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Trabalho do 3o Bimestre - Peste Suína Clássica

A Peste Suína Clássica (PSC) é uma doença infecciosa produzida por


um vírus RNA da família Flaviviridae e gênero Pestivirus. Tem como
característica ser altamente transmissível, apresentando alta mortalidade nos
rebanhos suínos. Afeta suínos de todas as idades, com foco nos domésticos,
apesar de ainda acometer suínos selvagens, tais como javalis e catetos. A
presença da PSC é uma condição que retarda a produção animal e o comércio
internacional. No que diz respeito ao seu impacto econômico a enfermidade
causa perdas diretas e indiretas. As perdas diretas estão associadas com
morbidade, mortalidade, tratamento veterinário e custos para eliminação do
foco; enquanto os indiretos relacionados principalmente a restrição dos
mercados importadores.

Os sinais clínicos apresentados pelos suínos afetados com PSC variam


de acordo com a idade do animal. Inicialmente, é possível identificar nesses
animais: depressão; febre alta (41ºC); amontoamento; conjuntivite; leucopenia
severa; necrose das amídalas; vermelhidão da pele; e hemorragia. Em animais
jovens, a taxa de mortalidade é significativa, ao contrário de animais mais
velhos, em que a enfermidade pode se manifestar discretamente ou até mesmo
ser subclínica.

A principal via de transmissão da Peste Suína Clássica é pelo contato


direto entre suínos infectados e suscetíveis, sua contaminação normalmente
acontece pela via oronasal e fatores como a elevada densidade populacional,
assim como a presença de porcos silvestres favorecem a propagação da
doença. Um outro fator de contaminação é através da ingestão de produtos de
origem suína contaminados com o vírus (esta tem sido frequentemente a via
pela qual o vírus se disseminou por longas distâncias). O período de incubação
do vírus possui variação de 7 a 10 dias.

Para evitar a introdução da PSC em áreas livres, é primordial cuidar


do bem-estar animal e seguir alguns cuidados essenciais. São eles: o
cercamento de toda a granja com tela de no mínimo 1,5 metro de altura; a troca
de roupa e calçados de todos aqueles que entram na granja; e a proibição ao
acesso de veículos de transporte de ração e suínos. Outro ponto importante é a
orientação aos produtores sobre a proibição de uso de restos de alimentação
humana para suínos. Esse material, sem o tratamento específico, constitui
risco para reintrodução e disseminação de enfermidades exóticas no país.

Por fim, o controle mais adequado para essa enfermidade é feito com o
uso de vacinas atenuadas, baseadas na amostra chinesa do vírus. Quando a
vacinação em determinada área é inexistente, é possível utilizar outros
procedimentos menos indicados para controlar os surtos. Alguns exemplos
são: eliminar suínos de rebanhos infectados e limitar a movimentação dos
suínos vivos, da carne suína e de possíveis vetores.

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