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PENSAMENTO DO TIPO “E SE...?

Com frequência, alguns de nossos pensamentos podem tentar predizer que algo ruim está prestes a
acontecer no momento ou no futuro. Em geral eles começam com “E se...” e terminam com um resultado
desastroso.

Frequentemente, também incluem imagens de perigo ou que causam medo. Por exemplo, um homem
com medo de falar em público pode pensar, antes de falar, “E se eu tropeçar nas palavras? E se eu
esquecer minhas anotações? E se as pessoas pensarem que sou um idiota e que não sei sobre o que estou
falando?”. Ele pode ter uma imagem de si mesmo parado, imóvel e ruborizando em frente ao público.
Esses pensamentos são todos em relação ao futuro e predizem um resultado negativo.

Alguém que tem medo de avião ou de dirigir em uma autoestrada pode pensar “E se o avião explodir?”, “E
se eu tiver um ataque de pânico no avião?”, “E se não houver oxigê- nio suficiente no avião para respirar?”
ou “E se eu tiver um acidente de trânsito na autoestrada?”, “E se eu ficar preso em um engarrafamento na
hora do rush, tiver dificuldade em respirar e não conseguir sair da estrada?”. Você pode ver que esses
pensamentos são voltados para o futuro e preveem um perigo ou catástrofe. Eles faria a pessoa pensar
duas vezes antes de entrar em um avião ou pegar uma autoestrada.

Além de ter pensamentos sobre perigo, podemos acreditar que não somos capazes de lidar com a
situação. É aí que podemos sentir ansiedade, quando nossa percepção é de que o perigo com o qual nos
defrontamos é maior de que nossa capacidade de enfrentamento. Pense em como você se sentiria se
alguém pedisse que saltasse do alto de uma pedra enorme e mergulhasse em um lago. Há certo perigo
envolvido, mas, se você está confiante de que sabe mergulhar, que o lago é suficientemente profundo para
que esteja seguro e observou outras pessoas fazerem o mesmo mergulho e parecerem gostar, então você
pode se sentir entusiasmado em vez de preocupado. Isso se dá porque você acredita que é capaz de lidar
com o grau de perigo envolvido. Em vez de focar o perigo, você pode pensar na excitação e na diversão do
momento. No entanto, se não está convencido de que é capaz de mergulhar com segurança e não está
seguro de sua habilidade na natação, provavelmente se sentirá ansioso em vez de entusiasmado na mesma
situação.

A percepção de ameaça varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas têm uma grande sensação de
segurança. Outras se sentem ameaçadas muito facilmente e com fre- quência ficarão ansiosas. Algumas
vezes, isso é decorrência de experiências de vida. Por exemplo, se cresceu em um bairro caótico e
inconstante, você pode concluir que o mundo e as pessoas são sempre perigosos. Nesse caso, sua
capacidade de antecipar o perigo e de compreender a própria vulnerabilidade o ajudou a sobreviver
quando criança. Se você cresceu em um lar perigoso, ser capaz de reconhecer o perigo ou os primeiros
sinais de alerta foi essencial para sua sobrevivência emocional e até mesmo física. Você pode ter
desenvolvido uma habilidade muito sutil de identificar e responder a situações perigosas.

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