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Metodologias ativas: veja 6 exemplos e

confira os seus benefícios

No ensino tradicional, o aluno costuma ficar sentado na sala de aula


enquanto ouve o professor. Já em uma escola com metodologias
ativas, o estudante participa ativamente do processo de aprendizado,
isto é, ele pratica alguma atividade para aprender o conteúdo, em vez
de apenas escutar. 

Neste caso, as aulas não são apenas expositivas, nem o professor é o


sujeito principal da sala de aula. No contexto de uma metodologia
ativa, o aluno exerce papel central no processo de aprendizado, pois
a partir de sua própria postura e ações é que o conhecimento será ou
não efetivado.
Como funcionam as metodologias ativas
As metodologias ativas podem ser colocadas em prática a partir de
diferentes estratégias, como resolução de problemas, construção de
projetos ou mesmo a chamada “sala de aula invertida”, quando o
aluno ensina determinado conteúdo para o restante da turma.

Isso porque esse modelo de ensino e aprendizado baseia-se


na Pirâmide de Aprendizado, desenvolvida pelo psiquiatra norte
americano William Glasser (1925-2013). Segundo a proposição de
Glasser, o aprendizado do estudante melhora conforme ele apresenta
uma postura mais ativa no processo de aquisição de conhecimento.

A partir de tal concepção, o pesquisador desenvolveu uma pirâmide


gráfica indicando o grau de retenção de conhecimento de diferentes
estratégias de aprendizado. 

Conheça a Pirâmide de Aprendizado, de William Glasser


De acordo com a pirâmide, um método de aprendizado mais ativo é
também mais eficaz. Isso porque o estudante acaba sendo
responsável pela construção do conhecimento, conseguindo
elaborar os conteúdos a partir da própria realidade, estabelecendo,
então, relação entre eles.

Para Glasser, estas são as taxas de aprendizado dos seguintes


métodos de estudo:

 Leitura: 10%

 Escuta: 20%

 Observação: 30%

 Escuta mais observação: 50%

 Debate, conversa ou discussão: 70%


 Ensinar para alguém: 95%

As taxas de sucesso indicadas por Glasser influenciaram a formação


de novas metodologias de ensino, as chamadas metodologias
ativas. Por isso, esses novos métodos não utilizam a aula expositiva
como principal modo de adquirir conhecimento e propõem novas
dinâmicas para sala de aula.

Confira abaixo 6 exemplos de metodologias ativas


1. Situações problema
O aprendizado baseado em problemas prevê que o estudante
aprenda por meio da resolução colaborativa de desafios.
Neste caso, há um incentivo à capacidade do aluno de analisar,
estruturar e criar diante de uma situação desafiadora.

Neste contexto, o professor exerce um papel de mediador, que


provoca e instiga o aluno a resolver o problema por conta própria.
Ao final, o docente deve levar os estudantes à reflexão, para que
eles entendam, de modo crítico e reflexivo, quais alternativas
também eram possíveis para a resolução do desafio.

2. Desenvolvimento de projetos
Em resumo,  a metodologia ativa por meio de projetos demanda
que o aluno elabore um projeto e o faça por conta própria. Um
exemplo é a cultura do “faça você mesmo”, na qual o aluno
aprende enquanto faz. Nessa situação, o aluno desenvolve a
capacidade de analisar e resolver problemas por meio de etapas e
ações coordenadas. Além disso, os projetos devem ser
desenvolvidos em grupos, de modo colaborativo, para que o
estudante desenvolva também a capacidade de trabalhar em
conjunto.

3. Sala de aula invertida


A sala de aula invertida é uma das estratégias para trabalhar uma
metodologia ativa com os estudantes. Neste caso, há uma
substituição da aula expositiva dada pelo professor por uma mais
dinâmica, em que o conteúdo é ensinado pelo próprio aluno. 
Para que isso seja possível, o estudante deve ter acesso
antecipado ao conteúdo e interagir com os demais colegas para
realizar projetos e resolver problemas. O intuito é fazer com que o
aluno tenha uma postura mais ativa, além de aumentar o interesse
dele pelo tema abordado.

Deve haver um incentivo para que recursos variados, como


imagens, vídeos ou textos complementares, sejam utilizados ao
longo da aula invertida. Afinal, o intuito é que ela seja dinâmica e
envolvente não apenas para o aluno expositor, mas também para
os demais estudantes da turma.

4. Ensino Híbrido
O ensino híbrido é uma mescla entre dois modelos de ensino já
existentes, o presencial e o online. Por isso, a modalidade
híbrida de ensino apresenta características desses dois formatos.
O aluno deve seguir um cronograma de estudo estabelecido pelo
professor, como acontece na aula presencial, só que a gestão do
tempo, o ritmo de estudo e o local, são definidos pelo próprio
estudante. 

Nesse exemplo, a aula, em si, nem sempre é dinâmica, mas ela é


considerada uma metodologia ativa por exigir do aluno
uma postura proativa no processo de aquisição do
conhecimento.

5. Gamificação
A gamificação é a utilização de jogos em situações de ensino e
aprendizado. Neste caso, valem jogos de tabuleiro, atividades
físicas feitas na quadra escolar ou fora dela, por exemplo. Em
geral, essa é uma estratégia de ensino que gera bastante
engajamento entre os alunos, que se sentem desafiados e
estimulados a chegar até o final. Para que ela seja possível, o
professor deve “gamificar” alguns conteúdos da matéria com o
intuito de envolver os estudantes na resolução de problemas ou
de perguntas.

6. Estudos de caso
Neste exemplo, o professor apresenta uma situação real para os
alunos e pede a eles que resolvam o caso. Em geral, essa é uma
estratégia utilizada quando há a necessidade do estudante
adquirir um conhecimento prático, além de teórico. 

Benefícios das metodologias ativas


Há vários benefícios em se trabalhar metodologias ativas na sala de
aula, por exemplo: aumento do interesse dos alunos pelo conteúdo,
aquisição de conhecimento feita de modo mais lúdico e
eficiente, melhora na capacidade de resolver problemas por meio
de projetos colaborativos.

É importante destacar que diferentes metodologias de ensino


possuem objetivos também diferentes. No caso das metodologias
ativas, o intuito é formar um aluno mais crítico e proativo, por isso,
é exigido e trabalhado ao longo de sua vida escolar a capacidade de
envolver-se em projetos, de tomar decisões e de avaliar os resultados
obtidos.

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