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Lobomicose
Primitivamente cutânea
Ausência de disseminação linfática
Indução de processo crônico
Sem resposta imunológica descrita
Não comprometimento visceral
Lesões queloidiformes:
Infiltrativas: início da lesão
Ulcerosas: aparecem e tendem a desaparecer
Gomosas: tentam implantação ao tecido subcutâneo
Verrucosas: rachadas
Leve prurido
Adquirida por microtraumatismo (suspeita de picada de inseto)
Diagnóstico Laboratorial
Exame direto ou biópsia
Coleta de material biológico mais profundo com auxílio de cureta
Elementos arredondados, unibrotantes, com paredes duplas, podendo ser
pedunculados ou sésseis
Ocorrência de formas catenuladas: uma célula mãe induz a formação de uma célula
filha sem se destacar da que a originou - 20 células
Cultura
Não é realizada
Animais de laboratório
Ratos são susceptíveis
Rinosporidiose
Paracoccidioidomicose
Manifestações clínicas
1. Paracoccioidomicose Aguda ou Juvenil
Desenvolvimento rápido e progressivo, interage diretamente com o sistema
imunológico pela mucosa (sistema mononuclear fagocitário)
Adenomegalia difusa, superficial e profunda (linfonodos- aspecto clínico principal)
Hepatoesplenomegalia: aumento do fígado e baço
Lesões na pele e ossos
Febre e emagrecimento em poucas semanas
Icterícia: comprometimento dos vasos biliares causa o derramamento de bile
Síndrome da compressão da veia cava superior do coração
Diarreia e perda de proteínas na corrente sanguínea: hipoproteínemia
Importância dermatológica e infectologia
Comprometimento na pele
Leishmaniose tegumentar
Esporotricose:
Cromolobomicose
Lobomicose
Hanseníase
Treponematoses
Sífilis secundária
Neoplasias de pele
Diagnóstico Laboratorial
Material biológico: escarro, secreções de mucosa, lesões cutâneas, material
purulento de nódulos linfáticos
Reações sorológicas
Pesquisa do antígeno ou anticorpo
Imunodifusão em gel, RFC e ELISA
Biópia ou Exame anatomopatológico
Reações intradérmicas
Se já entrou em contato com o fungo
Paracoccioidina - Teste de hipersensibilidade imeadiata
Animais de laboratório
Coccidioidomicose
Manifestações clínicas
3. Coccidioidomicose disseminada
Sintomas de lesões extrapulmonares dependem do local
Drenagem dos seios paranasais conecta lesões mais profundas à pele
Lesões extrapulmonares localizadas que podem tornar-se crônicas e recorrentes
Diagnóstico Laboratorial
Exame direto com KOH a 40% ou biópsia
Amostra: aspirado brônquico
37ºC: esférulas com paredes birrefrigentes e endósporos
Cultura
TA: forma micelial com artroconidios
Colônias filamentosas esbranquiçadas castanho ao amarelo, rosa ao lilás, marrom
pálido ao cinza-escuro
Biópsia
Testes imunológicos e moleculares
Criptococose
Micose oportunística
Infecção aguda, subaguda (sem sinais e sintomas evidentes) e crônica
Febre, tosse, dor no peito, perda de peso, rigidez de nuca e fraqueza
Foco inicialmente pulmonar
Atinge pele, mucosa, ossos e vísceras
Possui capacidade disseminativa por via linfática e hematogênica
Causa comprometimento imunológico
Localização típica:
Agente etiológico: Cryptococcus neoformans variedade neoformans
Cryptococcus neoformans variedade gatti
(Fungo de eucaliptro)
Sorotipos:
Variedade neoformans: A e D
Varidade gatti: B e C
Habitat
Variedade neoformans
Solo alcalino (pH > 7) + compostos nitrogenados (fezes de pombos - ácido
úrico0)
Sais minerais
Variedade gatti
Associação com Eucalyptus camaldulense e tereticornis
Epidemiologia
Ocorrência em todas as idades
Ambos os gêneros, predomínio do masculino
Preferência em indivíduos que trabalham em pombais
Cosmopolita
Íntima associação com portadores de HIV e AIDS: predomínio da variedade
neoformans sorotipo A
Variedade gatti restrita a zonas tropical e subtropical
Isolamento
Coleta de solo dos pombais
Meio de Guizotia abyssinica: constituído de alpiste que contém pigmento
melanóide e compostos fenólicos
Variedade neoformans: escurecimento do meio e oxidação
Variedade gatti: esverdeamento do meio
Mecanismo da Doença
Principal via de transmissão: inalação das leveduras
Forma sexuada em alguns casos (basidiósporos) também podem levar a doença
Comprometimento pulmonar mediante deposição nos alveólos
Atinge o SNC ao ultrapassar a barreira hematoencefálica e pode causar inflamação
das meninges
Não é restritamente antropofílica = Micose zoonótica (cães, gatos e bovinos)
adquirida por microtraumatismo
Manifestações Clínicas
Sistema Nervoso Central (SNC)
Meningoencefalite criptococócica
Criptococoma (massa tumoral fúngica)
Tegumentar
Pápulas e abscessos
Mucosas
Nódulos e úlceras (gatos)
Ossos
Ossos longos, cranianos e vértebras
Pulmonar
Vísceras
Diagnóstico Laboratorial
Exame direto
Tinta da China (Tinta nanquim)
Amostra de líquor
Levedura encapsulada de Cryptococcus
Cápsula mucopolissacarídica e núcleo
Cultura
Ágar Sabouraud dextrose - ASD - com cloranfenicol
Macroscopia: Colônias leveduriformes, cremosa, intensamente mucóide e úmidas de
coloração branco-amareladas
Microscopia: Colônias com leveduras de Cryptococcus encapsuladas
Teste sorológico
Aglutinação no látex
Pesquisa de antígeno no soro sanguíneo e urina
Aspecto do antígeno de Cryptococcus em soro sanguíneo
Biópsia
Célula de Cryptococcus corada por mucicarmim
Pneumocistose
Epidemiologia
Cosmopolista: homem e animais domesticos (imunossupressão)
Frequência: prematuros, pacientes neoplásicos, uso de droga imunossupressora e
SIDA
Manifestações Clínicas
Focos primários inativos e reinfecção exógena por decair o equilíbrio imune
Incubação: 4 a 8 semanas
Pneumonia intersticial bilateral aguda
Opacificação da região peri-hilar (pulmão)
Dispnéia a taquipneia (descompensação respiratória), tosse seca e derrame pleural
(raro)
Disseminação hematogênica: AIDS
Comprometimento adrenal, cerebral, gastrointestinal, genitourinário,
hepatoesplênico, ocular, tireoidiano ocular e renal
Mecanismo de Infecção
Diagnóstico Laboratorial
Esfregaço
Secreção do lavado brônquico
Tratado com solução mucolítica
Confecção de lâmina: PAS, azul de toluidina, calcoflúor, Grocott-Gomori e prata-
metenamina
Cultura ASD: não obtida
Testes imunológicos: anticorpos monoclonais e imuno-histoquímica
Teste de Biologia Molecular: PCR
Histoplasmose
Mecanismo de Infecção
Forma infectante: conídios
Adquirido por inalação e instalação no trato respiratório
Preferencia por órgãos com sistema reticulo endotelial (baço, fígado, rins, SNC e
cavidade bucal)
Manifestações Clínicas
1. Assintomática
Importância médica - "Mal estar de fim de tarde"
Imunoreação positiva: histoplasmina
Raio X: calcificações no pulmão e baço
Reações sorológicas: imunodifusão (ID) e Reação de Fixação do Complemento
(RFC)
(Essa imunidade não é permanente, a cada vez que se entra em contato com
ele, se o sistema imune estiver comprometido, pode adoecer)
Indisposição orgânica: dispnéia, febre, cefaléia, mal estar geral, dor generalizada,
comprometimento respiratório com tosse seca, dor esternal e
hepatoesplenomegalia
2. Agudo
Aparece apenas em caso de comprometimento imune: disseminação do fungo
pelo organismo
Quadro grave: idade, quantidade de fungos inalados e grau de sensibilidade
Histoplasmonas
3. Disseminada
Diretamente relacionada a idade do indivíduo
Aguda: Crianças com idade <10 anos
Fatal em 4-5 semanas
Evolução da histoplasmose aguda - febre, hepatoesplenoma, diarréia,
vômito, tumefação abdominal e tosse
Diagnóstico Laboratorial
Exame corado (Leishman, Giemsa e Wright)
Esfregaço sanguíneo
Observação com microscópico em óleo de imersão
Leveduras com retração de cápsulas extra e intracelularmente nos macrófagos
Cultura em ASD
(25ºC)
Macroscopia: colônias filamentosas bege claras septadas
Microscopia: hifas septados com conidióforos
(37ºC)
Macroscopia: colônias leveduriformes esbranquiçadas
Microscopia: células leveduriformes
Biópsia: HE, Gomori, e PAS
Sorologia: RFC e DE
Antígenos fúngicos = bandas H (doença) e M (processo de infecção)
Micoses Oportunísticas
Fatores predisponentes
Alterações na alimentação, período prolongado de uso de antibióticos e deficiência
do sistema imunológico
Naturais, mecânicos e iatrogênicos
Diabetes: acúmulo de glicose favorece a multiplicação dos fungos
Hipotireoidismo: diminuição do metabolismo, favorecendo nutrientes para o fungo
Doenças ligadas ao comprometimento imune
Traumas, oclusões e queimaduras: quebra das barreiras protetoras
1. Candidíase
Pele, mucosas e unhas
Levedura
Gênero Candida
Fungo da microbiota residente
2. Criptococose
Preferência pelo SNC (afinidade por compostos nitrogenados como creatina e
asparagina) = Meningite
Levedura
Criptococcus neoformans variedade neoformans
Doença comum em portadores de AIDS
3. Histoplasmose
Trato respiratório
Fungo dimórfico, telúrico e ascomiceto
Histoplasma capsulatum
4. Aspergilose
Trato respiratório - adquirida por inalação
Aspergillus fumigatus, flavus, niger e terreus
Formação de aspergiloma: resposta tecidual orgânica na intenção de inibir o fungo
e fornecer tempo para resposta imune humoral (anticorpos) para eliminação do
fungo
Doenças alérgicas
Aspergilose invasiva: deficiência do sistema imunológico
Diferenciação das espécies pela morfologia
Cultura em ASD
Macroscopia: colônia filamentosa com multiplicidade de coloração
5. Zigomicose
Fungos pertencentes a ordem Mucorales
Gêneros Absidia, Mucor e Rhizopus
Pulmões, seios paranasais, palato, face, nariz e cérebro
Enfartes teciduais: invasão da luz vascular causa necrose
Diferenciação dos gêneros:
Hifas não-septadas (cenocíticas)
Esporângios em suas terminalizações com formação de esporangiosporos
internamente
- Absidia: rizóide em sequência não paralelo ao esporangióforo
- Mucor: não tem presença de rizóide
- Rhizopus: rizóide contínuo com formação de estlón e paralelo ao esporangióforo
6. Peniciliose
Adquirida por inalação
Fungo filamentoso dimórfico
Gênero Penicilium marneffei
Pulmões, ossos, fígado, baço e pele