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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 29.718/2015...........................................

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sobremaneira para a ocorrência do abalroamento.
Sendo assim, a Procuradoria promoveu pela responsabilização do ARA
Everson Menezes de Paula, proprietário de fato e condutor da lancha “ANGELINA”,
porquanto conduziu seu agir com negligência, inobservando os bons princípios
marinheiros, ao não observar a maré predominante na região, que era vazante, no
momento do acidente, agindo, portanto, em desacordo com os deveres gerais de cautela,
especialmente quanto às Regras 6, letra a, item 6, e 7, do RIPEAM-72 – Regulamento
Internacional para Evitar Abalroamento no Mar.
Cabe reprimenda desse Egrégio Tribunal, de igual modo, ao ARA Nilton
Cesar Ferreira, tendo em vista ter fundeado a lancha “F2” no canal de entrada e saída de
embarcações, contribuindo, desse modo, para o abalroamento em questão.
Diante disso, requereu a procedência da representação, com a condenação
dos representados nas penas e custas processuais estabelecidas na Lei nº 2.180/54.
Por fim, protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos,
porventura ainda necessários.
Por dever de ofício, requer, ainda, seja oficiada à Delegacia da Capitania dos
Portos em São Sebastião, para que diligencie a respeito das seguintes infrações,
cometidas pelo ARA Everson Menezes de Paula:
1) Artigo 7º do RLESTA combinado com os Itens 0206 e 0211 da
NORMAM 03/DPC (O adquirente, proprietário de fato da embarcação, deixou de
providenciar a transferência de propriedade dentro do prazo legal).
2) infração ao parágrafo segundo do artigo 14 da Lei nº 8.374, de 30 de
dezembro de 1991, que dispõe sobre o Seguro DPEM, ao deixar de apresentar o
comprovante do referido seguro dentro da validade.
Recebida a Representação na Sessão Ordinária nº 7.136ª, de 16 de março de
2017, e citados (fls. 222 e 199, respectivamente), os representados que não constam do
Rol de Culpados deste Tribunal apresentaram defesas por ilustres Advogados
regularmente constituídos.
Everson Menezes de Paula, proprietário de fato e condutor da embarcação
“ANGELINA”, fls. 225 a 236, repetiu os argumentos trazidos em sua Defesa Prévia, em
síntese, que o abalroamento ocorreu por volta das 15h e não às 18h como consta no
inquérito; no dia do acidente a maré em São Sebastião, cidade vizinha a Caraguatatuba
(distante 5 km) onde se encontrava a Marina, era de 1,0m, entre os horários de 12h24 e
17h55, o que seria suficiente para a entrada da embarcação “ANGELINA” no rio, eis que

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