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Pense em uma situação recente em que você se sentiu particularmente deprimido. Quais foram os
pensamentos em que você focou nos aspectos negativos e ignorou os positivos, ou, interpretou os
acontecimentos de forma negativa?
Quando você foca nisso, reforça a dificuldade de pensar no longo prazo, em buscar prêmios e
gratificações pelas suas ações no futuro. Ele (o futuro) pode ser visto sem esperança. Qualquer
pequeno obstáculo poderá ser percebido como intransponível. Um pessimismo que pode fazer você
ver as causas dos seus problemas como permanentes e pessoais, ou seja, parece que nada vai
melhorar, nunca.
As pessoas deprimidas tendem a distorcer a realidade, vendo o mundo de uma forma peculiar.
Quando mudamos os pensamentos depressivos, simultaneamente mudamos o humor, o
comportamento e (provavelmente) a bioquímica. Uma “cognição” refere-se á forma como olhamos
as coisas - é a forma como interpretamos o mundo. Nós sentimo-nos mais tristes ou mais felizes em
função do que estamos a pensar num determinado momento. O modelo “cognitivo” da depressão
afirma que os nossos pensamentos, crenças, comportamentos e bioquímica são todos componentes
importantes dos transtornos depressivos.
Os nossos sentimentos são, sem dúvida, influenciados pelos acontecimentos de vida, pela nossa bio-
química e por acontecimentos traumáticos do passado. Mas os nossos sentimentos não estão fora
do nosso controle. Podemos aprender a mudar a maneira de pensar e, consequentemente, a maneira
de sentir, pois as mensagens que damos a nós próprios têm um grande impacto nas nossas emoções.