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COLÉGIO TÉCNICO AGRÍCOLA “ JOSÉ BONIFÁCIO”

UNESP/CAMPUS DE JABOTICABAL

Trabalho de Tratamento Fitossanitário:


PRINCIPAIS FORMULAÇÕES DE PRODUTOS
FITOSSANITÁRIOS:

Prof º : César Martoreli da Silveira

Nomes: Josiel Marcos Carvalho Soares 3º E


Guilherme Augusto da Silva Faria
Artur Pizardo Micheletto
Arthur Lopes de Lucca
Alex Moraes de Oliveira
Sumário:
Introdução..........................................................................................................3
Principais tipos de formulação.........................................................................4
Métodos de Aplicação.......................................................................................9
Alvo Biologico..................................................................................................12
Produtos fitossanitários biológicos...............................................................13

Uso reacional dos produtos fitossanitários...................................................14

Referencias.........................................................................................................15
Introdução:

Os defensivos agrícolas são essenciais para qualquer sistema de produção agrícola


e, por serem substâncias de alto risco, devem ser empregadas de forma criteriosa.
Trabalhar com esses produtos implica obediência a um conjunto de leis, de normas e
de técnicas que garantam a segurança do trabalhador, a saúde do consumidor e o
equilíbrio do meio ambiente.

Formulação de defensivos agrícolas é a maneira de transformar um produto técnico


em uma forma apropriada de uso, misturando o ingrediente ativo (i.a.) com
ingredientes inertes sólidos ou líquidos a fim de que o produto final possa ser
dispersado e cumprir eficientemente sua finalidade biológica, mantendo essas
condições durante seu transporte e armazenamento. O ingrediente ativo pode se
apresentar na forma de um líquido viscoso ou na forma de cristais, e na elaboração ou
desenvolvimento de uma formulação adequada, torna-se necessário se conhecer com
segurança suas principais características físico-químicas.

Formular: tornar o produto na forma mais adequada para uso composição de um


produto formulado .Ingrediente ativo – i.a. : substância que confere eficácia ao produto.
Formulado inertes: substâncias não reativas com os demais componentes da mistura.
Adjuvantes: substâncias que melhoram o desempenho dos produtos formulados. O
produto resultante do ato de formular denomina-se formulação ou preparado
comercial. As formulações podem ser classificadas em : Formulação pré-mistura:
necessitam ser diluídas até uma concentração adequada, no ato da aplicação.
Formulação de pronto uso: concentração já está adequada para a aplicação.

Os principais fatores para escolha de uma formulação são : custo modo de


aplicação, facilidade de manuseio e dosagem, solubilidade e estabilidade física
durante a estocagem, segurança no transporte/ uso/ aplicação (toxicidade e exposição
do aplicador), fitotoxicidade, risco ao meio ambiente ,região de utilização, eficiência do
produto. E os motivos de se formular um produto fitossanitário são : aplicação de
pequena quantidade por unidade de superfície (g ou ml/ha) ,insolúvel ou baixa
solubilidade em água do i.a. ,concentração do i.a. (10 a 800 g/kg ou g/l) ,fácil dosagem
(200 ml/ha) ,torna-lo mais seguro durante o manuseio (influência na classificação
toxicológica) ,torna-lo mais eficaz, proporcionar maior estabilidade ao i.a. , possibilitar
a mistura de dois ou mais i.a..

Principais tipos de formulação

Pó-seco (P) : Formulação de pronto uso, para aplicação via sólida. Embora tenha
sido importante no passado, seu uso decaiu a partir do início da década de 70 e,
atualmente, está completamente em desuso. É aplicado conforme vem das fábricas,
não devendo ser concentrado, contendo geralmente de 1% a 10% do ingrediente ativo.
A distribuição é heterogênea na área (produto disperso por uma fonte de ar) e é de
difícil calibração dos equipamentos. Exemplo herbicida Pilot.

Grânulos (Gr): Formulação de pronto uso, para aplicação via sólida. Na sua
elaboração, partículas sólidas são impregnadas pelo ingrediente ativo. Essas
partículas são relativamente grandes e podem ser de materiais os mais diversos:
silicatos, argila granulada, gesso, resíduos vegetais triturados e homogenizados
(sabugos, bagaço), plástico, etc. A granulometria é baseada em peneiras, a saber:
8/22 mesh (2 - 0,7 mm), 22/44 mesh (0,7 - 0,35 mm) 15/30 mesh (1,5 - 0,5 mm) 30/60
mesh (0,5 - 0,2 mm) Existem, no entanto, grânulos gigantes, como as iscas formicidas,
e microgrânulos, como os microencapsulados. Ao contrário do pó-seco, todas as
partículas do grânulo veiculam o ingrediente ativo. A concentração de grânulo também
não ultrapassa os 10%, sendo comuns as formulações a 2,5% e a 5%. Dentre as
formulações granuladas predominam os inseticidas sistêmicos, sendo mais raros os
fungicidas e os herbicidas. A aplicação de granulados é efetuada com equipamentos
bastante simples denominados aplicadores de granulados, que constam de depósito
ou reservatório, mecanismo dosador, sistema de acionamento e tubo condutor.
Exemplo inseticida e fungicida Verdadeiro 20GR.

Pó-molhável (PM) :É uma formulação sólida para ser diluída em água e posterior
aplicação via líquida. Na sua composição entra o veículo sólido (mineral de argila) que
absorve o ingrediente ativo na sua superfície; sobre o veículo são adicionados os
adjuvantes (agentes molhantes, dispersantes, antiespumantes, estabilizantes, etc.)
que possibilitam o rápido molhamento e propiciam a formação de uma dispersão
razoavelmente estável. O pó molhável, quando diluído em água, forma uma mistura
homogênea de sólido no meio aquoso (suspensão) . O produto é aplicado em
suspensão aquosa e o veículo é a água. Ela ajuda a adesão do produto na folha, mas
o sólido precisa ter pequena dimensão. Essa formulação apresenta menor problema
de decomposição catalítica em comparação ao pó seco, em virtude de apresentar
concentração mais elevada.. A suspensão não é tão estável e necessita de agitação
contínua para que a calda se mantenha homogênea. Por outro lado, o atrito de
partículas sólidas nas passagens estreitas do pulverizador (válvulas, bicos) provoca
desgastes acentuados do equipamento, mormente quando o veículo da formulação
apresenta alto grau de dureza. Apesar das suas limitações, o pó molhável é uma
formulação mais barata que outras equivalentes (concentrado emulsionável,
suspensão concentrada, etc.). É uma formulação largamente utilizada para fungicidas
(grande maioria), herbicidas e inseticidas. Outra particularidade importante no uso do
pó molhável é que a dosagem deste é dada em peso por área (Ex: kg/ha); como há
dificuldade em se dosar peso no campo, é frequente que a sua quantidade seja medida
em volume (utilizando “canecas”), o que resulta em erros de aplicação. Outra
característica desta formulação é que, durante a diluição, ocorre a necessidade de se
preparar, em recipientes à parte, uma pré-mistura, colocando-se a dose do produto e
um pouco de água, fazendo-se uma pasta fluida que será finalmente adicionada ao
tanque do pulverizador. Devido a esses inconvenientes, atualmente se vê uma nítida
tendência para substituição desta formulação pela formulação de suspensão
concentrada (inicialmente denominadas de flowable) ou nas formulações de grânulos
dispersíveis em água. Exemplos : cartap, metomil e triclorfon

Pó solúvel (PS): Formulação sólida destinada à diluição em água e posterior


aplicação via líquida. É pouco comum, pois o ingrediente ativo deve ser solúvel em
água. O resultado da diluição de um pó solúvel na água é uma solução verdadeira, o
que é interessante na aplicação, pois, uma vez dissolvida, a calda resultante sempre
se mantém homogênea, sem a necessidade de agitação constante. A solução é
translúcida, podendo ser colorida ou não. É a formulação ideal, uma vez que a mistura
é perfeita. Resulta em uma solução verdadeira e não há necessidade de agitação
constante mas é uma Formulação pouco comum. Exemplos :Herbicida Gliforte.
Concentrado emulsionável (CE): É uma formulação líquida destinada à diluição
em água. Para a sua elaboração, o ingrediente ativo é primeiramente dissolvido em
um solvente apropriado, resultando uma solução concentrada. Como essa solução é
imiscível em água, são adicionados adjuvantes (agentes emulsionantes,
estabilizadores, corretivos, etc.) para possibilitar a mistura com a água. O resultado da
diluição do concentrado emulsionável na água é uma mistura homogênea onde
glóbulos líquidos da formulação ficam dispersos na fase aquosa (emulsão),
constituindo uma calda de aspecto leitoso. A estabilidade da emulsão é muito melhor
que a da suspensão e, portanto, a necessidade de agitação não é tão crítica. É uma
formulação bastante comum para inseticidas e encontradas também em alguns
herbicidas. Sendo líquido é de fácil dosagem, pois se medem volumes ao invés de
peso. Não tendo partículas sólidas, a calda não provoca desgaste nem obstrução das
passagens estreitas do pulverizador. Entretanto, adjuvantes empregados na
formulação a tornam mais cara que o pó molhável. Exemplos : Fungicida Ativum

Solução aquosa concentrada (SAqC) : É uma formulação líquida para ser diluída
em água. Na sua elaboração, o ingrediente ativo solúvel, geralmente na forma de sal,
é dissolvido em água, até próximo do limite de saturação. Esta formulação, quando
diluída em água, forma solução verdadeira. É uma formulação muito pouco comum.
(O exemplo mais comum são os glyfosatos nessa formulação)

Suspensão concentrada (SC) : É uma formulação líquida para ser diluída em água.
Esta formulação, que já foi conhecida como flowable, surgiu para contornar as
dificuldades apresentadas pelo pó molhável, que são: a dificuldade de se medir a dose,
a necessidade de se preparar uma pasta à parte antes da diluição final, desgaste e
entupimento de bicos pulverizadores, além do perigo de inalação do pó durante a
preparação de calda. De fato, essas dificuldades foram superadas e a suspensão
concentrada pode ser diretamente despejada no tanque do pulverizador, com o
agitador ligado. Na sua elaboração, geralmente o ponto de partida é o próprio pó
molhável, que é suspendido em pequena porção de água e nele se adicionam os
adjuvantes para manter essa suspensão estável. No entanto, a suspensão nem
sempre é estável no armazenamento, pois durante o repouso as partículas sólidas se
sedimentam e após certo tempo formam uma camada de separação e não mais se
ressuspendem. Porém, com o aperfeiçoamento da arte de formular, muitos produtos
já superaram essa fase. É formulação que se está popularizando entre herbicidas e
fungicida. Exemplos fungicidas Absoluto e Captam e herbicidas Extrazin e Primatop.

Ultrabaixo volume (UBV): É uma formulação líquida de pronto uso para aplicação
em pulverização a ultra baixo volume. Na sua elaboração o ingrediente ativo é
dissolvido em um solvente que deve possuir as seguintes propriedades : volatilidade
muito baixa; alta capacidade de dissolução do ingrediente ativo; baixa viscosidade;
não fitotóxico; compatível com o ingrediente ativo. Como, geralmente, o volume total
empregado na aplicação em ultrabaixo volume se situa abaixo de 5 L/ha,
frequentemente entre 1 a 2 L/ha, a formulação deve ser concentrada o suficiente para
que esse volume contenha a necessária quantidade do ingrediente ativo. Sendo
subdividido em gotas muito pequenas (abaixo de 100 mm) durante a aplicação, a
questão de volatilidade é bastante crítica, pois se a substância for volátil desaparecerá
no percurso entre a máquina e o alvo. JOHNSTONE & JOHNSTONE (1977)
preconizaram uma técnica para se medir a volatilidade das formulações, que
consistem em embeber papel de filtro de 11 cm de diâmetro, com 0,5 ml da formulação
e acompanhar a perda de peso. A formulação UBV não deve perder mais de 30% de
seu peso nos primeiros 20 minutos, a 30°C. A formulação UBV era bastante popular
entre 1965 e 1975, época em que muitos inseticidas foram empregados em
pulverização a ultrabaixo volume, tanto por equipamentos terrestres como por meio de
aeronaves. Atualmente ainda sobrevivem alguns inseticidas e poucos fungicidas nesta
formulação, principalmente para aplicação aérea. Ex: malation, fenitrotion, clorpirifós,
dimetoato, carbaril, etc.

Formulação eletrostática (ED): consiste na aplicação de produtos com


pulverizadores especiais cujas formulações em óleo recebem cargas elétricas ao
serem pulverizadas no alvo desejado. O volume a ser aplicado varia de 0,2 a 2,0 L/ha
e o produto vem acondicionado em recipiente próprio, descartável (bozzle), com um
bico que permite a vazão predeterminada. As gotículas pulverizadas, dotadas de carga
elétrica contrária a das folhas, são atraídas por elas e fixam-se sem perda no solo. As
gotículas atingem, inclusive, a página inferior das folhas.

Grânulos dispersíveis (WG) ou (GRDA) :São formulações granuladas para serem


diluídas em água. Essa formulação, em contato com a água, se dissolve prontamente
formando solução estável. É formulação de desenvolvimento recente e está se
popularizando bastante. Algumas podem ser embaladas em saquinhos solúveis e,
assim, podem ser colocadas no tanque do pulverizador sem oferecer risco ao
operador. Por outro lado, o pacote (sobre embalagem) fica praticamente livre de
contaminação, facilitando o seu descarte. Entretanto, nem todos os ingredientes ativos
podem ser embalados em filmes solúveis, pois existem problemas de
incompatibilidade entre os compostos. Propriedades físico-químicas do IA: sólido a
25ºC e insolúvel em água Vantagens: Alto teor de IA, não forma nuvem de pó como o
WP. Desvantagens: Alto custo, processos complexos .Exemplos 2,4-D e RoundUP
WG.

Formulações pouco utilizadas:

Tablete (TB) :sólida, aplicação após dispersão;

Concentrado solúvel (SL) : líquida, aplicação após diluição, sob forma de solução
verdadeira. .Exemplo: RoundUP Original.

Concentrado dispersível (CD) : líquida, aplicação após dispersão;

Granulado solúvel (SG) : sólida, aplicação após a dissolução, sob a forma de


solução verdadeira.

Suspo/emulsão (SE) : Fluida, heterogênea, dispersão estável de i.a. (s) na forma


de partículas sólidas e de finos glóbulos, na fase contínua aquosa, para aplicação após
diluição em água.

Suspo/suspensão de encapsulado (SCS) :Suspensão estável de i.a. (s) na forma


de partículas sólidas e de cápsulas num líquido, para aplicação após Diluição em água.
Vantagens: Pouca toxicidade, Liberação controlada, Não inflamável Desvantagens:
Complexidade de processo, Processo oneroso, Baixo teor de IA.

Suspensão concentrada dispersível em óleo (OF) : Suspensão estável de i.a. (s),


para aplicação após dispersão num líquido orgânico.

Solução miscível em óleo (OL) : Líquida, homogênea para aplicação após diluição
em líquido orgânico, sob a forma de solução verdadeira.
Pó dispersível em óleo(OP) :Sólida, na forma de pó, dispersão em líquido orgânico
sob a forma de suspensão.

Formulações para tratamento de sementes:

Pó para tratamento a seco de sementes (DS)

Emulsão para tratamento de sementes (ES)

Suspensão concentrada para tratamento de Sementes (FS)

Solução para tratamento de sementes (LS)

Pó solúvel para tratamento de sementes (SS)

Pó para preparação de pasta em óleo (WO)

Pó para preparação de pasta em água (WS)

Métodos de Aplicação:

Aplicação de granulados:

A aplicação de granulados vem paulatinamente crescendo. Para aplicar granulados


em cova, existem diferentes dispositivos simples. No Brasil, desse grupo de
equipamentos, o mais popular é a matraca, que originariamente era semeadora
manual. A matraca adaptada para aplicação do material granulado é bastante usada
para aplicar inseticidas sistêmicos em covas distribuídas em volta de fruteiras,
cafeeiras, etc. Existe matraca especialmente desenvolvida para aplicação de
granulados que possui o depósito (mochila) que vai às costas do operador,
aumentando a autonomia do trabalho e aliviando o peso das mãos do operador. Este
tipo está sendo empregado por uma empresa que trabalha com sistema de venda
aplicada. Para aplicação em sulco, as granuladoras podem ser de diferentes tipos:
manuais, costais ou montadas em trator. Dentre os dispositivos manuais, pode ser
destacado um simples recipiente de fundo afunilado, provido de alça. A vazão é fixa e
depende da área do orifício que existe no fundo, que pode ser fechado através de uma
tampa acionada por uma haste. Dos montados em trator, o equipamento possui um
depósito com fundo afunilado em cujo extremo inferior existe o sistema dosador e um
condutor de saída direcionável. Essas unidades podem aplicar o produto granulado no
sulco de plantio ou ao lado das plantas já estabelecidas. Para o caso de controle de
lagartas (Spodoptera frugiperda) que atacam as gramíneas (milho, sorgo) a saída pode
ser direcionada para o ponteiro (cartucho) das plantas. O funil natural formado pelas
folhas conduz o material para a parte onde se encontram as lagartas. Essas máquinas
podem ser acopladas a outras ou ter funções polivalentes como aplicação conjunta de
adubo nitrogenado e cultivo simultâneo (SIQUEIRA, 1983)

Aplicação Via liquida :

Os equipamentos para aplicação de líquidos podem ser divididos em injetores,


pulverizadores e nebulizadores. Os injetores aplicam um filete de líquido (sem
fragmentação em gotas); os pulverizadores aplicam gotas, e os nebulizadores, a
neblina (gotas menores que 50 mm). Entre os sistemas, a pulverização é responsável
pela aplicação da maior parte dos agrotóxicos utilizados no mundo. Por isso, no
presente trabalho serão suprimidas as apresentações de injetores e nebulizadores, de
pouco uso no Brasil, e as atenções estarão concentradas nos pulverizadores
hidráulicos. Existe uma grande diversidade de máquinas pulverizadoras que podem
ser agrupadas de acordo com o sistema de pulverização do líquido, ou seja, pelo
sistema que se utiliza para que uma massa líquida seja transformada em pequenas
gotas, dependendo do tipo de bicos. São classificados de acordo com a forma de
energia utilizada:

Hidráulicos (Pulverizador) - São máquinas nas quais o líquido é bombeado sob


pressão para o bico e parte-se ao ser lançado ao ar, por descompressão. Pode ser
manual costal, tratorizado (barra, pistola, jato dirigido ou auxiliado por ar) ou avião.

Pneumáticos (Atomizador) : Consiste em injetar uma pequena quantidade de


calda com inseticida em uma corrente de ar. O fluxo de ar é gerado por um ventilador
de rotor radial (centrífugo) e normalmente no final do tubo condutor (bico) há uma
diminuição do diâmetro à semelhança de um “venturi” que, além de aumentar a
velocidade do ar, causa uma pressão negativa, que succiona o líquido do tanque para
esse ponto onde é injetado e quebrado em gotas. O fluxo de ar serve também para
carregar e orientar as gotas formadas em direção ao alvo. As gotas formadas têm um
diâmetro de 90 a 100 Pm. A vazão situase entre 10 e 15 L/ha, quando diluído em água,
e de 2 a 10 L/ha, quando o inseticida é formulado em óleo para UBV. São usados em
culturas arbustivas nas quais o efeito da corrente de ar serve para aumentar a
penetração e coberturas nas folhas internas da copa. Pode ser motorizado, costal, ou
tratorizado canhão.

Centrífugos (ULVA) : Consiste em deixar cair uma pequena quantidade de líquido


sobre um disco ou gaiola (cilindro) que gira a uma grande velocidade fracionando o
líquido em gotas de 60 a 70 Pm. A vazão desses aparelhos é de 0,5 a 2,0 L/ha. A
obtenção de gotas com um diâmetro controlado dentro de certos limites é conseguido
com o uso de discos rotativos denominados CDA (aplicação de gotas controladas). O
tamanho das partículas pode ser ajustado pela rotação dos mesmos. A pulverização é
feita pela sobreposição de faixas em culturas anuais e em linhas individuais em
culturas perenes. Pode ser manual, motorizado costal, tratorizado ou avião.

Eletrostáticos (Electrodyn) : Apresenta no local de saída do líquido um ponto de


descarga elétrica de corrente de alta voltagem de aproximadamente 20 mil volts. O
líquido devido à alta tensão e ao intenso campo elétrico gerado, sai sob a forma de
filamentos e se rompe em pequenas gotas carregadas positivamente que são atraídas
pelas plantas (negativas) ou objetos mais próximos. A vazão é de 0,2 a 2,0 L/ha,
dependendo do bico e velocidade do aplicador.

Térmicos (Nebulizador) : O fluído de arraste é um gás quente, proveniente da


combustão do óleo diesel. Produz partículas que giram em torno de 15 a 50 Pm. É
utilizado em ambientes fechados como residências, armazéns e formigueiros de
saúvas. É também usado em florestas, sendo comum em seringais. Esse tamanho de
gotas permite que o produto fique em suspensão no ar por algum tempo.

Aplicação via gasosa (Fumigação)

O produto preparado na forma sólida (pastilhas ou pasta) ou líquida, ao entrar em


contato com o ar volatiliza, liberando um gás fumigante . Os produtos mais utilizados
são o fosfeto de alumínio ou fosfina e o brometo de metila (atualmente com a
comercialização proibida). O sucesso da aplicação não depende somente de um bom
equipamento e do defensivo usado de forma correta. Depende também de fatores a
serem considerados no campo, com orientação especializada.

Alvo Biológico

A tecnologia da aplicação de defensivos agrícolas apresenta limites bastante


definidos, de um lado, o equipamento responsável pela pulverização
propriamente dita: formação e impulsão de gotas de uma calda (mistura,
suspensão ou diluição) e do outro, a superfície ou local onde as mesmas serão
depositadas chamado de “alvo biológico”.

Os parâmetros ambientais (temperatura, ventos, correntes de convecção,


umidade relativa do ar, etc.) a máquina ou equipamento utilizado (tipo,
regulagens, velocidade, etc.) e a superfície a ser tratada (folhas, caule, frutos,
solo, insetos em vôo, etc..), são os principais elementos que determinam, em
cada caso um comportamento ideal do defensivo até o “alvo biológico”.

O alvo biológico é uma entidade eleita para ser atingida, direta ou indiretamente,
pelo processo de aplicação. No primeiro caso, quando se coloca o produto em
contato com o alvo no momento da aplicação e, no segundo, quando se atinge
o alvo posteriormente, pelo processo de redistribuição. Essa redistribuição
poderá se dar por meio da translocação sistêmica, movimentação translaminar
ou pelo deslocamento superficial do depósito inicial do produto. Qualquer
quantidade do produto químico que não atinja o alvo não terá eficácia,
ocasionando, assim, uma perda. Assim sendo, é fundamental que se fixe com
exatidão o alvo quando se aplica um defensivo agrícola (Ramos & Pio, 2003). A
fixação inadequada do alvo leva invariavelmente à perda de grandes proporções,
pois o produto é também aplicado sobre partes que não têm relação direta com
o controle. No caso de um herbicida de pós-emergência, o alvo será a planta
daninha que se pretende eliminar. No caso de inseticida, o alvo será o inseto
(praga) que se deseja destruir. Entretanto, para fins práticos, a definição do alvo
é muito mais abrangente. O alvo (também conhecido com o alvo químico, ou
seja, onde o produto deve ser depositado para obter o máximo efeito), é uma
entidade eleita para ser atingida, direta ou indiretamente, pelo processo de
aplicação. Diretamente, quando se coloca o produto em contato com o alvo no
momento da aplicação e, indiretamente quando se atinge o alvo posteriormente,
pelo processo de redistribuição. Essa redistribuição poderá se dar por meio da
translocação sistêmica ou pelo deslocamento superficial do depósito inicial do
produto. A fixação pouco exata do alvo leva, invariavelmente, a perdas de
grandes proporções, pois o produto é também aplicado sobre partes que não
têm relação direta com o controle. Por exemplo, em média, 30% do produto
aplicado visando às folhas atingem o solo por ocasião da aplicação (HIMEL,
1974).
A partir dessa informação, chegaremos a um componente de pulverização (bico
ou turbina do pulverizador) e finalmente a máquina, seja ela manual, tratorizada
ou mesmo equipamento aéreo.

Produtos fitossanitários biológicos.

Nos últimos anos, houve grandes avanços na qualidade e eficiência dos produtos
biológicos. Aspectos fundamentais como garantia da espécie/linhagem do agente e
sua viabilidade (“tempo de prateleira”), foram aprimorados por meio de rigorosos
serviços de seleção, controles internos, formulações adequadas e sistemas de
distribuição e aplicação apropriados. A indústria de biocontrole está crescendo 5.3%
mais rápida que a indústria de defensivos químicos. Os produtos tem que ser
registrados após rigorosa avaliação realizada pelo MAPA, ANVISA/MS e IBAMA/MMA.

Os produtos biológicos a disposição do agricultor são, majoritariamente, inseticidas,


tanto microbiológicos (fungos, bactérias, vírus e nematoides) como macrobiológicos
(parasitoides e predadores). Também existem fungicidas (fungos e bactérias) e
nematicidas (fungos) microbiológicos. Ainda não estão disponíveis herbicidas
biológicos.

São 92 inseticidas (56 microbiológicos e 36 macrobiológicos), nove fungicidas e um


nematicida já registrados. Não estão incluídos produtos semioquímicos (feromônios e
aleloquímicos) e bioquímicos (a base de extratos vegetais). Os produtos biológicos
podem ser utilizados na agricultura orgânica embora seu mercado seja,
principalmente, na agricultura convencional, participando do Manejo Integrado a
Pragas (MIP).

Exemplos de uso de controle biológico no Brasil: cultivo de cana de açúcar: agente


de controle biológico :cotesia flavipes. alvo biológico: broca da cana (diatraea
saccharalis). agente de controle biológico: metarhizium anisopliae. alvo biológico
cigarrinha da raiz (mahanarva fimbriolata).

Fungicidas microbiológico: Aspergillus flavus ,Trichoderma asperellum ,


Trichoderma harzianum , Trichoderma stromaticum, Bacillus pumilus ,Bacillus subtilis.

Inseticidas microbiológicos: Beauveria bassiana , Metarhizium anisopliae,


Bacillus thuringiensis, VPN-HzSNPV, Cotesia flavipes ,Neoseiulus californicus ,
Phytoseiulus macropilis ,Pupa estéril de macho de Ceratitis capitata , Stratiolaelaps
scimitus , Trichogramma galloi ,Trichogramma pretiosum.

Uso reacional dos produtos fitossanitários

Glifosato é indicado no controle de ervas daninhas de culturas semi perenes e


perenes, monocotiledôneas ou dicotiledôneas, em culturas de cana-de-açúcar, café,
citros, maçã, uva e soqueira em cana-de-açúcar. É indicado, ainda, para as culturas
de ameixa, banana, cacau, nectarina, pêra, pêssego, seringueira. A mistura com
outros herbicidas pode reduzir a atividade do produto, ocasionando o chamado
antagonismo. Para aumentar a eficiência na eliminação de ervas, pode-se utilizar
glifosato misturado com outros herbicidas, tais como formulados à base de 2,4-D,
terbutilazina, simazina, alaclor e diuron. Existem diversas formulações de glyphosate,
entretanto todas possuem o mesmo mecanismo de ação, independentemente dos sais
utilizados

Diferentes formulações de Glifosato:

ROUNDUP ORIGINAL: Tipo de formulação: Concentrado solúvel (SL)

ROUNDUP WG: Tipo de formulação: Granulado dispersível (WG)

ROUNDUP ULTRA: Tipo de formulação: Granulado dispersível(WG)

ROUNDUP TRANSORB R: Tipo de formulação: Concentrado solúvel.(SL)

As formulações de Roundup WG, apresenta formulação granulada com maior


concentração de ingrediente ativo, conferindo facilidade no transporte e redução do
espaço para armazenagem, além da praticidade no manuseio e descarte de
embalagens e Menor risco de perda por chuva após 1 hora de aplicação.

As formulações de Roundup original , apresentam a formulação Concentrado


solúvel (SL), Formulação líquida para aplicação após a diluição em água, sob forma
de uma solução verdadeira de i.a.

Preço Roundup WG : R$198,90 embalagem 5KG


Preço Roundup Original: 149,90 embalagem 5 Litros.
O 2,4-D nome simplificado do ácido diclorofenoxiacético, é um dos herbicidas mais
comuns e antigos do mundo. o 2,4-D e outros produtos da mesma família química,
conhecidos como fenoxiacéticos, estão sendo usados mundialmente como
ferramenta básica na agricultura moderna. A razão para esse sucesso não é só
devido a sua grande atividade como herbicida, mas também devido a um dos
melhores perfis toxicológicos disponíveis e um preço muito acessível. É utilizado no
cultivo de cana de açúcar para controlar Picão-preto, Picão-branco, Fazendeiro,
Caruru-de-mancha, Beldroega, Falsa-serralha, em pré emergência aplicado antes da
germinação das plantas infestantes, quando o solo estiver úmido. Picão-preto,
Guanxuma, Mata-pasto, Amendoim-bravo, Leiteira, Corda-de-viola, Corriola,
Trapoeraba, Caruru de mancha, Beldroega. Aplicado em pós-emergência: aplicar
quando a planta estiver em pleno crescimento vegetativo, evitando-se períodos de
estresse hídrico, antes da formação de colmos de cana-de-açúcar.

Formulações de 2,4-D

2,4-D Nortox 970 WG: Granulado dispersível (WG)

2,4-D Nortox: : Concentrado solúvel (SL).


Referencias :
Francisco Roberto de Azevedo,Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas.
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/426350/1/Dc102.pdf
Jefferson kunz. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DOS DEFENSIVOS E
EQUIPAMENTOS, Apostila técnico em agricultura.
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-33-17-apostila-
defensivoagricola.pdf
FORMULAÇÃO DOS PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS, DPV – DEFESA
FITOSSANITÁRIA – FCA/UNESP – CAMPUS DE BOTUCATU.
https://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/DefesaFitossanitaria/formu
lacao-dos-produtos-fitossanitarios-a
Kurt kissman. Adjuvantes para caldas fitossanitárias
http://w3.ufsm.br/herb/Adjuvantes%20para%20caldas%20de%20produtos%20fitossa
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Pedro Takao Yamamoto .Controle Químico de Pragas. Departamento de
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https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4479045/mod_resource/content/1/Aula%2011
%20Controle%20Qu%C3%ADmico%20de%20Pragas%20-%20Aula%202.pdf
SETOR DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS NO BRASIL.
disciplinas/Casimiro/LFN/AULA%20ESALQ%20%20SETOR%20DE%20PRODUTOS
%20FITOSSANITARIOS%20-%20agosto%202016.pdf
Formulações para tratamento de sementes https://seednews.com.br/artigos/1637-
formulacao-para-tratamento-de-sementes-edicao-marco-2010
Produtosfitossanitáriobiológicos.https://www.grupocultivar.com.br/artigos/produtos-
fitossanitarios-biologicos

HERBICIDOLOGIA http://w3.ufsm.br/herb/Unidade%204.pdf
https://blog.aegro.com.br/glifosato/
http://www.roundup.com.br/
http://www.roundup.com.br/produtos-da-familia-roundup#fam
https://www.agrolink.com.br/downloads/2,4-D.pdf

www.iniciativa24d.com.br/media/upload/Boletim_Tecnico_2,4D.pdf

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