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RIBEIRÃO PRETO
2020
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RIBEIRÃO PRETO
2020
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SUMÁRIO
4 QUESTIONÁRIO DE AUTOCONCEITO..................................................................... 6
32 TV INFORME-SE ........................................................................................................... 29
ANEXOS
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REFERÊNCIAS
BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional: a estratégia clínica. 11a ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S
(Org.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
NEIVA, K. M. C. Teste de frases incompletas para orientação profissional: uma proposta de
análise. In: LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. (Orgs.) Orientação Vocacional
Ocupacional. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 225-236.
REFERÊNCIA
GIACAGLIA, L. R. A. A Personalidade do Orientando. In: GIACAGLIA, L. R. A. Atividades
para Orientação Vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. p. 37-38.
os seus principais interesses atuais. Diz-se a eles, que escrevam o que gostam de fazer, não só
com relação aos estudos, mas também em outras atividades, no lazer os tipos de livros, tudo
pelo qual eles se interessem minimamente.
A seguir pede-se que os orientandos se imaginem depois de sete ou oito anos. Quais seriam os
seus principais interesses? O que eles esperam ter, ou como estarão nesta época? O que irão
mudar? Enfim, pede-se que eles escrevam esses interesses futuros no papel.
Por fim, pede-se que eles escrevam na folha aquilo em que eles são competentes. Explica-se
que eles pensem e escrevam o que fazem ou o que poderão fazer bem na vida, aquelas coisas
em que são ou poderão ser competentes, no que têm ou que poderão ter melhor desempenho,
mas de forma dinâmica, pensando no desenvolvimento de seus próprios potenciais. Pede-se que
evitem as comparações com os outros, e que tentem levantar tudo o que eles lembrarem.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. et al. Orientação Vocacional Ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
4 QUESTIONÁRIO DE AUTOCONCEITO
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO D)
OBJETIVO: proporcionar maior entendimento com relação ao autoconceito, através de
questões pré-estabelecidas.
INSTRUÇÕES: entrega-se um questionário para cada orientando e é solicitado que eles
respondam às questões, de acordo com suas experiências, opiniões e visões de si. Ao final,
discute-se sobre o que foi respondido em cada questão.
REFERÊNCIA
GIACAGLIA, L. R. A. A Personalidade do Orientando. In: GIACAGLIA, L. R. A. Atividades
para Orientação Vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. p. 31-32.
5 GOSTO E FAÇO
OBJETIVO: realizar um levantamento das atividades preferidas e rejeitadas pelos orientandos,
assim como o espaço que tais atividades têm em suas vidas atuais. Facilitar o autoconhecimento
a respeito dos gostos e interesses dos jovens, não necessariamente associados as profissões, mas
que interferem na escolha profissional.
INSTRUÇÕES: dividir uma folha sulfite em quatro quadrantes, conforme a figura a seguir e
solicitar que os orientandos escrevam pelo menos cinco coisas em cada um dos quadrantes.
Após os jovens terminarem, discute-se o que foi colocado, item por item.
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REFERÊNCIA
SILVA, I. C. T. A orientação vocacional ocupacional na escola. In: LEVENFUS, R. S. et. al.
Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. p. 269-286.
6 LINHA DA VIDA
OBJETIVO: promover autoconhecimento, através da associação de gostos pessoais, história de
vida e alternativas profissionais. Também tem objetivo de obter mais informações sobre
características pessoais, dados familiares e experiências significativas anteriores do
participante.
INSTRUÇÕES: entrega-se uma folha em branco e solicita-se ao participante que elabore uma
linha que representa sua vida, destacando alguns fatos significativos e a idade em que
ocorreram. Pede-se, ainda, que associe aquele determinado momento da vida aos seus gostos
pessoais, profissões que gostaria de ter em cada momento, sentimentos em cada fase e
alternativas profissionais futuras levantadas.
Obs.:
- Geralmente com adolescentes, solicita-se pelo menos cinco momentos significativos, pois
é comum eles citarem um número menor que cinco.
- Pode-se perguntar sobre o que o adolescente conhece sobre a história da família, sobre a
história da escolha e o significado de seu nome.
- É possível, ainda, pedir que ele se projete para o futuro, identificando o que gostaria de fazer
ou viver daqui a cinco, dez, vinte anos...
- É possível a utilização de materiais gráficos (canetas coloridas, giz de cera, recortes de
revista etc.)
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REFERÊNCIA
SILVA, I. C. T. A orientação vocacional ocupacional na escola. In LEVENFUS, R. S. et. al.
Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. p. 269-286.
7 O QUE EU SERIA…
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO E)
OBJETIVO: promover autoconhecimento, através da complementação de frases, de acordo
com o que o indivíduo imagina sobre si, suas características e preferências.
INSTRUÇÕES: pede-se que os orientandos que completem um questionário da maneira que
quiserem, considerando seus interesses e características. Deixar claro que não existem respostas
certas ou erradas. Ao final, conversar sobre cada resposta escrita pelo orientando, promovendo
reflexões sobre as razões de ter colocado cada resposta, estimulando que fale sobre si e
favorecendo o autoconhecimento.
REFERÊNCIA
Técnica elaborada por alunos(as) e pela supervisora Mariana Araújo Noce durante o Estágio
em Orientação Vocacional / Profissional, realizado em 2003, no Curso de Psicologia da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e aperfeiçoada ao longo dos anos.
8 CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO F)
OBJETIVO: se conhecer melhor, além de permitir com que o orientando analise como ele vê
as suas características pessoais e como pessoas próximas ou distantes a ele o veem.
MATERIAL: uma tabela contendo pares de adjetivos opostos e canetinhas coloridas.
TÉCNICA: examinando cuidadosamente os elementos de cada par, é solicitado que o
orientando tente localizar, na escala, o local mais próximo ao adjetivo que indique sua maneira
de ser. O primeiro comando é que o orientando deve localizar quais as características pessoais
que ele próprio acha que possui.
A segunda tarefa é que ele deve localizar as características que ele pensa que quem o conhece
muito acha que ele tem. No terceiro comando, ele deve selecionar as características que ele acha
que quem o conhece há pouco tempo pensa que ele possui. E por último, ele deve assinalar as
características que ele gostaria de mudar.
Cada etapa deve ser assinalada na mesma folha de aplicação, porém com cores de canetas
diferentes, para ao final, o orientando poder falar sobre cada marcação e refletir sobre as
diferenças com que cada pessoa e ele próprio o classificam.
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REFERÊNCIA
GIACAGLIA, L. R. A. A Personalidade do Orientando. In: GIACAGLIA, L. R. A. Atividades
para Orientação Vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. p. 33-34.
9 CONDIÇÕES DE TRABALHO
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO G)
TÉCNICA: no questionário que será entregue ao orientando, existirão listas de diversas
condições de trabalho, ou seja, de detalhes das profissões, que não se costuma pensar e que
fazem parte da rotina do profissional. Desta forma, deve ser solicitado ao orientando que ele
escolha uma cor que ele goste, uma que ele não goste e uma neutra e marque nos itens suas
preferências. E ao final de realizadas as marcações, deve-se conversar sobre elas.
REFERÊNCIA
GIACAGLIA, L. R. A. Atividades para orientação vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. p.
89-91.
10 PROFISSÕES ADMIRADAS
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO H)
TÉCNICA: sabe-se que todas as profissões são importantes, mas às vezes admiramos mais a
profissão exercida por alguém. Nesta atividade o orientando deverá escrever, nos locais
apropriados, as profissões que ele mais admira em cada caso, e o porquê de cada uma. E ao
final, deve-se discutir sobre suas respostas, a fim de proporcionar maior reflexão.
REFERÊNCIA
GIACAGLIA. L. R. A. A Personalidade do Orientando. In: GIACAGLIA, L. R. A. Atividades
para Orientação Vocacional. São Paulo: Pioneira, 2000. p. 99-100.
REFERÊNCIA
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S
(Org.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
ao jovem dar-se conta dos sentimentos deles em relação ao filho, como também a percepção do
filho em relação aos sentimentos de seus pais. Pode-se observar no rosto do jovem sinais de
insight de sua situação familiar e da influência que sofre. As perguntas feitas pelos jovens “aos
pais” de seus colegas são muito esclarecedoras, muitas vezes o jovem tem mais clareza e
objetividade para tocar no “ponto-chave” do conflito.
REFERÊNCIA
DIAS, M. L. Técnicas para abordagem dos vínculos na família. In: LEVENFUS, R. S. (Org.).
Orientação vocacional e de carreira em contextos clínicos e educativos. Porto Alegre:
Artmed, 2016. p. 246-252.
13 TÉCNICA DO GENOPROFISSIOGRAMA
APLICAÇÃO: solicita-se ao jovem a construção da árvore genealógica de sua família. Ele é
convidado a falar de cada um, dizendo seu nome, sua idade, sua profissão e interesses, os
casamentos, as separações e uma característica mais marcante de sua personalidade. É
importante aprofundar a descrição de alguns membros da família para poder eventualmente
estimar sua influência na escolha do jovem.
Ele pode começar por quem ele quiser e seguir a direção desejada. O número e tipo de
intervenções do psicólogo variam segundo o caso. No final da entrevista, o jovem tem a
possibilidade de se exprimir a respeito do resultado obtido, permitindo-lhe ter uma visão
diferente de sua família (dos dois lados, do pai e da mãe) e suas características próprias.
Com a árvore genealógica construída, o psicólogo acaba por tornar-se um “quase familiar”, mas
é necessário partir, levando consigo esta família falada, escutada, escrita e gravada. Segundo o
Bourguignon, “o mais surpreendente é o conhecimento que a gente adquire de alguém a partir
do momento em que a pessoa é situada dentro de seu parentesco, dá-nos a impressão de um
conhecimento antigo. A entrevista termina, assim, sobre este prazer e este paradoxo: o
sentimento de conhecer alguém, fundado nos acontecimentos relatados e nas características
sociais e a ignorância total que resta sobre a pessoa”. As questões de estudo que se procura
responder pela aplicação do genoprofissiograma são as seguintes:
- Conhecendo todas as profissões familiares das três últimas gerações poderemos
compreender melhor a escolha do jovem?
- Como as profissões (e interesses) dos avós influenciam a escolha do jovem?
- Qual o lugar na filiação que a escolha de uma profissão definida vai permitir ao jovem de
ocupar?
- Como a escolha de uma profissão pode dar ao jovem a possibilidade de se projetar, no
presente e no futuro, de se situar numa história e num projeto, de se dar um lugar e qual?
ANÁLISE DO GENOPROFISSIOGRAMA
Como o objetivo é a orientação profissional e não a terapia familiar, é importante analisar-se os
seguintes aspectos:
a) A estrutura familiar – incluindo a composição familiar e as constelações fraternas.
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REFERÊNCIA
DIAS, M. L. Técnicas para abordagem dos vínculos na família. In: LEVENFUS, R. S. (Org.).
Orientação vocacional e de carreira em contextos clínicos e educativos. Porto Alegre:
Artmed, 2016. p. 246-252.
REFERÊNCIA
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S.
(ORG.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
REFERÊNCIA
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S.
(ORG.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação profissional no LIOP
– Laboratório de Informação e Orientação Profissional. In: LASSANCE, M. C. P. (Org.)
Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 59-
86.
17 QUADRO DE ROTINA
*O questionário a ser entregue para o(a) orientando(a) está nos anexos (ANEXO I)
OBJETIVO: proporcionar um momento para que o jovem possa refletir sobre o seu dia-a-dia.
TÉCNICA: é solicitado que o orientando preencha o quadro de rotina, de forma a marcar tudo
o que ele realiza em seu cotidiano. Ao final, o orientando deve falar o que foi escrito, para
assim, poder analisar o que gosta ou não de fazer, com quais atividades perde mais tempo do
que gostaria e quais atividades poderia incluir em sua rotina e com o quadro em mãos, poder
pensar, junto com o orientador, onde poderá introduzir tais atividades.
REFERÊNCIA
Técnica elaborada por alunos(as) e pela supervisora Mariana Araújo Noce durante o Estágio
em Orientação Vocacional / Profissional, realizado em 2003, no Curso de Psicologia da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e aperfeiçoada ao longo dos anos.
nomeando-a”.
PROCEDIMENTO: o orientador deve assegurar que o jovem entendeu corretamente a tarefa,
acompanhando pelo menos de perto o início da execução. Em caso de dúvida, repetir a
instrução, fornecendo exemplos (2 no máximo) de itens como família, escola.
EXPLORAÇÃO DA TÉCNICA: A produção leva em média 20-30 minutos, após solicitar ao
jovem que “apresente seu trabalho”, discorrendo sobre cada um dos itens evidenciados no
Círculo da Vida. Atentar para clientes detalhistas e tentar concluir em uma sessão a
investigação, caso não seja possível, levar à sessão seguinte.
Exploração do conteúdo:
Deve-se deixar o cliente mais à vontade para demarcar, pontuar, de acordo com seus critérios
o que considera importante. Pode-se sugerir que comece pela área que assinalou primeiro, se a
fala do cliente for muito rápida e/ou superficial, o facilitador pode acompanhar sua fala sem
interromper, e após seu término fazer as perguntas pertinentes para maior exploração.
Por se tratar de uma técnica inicial, deve-se buscar informações de áreas básicas da vida do
jovem como escolar, profissional, entre hobbies, família, lazer, hábitos e religião. Pode haver
ao invés de áreas, valores que a pessoa considera dignos como honestidade, solidariedade, etc.,
para tanto deve-se buscar entender seu significado para o jovem.
O orientador deverá ouvir o cliente e ajudá-lo a se ouvir para que tome consciência de seus
valores e até que ponto as áreas mencionadas se relacionam às questões referentes à escolha
profissional. Há áreas que costumam ficar de fora como a saúde, quando o cliente não está
passando por nenhum problema, mas convém questionar como esta se encontra. Conscientizá-
lo das áreas esquecidas é importante pois se faz necessário mencionar sobre a amplitude de nos
vermos como seres inteiros.
Exploração da forma:
Levá-lo a refletir sobre o tamanho e a localização do círculo na folha, o número e o tipo de áreas
incluídas, o tamanho de cada uma delas, as cores utilizadas e a intensidade do colorido.
• Posição da folha de papel: o jovem alterou a posição original, ou mantém a mesma?
• Tamanho do desenho: o círculo é pequeno (menos de ¼ da folha), médio ou ocupa a maior
parte da folha? Considerar que o diâmetro do círculo relaciona-se com a área de contato do
jovem com seu ambiente.
Localização do desenho na folha:
Verificar se o círculo está posicionado na parte central da folha ou em algum dos quadrantes.
Em qual deles? Os jovens têm uma preferência pelo canto superior esquerdo, por exemplo.
Diversidade e tamanho das áreas:
O círculo é dividido em muitas ou poucas áreas? Há diferença de tamanhos entre elas? Se
houver, questionar. Será que essa diferença se relaciona ao grau de importância ou à valorização
diferenciada atribuída a cada uma?
Cores utilizadas:
Questionar o porquê utilizou cada uma delas. O que cada cor específica significa para o sujeito?
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Como e por que ela foi escolhida para determinada área? Salientar para a realização das
“escolhas”, como a escolha da cor, ampliando este conceito para as escolhas da profissão. O
orientador deve assim possibilitar que o S faça uma comparação entre sua maneira de agir
durante a execução da tarefa e em seu dia-a-dia.
Exemplos de intervenção:
A observação do orientador será um ponto de partida para o questionamento e visará ajudar o
adolescente em seu processo de se autoconhecer. Portanto, é importante favorecer essa
percepção do jovem a uma reflexão. Chamar atenção aos aspectos negativos também é útil, bem
como salientar os aspectos positivos (capacidade de reflexão, amplitude de aspectos abordados,
estética de produção, etc.).
Algumas colocações: desenhos pequenos são apresentados por sujeitos com sentimentos de
inadequação e talvez com tendências ao retraimento. Não se deve fazer afirmativas, mas sim
questionamentos. O jovem, inclusive, nem precisa responder às perguntas, mas é indicado que
reflita sobre elas naquele momento e depois.
Exemplificações de “modelos” de questionamentos/reflexão:
1.Círculo bem pequeno: (+- ¼ da folha), metade inferior do papel: pode representar pessoa com
dificuldade de posicionar-se, se expor, indicativo de depressão. Questionar: Foi difícil realizar
esta tarefa? É difícil para você ocupar os espaços que lhe são oferecidos? Como se sente frente
às exigências que lhe são impostas? O círculo pequeno normalmente é indicativo de dificuldade
no contato consigo mesmo e/ou com os outros, ou coartação e problemáticas emocionais.
2. Círculo grande (+- ¾ da folha), bem centrado, dividido em diversas áreas e bem colorido.
Pode sugerir uma pessoa que se coloca facilmente em seu meio, não aparenta maiores inibições,
ocupa bem seu espaço e diversifica interesses. Porém, de maneira geral, quanto maior o
desenho, maior a valorização de si mesmo, e essa valorização pode ser compensatória quanto
mais exagerado for o tamanho do círculo.
3. Círculo dividido em poucas áreas: pessoa inibida, interesse restritos. Observador: observar
quais áreas foram demarcadas, auxiliar cliente a perceber esse ponto, ampliando sua visão,
inclusive através da OVP.
4. Utilização de poucas cores e predominância de cores suaves e que se repetem: baixo nível de
energia, pouca ligação afetiva com as áreas representadas. Interpretação deve ser feita em
relação às cores específicas utilizadas.
5. Pessoa que diz não ter escolhido as cores, sendo aleatórias: questionar se em sua vida diária
ela também age da mesma forma, se recebe “coisas” prontas, sem interferir; enfatizar a
importância das escolhas.
6. Uso de cores vivas: colorido pastoso pode indicar uma pessoa agressiva, que busca se impor,
ou sujeito assertivo, determinado, que visa alcançar seus objetivos.
7. Uso de cores fortes, saturadas de preto: indicativo de aumento da ansiedade e repressão;
ebulição interna, explosiva, dificuldade para lidar com suas emoções, intempestiva. Quanto
maior for o tamanho do círculo, maior a impulsividade.
8. Pessoa que se nega a colorir: indica coartações da emoção, sujeito negador, que teme, foge
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das relações de afeto. Mais frequente em homens que acham que já passaram dessa fase de
colorir.
A cor é a expressão da afetividade; e os afetos, sentimentos e emoções são revelados pelos
desenhos e as cores. A pressão do lápis no papel, assim como o tamanho, é um indicativo do
nível de energia do jovem.
REFERÊNCIA
LIMA, M. T. Técnica do Círculo da Vida. In: LEVENFUS, R. S.; DOARES, D. H. P. et al.
Orientação Vocacional Profissional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a
clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 419-432.
19 DETERMINANTES DA ESCOLHA
OBJETIVOS: possibilitar as pessoas que percebam de que forma realizam suas escolhas,
buscando identificar qual o nível de autonomia e quais os determinantes envolvidos nesse
processo.
CONSIGNA: desenha-se uma linha no chão da sala, que pode ser feita com uma fita crepe ou
com cordão, os dois extremos da linha fixada no chão representam a possibilidade de autonomia
de escolha (autodeterminação) e, o outro, a falta desta e a presença dos fatores socioeconômicos
como determinantes (heterodeterminação). Não acreditamos em uma autonomia plena, pois
estamos inseridos em um sistema socioeconômico que nos constitui como sujeitos, e não
podemos negar sua influência. Por autonomia, entendemos o sentido de que a escolha é aquela
que queremos fazer, e não a escolha dos outros (pais e sociedade).
As pessoas devem expressar o nível de autonomia que consideram envolvido em suas escolhas,
posicionando-se, corporalmente, em algum ponto da linha e esclarecendo por que se encontram
nessa determinada posição. Após os comentários de cada um, pergunta-se se gostariam de
mudar de lugar e por quê. Por último, pergunta-se a cada um que tenha mudado de lugar o que
seria possível fazer, de forma prática, para viabilizar tal mudança. Soares, Ehrlich e Castro
(2000), apresentam uma discussão sobre os determinantes da escolha, sendo uma leitura
interessante para esclarecer sobre o que discutir após a aplicação desta técnica.
COMENTÁRIOS: a escolha é difícil quando algo deve ser deixado de lado – a elaboração do luto:
quando se tem que olhar entre várias opções agradáveis e, no momento da escolha, deixar as demais
para ficar só com uma. A escolha implica conhecimento e informação sobre o que será escolhido: é
difícil escolher também porque, muitas vezes, não se conhece o que está escolhendo.
Após explorar com o grupo o significado de escolher para cada um deles, discute-se sobre os
determinantes das escolhas (escolhas autodeterminadas versus heterodeterminadas por
questões socioeconômicas). Alguns jovens posicionam-se mais próximos da autodeterminação,
outros mais próximo das determinações socioeconômicas, e na maioria em pontos
intermediários, mas dificilmente alguém se coloca no extremo da linha. Pergunta-se se alguém
gostaria de mudar de lugar, e acontece uma mudança no sentido de buscarem a
autodeterminação por sentirem-se nesse momento do processo mais conscientes dos
impedimentos sociais e com mais condições pessoais de enfrentarem as dificuldades. Ou seja,
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estão querendo maior liberdade para escolher, enfrentando os familiares que estão lhes impondo
escolhas.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. et al. Orientação Vocacional Ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
20 TÉCNICA DA BALANÇA
Esta técnica foi criada para trabalhar o visível conflito que costuma surgir em grupos de
reorientação: continuar como estou ou mudar? Muitas vezes, a escolha é difícil porque a pessoa
não consegue pesar o custo e o benefício de ficar como está ou de mudar de escolha.
OBJETIVOS: auxiliar a tomada de consciência dos prós e dos contras envolvidos em cada
escolha, visualizando os custos e os benefícios de cada opção e auxiliar a trabalhar o luto pelo
que deve ser deixado em benefício da escolha.
CONSIGNA: solicita-se ao grupo, como tarefa para casa, desenhar uma balança pesando os
custos e benefícios de sua atual ocupação e outra pesando os custos e os benefícios de uma
mudança, com troca de ocupação ou simplesmente com a mudança na mesma ocupação. De
cada lado das balanças devem ser listados os aspectos positivos e negativos de cada escolha.
Ao final, cada balança deverá tender para o lado que tiver maior peso para a pessoa. Pedir que
imaginem aquelas balanças antigas, em que de um lado da bandeja era colocado o peso e do
outro lado o que estava sendo pesado (ex. o quilo de arroz ou de feijão).
COMENTÁRIOS: inicialmente, pergunta-se como foi para cada um confeccionar suas
balanças. Em geral, o grupo comenta a dificuldade de imaginar uma situação diferente da que
está sendo vivida agora, além da dificuldade de trocar o certo pelo que ainda não se conhece e
do medo de novo, do medo de mudar.
No final, discute-se sobre as atividades realizadas que sempre tem algum custo e algum
benefício envolvidos. Às vezes, os custos são maiores, e outras vezes os benefícios. É possível
mudar essa relação na atividade atual ou é preciso mudar de atividade? O que é preciso fazer
nesses dois casos para que os benefícios sejam maiores?
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. et al. Orientação Vocacional Ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
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REFERÊNCIA
Técnica elaborada por alunos(as) e pela supervisora Mariana Araújo Noce durante o Estágio
em Orientação Vocacional / Profissional, realizado em 2003, no Curso de Psicologia da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e aperfeiçoada ao longo dos anos.
REFERÊNCIA
Técnica elaborada por alunos(as) e pela supervisora Mariana Araújo Noce durante o Estágio
em Orientação Vocacional / Profissional, realizado em 2003, no Curso de Psicologia da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e aperfeiçoada ao longo dos anos.
23 TÉCNICA R-O
OBJETIVOS:
A. A Técnica R-O pode ser aplicada individualmente ou em grupo. Se o grupo for grande,
sugere-se que o mesmo seja dividido em subgrupos de 3 a 5 pessoas.
B. Esta técnica proporciona ao jovem a organização das profissões existentes para a tomada
de consciência, por parte do orientando, de suas preferências ocupacionais.
C. A técnica R-O contribui para que o jovem amplie seus horizontes profissionais e
também auxilia na organização de suas preferências e delimitação de algumas atividades
profissionais mais significativas para ele.
PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO:
1) Iniciar com uma “Tempestade de Profissões”, pedindo que os orientados falem o maior
número de profissionais que conseguirem lembrar, sem nenhuma censura. É importante que
eles digam o nome do profissional (por ex. Psicólogo) e não da profissão (Psicologia). Uma
pessoa deve ficar com a responsabilidade de fazer anotações na lousa, em uma cartolina ou
em uma folha de papel de todos os profissionais citados.
Obs.: nos casos em que o universo de profissões estiver muito restrito, os orientadores
devem contribuir acrescentando profissionais à lista.
2) Após esta tempestade, oferecer pequenos cartões (sulfite cortada em pedaços de
aproximadamente 5x8cm), para que os orientados escrevam o nome de todos os
profissionais nos cartões.
3) Pedir aos orientandos que dividam as profissões em “famílias”, de forma que as famílias
contenham profissões que tenham algo em comum e conversar sobre o que as profissões
têm em comum, como elas são, onde trabalham, o que gostam de fazer, que instrumentos
utilizam etc.
4) Pegar cartões em branco, escrever o nome dos orientados e pedir que eles coloquem a si
mesmos na família em que se sentem melhor.
5) Após isso, dizer que será realizada uma festa e que um deles será o anfitrião e que eles
devem convidar apenas alguns profissionais. Eles devem convidar em torno de 15
profissionais.
6) Pedir que eles contem sobre a festa, como está, quais os assuntos debatidos, quem está
conversando com quem e etc.
7) Finalmente, dizer que cada um poderá tirar uma foto com mais quatro profissionais.
Distribuir folhas em branco e pedir que os orientandos desenhem como a foto ficará depois
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de revelada.
8) Por último, discutir com os orientandos como ficou a foto de cada um, quais os profissionais
presentes e o porquê cada um foi incluído. Abrir para discussão geral.
OBS.: as profissões retratadas na foto devem ser pesquisadas pelos orientados em guias de
profissões, Internet, em conversas com amigos, familiares e profissionais. O orientador deve
auxiliar na pesquisa, esclarecendo dúvidas.
REFERÊNCIAS
BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional: a estratégia clínica. 11a ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
LASSANCE, M. C. P. O trabalho do SOP/UFRGS – uma abordagem integrada. LASSANCE,
M. C. P. (Org.) Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto
Alegre: 1999. p. 11-47.
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. Técnica R-O: um recurso clássico na tarefa da
informação ocupacional. In: LEVENFUS, R. S.; DOARES, D. H. P. et al. Orientação
Vocacional Profissional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a
escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 357-370.
22
REFERÊNCIA
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S
(Org.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
23
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação profissional no LIOP
– Laboratório de Informação e Orientação Profissional. In: LASSANCE, M. C. P. (Org.)
Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 59-
86.
24
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação profissional no LIOP
– Laboratório de Informação e Orientação Profissional. In: LASSANCE, M. C. P. (Org.)
Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 59-
86.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação profissional no LIOP
26
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. (Orgs.) Orientação vocacional ocupacional. 2 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
Fazer o sorteio das letras de maneira que cada integrante do grupo diga um número e a soma
27
desses números resultam na letra da rodada. Os grupos devem preencher as colunas com
profissões que comecem com a letra da rodada, aquele que acabar primeiro fala “Stop!” e,
nenhum grupo pode continuar a escrever. Todos os grupos falam como preencheram as colunas
e o orientador ao escrever no quadro negro, deve corrigir o que estiver errado e esclarecer sobre
aquelas profissões que podem estar em mais de uma categoria.
No fim, ganha o grupo que tiver o maior número de acertos.
Obs.:
- Fazer, inicialmente, uma exposição sobre as diferentes áreas do conhecimento profissional,
já que as profissões são organizadas de determinada maneira.
- Não convencionais: profissões que não exigem curso técnico ou curso superior, por
exemplo, pescador, lixeiro, etc.
- O orientador pode criar outras categorias, tendo em vista a necessidade do grupo que está
sendo coordenado.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. (Orgs.) Orientação vocacional ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
fantoches. As dramatizações podem ser realizadas como ponto de partida para inúmeras
discussões como o fato de só esse profissional poder realizar essas atividades; serem essas
(somente essas) realmente as atividades realizadas por esse profissional; como se sentem
dramatizando esses profissionais; quais os valores e os preconceitos envolvidos. A partir
disso, é possível fornecer as informações necessárias para que se desfaçam as incorreções e
os estereótipos acerca das profissões por meio de material informativo.
- Consigna 3: algumas vezes, os pais desejam que seus filhos optem pela mesma profissão
deles ou aquela não escolhida por eles. Dessa forma, os fantoches podem ser utilizados, por
exemplo, como auxiliares na técnica do role-playing do papel dos pais (Soares-Lucchiari,
1993, p. 61). Fazer uma reunião de pais, em que cada fantoche represente um dos pais
escolhidos pelos participantes; nela, os pais irão conversar sobre seu desejo de que o filho
siga seus planos profissionais, envolvendo as vantagens da escolha e como os pais fariam
para convencer seus filhos.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. et al. Orientação vocacional ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
REFERÊNCIA
LUCCHIARI, D. H. P. S. Técnicas de orientação profissional. In: LUCCHIARI, D. H. P. S
(Org.) Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo, Summus, 1993. p. 35-68.
29
32 TV INFORME-SE
OBJETIVO: tem por objetivo a prospecção ao futuro, subentendendo-se uma escolha, um
caminho trilhado e antecipações imaginárias em relação à própria vida.
DESENVOLVIMENTO: ao som de uma música de fundo, será dado um tempo de quinze
minutos para que cada um coloque-se no papel. Sugere-se que adote um nome, idade, profissão,
local de residência e o percurso de vida profissional e afetiva que o levou a ser um profissional
de sucesso. O coordenador poderá fazer o papel de apresentador, cada um a sua vez ocupará
uma cadeira em evidência, de frente para o grupo, e responderá perguntas sobre sua profissão
e vida pessoal. O discurso de cada um é totalmente livre, mas alguns preferem manter sua
própria identidade, porém a sugestão de assumir outra identidade facilita a imaginação e
enriquece a entrevista.
COMENTÁRIOS: esta atividade define a escolha, onde a grande maioria dos participantes é
capaz de dizer das dificuldades iniciais para se estabelecer, reconhecendo que a faculdade não
dá tudo, que fizeram vários cursos paralelos e de extensão para ir adquirindo conhecimentos
necessários. É o momento em que aqueles que ainda continuam em dúvida sobre duas
profissões experimentem aquela profissão em relação à qual têm mais dúvida.
REFERÊNCIA
PABST, M. A. É possível propor um processo de orientação vocacional através de técnicas
corporais? In: LASSANCE, M. C. P. (Org.) Técnicas para o trabalho de orientação
profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 87-113.
elaborar um luto por algumas opções possíveis, que precisam ser deixadas ou adiadas.
REFERÊNCIA
PABST, M. A. É possível propor um processo de orientação vocacional através de técnicas
corporais? In: LASSANCE, M. C. P. (Org.) Técnicas para o trabalho de orientação
profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 87-113.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. Técnicas e jogos para utilização em grupos de orientação. In:
LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. et al. Orientação vocacional ocupacional. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 260-273.
Agora volte a esta sala e traga consigo aquilo que decidiu pegar na loja. Assim que você
estiver preparado, lentamente abra os olhos e coloque-se na posição original.
Pede-se que cada jovem conte para o grupo a profissão escolhida, bem como a preterida,
relatando como se sente a este respeito. Num segundo momento, solicita-se que o grupo
exponha o que cada um trocou com o velho.
COMENTÁRIOS: a realização deste exercício traz à tona, frequentemente, as dificuldades
quanto à escolha de uma profissão. A viagem-fantasia proporciona uma projeção sobre as
escolhas não-realizadas, permitindo ao jovem vivenciá-las, fechando gestalts abertas. Do
mesmo modo, quando o jovem se vê diante da profissão desejada, e ao que tem que dar por ela,
é possível visualizar o embate interno que o mesmo trava consigo. Nem sempre há uma
definição, porém é possível verificar-se que o participante consegue, através do simbólico,
compreender-se melhor.
Temos aplicado esta técnica no encontro final e observamos o grande entusiasmo dos jovens ao
poderem realizar sua escolha, dando algo por ela. Geralmente escolhem para dar sentimentos
que tinham e que, de alguma maneira, estão libertando. Por exemplo, um jovem deixou para o
velho "a pressão do pai" para que ele faça determinado curso, enquanto estava escolhendo outra
profissão. Outro jovem deixou o "medo de ser reprovado", outro, a "ansiedade", a
"determinação". Alguns deixam objetos, como um relógio, mas com um significado especial,
de ver chegada a hora de escolher.
REFERÊNCIA
SOARES, D. H. P. O desenvolvimento de novas técnicas em orientação profissional no LIOP
– Laboratório de Informação e Orientação Profissional. In: LASSANCE, M. C. P. (Org.)
Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto Alegre: 1999. p. 59-
86.
depois do almoço, o que faz ao retornar, se continua fazendo o mesmo serviço, se é no mesmo
lugar, a que horas vai embora, o que faz saindo de lá, tem lazer, tem contato com outras pessoas,
faz coisas que gosta, o que faz antes de dormir”.
Com suas perguntas, o orientador auxilia o orientando a descrever um dia de trabalho, deixando
espaço para imaginarem livremente até a hora de dormir, a técnica deve ser finalizada com nova
entrada ao túnel e volta ao aqui e agora.
Agora o coordenador pede para que cada sujeito relate como foi este dia “imaginado”, desde a
hora em que acordou até a hora em que foi dormir. Assim o grupo troca impressões e
sentimentos relacionados. Esta técnica é muito eficiente quando aplicada nos últimos encontros,
quando os orientandos já começam a definir escolhas e já um possuem um maior grau de
integração grupal.
COMENTÁRIOS: com esta dinâmica espera-se uma maior profundidade nas colocações
pessoais, pois os sujeitos já estão com suas escolhas mais ou menos definidas.
REFERÊNCIA
LASSANCE, M. C. P. O trabalho do SOP/UFRGS – uma abordagem integrada. LASSANCE,
M. C. P. (Org.) Técnicas para o trabalho de orientação profissional em grupo. Porto
Alegre: 1999. p. 11-47.
REFERÊNCIA
Técnica elaborada pela supervisora Mariana Araújo Noce durante o Estágio em Orientação
Vocacional / Profissional, no Curso de Psicologia da Universidade de Ribeirão Preto
(UNAERP).
35
ANEXO A
Tabela 1: Atribua notas de 0 a 10 para cada item abaixo, de acordo com o grau de importância
que você classificar:
Como seus pais Como você acha Como você gostaria
responderiam? que é? que fosse?
1. Cursar uma faculdade
2. Ter notas altas
3. Cursar faculdade pública
4. Fazer pós-graduação
5. Viajar no Brasil
6. Viajar pelo exterior
7. Falar outros idiomas
8. Fazer cursos extras
9. Ter um hobby
10. Ter iniciativa e independência
11. Ter amigos
12. Ser esforçado
13. Já ter trabalhado
14. Outros (____________________)
QUESTIONÁRIO DE AUTOCONCEITO
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
4. Como você acha que seus pais o consideram com relação aos itens acima?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5. Você gosta do seu nome? Se pudesse, mudaria para qual e por quê?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6. Como você acha que seus amigos o veem de acordo com os itens 1,2 e 3?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
13. Você concorda com a maneira como os outros o veem? Se não, explique por que, em relação a seus
pais, colegas, amigos, namorado (a) e professores.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
14. Como você se compara à maior parte dos seus colegas em relação:
a) ao aspecto físico?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
b) à inteligência?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
O QUE EU SERIA…
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
A seguir, você verá uma lista contendo pares de adjetivos opostos. Examinando
cuidadosamente os elementos de cada par, sua tarefa consiste em tentar localizar, na escala, o
local mais próximo ao adjetivo que indique sua maneira de ser.
Loiro(a) X X X X Moreno(a)
Agressivo(a) X X X X Não agressivo(a)
Seguro(a) X X X X Inseguro(a)
Triste X X X X Alegre
Feliz X X X X Infeliz
Curioso(a) X X X X Não curioso(a)
Introvertido(a) X X X X Extrovertido(a)
Dependente X X X X Independente
Prático(a) X X X X Teórico(a)
Fisicamente rápido(a) X X X X Fisicamente lento(a)
Mentalmente rápido(a) X X X X Mentalmente lento(a)
Tímido(a) X X X X Não tímido(a)
Aventureiro(a) X X X X Não aventureiro(a)
Maduro(a) X X X X Imaturo(a)
Perseverante X X X X Não perseverante
Radical X X X X Não Radical
Popular X X X X Não Popular
Responsável X X X X Não Responsável
Falador(a) X X X X Quieto(a)
Paciente X X X X Impaciente
Indisciplinado(a) X X X X Disciplinado(a)
Reservado(a) X X X X Aberto(a)
Confiante X X X X Não Confiante
Flexível X X X X Inflexível
Fisicamente forte X X X X Fisicamente fraco(a)
Emocionalmente forte X X X X Emocionalmente fraco(a)
Líder X X X X Seguidor(a)
Competitivo(a) X X X X Não competitivo(a)
Sociável X X X X Retraído(a)
Atento(a) X X X X Distraído(a)
Egoísta X X X X Altruísta
Ambicioso(a) X X X X Não ambicioso(a)
Perfeccionista X X X X Não perfeccionista
Exigente X X X X Não exigente
Impulsivo(a) X X X X Reflexivo(a)
Bonito(a) X X X X Feio(a)
“Desligado(a)” X X X X “Ligado(a)”
Estudioso(a) X X X X Não estudioso(a)
Prestativo(a) X X X X Não prestativo(a)
ANEXO G 42
CONDIÇÕES DE TRABALHO *
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
Abaixo, você verá listas de diversas condições de trabalho, ou seja, de detalhes das carreiras /
profissões, que não costumamos pensar e que fazem parte do dia a dia profissional. Escolha
uma cor que você gosta, uma que você não gosta e uma neutra e marque nos itens suas
preferências.
Trabalhar com:
Acidentados Ensino - aprendizagem Pessoas com deficiência
Adolescentes Esportes Política
A “dor” Gráficos Reabilitação
Adultos Grupos Reações químicas
Animais domésticos Ideias Redes Sociais
Animais selvagens Idiomas Sangue
Armas Idosos Seleção de pessoal
Bebês Imóveis Teatro
Bebidas Infratores Tintas
Cadáveres Insetos Turismo
Cenas de crime Internet Vegetais
Cinema Investigação Vendas
Coleções Jogos Eletrônicos Web Design
Computadores Leis
Comunicação Livros
Construções Mapas
Crianças Máquinas / motores
Dança Moda
Dentes Música
Dependentes Químicos Números
Desenhos Objetos muito pequenos
Dinheiro Pacientes Terminais
Eletricidade Pesquisa
*Técnica adaptada do livro: GIACAGLIA, L.R.A. Atividades para orientação profissional. São Paulo: Pioneira, 2000.
143p.
43
Locais de Trabalho:
Academia Fundação Casa ONGs (Organiz. Não Governamentais)
Ateliê de pintura Funerária / crematório Quadra de clube
Avião Hospital Quartel
Banco IML (Instituto Médico Legal) Sindicato
Bolsa de Valores Indústria Submarino
Clínica Instituições públicas
Cozinha Laboratório
Creches Local aberto
Em casa Local fechado
Empresa Museu
Escola Na Amazônia
Escritório Navio
Estúdio de TV No exterior
Faculdade / Universidade Plataforma de petróleo
Fazenda Presídios
Agora, sua tarefa será refletir sobre suas preferências e buscar informações sobre carreiras e
profissões que se relacionem com o que você gostaria de trabalhar.
Escreva, abaixo, as 10 (dez) condições de trabalho com as quais mais gostaria de trabalhar (em
ordem de preferência) e coloque pelo menos 3 (três) carreiras / profissões que trabalham com
elas. Você pode pedir ajuda e/ou consultar o Guia do Estudante, tentando não repetir as
profissões.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
45
ANEXO I
PROFISSÕES ADMIRADAS
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
Sabemos que todas as profissões são importantes, mas às vezes admiramos mais a profissão
exercida por alguém. Nesta atividade você deverá escrever, nos locais apropriados, as
profissões que você mais admira em cada caso, e o porquê de cada uma.
01) Em sua família, quais as profissões que você mais admira? Por quê?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
QUADRO DE ROTINA
Nome: ______________________________________ Idade: ______ Data: ________________
6h - 7h
7h - 8h
8h - 9h
9h - 10h
10h - 11h
11h - 12h
12h - 13h
13h - 14h
14h - 15h
15h - 16h
16h - 17h
17h - 18h
18h - 19h
19h - 20h
20h - 21h
21h - 22h
22h - 23h
23h - 0h
0h - 1h
1h - 2h
2h - 3h
3h - 4h
4h - 5h
5h - 6h
ANEXO K 47
1. Identifique os principais motivos que o(a) levaram à escolha do curso / profissão atual.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2. O que você imaginava sobre a profissão / curso escolhido é semelhante ou diferente do que você
vivencia atualmente? Explique sua resposta.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3. Quais são suas áreas de interesse atuais dentro de seu curso / profissão?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4. Quem é (são) a(s) pessoa(s) que você mais admira profissionalmente? Explique os motivos de sua
admiração.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5. Quem é (são) a(s) pessoa(s) que você mais admira na vida? Explique os motivos de sua admiração.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6. Quais são suas perspectivas atuais de continuidade de formação profissional (cursos, áreas
pretendidas).
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7. Como você se imagina daqui a 10 anos? (Características, trabalho, situação financeira, moradia,
estado civil, família etc).
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
8. Quais são as ações que você precisa fazer para chegar às situações imaginadas na questão anterior?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
ANEXO L 48
1. Como era a cidade que você imaginou? A cidade era parecida com algum lugar que você conhece?
Como você se sentiu andando pela cidade?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2. Como era a loja “velha”, a Loja de Profissões Abandonadas? Que profissões você viu na loja
abandonada? Como se sentiu deixando essa loja e abandonando as profissões?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3. Como era a loja “nova”, a Loja de Profissões? Que profissões você viu? Como estavam organizadas
essas profissões? Como você se sentiu?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
- Se você ficou em dúvida: Em quais profissões pensou? Por que você acha que ficou em dúvida?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7. Caso queira, acrescente mais alguma informação ou comentário (utilize o verso, se necessário).
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________