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UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE


NATAL

MODELO DE FICHA DO PROCESSO

1 – Nome da Ação:

AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE

2 – Previsão Legal e Dispositivo(s) de Lei

A Ação de Dissolução Parcial da Sociedade é


um instrumento bastante utilizado no âmbito empresarial, estando previsto nos arts. 599
à 609 do CPC.

3 – Tipo de Jurisdição:

Contenciosa

4 – Hipótese(s) de Ajuizamento:

A Ação de Dissolução Parcial da Sociedade éum instrumento bastante utilizado no


âmbito empresarial.
Reza o art. 599, I, do CPC:

“Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter


por objeto:
I – a resolução da sociedade empresária contratual ou simples
em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o
direito de retirada ou recesso; e
II – a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que
exerceu o direito de retirada ou recesso; ou
III – somente a resolução ou a apuração de haveres. (...)”

5 – Regra sobre Foro Competente:

O CPC não possui regra específica sobre o foro de Competência para Julgamento da
Ação de Dissolução Parcial da Sociedade. Sendo assim, devemos
recorrer aos artigos inerentes à Regra Geral,

“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real


sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de
domicílio do réu.
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6 – Nomenclatura das Partes:

Requerente e Requerido, mas a denominação de Autor e Réu no processo não é


incorreta

7 – Legitimidade Ativa e Legitimidade Passiva:

Quanto à Legitimidade Ativa, existe um rol de legitimados para proporá Ação de


Dissolução Parcial da Sociedade, conforme art. 600:
“Art. 600. A ação pode ser proposta:

Qualquer das pessoas elencadas nos incisos do art. 600 pode ocupar polo ativo da Ação
de Dissolução Parcial de Sociedade, inclusive o próprio sócio excluído ou seu espólio.
Pode-se dizer que a intenção do legislador foi dizer que qualquer pessoa que tenha
interesse na remoção do sócio da sociedade pode fazê-lo, tomando assim a iniciativa e
ocupando o polo ativo da demanda. Com relação ao polo passivo, a legitimidade é
deduzida da redação doart. 601:
“Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo
de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido ou apresentar
contestação.”
Os sócios e a sociedade (pessoa jurídica), quando não forem estes Autores na ação,
figurarão no polo passivo, necessariamente. Na hipótese da sociedade ingressar em face
do sócio a ser excluído, o polo passivo será representado pela pessoa do sócio a ser
excluído ou seu espólio (caso o mesmo tenha falecido). Em suma, temos as seguintes
situações:
1 – Se o interessado processual na ação for o próprio sócio excluído da relação
societária (ou seu espólio), este figurará no polo ativo da demanda, enquanto a
Sociedade (pessoa jurídica) e/ou os demais sócios figurarão no polo passivo;
2 – Se, no entanto, o interesse processual partir da Sociedade, o cenário
se inverte, ficando estes no polo ativo e o sócio (ou seu espólio) excluído,
no polo passivo.
Vale lembrar que os demais sócios não podem atuar sozinhos, seja no
polo ativo ou passivo, se ajuizarem a ação isoladamente.
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8 – Diferenças Com relação ao Procedimento Comum (Particularidades):

5.1 – Requisitos Extras:

Além dos requisitos já exigidos na inicial, nos arts. 319, 320 e 321 do
CPC, esta ação possui os seguintes requisitos:

“Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter


por objeto:

I – a resolução da sociedade empresária contratual ou simples


em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito
de retirada ou recesso; e
II – a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que
exerceu o direito de retirada ou recesso; ou
III – somente a resolução ou a apuração de haveres.
§1º A petição inicial será necessariamente instruída com o
contrato social consolidado.
§2º A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também
por objeto a sociedade anônima de capital fechado quando
demonstrado, por acionista ou acionistas que representem
cinco por cento ou mais do capital social, que não pode
preencher o seu fim.”

5.2 – Concordância Gera Resolução Imediata :

“Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo


de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido ou apresentar
contestação.

Parágrafo único. A sociedade não será citada se todos os seus


sócios o forem, mas ficará sujeita aos efeitos da decisão e à
coisa julgada.”

“Art. 603. Havendo manifestação expressa e unânime pela


concordância da dissolução, o juiz a decretará, passando-se
imediatamente à fase de liquidação.
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5.3 – Liquidação Própria:

.
O art. 604 define os pontos em que o juiz deve definir os critérios da
liquidação, determinando a data que se considera oficialmente o fim da sociedade para o
sócio em questão (conforme os critérios do art. 605).
.Há a previsão de perito, conforme art. 604, III, o qual funcionará na
liquidação para identificar os haveres a pagar ou a receber. O Contrato Social determina
quais e como os haveres serão levantados, portanto é fundamental que o juiz e o perito
Arts. 606 e na segunda parte do 609.
O art. 609 faz menção a regra contida no art. 1.031, §2º do Código Civil,
o qual deve ser aplicado após o levantamento dos haveres, no momento do pagamento
destes e somente se o Contrato Social silenciar acerca de tal pagamento.

“Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em


relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo
montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em
balanço especialmente levantado.

5.4 – Execução na Própria Ação :

Após a fase de liquidação desta ação, o valor apurado pode ser executado tanto pelo
Autor quanto pelo Réu (a depender de quem possui crédito em relação a quem), nos
autos da própria Ação de Dissolução Parcial de Sociedade, sem que seja necessário o
ajuizamento de uma ação própria para isso.

A Ação de Reintegração de Posse é uma ação de natureza dúplice. Sendo assim, na


contestação, o Réu não precisa formular reconvenção, já que se ele provar ser o legítimo
possuidor da coisa, o juiz lhe concederá a posse. Há ainda uma Caução que o Réu pode
requerer, conforme art. 559, a qual deve ser prestada pelo Autor, caso haja suspeita de
que o mesmo não terá condições de arcar com perdas e danos em caso de sucumbência.
Se o Autor não presta a caução, a coisa pode vir a ser depositada em garantia.

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