo o campo vetorial F→x,y,z=xyx^+yzy^+xzz^ e a Curva C definida pela
equação γt=(t2,t3,t), para 0≤t≤1.
F→γ(t)=t2.t3,t3.t,t2.t=t5,t4,t3
γt=(2t,3t2,1)
Portanto, F→γt.γ→'t=2t.t5+3t2.t4+1.t3=5t6+t3
Assim, ∫CF→.dγ→=∫01(5t6+t3)dt=517t701+14t401=57+14=2728
4. Determine a integral ∫C(x dx+y dy+zdz) com C definida pela equação paramétrica γt=(t3,t2,t) com 0 ≤ t ≤2. Considere a
orientação do percurso no sentido de crescimento do parâmetro t.
Como γt=(t3,t2,t)
γ't=3t2,2t,1
F→x,y,z=Px,y,z,Qx,y,z,Rx,y,z=x x^+yy^+zz^
Assim:
∫CF→γt.dγ→=∫02F→γt.γ→'tdt
∫CF→γt.dγ→=∫02x dxdt+ydydt+zdzdtdt
∫CF→γt.dγ→=316t602+214t402+12t202=262+242+222=32+8+2=42
5. Determine o valor da integral ∫C(xz dx+y dy+dz). A Curva C é definida pela interseção da esfera de raio 2, centrada na
origem, as regiões x ≥ 0, y ≥ 0 e z ≥ 0 e o plano x = z. O sentido do percurso da Curva C será entre seu ponto inicial (0,2,0)
até 2,0,2.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 6
B) 62
C) 12
D) 63
E) 102
A) 34
B) 57
C) 65
D) 98
E) 23
GABARITO
1. Sejam os campos vetoriais G→u,v=2u+v, v2, u+2, F→x,y,z=x+2y, y+2z, z-2x e H→u,v,w=u2+2, v2,3w. Determine o módulo
da imagem do campo vetorial R→x,y,z para o ponto (x,y,z) = (– 1 , 1, 0). Sabe-se que R→x,y,z=3G→x,y ×(F→x,y,z-H→x,y,z).
G→-1,1=2.-1+1,12,-1+2=-1,1,1
3G→-1,1=3.(-1),3.1,3.1= -3,3,3
Assim F→-1,1,0-H→-1,1,0=1-3,1-1,2-0=-2,0,2
R→-1,1,0=-3,12,3X-4,0,-2=x^y^z^-333-202
R→-1,1,0=6-0x^+-6+6y^+0+6z^=6x^+6z^
R→-1,1,0=62+02+62=72=62
2. Determine a integral de linha ∫CF→.dγ→, sendo o campo vetorial F→x,y,z=2y2zx^+xzy^+z2z^, e a Curva C definida pela
equação γt=(t2,t,t2), para 0≤t≤1.
F→γ(t)=2.t2.t2,t2.t2,t4=2t4,t4,t4
γt=(2t,1,2t)
Portanto:
F→γt.γ→'t=2t.2t4+1.t4+2t.t4=4t5+t4+2t5=6t5+t4
Processing math: 36%
Assim:
∫CF→.dγ→=∫01(6t5+t4)dt=616t601+15t501=1+15=65
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
O rotacional e o divergente de um campo vetorial são dois operadores diferenciais aplicados em um campo vetorial que são
bastantes utilizados em diversas áreas de aplicação. Esses operadores quando aplicados a campos reais apresenta um significado
físico, como será estudado neste módulo.
Baseado no resultado de alguns operadores diferenciais, o campo vetorial pode ser classificado como campo conservativo.
OPERADORES DIFERENCIAIS
Antes de estudarmos o campo conservativo, precisamos definir alguns operadores diferenciais para um campo vetorial.
COMENTÁRIO
O gradiente é um operador aplicado em uma função que tem saída real e tem como resultado um vetor, composto pelas derivadas
parciais da função que foi operada matematicamente.
Além do gradiente, podemos definir dois outros operadores diferenciais que são o rotacional e o divergente, que serão aplicados em
campos vetoriais.
F→X,Y,Z=PX,Y,ZX^+QX,Y,ZY^+RX,Y,ZZ^
Suponha que as funções P, Q e R são funções escalares que admitem derivadas parciais em S. Assim, o rotacional de F→,
simbolizado por rot F→ é também um campo vetorial definido por:
ROT F→=ΔRΔY-ΔQΔZX^+ΔPΔZ-ΔRΔXY^+ΔQΔX-ΔPΔYZ^
Essa expressão também pode ser representada por meio do cálculo de um determinante:
ROT F→=X^Y^Z^ΔΔXΔΔYΔΔZPQR
Definindo o operador ∇=∂∂x,∂∂y,∂∂z no ℝ3, o determinante acima pode ser analisado como rot F→=∇×F→, por isso que ∇×F→
também é uma simbologia usada para o rotacional de F→.
Observe que o rotacional é um operador aplicado a um campo vetorial e tem como resultado também um campo vetorial. O
COMENTÁRIO
A interpretação geométrica do rotacional de um campo vetorial é que ele é um vetor que representa quanto o campo se rotaciona em
torno de um ponto, por isso o nome rotacional.
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδzPQR
Assim:
Processing math: 36%
rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδz2x2z3xyzy2
Resolvendo o determinante:
rot F→x,y,z=δδy(y2)-δδz(3xyz)x^+δδz(2x2z)-δδx(y2)y^+δδx(3xyz)-δδy(2x2z)z^
rot F→x,y,z=2y-3xyx^+2x2-0y^+3yz-0z^
rot F→x,y,z=2y-3xyx^+2x2y^+3yzz^
Para (1,1,2):
rot F→1,1,2=2-3x^+2y^+3.2z^=-x^+2y^+6z^
Como lembrado no item anterior, o gradiente de uma função escalar (∇f) é um campo vetorial. Existe uma propriedade que diz que,
para qualquer função escalar:
rot∇f=0
Seja um campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro maior do que 1, representado por suas funções componentes da forma
F→=f1,f2,…, fn. Considere que as derivadas parciais de primeira ordem de todas as componentes no domínio de F→⃗ existem.
Assim, define o divergente de um campo vetorial, representado por div F→⃗, por:
DIV F→=∂F1∂X1+∂F2∂X2+…+∂FN∂XN
Definindo o operador ∇=∂∂x1,∂∂x2,…, ∂∂xn no ℝn, o divergente pode ser considerado o produto escalar entre o operador ∇ e o
campo vetorial F→. Por isso, também, se usa a simbologia ∇.F→ para representar o divergente de um campo vetorial F→.
Observe que o divergente é aplicado em um campo vetorial, mas tem como resultado um campo escalar.
Processing math: 36%
NO CASO DE UMA FUNÇÃO F→: S ⊂ ℝ3 → ℝ3 COM A SEGUINTE
REPRESENTAÇÃO:
No caso de uma função F→: S⊂R3 → R3 com F→x,y,z = Pz,y,zx^ + Qx,y,zy^ + Rx,y,zz^
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Se F→x,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^, então:
div F→x,y,z=∂P∂xx,y,z+∂Q∂yx,y,z+∂R∂zx,y,z
div F→x,y,z=∂∂x2x2z+∂∂y3xyz+∂∂zy2=4xz+3xz+0=7xy
No ponto (1,1,2):
div F→1,1,2=7.1.1=7
Pode também ser analisado que se temos um campo vetorial que mede um fenômeno físico, o ponto onde o divergente é diferente
Processing math: 36%
de zero, são os pontos onde o campo é criado (fonte de campo) ou destruído (sumidouro de campo).
Existe uma propriedade que mostra que para um campo vetorial:
divrot F→=0
Por fim, o divergente pode ser combinado com o gradiente, definindo um novo operador diferencial denominado de Laplaciano de
um Campo Escalar (∇2f):
Para o caso de um campo vetorial, define o Laplaciano de um Campo Vetorial (∇2F→) pelo laplaciano de cada componente do
campo vetorial.
F→X,Y,Z=PX,Y,ZX^+QX,Y,ZY^+RX,Y,ZZ^
∇2F→X,Y,Z=∇2PX,Y,ZX^+∇2QX,Y,ZY^+∇2RX,Y,ZZ^
CAMPOS CONSERVATIVOS
O campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro e maior do que 1, será um campo conservativo se existir um campo escalar
f: S ⊂ ℝn → ℝ tal que:
∇F=F→ EM S
Um ponto importante que podemos citar é que se F→ for contínuo em S, a função potencial f será contínua e derivável no domínio
S.
Processing math: 36%
Observe que o campo vetorial será conservativo se puder ser representado pelo gradiente de uma função escalar.
De início, para que isso seja possível, o domínio e a imagem precisam ter a mesma dimensão.
COMENTÁRIO
Repare que se o domínio estiver em ℝn, a imagem, obrigatoriamente, deve estar em ℝn. Em outras palavras, não existe campo
conservativo para um campo vetorial F→: S ⊂ ℝn → ℝm, com n diferente de m.
Para o caso de n = 2 e n = 3, que são os casos principais de nossos problemas, uma condição necessária, mas não suficiente para
que o campo vetorial seja conservativo é que rot F→ seja nulo, isto é, que o campo seja irrotacional. Ou seja, o rotacional nulo é
necessário para que um campo seja conservativo. Quando o rotacional do campo é diferente de zero, o campo, com certeza, não é
conservativo.
Apenas um cuidado: pode ocorrer campos com rotacional nulo que não são conservativos. Por isso que a condição não é suficiente.
Mais à frente, analisaremos a condição suficiente para garantir que um campo vetorial seja conservativo.
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Repara que esse campo não é irrotacional, pois existem pontos onde o rotacional não é nulo.
EXEMPLO
O campo elétrico será representado pelo gradiente de uma função escalar que denominamos de potencial elétrico. Por isso que o
campo é conservativo e terá propriedades relacionadas a sua integral de linha. Essas propriedades serão vistas no próximo item.
Seja C uma curva suave definida por γ(t), com a ≤ t ≤ b. Seja F→ um campo vetorial contínuo e conservativo, com função gradiente
f, então o Teorema Fundamental para Integrais de Linha nos diz que:
∫CF→ΓT.DΓ→=∫AB∇FΓT.Γ→'TDT=FΓ(B)-FΓ(A)
Em outras palavras, a integral de linha só depende do valor da função potencial nos pontos final e inicial. Dizemos que a integral de
linha de um campo conservativo independe da trajetória.
Outra conclusão importante do teorema é que, caso o campo seja conservativo, a integral de linha através de um percurso fechado
será obrigatoriamente nula. Ou se o valor da integral de linha através de qualquer percurso fechado for nulo, o campo será
conservativo.
Os teoremas e suas conclusões não foram demonstrados, mas essas demonstrações podem ser estudadas, se for o caso, nas
obras de referência deste tema.
Obs.: Uma região será conexa se quaisquer dois pontos da região puderem ser sempre ligados por uma poligonal totalmente
contida na região B. Por exemplo, uma região que é dividida em duas regiões separadas não é uma região conexa.
DICA
Toda vez que formos calcular a integral de linha de um campo vetorial, temos que observar antes se o campo é ou não conservativo,
pois assim podemos resolvê-la de forma muito mais rápida.
EXEMPLO
Seja o campo conservativo F→x,y=1+4xy, 2x2-y2. Determine a sua integral de linha entre o ponto inicial (1,1) até o ponto final (2,2).
Sabe-se
Processing math:que
36% a função potencial de F→ vale fx,y=x+2x2y-13y3 para todo seu domínio ℝ2.
RESOLUÇÃO
=δδy(0)-δδz(2x2-y2)x^+δδz(1+4xy)-δδx(0)y^+δδx(2x2-y2)-δδy(1+4xy)z^
=0-0x^+0-0y^+4x-4xz^=0
Mostrando que o campo atende a condição necessária por ser irrotacional, isto é, seu rotacional é nulo para todos os pontos (x,y,z).
∂f∂x=1+4xy=Fx
∂f∂y=2x2-y2=Fy
Resolvendo a integral de linha, repare que o exemplo não informou qual é o caminho a ser traçado, pois, ao afirmar que o campo era
conservativo, a integral de linha só depende do seu ponto inicial e final.
∫CF→γt.dγ→=fγb-fγa=f2,2-f1,1
∫CF→γt.dγ→=2+2.22.2-1323-1+1.12.1-1313=383
F→γt.γ→'t=1+4t2+t2 =1+5t2
∫CF→.dγ→=∫12F→γt.γ→'tdt=∫12(1+5t2)dt=t12+5 t3312
∫CF→.dγ→=2-1+583-13=1+353=383
Esse conceito de campo conservativo pode parecer novo para você, mas já foi utilizado diversas vezes em seus estudos de Física.
Outra forma de abordar isso era com a criação da Energia potencial, que dependia apenas do ponto do objeto.
Só resta buscarmos uma forma de verificar se um campo é conservativo, isto é, uma condição suficiente para essa garantia.
Uma região B será simplesmente conexa quando toda curva simples fechada dentro de sua região contornar apenas pontos
que pertence à região B. Em outras palavras, a região B não pode ter buracos ou ser constituída por regiões separadas, veja:
Fonte: EnsineMe
Agora vamos definir uma condição suficiente para o campo vetorial ser conservativo.
Os casos mais comuns serão aqueles em que o domínio da função será o próprio ℝn. Podemos observar que o conjunto ℝn é
simplesmente conexo. Assim, para esse caso, basta garantirmos que o campo vetorial seja irrotacional.
ROT F→=X^Y^Z^ΔΔXΔΔYΔΔZPQ0=ΔQΔX-ΔPΔYZ^
Processing math: 36%
POIS P E Q SÓ DEPENDEM DE X E Y.
Assim, dizemos que se F→ for conservativo, então δQδx=δPδy. E se o domínio do campo vetorial F→ for simplesmente conexo e
δQδx=δPδy em todos os seus pontos, então F→ é conservativo.
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Como o domínio de F→ é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, basta verificarmos se será um campo irrotacional.
∂Q∂x=∂∂x x2-y2=2x
∂P∂y=∂∂y 4xy=4x
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Como o domínio de F→ é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, então basta verificarmos se será um campo irrotacional.
∂Q∂x=∂∂x
Processing (2y2-3yx2)=-6xy
math: 36%
∂P∂y=∂∂y (8-3xy2)= -6xy
Por fim, para o caso de um campo ser conservativo, existem formas de obter a sua função potencial. Essa metodologia não será
vista neste módulo, mas pode ser estudada, se for o caso, nas referências deste tema.
RESUMO DO MÓDULO 3
TEORIA NA PRÁTICA
Sabe-se que um campo elétrico gerado por determinada carga puntiforme, localizada na origem do sistema cartesiano, tem uma
equação dada por:
Vx,y,z=-100x2+y2+z21/2 [Volts/m].
Determine a integral de linha para o campo elétrico entre os pontos (2, 23, 2) e (22, 4, 1) através de uma Curva C. A Curva C será
contida na interseção de um paraboloide e um cone.
RESOLUÇÃO
A) x^- y^+2z^
B) 3x^+2y^+z^
C) 3x^-2y^+2z^
D) - y^+2z^
E) 3x^-z^
A) π2+3
B) π-3
C) π4+e3
D) 21
E) π2
9X2+ 7Y2 = 23, PARA UM PERCURSO QUE SE INICIA E TERMINA, APÓS UMA VOLTA COMPLETA NO
SENTIDO ANTI-HORÁRIO, NO PONTO 1,2.
A) 4 math: 36%
Processing
B) -4
C) 3
D) -2
E) 0
A) F→x,y=2xy x^+x3+1 y^
B) F→x,y=2y x^+y+x3 y^
C) F→x,y=2xy x^+x2+1 y^
D) F→x,y=2x x^+x3+1 y^
E) F→x,y=2xy2 x^+x3+x y^
GABARITO
1. Seja
Processing o 36%
math: campo vetorial F→x,y,z= zeyx^+3 arctgyy^+x2+3y z^. Determine o valor do rotacional ∇XF→ no ponto (1,0,2):
A alternativa "C " está correta.
rot F→x,y,z=3-0x^+ey-2xy^+zeyz^
rot F→x,y,z=3x^+ey-2xy^+zeyz^
2. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2arctgz x2 x^+3zey y^+3x+y z^. Determine o valor do seu divergente ∇·F→ no ponto
(2,0,1).
Se F→x,y,z=Px,y,zx^+Qx,y,zy^+Rx,y,zz^, então:
div F→x,y,z=∂P∂xx,y,z+∂Q∂yx,y,z+∂R∂zx,y,z
div F→x,y,z=2arctgz∂∂xx2+3z∂∂yey+3x+y∂∂z1=2arctgz.2x+3zey
No ponto (2,0,1):
3. Seja o campo vetorial F→x,y=2xcos y+ycos x, -x2sen y+sen x. Determine o valor da integral de linha deste campo vetorial
sobre uma elipse no plano XY de equação 9x2+ 7y2 = 23, para um percurso que se inicia e termina, após uma volta completa
no sentido anti-horário, no ponto 1,2.
Considerando F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^:
Assim como δQδx=δPδy e o domínio do campo vetorial é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, o campo vetorial será
conservativo.
A integral de linha de um campo conservativo para um percurso que se inicia e acaba no mesmo ponto é zero.
Processing math: 36%
4. Assinale a alternativa que apresenta um campo conservativo:
Como o domínio de todos os campos apresentados está no ℝ2, que é simplesmente conexo, a condição de irrotacional é suficiente
para o campo ser conservativo.
Para alternativa da letra c: δQδx=2x e δPδy=2x, sendo a resposta correta para questão.
5. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa falsa
relacionada ao campo vetorial F→:
OPERADORES DIFERENCIAIS
6. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z. Determine a integral de linha deste campo vetorial em
relação à curva γt=(t2+1,27-19t3,37t2+9 desde o ponto inicial (1,3,3) até o ponto final (2,2,4). Sabe-se que este campo é
conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar fx,y,z=2xy2sen z.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F→X,Y,Z=2YZ X^+2Z2EX Y^+3X+1 Z^. DETERMINE O VALOR DO ∇XF→
NO PONTO (0,1,2):
A) rot F→0,1,2=-x^+y^+4z^
B) rot F→0,1,2=-8x^-y^+4z^
C) rot F→0,1,2=8x^-y^+z^
D) rot F→0,1,2=-2x^-y^+z^
E) rot F→0,1,2=3x^-1+4z^
A) 24 cos 3
B) 24 sen 3
C) - 24 cos 3
D) 24 cos 3 - 12 sen 3
E) 24 cos 3 + 12 sen 3
GABARITO
Processing math: 36%
1. Seja o campo vetorial F→x,y,z=2yz x^+2z2ex y^+3x+1 z^. Determine o valor do ∇XF→ no ponto (0,1,2):
Primeiro temos que calcular o rotacional para depois tirar o divergente dele.
rot F→x,y,z=x^y^z^δδxδδyδδz2yz2z2ex(3x+1)
rot F→x,y,z=δδy(3x+1)-δδz(2z2ex)x^+δδz(2yz)-δδx(3x+1)y^+δδx(2z2ex)-δδy(2yz)z^
rot F→x,y,z=0-4zexx^+2y-3y^+2z2ex-2zz^
rot F→x,y,z=-4zexx^+2y-3y^+2z2ex-2zz^
No ponto (0,1,2):
rot F→0,1,2=-4.2.e0x^+2.1-3y^+2.22.e0-2.2z^
rot F→0,1,2=-8x^-y^+4z^
2. Seja o campo vetorial F→x,y,z=16 xzcos y, -8zx2 sen z, 8x2cos y. Determine a integral de linha deste campo vetorial em
relação à curva γt=(t2-1, 16t2+9, 27-19t33) desde o ponto inicial ( – 1 ,3,3) até o ponto final (0,5,2). Sabe-se que este campo é
conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar fx,y,z=8zx2cos y.
O enunciado diz que o campo é conservativo. Mas como o domínio é ℝ3, determine o valor do rotacional deste campo e prove que
será nulo, confirmando a informação.
Como o campo é conservativo, a integral de linha independe da curva e depende apenas dos pontos inicial e final:
∫CF→γt.dγ→=fγb-fγa=f0,5,2-f-1,3,3
Mas fx,y,z=8zx2cos y
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Processing math: 36%
O cálculo de uma integral de linha e o de uma integral dupla podem ser relacionados por meio do chamado Teorema de Green.
Através dele, você obtém a integral de linha de um campo vetorial resolvendo uma integral dupla de uma função real.
Vamos estudá-lo?
TEOREMA DE GREEN
O Teorema de Green permite relacionar a integral de linha por meio de uma curva fechada simples C com a integral dupla sobre a
região B formada por esta curva. A região B será formada por todos os pontos da fronteira C e os pontos dentro da curva fechada,
veja a figura.
Fonte: EnsineMe
Necessitamos orientar a curva, assim para o Teorema de Green, a orientação positiva será quando a curva for percorrida no sentido
anti-horário apenas uma vez.
Vamos, agora, enunciar o teorema. A demonstração desse teorema para uma região retangular, pode ser estudada, se for o caso,
nas obras de referência que se encontram no fim deste tema. Quando se trata de uma região qualquer, a demonstração do teorema
é bastante complexa.
∮CPX,YDX+QX,YDY=∬B∂Q∂X-∂P∂YDS
Determine a integral de linha ∮Cx4-y3dx+x3+y3dy, sobre a curva γt=(cos t, sen t), com 0≤t≤2π percorrida no sentido do crescimento
do parâmetro t.
RESOLUÇÃO
∮Cx4-y3dx+x3+y3dy=∫02πx4-y3dxdt+x3+y3dydtdt
Que seria uma integral definida resolvida usando a substituição de variável que vai requerer muito trabalho.
Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que, ao crescer o parâmetro, a curva é
percorrida no sentido anti-horário, que é o sentido definido como positivo para o teorema de Green.
∮CPx,ydx+Qx,ydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds
Px,y=x4-y3→δPδy=-3y2
Qx,y=x3+y3→δQδx=3x2
∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B(3x2--3y2dxdy=∬B(3x2+3y2)dxdy
Ao analisarmos a Curva C fechada, que se trata de uma circunferência de raio 1. Assim, fica mais simples resolver a integral dupla
pelas coordenadas polares:
Observe que estamos trabalhando com funções e áreas no R2. Se considerarmos que F→x,y=Px,yx^+Qx,yy^, , então ∂Q∂x-∂P∂y é o
seu rotacional, com direção do eixo x, isto é, perpendicular ao plano XY.
∮CF→.DΓ→=∬B ∇XF→.Z^ DS
Se a região B for uma união finita de regiões simplesmente conexas, podemos também aplicar o Teorema de Green. Veja a figura,
na qual a região B será a união das regiões B1 e B2.
Seja C1 o contorno da região B1, no sentido positivo, e C2, o contorno de B2, no sentido positivo. Repare que, na fronteira que une
∬B1∪B2∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1∪C2PX,YDX+QX,YDY=∫CPX,YDX+QX,YDY
Quando a região B não for simplesmente conexa, isto é, quando apresentar furos, teremos que fazer uma adaptação do Teorema de
Green para sua aplicação, aplicando-o por meio de uma diminuição de áreas.
Fonte: EnsineMe
Observe que a região B agora será definida por uma área entre duas curvas, que serão suas fronteiras C1 e C2. Ambas as curvas
∬B∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1PX,YDX+QX,YDY-∫C2PX,YDX+QX,YDY
A combinação acima pode ser feita para quantos buracos houver na região. Se você quiser fazer o contorno externo C1 no sentido
anti-horário, e os contornos que definem os buracos no sentido horário, o sinal muda para essa integral de linha dos buracos.
Processing math: 36%
Suponha que a região B é definida externamente pelo contorno C1, orientado no sentido positivo, e tem dois buracos definidos,
∬B∂Q∂X-∂P∂YDS=∫C1PX,YDX+QX,YDY+∫C2PX,YDX+QX,YDY+∫C3PX,YDX+QX,YDY
O Teorema de Green pode também ser utilizado como outra forma de se calcular a área de uma região B. Na verdade, será o
cálculo da área por meio de uma integral de linha.
∮CPX,YDX+QX,YDY=∬B∂Q∂X-∂P∂YDS
A=∬BDS
Se observarmos o Teorema de Green na parte da integral dupla, seria o mesmo que fazer o termo ∂Q∂x-∂P∂y igual a 1.
Existem várias possibilidades para esta combinação. E, para cada uma delas, teremos uma integral de linha diferente a ser
calculada, através da curva fechada C que contorna a área analisada.
P(X,Y) = 0 E Q(X,Y) = X
A=∬Bds=∮Cx dy
P(X,Y) = – Y E Q(X,Y) = 0
A=∬Bds=∮C-y dx
A escolha do tipo utilizado dependerá da curva que determina a área. Sempre devemos buscar a integral mais simples.
Exemplificaremos este cálculo na seção “Teoria na prática” deste módulo.
RESUMO DO MÓDULO 4
Processing math: 36%
TEORIA NA PRÁTICA
Determine a área da elipse de equação 3x2 + 2y2 = 6 através de uma integral de linha.
RESOLUÇÃO
TEOREMA DE GREEN
MÃO NA MASSA
A) 2e-1+3e
B) 8e-1-2e
C) 8e-2+e
D) 6e-1-e
E) 8e-1-e
A) 13
B) -13
C) -43
D) 43
E) 23
3. SEJA A REGIÃO S DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE: ∮C1Y DX= - 16, ∮C2X DY=4 E
∮C3(X DY-Y DX)=10. DETERMINE A ÁREA DE B:
FONTE: ENSINEME
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
A) π2
B) 3π2
C) 5π2
D) 7π2
Processing math: 36%
E) 9π2
A) π8
B) π4
C) 3π4
D) 5π4
E) 7π4
A) 4π
B) 6π
C) 8π
D) 12π
E) 14π
GABARITO
1. Determine a integral de linha ∮C2eydx-2xeydy, onde a Curva C é um quadrado centrado na origem, percorrido no sentido
anti-horário, com lados (1,1), ( – 1,1), (– 1, – 1) e (1, – 1).
Px,y=2ey→δPδy=2ey
Qx,y=-2xey→δQδx=-2ey
∮C2eydx-2xeydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B-2ey-2eydxdy
∬B-4eydxdy=∫-11∫-11-4eydxdy=∫-11-4eydy∫-11dx
∮C2eydx-2xeydy=-4ey-11x-11=-4e+4e-11--1=8e-1-8e
Processing math: 36%
2. Seja o campo vetorial F→x,y=y2, xy. Determine a integral de linha dessa função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,2) e (2,0).
Px,y=y2→δPδy=2y
Qx,y=xy→δQδx=y
∮Cy4dx+xydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬By-2ydxdy
A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,2} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(2,0) e (0,2).
Assim:
∬B-ydxdy=∫02∫02-x-ydy dx
Resolvendo a equação em y:
∫02-x-ydy=-12y202-x=-122-x2=2x-2-12x2
∫022x-2-12x2dx=x202-2x02-1213x302=4-4-86=-43
3. Seja a região S desenhada na figura abaixo. Sabe-se que: ∮C1y dx= - 16, ∮C2x dy=4 e ∮C3(x dy-y dx)=10. Determine a
área de B:
Fonte: EnsineMe
Usando
Processing math:o36%
Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬Bds=∮Cx dy.
Como a região B é delimitada externamente por C1 e internamente por C2 e C3.
Mas:
∬Bds=∮Cx dy=16-4 - 5 =7
4. Seja a região B delimitada externamente por uma Curva Circunferência centrada na origem de raio 2. Internamente, esta
região apresenta dois buracos em seu domínio. Estes buracos são delimitados, respectivamente pela Curva C2 e C3. Sabe-
se que ∮C2xdy-ydx=2π e ∮C3xdy-ydx=π, com C2 e C3 percorrida no sentido anti-horário. Determine o valor da área de B:
TEOREMA DE GREEN
5. Determine a integral de linha ∮Cx7-y5dx+x5+y4dy, sobre a curva γt=(-sen t,cos t), com 0≤t≤2π percorrida no sentido do
crescimento do parâmetro t.
Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que a equação γt está orientada no sentido
anti-horário.
∮CPx,ydx+Qx,ydy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds
Px,y=x7-y5→δPδy=-5y4
Qx,y=x5+y4→δQδx=5x4
Assim:
Processing math: 36%
∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B(5x4--5y4dxdy=∬B(5x4+5y4)dxdy
Ao analisarmos a Curva C fechada, sendo uma circunferência de raio 1, fica mais simples resolver a integral dupla pelas
coordenadas polares:
∬B5(x4+y4)dxdy=∫02π∫015ρ4(cos4θ+sen4θ) ρdρdθ=∫015ρ5dρ∫02π(cos4θ+sen4θ) dθ
∫015ρ5dρ=56ρ601=56
∫02πcos4θ+sen4θdθ
cos4θ+sen4θ=1-2cos2θsen2θ=1-12sen22θ=1-14+14+14cos4θ
∫02πcos4θ+sen4θdθ=∫02π34+14cos 4θdθ=34θ02π+1414sen(4θ)02π=3π2
∬B5(x4+y4)dxdy=56. 3π2=5π4
6. Determine a área delimitada pelas curvas de equação paramétricas γt=(2t-2sen t, 2-2cos t) para 0≤t≤2π e o eixo x.
TEOREMA DE GREEN
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) -112
D) 118
E) -110
2. SEJA A REGIÃO B DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE ∮C1X DY VALE 8 E ∮C2X DY=3.
DETERMINE A ÁREA DE B:
FONTE: ENSINEME
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
GABARITO
1. Seja o campo vetorial F→x,y=xy+3, x2-2. Determine a integral de linha desta função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,1) e (1,0).
Px,y=xy+3→δPδy=x
Qx,y=x2-2→δQδx=2x
∮Cxy+3dx+(x2-2)dy=∬B∂Q∂x-∂P∂yds=∬B2x-xdxdy
A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,1} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(1,0) e (0,1).
Assim:
∬Bxdxdy=∫01∫01-xx dy dx
Resolvendo a equação em y:
∫01(x-x2)dx= 12x201-13x301=12-13=16
2. Seja a região B desenhada na figura abaixo. Sabe-se que ∮C1x dy vale 8 e ∮C2x dy=3. Determine a área de B:
Fonte: EnsineMe
Usando o Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬Bds=∮Cx dy.
Pelo enunciado:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Processing math: 36%
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral de linha de campos escalares e vetoriais.
No segundo módulo, foi definido o campo vetorial e calculada a integral de linha de campos vetoriais, com sentido um pouco
diferente da integral de linha de campos escalares.
No terceiro módulo, foram apresentados os operadores diferenciais rotacional e divergente e aplicada a integral de linha em campos
conservativos.
Por fim, no quarto módulo, foi apresentado o Teorema de Green, que relaciona o cálculo de uma integral de linha a uma integral
dupla.
Esperamos que, ao fim deste tema, você saiba definir um campo vetorial, calcular integrais de linha, usar os operadores diferenciais
e aplicar o Teorema de Green.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. Vol. II. 2. ed. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 1969.
STEWART, J. Cálculo. Vol. II. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
EXPLORE+
Pesquise mais sobre integrais triplas e suas aplicações na Internet e em nossas referências.
Além disso, sugerimos a pesquisa e leitura do artigo Integrais de linha em um campo escalar, da Khan Academy.
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES