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INFECÇÕES DO TRATO
URINÁRIO
•Etiologia
•85% dos casos bactérias gram-negativas
• Escherichia coli > Proteus > Klebsiella > Enterobacter
•Imunocomprometidos: fungos, vírus (poliomavírus, citomegalovírus,
adenovirus) e outros agentes específicos (tuberculose…)
Infecções urinárias
•Caso clínico 1
•Paciente, sexo feminino, 53 anos, transplantada renal há 2 anos. Há 3
meses vem apresentando elevação da creatinina (0,9 2,3 mg/dL).
Refere uso regular dos medicamentos imunossupressores. Solicitamos
biópsia renal para elucidação diangóstica
Compartim
ento
glomerular
normal.
Compartime
nto tubular
intertiscial:
muita fibrose
e não túbulo
ao lado de
túbulo.
Nucleos
muito
aumentado
de
tamanho.
Esse núcleo
branco é
característic
o de um
processo
infeccioso
viral.
Pseudoinclu
são viral
SV40 é uma
abreviatura para vírus
vacuolante símio 40 ou
vírus símio 40, um
poliomavírus
BK vírus, acometem
principalmente
transplantados renais.
Marcado em marron-
material genético do
vírus.
Infecções urinárias
Patogênese
Fatores de risco
Sexo: mulheres uretra curta, e mais próxima ao ânus,
traumatismo da uretra em relações sexuais.
Gravidez: estase urinária (4-6% das gestantes)- pode
ser fr para preematuridade. (toxinass podem
aumentar contração)
Obstrução urinária
Refluxo vésico-ureteral e intra-renal
Diabetes
Imunossupressão
Procedimentos invasivos no trato urinário
• Na gravidez o rim aumenta de 1 a 1,5 centímetros de comprimento, porque ele recebe um maior volume de sangue..
Os ureteres encontram-se mais dilatados, alongados e tortuosos. Aumenta a probabilidade de a gestante apresentar
infecções urinárias, pelo de ocorrer estase urinária.
À medida que o útero aumenta, a bexiga se desloca para cima e recebe uma compressão antero-posterior. Essa
compressão que o útero faz sobre ela é responsável pelo aumento da frequência de micções.
Aumenta a irrigação sanguínea na bexiga, e a musculatura fica menos contraída. Sua capacidade de volume chega a
atingir 1.500ml.
Os hormônios maternos e placentários modificam a função do sistema urinário. O volume plasmático é aumentado,
então o rim deve aumentar sua filtração em torno de 50%, regressando em sua função normal cerca de 20 semanas
após o parto.
O fluxo do plasma existente no rim aumenta cerca de 25 a 50%. O fluxo da urina aumentado deve-se ao fato de no
final da gestação a mulher preferir deitar de lado (decúbito lateral), do que de barriga para cima (posição supina).
Pode-se ter presença de glicose na urina durante a gravidez, não necessariamente pode ser patológica, mas deve
ser vigiada para que a diabetes mellitus não se manifeste.
A grávida apresenta maior perda de nutrientes na urina. Se a gestante perder muita proteína através da urina deve-
se ficar atendo a alguma patologia.
Refluxo vesico-ureteral
A partir do momento que existe o refluxo vai dilatando o ureter (imagem do slide
seguinte) , vai dilatando o sistema pielocalicial em cima. Vai tendo uma progressão que pode ser avaliado
com exames de imagem contrastados. No estágio mais tardio desse refluxo tem o dólico ureter (quando
faz a dobra sobre ele mesmo) e uma atrofia do parênquima renal. É um estágio GRAVE, o paciente já
perdeu o rim dele, o rim não funciona mais.
• .
• Uretrite- os patógenos sexualmente transmitidos Chlamydia trachomatis ( Infecções da
mucosa, micoplasma e ureaplasma por clamídia), Neisseria
gonorrhoeae ( Gonorreia), Trichomonas vaginalis ( Tricomoníase) e herpes simples são
causas comuns em ambos os sexos.
• Cistite- Cistite é infecção da bexiga. É comum em mulheres, nas quais casos de cistite não
complicada são geralmente precedidos por relação sexual (cistite da lua de mel). Em
homens, infecção bacteriana da bexiga costuma ser complicada e, em geral, resulta de
infecção ascendente da uretra ou próstata ou é secundária à instrumentação uretral. A
causa mais comum de cistite reincidente em homens é a prostatite bacteriana crônica;
• A síndrome uretral aguda, que ocorre em mulheres, é uma síndrome envolvendo disúria,
frequência e piúria (síndrome disúria-piúria), que lembra cistite. Mas na síndrome uretral
aguda (e não na cistite) culturas de urina rotineiras são negativas ou mostram contagem
de colônias < 105/mL, abaixo do critério tradicional para o diagnóstico de cistite
bacteriana. Uretrite é uma causa possível porque os organismos causadores
incluem Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum, que não são detectados na
cultura de urina de rotina.
• Bacteriúria assintomática
• A bacteriúria assintomática é a ausência de sinais ou sintomas de ITU em um paciente cuja
cultura de urina preenche os critérios para ITU. Pode ou não ocorrer piúria. Como é
assintomática, essa bacteriúria é encontrada principalmente na triagem dos pacientes de alto
risco, ou quando a cultura de urina é feita por outras razões.
Aspectos clínicos-
Início súbito de sintomas: dor lombar, febre alta, astenia, sinal de
Giordano, disúria, algúria, polaciúria (aumento do n de micção com pouca
urina).
Evolução: cura com tratamento.
abscessos e sepse (imunossupressão)
necrose papilar- diabéticos porcão final da medula, parte menos
oxigenada (d – dor muito acentuada que lembra cólica renal) pode levar à
IRA. **
recidivas- geralmente se há alguma variação anatômica.
Pielonefrite aguda
Aspectos laboratoriais
Piúria (neutrófilos), hematúria (sem dismorfismo eritrocitário, agressão do
parênquima renal), cilindros purulentos (pus no parênquima e dentro dos
túbulos), processo supurativo).
Morfologia
Inflamação supurativa (neutrofilos)
Agregados intratubulares de neutrófilos e necrose tubular aguda
Pielonefrite aguda
Pielonefrite aguda
Pielonefrite aguda
Pielonefrite aguda
Aspectos clínicos
Curso lento, evolução arrastada, diagnóstico tardio
Episódios anteriores de pielonefrite aguda
Lab: Bacteriúria, piúria, cilindros hialinos (os tubulos ja estão
atróficos).
Pielonefrite crônica
Morfologia
O achado característico na
macroscopia é a presença
de cicatrizes renais
Cicatrizes grosseiras,
irregulares e profundas
Há redução de peso e
volume do rim
Fases avançadas: rim em
estágio terminal e IRC
Pielonefrite crônica
•Caso clínico 2
•Paciente, sexo masculino, 72 anos, portador de Hiperplasia Benigna da
Próstata, queixando-se de disúria há 1 semana. Febre não mensurada há
2 dois. Evoluiu com oliguria e aumento da creatinine (0,9 3,1). Houve
melhora discreta após hidratação, mas com permanência de escórias
renais aumentadas.
•Realizada biópsia para elucidação do caso
Cilindros
leucocitários-
agudização.
TRATAMENTO INFECCÇÕES: -Antibióticos
• Ocasionalmente, cirurgia (p. ex., para drenar abscessos, corrigir anomalias estruturais de base ou aliviar a obstrução)
• O tratamento de todas as formas de ITU sintomática requer antibióticos. Para pacientes com disúria importante, pode-se utilizar fenazopiridina (ANALGÉSICO LOCAL) para
controlar os sintomas até que os antibióticos ajam (geralmente, em 48 h).
• A escolha do antibiótico muitos critérios como alergia e adesão do paciente, padrões locais de resistência (se conhecidos), disponibilidade e custos dos antibióticos e tolerância
do paciente e provedor para o risco de falha do tratamento. A propensão para induzir resistência a antibióticos também deve ser considerada. Quando a cultura de urina é feita,
a escolha do antibiótico deve ser modificada quando a cultura e os resultados de sensibilidade estão disponíveis para o fármaco eficaz de espectro mais estreito contra o
patógeno identificado.
• Correção cirúrgica é normalmente necessária para uropatia obstrutiva, anormalidades anatômicas e lesões neurológicas do trato urinário como a compressão da coluna. A
drenagem com cateter do trato urinário obstruído auxilia o controle imediato da ITU. Ocasionalmente, um abscesso cortical renal ou abscesso perinéfrico requer drenagem
cirúrgica. A instrumentação do trato urinário inferior na presença de urina infectada deve ser adiada, se possível. A esterilização da urina antes da instrumentação e a
antibioticoterapia por 3 a 7 dias após a instrumentação podem evitar urossepse com risco à vida.
• Uretrite
• Pacientes sexualmente ativos com sintomas são habitualmente tratados de modo presumido para DSTs enquanto se aguardam os resultados dos testes. Um esquema típico é
ceftriaxona, (AB)250 mg, IM mais azitromicina, 1 g, via, VO, em dose única, ou doxiciclina, 100 mg, VO, 2 vezes/dia, durante 7 dias. Todos os parceiros sexuais no período de 60
dias devem ser avaliados. Homens diagnosticados com uretrite devem ser testados para HIV e sífilis, de acordo com as Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines dos
Centers for Disease Control and Prevention de 2015.
• Cistite
• O tratamento de primeira linha da cistite não complicada é com nitrofurantoina, 100 mg, VO, 2 vezes/dia, durante 5 dias (ela é contraindicado se o clearance de creatinina é <
60 mL/min), sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP), 160/800 mg, VO, 2 vezes/dia, por 3 dias, ou fosfomicina 3 g, uma vez. Opções menos desejáveis incluem uma
fluoroquinolona ou um antibiótico betalactâmico. Se cistite recorrente em uma ou duas semanas, um antibiótico de espectro mais largo (p. ex., uma fluoroquinolona) pode ser
utilizado e a urina devem ser cultivada.
• Cistite complicada deve ser tratada com antibióticos empíricos de amplo espectro escolhidos com base em agentes patogênicos locais e padrões de resistência e ajustados de
acordo com os resultados da cultura. Anomalias do trato urinário também devem ser tratadas.
• Síndrome uretral aguda
• O tratamento depende dos achados clínicos e dos resultados da cultura de urina: Mulheres com disúria, piúria e crescimento de colônia de > 10 2/mL de uma única espécie de
bactéria na cultura de urina podem ser tratadas da mesma forma como para cistite descomplicada.
• Mulheres com disúria e piúria e sem bacteriúria devem ser avaliadas para DST (como N. gonorrhoeae e C. trachomatis).
• Mulheres com disúria, mas sem piúria nem bacteriúria não têm a síndrome uretral verdadeira. Elas devem ser avaliadas para causas não infecciosas de disúria. A avaliação pode
incluir ensaios terapêuticos, p. ex., de tratamentos comportamentais (p. ex., biofeedback e relaxamento da musculatura pélvica), cirurgia (para estenose uretral) e fármacos (p.
ex., reposição hormonal para uretrite atrófica suspeita, anestésicos, antiespasmódicos).
• Bacteriúria assintomática
• Tipicamente, a bacteriúria assintomática em pacientes com diabetes, idosos e naqueles com sonda urinária de demora não deve ser tratada.
• Mas em pacientes com risco de complicações da bacteriúria assintomática ( Bacteriúria assintomática), todas as causas tratáveis devem ser abordadas e devem receber
antibióticos da mesma forma como para cistite. Em gestantes, apenas alguns antibióticos podem ser utilizados com segurança. Betalactâmicos orais, as sulfonamidas e a
nitrofurantoína são considerados seguros no início da gestação, mas trimetoprima deve ser evitada durante o 1º trimestre, e sulfametoxazol deve ser evitado no 3º
trimestre, especialmente próximo ao parto. Pacientes com problemas obstrutivos intratáveis (p. ex., cálculos, refluxo) pode necessitar de terapia supressora a longo prazo.
• Pielonefrite aguda
• Antibióticos são necessários. O tratamento ambulatorial com antibióticos orais é possível se todos os seguintes critérios são atendidos:
• Os pacientes devem aderir ao tratamento
• Os pacientes são imunocompetentes
• Os pacientes não têm náuseas ou vômitos ou evidências de depleção de volume ou sepse
• Os pacientes não têm fatores que sugerem ITU complicada
• Ciprofloxacina, 500 mg, VO, 2 vezes/dia, por 7 dias, e levofloxacina, 750 mg, VO, 1 vez/dia durante 5 dias são antibióticos de 1ª linha se < 10% dos uropatógenos na
comunidade são resistentes. A segunda opção geralmente é sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP), 160/800 mg, VO, 2 vezes/dia, por 14 dias. Mas os padrões de
sensibilidade local devem ser considerados porque em algumas regiões dos EUA > 20% dos E. coli são resistentes à sulfa.
• Pacientes não elegíveis ao tratamento ambulatorial devem ser hospitalizados e receber terapia parenteral selecionada de acordo com padrões de sensibilidade locais.
Antibióticos de primeira linha geralmente são fluoroquinolonas excretadas pelos rins, como ciprofloxacina e levofloxacina. Outras escolhas, como ampicilina mais
gentamicina, cefalosporinas de largo espectro (p. ex. ceftriaxona, cefotaxima, cefepima) aztreonam, associações de betalactâmico/inibidor de betalactâmico
(ampicilina/sulbactam, ticarcilina/clavulanato, piperacilina/tazobactam) e imipeném/cilastatina são em geral reservados a pacientes com pielonefrite mais complicada (p.
ex., obstrução, cálculos, bactérias resistentes, infecções adquiridas em hospital) ou instrumentação recente do trato urinário.
• O tratamento parenteral é mantido até o desaparecimento da febre e outros sinais de melhora clínica. Em > 80% dos pacientes, a melhora ocorre em 72 h. O tratamento
oral pode então ser iniciado e o paciente pode receber alta para continuar os 7 a 14 dias restantes do tratamento. Casos complicados requerem períodos mais longos de
antibióticos IV com duração total de 2 a 3 semanas e correção urológica de defeitos anatômicos.
• O tratamento ambulatorial pode ser considerado em gestantes com pielonefrite, mas somente se os sintomas são leves, se acompanhamento atento está disponível e
(preferencialmente) gestação está < 24 semanas de gestação. O tratamento ambulatorial é com cefalosporinas (p. ex., ceftriaxona, 1 a 2 g, IV ou IM, então cefalexina, 500
mg, 4 vezes/dia durante 10 dias). Do contrário, antibióticos IV de 1ª linha incluem cefalosporinas, aztreonam ou ampicilina e gentamicina. Se pielonefrite é grave, as
possibilidades incluem piperacilina/tazobactam ou meropenem. Fluoroquinolonas e SMX-TMP devem ser evitados. Como a recorrência é comum, algumas autoridades
recomendam profilaxia depois de a infecção aguda desaparecer com nitrofurantoina, 100 mg, VO, ou cefalexina, 250 mg, VO, todas as noites durante o restante da
gestação e por 4 a 6 semanas após a gestação.
FACULDADE DE SAÚDE E ECOLOGIA HUMANA
PROCESSOS PATOLÓGICOS GERAIS
UROPATIA OBSTRUTIVA E
HIDRONEFROSE
Quadro clínico
•Obstrução aguda- n tolerável- dor- sintomático ex: cálculo no ureter
X obstrução crônica- tumor
•Hidronefrose
• Unilateral (completa ou parcial) pode ser silenciosa durante
anos
• Bilateral parcial poliúria, noctúria. Em fases avançadas:
hipertensão
• Bilateral completa incompatível com longa sobrevida. Há oigúria
ou anúria.
Hidronefrose
Dilatação da pelve e
cálices renais por
obstrução em qualquer
nível (ureter até a
uretra), associada a
hipotrofia progressiva
do parênquima renal
Prognóstico: depende da
causa da obstrução e do
grau de atrofia e
comprometimento da
função renal
Tratamento clínico ou
cirúrgico
Hidronefrose
Hidronefrose e refluxo
Dilatação, ele
tem 2 ureters
Hipert
rofia
da
bexiga.
Devido
a
hiperp
lasia
prostá
tica.
FACULDADE DE SAÚDE E ECOLOGIA HUMANA
PROCESSOS PATOLÓGICOS GERAIS
LITÍASE
Introdução
Podem se formar em qualquer local do Sistema urinário
Local mais comum RIM
5-10 % da população ao londo da vida
Homens > mulher
Predisposição familiar
• concentração dos
elementos constituintes
(fosfato, ácido úrico,
cálcio)
• estase urinária-
propicia precipitação
• infecções urinárias
• alterações do pH da
urina
• volume urinário baixo
Litíase urinária
Complicações
NEOPLASIAS UROTELIAIS
Epidemiologia - Etiopatogênese
Tabagismo
Exposição industrial a carcinógenos químicos
Exposição a ciclosfosfamida (imunossupressor)
Radiação
CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS
(UROTELIAL)
Hematúria indolor
Tendência a desenvolver novas lesões
Recorrência e tumores novos
• Grau
• Invasão
• Lesão in situ adjacente
Detecção precoce (difícil)- devido a falta de exames de
urina regular- e acompanhamento adequado
CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS
(UROTELIAL)
Acompanhamento - Tratamento