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A DINÂMICA DA NATUREZA

O habitat do homem é a superfície terrestre. Por habitat devemos entender o local de moradia, as áreas
próprias à sobrevivência, à fixação de uma espécie. O homem é um ser vivo que não possui uma área
específica, um tipo de clima ou de relevo que determine sua fixação. Ele pode viver praticamente em qualquer
parte da superfície da Terra.
A superfície terrestre é uma fina camada de nosso planeta com menos de 20 km de espessura, é
composta de elementos sólidos litosfera, líquidos hidrosfera e gasosos atmosfera.
Reunidos nessas três esferas, os seres vivos formam a biosfera ou esfera da vida. Nela, o conjunto das espécies
relacionadas com os aspectos físicos do ambiente (clima, relevo, solo e seres vivos), compõem os ecossistemas
Os elementos e fenômenos presentes na superfície terrestre estão em permanente interação. A ação humana
modifica o meio natural com tamanha intensidade que hoje praticamente não existe natureza “original”, pois o
homem se apropriou dela para construir seu ambiente de vida. Uma das maneiras de iniciar o estudo do espaço
é percebendo as diferenças do espaço natural e geográfico. Observamos então que alguns dos elementos
formadores do meio ambiente, como a vegetação, os rios, os solos, etc., são produzidos diretamente pela
natureza. Outros são resultados da atividade humana – os edifícios, as ruas, a agricultura, as pontes e barragens
etc.
OS ELEMENTOS DA PAISAGEM NATURAL
O meio ou paisagem natural de uma área consiste nos elementos da natureza que interagem naquele
lugar, são interdependentes e interessam aos seres humanos, porque ocupar esse espaço significa se relacionar
com eles ( clima , estrutura geológica e relevo, solo, hidrografia, vegetação e fauna originais).
CLIMA – é o nome que se dá às condições atmosféricas que costumam ocorrer num determinado lugar. A
diferença é que o tempo de uma área é algo momentâneo, que varia constantemente, ao passo que o clima e a
sucessão habitual dos tipos de tempo de um determinado local da superfície terrestre. Quando alguém diz que o
tempo está “bom”, “chuvoso” ou “nublado”, refere-se às características atmosféricas de determinado lugar em
um momento específico. O tempo pode mudar em questão de horas, dias ou semanas. O conceito de clima,
porém envolve uma escala temporal mais ampla.
Por exemplo: dizemos que em Manaus está chovendo neste instante ou que no dia de ontem fez muito
calor, estamos nos referindo ao tempo e não ao clima. Todavia quando afirmamos que Manaus é quente e
úmida, estamos descrevendo de forma bem simplificada, o clima dessa cidade e não o tempo. O tempo,
portanto, reflete um instante precioso um estado atmosférico, temperatura, pressão, umidade, etc. que costuma
variar de um momento para outro, já o clima é o que ocorre normalmente, considerando-se as variações do
tempo atmosférico, durante o ano.
MASSA DE AR – O elemento mais importante para as variações atmosféricas são as massas de ar.
Massas de ar são volumes da atmosfera (semelhantes a enormes “bolhas” ou “bolsões”) que possuem
propriedades em comum (pressão temperatura, umidade) em virtude da área onde se localizam. Assim existem
massas de ar polares (frias), equatoriais e tropicais (quentes), que podem ser oceânicas (mais úmidas) ou
continentais (mais secas). As massas de ar se movimentam constantemente. Com frequência uma acaba
empurrando a outra e ocupando seu lugar. A dinâmica das massas de ar é responsável pela maior parte das
alterações do tempo de um lugar (vinda do frio, as chuvas, etc.) o encontro entre duas massas de ar recebe o
nome de frente, ocorre uma frente fria, por exemplo, quando a massa polar desloca, empurrando a tropical e
ocupando-lhe o espaço.
RELEVO – é o conjunto das diferenças de nível da superfície terrestre. Os tipos mais comuns de relevo
são as montanhas, as depressões, os planaltos, as planícies, as colinas, os terraços, os vales, os vários tipos de
litoral e outros. Podemos afirmar que o relevo se forma e se altera devido a fatores internos e externos.
Os fatores Internos ou geológicos ligados à estrutura geológica da área – são o vulcanismo, os abalos sísmicos,
terremotos e maremotos e o tectonismo. Os fatores externos são o intemperismo ou meteorização (ação da
temperatura das águas e outros agentes sobre as rochas, provocando decomposições), a ação dos ventos, dos
rios das enxurradas, das torrentes, das geleiras, dos oceanos e dos seres vivos.
A superfície terrestre não é totalmente plana. Nela encontramos regiões elevadas, rebaixadas e
onduladas. A superfície da Terra é irregular e o conjunto dessas diferenças dar-se o nome de relevo. Cada uma
das formas do relevo apresenta características próprias, por isso recebem nomes diferentes.
Planalto é uma superfície mais ou menos plana e elevada, onde predomina o processo de desgaste, ou seja, a
erosão. As superfícies são desgastadas pelo vento, sol, chuva, etc.
Planície é uma região mais ou menos plana de origem sedimentar, onde predomina o processo de
acúmulo de materiais. Esses materiais são sedimentos compostos por cascalho, areia, argila e outros. O
cascalho é proveniente do desgaste e erosão das regiões mais elevadas. Existem as planícies costeiras ou
litorâneas, junto ao litoral; e as planícies continentais, situadas no interior do continente.
Montanha é uma grande elevação resultante do choque das placas tectônicas que se situam no interior da
Terra. Em geral, a palavra montanha é utilizada para designar grandes elevações. Para pequenas elevações do
terreno, usamos a expressão colina e para as médias elevações, a palavra morro. Quando encontramos um
alinhamento de montanhas, denominamos o conjunto de cordilheira ou cadeia montanhosa.
Chapada é um planalto de rochas sedimentares que apresenta topo plano e encostas íngremes.
Cuesta é um planalto formado por uma sucessão alternada de camadas rochosas (sedimentares e
magmáticas), que possuem diferentes resistências ao desgaste (erosão). Por isso apresenta uma encosta íngreme
de um lado e um declive suave do outro.

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