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Micologia Humana

Lobomicose

Micose subcutânea, podendo se tornar profunda


Atinge seres humanos e golfinhos
Lesões verrucosas, infiltrativas, ulcerosas, gomosas e queloidianas
Localização típica: pavilhão auditivo
Agente etiológico: Paracoccidioides loboi (Lacazia loboi)
Típico da bacia Amazônia (Acre e Amazonas)
Acometimento de adultos do gênero masculino
Associado a atividades de agricultura, extrativismo, caça e pesca

Primitivamente cutânea
Ausência de disseminação linfática
Indução de processo crônico
Sem resposta imunológica descrita
Não comprometimento visceral
Lesões queloidiformes:
Infiltrativas: início da lesão
Ulcerosas: aparecem e tendem a desaparecer
Gomosas: tentam implantação ao tecido subcutâneo
Verrucosas: rachadas
Leve prurido
Adquirida por microtraumatismo (suspeita de picada de inseto)

Diagnóstico Laboratorial
Exame direto ou biópsia
Coleta de material biológico mais profundo com auxílio de cureta
Elementos arredondados, unibrotantes, com paredes duplas, podendo ser
pedunculados ou sésseis
Ocorrência de formas catenuladas: uma célula mãe induz a formação de uma célula
filha sem se destacar da que a originou - 20 células
Cultura
Não é realizada
Animais de laboratório
Ratos são susceptíveis

Rinosporidiose

Micose mucosubcutânea (pele e mucosas)


Mucosa nasal com pólipo
Pedicularização ou sésseis (preso na mucosa)
Ocorre em menor frequência na pele, laringe, faringe, e outros órgaos
Adquirida por microtraumatismo
Fungo normalmente fica no local de inoculação e não se dissemina
Não há produção expressiva de anticorpos
Resposta granulomatosa, vascularização (aspecto sangrante), benigna e crônica
Necessária a remoção cirúrgica
Agente etiológico: Rhinosporidium seeberi
Maior fungo parasita humano
Zigomiceto patogênico (esporângio - forma assexuada)

Habita água doce, empoeiradas ou estagnadas (mergulhação)


Comum em água salgada e tempestade de areia (deserto)
Inexistência de transmissão de homem a homem
Afeta populações de baixa renda, em áreas densamente povoadas com poucas
condições sanitárias
Regiões endêmicas: Índia e Sri Lanka, alguns casos no Brasil
Ocorre geralmente em indivíduos do gênero masculino de qualquer faixa etária
Animais: equinos, bovinos, cães e aves

Lesão subcutânea adquirida por microtraumatismo


Típica da mucosa nasal
Ausência de relato de disseminação
Indução de um tumor com perda de sangue
Formação de pólipos obstrutivos nasais
Bilateralmente nasal (nas duas narinas)
Desconhecimento de resposta imunológica
Lesão ocular unilateral - indução de fotofobia e secreção sanguinolenta
Lesões-satélites: fígado, pulmão, ossos - indução por continuidade e disseminação
sanguínea)
Lesões recorrentes
Diagnóstico Laboratorial
Exame direto ou biópsia
Pontos branco-acinzentados, dentro de esfera com esporangiósporos no interior de
um esporângio
Cultura
Não é realizada
Reações sorológicas
Não são feitas

Paracoccidioidomicose

Paracoccidioidomicose (Pb) é a principal micose sistêmica no Brasil


Uma das dez principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias,
crônicas e recorrentes, no país

Micose crônica e granulomatosa


Período longo de infecção com indução de resposta imunológica (IgG)
Lesões: pulmões, linfonodos, mucosa bucal e outras partes do corpo
Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis

Dimorfismo térmico: muda sua forma de acordo com a temperatura


Forma filamentosa (25ºC) - Forma infectante
Forma leveduriforme (37ºC) - Forma parasitária
Mais infecciosos, patogênicos e virulentos
Deuteromiceto

Habitat no solo ou vegetação como mofo


Comuns em lavouras de café (cafeicultores)
Crescimento lento e alta durabilidade
Também pode acometer água destilada
Países de clima tropical, subtropical e úmido
Independe de idade e raça
Mais comum em homens pela presença do estradiol nas mulheres, hormônio que
impede a conversão da forma filamentosa do fungo para a leveduriforme, sendo os
relatos em mulheres após a menopausa
Mecanismo de infecção
Infecção ocorre em razão da inalação de conídios: esporos produzidos pela forma
miceloide do fungo
Disseminação via linfo-hematogênica
Convertem-se em leveduras invasivas nos pulmões
Depois de inalada, migra pra mucosa bucal pois é aonde a temperatura é
relativamente menor e amena, rica em tecido linfoide, induz formação de
vesículas (bolhas com líquido), e palpas com ulceras, placas brancas com pontos
avermelhados (aspecto tissular) e disseminação pela mucosa bucal

Manifestações clínicas
1. Paracoccioidomicose Aguda ou Juvenil
Desenvolvimento rápido e progressivo, interage diretamente com o sistema
imunológico pela mucosa (sistema mononuclear fagocitário)
Adenomegalia difusa, superficial e profunda (linfonodos- aspecto clínico principal)
Hepatoesplenomegalia: aumento do fígado e baço
Lesões na pele e ossos
Febre e emagrecimento em poucas semanas
Icterícia: comprometimento dos vasos biliares causa o derramamento de bile
Síndrome da compressão da veia cava superior do coração
Diarreia e perda de proteínas na corrente sanguínea: hipoproteínemia
Importância dermatológica e infectologia

2. Paracoccioidomicose Crônica ou Adulta


Mais expressiva e evolução mensal
Adinamia
Emagrecimento
Lesões na pele polimórficas (cavidade anal, bucal e nasal + faringe e laringe)
Mucosa bucal: lesões ulceradas de fundo secretantes e bordas infiltradas
Linfoadenopatias
Febre irregular com associação ao Mycobacterium tuberculosis
Pulmões: maciço comprometimento
Imagem radiológica: tempestade em neve = áreas totalmente esbranquiçadas,
impedindo visualizar a morfologia completa
Comprometimento das suprarrenais, do intestino, do SNC, do sistema
ósseo/articular, fígado, baço, rins, próstata, órgãos genitais, tireoide, globo ocular,
aorta e pericárdio
Não há relatos de reincidência após o tratamento da infecção
Diagnóstico Diferencial
Comprometimento pulmonar
Tuberculose: hemoctíceo - sangue ao espirrar ou cuspe
Histoplasmose: não tem secreções sanguinolentas, induz lesões caseosas no
pulmão
Coccidioidomicose: endêmica na região norte americana (Texas) e climas áridos
nordestinos
Sarcoidose: caráter autoimune

Comprometimento na pele
Leishmaniose tegumentar
Esporotricose:
Cromolobomicose
Lobomicose
Hanseníase
Treponematoses
Sífilis secundária
Neoplasias de pele

Diagnóstico Laboratorial
Material biológico: escarro, secreções de mucosa, lesões cutâneas, material
purulento de nódulos linfáticos

Exame direto com KOH a 40% (37ºC)


Forma leveduriforme dentro do organismo (37ºC): leveduras de paredes duplas e
granulomas de glicogênio
Leveduras arredondas ou ovaladas com dupla parede (uma parede dentro da outra)
Grânulos de glicogênio no citoplasma
Pode induzir formação de brotos chamados de timão
Maior levedura observada de importância média e odontológica

Cultura em Meio Fava Neto (37ºC)


15 dias em estufa de 37ºC
Formação de colônias amareladas com aspecto cerebriforme (formato de cérebro)
Microscopia com azul de lactofenol: leveduras isoladas agrupadas com broto ou de
formas catenuladas
4 tubos de ensaio: 2 tubos na estufa e 2 tubos no ambiente (25ºC)
Colônias esbranquiçadas e algodonosas
Hifas septadas com clamidoconídios septados e terminais e intercalados
Ascomiceto: reprodução assexuada interna
Intercalado: no meio da hifa

Reações sorológicas
Pesquisa do antígeno ou anticorpo
Imunodifusão em gel, RFC e ELISA
Biópia ou Exame anatomopatológico
Reações intradérmicas
Se já entrou em contato com o fungo
Paracoccioidina - Teste de hipersensibilidade imeadiata
Animais de laboratório

Coccidioidomicose

Micose profunda ou sistêmica adquirida por inalação


Comprometimento pulmonar
Disseminação via-linfo hematogênica e comprometimento de outros sistemas e
órgãos
Doença antrozoofílica
Associação com comprometimento do sistema imunológico
Agente etiológico: Coccidioides immites e Coccidioies posadasii

Dimorfismo atípico, ascomiceto e geofílico


25ºC: forma filamentosa - micélios típicos em forma de barril intercalado com
artroconídios
37ºC: forma leveduriforme - forma infectante  (assexuada) com estruturas
esféricas (esférula) contendo endósporos interiormente

Habitat principal: solo


Ciclo saprofítico: presença da forma micelial no ambiente
Desertos semi-áridos e solos alcalinos
Típica de regiões secas, arenosas e alcalinas (pH alto)
Estações secas e longas com chuvas intermitentes
Vegetação xerófila
Continente americano
Brasil: região nordeste

Manifestações clínicas

1. Coccidioidomicose pulmonar primária


Comprometimento pulmonar: 1 a 3 semanas da exposição
60% tem evolução regressiva e espontânea - cura com a ação do sistema
imunológico
40% evolução da doença: doença respiratória aguda - sintomas de 10 a 15 dias,
gripe com febre, sudorese noturna, tosse e ou dor pleurística
Carga fúngica inalada: quadro gripal a infecção respiratória inespecífica
Febre alta, dor torácica, tosse com ou sem expectoração, reação alérgica com
eritema nodoso
Regressão do quadro dentro de 30 a 60 dias
5% apresenta lesões pulmonares residuais - nódulos solitários ou carcinomas
Sinais e sintomas da coccidioidomicose primária, em ordem decrescente de
frequência são febre, tosse, dor no peito, calafrios, produção de escarro, faringite e
hemoptise
2. Coccidioidomicose progressiva
Sintomas não específicos desenvolvem-se em poucas semanas, meses ou algumas
vezes, anos após a infecção primária, incluindo febre baixa, anorexia, perda ponderal
e fraqueza
Eritema nodoso é a erupção reativa mais frequentemente associada a
coccidioidomicose
Múltiplos nódulos autolimitados
Eritematosos, dolorosos e subcutâneos
Geralmente aparecem nos membros inferiores 1 a 3 semanas após os sintomas
respiratórios iniciais
Exantema tóxico generalizado e eritema multiforme relatados
Comprometimento pulmonar extenso é incomum em pessoas saudáveis
Ocorre em imunocomprometidos
Pode causar cianose, dispneia progressiva e escarro mucopurulento

3. Coccidioidomicose disseminada
Sintomas de lesões extrapulmonares dependem do local
Drenagem dos seios paranasais conecta lesões mais profundas à pele
Lesões extrapulmonares localizadas que podem tornar-se crônicas e recorrentes

Diagnóstico Laboratorial
Exame direto com KOH a 40% ou biópsia
Amostra: aspirado brônquico
37ºC: esférulas com paredes birrefrigentes e endósporos
Cultura
TA: forma micelial com artroconidios
Colônias filamentosas esbranquiçadas castanho ao amarelo, rosa ao lilás, marrom
pálido ao cinza-escuro
Biópsia
Testes imunológicos e moleculares

Criptococose

Micose oportunística
Infecção aguda, subaguda (sem sinais e sintomas evidentes) e crônica
Febre, tosse, dor no peito, perda de peso, rigidez de nuca e fraqueza
Foco inicialmente pulmonar
Atinge pele, mucosa, ossos e vísceras
Possui capacidade disseminativa por via linfática e hematogênica
Causa comprometimento imunológico
Localização típica:
Agente etiológico: Cryptococcus neoformans variedade neoformans
   Cryptococcus neoformans variedade gatti
(Fungo de eucaliptro)
Sorotipos:
Variedade neoformans: A e D
Varidade gatti: B e C

Basídiomiceto: reprodução sexuada externa e ciclo biológico completo


Variedade neoformans (assexuada)
Filobasidiella neoformans variedade neoformans (sexuada)
Variedade gatti (assexuada)
Filobasidiella neoformans variedade bacillispora (sexuada)

Habitat
Variedade neoformans
Solo alcalino (pH > 7)  + compostos nitrogenados (fezes de pombos - ácido
úrico0)
Sais minerais
Variedade gatti
Associação com Eucalyptus camaldulense e tereticornis

Epidemiologia
Ocorrência em todas as idades
Ambos os gêneros, predomínio do masculino
Preferência em indivíduos que trabalham em pombais
Cosmopolita
Íntima associação com portadores de HIV e AIDS: predomínio da variedade
neoformans sorotipo A
Variedade gatti restrita a zonas tropical e subtropical

Isolamento
Coleta de solo dos pombais
Meio de Guizotia abyssinica: constituído de alpiste que contém pigmento
melanóide e compostos fenólicos
Variedade neoformans: escurecimento do meio e oxidação
Variedade gatti: esverdeamento do meio

Mecanismo da Doença
Principal via de transmissão: inalação das leveduras
Forma sexuada em alguns casos (basidiósporos) também podem levar a doença
Comprometimento pulmonar mediante deposição nos alveólos
Atinge o SNC ao ultrapassar a barreira hematoencefálica e pode causar inflamação
das meninges
Não é restritamente antropofílica = Micose zoonótica (cães, gatos e bovinos)
adquirida por microtraumatismo

Manifestações Clínicas
Sistema Nervoso Central (SNC)
Meningoencefalite criptococócica
Criptococoma (massa tumoral fúngica)
Tegumentar
Pápulas e abscessos
Mucosas
Nódulos e úlceras (gatos)
Ossos
Ossos longos, cranianos e vértebras
Pulmonar
Vísceras

Diagnóstico Laboratorial
Exame direto
Tinta da China (Tinta nanquim)
Amostra de líquor
Levedura encapsulada de Cryptococcus
Cápsula mucopolissacarídica e núcleo
Cultura
Ágar Sabouraud dextrose - ASD - com cloranfenicol
Macroscopia: Colônias leveduriformes, cremosa, intensamente mucóide e úmidas de
coloração branco-amareladas
Microscopia: Colônias com leveduras de Cryptococcus encapsuladas
Teste sorológico
Aglutinação no látex
Pesquisa de antígeno no soro sanguíneo e urina
Aspecto do antígeno de Cryptococcus em soro sanguíneo
Biópsia
Célula de Cryptococcus corada por mucicarmim

Pneumocistose

Doença infecciosa oportunística provocada por fungo ascomiceto


Acometimento pulmonar (doença pulmonar primária)
Quadro sindrômico típico: dificuldade respiratória, tosse seca, febre, calafrios, dor
torácica e cansaço excessivo

Relatada inicialmente em 1912: esgotos de Paris


Manifestação em pacientes com AIDS e imunodeprimidos
Agente etiológico: Pneumocystis jirovecci
Habitat: todos os meios ambientes
Adquirida por via inalatória = 75 a 100% de crianças com <4 anos possuem
anticorpos - contato em idades jovens

Epidemiologia
Cosmopolista: homem e animais domesticos (imunossupressão)
Frequência: prematuros, pacientes neoplásicos, uso de droga imunossupressora e
SIDA

Manifestações Clínicas
Focos primários inativos e reinfecção exógena por decair o equilíbrio imune
Incubação: 4 a 8 semanas
Pneumonia intersticial bilateral aguda
Opacificação da região peri-hilar (pulmão)
Dispnéia a taquipneia (descompensação respiratória), tosse seca e derrame pleural
(raro)
Disseminação hematogênica: AIDS
Comprometimento adrenal, cerebral, gastrointestinal, genitourinário,
hepatoesplênico, ocular, tireoidiano ocular e renal

Mecanismo de Infecção

Diagnóstico Laboratorial
Esfregaço
Secreção do lavado brônquico
Tratado com solução mucolítica
Confecção de lâmina: PAS, azul de toluidina, calcoflúor, Grocott-Gomori e prata-
metenamina
Cultura ASD: não obtida
Testes imunológicos: anticorpos monoclonais e imuno-histoquímica
Teste de Biologia Molecular: PCR
Histoplasmose

Micose profunda E oportunística


Adquirida através do trato respiratório superior
Inoculação de conídios e esporos
Atinge alvéolos pulmonares e sistema imune não consegue detê-lo, disseminando
por via linfática e hematogênica levando ao comprometimento de sistemas órgãos
Manifestação mediante comprometimento imunológico

Infecção primária (agente principal do processo infeccioso) e assintomática do trato


respiratório
Regressão espontânea: quadro agudo, subagudo e crônico (IgG)

Agente etiológico: Histoplasma capsulatum


Histoplasma capsulatum variedade duboisii (endêmica/África/um
pouco maiores)
Forma sexuada: Ajellomyces capsulatus (formação dos gametas, permissão de
melhor adaptabilidade ao ambiente e classificação - não causa doença)

Dimorfismo fúngico: capacidade de mudar sua forma dependendo da temperatura


Forma filamentosa (infectante): 25ºC, presença de conídios adquiridos por
inalação
Forma leveduriforme (parasitária): 37ºC, escape da resposta imune
Fungo ascomiceto: reprodução sexuada com produção de ascos com ascósporos
Fungo telúrico: encontrado no solo
Habitat: grutas e cavernas com aves e morcegos
Ar contaminado com esporos e conídios de cavernas + pH ácido do solo +
compostos nitrogenados (excrementos de aves e morcegos)
Cosmopolita: atinge todos as partes do mundo
Possui densidade muito baixa = facilita sua flutuação no ar e disseminação
Profissões susceptíveis: arqueologia, espeleologia e mineralogia

Mecanismo de Infecção
Forma infectante: conídios
Adquirido por inalação e instalação no trato respiratório
Preferencia por órgãos com sistema reticulo endotelial (baço, fígado, rins, SNC e
cavidade bucal)

Manifestações Clínicas
1. Assintomática
Importância médica - "Mal estar de fim de tarde"
Imunoreação positiva: histoplasmina
Raio X: calcificações no pulmão e baço
Reações sorológicas: imunodifusão (ID) e Reação de Fixação do Complemento
(RFC)
(Essa imunidade não é permanente, a cada vez que se entra em contato com
ele, se o sistema imune estiver comprometido, pode adoecer)
Indisposição orgânica: dispnéia, febre, cefaléia, mal estar geral, dor generalizada,
comprometimento respiratório com tosse seca, dor esternal e
hepatoesplenomegalia

2. Agudo
Aparece apenas em caso de comprometimento imune: disseminação do fungo
pelo organismo
Quadro grave: idade, quantidade de fungos inalados e grau de sensibilidade
Histoplasmonas

3. Disseminada
Diretamente relacionada a idade do indivíduo
Aguda: Crianças com idade <10 anos
Fatal em 4-5 semanas
Evolução da histoplasmose aguda - febre, hepatoesplenoma, diarréia,
vômito, tumefação abdominal e tosse

Sub-aguda: Adultos jovens (+/- 10-20 anos)


Fatal em meses ou anos
Comprometimento de imunidade
Ocorrência de lesões cutâneas

Crônica: Adultos acima de 40 anos (60 a 80 anos)


Adquirida por microtraumatismo
Lesões: língua, lábios, faringe, laringe
Raro comprometimento pulmonar
Persistência por +/-  anos

Pulmonar Crônica: Indivíduos com > 40 anos


Resultados de reinfecção
Pneumonia intersticial
Oportunista: Pulmão pode ser o único envolvido

Diagnóstico Laboratorial
Exame corado (Leishman, Giemsa e Wright)
Esfregaço sanguíneo
Observação com microscópico em óleo de imersão
Leveduras com retração de cápsulas extra e intracelularmente nos macrófagos
Cultura em ASD
(25ºC)
Macroscopia: colônias filamentosas bege claras septadas
Microscopia: hifas septados com conidióforos
(37ºC)
Macroscopia: colônias leveduriformes esbranquiçadas
Microscopia: células leveduriformes
Biópsia: HE, Gomori, e PAS
Sorologia: RFC e DE
Antígenos fúngicos = bandas H (doença) e M (processo de infecção)

Micoses Oportunísticas

Aparecem por alterações na microbiota


Agentes em equilíbrio assumem um estado patogênico
Infecções provocadas por fungos sapróbios
Desequilíbrio entre parasita-hospedeiro
Estabelecimento de doenças
Geralmente tem quadro evolutivo lento e mecanismo de escape do sistema imune,
quando é diagnosticada geralmente já está disseminada

Fatores predisponentes
Alterações na alimentação, período prolongado de uso de antibióticos e deficiência
do sistema imunológico
Naturais, mecânicos e iatrogênicos
Diabetes: acúmulo de glicose favorece a multiplicação dos fungos
Hipotireoidismo: diminuição do metabolismo, favorecendo nutrientes para o fungo
Doenças ligadas ao comprometimento imune
Traumas, oclusões e queimaduras: quebra das barreiras protetoras

Doença de evolução lenta


Persistência (semanas e meses)
Disseminação
Diagnóstico rápido
Tratamento agressivo
Ação linfocitária comprometida

1. Candidíase
Pele, mucosas e unhas
Levedura
Gênero Candida
Fungo da microbiota residente
2. Criptococose
Preferência pelo SNC (afinidade por compostos nitrogenados como creatina e
asparagina) = Meningite
Levedura
Criptococcus neoformans variedade neoformans
Doença comum em portadores de AIDS

3. Histoplasmose
Trato respiratório
Fungo dimórfico, telúrico e ascomiceto
Histoplasma capsulatum

4. Aspergilose
Trato respiratório - adquirida por inalação
Aspergillus fumigatus, flavus, niger e terreus
Formação de aspergiloma: resposta tecidual orgânica na intenção de inibir o fungo
e fornecer tempo para resposta imune humoral (anticorpos) para eliminação do
fungo
Doenças alérgicas
Aspergilose invasiva: deficiência do sistema imunológico
Diferenciação das espécies pela morfologia
Cultura em ASD
Macroscopia: colônia filamentosa com multiplicidade de coloração

5. Zigomicose
Fungos pertencentes a ordem Mucorales
Gêneros Absidia, Mucor e Rhizopus
Pulmões, seios paranasais, palato, face, nariz e cérebro
Enfartes teciduais: invasão da luz vascular causa necrose
Diferenciação dos gêneros:
Hifas não-septadas (cenocíticas)
Esporângios em suas terminalizações com formação de esporangiosporos
internamente
- Absidia: rizóide em sequência não paralelo ao esporangióforo
- Mucor: não tem presença de rizóide
- Rhizopus: rizóide contínuo com formação de estlón e paralelo ao esporangióforo
6. Peniciliose
Adquirida por inalação
Fungo filamentoso dimórfico
Gênero Penicilium marneffei
Pulmões, ossos, fígado, baço e pele

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