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1- Artigo: Título Intervenções em terapia cognitivo-comportamental

para trauma complexo: uma revisão sistemática

Autor Saulo GantesTractenberg; LuisaZamagna Maciel; Bruno


KluweSchiavon; Mateus Luz Levandowski; Christian Haag
Kristensen

Revista Temas psicol. vol.24 no.2

Ano Jun. 2016

Objetivo Este estudo objetivou revisar sistematicamente evidências sobre os


efeitos da TCC para TC.

Método Realizou-se buscas no MEDLINE, Embase e ISI Web of Science.


Artigos com desenho de estudo clínico randomizado, estudo clínico
não randomizado e estudos não controlados com intervenções em
TCC para TC foram incluídos. Apenas estudos com avaliações pré e
pós-intervenção foram elegíveis.

Instrumento Não se aplica

Participantes Não se aplica

Identificou-se 369 estudos sendo 7 elegíveis para esta revisão. As


intervenções abordaram vários sintomas envolvidos na proposta para
diagnóstico de TC, incluindo sintomas pós-traumático, depressivos,
de ansiedade e regulação emocional.
Resultados Os artigos revisados demonstraram que intervenções terapêuticas,
independente da natureza, possuem efeitos ao longo do tempo sobre
sintomas de TC. A TCC revelou-se superior em comparação ao
tratamento controle, sendo que tanto TCC em grupo como individual
revelaram-se capazes de reduzir os sintomas de TC.
Terapia Cognitivo-Comportamental para Compras
2- Artigo: Título
Compulsivas: Um Estudo de Caso Sistemático

Autor Maríndia Brandtner, Fernanda Barcellos Serralta

Revista Psic.: Teor. e Pesq. vol.32 no.1

Ano Jan./Mar. 2016

Descrever o processo de um caso de TCC para o comprar


compulsivo, visando estabelecer hipóteses empiricamente
sustentadas da mudança observada. Especificamente, o estudo visa
verificar os efeitos do tratamento sobre sintomas (comprar
Objetivo
compulsivo, ansiedade e depressão) e adequação social, examinar a
aproximação da psicoterapia ao seu modelo ideal (protótipo) e
verificar possíveis variações no processo, considerando o seu início,
meio e fim.

O ECS é um delineamento do tipo misto, qualitativo e quantitativo,


aplicável a psicoterapias conduzidas em contexto naturalístico
(DATTILIO, EDWARDS & FISHMAN, 2010). Busca compreender
Método
os fatores que contribuem para a mudança por meio de avaliações
repetidas, visando à obtenção de informações válidas, fidedignas e
potencialmente replicáveis a outros casos (KAZDIN, 2007).

Instrumento
Todas as sessões foram codificadas com o PsychotherapyProcess Q-
Set (PQS), um método empírico de avaliação do processo
terapêutico.O delineamento proposto é o de Estudo de Caso
Sistemático (ECS; EDWARDS, 1998). Screening para compras
compulsivas, Avaliação de resultados, Entrevista com a terapeuta,
Inventário Beck de Depressão (BDI),YBOCS-SV, Inventário Beck
de Ansiedade (BAI), Escala de Adequação Social (EAS),
Entrevistasemi-estruturada com a paciente, realizada após o término
da terapia para complementar a avaliação dos resultados do
tratamento. Medida de processo o qual o processo terapêutico foi
avaliado por meio do PsychotherapyProcess Q-set e os avaliadores
examinam a sessão na íntegra, fazem notas de suas impressões e,
com o auxílio do manual de instruções do PQS, ordenam os itens em
nove pilhas dispostas em um continuum que vai desde os itens
menos característicos (categoria 1) até os mais característicos
(categoria 9).
Uma paciente de 34 anos, casada, ensino médio completo e que foi
selecionada por conveniência tendo sido encaminhada à
Participantes
pesquisadora por pessoa familiarizada com o protocolo do presente
estudo.

Resultados
No início do tratamento, a paciente apresentava sintomas de
depressão em nível moderado, de ansiedade em nível leve,
dificuldades em controlar os impulsos referentes às compras e
prejuízos importantes no ajustamento social. No término do
tratamento, a paciente havia atingido nível de funcionamento não
clínico em todas as medidas de resultados. Foi constatado que já na
etapa intermediária do tratamento houve uma redução clinicamente
significativa e confiável dos comportamentos de compras
compulsivas que levaram a paciente ao tratamento. Essa mudança
manteve-se ao final da terapia e nos dois follow-ups realizados, 16 e
32 semanas após o término. Mudanças clinicamente significativas e
confiáveis também foram observadas no ajustamento social desde a
etapa intermediária, sendo o resultado estável no follow-up 1, mas
não no follow-up 2, quando se observou aumento dos escores na
EAS, o que indica piora no ajustamento social neste período. Em
relação ao pré-tratamento, houve redução dos sintomas de depressão
avaliados pelo BDI-II na etapa intermediária, no término, e nos dois
follow-ups. No entanto, conforme o RCI, essas alterações foram
clinicamente significativas e confiáveis somente no término e no
follow- up 1. No follow-up 2, o escore do BDI mostrou aumento em
relação ao término do follow-up 1. Considerando a ansiedade, em
relação ao pré-tratamento, houve diminuição nos escores do BAI na
etapa intermediária, no término e no follow-up 2. Conforme o RCI,
essas mudanças foram clinicamente significativas e confiáveis. No
follow-up 1, o escore no BAI foi elevado, inclusive mais alto do que
no pré-tratamento, indicando aumento da ansiedade após o término
do tratamento. A entrevista de seguimento (follow-up 1) mostrou
que, além da melhora nos sintomas do comprar compulsivo, a
paciente percebeu uma melhora global, incluindo humor e
relacionamentos interpessoais. Nessa entrevista, a paciente discorreu
sobre as mudanças em alguns pensamentos e crenças disfuncionais
obtidas com a terapia: "eu pensava assim: eu sou assim mesmo. Isso
aí não é doença! é o meu normal! ... Eu vou sempre ser assim! E
ninguém vai me mudar". Revelou que, para não mais comprar o
desnecessário, passou a usar estratégias cognitivas para avaliar se
realmente precisava do item. Relatou, ainda, ter algum receio de
voltar a comprar como antes. Para garantir a manutenção dos ganhos
terapêuticos, fazia uso de cartões de enfrentamento (que haviam sido
confeccionados durante o tratamento) como um adendo no momento
de ir às compras.
Ao ser questionada a que atribuía o resultado do tratamento, a
paciente destacou dois aspectos: (a) o relacionamento com a
terapeuta - "eu ficava ansiosa pra ir na sessão, pra saber o que a
gente ia conversar, tudo, e daí no final ela já me dava o que tinha
que fazer durante a semana, ah, era bem bom o nosso
relacionamento"; e (b) as tarefas de casa - "eu acho que se não
tivesse tido esse teste de eu procurar entrar nos lugares, sabe, porque
daí eu saía de lá com aquela ideia... 'eu vou ter que sair agora' ... E
daí eu pensava assim, 'eu tenho que fazer agora', né, 'não posso
deixar passar' ... E foi o que ajudou bastante".

3- Artigo: Título Tratamento da Insônia em Atenção Primária à Saúde

Autor Nelson Ferreira Ribeiro

Revista Revista Brasileira de medicina de família e comunidade

Ano 2016 Jan-Dez

Sistematizar a informação disponível sobre a melhor abordagem no


Objetivo
tratamento da insônia em Atenção Primária à Saúde.

Revisão clássica com pesquisa de artigos, em maio de 2015, nas


bases de dados PubMed, UpToDate, Direção-Geral da Saúde, sites
de medicina baseada em evidência (National Guidelines
Clearinghouse, The Cochrane Library, TRIP) e referências
bibliográficas dos artigos selecionados. Foram pesquisadas
normas de orientação clínica, revisões sistemáticas, meta-análises e
estudos originais. Utilizaram-se as palavras-chave insomnia e
Método
treatment. Foram selecionados artigos publicados entre 2010 e 15 de
maio de 2015, nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola, que se
referem ao tratamento da insônia no adulto e idoso. Foram incluídos
artigos sobre insônia associada à depressão, ansiedade e abuso de
álcool, tendo sido excluídos artigos sobre insônia associada às
restantes patologias psiquiátricas e sobre insônia na criança e
adolescência.

Instrumento Base de dados


Participantes
Não se aplica
Obtiveram-se um total de 2101 artigos, tendo sido excluídos 2028
por não se adequaram ao objetivo desta revisão por meio da análise
do título do artigo, do resumo ou por se encontrarem repetidos. Dos
73 artigos selecionados, 42 foram integrados nesta revisão. As
queixas de insônia são muito prevalentes nos cuidados de saúde
primários, pelo que o médico
de família deve conhecer a melhor abordagem para o seu tratamento.
Numa sociedade cada vez mais
Resultados
medicalizada, é importante que o médico de família reconheça e
aplique a terapêutica não farmacológica. Quando é necessária a
utilização de medidas farmacológicas, o médico deve adequar o
tratamento a cada
situação específica e às características de cada paciente. É
importante ter em conta todas as comorbidades
do paciente e praticar uma Medicina apoiada também na prevenção
quaternária.

Ensaio de usabilidade de uma intervenção psicoeducacional


4- Artigo: Título computadorizada sobre transtorno obsessivo-compulsivo

Autor Gerson Siegmund; Roberto Guedes de Nonohay; Gustavo Gauer

Revista Temas psicol. vol.24 no.1

Ano Mar. 2016

O objetivo deste estudo foi realizar um ensaio com usuários do


público em geral para avaliar os principais aspectos de usabilidade
de uma intervenção psicoeducacional computadorizada sobre TOC.
Esperava-se que os usuários fornecessem avaliações úteis à
Objetivo
reformulação do programa, no que toca ao seu conteúdo e também à
sua estrutura e funcionalidade. Também buscou-se avaliar os efeitos
iniciais da intervenção enquanto redução de sintomas obsessivos-
compulsivos.

Método Trata-se de um estudo de caráter experimental no qual foi realizado


um ensaio aberto de uma intervenção computadorizada, com foco na
usabilidade e avaliações em diferentes momentos. Este estudo faz
parte de um projeto maior de desenvolvimento de software, que
seguiu a estrutura descrita na Figura 1. Dado que o objetivo deste
manuscrito foi avaliar a usabilidade e os efeitos iniciais da
intervenção, optou-se por apresentar apenas a terceira fase do
desenvolvimento.

Yale-Brown ObsessiveCompulsiveScale(Y-BOCS; GOODMAN et


al., 1989); Avaliação Subjetiva de Sintomas do TOC; Avaliação
Subjetiva de Humor; Avaliação Subjetiva de Ansiedade; Questões
Instrumento
de Usabilidade; Log; Microsoft Excel. A plataforma utilizada para
rodar o programa foi o Microsoft Excel, nas versões 97 a 2007,
através da linguagem VBA (Visual Basic Applications).

A amostra contou com 21 participantes da população em geral,


homens e mulheres entre 19 e 55 anos, com média de idade de 30,29
anos (DP=10,57). Destes, 52,4% eram homens e 57,1% possuíam
ensino superior incompleto. A amostra foi composta principalmente
por moradores de Porto Alegre (66,27%), com curso superior
incompleto (57,1%) em diferentes áreas.
Uma vez que o foco deste estudo foi a avaliação da usabilidade e
Participantes
considerando que o programa pode ser utilizado tanto por pessoas
com TOC quanto usuários saudáveis, definiu-se não ser
imprescindível que os participantes apresentassem sintomas de
TOC. Os critérios de inclusão foram: (a) ter entre 18 e 60 anos; (b)
saber utilizar um computador; (c) ter acesso a um computador com
Internet para receber e enviar os arquivos; e (d) ter o Microsoft
Excel instalado em seu computador.

Resultados
Com relação ao tempo médio utilizado em cada página, em geral
foram proporcionais com a quantidade de informação presente na
tela ou nível de atenção necessário para realizar o que era solicitado.
O nível de satisfação com o programa foi considerado adequado,
ficando com média acima de 8 para todos os módulos, com base em
resultados negativos de outros estudos (Christensen, Griffiths,
Mackinnon, &Brittliffe, 2006; Ellis, Campbell, Sethi, &O'Dea,
2011), é possível considerar que o programa tem um bom potencial
de aceitação e que não são necessárias alterações maiores. O único
critério da usabilidade que ficou abaixo de 80% de aceitação dos
usuários foi a satisfação com o módulo 1, cuja explicação pode ser a
falta de familiaridade inicial com o software ou a falta de
atratividade visual relatada por grande parte dos usuários.  Tem-se
sugerido que intervenções sem acompanhamento mínimo de um
terapeuta tendem a ser menos efetivas (Newman et al., 2011). Em
geral os tratamentos tradicionais para TOC tem duração mínima de
quatro semanas quando são intensivas (Foa et al., 2005) e não
encontramos estudos que tenham avaliado a influência isolada da
psicoeducação na redução de sintomas do TOC. Deve-se considerar
que os usuários possam simplesmente ter aprendido a avaliar melhor
seus sintomas. Este também seria um avanço importante em termos
de saúde pública, pois um dos objetivos das intervenções
autoadministradas é justamente empoderar os pacientes, torná-los
mais autônomos, conhecedores da sua condição e responsáveis pelo
seu tratamento.

Ansiedade, depressão e desesperança em pacientes com


5- Artigo: Título
doença pulmonar obstrutiva crônica

Autor RossaneFrizzo de Godoy

Revista Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 1089-1102

Ano 2013

Avaliar o impacto do programa de reabilitação pulmonar (PRP)


sobre os níveis de ansiedade, depressão e desesperança de
Objetivo
pacientes com DPOC, por meio da logoterapia.

Método Pesquisa de Campo

Três instrumentos de medida: Inventário Beck de Ansiedade,


Inventário Beck de Depressão e Escala de Desesperança de
Instrumento
Beck.

Participaram deste estudo 17 pacientes foram avaliados no início


e ao final do PRP (52,9% homens), idade média de 64,5±8,1
Participantes
anos.

Ansiedade e depressão foram constatadas em 29,4% da amostra;


desesperança em 41,1%. Na comparação entre pré e pós testes,
os resultados foram os seguintes: ansiedade (p=0,002); depressão
Resultados
(p=0,001); desesperança (p=0,03). Conclusões: a realização do
PRP mostrou-se efetiva para reduzir os níveis de ansiedade,
depressão e desesperança dos pacientes.
Avaliação da intervenção cognitivo-comportamental em
6- Artigo: Título gestão do stress em pacientes com fadiga oncológica, em
radioterapia

Autor Cláudia Ng Deep; Isabel Leal; IvonePatrão

Revista Saúde Soc. São Paulo, v.23, n.1, p.293-301

Ano 2014

Objetivo Não se aplica

Método Estudo Exploratório

Quanto aos instrumentos, recorreu-se a um Questionário de


Caracterização Sociodemográfica construído para o efeito e
composto por itens que avaliam características sociais,
demográficas e clínicas, tendo por base a revisão da literatura:
idade, estado civil, escolaridade, género, raça/etnia, ambiente
familiar e situação econômica, empregabilidade, medicação
atual, tipo de radioterapia, tipo e localização do tumor atual,
doenças oncológicas anteriores, outras doenças anteriores e
como foram emocionalmente vivenciadas. Recorreu-se ao
Instrumento Termômetro Emocional – TE composto por sete itens que
avaliam níveis de sofrimento emocional, ansiedade, depressão,
revolta, impacto e duração dos sintomas bem como o nível de
ajuda que a pessoa percebe necessitar. Ainda usou a Escala de
Ansiedade, Depressão e Stress (Eads 21) validada por Pais-
Ribeiro e colaboradores (2004) que avalia ansiedade, depressão e
stress em sete itens (em cada subescala). Por último usou-se a
Escala de Percepção e Satisfação com o Suporte Social (ESSS)
validada por Pais-Ribeiro (1999); avalia o suporte social
percebido e grau de satisfação inerente, em 15 itens.

Participantes
O grupo experimental (GE) é composto por 35 sujeitos com
fadiga oncológica no início da radioterapia, predominantemente
do sexo feminino com idades entre 32 e 80 anos (média = 60,54
anos). O grupo de controlo (GC) é composto por 35 sujeitos com
fadiga oncológica no início da radioterapia, predominantemente
do sexo feminino com idades entre 40 e 86 anos (média = 60,83).
Em ambas as amostras, a maioria é casada, caucasiana, com
escolaridade básica. Avalia o ambiente familiar como favorável,
com estabilidade socioeconômica (não estando empregada por
estar em idade de reforma ou pré-reforma). Ambas as amostras
referem estar a tomar medicação psiquiátrica e/ou outro tipo de
medicação com regularidade e estar em radioterapia curativa,
sendo o tumor atual mais presente o da mama, seguindo-se o do
sistema genital e urinário. Referem que sendo está a 1a patologia
oncológica, já sofreram outras doenças físicas graves
vivenciadas “nervosamente” ou “muito nervosamente”.

Apresentam-se os resultados relativos a padrões de regulação


emocional, percepção e satisfação com o suporte social após
intervenção cognitivo-comportamental em gestão do stress
(IGSCC) em pacientes em radioterapia com fadiga oncológica.
Compara-se o grupo de controlo (n=35 radioterapia sem IGSCC)
e o grupo experimental (n=35 radioterapia com IGSCC) no
início e fim do tratamento tendo em conta variáveis
sociodemográficas, Escala de ansiedade, depressão e stress,
Escala de percepção e satisfação com o suporte social e o
Resultados
Termômetro da emoção. No grupo experimental, após IGSCC,
há descida significativa (p˂.001) da ansiedade, depressão e
stress e aumento da percepção e satisfação com o suporte social.
No grupo de controlo há subida significativa (p˂.001) da
desregulação emocional (ansiedade, depressão e stress) e subida
da insatisfação com o suporte social. Salienta-se a eficácia da
IGSCC sobre estados emocionais e percepção e satisfação com o
suporte social em pacientes em radioterapia e com fadiga
oncológica.

Efetividade de Terapias Cognitivo-Comportamentais em


7- Artigo: Título Grupo para o Transtorno de Pânico: Revisão Sistemática e
Meta-análise

Autor Tárcio Soares; Jéssica Camargo; Adolfo Pizzinato

Revista Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn., 2013, Vol. XV, nº 1,50-82
Ano 2013

O presente estudo objetivou avaliar, por meio de técnicas de


meta-análise, a efetividade das terapias cognitivo-
Objetivo
comportamentais em grupo para otranstorno de pânico.

Método Revisão Sistemática e meta-análise

Foram feitas buscas bibliográficas em LILACS, PsycINFO, ISI e


Pubmed. Foram calculados tamanhos de efeito de Hedges (g)
intragrupos em sintomas de pânico e ansiedade, agorafobia e
Instrumento
depressão. Utilizou se um modelo de efeitos aleatórios para
estimar os tamanhos de efeito sumários e o viés de publicação foi
calculado.

Participantes Não se aplica

A busca resultou em 22 artigos de 14 estudos diferentes.


Encontraram-se tamanhos de efeito sumário grande para
sintomas de pânico e ansiedade (g=1,39), moderado para
Resultados sintomas depressivos (g=0,79) e grande para sintomas
agorafóbicos (g=0,92). Os resultados sugerem que essas terapias
são efetivas para o transtorno de pânico e se constituem em uma
alternativa interessante de tratamento.

8- Artigo: Título Fatores psicológicos da obesidade e alguns


apontamentos sobre a terapia cognitivo-
comportamental

Autor Ana Carolina Rimoldi de Lima;


Angélica Borges Oliveira

Revista Mudanças – Psicologia da Saúde

Ano Jan- Jun 2016

Objetivo É investigar os fatores psicológicos da obesidade


bem como os fatores psicológicos do
emagrecimento dentro da abordagem Terapia
Cognitivo Comportamental.

Método Estudo exploratório, de caráter qualitativo e


quantitativo.

Instrumento Entrevista estruturada adaptada do Livro de Tarefas


pense magro: programa de seis semanas de dieta
definitiva de Beck (Beck 2009), o Inventário de
Ansiedade de Beck. – BAI, o Inventário de
Sintomas de Stress de Lipp – ISSL.

Participantes 10 participantes, 8 do sexo feminino e 2 do sexo


masculino, todos brasileiros, idade entre 31 e 57
anos, participantes de um grupo aberto de
acompanhamento para emagrecer em uma
Estratégica de Saúde da Família (ESF), de uma
cidade de Goiás.

Resultados Foi feita uma avaliação com a amostra quanto aos


seguintes aspectos: dados sociodemográficos;
entrevista sobre padrões cognitivos,
comportamentais e afetivos relacionados à
alimentação; uma medida de ansiedade (BAI); uma
medida de depressão (BDI); e uma medida de
estresse (ISSL), conforme a descrição que se segue.
A amostra foi composta por 10 (dez) participantes,
sendo 08 (oito) do sexo feminino e 02 (dois) do
sexo masculino, todos brasileiros, idade entre 31 e
57 anos, 02 (dois) com nível superior completo, 01
(um) com pós-graduação, 01 (um) cursando nível
superior, 05 (cinco) com ensino fundamental
incompleto e 01 (um) com ensino médio.

Desses participantes, 50% não concluíram o ensino


fundamental, não tem uma formação profissional, e
como consequência possuem uma baixa renda
familiar.
Da amostra selecionada, 80% dos participantes
tentaram emagrecer mais de uma vez e desses,
todos recuperaram todo o peso perdido ou parte
dele em menos de um ano. Quanto à satisfação em
relação ao peso e forma físicas atuais, 60% dos
participantes não têm nenhum grau de satisfação e
40% têm um grau moderado de satisfação. Quanto
à autoestima, ansiedade e episódios de alimentação
compulsiva relatados, 70% dos entrevistados
relataram baixa autoestima, atribuindo como causa
desta o excesso de peso e o preconceito familiar;
80% dos participantes se consideram ansiosos, quer
seja por problemas pessoais ou por causa de
problemas no trabalho; 50% dos participantes
relataram que costumam comer compulsivamente e
destes, todos apresentam o sentimento de culpa
após este ato.
Dessa forma através da literatura os autores
confirmam a correlação entre obesidade e
estressores psicossociais, baixa autoestima e
ansiedade, assim como a ocorrência de insatisfação
com a imagem corporal em indivíduos obesos. A
não aceitação social da obesidade, apontada pela
amostra como uma das causas de sua baixa
autoestima.
Evidencia-se também que a amostra estudada
relatou a ocorrência de episódios de compulsão
alimentar, os quais são seguidos por culpa, uma vez
que evidenciam tal contradição e a frustração de
expectativas pessoais e sociais. Apesar de não ter
sido feita uma avaliação específica deste quesito de
acordo com os critérios do DSM-V, ainda assim
este dado mostra-se relevante, uma vez que obesos
com TCAP apresentam mais sofrimento subjetivo,
maior incidência de recaídas, mais comorbidades
psiquiátricas e mais prejuízos funcionais. A
proporção de 50% dos participantes da amostra
relatando episódios de compulsão alimentar
também se enquadra nas estatísticas apresentadas
(APA, 2014).
Intervenção cognitivo-comportamental em grupo para
9- Artigo: Título ansiedade: avaliação de resultados na atenção primária
Autor Keila Marine Pedrosa; Gleiber Couto; RoselmaLuchesse

Revista Psico Psicologia: teoria e prática, Psicol. teor.


Revista prat. vol.19 no.3 São Paulo dez. 2017

Ano Dez 2017

Objetivo Avaliar a efetividade de um grupo terapêutico fundamentado na


Terapia Cognitivo-Comportamental no atendimento à pessoa
com transtorno de ansiedade na rede de atenção primária à saúde.

Método Análises estatísticas fundamentadas no método proposto por


Jacobson e Truax (JT)

Instrumento Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e da Escala de


Ansiedade de Hamilton. Análises estatísticas fundamentadas no
método proposto por Jacobson e Truax (JT)

11 mulheres que procuraram atendimento na Unidade Básica de


Participantes Saúde (UBS) entre 20 a 49 anos de idade.Na data da coleta de
dados, 25% eram solteiras, 8,33%, casadas e 66,67%,
divorciadas. Quanto à escolaridade, 75% tinham cursado o
ensino fundamental, 16,66%, o ensino médio e 8,33%, o ensino
superior. A respeito da profissão, a maioria (58,33%) era do lar,
ao passo que as demais estavam distribuídas equitativamente
entre estudantes, manicures, serviço gerais, merendeiras e
vendedoras (8,33%).

Resultados O primeiro passo foi verificar os índices de ansiedade presentes


na amostra, na pré-intervenção. Observou-se, na pós-
intervenção, que as participantes revelaram uma concentração
maior no nível mínimo e leve, e não houve resultado para o
máximo e grave.
Tendo em vista as insinuações de evolução do grupo mostradas
pelos resultados das estatísticas descritivas, pretendeu-se a
analisar as melhoras no quadro de ansiedade, caso a caso.
Pôde-se notar que 10 das 11 integrantes apresentaram mudança
positiva confiável, ou seja, as mudanças podem ser atribuídas à
intervenção. Esse resultado mostrou que a intervenção foi
efetiva, produzindo melhora para quase todos os indivíduos que
a receberam. Apenas para o sujeito 6, apesar de ter obtido
redução dos escores de ansiedade (de 11 para 4), essa melhora
não pôde ser atribuída ao tratamento, pois os escores o
posicionaram dentro da faixa de incerteza para mudança
confiável.
Ainda foi possível analisar que, para os indivíduos 5 e 7, houve
mudança clinicamente significativa. Os dados revelaram que a
intervenção proporcionou mudanças suficientes para retirá-los do
grupo da população disfuncional, que necessita de intervenção, e
elevá-los à condição de população funcional.
Notou-se também que os indivíduos 3 e 11 se posicionaram no
limite inferior da faixa de incerteza para significância clínica.
Igualmente, embora tenham se beneficiado da intervenção ao
reduzirem os sintomas de ansiedade, as participantes 1, 2, 4 e 10
não apresentaram suficiente mudança, clinicamente significativa,
para retorná-las à condição de população funcional.
Destaca-se que as participantes 8 e 9 obtiveram um escore inicial
alto e que permaneceu dessa forma, mesmo depois da
intervenção. Para elas, apesar da melhora alcançada com a
intervenção (de 49 para 27 e de 49 para 25, respectivamente),
podem ser consideradas novas estratégias de tratamento, a
exemplo da farmacoterapia combinada com a modalidade
individual de terapia cognitiva e comportamental.
Nesse caso, também foi possível notar que 10 das 11
participantes apresentaram mudança positiva confiável. A
participante 6 obteve escores dentro da faixa de incerteza, mas a
partir do julgamento clínico do profissional.
Também considerando os dados disponíveis para a HAM-A,
houve modificações clinicamente significativas para os sujeitos
1, 2, 3, 5, 7, 8, 10 e 11. Segundo o julgamento clínico do
profissional, as mudanças apresentadas pelos sujeitos depois da
intervenção os deslocaram para a população funcional; portanto,
não há a necessidade de outras intervenções.
Ressalta-se que apenas as participantes 4 e 9, apesar de a
intervenção ter diminuído os sintomas de ansiedade (de 35 para
28 e de 44 para 35, respectivamente), não apresentaram mudança
clinicamente significativa; elas foram inicialmente avaliadas com
muitos sinais e sintomas de ansiedade que, mesmo após a
intervenção, continuaram clinicamente evidentes.

10- artigo: Título Características básicas do transtorno de ansiedade


generalizada
Autor Antonio W. Zuardi 1

Revista Suplemento Temático: Psiquiatria I Capítulo 5


Ano Fev 2016

Caracterizar o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)


Objetivo com ênfase em seu diagnóstico e tratamento.

Método Estudo de Caso

Instrumento Não se aplica

Uma senhora de 30 anos, casada e mãe de um filho de 2 anos,


Participantes procura atendimento numa Unidade Básica de Saúde

Resultados Desdobramento da intervenção

11 – Artigo: Título O papel da ansiedade na (dis)função sexual

Autor Bárbara Braga de LucenaI ;Carmita Helena Najjar Abdo

Revista Diagn Tratamento

Ano 2013

Objetivo Não se aplica

Método Revisão Bibliográfica

Instrumento Não se aplica

Participantes Não se aplica


Resultados Os resultados demonstraram que, além dos altos níveis de
ansiedade relacionada ao desempenho, os problemas de
comunicação também contribuíam para o surgimento da DE. Em
mulheres, um estudo turco mostrou que a dor pélvica crônica
está positivamente relacionada com a ansiedade. Mais
recentemente, a ansiedade na fase de excitação também foi
associada à dispareunia. Uma revisão de literatura evidenciou
que mulheres com transtornos do desejo sexual são mais
preocupadas e ansiosas do que mulheres com bom
funcionamento sexual. Katz e Jardine corroboraram este achado,
concluindo que a ansiedade está intimamente relacionada com a
falta de desejo e aversão sexual. Embora a ansiedade também
influencie a disfunção de orgasmo, van Minnen e Kampman
concluíram que os problemas sexuais das pacientes com
ansiedade são mais frequentes na primeira fase do ciclo de
resposta sexual (o desejo). Nesse estudo, a qualidade da relação
conjugal das pacientes era satisfatória, indicando que os
problemas sexuais eram desencadeados pela ansiedade e não por
problemas conjugais. Experimentos sugerem que, sob certas
condições, a ansiedade facilita a excitação sexual genital. Como
exemplo, Hoon e cols. e Palace e Gorzalka concluíram que a
ansiedade induzida melhorou a vaso congestão genital por meio
de estímulos eróticos. Mais recentemente, outro experimento
revelou que mulheres com ansiedade leve ou moderada têm
significativamente mais pulsação vaginal do que mulheres sem
ansiedade ou com ansiedade grave. Assim, as autoras concluíram
que um pouco de ansiedade auxilia a excitação feminina. Desse
modo, para a excitação sexual, a ausência de ansiedade pode ser
tão prejudicial quanto a ansiedade grave.
Uma alta prevalência de DS tem sido relatada em pessoas com
ansiedade.13 Dunn e cols.24 constataram que 34% dos homens e
41% das mulheres tinham alguma DS. Entre os participantes,
21% tinham ansiedade moderada ou grave. Os homens com
ejaculação precoce tinham 2,5 mais chances de ter ansiedade
grave. Entre as mulheres, a ansiedade foi associada a maior risco
(oddsratio, OR) para disfunção de excitação (OR = 3,5),
disfunção de orgasmo (OR = 2,0), inibição do desejo (OR = 2,3),
secura vaginal (OR = 1,8), e dispareunia (OR = 4,5). Em se
tratando de mulheres na menopausa, Schantz e cols.28
demonstraram que entre as pacientes que referiam diminuição do
desejo sexual, a prevalência de ansiedade era de 76,7% contra
45,7% das que não relatavam diminuição do desejo (P < 0,02). A
prevalência de transtornos de ansiedade varia de 2,5% a 37% em
homens portadores de disfunção erétil (DE).29,30 Em pacientes
com EP, estima-se que 25% deles tenham fobia social.31 Apesar
da correlação entre EP e fobia social ser aceita, também há
relação entre ejaculação retardada e fobia social. Bondiger e
cols.,32 por exemplo, encontraram 33% de ejaculação retardada
em homens com fobia social. Entretanto, o papel específico da
ansiedade no funcionamento sexual masculino permanece
incerto.
Kaplan 33 encontrou grande prevalência do transtorno de pânico
em pacientes afetados pela aversão sexual. A autora mostrou que
25% dos pacientes tinham transtorno de pânico e outros 25%
tinham sintomas característicos da síndrome do pânico (sem os
ataques de pânico) e sugeriu uma prevalência de 75% de DS em
pacientes com transtorno de pânico. Dettòre e cols.34 mostraram
que pacientes com transtornos de ansiedade tinham maior risco
de apresentar DS do que os controles (indivíduos sem qualquer
transtorno de ansiedade). Segundo Kendukar, 35, metade dos
pacientes com TOC tem DS, enquanto 64% dos pacientes com
TAG têm DS. Outro trabalho36 apontou que 73% dos pacientes
com TOC estavam insatisfeitos com sua função sexual, enquanto
para Staebler e cols. 37 essa porcentagem foi de 59%. Conforme
se pode observar, alguns estudos relacionam DS com sintomas e
estado de ansiedade em geral, enquanto outros relacionam as DS
com transtornos de ansiedade específicos. De modo geral, as
prevalências são elevadas, independentemente do tipo de
ansiedade e de DS estudadas.

Adaptação e Avaliação de uma Intervenção Cognitivo-


12- Artigo: Título Comportamental para Meninos Vítimas de Violência Sexual

Jean Von Hohendorff; Roberta Salvador-Silvab; Rosiane de


Autor Andradec, Luísa Fernanda Habigzangb& Silvia Helena Kollera

Revista Psicologia: Reflexão e Crítica

Ano 2014

Objetivo Objetivou-se adaptar, aplicar e avaliar um modelo de intervenção


cognitivo-comportamental para meninos vítimas de Violência
Sexual (VS).

Método Estudo de Caso

Entrevista Semi-Estruturada Inicial; Escala de Atribuições e


Percepções de Crianças (CAPS; Mannarino, Cohen, &Berman,
1994, traduzida por Habigzang, 2006); Escala que mensura
Instrumento crenças e atribuições distorcidas relacionadas à VS em crianças e
adolescentes; Inventário de Depressão Infantil (CDI; Cunha,
2001); Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional MINI para
Crianças e Adolescentes (Sheehan, Shytle, Milo, &Janavs,
2009); Escala de Estresse Infantil (ESI; Lipp& Lucarelli, 1998);
Inventário de Ansiedade Traço-Estado para Crianças (IDATE-C;
Biaggio &Spielberger, 1983); Entrevista Estruturada com Base
no DSM IV/ SCID (Del Bem et al., 2001, adaptada por
Habigzang, 2006); Ficha de Avaliação dos Relatos da
Intervenção.

Participaram do estudo três meninos (oito, 10 e 16 anos) vítimas


Participantes de VS. Os participantes foram encaminhados pelos Conselhos
Tutelares (CT) e atendidos em dois centros de atendimento a
vítimas de VS da região metropolitana de Porto Alegre. Os
critérios de inclusão foram: presença de, no mínimo, um episódio
de VS intra ou extrafamiliar, sexo masculino e idade entre oito e
16 anos. Os critérios de exclusão foram: presença de sintomas
psicóticos e/ou retardo mental, sendo que nenhum dos
participantes encaminhados possuía tais características. A seguir
é apresentado um breve relato com as principais informações de
cada caso, as quais são complementadas pelas informações da
Tabela 1.
O participante A, 16 anos, foi encaminhado para avaliação
psicológica após notificação efetuada por uma tia alegando que o
menino cometeria VS contra o irmão (oito anos). O participante
confirmou a ocorrência de VS contra o irmão e relatou que
também havia sido vítima, justificando sua inclusão neste estudo.
Ele foi encaminhado para acolhimento institucional como
medida protetiva referente à VS perpetrada contra o irmão. O
participante B, oito anos, foi encaminhado para avaliação
psicológica após notificação efetuada pela tia, a quem o menino
relatou a VS perpetrada pelo irmão de 16 anos (participante A).
O participante C, 10 anos, foi encaminhado para avaliação
psicológica após notificação realizada por sua avó, a qual
possuía a guarda do menino. Mesmo após a notificação, o
agressor (16 anos), que era amigo da vítima e brincavam juntos,
permaneceu morando em frente à casa do menino, sendo que não
houve mais contato, ou seja, não brincaram mais juntos.

Resultados Avaliação Inicial e Final: Os três participantes não apresentaram


sintomas de Dependência/Abuso de Álcool, Dependência/Abuso
de Substância/Não Álcool e TDO, avaliados por meio da
entrevista MINI. Ao analisar os demais escores dos participantes
nas avaliações inicial e final, percebe-se que estes diferiram,
embora não se possa afirmar se houve diminuição ou aumento
significativo no número de sintomas devido à impossibilidade de
se realizar análises estatísticas (Tabela 2).
Avaliação da Aplicação do Modelo Adaptado: O modelo
adaptado foi avaliado por três juízes independentes a partir dos
relatos produzidos após sua aplicação por meio dos indicadores
intervalares (i.e., Aliança Terapêutica, Participação nas Sessões e
Respostas às Técnicas Empregadas) e categóricos (i.e., Estrutura,
Objetivos e Tarefas de Casa) da ficha de avaliação dos relatos da
intervenção. A análise de concordância entre juízes para os
indicadores intervalares foi realizada por meio do cálculo do
Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI; Fleiss, &Shrout,
1978; McGraw & Wong, 1996). Na Tabela 3, estão apresentados
os resultados dessa análise. Verificou-se homogeneidade
significativa entre as avaliações dos juízes em todos os subitens
do indicador Aliança terapêutica: Vínculo de Confiança, Relação
de Trabalho e Postura do(a) Psicoterapeuta; e no subitem Auto
revelação do indicador Participação nas Sessões (98% de
concordância). Nos demais indicadores não houve
homogeneidade significativa.
Embora o CCI permita verificar se há homogeneidade entre
avaliações de diferentes juízes, ele não permite identificar se a
avaliação dos juízes é favorável ou desfavorável aos itens.
Assim, foram calculadas as médias e os desvios padrão de cada
um dos indicadores e de seus subitens (ver Tabela 4).
A análise das médias para cada um dos indicadores revelou que
elas foram próximas ao escore máximo possível na escala de
cinco pontos. O indicador Participação nas Sessões foi o que
obteve maior média, seguido dos indicadores Aliança
Terapêutica e Resposta às Técnicas Empregadas. A análise dos
indicadores Estrutura, Objetivos e Tarefas de Casa foi realizada
por meio do cálculo da porcentagem de concordância entre os
três juízes. Optou-se por tal análise devido ao tipo de variável
(categórica – “Sim”, “Parcialmente”, e “Não”) e da pouca
variabilidade entre as avaliações – fato que pode estar
relacionado ao reduzido número de casos avaliados (i.e., três). A
porcentagem de concordância entre juízes para cada indicador
em cada sessão foi calculada por meio do somatório do total de
vezes em que houve concordância entre as avaliações,
considerando o número máximo de vezes em que os juízes
poderiam concordar (nove – três juízes x três participantes). As
porcentagens de concordância para cada sessão em cada um dos
indicadores estão apresentadas na Tabela 5.
O indicador Estrutura, no qual foi avaliado se o(a) psicoterapeuta
seguiu a estrutura de uma sessão TCC, foi o que obteve as
maiores porcentagens, variando de 78% a 100%, de
concordância nas avaliações. Já o indicador Objetivos, no qual
foi avaliado se ao final de cada sessão foi possível observar que
os objetivos propostos de acordo com o modelo adaptado foram
alcançados, obteve concordâncias entre 44% e 100%. O
indicador Tarefas de Casa, no qual foi avaliado se as tarefas de
casa propostas foram realizadas pelos participantes, obteve as
menores porcentagens de concordância. Após analisar a
porcentagem de concordância entre os juízes, buscou-se verificar
se as avaliações dos juízes foram favoráveis (“Sim”,
“Parcialmente”) ou desfavoráveis (“Não”) a cada indicador
analisado. Tal análise foi realizada com o objetivo de
complementar a análise das porcentagens de concordância por
meio da construção de gráficos de frequência de respostas para
cada sessão em cada indicador (Figura 1).
A análise do indicador Estrutura revelou que todas as dezesseis
sessões obtiveram número superior de avaliações “Sim”. O
indicador Objetivos revelou que somente as sessões seis e nove
não obtiveram número superior de avaliações “Sim”, enquanto as
sessões 12 e 15 obtiveram somente respostas “Sim”, ou seja, os
três juízes concordaram plenamente (100%) que os objetivos
foram alcançados. A análise do indicador Tarefas de Casa foi
realizada somente para as sessões cinco e seis, pois somente
essas possuíam tarefas de casa. Os resultados obtidos revelam
que houve predomínio de respostas “Não” na sessão cinco, além
de respostas “Parcialmente” e “Sim”. A porcentagem de
concordância para as avaliações dessa sessão foram de 89%.
Com relação à sessão seis, os resultados indicaram que houve
predomínio de respostas “Sim”, seguido de repostas
“Parcialmente” e “Não”, com porcentagem de concordância de
44%.

13- Artigo: Título Atendimento psicoeducativo em grupo para mulheres no


pós-parto: relato de experiência

Autor Aline Melo-de-Aguiar; Talita Maria Nunes de Aguiar; Maria


Lucia Seidl-de-Moura; Deise Maria Leal Fernandes Mendes

Revista Aletheia

Ano 2013

Objetivo Este relato de experiência tem por objetivo abordar uma


metodologia de atendimento psicoeducativo em grupo para
mulheres no pós-parto de bebês nascidos a termo e prematuros
baseada na prática em psicologia clínica de duas das autoras. O
atendimento em grupo de mães tem como bases teóricas a
Psicologia Evolucionista (PE) e a Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC). A primeira fornece referencial
conceitual para a compreensão do processo de desenvolvimento
e do que é um bebê humano, e a segunda, a metodologia para o
atendimento às mães. As mães relataram diminuição da
ansiedade ao participarem dos grupos, bem como do sentimento
de solidão por entenderem que suas angústias também
aconteciam com outras mulheres. Esse é um estudo inicial, em
que não foram aplicados instrumentos para uma avaliação mais
objetiva da redução de ansiedade. Desse modo, estudos
controlados precisam ser desenvolvidos para testar a validade da
proposta de atendimento psicoeducativo no pós-parto.

Método A metodologia aplicada utiliza de relatos de experiência,


dinâmicas de grupo, aulas expositivas, discussão de temas e
leituras indicadas baseadas nos temas levantados para discussão.
Como apoio adicional, há um grupo de discussão virtual para que
as mães possam “dialogar” e discutir o tema que será tratado no
encontro. Desse modo, há um apoio constante e não somente
quando há o encontro presencial (que pode variar desde
encontros semanais a encontros mensais, de acordo com a
disponibilidade do grupo).

Instrumento Leituras, recursos da mídia, atendimentos grupais, trabalhos


psicoeducativos.

O grupo é composto por, no máximo, seis participantes, é aberto,


Participantes com participação voluntária, os temas discutidos são sugeridos
pelas mães, e a frequência é, em média, de dois atendimentos, de
duas horas cada, por mês.

Resultados Como resultados encontrados na realização dos grupos, são


apontados: maior busca de informação por parte dos pais,
participação mais ativa dos pais no tratamento, melhor interação
dos pais com a equipe e com outros pais que se encontram na
internação, mais segurança dos pais para interagir com seus
bebês (Ferreira, Sakita, Juferst & Ceccon, 2009). Em relação aos
temas tratados nos grupos descritos nos estudos encontram-se: o
relacionamento entre equipe e familiares, normas e rotinas
hospitalares, sobrecarga emocional dos familiares, necessidade
de estar com o filho, reflexões sobre sentimentos maternos,
dentre outros (Duarte, Dittz, Noely e Silva & Rocha, 2013;
Santos et. al. 2012; Ferreira, Sakita, Juferst&Ceccon, 2009).
Estudo de Nicolau e Glazebrook (2008) aponta que as
necessidades de apoio emocional dos pais na internação mudam
a cada momento, de tal maneira que nem sempre os pais
necessitarão do suporte. Assim, o profissional responsável pelo
programa de apoio deve estar atento a essas demandas e procurar
conferir ao atendimento as características de flexibilidade,
variação de temáticas e possibilidade de ser sustentável. Com a
realização dos grupos ocorre uma diminuição da ansiedade dos
pais que ficam, muitas vezes, pesquisando sobre o quadro similar
ao do filho, e chegam a gastar de 10 a 20 horas semanais na
coleta de informações, seja com a equipe ou na Internet (Brazy et
al., 2001). Assim, o grupo, principalmente o multidisciplinar,
sistematiza essa procura dos pais, diminui a ansiedade e até
possíveis fantasias dos mesmos.

14- Artigo: Título Terapia cognitivo-comportamental em pacientes


neurológicos: uma revisão sistemática

Autor Camila Rosa de Oliveira; Irani Iracema de Lima Argimon;


Tatiana QuartiIrigaray; Allana Almeida Moraes; Neri Maurício
Piccoloto.

Revista Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. Vol


XVII, n.1

Ano 2014

Objetivos O objetivo dessa revisão sistemática foi o de veri ficar a


aplicabilidade da TCC em pacientes com AVC, TCE e epilepsia.

Método Revisão Bibliográfica.

Instrumento PUBMED, LILACS, Scielo Brasil, SCOPUS, PsycINFO e


EMBASE e uso de Fluxograma

participantes Não se aplica

Resultado O tempo de duração da TCC se mostrou variar de 7 a 16 sessões.


Em paciente com AVC foram identi ficadas melhorias nos
sintomas depressivos, de fadiga e ansiedade. Em pacientes
epiléticos não foram identi ficadas melhorias nos sintomas de
humor, mas foram identi ficadas melhorias nos sintomas de
crises epiléticas. Em pacientes com quadros neurológicos foram
identi ficadas melhoria na percepção da qualidade de vida e
identificação de comportamentos e pensamentos mal adaptativos.
Em pacientes com TCE foram identi ficados melhorias nos
sintomas de ansiedade e TOC, mas não nos sintomas
depressivos. Em todos os casos há variações conforme a técnica
escolhida.

15- Artigo: Título Instrumento de apoio para a primeira entrevista em


psicoterapia cognitivo-comportamental

Autor Sheila Giardini Murta; Sheila Giovana Morais Rocha

Revista Psicologia clínica, Vol. 26; n.2

Ano Jul/Dez; 2014.

Objetivo Este artigo tem por objetivo apresentar um instrumento para uso
por estagiários de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental na
primeira sessão individual na forma de uma lista de checagem.

Método Não se aplica.

Instrumentos IAPEC-TCC (Um composto de 24 itens em formato de checklist


e 4 em formato de perguntas abertas).

Participantes Não se aplica.

Resultado O IAPEC-TCC parece ser útil como instrumento de


aprendizagem e quando associado à supervisão e à prática
contínua, favorece a autonomia do terapeuta iniciante, reduz sua
ansiedade e promove a qualidade de seu trabalho. Estudos
futuros são necessários para uma avaliação mais profunda.

16- Artigo: Título Terapia cognitivo-comportamental em pacientes


com púrpura idiopática

Autor Tatiane Fidelis da Silva

Revista Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

Ano 2016

Objetivo Neste estudo, objetivou-se tratar, por meio da terapia cognitivo-


comportamental, o transtorno de ansiedade de pacientes que se
encontram em tratamento médico, cujo diagnóstico é de púrpura
idiopática.

Método Relato de experiência

Instrumento IAPEC-TCC (Um composto de 24 itens em formato de checklist


e 4 em formato de perguntas abertas).

Participantes Não se aplica

Resultados O IAPEC-TCC se mostrou útil para reduzir a ansiedade e a


insegurança referente a supervisão. Para melhorar o julgamento
do ‘’que‘’ e ‘’como’’ fazer perguntas e outros comportamentos
durante a sessão. Bem como melhorar a autonomia e tornar a
sessão mais fluída. Quando associado a supervisão e prática
continua. Se mostrou útil como instrumento de aprendizagem
para o terapeuta iniciante promovendo a qualidade de seu
trabalho. Estudos futuros são necessários para uma avaliação
mais profunda.
17- Artigo: Título As terapias cognitivo-comportamentais no tratamento da
bulimia nervosa: uma revisão

Autor Tatiana A. Bertulino da Silva; Flávia Maria de Nassar de


Vasconcelos; Rosana Christine Cavalcanti Ximenes; Thiago
Pacheco de Almeida Sampaio; Everton Botelho Sougey

Revista Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Ano 2015

Objetivo Realizar uma revisão na literatura sobre a utilização da terapia


cognitivo-comportamental (TCC) no tratamento da bulimia
nervosa entre 2009 e 2013.

Método Revisão Bibliográfica

O presente estudo foi desenvolvido a partir da busca de artigos


Instrumento nas bases de dados eletrônicas SciELO, PubMed e PsycInfo,
utilizando como palavras-chave “CBT” X “bulimia nervosa”.
Foram considerados os artigos publicados nos últimos cinco anos
até o dia 3 de novembro de 2013, escritos em língua inglesa,
espanhola ou portuguesa. No total, foram encontrados 161
artigos.
Os artigos foram selecionados utilizando uma metodologia de
revisão bem estruturada, baseada nos princípios do PRISMA
(PreferenceReportingItems for Systematic Reviews and Meta-
Analyses).
Para a análise dos artigos, foram considerados alguns critérios de
inclusão e de exclusão:
• – Critérios de inclusão: artigos que pesquisaram a
intervenção em bulimia nervosa utilizando algum tipo de terapia
cognitivo-comportamental.
• – Critérios de exclusão: foram excluídos artigos em que o
foco não era o tratamento da bulimia nervosa com a terapia
cognitivo-comportamental, bem como artigos teóricos ou de
revisão e artigos que não deixavam claro qual transtorno
alimentar estava sendo tratado.
Seguindo os critérios acima, os artigos passavam pelos seguintes
passos:
1. Leitura dos títulos dos artigos encontrados na busca.
2. Leitura dos resumos dos artigos selecionados pelo título,
para verificar se eram relacionados ao objetivo.
3. Leitura crítica do artigo completo daqueles que
preencheram todos os critérios de inclusão.
4. Busca, nas referências dos artigos selecionados, por
novas bibliografias.
Após esses passos, consideraram-se 20 artigos, os quais foram
selecionados.

Participantes Não se aplica.

Resultados Após as análises e exclusão dos artigos, seguindo o método


PRISMA, foram selecionados 20 artigos. Os artigos selecionados
foram produzidos ou na Europa ou nos Estados Unidos, em
língua inglesa. Os diagnósticos da amostra variaram de
exclusivamente bulimia nervosa (60%) aos que incluíram
pessoas com transtorno de compulsão alimentar (35%), além de
diagnósticos mistos (5%). Os estudos foram, em sua maioria,
realizados em mulheres adultas. A TCC, em sua abordagem
clássica no consultório, foi utilizada em todos os artigos, ora
utilizada individualmente, ora comparada com outras
intervenções (internet, CD-ROM e autoajuda). Encontrou-se
como resultado que a TCC diminui os sintomas de compulsão
alimentar e de purgação, além de oferecer ganhos secundários
aos participantes, como melhora de sintomas depressivos, de
ansiedade e até mudanças na personalidade. As outras
intervenções pesquisadas obtiveram bons resultados na
modificação dos sintomas, demonstrando que há um novo
caminho a ser galgado com essas novas formas de tratamento.

18- Artigo: Título Propriedades psicométricas iniciais do


AcceptanceandActionQuestionnaire - II - versão brasileira
Autor Leonardo Martins Barbosa; Sheila Giardini Murta

Revista Psico-USF

Ano 2015

Objetivo Não se aplica.

Método Estudo Exploratório

O AAQ-II original foi traduzido para o português por quatro


Instrumento pesquisadores independentes, dois especialistas em psicologia
social e dois especialistas em psicologia clínica. As versões
foram comparadas por dois juízes especialistas em psicologia
clínica, que fizeram modificações para obter uma tradução mais
concisa e clara. Por exemplo, três pesquisadores criticaram o uso
conjunto das palavras "preocupo" e "preocupações" no item 3,
mas esses termos foram mantidos para preservar a semelhança
com a versão original; no item 6, dois pesquisadores sugeriram o
uso de "me parece" ou "parece-me", mas o termo "parece" foi
mantido por ser mais utilizado na linguagem cotidiana.
A versão adaptada foi submetida à verificação das evidências de
validade semântica por meio da análise de dois grupos de quatro
estudantes universitários (Pasquali, 2010), mantendo-se todos os
sete itens (Tabela 2). As respostas são dadas de acordo com uma
escala de 7 pontos, entre 1 (nunca) e 7 (sempre), e os escores
finais variam entre 7 e 49. Os itens, originalmente, avaliam
inflexibilidade psicológica, mas as respostas foram invertidas
para facilitar a compreensão dos resultados. Assim, escores mais
elevados indicam maior flexibilidade psicológica.

Participantes O AAQ-II - Versão Brasileira foi respondido por 1.352


estudantes universitários. A coleta de dados para o processo de
verificação das evidências de validade de construto envolveu 834
participantes de oito cidades: Aracaju/SE (n=44 / 5,3%),
Belém/PA (n=141 / 17%), Brasília/DF (n=147 - 17,6%),
Goiânia/GO (n=94 - 11,2%), Rio Branco/AC (n=116 - 14%), Rio
de Janeiro/RJ (n=123 - 14,7%), Unaí/MG (n=141 - 17%) e São
Paulo/SP (n=27 - 3,2%). A coleta para comparar a FP com
escores de outros instrumentos envolveu 518 participantes da
cidade de Brasília. A amostra foi composta por 65,3% de
mulheres e apresentou média de 24,71 anos de idade (DP=7,83).
Resultados As estatísticas descritivas são apresentadas na Tabela 1. A
amostra utilizada para verificar as evidências de validade de
construto do AAQ-II foi coletada em diferentes cidades, por isso
foi maior do que as amostras utilizadas para avaliar as
convergências e divergência do AAQ-II com outros construtos,
coletadas apenas em Brasília. A proporção de homens superou a
de mulheres apenas na amostra em que foram aplicadas as
escalas de resiliência (CD-RISC) e depressão (CES-D). A média
de idade variou entre 20 e 31 anos, indicando representantes
jovens, o que pode ser justificado pela sua composição exclusiva
de estudantes universitários. Por fim, são apresentados escores
médios e desvios-padrão dos cinco instrumentos aplicados.
As análises apresentaram resultados satisfatórios, como mostra a
Tabela 2. A matriz apresentou boa fatorabilidade (KMO=0,87), e
a PC mostrou que apenas o autovalor empírico para um fator
único (λ=3,9) superava o autovalor aleatório correspondente
indicado pela PA (λ=1,13). O fator único extraído pela PAF
apresentou cargas fatoriais acima de 0,3 em todos os itens (0,61 a
0,75), explicando 48,4% da variância. O índice de consistência
interna foi 0,86. A FP média foi 32,54 (DP=8,62), com uma
associação positiva entre idade e flexibilidade (r=0,13; p <
0,001), mostrando uma tendência suave ao aumento da
flexibilidade com o passar dos anos. Homens apresentaram
flexibilidade média [M=34,97, 95% IC (33,9; 36,05), DP=8,39]
superior às mulheres [M=31,43, 95% (30,71; 32,15), DP=8,49],
t(769)=5,32, p < 0,001, d=0,42.
A Tabela 3 apresenta as correlações entre a FP e construtos
indicativos de saúde mental. Os escores do AAQ-II apresentaram
correlações positivas com os instrumentos de saúde geral
(r=0,21) e resiliência (r=0,35) e correlações negativas com os
resultados de depressão (r=-0,62) e ansiedade (r=-0,71). Foram
realizadas correlações parciais entre as medidas e todos os
valores se mantiveram significativos.

19- Artigo: Título Medo de escrever em público: um estudo de caso.

Autor Camilla VolpatoBroering


Revista Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

Ano 2015

Objetivo Este artigo tem por objetivo apresentar intervenções nos


comportamentos problemáticos de um paciente de 38 anos, o
qual relatou experimentar medo de escrever em público.

Método Estudo de Caso.

Instrumento Relatos e Registros do paciente.

Participantes Paciente, 38 anos relata sempre ter sido ansioso.

Resultados É notório, neste caso, que o medo de escrever em público não


existia sozinho. O paciente apresentava este medo aliado a
sensações físicas que lhe deixavam mais ansioso. A partir de um
processo de informação sobre a ansiedade e com a compreensão
do paciente sobre seu processo de ansiedade, e do que ela era
função, ficou simples de entender como ela funcionava.
Utilizando-se de técnicas cognitivo-comportamentais de
relaxamento, treino respiratório, e reestruturação cognitiva, bem
como exposição e hierarquia de medos, o paciente passou a
perceber como seus comportamentos ocorriam, em função de
quê, e pôde controlá-los. É difícilverificar as reais contribuições
de cada técnica emparticular empregada nesse caso. As
sensações fisiológicas aumentavam a resposta de medo e, deste
modo, a interpretação que ele fazia destas respostas
se tornavam negativa, e estabelecia um estado emocional
contínuo de ansiedade. A partir do momento em que ele
aprendeu a se conhecer, e a identificar que ao menor sinal de
ansiedade ele poderia reestruturar seus pensamentos e monitorar
seus comportamentos mesmo que as situações adversas
acontecessem, ele passou a manejar melhor tanto seus
pensamentos quanto seus sentimentos. Entretanto, em vários
pontos do tratamento foi necessário incentivar o paciente a
adotar um estilo mais positivo e racional de pensar, a fim de
fazer com que ele não evitasse as situações temidas. Conforme
fora verificado, o paciente apresentava alta gama de pensamentos
negativos a respeito da avaliação que podia sofrer por parte de
outras pessoas, e este aspecto tem que ser levado em conta nos
tratamentos da fobia social para que se consiga um resultado
efetivo. A conclusão bem sucedida das tarefas terapêuticas e a
manutenção dos ganhos adquiridos podem, consequentemente,
depender em alguma extensão da adequação da estratégia
terapêutica em lidar com estes pensamentos negativos. Medo de
escrever em público: um estudo de caso.

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