DESENVOLVIMENTO DE ITENS DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PARA
CAMUNDONGOS (Mus musculus) MANTIDOS EM BIOTÉRIO DE EXPERIMENTAÇÃO. Thais Mota RODRIGUES1; Antonia Maria Ramos FRANCO2; Leonardo Brandão MATOS3; Adolpho Marlon Antoniol de MOURA4; Email do Autor Principal: lbmatos@gmail.com
INTRODUÇÃO - O enriquecimento ambiental (EA) é uma técnica de manejo animal
com estratégias temporais, físicas, sociais e sensoriais, visando oferecer uma série de estímulos que possam aumentar o conforto e capacidade de adaptação, tanto fisiológica quanto psicológica, do animal. OBJETIVO – Avaliar a influência do enriquecimento ambiental na fisiologia e comportamento de camundongos machos através da avaliação de células leucocitárias e do comportamento agonístico destes. MÉTODOS - Foram utilizados 72 camundongos Balb/c machos, de 21 a 51 dias de vida, que foram agrupados em gaiolas contendo seis animais. Foram divididos em dois grupos experimentais, sendo o primeiro com animais inoculados (G1) e o segundo sem nenhum procedimento de inoculação (G2). Cada um desses grupos foi submetido em seis tratamentos: no primeiro grupo (A), os animais não foram submetidos a qualquer tratamento; no segundo grupo (B) enriquecimento ambiental 1 (iglu comercial de polissulfona); o terceiro grupo (C) enriquecimento ambiental artesanal 2 (oca de ouriço da castanha do Brasil); os animais do quarto grupo (D) peça artesanal 3 (caroço de tucumã); o quinto grupo (E) enriquecimento ambiental 4 (semente de girassol); enquanto o sexto grupo (F) enriquecimento ambiental 5 (labirinto de papelão). Foram desenvolvidos dois esfregaços para cada animal, corados com corante tipo Romanowsky, totalizando 144 esfregaços e analisados manualmente. RESULTADOS – Houve diferenças significativas entre os tratamentos (P < 0,05) no perfil leucocitário dos animais. Os camundongos que foram expostos a Oca (grupo 2) apresentaram os menores percentuais de linfócitos e menos ocorrências de comportamentos agonísticos, o que influenciou diretamente no percentual de linfócitos circulantes. A partir de tal resultado, pode-se sugerir que estes animais apresentaram menores níveis de estresse. Outros grupos experimentais, enriquecidos com tucumã, sementes de girassol, labirinto e iglu, diferem de tal resultado, apresentando percentuais mais elevados. CONCLUSÕES - A Oca promoveu diminuição de estresse nos animais, tendo por base os níveis de monócitos circulantes. E também pela menor incidência de comportamentos agonísticos, pois, mostraram-se mais sociáveis em comparação aos animais que receberam outros itens de enriquecimento.