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Educação Bilíngue
Me. Marina Savordelli Versolato

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AULA 9
Experiências de Educação Bilíngue pelo mundo: possíveis reflexões

Educação Bilíngue:

L2
L1 Educação
Língua
Língua de Portuguesa na Bilíngue para
Sinais modalidade Surdos
escrita

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Educação Bilíngue:

“ Aode ensino,
reconhecer o direito dos alunos surdos à educação bilíngue, os sistemas
sejam federal, estadual ou municipal abrem, para esse grupo de
cidadãos, a possibilidade de se reconhecerem e serem reconhecidos na
diferença linguística e cultural, ampliando, ainda, o universo de acesso aos
bens do conhecimento e outros bens da informação que a sociedade tem “
acumulado ao longo de sua trajetória histórica.

(SANTOS e SILVA, 2012, p.140-141)

Experiências de Outros Países:

• Quadros (1997) traz o destaque de 2 países:

• Suécia e Venezuela.

• Vale destacar que todos os países que partiram


para uma proposta bilíngue enfrentaram e
enfrentam os problemas acarretados pelo
oralismo.

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Experiências de Outros Países:

• Suécia → 1981 parlamento sueco aprovou o


bilinguismo para surdos;
• Aquisição da língua de sinais de forma natural e
espontânea;
• As 2 línguas apresentam funções diferentes:
• Língua de sinais → é o principal meio para
aquisição do conhecimento e é a língua que os
surdos usam ;

• O Sueco → tem funções formais,


principalmente para leitura e escrita;

• Os alunos devem ter todas a informações


sobre o SUECO em língua de sinais sueca.

Experiências de Outros Países:

• Suécia →
• O ensino da língua de sinais como parte do
currículo escolar
→ Aprendizagem da gramática da língua de
sinais, a aprendizagem do alfabeto internacional
e o acesso a informações gerais sobre
organizações nacionais e internacionais de
surdos;

• A associação de surdos sempre é consultada


quando são discutidos assuntos que envolvem a
comunidade surda, tanto em nível nacional como
regional.

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Experiências de Outros Países:

• Venezuela →
• Implementada em todas as escolas especiais de
uma vez (Ed. Bilíngue)

• Proporcionar à criança surda a possibilidade de


adquirir linguagem através da sua língua natural
(Língua de sinais);

• Proposta idealizada a partir do pressuposto de


que os surdos fazem parte de uma comunidade
minoritária, com valores, cultura e língua natural
próprios.

Experiências de Outros Países:


• Venezuela → Escola tem 4 metas:

Garantir o desenvolvimento da
linguagem e pensamento. (Escola
deverá ser um ambiente em que a Assegurar o desenvolvimento da
personalidade ( Adultos surdos)
língua de sinais seja usada todo
período)

Garantir que a criança surda Assegurar o acesso aos conteúdos


c onstrua uma teoria de mundo (a escolares ( a escola deve garantir
escola deverá oferecer a ao aluno surdo todos os
experiência para que a criança conteúdos que são estudados em
surda faça perguntas e obtenha uma escola de ouvintes -> só que
respostas em língua de sinais) em língua de sinais

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Educação Bilíngue e Bicultural:

POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO:


✓ Contratação de profissionais surdos no quadro de
funcionários da escola;
✓ Programas de ensino de língua de sinais para os
alunos, pais, professores e toda a comunidade
escolar;
✓ Reuniões sistemáticas com a presença de pessoas
surdas para discutir concepções individuais e sociais
dos surdos;
✓ Cursos para formação permanente dos professores
(linguística, pedagogia);
✓ Programas diferenciados para os alunos que já
frequentavam a escola há muitos anos e para os
alunos novos;
✓ Programas especiais para o atendimento dos
familiares e alunos.

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Educação Bilíngue:

“ Aestejam
inauguração de uma nova etapa histórica não significa que todos os problemas
resolvidos. Em seguida se verá a realidade e funcionamento do modelo
bilíngue, se apreciarão seus alcances e suas limitações, e novos conhecimentos
sustentarão os atuais, mostrando suas insuficiências e erros. O modelo bilíngue
tende a ser aperfeiçoado e, eventualmente, superado. Mas nesse processo que se
inicia teremos os surdos como protagonistas e poderemos dialogar com eles num
plano de igualdade, unidos por vínculos solidários na construção de um futuro
melhor para todos. A prepotência, a segregação e o desprezo serão coisa do “
passado, e “não terão uma segunda oportunidade sobre a terra
(Sánchez, 1990, p.173)

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Referências Bibliográficas:

QUADROS, Ronice Muller de. Bilinguismo In: QUADROS,


Ronice M. de. Educação de Surdos: a aquisição da
linguagem. Porto Alegre: Artemed, 1997.

SÁNCHEZ, C.M. A implantação do Bilinguismo na


Venezuela. Conferência de apresentada no Simpósio
Internacional de Línguas de Sinais e Educação de Surdos.
05 a 09 de Maio de 1993. São Paulo.

SILVA, Marta de Fátima; SANTOS, Maria Elena . A


Educação Bilíngue para Alunos Surdos numa Perspectiva
Culturalmente Sensível/Relevante. Ideação (Unioeste.
Impresso), v. 14, p. 139-156,2012.

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