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Introdução aos tributos incidentes

sobre operações mercantis


1. ICMS

2. ICMS-ST
3. OPERAÇÕES FISCAIS

4. NOTA FISCAL

2 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS

15 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
o Definição
 ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes
interestadual e intermunicipal e de comunicação

o Legislação aplicável:
 Decreto n° 45.490/00 – RICMS/SP

o Características

i. Tributo de competência: estadual


ii. Imposto indireto: O ICMS incide sobre os produtos e serviços e
são repassados para os preços, atingindo indiretamente os
consumidores.
iii. Não cumulativo: Os contribuintes têm o direito de compensar os
valores pagos em etapas anteriores da cadeia.

16 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
 Imposto seletivo: Quanto mais essencial for o produto, menor será
a alíquota (porcentagem).

o Fato Gerador
 Incide ICMS sobre operações relativas a circulação de mercadoria,
serviço de transporte interestadual e intermunicipal e serviço de
comunicação. Para o Fisco Estadual, considera-se ocorrido o fato
gerador com a simples saída da mercadoria, ou seja, independente
do resultado financeiro, de lucro ou de qualquer recebimento por
parte daquele que estiver promovendo a saída. (art. 2º do RICMS).

o Contribuinte / Responsável
 Dispõe o artigo 9º do RICMS que “Contribuinte é qualquer pessoa,
natural ou jurídica, que de modo habitual ou em volume que
caracterize intuito comercial, realize operações relativas à
circulação de mercadorias ou preste serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal ou de comunicação.”
16 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional
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I – ICMS
o Não Contribuinte
 Não-contribuinte é a pessoa física, órgãos governamentais,
associações de classe, sociedade civil e construtoras.

o Base de Cálculo
Conforme dispõe o art. 37 do RICMS a base de cálculo do ICMS é o
valor da operação. Incluem-se também na base de cálculo do ICMS:
i. Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, descontos concedidos sob condição, bem como o valor
de mercadorias dadas em bonificação;
ii. Frete, se cobrado em separado, relativo a transporte
intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, realizado pelo
próprio remetente ou por sua conta e ordem;
iii. Na saída de mercadoria para consumidor final, o IPI integra a base
de cálculo do ICMS.

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I – ICMS
o Alíquotas
Alíquota é o percentual estabelecido pelo fisco para ser aplicado sobre a base de cálculo
(valor da operação) para definição do valor do imposto a ser recolhido.

São divididas em Internas ou Interestaduais conforme sejam as operações realizadas


dentro ou fora do estado.

As alíquotas internas estão expressas nos artigos 52 a 56-C do RICMS/SP, e variam


conforme a essencialidade da mercadoria, isto é, quanto mais essencial o produto menor a
sua carga tributária e vice-versa.

o Alíquotas Internas
As alíquotas internas são:
i. 7% - preservativos, ovo integral pasteurizado, ovo integral pasteurizado
desidratado.
ii. 12% - aves, carnes, transporte etc.
iii. 18% - alíquota geral (tudo que não se enquadra nas outras)
iv. 25% - perfumes, cosméticos, bebidas alcoólicas, fumo, etc.
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I – ICMS
o Alíquotas Interestaduais
As alíquotas interestaduais são:

No caso de operações ou prestações interestaduais, a competência é do Senado Federal


que fixou por meio das Resoluções do Senado nº 22/189, 95/1996 e 13/2012:

Operações ou Prestações Interestaduais que destinarem mercadorias ou


serviços a contribuintes localizados nos Estados das regiões NORTE, NORDESTE,
CENTRO-OESTE e no Estado do ESPÍRITO SANTO _____________________7%

Operações ou Prestações Interestaduais que destinarem mercadorias ou


serviços a contribuintes localizados nos Estados das regiões Sul e Sudeste
_______________________________________________________________12%

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I – ICMS
o Alíquotas Interestaduais Importados
Por meio da Resolução SF nº 13/2012, passou a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2013, a
alíquota de 4% do ICMS, que se aplica nas operações interestaduais com bens e
mercadorias importados do exterior.

o Limitações Tributárias
A legislação do ICMS traz diversas situações em que, mesmo ocorrendo o fato gerador, o
pagamento do imposto é dispensado. Estes benefícios encontram-se distribuídos ao longo
do regulamento conforme veremos a seguir.

o Não Incidência (Artigo 7° do RICMS/SP)


São operações em que a lei não elegeu como tributável. Entre diversos casos de não
incidência, citaremos alguns dos que constam no artigo 7º do RICMS:
i. Remessa e retorno de mercadorias destinadas a armazém-geral;
ii. Remessa e retorno de mercadorias a depósito fechado do próprio contribuinte;
iii. Remessa e retorno de mercadorias destinadas a conserto.

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I – ICMS
o Isenção (Artigo 8º e Anexo I do RICMS)
É a dispensa do pagamento imposto, geralmente concedida em face de relevante interesse
social ou econômico regional ou setorial. A relação desses produtos consta no Anexo I do
RICMS.

Entre diversos casos de isenção, onde não haverá o pagamento do imposto, citaremos
alguns dos que constam no anexo I do RICMS:
• Saídas internas de mercadorias produzidas ou recebidas em doação por qualquer
estabelecimento da Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD (art.142);
• Saídas de com produtos hortifrutigranjeiros, exceto quando destinados à
industrialização (art.36);
• Saídas de mercadorias com destino a Zona Franca de Manaus (art. 84).

o Redução de Base de Cálculo (artigo 51 e Anexo II)


O benefício da redução de base de cálculo é apresentado no artigo 51 e no Anexo II do
RICMS, subdividido em 49 artigos.

18 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
A redução de base de cálculo é uma regra de diminuição de tributação estabelecida por
meio de norma estadual que beneficia operações e prestações específicas, reduzindo em
determinado percentual o valor que serve para base de cálculo do ICMS.

Cite-se como exemplo a redução dos produtos que compõe a cesta básica, veículos e
máquinas usadas, refeições, entre outras relacionadas no anexo II do RICMS/SP.

o Suspensão (Artigos 319,327,402)


O benefício da suspensão está inserido em diversos trechos do RICMS.
Suspensão nada mais é que o adiamento do pagamento do imposto, sendo que esse
pagamento será feito futuramente pelo próprio contribuinte.
O fisco suspende o momento da obrigação de pagar o imposto para que este pagamento
ocorra em um momento seguinte.
No exemplo citado, o artigo 319 condiciona que a operação seja realizada dentro do estado
de São Paulo e que o retorno ao remetente ocorra dentro do prazo de 60 dias.

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I – ICMS
o Diferimento (Artigos 319,327,402)
Diferimento é o adiamento do pagamento do imposto, sendo que esse pagamento será feito
futuramente por outro contribuinte.
A diferença entre suspensão e diferimento é que na suspensão o pagamento futuro será feito
pelo próprio contribuinte e no diferimento o pagamento futuro será feito por outro
contribuinte.
Exemplificaremos também um caso de diferimento, para melhor entendimento:

Quando ocorre a venda de leite cru ou pasteurizado o imposto fica diferido e o contribuinte
que industrializar este leite é quem recolherá o imposto sobre o produto resultante dessa
industrialização, conforme nos mostra o art. 389.

Vemos que o recolhimento foi adiado para o momento futuro, quando ocorreu a
industrialização por parte do outro contribuinte, o qual ficou com a responsabilidade do
pagamento em relação as suas vendas.

Citaremos alguns casos de diferimento que constam no Capítulo III do RICMS:


• Saídas de café cru ou em grão ( art.333);
• Saídas de cana de açúcar em caule de produção paulista (art.345);
18 •Treinamento
Operações com
1Tributário pescado
– Módulo ( art. 391).
I: Sistema Tributário Nacional
I – ICMS
o CST
O CST é um Código de Situação Tributária composto por três dígitos e são utilizados para
efeito de emissão de notas fiscais em geral. O primeiro dígito indica a origem da mercadoria
ou serviço - se é nacional, importada, etc. Já o segundo e o terceiro dígitos servem para
indicar a forma de tributação pelo ICMS.

Código origem da mercadoria

Observação: A tabela completa com os códigos de origem da mercadoria contempla 9


códigos ao todo, porém a título de exemplo trouxe os 3 principais.

18 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
Código relativo a tributação do ICMS

Logo se eu vender uma mercadoria nacional e com tributação do ICMS, qual será o CST que
deverei considerar na nota fiscal?

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I – ICMS
o Apuração
o Exemplos de cálculo e apuração (dentro do mesmo estado)
 Alíquota interna de 18%

Indústria de R$ 100,00 R$ 200,00


Varejista
Salgadinho

Dr. R$ 18,00 Dr. R$ 36,00


Cr. R$ 9,00 Cr. R$ 18,00
Pg. R$ 9,00 Pg. R$ 18,00

Importante: Importante:
- Total da NF = R$ 100,00 - Total da NF = 200,00
- Valor matéria prima = R$ 50,00 - Valor compra para comercialização = R$ 100,00

25 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
o Apuração
o Exemplos de cálculo e apuração (estados distintos)
 Alíquota interna de 18% / alíquota interestadual de 12%

Indústria de R$ 100,00 R$ 200,00


Varejista (MG)
Salgadinho (SP)

Dr. R$ 12,00 Dr. R$ 36,00


Cr. R$ 9,00 Cr. R$ 12,00
Pg. R$ 3,00 Pg. R$ 24,00

Importante: Importante:
- Total da NF = R$ 100,00 - Total da NF = 200,00
- Valor matéria prima = R$ 50,00 - Valor compra para comercialização = R$ 100,00

25 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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I – ICMS
o Exemplos de crédito

 Insumos (matérias primas, material de embalagem e materiais secundários)


 Mercadorias destinadas a revenda
 Ativo imobilizado utilizado na produção e comercialização (48 parcelas – CIAP)
 Energia elétrica (utilizada na produção e exportação)
 Frete incorrido no transporte de mercadorias tributadas (vendas, aquisições,
transferências)
Base legal – (SP) Decisão Normativa CAT nº 1/2001

o Exemplos de créditos vedados

 Material de uso e consumo


 Ativo imobilizado não utilizando na produção e comercialização

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I – ICMS
o Recolhimento
A apuração do ICMS é mensal, para fins de recolhimento do ICMS deverá ser verificado o
CPR (Código de Prazo de Recolhimento) determinado pelo fisco estadual. O código de
recolhimento da GARE de ICMS é 046-2.

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II – ICMS-ST

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II – ICMS-ST
o Definição
A substituição tributária consiste na retenção e antecipação do recolhimento do imposto,
um contribuinte da cadeia é responsável tributário pelo pagamento do ICMS devido nas
operações subsequentes até o consumidor final.

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II – ICMS-ST
o Contribuinte Substituto

O contribuinte substituto é aquele que a norma elege como responsável pela retenção e
recolhimento do imposto incidente pelas operações subsequentes até a operação com o
consumidor final. Nas operações internas o contribuinte substituto é o fabricante ou
importador.

o Contribuinte Substituído

Será denominado substituído o contribuinte que sofre a retenção do imposto, ou seja,


aquele que adquire mercadorias com o imposto já calculado, retido e antecipadamente
recolhido pelo substituto. Nas operações internas o contribuinte substituído são os
comércios atacadistas e varejistas, desde que ambos não importem mercadorias.

o Exemplo de produtos sujeitos ao regime de ST (Convênio ICMS 142/2018 e


Artigos 313 à 313-Z20 do RICMS/SP

 Medicamentos;
 Bebidas alcoólicas;
 Cosméticos
28 Treinamento1Tributário – MóduloeI: Sistema
produtos de perfumaria,etc.
Tributário Nacional
II – ICMS-ST
o Base de Cálculo da Substituição Tributária

A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária com retenção antecipada
via de regra é definida por uma margem de lucro, comumente conhecida como MVA
(Margem de Valor Agregado).

Além disso compõe a base de cálculo da substituição tributária:

i. Valor do IPI;
ii. Valor do frete;
iii. Outras despesas.

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II – ICMS-ST
o Exemplo
SP:
Al. Interna = 18%
Cálculo ICMS Normal

Indústria de R$ 100,00 R$ 200,00


Varejista
Salgadinho

Dr. R$ 18,00 Dr. R$ 36,00


Cr. R$ 9,00 Cr. R$ 18,00
Pg. R$ 9,00 Pg. R$ 18,00

Importante: Importante:
- Total da NF = R$ 100,00 - Total da NF = 200,00
- Valor matéria prima = R$ 50,00 - Valor compra para comercialização = R$ 100,00

Total Arrecadado
R$ 9,00 + R$ 18,00 = R$ 27,00

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II – ICMS-ST
SP:
o Exemplos de cálculo ICMS-ST Al. Interna = 18%

MVA = 100%

Indústria R$ 100 Al. = 18% R$ 200


Varejista
substituta
Dr. = 0,00
ICMS Normal do Substituto + ICMS Normal do Substituído (ST)
Cr. 00,00
Op. = 18% 100 = 18,00 1. Cálculo do preço de
venda das etapas seguintes Pg. 00,00
Cr. 9,00 PV = 100 + 100 x MVA =
PV = 100 + 100 x 100% =
Pg. 9,00
PV = 100 + 100 = 200,00

2. Cálculo do imposto
Dr. = 18% 200 = 36,00
Total Arrecadado
R$ 27,00 Op. 18,00

ST = 36 – 18 = 18,00

31 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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II – ICMS-ST
o Recolhimento

O recolhimento do ICMS ST deve ser feito até o dia 20 do mês subsequente, conforme
prevê o RICMS-SP/2000 , anexoIV , art. 2º , VI e art. 3º , § 1º, item 3

O código de recolhimento da GARE de ICMS ST é 146-6.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS

35 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o CFOP
O CFOP é uma sequência numérica de 4 dígitos que identifica a natureza de
circulação de produtos e a prestação de serviços em todo o Brasil, e até mesmo
no exterior.
Há uma lógica no posicionamento de cada número na sequência:
 primeiro dígito: evidencia se a operação é interna, interestadual ou exterior
e também se atividade é de entrada ou de saída;
 terceiro e quarto dígitos: especifica o tipo de prestação ou de operação.

Atualmente existem mais de 500 códigos, no entanto existe uma tabela onde
pode ser consultado todos os CFOP´s.

Alguns dos seus principais exemplos de entradas:


1.102 - Compra para comercialização
2.102 - Compra para comercialização
3.102 - Compra para comercialização

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
1.556 - Compra de material para uso ou consumo
2.556 - Compra de material para uso ou consumo
3.556 - Compra de material para uso ou consumo

Alguns dos seus principais exemplos de saídas:


5.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
6.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
7.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
5.915 - Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo
6.915 - Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo
7.915 - Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo

36 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Transferências
 Este procedimento trata a respeito da transferência de
mercadorias, assim entendidas as saídas existentes no estoque do
estabelecimento remetente para o estoque de outro
estabelecimento pertencente ao mesmo titular.

a) natureza da operação: "Transferência de produção do estabelecimento” ou


“Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros”
b) CFOP: 5.151 (Fabricante) e 5152 (Comércio);
c) CST: 000 (Tributada integralmente).

As operações de transferências internas ou interestaduais são normalmente


tributadas pelo ICMS.

36 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Vendas intercompany
 Este procedimento trata a respeito da venda de mercadorias entre
estabelecimentos pertencente ao mesmo titular.

a) natureza da operação: “Venda de produção do estabelecimento” ou


“Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros”
b) CFOP: 5.101 (Fabricante) e 5102 (Comércio);
c) CST: 000 (Tributada integralmente).

As operações de vendas internas ou interestaduais são normalmente tributadas


pelo ICMS.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Remessa para armazém geral
 Os armazéns-gerais, de acordo com as normas específicas do
Direito Comercial e do Código Civil que regem o assunto, são
empresas que têm por finalidade a guarda e a conservação de
mercadorias.

a) natureza da operação: "Remessa para Armazém-Geral”


b) CFOP: 5.905;
c) c) CST: 041 (Não tributada).

As remessas para armazém geral estão amparadas pela não-incidência do ICMS


- Art. 7º, III, do RICMS/2000.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Venda de mercadoria sujeito ao regime de substituição tributária
 Veremos o procedimento nas operações com mercadorias sujeitas
ao regime de substituição tributária

a) natureza da operação: " Venda de produção do estabelecimento quando o


produto esteja sujeito ao regime de substituição tributária” ou “Venda de
mercadoria, adquirida ou recebida de terceiros, sujeita ao regime de
substituição tributária, na condição de contribuinte-substituto”
b) CFOP: 5.401 (Fabricante) ou 5403 (Importador);
c) CST: 010 (Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária)
deve ser usado pelo fabricante ou 110 (Tributada e com cobrança do ICMS
por substituição tributária) deve ser usado pelo importador.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Devolução de compra
 Veremos o procedimento nas operações referente a devolução de
mercadorias.

a) natureza da operação: " Devolução de compra para industrialização” ou


produção rural” ou “Devolução de compra para comercialização”
b) CFOP: 5.201 (Fabricante) ou 5202 (Comércio);
c) CST: 000 (Tributada integralmente).
d) no campo "Informações Complementares":
d.1) a indicação dos dados da nota fiscal relativa à aquisição, que poderá ser
feita nos seguintes termos: "Devolução (parcial ou total) de mercadoria
recebida com sua nota fiscal nº____, de ___/___/____, no valor de
R$__________.";

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Devolução de compra
 Veremos o procedimento nas operações referente a devolução de
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária

a) natureza da operação: Devolução de compra para comercialização em


operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária”
b) CFOP: 5.411;
c) CST: 060 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária).
d) no campo "Informações Complementares":
d.1) a indicação dos dados da nota fiscal relativa à aquisição, que poderá ser
feita nos seguintes termos: "Devolução (parcial ou total) de mercadoria
recebida com sua nota fiscal nº____, de ___/___/____, no valor de
R$__________.";
d.2) "Imposto Recolhido por Substituição - Artigo..... do RICMS";
d.3) a base de cálculo do ICMS retido e o valor da parcela do ICMS retido.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio

As saídas destinadas a ALC e ZFM, estão sujeitas a isenção do ICMS de acordo


com arts. 5º e 84 do Anexo I do RICMS-SP/2000, porém as mencionadas
operações somente serão contempladas com o benefício da isenção quando se
tratar de produtos industrializados de origem nacional, desde que estes sejam
destinados à comercialização ou à industrialização nas referidas áreas e desde
que:

a) o estabelecimento destinatário esteja situado nos referidos municípios;


b) haja comprovação da entrada efetiva do produto no estabelecimento
destinatário;
c) seja abatido do preço da mercadoria o valor equivalente ao imposto que
seria devido se não houvesse a isenção; e
d) o abatimento seja indicado, de forma detalhada, no respectivo documento
fiscal.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
o Munícipios que compõe a Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio
 ZFM
i. Manaus;
ii. Rio Preto da Eva;
iii. Presidente Figueiredo.

 ALC – Estado do Acre


i. Cruzeiro do Sul;
ii. Brasileia;
iii. Epitaciolândia.

 ALC – Estado do Amapá


i. Macapá;
ii. Santana.

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III – OPERAÇÕES FISCAIS
 ALC – Estado do Amazonas
i. Tabatinga.

 ALC – Estado de Rondônia


i. Guajará Mirim.

 ALC – Estado de Roraima


i. Bonfim;
ii. Boa Vista

o Comprovação do internamento ZFM e ALC


Toda entrada de mercadoria nacional ou nacionalizada na área de abrangência
administrada pela Suframa deverá ter o seu ingresso atestado.

A formalização do ingresso nas áreas incentivadas será efetuada no Sistema de


Ingresso de Mercadoria Nacional (Simnac), que substituirá o WSinal.
https://www.gov.br/suframa/pt-br/sistemas/pmn-ws-sinal
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III – OPERAÇÕES FISCAIS
As regras para o internamento da mercadoria na área incentivada da ZFM e da
ALC estão previstas no Convênio ICMS nº 134/2019 e Portaria Suframa
nº 834/2019 , arts. 4º e 5º.

o Emissão da nota fiscal para ZFM e ALC

a) natureza da operação: "Venda de produção do estabelecimento destinada à


Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio ou Venda de mercadoria,
adquirida ou recebida de terceiros, destinada à Zona Franca de Manaus ou
Áreas de Livre Comércio";
b) CFOP: 6.109, 6.110
c) CST: 040 (Isenta).

No campo "Informações Complementares", a expressão: “Isenção do ICMS nos


termos do art. 84 do Anexo I, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
nº 45.490/2000 ". Obs: Verificar se o destinatário possui benefícios fiscais.

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IV – NOTA FISCAL

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IV – NOTA FISCAL
1.1 Chave de acesso

A chave de acesso é um código de


barras e permite consultar a NF-e no
portal da Fazenda, é por meio da
chave que conseguimos verificar se a
nota fiscal esta autorizada ou
cancelada.

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IV – NOTA FISCAL
Consulta da nota é feita através do site
da Sefaz:
https://www.nfe.fazenda.gov.br

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IV – NOTA FISCAL

36 Treinamento Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional


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IV – NOTA FISCAL
1.2 Natureza de Operação x CFOP

O CFOP (Código Fiscal de Operações


das entradas e saídas de mercadorias).

Trata-se de um código numérico que


identifica a natureza de circulação de
mercadoria.

Devemos observar esta tabela para


saber se o CFOP informado na nota
condiz com a operação.

Para as operações de vendas por


exemplo, o CFOP a ser utilizado é o
5.101 ou 5.102.

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IV – NOTA FISCAL
1.3 Dados do destinatário

É muito importante confirmar se o


fornecedor preencheu a nota com
seus dados corretamente

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IV – NOTA FISCAL
1.3 Razão Social / CNPJ / Endereço e
Inscrição Estadual

Deve ser conferida essas informações


pois as vezes a nota pode ter
informações incorretas.
Exemplo:
Foi solicitado uma compra pela
Pepsico Cabreúva, digamos que a nota
veio com os dados da Pepsico
Itaquera, neste caso a nota fiscal
deverá ser recusada. Se os erros
estiverem relacionados somente a
algum dado relacionado a endereço,
pode ser pedido uma carta de
correção.

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IV – NOTA FISCAL
1.4 Base de Cálculo do ICMS

A base de cálculo corresponde o valor


total dos produtos. Devem ser inclusos
também na base de cálculo os
seguintes valores quando informados
na nota:
 Frete;
 Outras despesas acessórias;
 Valor de seguro;
 IPI (quando destinado a consumo
final)

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IV – NOTA FISCAL
1.5 Valor do ICMS

O valor informado corresponde ao


valor da base de cálculo multiplicado
pela alíquota de ICMS.

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IV – NOTA FISCAL
1.6 Valor dos Produtos

Este campo é a multiplicação do valor


unitário x quantidade.

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IV – NOTA FISCAL
1.7 Valor do Desconto

O desconto dado ao cliente, deve ser


informado neste campo, desde que
seja considerado desconto
incondicional que é aquele onde o
remetente da mercadoria concede ao
destinatário sem qualquer condição
específica.
Esse desconto não compõe a base de
calculo do ICMS.

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36 1
IV – NOTA FISCAL
1.8 Valor do IPI

O valor informado corresponde ao


valor total dos produtos multiplicado
pela alíquota do IPI.

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IV – NOTA FISCAL
1.9 Valor Total da Nota

Compõe este campo a soma dos


seguintes valores:
 Valor do frete;
 Valor do seguro;
 Outras despesas acessórias;
 Valor do IPI;
 Valor do ICMS ST.

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36 1
IV – NOTA FISCAL
1.10 Descrição e NCM

É um código composto por oito dígitos


estabelecido pelo Governo Brasileiro
para identificar os produtos.

Existe uma tabela com a relação de


todos os produtos e seus respectivos
NCM´s, chamada TIPI (Tabela de
incidência do Imposto sobre produtos
industrializados)

Muito importante verificar na TIPI se o


produto esta coerente com o NCM.

https://www.gov.br/receitafederal/pt-
br/acesso-a-
informacao/legislacao/documentos-e-
arquivos/tipi.pdf
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36 1
IV – NOTA FISCAL
1.11 CST (Código da Situação
Tributária)

O código de Situação Tributária é


composto de três dígitos. O primeiro
dígito indica a origem da mercadoria
ou serviço - se é nacional, importada,
etc. Já o segundo e o terceiro dígitos
servem para indicar a forma de
tributação pelo ICMS.

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IV – NOTA FISCAL
1.12 Quantidade x Valor Unitário

Verificar se a quantidade e o valor


unitário estão batendo com o pedido.

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36 1
IV – NOTA FISCAL
1.13 Alíquota IPI x Alíquota ICMS

IPI
Percentual aplicado para o calculo do
IPI. Existem muitas alíquotas que varia
de acordo com o produto.

ICMS
Percentual aplicado para o calculo do
ICMS. As alíquotas internas são de 7%,
12%, 18% e 25% e as interestaduais
são 4%, 7% e 12%, varia de acordo
com a essencialidade do produto,
quanto mais essencial menor a
alíquota.

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IV – NOTA FISCAL
o Carta de correção
A Carta de Correção Eletrônica (CC-e), é um documento que serve para sanar
erros constatados em campos específicos da NF-e, não podendo, entretanto, ser
sanados erros relacionados:
i. às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da
operação ou da prestação, base de cálculo e alíquota;
ii. a dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço
do remetente ou do destinatário;
iii. à data de emissão da NF-e ou à data de saída da mercadoria; e
iv. ao número e série da NF-e.

A título de exemplo, algumas informações que poderão ser objeto de Carta de


Correção visando sanar erros quando da sua emissão:
i. número do Pedido de Vendo e/ou Compra;
ii. código (part number do produto);
iii. unidade de medida (UN);
iv. Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP);
36 v.Treinamento
Natureza da operação.
1Tributário – Módulo I: Sistema Tributário Nacional
IV – NOTA FISCAL
o Nota Fiscal Complementar
Este procedimento trata da regularização da nota emitida com imposto a menor.
Aborda, em especial, a emissão e escrituração de nota fiscal complementar com a
apresentação de modelos.

Diferença de imposto a menor (dentro do mês)


Quando a regularização do documento fiscal se der dentro do mesmo período de
apuração da sua emissão, o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal Complementar
(utilizar o mesmo CFOP do documento originário), fazendo a menção à Nota Fiscal
originária (Nota Fiscal que está sendo complementada).

a) natureza da operação: “Nota Fiscal Complementar”;


b) CFOP: 5.101 (Fabricante) ou 5.102 (Comércio);
c) CST: 000 (Tributada Integralmente);
e) NCM: 9999.99.99;
f) Descrição do item: “Nota Fiscal Complementar”.
d) Informações Complementares: Nota Fiscal Complementar referente a nota
36 fiscal nº____,
Treinamento1Tributário – de ___/___/____,
Módulo no valor de R$__________.";
I: Sistema Tributário Nacional
Obrigado!!!

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