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Soti- Supremus Ordo Templi Internationalis

Grao- Prior Fr.++ Jesse Luis Teixeira da Silva


Mestre de Instrução:Fr.+ Rafael Marinho
Tema: Monografia sobre as Virtudes Cardeais
Escudeiro Edson Marcelo Rodrigues
Data 11-09-2021

O presente estudo tem por finalidade expor o que são virtudes cardeais
primeiramente gostaria de definir o que é virtudes, segundo Marcelo Johan:
Chamam-se virtudes todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem,
quer como Indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente, e
além disso ela inclina o homem à prática de operações honestas, tendentes para o
bem.

Mas também, segundo Aristóteles a virtude pode e deve ser ensinada, ou seja, nós
nascemos com a possibilidade de aprender a virtude, mas, não nascemos com ela,
ao contrário de Rousseau que diz: Nós nascemos bom e a sociedade que vai nos
corromper. Entretanto, veja bem uma criança até determinada idade sabe sim
praticar atos não muito bom, quem é pai de criança bem jovem sabe disso, a criança
aprende a jogar aprende a falar palavras de baixo calão e são os pais que devem
orientá-las a não agir desta forma, ensinando-lhe as virtudes. Além disso está se
divide em duas: virtudes teólogas que são: a fé, esperança e a caridade e as
virtudes cardeais que são: A prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza.

Virtudes Cardeais

"A palavra cardial vem de cardo, cardinais, que, em latim, significa gonzo, em
torno do qual gira a porta. A virtude cardial são as virtudes fundamentais em torno
das quais gira o ser humano. Daí vem a palavra cardeal que significa o indivíduo que
gira em torno da pessoa do papa afim de auxiliá-lo.

Estas virtudes são ligadas ao comportamento humano e são adquiridas pelo


homem, podemos mencionar quatro, que são fundamentais ao ser humano. São
classificadas como virtudes cardeais: A prudência, a justiça, a fortaleza e a
temperança. Não há hierarquia entre as virtudes, ou seja, a prudência não é mais
importante do que a justiça ou vice-versa. Mas ambas são de suma importância.
Elas estão no mesmo patamar, é importante reforçar que as virtudes cardeais estão
disposta horizontalmente entre si, ou seja, nenhuma virtude é mais importante do
que a outra, elas têm o mesmo valor, porém em ralação ao ser humano estão
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dispostas verticalmente, nós não nascemos com ela, no entanto nascemos com a
possibilidade de aprender a usá-la. Nós próximos parágrafos falaremos de cada uma
delas. .

A prudência

Do latim prudentĭa, a prudência é a temperança, a moderação, a sensatez ou a


cautela. Trata-se da virtude de agir de forma justa e ponderada. Por exemplo: “Com
prudência, os médicos alertaram o ferido das trágicas consequências do choque”, “A
menina não agiu com prudência, acabando por despertar a fúria dos professores da
escola”, “Milhares de pessoas morrem todos os anos por não conduzirem os
veículos com prudência”. A noção de prudência relaciona-se com diversos valores.
Comunicar numa linguagem clara e adequada faz parte da prudência,
principalmente quando se trata de informar assuntos delicados ou más notícias.

. Nesse sentido, a prudência implica o respeito pelos sentimentos e pela vida do


próximo.

São Gregório de Nissa, um dos famosos Padres Capadócios, isso há mais de um


milênio menciona que a Prudência é uma das Virtudes Humanas, como o próprio
nome designa, são valores que guiam a condução humana e impedem o excesso,
reforçam o caráter ou mesmo corrigem os vícios humanos. Há uma passagem
marcante do texto Bíblico do Evangelho de São João em seu Capítulo 8 versículos
de 1 a 11, mas em especial os versículos 6 a 9 o qual transcrevo:
Durante o julgamento de uma mulher acusada de adultério. Perguntavam-lhe a
Jesus, a fim de pô-lo a prova e poderem acusá-lo. Ele, porém, se inclinou para a
frente e escrevia com o dedo na terra. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-
lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.
Inclinando-se novamente, escrevia na terra essas palavras, sentindo-se acusados
pela sua própria consciência os acusadores foram retirando um por um, até o último
a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho com a mulher e
disse : Mulher cadê seus acusadores ,vá e não pegue mais
A Virtude da Prudência está presente no momento em que os julgadores daquela
mulher acusada de adultério ao serem confrontados com palavras de nosso Senhor
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Jesus Cristo, puseram-se a pensar sobre si mesmo : “Realmente sou um pecador,
de qual maneira posso julgar outra pecadora”.
Por outro lado Há ainda uma passagem Bíblica que traz uma ausência de prudência,
descrita no próprio julgamento de nosso Senhor Jesus Cristo, contida no Evangelho
de São Mateus em seu capítulo 27 versículos 17 a 29, durante este julgamento a
multidão, ainda que instruída pelos sacerdotes judaicos, poderia ter tido a prudência
e refletido o que estavam julgando(e quem), aliás um pensamento válido seria ,“mas
aquele homem(Jesus Cristo), não cometeu nenhum mal, ao contrário de Barrarás
que é um assassino confesso”, não pairou a virtude da prudência no povo que ali
estava, assim a ação imoral não foi contida.
Alguém poderia dizer que Pôncio Pilatos teria tido breve momento de Prudência, em
condenar Jesus Cristo, mas ao comportamento de Pilatos não foi capaz de mudar
sua ação, assim não entendo como Virtude da Prudência, mas mera hesitação.
Dessa forma uma pessoa que tenha o hábito de adotar comportamentos
imprudentes sujeita-se não só a colocar a sua própria vida em perigo como a dos
outros. É o caso do julgamento feito por poncio Pilatos que não deu ouvidos a sua
mulher, como também, o povo que no julgamento público escolheu Barrabas e não
Jesus são condutas que vão contra a prudência. Esta virtude dispõe a razão pratica
de discernir em qualquer circunstância nosso verdadeiro bem e a escolher os meios
adquiridos para realiza-los. É o uso da razão, o intelecto, para analisar bem uma
situação quem sabe ouvindo as pessoas, obtendo conselho para obter um bom
discernimento e escolher aquilo que é bom, e evita o mal julgamento, muitas vezes
não compensa arriscar alguma coisa com insegurança. É melhor avaliar bem a
questão e resolver, não pode haver medo, analise as situações. Use todos recursos
disponível, ouça as pessoas que tem sabedoria que te ame e queira seu bem e tome
uma decisão, sobretudo, peça a inspiração do espirito santo e ajuda de DEUS

A prudência é uma virtude bastante mencionada também nas religiões cristãs.


Nesse sentido, ela é a capacidade que uma pessoa recebe para discernir o
verdadeiro bem e para conseguir escolher os meios a fim de realizar atos de
bondade para com o próximo.
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Os Egípcios representavam a prudência através de uma serpente de três cabeças
(de leão, de lobo e de cão). No entendimento deles, o sujeito prudente deve ter a
astúcia da serpente, a força do leão, a agilidade do lobo e a paciência do cão.

Esta virtude cardeal ajuda a evitar os excessos e as faltas, mas ela promove um
equilíbrio e ajuda também a moderar as outras virtudes. Pensadores acreditam que
uma das maiores virtudes do ser humano seja a prudência. E é uma ato que não
pode ser construída apenas por aparência, mas é algo que deve ser construído com
a mudança no modo de agir, parando para pensar antes de tomar qualquer decisão,
além disso é importante citar também que a prudência não é a certeza de que não
haverá nenhum erro.

Em suma, agir com prudência compreende tantas ações relacionadas a falas


quanto a movimentos, a fim de não causar danos a outras pessoas e também a você
mesmo. Ou seja, é uma sensatez que faz com que a pessoa busque evitar situações
que gerem perigo. Opera-se pela abstenção de ação, conduta ou modo de agir, um
verdadeiro “freio moral” da conduta humana em razão da reflexão.

A justiça

É a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de Deus e ao próximo


o que lhe é devido. Ela para com Deus chama –se virtude de religião, para com o
homem ela nos dispões respeitar o direito de cada um e estabelece uma relação
humana e harmoniosa que promove o bem de todos

Ela também é chamada por a virtude por excelência e no presente estudo ela será
enfatizada devido ser comum a todos nós. Ela se dá na relação com o outro, pois se
é justo para com o outro. Essa virtude harmoniza a relação entre o indivíduo e a
comunidade seja ela política ou não. Tem-se a seguinte definição de justiça dada
por Aristóteles: [...] a justiça é aquela disposição de caráter que torna as pessoas
fazerem o que é justo, o homem não nasce justo, ou com a virtude da justiça, mas
ele torna-se justo através da prática da justiça e pelo desejo de agir dessa forma.
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A aquisição dessa virtude facilitará ao indivíduo praticar ações coerentes com a sua
natureza, não sendo subjugado aos desejos e paixões, que são momentâneos. A
prática da virtude conduz o homem para uma vida boa e feliz, pois somente assim
ele alcança o bem-estar.

A virtude não é inata ao homem, mas a sua natureza lhe dá condições de adquiri-la
através do hábito ou repetição. Não se nasce justo, mas com o hábito de agir
conforme a justiça é que o homem se torna justo. Da mesma forma com as demais
artes, pois é através do auxílio do mestre e da repetição que se aprende as técnicas
e se aprimora as obras. Como por exemplo aconteceu com os apóstolos que foram
escolhidos pelo Mestre Jesus que os ensinou na teoria e na pratica a serem justo
consigo mesmo e com o próximo. Como também, Por Ex1 vc conhecer uma pessoa
que vende joias e vc compra dela, e depois marca data para pode pagá-la, não
esqueça desta data, assuma o compromisso e pague- a, pois ela poderá precisar
desse dinheiro, outro Ex 2 Você tem um trabalhador que cumpriu o dia de trabalho
pague esse trabalhador, pague com justiça, no entanto não o explore.

Dessa forma a justiça é uma virtude inerente ao homem, mas que só é adquirida
pelo homem se ele a praticar. Ela também significa dar a cada pessoa o que é de
direito, mas também estabelece uma relação harmoniosa com outras virtudes. Ela
une todas virtudes ao considerar o respeito, o direito e o valor que são devidos a
alguém ou a alguma coisa. O domínio dela permite o equilíbrio, a moderação, a
temperança, a fortaleza e a própria prudência, como também permitem formar o
homem dentro dos mais altos valores. Ele não nasce virtuoso ou vicioso, mas
através do hábito ou do ensino o homem alcança a virtude, ou seja, o homem só
terá a virtude da justiça se praticá-la, assim, adquirirá a virtude da justiça, na qual
este individuo exercerá a justiça quando for necessário.

A Fortaleza

Também chamada de coragem pode ser considerada a virtude mais universalmente


admirada entre todas as virtudes morais. Em todas as épocas a coragem e a
bravura são admiradas e o seu oposto, a covardia, é desprezada. Ela possui a
capacidade de superar o medo os medos é a virtude dos heróis que são sempre
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consagrados. Porem a coragem pode servir tanto para o bem quanto para o mal,
pois uma maldade corajosa ou fanatismo corajoso não são exemplos de virtudes. A
coragem só é nobre quando se põe a serviço de outa pessoa, ou melhor, quando se
afasta do interesse egoísta imediato.

Ela não está ligada somente nas qualidades do indivíduo, mas também como
qualidade necessária para liderar e sustentar uma família ou comunidade, por
exemplo a coragem daqueles que se destacam em competições e na manutenção
da ordem pública.

É a fortaleza que permite ao homem superar as situações mais difíceis de sua vida,
em especial, o medo perante a morte. Esta virtude protege o homem do desespero e
da depressão, dando-lhe vontade para prosseguir e esperar, finalmente proteger do
vício da ira.

A fortaleza é a virtude que permite ao homem superar tal situação crítica, ser forte é
estar disposto a morrer, sem depreciar a vida. Por outro matar, pode as vezes não
ser um ato nobre, mas uma vida lutando pelos outros é uma vida que vale ser vivida,
isso sim é uma virtude

Esta virtude cardeal pode ser comparada a força corporal do homem, esta força faz
com que o homem domine e resista aos obstáculos físicos que aparecem a sua
frente, removendo-os. Tal virtude da alma se afirmar na fraqueza da carne, quando
esta suporta corajosamente suas mazelas, estando aqui presente as virtudes da
paciência (suportar corajosamente) e da humildade no reconhecimento da própria
fraqueza.

Segundo Aristóteles a coragem é considerada a mediana entre dois vícios que são a
covardia (quando o home tem medo e foge de certa circunstância) e a temeridade
(quando certas circunstancia inspiram confiança).

Portanto a coragem não significa ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-


lo, de dominá-lo e de superá-lo, como também é a força espiritual, que dar
segurança nas dificuldades, firmeza constante na busca do bem, caminha mesmo
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no meio da dificuldade, na luta, da tentação, da provação, com a força de Deus, com
a ajude de Deus, enfrentam os problemas e continuam a caminhar

A Temperança

Entende-se que a virtude moral, segundo Aristóteles, é adquirida pela prática, que
tem a função de educar as paixões e disposições sensíveis do homem afim de
proporcionar-lhe um caráter benéfico, além disso obedece à razão. Pretendemos
abordar neste sentido a importância da virtude da temperança. Assim, esta é
definida como a virtude da parte irracional da alma que cuida dos apetites, estes, por
sua vez, relacionados com os prazeres do corpo, isto é, comer, beber e fazer sexo,
e, portanto, trata-se da virtude que habilita o homem a ter bons e equilibrados
apetites e costumes.

A pratica disciplinada dessa virtude, opera um adestramento nas ações, e,


sobremaneira, nas paixões, dentre estas os apetites, de modo a constituir assim o
caráter do homem, vejamos agora o caso em que essa educação pelo exercício da
pratica envolve diretamente o corpo, no tocante à satisfação de seus prazeres.

A temperança “relacionam-se com a espécie de prazeres que é compartilhada por


outros animais, e que por esse motivo parecem, talvez, inferiores e brutais” que são
os prazeres do corpo, isto é, o gozo com o comer, beber e fazer sexo. Se a virtude,
como mostramos, é uma disposição de caráter (e não uma faculdade ou paixão), a
temperança não se define por ter ou não apetites, mas sim pela condição subjetiva
de tê-los e utilizar moderadamente.

Por outro lado, esta virtude moral está relacionada aos sentimentos de medo e
confiança. Nesse caso, a coragem é o meio-termo entre o medo e a confiança.
Assim, quem se excede nela é inconsequente e quem não apresenta muita valentia
é considerado covarde. Dessa forma a temperança é uma virtude moral que está
entre esses dois sentimentos. Quem se excede nesses dois sentimentos, não
respeitando o meio-termo, é considerado intemperante ou insensível. O meio termo
está numa posição superior aos seus extremos, pois a coragem faz com que o
homem haja conforme a razão, sem se exceder pela confiança em si mesmo e nem
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em se deixar dominar pelo medo, agindo assim, conforme as suas forças, mesmo
temendo as circunstâncias

. Dessa forma ela modera a atração pelos prazeres e procurar o equilíbrio no uso
dos bem-criados, auto- controle, autodomínio. Não se entregar a bebida, não se
entregar a comida, e não se entregar ao consumismo, e não se entregar ao sexo
exagerado e por último aos prazeres ilícitos que o mundo te proporciona.

Referências bibliográficas: Marcelo Johan- virtudes UFRGS

A filosofia de Aristóteles. Lisboa: Presença, s/d.

Aristóteles. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, Col. Os Pensadores, 1996.
ASPIS, Renata Pereira Lima

O tratado das virtudes de Tomás de Aquino, tendo como base a ética de.
Aristóteles que é um verdadeiro tratado sobre moral e a tradição cristã.

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