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1 Notação de Griffiths
Tome um vetor espacial tridimensional definido pela letra v, a sua notação é dada pela escrita
em negrito ou a presença da seta em cima:
v ou ⃗v
O seu módulo é dado pela escrita normal do mesmo vetor, sem ser em negrito / sem a presença
da seta:
|v| = v ou |⃗v | = v
O vetor unitário (versor) que aponta na mesma direção do vetor é notado com a presença do
acento circunflexo (chapéu). O versor está em negrito se o vetor for em negrito.
v ⃗v
v̂ = ou |v̂| =
v v
2 Operações Vetoriais
2.1 Multiplicação por Escalar
Ao multiplicar um escalar e um vetor, essencialmente está re-escalando-o proporcionalmente ao
escalar
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Veja que podemos tomar o produto escalar entre um vetor e ele mesmo
n
X n
X
A·A= ai ai = a2i A · A = AA cos(0) = A2
i i
2
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C = AB sin(α)
r = xx̂ + y ŷ + z ẑ
A = Ax x̂ + Ay ŷ + Az ẑ
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Tome uma posição no plano xy, o vetor que aponta para essa posição é o vetor s. Dessa
forma, na posição, podemos substituir a componente x e y pela componente s, pois temos que
s = x + y. Ou seja, podemos calcular o módulo
p
s= x2 + y 2
r = sŝ + z ẑ
Note também o seguinte: ϕ é o ângulo entre x e s, formando o triângulo retângulos xys. Temos
então
x = s cos(ϕ) y = s sin(ϕ)
E consequentemente
ϕ = tan−1 (y/x)
Observe que
s=x+y =⇒ sŝ = xx̂ + y ŷ
ϕ̂ = ϕx x̂ + ϕy ŷ
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Portanto
(ϕx x̂ + ϕy ŷ) · (cos(ϕ)x̂ + sin(ϕ)ŷ) = 0
ϕx cos(ϕ) + ϕy sin(ϕ) = 0
cos(ϕ)ϕx [x̂ × x̂] + cos(ϕ)ϕy [x̂ × ŷ] + sin(ϕ)ϕx [ŷ × x̂] + sin(ϕ)ϕy [ŷ × ŷ] = ẑ
Multiplicando a primeira por sin(ϕ) e a segunda por cos(ϕ), obtemos então ϕy = cos(ϕ). Mul-
tiplicando a primeira por cos(ϕ) e a primeira por − sin(ϕ), obtemos ϕx = − sin(ϕ), dessa forma
temos a expressão
ϕ̂ = − sin(ϕ)x̂ + cos(ϕ)ŷ
Com isso, podemos reverter os versores para encontrar x̂ e ŷ em função de ŝ e ϕ̂. Primeiro
definimos x̂ em função dos versores ŝ e ϕ̂ com componentes a determinar. Depois multiplicamos
pelo versor que queremos encontrar e expandimos para encontrar a componente. Para ŝ temos
h i
x̂ = xs ŝ + xϕ ϕ̂ =⇒ ŝ · x̂ = ŝ · xs ŝ + xϕ ϕ̂
Assim
x̂ = cos(ϕ)ŝ − sin(ϕ)ϕ̂
ŷ = sin(ϕ)ŝ + cos(ϕ)ϕ̂
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A partir das coordenadas cilíndricas, podemos levantar a posição do plano xy, apontando para
uma posição qualquer no espaço r = rr̂. Temos que
p
r= x2 + y 2 + z 2
Veja que o ângulo θ é o ângulo superior do triângulo retângulo srz . Dessa forma temos
p !
x2 + y 2
tan(θ) = s/z =⇒ θ = tan−1
z
De antes temos
x = s cos(ϕ) y = s sin(ϕ)
Temos que
r = xx̂ + y ŷ + z ẑ
Então
rr̂ = r sin(θ) cos(ϕ)x̂ + r sin(θ) sin(ϕ)ŷ + r cos(θ)ẑ
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Uma das formas de calcular o versor θ̂ é utilizando uma derivada parcial. Sabemos que r aponta
para a posição da partícula. Se derivarmos em relação a θ, vamos ter o vetor da variação da
posição na coordenada θ. Se queremos o versor que aponta na direção θ, precisamos então
dividir pelo módulo. Ou seja, matematicamente temos
∂r
θ̂ = ∂θ
∂r
∂θ
∂r ∂ ∂
= r= r [sin(θ) cos(ϕ)x̂ + sin(θ) sin(ϕ)ŷ + cos(θ)ẑ]
∂θ ∂θ ∂θ
Para encontrar x̂, ŷ, e ẑ, em função de r̂, θ̂, e ϕ̂, precisamos realizar o mesmo processo que
fizemos em coordenadas cilíndricas.
Temos as expressões
x̂ = xr r̂ + xθ θ̂ + xϕ ϕ̂ ŷ = yr r̂ + yθ θ̂ + yϕ ϕ̂ ẑ = zr r̂ + zθ θ̂ + zϕ ϕ̂
Fazemos o produto escalar em cada uma delas por r̂, θ̂ e ϕ̂ para isolar a respectiva componente,
e então fazemos a substituição do vetor para encontrar a expressão da componente.
Tomemos por exemplo para encontrar xr
h i
r̂ · x̂ = r̂ · xr r̂ + xθ θ̂ + xϕ ϕ̂ =⇒ xr = x̂ · r̂
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ẑ = cos(θ)r̂ − sin(θ)θ̂
4 Elementos
4.1 Cartesianos
Elemento de linha dℓ
Um elemento de linha representa uma variação presa naquela coordenada. No caso das coor-
denadas cartesianas o elemento é trivial:
Elemento de superfície da
Um elemento de superfície representa a variação em duas coordenadas, portanto representa
uma área. Essas superfícies tem orientação, sendo esta como o produto vetorial entre as duas
direções variantes.
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dτ = dxdydz
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4.2 Cilíndricas
Elemento de linha dℓ
Como mantemos a coordenada z, o seu elemento de linha se mantém. s é uma variação em
distância, assim como x, y e z. ϕ é uma variação angular, portanto sua linha depende do seu
braço s.
Elemento de superfície da
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τ = s ds dϕ dz
4.3 Esféricas
Elemento de linha dℓ
r é uma variação em distância, assim como x, y, z e s. ϕ é a mesma variação angular das
cilíndricas, porém como estamos em cartesianas lembre-se que s = r sin(θ) (do triângulo srz).
Já para a variação em θ, temos o mesmo princípio da variação de ϕ nas cilíndricas: Temos o
braço r, com uma variação de ângulo dθ.
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Elemento de superfície da
dτ = r2 sin(θ) dr dϕ dθ
5 Gradiente
Dada uma função escalar f , temos que o gradiente dela é a direção onde essa função mais
cresce. O gradiente de f é escrito como
∇f ou ⃗
∇f
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∂f ∂f ∂f
∇f (x, y, z) = x̂ + ŷ + ẑ
∂x ∂y ∂z
∂f 1 ∂f ∂f
∇f (s, ϕ, z) = ŝ + ϕ̂ + ẑ
∂s s ∂ϕ ∂z
∂f 1 ∂f 1 ∂f
∇f (r, ϕ, θ) = r̂ + ϕ̂ + θ̂
∂r r sin(θ) ∂ϕ r ∂θ
E a integral de volume é sempre de um campo escalar, pois trabalhamos com três dimensões
espaciais: Z
Fe dτ
D
Note que o nosso raio s é fixo e vale R. Como é constante, pode sair da integral
Z 2π
C=R dϕ = R ϕ|2π
ϕ=0 = R [2π − 0] =⇒ C = 2πR
0
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Volume de uma esfera Supondo que temos uma esfera de raio R. Em coordeandas esféricas
varremos o raio de 0 até R, varremos ϕ de 0 até 2π e varremos θ de 0 até π. O elemento de
volume é dτ = r2 sin(θ) dr dϕ dθ. Portanto o volume V é definido pela integral de volume:
Z Z π Z 2π Z R Z π Z 2π Z R
2 2
V= dτ = r sin(θ) dr dϕ dθ = r dr sin(θ) dϕ dθ
D 0 0 0 0 0 0
Z π Z 2π h i Z π Z 2π
3 R
V= r r=0 sin(θ) dϕ dθ = R3 sin(θ) dϕ dθ
0 0 0 0
3
Como R é constante, R pode sair da integral
Z π Z 2π Z π Z 2π Z π
3 3 3
V=R sin(θ) dϕ dθ = R dϕ sin(θ) dθ = R [2π] sin(θ) dθ
0 0 0 0 0
V = 4πR3
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Perceba novamente que cada massa tem sua própria posição no espaço (xi , yi , zi ) ∀ i ∈ N
Podemos tomar infinitas pontos n → ∞ com massas infinitesimais ∆m
n Z
Riemann
X
M = lim ∆m =⇒ M= dm
n→∞ M
i=1
Note que independente de quantas dimensões nosso objeto tenha (≥ 1), teremos infinitos pontos
(linhas, superfícies e volumes tem infinitos pontos). Porém para conseguirmos encontrar a
massa de objetos, precisamos conseguir descrever suas densidades de massa. Para isso temos
a densidade linear λ, a densidade superficial σ e a densidade volumétrica ρ. Por definição
uma densidade de massa é um valor de massa pela distância/área/volume. Podemos definir
densidades diferentes apenas trocando nosso objeto de estudo de massa por outra quantidade.
Dessa forma quando tratamos de elementos infinitesimais temos temos
dm dm dm
λ= σ= ρ=
dℓ da dτ
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Ou seja
Z Z
1
MR = rdm =⇒ R= rdm
M M M
Onde para resolver essa integral é necessário novamente saber a densidade do objeto e a sua
construção espacial, como anteriormente.
Fica como exercício para o leitor realizar o cálculo do centro de massa de objetos
conhecidos na literatura.
O último exemplo que iremos discutir é o momento de inércia. Tome uma partícula de massa
m que gira em torno do centro do sistema de coordenadas. O momento de inércia é definido
como
I = r2 m
Fica como exercício para o leitor realizar o cálculo do momento de inércia de objetos
conhecidos na literatura.
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