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ESPORTIVO
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Cristiane Lisandra Danna
Norberto Siegel
Camila Roczanski
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Bárbara Pricila Franz
Marcelo Bucci
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2013
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
796.026
T337l Tesck, Ivan
Legislação e direito esportivo / Ivan Tesck. Indaial : Uniasselvi, 2013.
112 p. : il
ISBN 978-85-7830-686-1
Ebook 978-85-7141-272-9
Impresso por:
Ivan Tesck
APRESENTAÇÃO...........................................................................07
CAPÍTULO 1
Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional................................................................09
CAPÍTULO 2
Contratos Desportivos..............................................................39
CAPÍTULO 3
Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)..............................................................73
CAPÍTULO 4
Justiça Desportiva........................................................................93
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
O autor.
C APÍTULO 1
Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Contextualização
O objetivo inicial desse capítulo é demostrar como está inserido o desporto
na sociedade contemporânea.
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
17
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
[...]
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
A Lei Pelé (Lei no 9.615/1998), por sua vez, aponta os princípios individuais
do direito desportivo e classifica as modalidades de desporto, conforme segue:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
20
Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Foi criado para que todo cidadão que aprecie, apoie, associe-se a qualquer
entidade de prática desportiva ou que acompanhe a prática de determinada
modalidade esportiva no País, ainda que não compareça ao evento desportivo,
tenha assegurados os direitos do consumidor, afastando, assim, qualquer dúvida
quanto à aplicação das regras de consumo nas relações comerciais.
Assim dispõe o artigo 2º, parágrafo único e o artigo 3º, do Estatuto de Defesa
do Torcedor (Lei no 10.671/2003):
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividades de Estudos:
Da Responsabilidade Civil no
Desporto
Primeiramente, é de suma importância fixar que a relação jurídica estabelecida
entre espectador-torcedor e o fornecedor de serviços configura relação de consumo.
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Da Responsabilidade Civil
Concernente à Segurança do
Torcedor
A leitura conjunta dos artigos 2º, 3º, 13, 14, 15 e 19, do Estatuto do torcedor
(Lei no 10.617/2003) não deixa dúvidas acerca da responsabilidade da entidade
organizadora da competição, entidade detentora do mando de jogo (clube) e seus
respectivos dirigentes quando falamos de segurança do torcedor-espectador
antes, durante e após a realização de eventos desportivos.
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Destaca-se que o desporto é direito e garantia fundamental do cidadão, devendo
o Estado fomentar e proporcionar formas adequadas de sua prática no meio social.
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Capítulo 1 Relações jurídicas que Envolvem o
Desporto Profissional
Referências
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito
constitucional. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
______. Lei no 10.671/2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mai. 2003.
______. Lei no 10.741/2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 out. 2003.
______. Lei no 8.069/1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 1990.
______. Lei no 8.078/1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990.
______. Lei no 9.615/1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
SERGIO, M. Para uma nova dimensão do desporto. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
______. Ética: ensaios sobre a saúde social, esporte e educação física, LECSU.
Rio de Janeiro, 2007.
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C APÍTULO 2
Contratos Desportivos
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Contextualização
Neste capítulo, veremos os principais aspectos envolvendo a relação de
trabalho do atleta profissional, ou seja, sua natureza jurídica, o contrato de trabalho
e sua duração, remuneração, jornada de trabalho, férias, seguro obrigatório,
rescisão de contrato e competência da justiça trabalhista.
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividades de Estudos:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
d) Do Atleta Profissional
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
c) de contrato de experiência.
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
h) Luvas
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividades de Estudos:
i) Bicho
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
j) Passe
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Por fim, resta evidente que a citada cláusula tem natureza indenizatória, não
integrando remuneração nem salário para efeitos trabalhistas.
Atividade de Estudos:
Recentemente, o artigo 28, § 4º, inciso VI, da Lei no 9.615/1998, foi alterado
pela Lei no 12.395/2011 e passou a vigorar acompanhando as normas trabalhistas
e constitucionais, conforme segue:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
l) Das Férias
Atividade de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Ainda temos o artigo 21, incisos I, II, alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, e “e”, III, IV,
alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, parágrafos 1º e 2º, da Lei no 8.213/1991, equiparando
determinadas situações ao acidente de trabalho:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Nos termos do Nos termos do artigo 31, da Lei no 9.615/1998, o atleta profissional
artigo 31, da Lei no pode postular a resolução do contrato de trabalho quando o empregador
9.615/1998, o atleta estiver em atraso com o pagamento do salário, no todo ou em parte,
profissional pode por período igual ou superior a 3 (três) meses.
postular a resolução
do contrato de Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que
trabalho quando estiver com pagamento de salário de atleta profissional em
o empregador atraso, no todo ou em parte, por período igual ou superior a 3
estiver em atraso (três) meses, terá o contrato especial de trabalho desportivo
com o pagamento daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para se transferir
para qualquer outra entidade de prática desportiva de mesma
do salário, no todo
modalidade, nacional ou internacional, e exigir a cláusula
ou em parte, por compensatória desportiva e os haveres devidos.
período
igual ou superior
O não recolhimento dos valores relativos ao fundo de garantia
a 3 (três) meses.
por tempo de serviço e demais contribuições previdenciárias também
permitem ao atleta profissional postular a resolução do contrato de trabalho, tudo
conforme os ditames do artigo 31, parágrafo 2º, da Lei no 9.615/1998.
Finalmente, outras hipóteses enumeradas no artigo 483, alíneas “a”, “b”, “c”,
“d”, “e”, “f” e “g”, parágrafos 1º, 2º e 3º, da Consolidação das Leis Trabalhistas
(Decreto-lei no 5.452/1943), também podem caracterizar rescisão indireta do
contrato de trabalho, conforme abaixo:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Melo Filho (2000, p. 142) discorre acerca dos deveres do atleta profissional,
conforme segue abaixo:
Porém, a norma geral trabalhista referente à dispensa por justa causa também
se aplica na relação de trabalho entre atleta profissional e entidade desportiva,
requerendo, portanto, sejam observadas as hipóteses constantes no rol do artigo
482, da Consolidação das Leis Trabalhistas (Decreto-lei no 3.689/1941):
a) ato de improbidade;
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
i) abandono de emprego;
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
( ) Justiça comum
( ) Justiça do trabalho
( ) Justiça federal
a) Conceito
b) Elementos
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
• Ato ilícito: a obrigação pode surgir de um ato ilícito, ou seja, aquele que
causa dano a outrem fica obrigado a reparar.
d) Modalidades
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
e) Adimplemento e extinção
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
Referido contrato é de natureza civil e não deve ser confundindo com contrato
de trabalho. Pode ser pactuado com a própria entidade de prática desportiva e/
ou com pessoa jurídica diversa, como no caso de consentimento do clube para
utilização da imagem do atleta associada em marcas e serviços.
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Capítulo 2 Contratos Desportivos
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
O direito desportivo passou por inúmeras modificações ao longo da história,
sendo de suma importância entender as relações de trabalho entre as partes,
bem como suas caraterísticas específicas/peculiares, que devem ser observadas.
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Referências
AMADO. J. Direito desportivo comentado. Santos, SP: Editora do Autor, 2005.
_____. Decreto-lei no 5.452. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1943.
_____. Lei no 9.615/1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
_____. Lei no 10.406/2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002.
_____. Lei no 12.395/2011. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mar. 2011.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil (Parte Geral). 3. ed. São Paulo: Atlas,
2003. v. 1.
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C APÍTULO 3
Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no
10.671/2003 (Estatuto do Torcedor)
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
Contextualização
Neste capítulo estudaremos o direito desportivo regulado em lei específica, buscando
entender e identificar suas principais características. Demostrar-se-á a classificação
existente entre desporto formal e não formal, dentre as diversas modalidades de desporto
existentes, e a importância dos princípios gerais do direito desportivo.
a) Características gerais
Para frisar, devemos saber que a Lei Pelé (Lei no 9.615/1998) classifica o
desporto de 2 (duas) formas, quais sejam:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Assim, pode-se entender que a diferença básica entre desporto formal e não
formal é a existência ou não de regras formais pré-determinadas.
b) Princípios fundamentais
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
c) Modalidades desportivas
O artigo 3º, da Lei no
9.615/1998, classifica
O artigo 3º, da Lei no 9.615/1998, classifica o desporto em 3 o desporto em 3
(três) modalidades básicas (educacional, participação e rendimento), (três) modalidades
conforme segue: básicas (educacional,
participação e
Art. 3º. O desporto pode ser reconhecido em rendimento).
qualquer das seguintes manifestações:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividades de Estudos:
1) Defina torcedor.
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
c) Da segurança do torcedor
É garantido ao
torcedor o direito
a segurança nos É garantido ao torcedor o direito a segurança nos locais onde são
locais onde são realizados os eventos desportivos antes, durante e após a realização
realizados os das partidas.
eventos desportivos
antes, durante e O artigo 13-A, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, parágrafo
após a realização
único, do Estatuto do Torcedor (Lei no 10.671/2003), determina
das partidas.
condições de acessibilidade e permanência segura do torcedor no
recinto esportivo, bem como impõe sanções para aqueles que descumprirem as
normas impostas, conforme segue:
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
d) Dos ingressos
Atividade de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
e) Do transporte
A entidade
responsável pela
organização O artigo 26, incisos I, II e III, do Estatuto do Torcedor (Lei no
da competição 10.671/2003), assegura aos torcedores partícipes os seguintes direitos
juntamente com a relacionados ao transporte:
entidade de prática
desportiva detentora Art. 26. Em relação ao transporte dos torcedores para eventos
do mando de jogo desportivos, fica assegurado ao torcedor partícipe:
deverão manter,
I – o acesso a transporte seguro e organizado;
ainda que de forma
onerosa, serviços de II – a ampla divulgação das providências tomadas em relação
estacionamento para ao acesso ao local da partida, seja em transporte público ou
torcedores durante a privado; e
realização do evento
e meios de transporte III – a organização das imediações do estádio em que será
adequando para disputada a partida, bem como suas entradas e saídas, de modo
idosos, crianças e a viabilizar, sempre que possível, o acesso seguro e rápido ao
pessoas portadoras evento, na entrada, e aos meios de transporte, na saída.
de deficiência física,
ficando dispensado o A entidade responsável pela organização da competição juntamente
cumprimento de tais com a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo deverão
regras na hipótese manter, ainda que de forma onerosa, serviços de estacionamento para
de evento esportivo torcedores durante a realização do evento e meios de transporte adequando
realizado em estádio para idosos, crianças e pessoas portadoras de deficiência física, ficando
com capacidade
dispensado o cumprimento de tais regras na hipótese de evento esportivo
inferior a 10.000 (dez
mil) pessoas. realizado em estádio com capacidade inferior a 10.000 (dez mil) pessoas.
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
f) Da alimentação e higiene
É também vedado
impor preços
Outra questão assegurada pelo Estatuto do Torcedor é o direito do excessivos ou
torcedor à higiene e à qualidade das instalações físicas dos estádios aumentar sem justa
e dos produtos alimentícios vendidos no local, devendo, para tanto, o causa os preços
Poder Público, por meio dos órgãos de vigilância sanitária, fiscalizar e dos alimentos
comercializados no
impor o cumprimento das citadas normas.
local da realização
do evento, bem
É também vedado impor preços excessivos ou aumentar sem como devem ser
justa causa os preços dos alimentos comercializados no local da mantidas instalações
realização do evento, bem como devem ser mantidas instalações sanitárias adequadas
sanitárias adequadas e compatíveis com a capacidade de público e compatíveis com a
capacidade de público
suportada pela arena.
suportada pela arena.
Atividade de Estudos:
g) Da arbitragem desportiva
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
O capítulo ora apresentado possibilitou ao(à) pós-graduando(a) conhecer as
características essenciais que envolvem o desporto, a importância de entender os
princípios básicos que norteiam o direito desportivo e as modalidades de desporto
existentes na legislação pátria.
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Capítulo 3 Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé) e Lei no 10.671/2003
(Estatuto do Torcedor)
Referências
BRASIL. Constituição Federal. Diário Oficial da União n. 191-A, Brasília, DF, 05
out. 1988.
______. Lei no 9.615/1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
______. Lei no 10.671/2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mai. 2003.
91
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
92
C APÍTULO 4
Justiça Desportiva
94
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Contextualização
Primeiramente, estudaremos os fundamentos legais da justiça desportiva,
demonstrando quais são os principais dispositivos que regem este ramo
especializado do Direito.
Da Justiça Desportiva
Abaixo veremos o funcionamento da justiça desportiva dentro do ordenamento
brasileiro, seus fundamentos legais, sua competência, sua organização, os
princípios e as regras gerais contidas no Código Brasileiro de Justiça desportiva
(CBJD), seus principais órgãos, os critérios de ingresso/vedação e as sanções
cabíveis.
a) Noções Introdutórias
A justiça desportiva deve ser considerada como local adequado A justiça desportiva
para dirimir questões meramente desportivas, uma vez que possui possui caráter
conhecimentos especializados e rito próprio para solução dos conflitos. privado e interesse
público, razão pela
A justiça desportiva possui caráter privado e interesse público, qual incorpora,
simultaneamente,
razão pela qual incorpora, simultaneamente, regras de direito privado
regras de direito
e regras de direito público resultantes da intervenção do Estado nas privado e regras
instituições de prática desportiva. de direito público
resultantes da
No entendimento de Melo Filho (2004, p. 10): intervenção
do Estado nas
[...] não será possível definir direito e aplicar instituições de prática
justiça em função de matéria desportiva fora do desportiva.
mundo do desporto, sem o espírito da verdade
desportiva, sem o sentimento da razão desportiva. Aquele que
decidir questão originária do desporto imbuído do pensamento
formalizado nas leis gerais terá distraído a consciência da
justiça.
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
b) Base Legal
[...]
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Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividades de Estudos:
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
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Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividade de Estudos:
I - ampla defesa;
II - celeridade;
III - contraditório;
IV - economia processual;
V - impessoalidade;
VI - independência;
100
Capítulo 4 Justiça Desportiva
VII - legalidade;
VIII - moralidade;
IX - motivação;
X - oficialidade;
XI - oralidade;
XII - proporcionalidade;
XIII - publicidade;
XIV - razoabilidade;
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LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
102
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividade de Estudos:
103
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
O artigo 52, da Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé ou Lei Geral Sobre Desporto),
afirma:
104
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividade de Estudos:
105
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
O artigo 55, parágrafo 2º, da Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé ou Lei Geral Sobre
Desporto), reza que o mandato dos membros do Tribunal de Justiça Desportiva
terá duração máxima de 4 (quatro) anos, permitida apenas uma recondução.
O ilustre Perry (1969, p. 125) discorre sobre o tema ainda quando sob a égide
de lei anterior, aduzindo que:
106
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividade de Estudos:
O artigo 55, parágrafo 4º, da Lei no 9.615/1998 (Lei Pelé ou Lei geral Sobre
Desporto), determina que os membros do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
e os membros dos Tribunais de Justiça Desportiva poderão ser bacharéis em
Direito ou pessoas de notório saber jurídico com responsabilidade ilibada:
107
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
RESOLVE:
108
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Atividade de Estudos:
Existem 11 (onze) punições previstas no artigo 170, incisos I, II, III, IV,
V VI, VII, VIII, IX, X e XI, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD
(Resolução do Conselho Nacional do Esporte no 01/2003, alterada pela
Resolução do Conselho Nacional do Esporte no 29/2009), conforme segue
abaixo:
I - advertência;
II - multa;
V - perda de pontos;
109
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
VIII - indenização;
IX - eliminação;
X - perda de renda;
Atividade de Estudos:
110
Capítulo 4 Justiça Desportiva
Algumas Considerações
Destaca-se toda a exposição efetuada no presente capítulo, uma vez que
os temas direito desportivo e, especialmente, a justiça desportiva são pouco
estudados atualmente.
Referências
BELTRAMI, Ana Teresa Guazzelli. Revista brasileira de direito desportivo. São
Paulo, n. 6, segundo semestre de 2004.
______. Lei no 9.615/1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
______. Lei no 10.617/2003. Diário Oficial da União, Brasil, DF, 16 mai. 2003.
FERREIRA, Gilmar Mendes. Curso de direito desportivo. São Paulo: Ícone, 2003.
111
LEGISLAÇÃO E DIREITO ESPORTIVO
112