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PROPÓSITO
Compreender o conceito de vetor e espaço vetorial, aplicando as propriedades e operações vetoriais no plano e no espaço.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Em várias aplicações da ciência e da Matemática, torna-se necessária a definição de um elemento que requer na sua concepção, além de
seu tamanho, sua orientação (direção e sentido).
Por exemplo, ao se afirmar que um veículo está se locomovendo a uma velocidade de 80km/h, falta a informação de direção e sentido que
ele está se encaminhando, para que se tenha um dado completo do problema.
Este elemento, que tem na sua concepção o tamanho e a orientação, é o vetor. O conjunto dos vetores, atendendo a algumas operações
básicas, irá definir o espaço vetorial.
Fonte:Pixabay
Neste estudo, vamos definir o espaço vetorial, o vetor e as suas operações básicas e, posteriormente, aplicar estes conceitos na resolução
de alguns problemas
ESPAÇO VETORIAL
O espaço vetorial V consiste em um conjunto, não vazio, de elementos (objetos) que atendem a operações da adição e de multiplicação por
um número real.
Estas duas propriedades nos dizem que o espaço vetorial é fechado para operação da adição e multiplicação por real, pois ao operarmos
com elementos do espaço, o resultado fornece um outro elemento do mesmo conjunto.
Na Álgebra, podemos definir espaços vetoriais de vários tipos de elementos, como por exemplo de matrizes de n linhas e m colunas, de
Um espaço vetorial muito trabalhado nas aplicações em Geometria Analítica e de Álgebra Linear é o espaço vetorial Rn. Este espaço vetorial
será composto por elementos de n-dimensões reais, isto é
RN = { ( X1 , X2 , … , XN ) ∈ RN , I = 1,2 , … , N } , N ≥ 1
Para n = 2 e n = 3, consegue-se associar uma análise geométrica ao estudo analítico do Rn. A partir de n > 3 as representações geométricas
não são mais possíveis.
Desta forma, particularmente para problemas no plano e no espaço, trabalharemos com R2 e R3, respectivamente.
R2 = { ( X , Y ) ∈ R2 ; X E Y REAIS }
R3 = { ( X , Y , Z ) ∈ R3 ; X , Y E Z REAIS }
EXEMPLO
SOLUÇÃO
Para ser espaço vetorial, deve ser um conjunto não vazio de elementos que atende a duas operações básicas.
Quando x = 2, o elemento (2,5) pertence a C, assim prova-se que o conjunto C é um conjunto não vazio.
Mas v (4, 10) ≠(𝑥,5) para todo x. Portanto, v não pertence ao conjunto C.
Desta forma, a operação de multiplicação por real não é fechada para o conjunto C. Então, C não é espaço vetorial.
Pode-se também verificar que a operação de adição igualmente não é fechada para o conjunto C.
Se u = (2, 5) e v = (3, 5), ambos pertencem a C. Mas u + v = (2+3, 5+5) = (5, 10) não pertencerá a C.
2. Seja o conjunto M composto de todas as Matrizes 2 x 2 com elementos reais. Verifique se o conjunto C é um espaço vetorial.
SOLUÇÃO
Para ser espaço vetorial, deve ser um conjunto não vazio de elementos que atende a duas operações básicas.
x y
Seja m = [ ] o elemento do conjunto M, onde x, y, z e w são reais.
z w
1 1
Fazendo x = y = z = w = 1 tem-se o elemento m = [ ] demonstrando que pelo menos um elemento existe no conjunto m, portanto ele não
1 1
é vazio.
Ao multiplicarmos uma matriz por um número real, multiplica-se cada elemento da matriz por este número. Assim n .
Mas kx, ky, kz e kw são número reais, portanto, n também é um elemento do conjunto M demostrando que a operação de multiplicação por
real é fechada no conjunto M.
Sejam 𝑚 = 𝑥 𝑦 𝑎𝑏
𝑧𝑤 e 𝑛 = 𝑑𝑐 dois elementos de M e p = m + n.
𝑝 = 𝑚 + 𝑛 = 𝑥 + 𝑎𝑦 + 𝑏
𝑧 + 𝑑𝑤 + 𝑐
Como x + a, y + b, z + d e w + c são número reais, então p pertence a M, demonstrando também que a operação da adição é fechada para o
conjunto M.
GRANDEZA ESCALAR
A grandeza escalar é um ente matemático definido completamente pelo seu valor (magnitude, módulo, valor ou amplitude). A temperatura de
uma sala ou a massa de um objeto são exemplos de grandezas escalares.
GRANDEZA VETORIAL
A grandeza vetorial, denominada de vetor, é um ente matemático que, para ser definido completamente, necessita, além da sua magnitude
(módulo, valor ou amplitude), da definição da direção e do sentido. A velocidade de um carro ou a força atuante em um objeto são exemplos
de grandeza vetorial.
O vetor é amplamente utilizado na Geometria Analítica e na Álgebra Linear e será o objeto (elemento) do espaço vetorial Rn, definido no item
anterior. O vetor será representado pelos seus componentes.
ATENÇÃO
Assim sendo, um vetor de Rn será definido por n componentes reais, representado por (x1, x2, ..., xn). Cada componente real xi representa
um tamanho da projeção do vetor na i-ésima dimensão. A combinação das n-componentes do vetor irá definir a orientação deste, dentro do
espaço vetorial Rn.
Para nosso caso particular do R2 e R3 podemos dar uma definição geométrica para o vetor através de um segmento de reta orientado.
→
Seja o seguimento orientado de reta ( 𝐴 𝐵 ), no plano ou no espaço, que seria um segmento de reta que apresenta um sentido definido.
O ponto A é denominado de origem ou ponto inicial. O ponto B é chamado de extremidade ou ponto final. Este segmento orientado é definido
pelo seu módulo (tamanho), direção e sentido.
SE DOIS SEGMENTOS ORIENTADOS TIVEREM MÓDULOS, DIREÇÕES E SENTIDOS IGUAIS SERÃO SEGMENTOS
EQUIPOLENTES OU EQUIVALENTES.
Fonte:Autor
→ 𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜: 𝑅𝑒𝑡𝑎 ∆
𝐴𝐵: 𝑆𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜: 𝐴 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐵
¯
𝑀ó𝑑𝑢𝑙𝑜: 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝐵
IMPORTANTE!
O conjunto de todos os segmentos orientados equivalentes é denominado de vetor. Assim, vetor será representado geometricamente por um
segmento orientado que apresenta um módulo, uma direção e um sentido determinado.
→ →
O vetor será representado por vetor 𝑣 ou pelos dois pontos que são suas extremidades na ordem do seu sentido, vetor 𝐴𝐵.
→ →
Dessa forma, os vetores 𝐴𝐵 e 𝐵𝐴 são dois vetores diferentes. Eles terão mesmo módulo, mesma direção, mas sentidos opostos.
OPERAÇÕES BÁSICAS
Como já visto, os vetores são objetos do espaço vetorial. Logo, podemos definir algumas operações básicas contidas no espaço vetorial:
→ →
Sejam 𝑢 (𝑥 1 , 𝑥 2 , . . . , 𝑥 𝑛 ) 𝑒 𝑣 (𝑦1 , 𝑦2 , . . . , 𝑦𝑛 ) vetores do Rn.
→ →
Assim 𝑢 = 𝑣 ⇔ 𝑥 1 = 𝑦1 , 𝑥 2 = 𝑦2 , . . . . , 𝑥 𝑛 = 𝑦𝑛 , para todo i = 1, 2, ..., n
→
Seja 𝑢 = (𝑥 1 , 𝑥 2 , . . . , 𝑥 𝑛 ) vetor do Rn e k um número real.
→ →
Se 𝑤 = 𝑘 𝑢 ⇒ (𝑤1 , 𝑤2 , . . . , 𝑤𝑛 ) = (𝑘𝑥 1 , 𝑘𝑥 2 , . . . , 𝑘𝑥 𝑛 ), para todo i = 1, 2, ..., n
Algumas propriedades podem ser definidas através da adição e multiplicação por um número real k:
→ → → → → → → → →
Associativa na Adição: 𝑤 + 𝑢 + 𝑣 = 𝑤 + ( 𝑢 + 𝑣 ) = (𝑤 + 𝑢 ) + 𝑣
→ → → →
Comutativa: 𝑢 + 𝑣 = 𝑣 + 𝑢
→ →
Existência do Elemento Neutro na Adição (0, denominado de elemento nulo): 𝑢 + 0 = 𝑢
→ →
Existência do Elemento Oposto na Adição: 𝑢 + ( - 𝑢) = 0
→ → → → →
Distributiva por Vetor: 𝑘( 𝑢 + 𝑣) = 𝑘 𝑢 + 𝑘 𝑣
→ → →
Distributiva por Escalar: (𝑘 + ℎ) 𝑢 = 𝑘 𝑢 + ℎ 𝑢
→ → →
Associativa na Multiplicação por Real: (𝑘ℎ) 𝑢 = 𝑘(ℎ 𝑢 ) = ℎ(𝑘 𝑢 )
→ →
Existência do Elemento Neutro na Multiplicação (1, denominado de elemento unitário): 1 𝑢 = 𝑢
IMPORTANTE!
→ → → →
Para realizar a subtração de dois vetores 𝑢 - 𝑣 , seria semelhante a multiplicar o vetor 𝑣 por -1 e somar ao vetor 𝑢
EXEMPLO
→ →
1. Determine o valor de b e d para que os vetores 𝑢( 4, b + d, 0, 1) e 𝑣( 4 , 5 , 0, b – d) sejam iguais.
SOLUÇÃO
Para que dois vetores sejam iguais, todos os seus elementos devem ser iguais.
Assim: 𝑏𝑏 +- 𝑑𝑑 == 15
Substituindo na primeira, 1 + d + d = 5 → 2d = 5 – 1 = 4 → d = 2
Então, b = 1 + d = 1+ 2 = 3
ATENÇÃO!
Este exercício só foi possível porque o primeiro componente, que vale 4, e o terceiro, que vale 0, eram iguais nos dois vetores. Se um dos
dois fosse diferente, o exercício seria impossível.
TEORIA NA PRÁTICA
→
Em uma determinada região do espaço, um avião tem velocidade, em km/h, dada por vetor 𝑣 1 (100, b, 300). Um segundo avião apresenta
→
uma velocidade, em km/h, dada por 𝑣 2 (50+a, 80, 300). Determine o valor de a + b para que os aviões tenham a mesma velocidade.
SOLUÇÃO
No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão.
MÃO NA MASSA
→ →
2. SEJAM OS VETORES 𝑢(2, 3, 0, - 1, 1) E 𝑣( - 1, 2, 1, 3, 0). DETERMINE O VALOR DE
→ → →
𝑤 = 2𝑣 - 𝑢
A) (–4, 1, 2, 7, -1)
B) (4, 2, 1, 6, 0)
C) (2, 3, 2, -1, 1)
D) (0, 2, 7, 1, 1)
→
3. A FORÇA 𝐹 = (10, 𝑥 + 𝑦) AGE EM UM OBJETO. ESTE OBJETO DE MASSA (M) DE 1KG ADQUIRE
→ → →
UMA ACELERAÇÃO IGUAL À 𝑎 = (2𝑥 - 𝑦, 5). SABENDO QUE 𝐹 = 𝑚 𝑎, DETERMINE O VALOR DE X E
Y RESPECTIVAMENTE.
A) 5 e 0
B) 0 e 5
C) 10 e 15
D) 2 e 4
→ → →
4. SEJAM OS VETORES 𝑢(𝑎, 𝑏), 𝑣(𝑏, 𝑎) 𝑒 𝑤(2 - 2𝑏, 0), COM A E B NÚMEROS REAIS. DETERMINE A E B
→ → →
RESPECTIVAMENTE, SABENDO QUE 3( 𝑢 + 𝑣) + 𝑤 = 0
A) 0 e 0
B) -1 e 1
C) 1 e -1
D) 0 e 1
3 → → → →
5. QUATRO VETORES DO 𝑅 , 𝑢 𝑎 , 𝑎 + 𝑏 , 𝑎 - 𝑐, 𝑣 1 , 𝑐 , - 𝑏, 𝑤 1 , 0 , 2𝑐 + 𝑏 𝑒 𝑚 𝑏 , 8, 5, COM A E B REAIS,
→ → → →
SATISFAZEM A SEGUINTE EQUAÇÃO: 𝑢 - 3 𝑣 = 2𝑤 + 𝑚. DETERMINE O VALOR DE A + B + C.
A) 12
B) 13
C) 14
D) 15
→ → →
6. SEJAM OS VETORES 𝑢(𝑎, 𝑏, 𝑐), 𝑣(𝑏, 𝑎, 𝑐) 𝑒 𝑤(2B, 0, 𝑏 + 𝑐), COM A, B E C NÚMEROS REAIS.
→ → → →
DETERMINE A SOMA DE A + B + C, SABENDO QUE O VETOR 𝑚 = 2 𝑢 + 3 𝑣 - 2𝑤 É EQUIVALENTE AO VETOR (2,
3, 3).
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
GABARITO
1. Um conjunto B é um espaço vetorial. Marque a alternativa que NÃO está correta em relação ao conjunto B.
Em relação à letra C , u - v é uma operação de multiplicar um elemento por –1 e depois somar dois elementos do conjunto, logo,
obrigatoriamente, este resultado pertence ao conjunto B. Esta afirmativa é verdadeira.
→ → → → →
2. Sejam os vetores 𝑢(2, 3, 0, - 1, 1) e 𝑣( - 1, 2, 1, 3, 0). Determine o valor de 𝑤 = 2 𝑣 - 𝑢
Assim,
𝑥 = -2-2= -4
𝑦=4-3=1
𝑧 =2-0=2
𝑚 = 6 - ( - 1) = 7
𝑛=0-1= -1
Portanto,
→
𝑤( - 4, 1, 2, 7, - 1)
→
3. A força 𝐹 = (10, 𝑥 + 𝑦) age em um objeto. Este objeto de massa (m) de 1kg adquire uma aceleração igual à
→ → →
𝑎 = (2𝑥 - 𝑦, 5). Sabendo que 𝐹 = 𝑚 𝑎, determine o valor de x e y respectivamente.
→ → →
4. Sejam os vetores 𝑢(𝑎, 𝑏), 𝑣(𝑏, 𝑎) 𝑒 𝑤(2 - 2𝑏, 0), com a e b números reais. Determine a e b respectivamente, sabendo que
→ → →
3( 𝑢 + 𝑣) + 𝑤 = 0
3𝑎 + 3𝑏 + 2 - 2𝑏 = 0 → 3𝑎 + 𝑏 + 2 = 0 → 3𝑎 + 𝑏 = - 2
3𝑏 + 3𝑎 + 0 = 0 3𝑏 = - 3𝑎 𝑏 = - 𝑎
3 → → → →
5. Quatro vetores do 𝑅 , 𝑢 𝑎 , 𝑎 + 𝑏 , 𝑎 - 𝑐, 𝑣 1 , 𝑐 , - 𝑏, 𝑤 1 , 0 , 2𝑐 + 𝑏 𝑒 𝑚 𝑏 , 8, 5, com a e b reais, satisfazem a seguinte equação:
→ → → →
𝑢 - 3 𝑣 = 2𝑤 + 𝑚. Determine o valor de a + b + c.
→ → →
6. Sejam os vetores 𝑢(𝑎, 𝑏, 𝑐), 𝑣(𝑏, 𝑎, 𝑐) 𝑒 𝑤(2b, 0, 𝑏 + 𝑐), com a, b e c números reais. Determine a soma de a + b + c,
→ → → →
sabendo que o vetor 𝑚 = 2 𝑢 + 3 𝑣 - 2𝑤 é equivalente ao vetor (2, 3, 3).
2𝑎 - 𝑏 = 2
2𝑏 + 3𝑎 = 3 →
3𝑐 - 2𝑏 = 3
Multiplicando a primeira equação por 2: 4a−2b=4, somando a segunda equação
Assim,
a+b+c=2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ →
1. SEJA O VETOR 𝑚1 (150, 𝑎 + 𝑏, 100) E O VETOR 𝑚2 (150, 450, 𝑎 - 𝑏). DETERMINE O VALOR DE 2A – B,
→ →
ONDE A E B SÃO NÚMEROS REAIS, PARA QUE 𝑚1 = 𝑚2 .
A) 175
B) 215
C) 375
D) 470
A) 1
B) 3
C) 5
D) impossível 2u - 3v + w = 0
GABARITO
→ →
1. Seja o vetor 𝑚1 (150, 𝑎 + 𝑏, 100) e o vetor 𝑚2 (150, 450, 𝑎 - 𝑏). Determine o valor de 2a – b, onde a e b são números reais, para
→ →
que 𝑚1 = 𝑚2 .
2. Sejam os vetores u, v e w elementos do espaço vetorial R4. Sabe-se que 2u – 3v + w é equivalente ao elemento nulo. Definimos
u(0, 1, a, b + c), v(1, b, 2, b – c) e w(3 , – 13a, 8c, 0), com a, b e c números reais. Determine o valor de a + b + c.
2𝑢 – 3𝑣 + 𝑤 = 0
Assim:
3 . 5𝑐 + 13 𝑎 = 2 → 15𝑐 + 13𝑎 = 2
2𝑎 = 6 – 8𝑐 → 𝑎 = 3 – 4𝑐
Substituindo na anterior:
15𝑐 + 13(3 – 4𝑐) = 2 → 15 𝑐 + 39 – 52 𝑐 = 2 → 37 𝑐 = 37 → 𝑐 = 1
Se
𝑐 = 1 → 𝑎 = 3 – 4.1 = 3 – 4 = – 1
𝑏 = 5𝑐 = 5 . 1 = 5
Portanto
INTRODUÇÃO
NAS APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA, UTILIZA-SE UMA INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA, ALÉM DO CÁLCULO
ANALÍTICO. ASSIM, PARA SE TRABALHAR NO PLANO OU NO ESPAÇO, USA-SE OS ESPAÇOS VETORIAIS R2 E R3.
Os vetores, sujeitos às mesmas operações descritas no módulo anterior, terão neste caso uma representação por segmento orientado de reta
e necessitarão de referências para serem definidos. Dessa forma, será apresentado o sistema cartesiano como um sistema de representação
e referência para nossos estudos.
Por fim, a definição de direções e sentidos é importante em várias aplicações, sendo necessária, portanto, a definição de vetores unitários
que terão este objetivo.
Por isso, vamos adotar o sistema cartesiano para referenciarmos o espaço vetorial R2 e R3.
No caso do R3, serão utilizados três eixos ortogonais, x, y e z, com valores reais, para referenciar as três dimensões. Qualquer
direção/sentido no espaço pode ser definida por três direções ortogonais. A origem do sistema será definida no cruzamento dos eixos, ponto
0. O eixo x é denominado de abscissa, o eixo y de ordenada e o eixo z de cota. A seta de cada eixo define o sentido positivo de cada
direção de referência.
Fonte:Autor
No caso do R2, serão utilizados apenas dois eixos ortogonais, x e y, com valores reais, para referenciar as suas duas dimensões. Qualquer
direção/sentido no plano pode ser definida por duas direções ortogonais.
ATENÇÃO
Antes de definirmos como representar um vetor no plano ou no espaço, necessitamos definir a representação de um ponto nestas regiões.
Um ponto P do R3 será representado por 3 componentes, que denominaremos de coordenadas. Cada coordenada representa as distâncias
que o ponto tem em relação aos três planos que definem o espaço.
Seja o Ponto P (X, Y, Z), com X, Y e Z números reais. X representa a distância de P ao plano YZ, Y a distância de P ao plano XZ e Z a
distância de P ao plano XY.
Se o ponto estiver do lado oposto do plano, antes da origem, os sinais serão negativos.
Fonte:Autor
O R2 é um caso particular do R3, assim, os pontos no R2 apresentam apenas valores para abscissa e ordenada, ou seja, P(X,Y).
Para representarmos um vetor, é preciso conhecer a sua projeção nas três direções representadas pelos eixos que definem o sistema de
→
coordenadas. Veja a figura, o vetor 𝑣 projetado na direção do eixo x apresenta um tamanho vx, na direção do eixo y apresenta um tamanho
vy e na direção do eixo z um tamanho vz.
Fonte:Autor
Caso a projeção em relação a um dos eixos seja contrária ao sentido positivo do eixo, o sinal da coordenada será negativo. Portanto, o vetor
→
𝑣 terá coordenadas (vx, vy , vz) , em que vx, vy e vz são número reais. No caso do R2, caso particular do R3, o vetor não terá a componente
vz.
→ 𝑣𝑥
Podemos representar, também, as coordenadas de um vetor através de uma matriz coluna, ou seja, 𝑣 = 𝑣𝑦
𝑣𝑧
→ → →
Na figura a seguir temos a representação, no plano, dos vetores 𝑣 (3, 1), 𝑤 (−1, 1) e 𝑢 (1, −3).
Fonte:Autor
→ →
Podemos observar que os segmentos 𝑂𝑃 e 𝐴𝐵 apresentam o mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido, sendo representações,
→
portanto, do mesmo vetor 𝑣. Por isso, terão as mesmas coordenadas (3, 1).
IMPORTANTE!
A notação de Grassmann nos mostra que as coordenadas de um vetor podem ser obtidas com as coordenadas dos seus pontos extremos,
isto é, sua origem e sua extremidade.
→
Assim, 𝐴𝐵 = 𝐵 - 𝐴
Se a origem do vetor for a origem dos eixos coordenados O(0, 0, 0), a coordenada do vetor será igual à coordenada de sua extremidade.
→
Logo, 𝑂𝑃 = 𝑃 - 𝑂 = 𝑃
EXEMPLO
SOLUÇÃO
Fonte:Autor
→
a) 𝑣(1, 0) com ponto inicial no ponto (1, 2);
→
b) 𝑤(0, -2) com ponto inicial no ponto (1, 0);
→
c) 𝑢(1, -1) com ponto inicial no ponto (-1, 2).
SOLUÇÃO
Fonte:Autor
→ →
3. Determine as coordenadas do vetor 𝑢 que tem origem no ponto A(2, 3, -1) e extremidade no ponto B(0, 2, 1). Determine também o vetor 𝑣
→
= - 𝑢.
SOLUÇÃO
Observe a figura do item anterior, que apresenta as componentes do vetor. O módulo do vetor será dado pelo tamanho do segmento OP,
→ ¯
assim 𝑣 = 𝑂𝑃.
Fonte:Autor
→
Ao aplicar o Teorema de Pitágoras no triângulo OPQ e verificar que o tamanho de PQ é a componente z do vetor 𝑣, isto é, vz tem-se que
2 2 2 2 2 2
¯ ¯ ¯ ¯
𝑣 = 𝑃𝑂 = 𝑃𝑄 + 𝑂𝑄 = 𝑣𝑧 + 𝑂𝑄
2 2 2
¯ ¯ ¯
𝑂𝑄 = 𝑄𝑅 + 𝑂𝑅
→
O tamanho de OR será a componente x do vetor 𝑣, isto é, vx e o tamanho de QR será igual ao tamanho de OS que é a componente y do
→
vetor 𝑣, isto é, vy.
Desta forma:
2 2 2 2 2
¯ ¯ ¯
𝑂𝑄 = 𝑄𝑅 + 𝑂𝑅 = 𝑣𝑦 + 𝑣𝑧
→2 2 ¯
2 2 2 2
𝑣 = 𝑣𝑧 + 𝑂𝑄 = 𝑣𝑧 + 𝑣𝑦 + 𝑣𝑧
Obtendo-se, assim, a fórmula que determina o módulo ou norma através das componentes do vetor:
→
𝑣 = √𝑣2𝑧 + 𝑣2𝑦 + 𝑣2𝑧
EXEMPLO
→ →
Determine o módulo dos vetores 𝑢(0 , - 3 , 4) 𝑒 𝑣-2, 1 , √3:
SOLUÇÃO
→
𝑢 = √𝑢2𝑧 + 𝑢2𝑦 + 𝑢2𝑧 = √02 + -32 + 42 = √9 + 16 = √25 = 5
→ 3
𝑣 = √𝑣2𝑧 + 𝑣2𝑦 + 𝑣2𝑧 = √-22 + 12 + √3 = √4 + 1 + 3 = √8 = 2√2
SAIBA MAIS
Seja um triângulo ABC
Fonte:Autor
Na Geometria existe um teorema que diz que o comprimento de um dos lados é sempre menor do que a soma dos outros dois lados. Repare
que, se um dos lados fosse a soma dos outros, não haveria um triângulo formado.
→ → → → → → →
Se 𝑢 = 𝐴𝐵 e 𝑣 = 𝐵𝐶, então AC será a soma dos dois vetores: 𝑢 + 𝑣 = 𝐴𝐶
→ → → →
Dessa forma, os lados dos triângulos serão os módulos dos vetores 𝑢, 𝑣 e 𝑢 + 𝑣. Usando o mesmo teorema da Geometria, obtemos
→ → → →
𝑢 + 𝑣 ≤ 𝑢 + 𝑣, que é denominada de Desigualdade Triangular.
Retornando às operações básicas dos vetores, vistas no módulo anterior, vamos agora aplicá-las para o caso do R2 e R3. Assim, temos:
𝑥 𝑤 = 𝑘𝑥 𝑢
Então: 𝑦𝑤 = 𝑘𝑦𝑢 , 𝑘 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝑧𝑤 = 𝑘𝑧𝑢
Fonte:Autor
A multiplicação por um número real positivo tem como resultado um vetor de mesma direção, mesmo sentido e de tamanho alterado para k
vezes o módulo do vetor original. Caso o k seja negativo, o vetor altera também o sentido. Se 𝑘 > 1, o novo vetor aumenta em relação ao
anterior, porém, se 𝑘 < 1, ocorre uma redução do tamanho.
Seja
→ → → → →
𝑢 𝑥 𝑢 , 𝑦𝑢 , 𝑧𝑢 , 𝑣 𝑥 𝑣 , 𝑦𝑣 , 𝑧𝑣 𝑒 𝑤 𝑥 𝑤 , 𝑦𝑤 , 𝑧𝑤 = 𝑢 + 𝑣
𝑥𝑤 = 𝑥𝑢 + 𝑥𝑣
Então 𝑦𝑤 = 𝑦𝑢 + 𝑦𝑣
𝑧𝑤 = 𝑧𝑢 + 𝑧𝑣
→ → → → →
Se 𝑤 𝑥 𝑤 , 𝑦𝑤 , 𝑧𝑤 = 𝑢 - 𝑣, seria semelhante a multiplicar o vetor 𝑣 por -1 e somar ao vetor 𝑢
𝑥𝑤 = 𝑥𝑢 - 𝑥𝑣
Então 𝑦𝑤 = 𝑦𝑢 - 𝑦𝑣
𝑧𝑤 = 𝑧𝑢 - 𝑧𝑣
Geometricamente, podemos representar a soma e a subtração de vetores, no plano ou no espaço, pela regra do paralelogramo.
Fonte:Autor
→ → → → → →
Pode-se usar a Lei de Cossenos para calcular o módulo da soma dos vetores, 𝑢 + 𝑣 = 𝑄𝑆, e da diferença dos vetores, 𝑢 - 𝑣 = 𝑅𝑃.
→ →2 →2 →2 →→
𝑢 + 𝑣 = 𝑢 + 𝑣 - 2 𝑢 𝑣cos(𝜋 - 𝛼)
→ →2 →2 →2 →→
𝑢 + 𝑣 = 𝑢 + 𝑣 + 2 𝑢 𝑣cos 𝛼
e
→ →2 →2 →2 →→
𝑢 - 𝑣 = 𝑢 + 𝑣 - 2 𝑢 𝑣cos𝛼
EXEMPLO
→ → → → →
1. Determine o módulo do vetor 𝑤 = 2 𝑢 + 𝑣, sendo 𝑢(1 ,2 , −1) e 𝑣 (0 ,1 ,3).
SOLUÇÃO
→ → →
𝑤 = 2 𝑢 + 𝑣 = (2 . 1 + 0, 2 . 2 + 1, 2( - 1) + 3) = (2, 5, 1)
Assim,
→
𝑤 = √𝑤2𝑧 + 𝑤2𝑦 + 𝑤2𝑧 = √ 22 + 52 + 12 = √4 + 25 + 1 = √30
VERSOR DE UM VETOR
ÀS VEZES TORNA-SE NECESSÁRIO DEFINIR-SE UM VETOR UNITÁRIO EM UMA DETERMINADA DIREÇÃO E SENTIDO.
ESTE VETOR UNITÁRIO É CONHECIDO POR VERSOR.
→ → →^
Um vetor 𝑣 pode ser representado pela forma 𝑣= 𝑣 𝑣, isto é, seu módulo multiplicado pelo versor que define a sua direção e sentido.
→ →
Por exemplo, imagine que eu queira um vetor 𝑤 que tenha a mesma direção e sentido do que o vetor 𝑣, mas que tenha módulo k. Se eu
→ → → → → →
definir 𝑤 = 𝑘 𝑣 estaria errado, pois 𝑤 = 𝑘 𝑣, e o módulo de 𝑤 só seria k se o módulo de 𝑣 fosse unitário.
→ → ^ ^
→
Preciso, portanto, definir o vetor unitário que tenha a direção e o sentido do vetor 𝑣, com notação 𝑣' ou 𝑣, que é denominado de versor: 𝑣 = →𝑣
𝑣
^ → ^
→
Como →1 é uma constante positiva, 𝑣 terá a mesma direção e sentido do que 𝑣, mas com módulo 𝑣 = →𝑣 = 1
𝑣 𝑣
→ ^ → ^
Retornando ao nosso exemplo, o correto, então, é definir que 𝑤 = 𝑘𝑣, pois 𝑤 = 𝑘𝑣 = 𝑘. Agora, sim, ele teria a mesma direção e sentido do que
^ →
𝑣, que são os mesmos do que 𝑣 e módulo k.
ATENÇÃO!
Uma aplicação direta do versor é a definição dos vetores unitários canônicos que definem as direções e sentidos do sistema cartesiano.
^ ^ ^
Desse modo, a direção de x é definida pelo vetor 𝑥 = (1, 0, 0), a direção de y por 𝑦 = (0, 1, 0) e a direção de z por 𝑧 = (0, 0, 1). No
^ ^
caso do plano, haveria os vetores 𝑥 = (1, 0) 𝑒 𝑦 = (0, 1).
Qualquer vetor pode ser representado através dos vetores unitários canônicos, pois podemos considerar um vetor como sendo a soma de
três vetores ortogonais.
→ → → → → → → →
Seja 𝑣 𝑥 𝑣 , 𝑦𝑣 , 𝑧𝑣 , vamos definir os vetores 𝑣 𝑥 (𝑥 𝑣 , 0, 0), 𝑣 𝑦 0, 𝑦𝑣 , 0 e 𝑣 𝑧 (0, 0, 𝑧𝑣 ), assim, 𝑣 = 𝑣 𝑥 + 𝑣 𝑦 + 𝑣 𝑧
EXEMPLO
→
1. Determine o versor do vetor 𝑢(3, 0, -4):
SOLUÇÃO
→
𝑢 = √𝑢2𝑧 + 𝑢2𝑦 + 𝑢2𝑧 = √32 + 02 + ( - 4)2 = √9 + 16 = √25 = 5
→
^
𝑢 = →𝑢 = 153,0, - 4 = 35, 0, - 45
𝑢
TEORIA NA PRÁTICA
Uma caixa de 2√2𝑘𝑔 de massa percorre um piso liso com uma aceleração de 2m/s2. A direção e o sentido do movimento são definidos pelo
→
vetor unitário √22, - √22. A força que gera o movimento tem vetor representado por 𝐹 (𝑎, 𝑏), com a real. Determine o valor de a e b.
SOLUÇÃO
→
1. O VETOR 𝑢 TEM ORIGEM NO PONTO D (4, 6, -2) E EXTREMIDADE NO PONTO C (2, 0, 1). DETERMINE O
→ →
VETOR 𝑣 = - 𝑢.
B) (0, 6, 3)
C) (2, 6, -3)
D) (6, 1, -3)
2. DETERMINE O MÓDULO DO VETOR (2, 4, - 5).
A) 3 √5
B) 45
C) 1
D) 5 √3
→
3. SEJA û O VERSOR DO VETOR 𝑢 (3, 0. −4). DETERMINE AS COORDENADAS DO VETOR û.
A) (3, 0, - 4)
B) 35, 15, 45
C) 35, 0, - 45
D) -35, 0, 45
→
4. DETERMINE O VETOR 𝑤 QUE TEM MÓDULO 6 E TEM A MESMA DIREÇÃO E SENTIDO DO VETOR
→
𝑢 = 2𝑥^ - 𝑦^ + 𝑧.
^
→ → →
5. DETERMINE O MÓDULO DA DIFERENÇA DE 𝑣 POR 𝑢. SABE-SE QUE O MÓDULO DE 𝑢 VALE 5 E O
→
MÓDULO DE 𝑣 VALE 12. OS DOIS VETORES SÃO ORTOGONAIS.
A) 12
B) 15
C) 13
D) 10
→ → →
6. DETERMINE O MÓDULO DA DIFERENÇA DE 𝑢 POR 𝑣. SABE-SE QUE O MÓDULO DE 𝑢 VALE 3 , O
→
MÓDULO 𝑣 VALE 4 E O ÂNGULO FORMADO POR ELES VALE 60°.
A) √15
B) √13
C) √17
D) √11
GABARITO
→ → →
1. O vetor 𝑢 tem origem no ponto D (4, 6, -2) e extremidade no ponto C (2, 0, 1). Determine o vetor 𝑣 = - 𝑢.
→
1. DETERMINE O MÓDULO DO VETOR 𝑢 QUE TEM ORIGEM NO PONTO A(–2, 4, 1) E EXTREMIDADE NA
ORIGEM DOS EIXOS.
A) 21
B) √21
C) 3
D) √3
→
2. O VETOR 𝑤(0, 2A, 2B), COM A E B REAIS POSITIVOS, TEM MÓDULO 10 E APRESENTA A MESMA DIREÇÃO
→ →
E SENTIDO DO QUE O VETOR 𝑣. DETERMINE O VALOR DE (A + B), SABENDO QUE O VETOR 𝑣(0, 𝑝, 4) TÊM
MÓDULO 5.
A) 1
B) 7
C) 9
D) 11
GABARITO
→
1. Determine o módulo do vetor 𝑢 que tem origem no ponto A(–2, 4, 1) e extremidade na origem dos eixos.
𝑝2 + 16 = 25 → 𝑝2 = 9 → 𝑝 = ± 3
→
^
𝑣 = →𝑣 = 150, 𝑝, 4 = 150, ± 3, 4
𝑣
→ ^
𝑤 = 10𝑣 = 10
5
0, ± 3, 4 = (0, ± 6, 8) , mas como a e b são positivos, 2a = 6 e 2b = 8, então a = 3 e b = 4.
Assim, a + b = 7
Aplicar os produtos escalares, vetoriais e misto.
INTRODUÇÃO
A operação matemática de multiplicação (produto) entre dois vetores não é definida. Em compensação, definimos três tipos de produtos entre
dois elementos vetoriais:
PRODUTO ESCALAR
PRODUTO VETORIAL
PRODUTO MISTO
Neste módulo, iremos definir estes produtos e apresentar algumas de suas aplicações.
COMO FOI OBSERVADO, O PRODUTO ESCALAR TEM COMO RESULTADO UM ESCALAR, ISTO É, UM NÚMERO QUE
PODE SER POSITIVO, NEGATIVO OU ZERO. O PRODUTO ESCALAR PODE SER DEFINIDO PARA VETORES DO RN.
PARA N > 3, ESTA OPERAÇÃO SERÁ DENOMINADA APENAS DE PRODUTO INTERNO.
→ → → → → → → → → → → → → → → → →
𝑢 · 𝑣 = 𝑣 · 𝑢 𝑘( 𝑢 · 𝑣) = (𝑘 𝑢 · 𝑣) = ( 𝑢 · 𝑘 𝑣), onde k é real 𝑢 · ( 𝑣 + 𝑤) = 𝑢 · 𝑣 + 𝑢 · 𝑤
IMPORTANTE!
2
→ → 2 2 →2
Repare que 𝑢 · 𝑢 = 𝑥 𝑢 𝑥 𝑢 + 𝑦𝑢 𝑦𝑢 = 𝑥 𝑢 + 𝑦𝑢 = 𝑢
→ 2 2 → →
Assim, 𝑢 = √𝑥 𝑢 + 𝑦𝑢 = √ 𝑢 · 𝑢
EXEMPLO
→ → → →
1. Dados os vetores 𝑢(2, 2) e 𝑣(– 1, 3), determine o produto escalar entre os vetores 3 𝑢 e - 𝑣.
SOLUÇÃO
→ → → →
3 𝑢 . - 𝑣 = 3-1 𝑢 . 𝑣 = -32 . -1 + 2.3 = -3-2 + 6 = - 12
COMO O NOME INFORMA, O RESULTADO DO PRODUTO VETORIAL É UM VETOR QUE TEM DIREÇÃO
PERPENDICULAR AOS DOIS VETORES INICIAIS, SENDO, PORTANTO, UM VETOR PERPENDICULAR AO PLANO
→ →
FORMADO PELOS VETORES 𝑢 E 𝑣.
Fonte:ShutterStock
→ →
A regra da mão direita permite identificarmos o sentido do vetor 𝑢 x 𝑣.
Fonte:ShutterStock
→ →
Na regra da mão direita, o dedo indicador fica na direção/sentido do primeiro vetor do produto e o dedo médio do segundo vetor. Assim, 𝑣 x 𝑢
→ →
será apontado para baixo, diferente de 𝑢 x 𝑣.
IMPORTANTE!
→ → → → → →
O vetor 𝑢 x 𝑣 ≠ 𝑣 x 𝑢. Eles terão mesmo módulo e mesma direção, mas pela regra da mão direita, mudando a ordem de 𝑢 e 𝑣, terão
sentidos contrários.
O produto vetorial apresenta algumas propriedades
→ → → → → →
a) Multiplicação por real: k ( 𝑢 x 𝑣) = (k 𝑢 x 𝑣) = ( 𝑢 x k 𝑣), onde k é real
→ → → → → → →
b) Distributiva pelo produto vetorial: 𝑢 x ( 𝑣 + 𝑤) = 𝑢 x 𝑣 + 𝑢 x 𝑤
→ → → → → →
c) Se 𝑣 = 𝑘 𝑢, isto é, se 𝑣 é paralelo a 𝑢: 𝑢 x 𝑣 = 0
→ →
d) 𝑢 x 𝑢 = 0
→ → → →
e) 𝑢 x 𝑣 = ( 𝑢 x 𝑣)
→ → → →
Seja 𝑤 = 𝑢 x 𝑣, ao se resolver analiticamente a busca do vetor 𝑤 que atende às definições de produto vetorial, obtêm-se que:
𝑥 𝑤 = 𝑦𝑢 𝑧 𝑣 - 𝑧 𝑢 𝑦𝑣
𝑦𝑤 = 𝑧 𝑢 𝑥 𝑣 - 𝑥 𝑢 𝑧 𝑣
𝑧 𝑤 = 𝑥 𝑢 𝑦𝑣 - 𝑦𝑢 𝑥 𝑣
DICA
SOLUÇÃO
→ →
Você pode aplicar diretamente as equações, mas fazendo através do determinante, fica mais prático: 𝑢 x 𝑣 =
^^ ^
𝑥𝑦 𝑧 ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
12-1 = 2 . -2𝑥 + 0 . -1𝑦 + 1.1 𝑧 - 1 . -1𝑥 - 1 . -2𝑦 - 0.2 𝑧 = - 3𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = ( - 3, 2, 1)
01-2
PRODUTO MISTO
→ → →
Sejam os vetores 𝑢(𝑥 𝑢 , 𝑦𝑢 , 𝑧𝑢 ), 𝑣 (𝑥 𝑣 , 𝑦𝑣 , 𝑧𝑣 ), 𝑤 (𝑥 𝑤 , 𝑦𝑤 , 𝑧𝑤 ) do R3.
→ → →
O produto misto, cuja notação é 𝑢 , 𝑣 , 𝑤, é definido através de uma combinação entre produto escalar e produto vetorial.
→ → → → → → → → →
[ 𝑢, 𝑣, 𝑤] = ( 𝑢 x 𝑣) . 𝑤 = 𝑢 . ( 𝑣 x 𝑤)
ATENÇÃO!
O produto misto só é definido no R3, e por ser o resultado de um produto escalar, fornece como resultado um escalar.
Ao se resolver analiticamente o produto misto, obtém-se uma expressão que pode ser representada pelo cálculo do seguinte determinante:
→ → →
𝑥 𝑢 𝑦𝑢 𝑧 𝑢
𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 𝑥 𝑣 𝑦𝑣 𝑧𝑣
𝑥 𝑤 𝑦𝑤 𝑧 𝑤
IMPORTANTE!
Se o produto misto é nulo, quer dizer que um dos três vetores é combinação linear dos outros dois. Em outras palavras, os três vetores fazem
parte de um mesmo plano no espaço. Assim, três vetores serão coplanares, isto é, pertencerão ao mesmo plano, se e somente se,
→ → →
𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 0
→ → → → → → → → → → → →
a) Multiplicação por real (k): 𝑘 𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 𝑘 𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 𝑢 , 𝑘 𝑣 , 𝑤 = 𝑢 , 𝑣 , 𝑘𝑤
→ → → → → → → → →
b) 𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 𝑤 , 𝑢 , 𝑣 = 𝑣 , 𝑤 , 𝑢
→ → → → → → → → → → → →
c) 𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = - 𝑢 , 𝑤 , 𝑣 = - 𝑣 , 𝑢 , 𝑤 = - 𝑤 , 𝑣 , 𝑢
EXEMPLO
→ → → → → →
1. Dados os vetores 𝑢(0, 2, –5 ), 𝑣(1, –1, 2) e 𝑤(2, 0, –1 ). Determine o produto misto entre os vetores 𝑢, 𝑣 e 𝑤, nesta ordem.
SOLUÇÃO
𝑥 𝑢 𝑦𝑢 𝑧 𝑢
→ → → 0 2 -5
𝑢 , 𝑣 , 𝑤 = 𝑥 𝑣 𝑦𝑣 𝑧𝑣 = 1-1 2 =
𝑥 𝑤 𝑦𝑤 𝑧𝑤 2 0 -1
= 0 . ( − 1) . ( − 1) + ( − 5) . 1 . 0 + 2 . 2 . 2 – 0 . 0 . 2 – ( – 1) . 1 . 2 – ( – 5) . ( – 1) . 2 = 8 + 2 – 10 = 0
TEORIA NA PRÁTICA
→ → →
Três aeronaves, que realizam um movimento retilíneo, têm velocidades dadas pelos vetores 𝑢(a, 1, –1), 𝑣(0, 2, 1) e 𝑤(1, 0, 2 ). Elas desejam
voar de tal forma que as direções de seus movimentos formem um plano. Determine o valor de a, real, para que isso ocorra.
SOLUÇÃO
No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão.
MÃO NA MASSA
→ → → →
1. SEJAM 𝑢(1, 2, –3) E 𝑣(2, –2, 4). DETERMINE O PRODUTO ESCALAR ENTRE 2 𝑢 E -3 𝑣:
A) -14
B) 70
C) -84
D) 84
→ → → →
2. DETERMINE O MÓDULO DO VETOR 𝑢 + 𝑣 , SABENDO QUE QUE 𝑢(0, 12 , –5) E 𝑣(0 , –4, 3).
A) √68
B) √78
C) 144
D) 68
→ → → →
3. DETERMINE O VALOR DE 2 𝑢 X (-4 𝑣). SENDO 𝑢(1, –1, 0) E 𝑣(2, 2, 1):
A) (8, 8, -32)
→ → →
4. DADOS OS VETORES 𝑢(1, 2, 3), 𝑣(1, 1, 0) 𝑒 𝑤(2, 1, - 1), DETERMINE O PRODUTO MISTO
→ → →
ENTRE OS VETORES 𝑢, 𝑣 𝑒 𝑤, NESTA ORDEM:
A) 2
B) -4
C) -2
D) 4
→ → →
5. SEJAM OS VETORES 𝑢(𝑘, 𝑘, 𝑘), 𝑣(2, 2, 1) 𝑒 𝑤(2, - 1, 2). DETERMINE O VALOR DE 𝑘, SABENDO
→ → → → →
QUE O PRODUTO MISTO [ 𝑢, 𝑤, 𝑣] VALE O PRODUTO ESCALAR 𝑢 · 𝑣 SOMADO A 6.
A) 34
B) -3
C) 3
D) 12
→ → →
6. SEJAM OS VETORES 𝑢(1, 2, 1) E 𝑣(2, 1, 1). SABE-SE QUE 𝑤 VALE DUAS VEZES O PRODUTO
→ → →
VETORIAL DE 𝑢 COM 𝑣. DETERMINE O MÓDULO DO VETOR 𝑤:
A) √11
B) 2√11
C) 2√13
D) √13
GABARITO
→ → → →
1. Sejam 𝑢(1, 2, –3) e 𝑣(2, –2, 4). Determine o produto escalar entre 2 𝑢 e -3 𝑣:
→ → → → → →
5. Sejam os vetores 𝑢(𝑘, 𝑘, 𝑘), 𝑣(2, 2, 1) 𝑒 𝑤(2, - 1, 2). Determine o valor de 𝑘, sabendo que o produto misto [ 𝑢, 𝑤, 𝑣]
→ →
vale o produto escalar 𝑢 · 𝑣 somado a 6.
Assim, 3𝑘 = 5𝑘 + 6 → 2 𝑘 = − 6 → 𝑘 = − 3
→ → → → →
6. Sejam os vetores 𝑢(1, 2, 1) e 𝑣(2, 1, 1). Sabe-se que 𝑤 vale duas vezes o produto vetorial de 𝑢 com 𝑣. Determine o módulo
→
do vetor 𝑤:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ → →
1. SENDO 𝑢(1, 3, - 2), 𝑣(2, 0, 2) E 𝑤(1, 1, 1), DETERMINE O PRODUTO ESCALAR ENTRE O VETOR
→ → →
2 𝑢 + 𝑣 E O VETOR 𝑤:
A) 4
B) 6
C) 10
D) 8
→ → → →
2. SENDO 𝑢(𝑏, 𝑎, - 1) E 𝑣(2, 0, 2), DETERMINE O VALOR DE A+B SABENDO QUE 𝑢 × 𝑣 = (2, 4, - 2):
A) -2
B) -4
C) 2
D) 4
GABARITO
→ → → → → →
1. Sendo 𝑢(1, 3, - 2), 𝑣(2, 0, 2) e 𝑤(1, 1, 1), determine o produto escalar entre o vetor 2 𝑢 + 𝑣 e o vetor 𝑤:
Assim 2.2 + 4 = 8
→ → → →
2. Sendo 𝑢(𝑏, 𝑎, - 1) e 𝑣(2, 0, 2), determine o valor de a+b sabendo que 𝑢 × 𝑣 = (2, 4, - 2):
Assim
2𝑎 = 2 → 𝑎 = 1 , – 2 – 2 𝑏 = 4 → 2𝑏 = – 6 → 𝑏 = – 3 𝑒 – 2𝑎 = – 2 → 𝑎 = 1
INTRODUÇÃO
O CONHECIMENTO DO ÂNGULO FORMADO POR DOIS VETORES PODE TER ALGUMAS APLICAÇÕES PRÁTICAS, POR
EXEMPLO, A VERIFICAÇÃO SE OS VETORES SÃO PARALELOS OU ORTOGONAIS.
Assim, torna-se necessária uma forma de obter o ângulo através das coordenadas vetoriais.
No módulo anterior, aprendemos a usar a Lei de Cossenos, então, uma forma para obter o ângulo dos vetores é através desta solução:
→ →2 →2 →2 →→
𝑢 + 𝑣 = 𝑢 + 𝑣 + 2 𝑢 𝑣𝑐𝑜𝑠𝛼
→ →2 →2 →2
𝑢 + 𝑣 - (𝑢 + 𝑣 )
𝑐𝑜𝑠 ∝ = →→
2𝑢 𝑣
ou
→ →2 →2 →2 →→
𝑢 - 𝑣 = 𝑢 + 𝑣 - 2 𝑢 𝑣𝑐𝑜𝑠𝛼
→2 →2 → →2
𝑢 +𝑣 -𝑢+𝑣
𝑐𝑜𝑠 ∝ = →→
2𝑢 𝑣
No entanto, existe uma forma mais simples para cálculo do ângulo entre vetores através do produto escalar. Pode ser provado que
→ → →→
𝑢 . 𝑣 = 𝑢 𝑣𝑐𝑜𝑠∝
→ →
𝑢.𝑣
Assim, 𝑐𝑜𝑠 ∝ = →→
𝑢𝑣
Se conhecemos o ângulo entre dois vetores, podemos verificar o sinal do produto escalar através da equação dada:
0 → →
a) Se 0 ≤ 𝛼 < 90 se tem cos 𝛼 > 0 , então 𝑢 . 𝑣 > 0
0 → →
b) Se 𝛼 = 90 se tem cos 𝛼 = 0 , então 𝑢 . 𝑣 = 0
→ →
c) Se 900 < 𝛼 ≤ 1800 se tem cos 𝛼 < 0 , então 𝑢 . 𝑣 < 0
EXEMPLO
→ →
1. Determine o cosseno do ângulo formado entre os vetores 𝑢(2, 2) e 𝑣(-1, 3):
SOLUÇÃO
→ →
𝑢 . 𝑣 = 2 . -1 + 2.3 = - 2 + 6 = 4
→
𝑢 = √𝑢2𝑧 + 𝑢2𝑦 = √22 + 22 = √4 + 4 = 2√2
→
𝑣 = √𝑣2𝑧 + 𝑣2𝑦 = √( - 1)2 + 32 = √1 + 9 = √10
→ →
𝑢.𝑣 4 2 2
𝑐𝑜𝑠 ∝ = →→ = = = = √55
𝑢𝑣 2√2 . √10 √20 2√5
EXEMPLO
→ →
1. Determine a projeção do vetor 𝑢(1, 1, 1) sobre o vetor 𝑣 (3, 0, −4):
SOLUÇÃO
→ 2 2 2 2 2 2
𝑣 = √𝑣𝑧 + 𝑣𝑦 + 𝑣𝑧 = √3 + 0 + ( - 4) = √9 + 16 = √25 = 5
→
^
𝑣 = →𝑣 = 153 ,0 , - 4 = 35, 0, - 45
𝑣
→ →
𝑢 . 𝑣 = 1 .3 + 1 . 0 + 1 . -4 = 3 - 4 = - 1,
Assim,
→ → →∧
𝑃 𝑈𝑉 = 𝑢 . 𝑣 𝑣𝑣 = -35, 0, 45
𝑥𝑣 𝑦 𝑧
𝑥𝑢 = 𝑦𝑢𝑣 = 𝑧𝑢𝑣 = 𝑘
IMPORTANTE!
As condições de ortogonalidade e paralelismo podem ser extrapoladas para a dimensão do Rn. Assim, dois vetores em Rn serão ortogonais
se seu produto interno for zero e serão paralelos se suas coordenadas forem proporcionais.
EXEMPLO
→ →
1. Determine o valor de b para que os vetores 𝑢(2, b, 0) e 𝑣(–1, 1, 3) sejam ortogonais.
SOLUÇÃO
→ →
𝑢 . 𝑣 = 2 . -1 + 𝑏 . 1 + 0.3 = - 2 + 𝑏
→ →
2. Determine o valor de a e b para que os vetores 𝑢(2, b, a) e 𝑣(–1, 1, 3) sejam paralelos.
SOLUÇÃO
Assim,
b = -2 e a = (-3) . 2 = -6
TEORIA NA PRÁTICA
O trabalho de uma força (w), medido em Joule (J), é um conceito de Física que mede o efeito de uma força sobre um deslocamento, logo,
→ → → →
𝑤 = 𝐹 . 𝑑, em que 𝐹 é a força aplicada ao objeto e 𝑑 o vetor deslocamento feito pelo objeto. Uma caixa de massa 2kg sofre o efeito de uma
→
força 𝐹(2, −2, 2)N. Com a aplicação desta força, a caixa se desloca do ponto A(– 1, 0, 2) até o ponto B (3, 0, 1). Determine o trabalho
provocado por esta força na caixa durante este deslocamento.
SOLUÇÃO
No vídeo a seguir o professor vai mostrar como solucionar essa questão.
MÃO NA MASSA
→ →
1. DETERMINE O ÂNGULO FORMADO PELOS VETORES 𝑢 (1, 1, 1) E 𝑣 12, 12, 0:
A) 𝑎𝑟𝑐cos√23
B) 𝑎𝑟𝑐cos√2
2
C) 𝑎𝑟𝑐cos√36
D) 𝑎𝑟𝑐cos√32
→ →
2. DETERMINE K + P PARA QUE OS VETORES 𝑢(3, 𝑘, 𝑝 + 1) 𝑒 𝑣(1, 2, - 2) SEJAM PARALELOS:
A) 0
B) 1
C) -1
D) -2
→ →
3. DETERMINE K PARA QUE OS VETORES 𝑢(3, 𝑘, 𝑘 + 1) 𝑒 𝑣(1, 2, - 1) SEJAM ORTOGONAIS:
A) 0
B) 1
C) -1
D) -2
→ →
4. DETERMINE O MÓDULO DA PROJEÇÃO DO VETOR 𝑢(4, 0, 2) SOBRE O VETOR 𝑣(2, 1, - 1):
A) 4
B) 5
C) 6
D) 8
→ → → → →
5. DOIS VETORES, 𝑘 𝑒 ℎ , SÃO ORTOGONAIS ENTRE SI. SABE QUE 𝑘(2, 1, 2) E QUE 𝑘 - ℎ VALE 5.
→
DETERMINE O VALOR DA CONSTANTE A, SABENDO QUE ℎ (𝑎, 0, 𝑏), COM A E B REAIS.
A) ±2√3
B) ±√2
C) ±2√2
D) ±√3
→ → →
6. O ÂNGULO ENTRE DOIS VETORES 𝑢 𝑒 𝑣 VALE 45°. O MÓDULO DO VETOR 𝑢 VALE √2. QUANTO VALE O
→ →
PRODUTO ESCALAR ENTRE 𝑢 E O VERSOR DO VETOR 𝑣?
A) 2
B) 1
C) 0
D) -1
GABARITO
→ →
1. Determine o ângulo formado pelos vetores 𝑢 (1, 1, 1) e 𝑣 12, 12, 0:
→ →
2. Determine k + p para que os vetores 𝑢(3, 𝑘, 𝑝 + 1) 𝑒 𝑣(1, 2, - 2) sejam paralelos:
𝑥 𝑦 𝑧
Se u e v são paralelos, então 𝑥𝑢𝑣 = 𝑦𝑣 = 𝑧𝑢𝑣 → 13 = 2𝑘 = 𝑝 -2
+1
𝑢
Assim, 𝑘 = 2 . 3 = 6 𝑒 𝑝 + 1 = ( – 2) . 3 = – 6 → 𝑝 = – 7
Então, 𝑘 + 𝑝 = 6 – 7 = – 1
→ →
3. Determine k para que os vetores 𝑢 (3, 𝑘, 𝑘 + 1) 𝑒 𝑣 (1, 2, - 1) sejam ortogonais:
→ →
4. Determine o módulo da projeção do vetor 𝑢(4, 0, 2) sobre o vetor 𝑣(2, 1, - 1):
2 2 2
O módulo do vetor vale √2√6 + √6 + -√6 = √24 + 6 + 6 = √36 = 6
→ → → → →
5. Dois vetores, 𝑘 𝑒 ℎ , são ortogonais entre si. Sabe que 𝑘(2, 1, 2) e que 𝑘 - ℎ vale 5. Determine o valor da constante a,
→
sabendo que ℎ (𝑎, 0, 𝑏), com a e b reais.
Assim, 2 . 𝑎 + 1 . 0 + 2 . 𝑏 = 0 → 2𝑎 + 2𝑏 = 0 → 𝑎 = - 𝑏
→
𝑘 = √22 + 12 + 22 = √4 + 1 + 4 = √9 = 3
→
Se os vetores são ortogonais, usando o teorema de Pitágoras ℎ = √52 - 32 = 4
Fonte: Autor
→ 2
Assim, ℎ = √𝑎2 + 02 + 𝑏2 = 4 → 𝑎2 + 𝑏2 = 16 → 𝑎2 + ( - 𝑎) = 16 → 𝑎2 = 8 → 𝑎 = ± 2√2
→ →
Se não fosse observado o triângulo retângulo, poderia ser achado o vetor 𝑘 - ℎ = (2 - 𝑎, 1, 2 - 𝑏)
→ →
2 2 2 2
Assim, 𝑘 - ℎ = √2 - 𝑎 + 1 + 2 - 𝑏 = 5 → 2 - 𝑎 + 1 + 2 - 𝑏 = 25
2 2 2 2
2 - 𝑎 + 2 - 𝑏 = 24 → 2 - 𝑎 + 2 - ( - 𝑎) = 24
2 2 2 2
4 - 4𝑎 + 𝑎 + 4 + 4𝑎 + 𝑎 = 24 → 8 + 2𝑎 = 24 → 2𝑎 = 16 → 𝑎 = ± 2√2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ →
1. DETERMINE O COSSENO DO ÂNGULO FORMADO PELOS VETORES 𝑢(1, 3, - 2) E 𝑣(2, 0, 2).
√7
A) -14
√7
B) 14
√3
C) -14
37
D) √14
→ →
2. DETERMINE O VALOR DA CONSTANTE K PARA QUE OS VETORES 𝑢(1, 𝑘, - 2) E 𝑣 ( 1, 1, 1) SEJAM
ORTOGONAIS.
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
GABARITO
→ →
1. Determine o cosseno do ângulo formado pelos vetores 𝑢(1, 3, - 2) e 𝑣(2, 0, 2).
CONCLUSÃO
AVALIAÇÃO DO TEMA:
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES
REFERÊNCIAS
ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com Aplicações. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 119-180.
HOFFMAN, K.; KUNZE, R. Linear Algebra. 2. ed. Nova Jersey: Prentice-Hall, 1971. p. 28-39.
PEREIRA, Paulo. Cálculo é fácil - Cálculo 1: aulas 2 a 15, In: Equaciona com Paulo Pereira, Youtube. Publicado em: 8 mar. 2019
SANTOS, R. J. Um Curso de Geometria Analítica e Álgebra Linear. Belo Horizonte: Imprensa Universitária da UFMJ, 2012. p. 132-208.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise na internet.