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Informativo de Jurisprudência trata de investigação criminal a partir de matéria jornalística.

A Secretaria de Jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou a edição 652 do Informativo de Jurisprudência, com destaque para dois casos
julgados.No RHC 98.056, de relatoria do ministro Antonio Saldanha Palheiro, a Sexta Turma decidiu, por unanimidade, que é
possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística. ( STJ, 2019)

Analise a reportagem e argumente acerca dos desdobramentos jurídicos e sociais do inquérito policial  *

Em se tratando de um crime de ação penal pública incondicional, em regra o delegado


de policia, pode instaurar o inquérito policial de acordo com o Art. 5º, inc. I, do CPP. Par
isso o mesmo precisa baixar uma portaria para dar início ao inquérito policial.

Em relação ao RHC 98.056 a própria publicação caracteriza a notitia


criminis espontânea sendo assim legitimada a fonte para iniciar a instauração de
investigação policial.
“A ação é um direito subjetivo processual que surge em razão da existência de um litígio, seja ele civil ou penal. Ante a pretensão
satisfeita de que o litígio provém, aquele cuja exigência ficou desatendida propõe a ação, a fim de que o Estado, no exercício da
jurisdição, faça justiça, compondo, segundo o direito objetivo, o conflito intersubjetivo de interesses em que a lide se
consubstancia.

O jus puniendi, ou poder de punir, que é de natureza administrativa, mas de coação indireta diante da limitação da autodefesa
estatal, obriga o Estado-Administração, a comparecer perante o Estado-Juiz propondo a ação penal para que seja ele realizado.
A ação é, pois, um direito de natureza pública, que pertence ao indivíduo, como pessoa, e ao próprio Estado, enquanto
administração, perante os órgãos destinados a tal fim.” (Mirabete, 2019). Quais os tipos de ações penais. Explique.  *

Ação Penal Pública Incondicionada.


Ação penal condenatória promovida pelo Ministério Público, ocorre independente da vontade ou
interferência alheia, há necessidade de que concorra às condições de ações e pressupostos
processuais. Não necessita da representação do ofendido para que o MP inicie e a ação. Nessa ação há a
necessidade de que o crime ocorra e seja provado com as verdades plausíveis da acusação. O MP inicia a
ação independentemente da vontade da vítima ou de qualquer outra pessoa.

Ação Penal Pública Condicionada à Representação.


O interessado ou seja a vítima precisa representar obedecendo os prazos, querer que a pessoa que
cometeu o crime ( o autor) seja assim denunciado por ela, ajuizada pelo Ministério Público.

Ação Penal Pública Condicionada à Requisição.


A titularidade da ação é do MP porém as investigações depois da ação penal precisam de uma
manifestação de vontade do Ministro da Justiça. Essa ação tem por finalidade evitar que alguma
autoridade tramitam como vítimas contra a própria vontade delas em processos criminais.
Artigo 145 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 Parágrafo único. Procede-se mediante
requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante
representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009).

Ação Penal Privada Exclusiva.


Estando o ofendido ausente, for menor de 18 (dezoito) anos, ou o mesmo mentalmente enfermo, retardado
mental, como expresso nos artigos 31 e 33 CPP ou até mesmo estando morto, essa ação pode ser
promovida por meio de queixa crime pelo seu representante legal.

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.

Ação em que o Estado fica inerte ou seja era para intentar uma ação penal púbica dentro do prazo legal e
não o fez, por sua vez o ofendido propõem a ação de acordo com os artigos 100, § 3º, do Código Penal, e
29 do Código de Processo Penal). A partir daí então as regras são das ações privadas de acordo com os
artigos 103 do Código Penal, e 38 do Código de Processo Penal.

Ação Penal Privada Personalíssima.

Somente ao ofendido cabe a queixa não podendo ser transferível nem muito menos intervenção de outros,
mesmo que seja seu representante legal ou sucessão no caso de morte.
Julgue os próximos itens quanto a sua procedência ou improcedência e justifique sua resposta:

1) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer
anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.

1.Correto de acordo com o Art. 20 do CPP  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo


necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade
policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito
contra os requerentes. 

2.Correto de acordo com o Art. 23 do CPP. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao
juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou
repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados
relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.

Sobre o Inquérito Policial. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público
ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.

PORQUE Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério
Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e
outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. A respeito dessas asserções, assinale a
opção correta. *

Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso

“No sistema processual penal acusatório a jurisdição é mais do que um poder estatal, sendo considerada uma garantia
fundamental do cidadão a ser submetido a um conjunto de regras predefinidas, destinadas a produzir a norma individual,
observando os preceitos estabelecidos no ordenamento jurídico. ” (CORREIA, 2017)

Considerando as informações acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.I. A competência pela
prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes
comuns e de responsabilidade.

PORQUE II. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes
ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este
relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.  *

Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior
ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c).

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