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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SEMIOLOGIA
DOCENTE: SIRLIANE DE SOUZA PAIVA

DISCENTES: LUAN FELIPE LINDOSO PIRES, LUCAS ARAUJO BORGES, LUIS


VAGNER FERREIRA GARCES, LUISA EDUARDA FROZ BEZERRA, MARCOS
ANDRE BARROS LIMA JUNIOR, MARYANA GUTERRES MONTEIRO DE ARAUJO,
MAYANNE VANESSA SANTANA RAMOS.

RESUMO ELIMINAÇÃO URINÁRIA


As Bases do Conhecimento Científico: Anatomia e Fisiologia do Sistema Urinário

O sistema urinário é responsável pelo bom funcionamento dos órgãos e contribui juntamente
com os outros sistemas para a homeostase do organismo humano. Neste contexto, observa-se
na sua composição estruturas diversificadas e com funções bem delimitadas. Dessa forma, o
sistema urinário é composto, em situação de normalidade, por dois rins, dois ureteres, uma
bexiga e uma uretra.

Os Rins

O rim é um órgão que possui como função principal a filtragem do sangue e


consequentemente a formação da urina. Está localizado anatomicamente ao lado da coluna
vertebral e posterior à cavidade peritoneal. Este órgão possui uma unidade funcional
nomeada de néfron. Cada néfron possui glomérulo, membrana glomerular, túbulo contorcido
proximal, alça de Henler, túbulo contorcido distal e um túbulo coletor.

No glomérulo é onde se inicia a filtração, mas 99% do filtrado é absorvido pelo plasma e
apenas 1% é excretado. Ele é composto por uma grande quantidade de vasos sanguíneos e
filtra muitas substâncias, tais como: uréia, creatinina e sais minerais. Entretanto, na sua
estrutura contém uma membrana glomerular que impede a filtração de moléculas grandes.
Assim, a presença de proteína na urina é indicador de lesão glomerular.

Os rins produzem diversas substâncias e uma delas é a eritropoietina que estimula a produção
e maturação das hemácias. Desta forma, indivíduos com Doença Renal Crônica possuem
risco aumentado para anemias. Além disso, participa ativamente da mineralização óssea por
meio da ativação da vitamina D, liberando a substância que a ativa. Esta ativação irá culminar
na absorção de minerais essenciais para a força e densidade do osso (cálcio e fósforo).

Neste contexto de funções vitais dos rins pode-se enquadrar o aumento da pressão arterial por
meio do sistema renina- angiotensina- aldosterona que aumenta o volume sanguíneo. Os rins
também produzem prostaglandina E2 e prostaciclina que ajudam a manter o fluxo sanguíneo
renal pela vasodilatação.

Ureteres

Após a urina ser formada nos rins, necessita percorrer um trajeto até a sua eliminação. E,
neste sentido, os ureteres ajudam neste processo. O ureter é uma estrutura tubular e tem como
função fazer o transporte de urina entre os rins e a bexiga. Aqui cabe ressaltar que a presença
de um corpo estranho vai resultar em dores.

Bexiga

A bexiga é um órgão muscular com característica oca e distensível. A sua função é receber a
urina por meio dos ureteres, armazená-la e quando receber o estímulo liberar a mesma. Na
sua distensão enche-se de urina e na sua contração libera a urina. Internamente ela possui
uma região chamada de trígono que apresenta três aberturas, sendo uma para a uretra e duas
para os ureteres.

Uretra

A uretra faz a conexão com a bexiga e tem como função transportar a urina até o meato
uretral para ser eliminada. Possui como forma de proteção uma membrana e secreção de
muco. É circundada por músculo liso e na sua descida é apoiada por musculatura esquelética,
conceituado como músculos do assoalho pélvico.

A uretra possui dois esfíncteres: interno e externo. O interno é revestido por musculatura lisa
e por isso seu controle é involuntário. O externo é revestido por musculatura esquelética e por
este motivo caracteriza-se como voluntário Nas mulheres o tamanho da uretra varia de 4- 6,5
cm, o que facilita o desenvolvimento de infecção urinária. Por outro lado, nos homens a
uretra é em média 20cm.

Micção

A micção é o ato voluntário, ou não, de excretar urina. Em condições normais, a continência


urinária é controlada pelo sistema nervoso (Córtex cerebral, tálamo, hipotálamo, tronco
encefálico) e envolve a contração da bexiga em consonância ao relaxamento muscular do
assoalho pélvico e esfíncteres.

Durante os primeiros meses de vida, o desenvolvimento neurológico não permite que os


bebês controlem a frequência com que urinam. Entretanto, à medida que vão se
desenvolvendo o controle passa a ser voluntário, o indivíduo decide se vai ou não urinar.

Algumas lesões na medula espinhal provocam a incontinência urinária reflexa, ou seja, a


perda do controle da micção. Além disso, lesões medulares, traumas neurocognitivos e no
sistema urinário, assim como, uso de sedativos e hipnóticos podem levar a incontinência
urinária por transbordamento.

Fatores que influenciam a micção


Alguns fatores influenciam o volume, qualidade, e capacidade de urinar.

1. Condições Fisiopatológicas

A alteração é considerada pré- renal quando há a diminuição no fluxo renal e para o rim.

A alteração é considerada renal quando há doenças do rim propriamente dito.

A alteração é considerada pós renal quando as alterações são no trato urinário inferior.

Doenças neurocognitivas ou associadas ao envelhecimento destacam-se pelas possíveis


alterações no tônus muscular da bexiga, no controle de contração vesical, ou mesmo
incapacidade física de urinar. Isto é, acentuando a frequência dos distúrbios associados a
micção.

Em casos irreversíveis de doenças terminais renal (DRT) podem requerer medidas de


substituição renal, como transplante de órgão e a diálise. A diálise requer equipamentos e
equipes especializadas, podendo ser peritoneal ou hemodiálise.

O transplante renal é a substituição por um rim saudável de um doador compatível, podendo


oferecer a restauração total da função renal.
2. Condições socioculturais
Como seres sociais e coletivos, estamos destinados a reproduzir as normas do ambiente em
que convivemos. Para alguns, um ambiente particular e individual é indispensável, assim
como para outros um ambiente público já é o suficiente.
3. Condições Psicológicas
O sistema nervoso inibe a micção até o momento apropriado e coordena o trato urinário
inferior para iniciar e completar a micção. Logo, quando posto diante de situações de estresse
ou ansiedade, o sistema não é capaz de coordenar corretamente o sistema, aumentando a
vontade de urinar, ou mesmo, resultando em incapacidade temporária.
4. Equilíbrio hídrico
Em condições normais, ocorrem diversas trocas entre solutos e líquidos no organismo e com
o organismo externo. Dessa forma, o corpo busca manter a relação entre os volumes totais de
líquidos corporais e as concentrações. Contudo, a relação de perda e ganho de líquido diários
pode ser facilmente afetada. Alguns casos se dão pelo consumo de algumas substâncias
como: café, chá, álcool, cacau.
A eliminação excessiva de urina é denominada poliúria.
A diminuição excessiva é denominada oligúria.
Em doenças renais graves, denomina-se anúria à não produção de qualquer quantidade de
urina.
5. Procedimentos cirúrgicos
Pacientes com indicações cirúrgicas, além do fator emocional, muitas vezes têm a capacidade
de urinar afetada pelo uso de anestésicos e analgésicos e prescrições pré operatórias
obrigatórias.
Cirurgias do abdômen inferior e estruturas pélvicas requerem rotineiramente o uso de
cateteres urinários, vide a incapacidade ou dificuldade do paciente em reconhecer e controlar
seu reflexo de micção.
6. Fármacos
A contribuição direta ou indireta de um fármaco na disfunção urinária é quase sempre uma
realidade. Antihistamínicos, alfa antagonistas, opióides e IECA podem causar incontinência
urinária.
Antipsicóticos, antidepressivos e bloqueadores do canal de cálcio podem levar a
incontinência por transbordamento.
Medicamentos para câncer podem alterar a cor da urina e, frequentemente, deteriorar as
funções renais.
7. Exames diagnósticos
Alguns exames podem alterar diretamente a micção. Isso se dá pela restrição do consumo de
líquidos, ou mesmo, inserção de materiais na bexiga.

Alterações na eliminação urinária


A maioria dos pacientes com problemas urinários é incapaz de armazenar urina ou esvaziar
completamente a bexiga. Alguns pacientes podem ter alterações permanentes ou temporárias
da via normal de excreção urinária. Entende-se por derivações urinárias os desvios que são
necessários serem feitos quando uma bexiga for removida. A retenção urinária é o acúmulo
de urina decorrente da incapacidade da bexiga de se esvaziar adequadamente. Assim, a
bexiga é incapaz de responder a um reflexo de micção, e portanto, é incapaz de se esvaziar.
Conforme o progresso da retenção desenvolve-se outros tipos de retenção como retenção por
transbordamento, retenção aguda e retenção urinária grave.
Retenção por transbordamento: A pressão na bexiga se acumula até um ponto em que o
esfíncter uretral externo é incapaz de segurar a urina. O esfíncter se abre temporariamente
para permitir o vazamento de um pequeno volume de urina (25 a 60mL).
Retenção aguda: os principais sinais são distensão da bexiga e ausência de produção de
urina durante várias horas. O paciente sob influência de anestésicos ou analgésicos muitas
vezes só sente a pressão, mas o paciente alerta que sente dor intensa quando a bexiga se
estende além de sua capacidade normal.
Retenção urinária grave: A bexiga mantém até 2.000 a 3.000mL de urina. A retenção
ocorre em decorrência da obstrução uretral, trauma cirúrgico ou parto e alterações na
inervação motora e sensitiva da bexiga, como na neuropatia secundária ao diabetes.
A urina residual ou resíduo pós-miccional (RPM) ocorre se o paciente tem retenção urinária
ou não consegue esvaziar completamente a bexiga. A enfermeira pode usar um aparelho
(ultrassonografia da bexiga) para fazer uma avaliação não invasiva da bexiga ou pode usar a
técnica de cateterismo para avaliar o RPM, já que os aparelhos nem sempre estão disponíveis
para o uso nas instituições de saúde, instruindo também o paciente dos procedimentos.
Infecções do trato urinário (ITU)
É caracterizada pela presença e multiplicação de microorganismos no trato urinário. É
comum adquirir durante os cuidados de saúde; sendo que 80% dessas infecções resultam da
utilização de um cateter uretral. Os organismos penetram facilmente pelo meato uretral
deslocando-se pelo revestimento interno da mucosa até a bexiga. As mulheres são mais
suscetíveis a infecção, por causa de sua uretra curta e pela proximidade do ânus com o meato
uretral. No entanto, os homens estão em maior risco de infecção relacionada à doença renal
os idosos e pacientes com doença de base progressiva ou diminuição da imunidade também
estão em maior risco. A urina residual (retida) na bexiga torna-se mais alcalina e é o local
ideal para o crescimento de microorganismos.
A higiene perineal precária, lavagem inadequada das mãos, a limpeza não realizada da frente
para trás após a micção ou evacuação e as relações sexuais frequentes predispõem as
mulheres a infecção. Tendo em vista, outras inflamações como a cistite, provocam uma
sensação frequente e urgente necessidade de urinar. Já a pielonefrite, é quando a infecção se
espalha pelo trato urinário superior e é comum haver dor no flanco, sensação dolorosa, febre
e calafrios.
A incontinência urinária, que é a perda involuntária de urina, é suficiente para um
problema, podendo ser temporária ou permanente, contínua ou intermitente. Pode ser dividida
em incontinência urinária de urgência ou por estresse. A bexiga hiperativa (HB) resulta da
contração súbita e involuntária dos músculos da bexiga resultando em urgência em urinar.
Derivações urinárias
Condições como o câncer de bexiga, a lesão por radiação a bexiga ou infecções urinárias
crônicas podem exigir uma derivação urinária para drenar a urina de uma bexiga doente ou
disfuncional. Existem dois tipos de derivações urinárias continentes. Na primeira é um
reservatório urinário continente que é criado de uma porção distal do íleo e porção proximal
do cólon. A segunda derivação urinária continente é uma neobexiga ortotópica que também
utiliza uma bolsa ileal para substituir a bexiga. Anatomicamente, a bolsa está na mesma
posição em que a bexiga estava antes da remoção, permitindo que os pacientes urinem
normalmente. A enfermeira especializada em ostomia muitas vezes se reúne com o paciente e
sua família antes da cirurgia.
Processo de Enfermagem
Durante esse processo precisamos avaliar o paciente e seus achados de maneira minuciosa,
para que a decisão tomada seja aplicada de maneira correta. O processo de enfermagem vai
proporcionar ao profissional de enfermagem uma linha de abordagem que desenvolva o plano
de uma maneira individualizada.
Coleta de dados
Durante a coleta de dados, precisamos avaliar cada paciente cuidadosamente e analisar suas
queixas, então devemos nos colocar sob o ponto de vista dele. Basicamente o profissional
enfermeiro deve ter ciência de qual é a experiência do paciente com aquela doença, ou seja,
qual sua experiência com os sintomas e sinais, se ele sabe em qual estado de saúde se
encontra e não menos importante, se tem capacidade de autocuidado. É necessário que a
abordagem abranja seus hábitos pessoais, sociais, de gênero e eliminação.
Então partindo para o ponto de identificar as alterações e coletar dados suficientes para criar
um plano de cuidado, será necessário a globalização do conhecimento científico com a coleta
da história de enfermagem do paciente, assim como a realização de um exame físico. O
pensamento crítico, com todas suas bases, vai servir de grande auxílio durante todo o
processo de coleta de dados. O conhecimento, experiência, padrões e atitudes fazem parte da
coleta de dados facilitando o andamento do processo e mantendo a privacidade e dignidade
do paciente.
A história de enfermagem vai reunir informação sobre o esquema de eliminação urinária do
paciente, assim como seus sintomas apresentados. Para facilitar a conclusão, o uso de
perguntas diretas, relacionadas a cada tipo de problema que ele pode apresentar, ajuda na
procura do problema urinário.
O padrão de micção do paciente é de extrema importância para o diagnóstico, então levantar
questionamentos sobre qual a frequência, volume, coloração e os horários de micção é de
extrema utilidade. É necessário conhecer o padrão miccional saudável para identificar as
alterações

Exame físico

Os exames físicos são essenciais para o fornecimento de dados para determinar a presença e a
gravidade dos problemas relacionados à eliminação urinária. É importante verificar dados
objetivos como a ingestão de líquidos e o padrão e as quantidades que são ingeridas.

Pele e mucosas: deve-se observar a condição da pele e das mucosas, visto que problemas
urinários estão frequentemente associados a distúrbios hídricos e eletrolíticos. O profissional
de enfermagem deve avaliar o turgor da pele e da mucosa bucal, a fim de reunir dados de
hidratação do paciente. Deve-se também observar o períneo quanto a erupções cutâneas,
bolhas, irritação e solução de continuidade.

Rins: os enfermeiros para fazer o exame físico dos rins precisam apalpar os rins durante o
exame abdominal. A posição, a forma e o tamanho dos rins revelam problemas como
tumores. Enquanto isso, a sensação de dor indica uma inflamação. É viável também a
realização de ausculta para detectar a presença de um sopro na artéria renal.

Bexiga: em adultos, a bexiga repousa abaixo da sínfise púbica. Quando distendida, eleva-se
acima da sínfise púbica na linha média do abdome e muita das vezes estende-se até um pouco
abaixo do umbigo. Durante a inspeção, pode-se observar um inchaço do abdome inferior. O
enfermeiro deve palpar delicadamente o abdome inferior. A bexiga parcialmente cheia tem
aspecto liso e arredondado. A palpação de uma bexiga distendida faz com que o paciente
sinta vontade de urinar, sensação dolorosa ou até mesmo dor.

Meato uretral: deve-se observar por qualquer secreção, inflamação ou lesões nesta região.
Para examinar pacientes do sexo feminino deve-se posicionar o paciente em decúbito dorsal
reclinado para que haja exposicao completa da genitalia. Usando luvas limpas, afaste as
dobras labiais para visualizar a região. Em casos de pacientes do sexo masculino, o meato se
encontra-se como uma pequena abertura na glande do penis. É necessário retrair o prepúcio
em homens não-circuncidados utilizando luvas limpas.

Avaliação da urina

Para avaliar a urina, o profissional enfermeiro deve levar em conta a medição da


administração e eliminação hídrica do paciente e a observação das características da urina.
Deve-se também examinar as características da urina como cor, transparências e odor. A
urina normal varia de uma cor palha pálida a âmbar, dependendo de sua concentração. A
urina normal tem aspecto transparente. Quando armazenada em um recipiente torna-se turva.
Em caso de pacientes com doença renal, parece turva e espumosa devido às altas
concentrações de proteínas.
O odor característico da urina varia de acordo com a sua concentração. A urina estagnada tem
um odor de amônia que é comum em pacientes que são repetidamente incontinentes. Um
odor doce ou frutado ocorre pela presença de acetona ou ácido acetoacético (subprodutos do
metabolismo incompleto da gordura), vistos no diabetes melito ou na inanição.

Urinálise: Profissionais enfermeiros frequentemente coletam amostras de urina para exames


laboratoriais. A forma de coleta da urina varia de acordo com o tipo de exame. As amostras
devem ser transportadas ao laboratório em tempo hábil. O laboratório realiza a urinálise por
qualquer método.

Gravidade específica: É o peso ou o grau de concentração de uma substância em


comparação com um volume igual de águas. Deve-se desejar uma amostra de urina em um
frasco especial, limpo e seco. A concentração de substâncias dissolvidas na urina auxilia na
determinação do equilíbrio hídrico do paciente. Enfermeiros de Unidades de Terapia
Intensiva muitas vezes são responsáveis por fazer medições periódicas da gravidade
específica da urina.

Cultura de urina: A cultura de urina requer uma amostra de urina estéril. Leva cerca de um
a dois dias para que o laboratório possa relatar se há crescimento bacteriano. Enquanto se
aguardam os resultados, é prescrito um antibiótico ao paciente. O teste de sensibilidade
demonstra quais antibióticos específicos são eficazes para aquela população de bactérias.
Assim, os resultados podem mostrar que outro antibiótico poderia ser mais eficaz.
Diagnóstico de Enfermagem

É feito após a coleta de dados completa da função de eliminação urinária do paciente, onde
são revelados padrões de dados que permitem que a enfermeira estabeleça diagnósticos de
enfermagem relevantes e precisos. Deve-se usar o pensamento crítico para refletir sobre o
conhecimento adquirido com pacientes prévios, aplicar o conhecimento da função urinária e
dos efeitos dos distúrbios. O diagnóstico de enfermagem irá se centrar na alteração
específica da eliminação urinária ou em um problema associado. A identificação das
características definidoras leva a escolha de um diagnóstico apropriado. Identificar o fator
relevante ou causador relacionado é parte importante na formulação do diagnóstico. Assim, a
enfermeira pode escolher intervenções que tratam ou modificam o fator relacionado ao
diagnóstico a ser resolvido.

Alguns diagnósticos de enfermagem comuns aos doentes com alterações na eliminação


urinária: isolamento social; imagem corporal prejudicada; incontinência urinária; dor; risco
de Infecção; déficit no autocuidado; integridade da pele prejudicada; eliminação urinária
prejudicada; constipação; retenção urinária.

Planejamento de Enfermagem

Durante o planejamento de enfermagem, deve integrar os achados da coleta de dados, assim


como as informações sobre recursos disponíveis e terapias para desenvolver um plano de
cuidado individualizado. Construir um relacionamento de confiança com o paciente é
importante, pois a prestação de cuidados envolve uma interação de natureza muito pessoal. O
planejamento de enfermagem deve conter alguns pontos importantes, como metas e
resultados, estabelecimento de prioridades e trabalho em equipe e colaboração.

As metas devem ser realistas e individualizadas, juntamente com resultados relevantes. O


objetivo geral frequentemente é a eliminação urinária normal, mas algumas vezes o objetivo
pessoal difere, dependendo do problema. As metas são de curto ou longo prazo.

Ao estabelecer prioridades deve-se estabelecer um relacionamento com o paciente que


permita a discussão e a intervenção. Enquanto a enfermeira está auxiliando o paciente, as
prioridades deste se tornam aparentes e o paciente deve compreender todas as metas. Embora
as necessidades físicas parecem ter maior prioridade, as necessidades psicológicas
relacionadas à autoestima e sexualidade, as vezes tem maior prioridade para o paciente. A
atenção às necessidades percebidas é a abordagem mais satisfatória e bem-sucedida para
alcançar todas as metas.

Já o trabalho em equipe e a colaboração diz respeito a colaborar com diversas áreas da saúde,
com o paciente e seus familiares. A família também é importante no plano de cuidados,
podendo prestar auxílio no ambiente domiciliar.

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