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Trabalho de Direito das obrigações transações de compromisso

Everaldo Menezes Da Silva

FONTE( Livro Direito civil , Professor Flavio Tartuce)


( Arbitragem)
CONCEITO DE ARBITRAGEM
De acordo com CARMONA “ de controvérsias através da intervenção de uma ou mais
pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada decidindo com base
nesta convenção sem qualquer intervenção do estado sendo a decisão destinada a
assumir eficácia de sentença judicial. ( CARMONA, Arbitragem e processo 3
ed.,2009,p.15
O primeiro conceito importante para que a gente possa entender o que regi esse
procedimento Arbitral é autonomia da vontade das partes então é importante que os
interessados ou seja aqueles que vão levar a sua causa o seu problema o seu conflito
para uma arbitragem importante que eles sejam capazes civilmente de contratar
conforme vem disposto no artigo 851 do código civil ,onde nos devemos analisar para
compreender melhor , nesse sentido os interessados eles têm que ter essa capacidade
de falar olha estou entregando à uma pessoa um ente privado o poder de solucionar
de decidir os rumos desse conflito que eu estou vivendo.
LITÍGIO é a condição do litígio é de que ele seja relativa a direitos patrimoniais
disponíveis ou seja que a partes não se trate das vedações legais específicas que são
questões de estado questão de direito pessoal de família e de outras que não têm o
caráter estritamente patrimonial porque nesses casos considera-se que a ingerência
do estado é importante para que sejam equilibradas as condições das situações das
partes e também para que o estado possa ter uma atuação de fiscalização do que está
sendo decidido autonomia da vontade das partes também envolve que as partes
poderão dispor sobre o direito material e processual aplicável ou seja além de decidir
sobre como será esse procedimento Arbitral as partes podem decidir por exemplo
apesar de serem ambas brasileiras que o que vai ser a regra que vai vigorar ali para
que o árbitro decida porque as partes elas têm essa mais ampla autonomia para
decidir tanto em termos de direito processual né tanto quanto o como o procedimento
vai transcorrer quais serão os prazos etc...
assim como o direito material aplicável a sentença Arbitral ela poderá ser decidido
então por equidade ou seja não precisa nem mesmo seguir uma legislação específica o
árbitro ou o conselho de árbitros poderão decidir de acordo com os seus conceitos de
equidade com base nos princípios gerais de direito ou do Brasil ou do lugar que as
partes decidirem que serão aplicados esses princípios gerais do direito com base nos
usos e costumes vigentes ali naquele tipo de relação e também com base nas regras
internacionais do comércio ou seja percebe-se que há uma grande discricionariedade
sobre como aquele árbitro vai decidir o caso concreto e isso vem a partir da autonomia
da vontade das partes então as partes decidem como isso será feito pelo árbitro.
Convenção de arbitragem é aquele documento aquela cláusula que vai fazer com que
o conflito seja conduzido a uma arbitragem e essa convenção de arbitragem ela pode
ser dividida em 2 tipos básicos a cláusula compromissória e o compromisso ou cláusula
Arbitral a cláusula compromissória tem vários conflitos tiveram muitos problemas
para poder ser inserida esta cláusula compromissória em análise a ação é um pacto de
submissão de eventuais conflitos arbitragem para solução então ó a gente faz um
contrato aqui de compra e venda e a gente decide nesse contrato ou em um apêndice
a esse contrato que os conflitos que ocorrerem futuramente se ocorrerem ao invés de
serem conduzidos ao poder judiciário eles serão decididos por meio do procedimento
Arbitral e aí essa cláusula compromissória ela pode ou não estar inserida no corpo do
contrato, ou seja pode estar ali mesmo nas cláusulas normais regulares do contrato ou
pode ser colocado como apêndice um anexo aquele contrato firmado entre as partes
essa cláusula compromissória, ela pode ser cheia ou vazia como assim aquelas ou
compromissória cheia ela vai trazer todos os detalhes de como funcionará aquele
procedimento Arbitral ou então vai para a Câmara Joao e Maria ,vai ser o árbitro e
que vai decidir essa causa já vem toda detalhada então se surgir um conflito no futuro
a gente já sabe quem vai julgar como vai julgar enfim esses detalhes do procedimento
a cláusula compromissória também pode ser vazia então pode só trazer assim no
contrato eventuais conflitos futuros serão decididos por meio da arbitragem e aí caso
realmente venha a ser instaurado um processo Arbitral as partes decidem quem será o
árbitro qual será a Câmara responsável as regras do procedimento entre outros
detalhes e aí nesse caso a possibilidade de demanda no poder judiciário porque caso
as partes entre si não concordem por exemplo com quem será o árbitro que vai julgar
aquele caso aí sim pode ser levado ao poder judiciário , mas a atribuição do poder
judiciário vai ser decidir o árbitro que vai julgar jamais o poder judiciário vai julgar o
conflito em si vai dar uma decisão daquele conflito justamente porque a cláusula
compromissória ela vincula as partes então ao ficou decidido que eventual conflito
decorrente daquele contrato vai ser decidido por arbitragem então o conflito será
decidido por arbitragem mesmo que o poder judiciário tem que decidir quem será o
árbitro ou qual será o procedimento ou qual será a Câmara Arbitral a qual será
encaminhada aquele processo Arbitral.
A cláusula compromissória é autônoma isso significa que o contrato viciado ou seja
mesmo que o contrato seja nulo por alguma razão isso não implica em desconsiderar a
cláusula então mesmo que haja discussões sobre a nulidade do contrato essas
discussões serão realizadas e serão decididos no âmbito de um procedimento Arbitral
e aí essa essa vinculação da cláusula compromissória esta autonomia é tão forte que a
discussão de nulidade do contrato ela será discutida em sede Arbitral é o que a gente
chama de princípio da competência então o árbitro ou tribunal Arbitral até mesmo
para julgar se ele será competente ou não em virtude da nulidade para julgar aquele
caso a cláusula Arbitral.
por sua vez ou o compromisso Arbitral é trata se de uma convenção de arbitragem
pactuada após o surgimento do conflito isso significa que ela obrigatoriamente será
cheia então a cláusula habitual como ela já ocorreu já aconteceu ali o conflito e aí as
partes decidiram submeter-se conflito há um procedimento Arbitral esta cláusula
habitual ela deve trazer todos os detalhes de como funcionará aquele procedimento
Arbitral a cláusula Arbitral ela poderá ser escalonada e o que significa é uma conversão
de que o conflito será submetido primeiramente é um meio consensual e se esse foi
infrutífero ocorrerá arbitragem e aí nós temos 2 tipos básicos desta cláusula Arbitral,
exclamada que é a :
Cláusula med_ard que tem muita discussão na doutrina porque imagine só aquele
árbitro que está ali julgando que vai jogar aquele caso no final ele conduziria a
mediação teoricamente só que as partes elas sabem que aquela pessoa que está ali
aquele árbitro que está funcionando como mediador se eles não conseguirem chegar a
um acordo esse árbitro ele vai julgar no final e aí as partes elas podem ter tendência a
guardar informações ao omitir informações a não agir de forma verdadeiramente
transparente dica absurdamente eventuais negociações porque negociações que não
são pautadas na transparência dificilmente serão realmente frutíferas porque não há
como se aprofundar muito em uma questão se informações sobre aquela questão
sobre aquela questão são obtidas e aí nesse caso acabou se surgindo a opção:
Cláusula arb_med que significa que aquele árbitro que também poderá funcionar
como mediador ele vai julgar o caso antes mesmo de ouvir as partes então ele vai
julgar aquele processo Arbitral aquele procedimento Arbitral antes de qualquer
discussão das partes só com base nas provas que elas apresentaram o árbitro ele faz
aquela decisão laca ela e guarda e aí ele conduza o procedimento de mediação caso
esse procedimento de mediação não seja frutífero já haverá transcorrido todo o
procedimento Arbitral as provas de eventuais provas será um produto terão sido
produzidas terão sido juntados e o árbitro já vai ter julgado então aquela mediação ela
não será viciada por essa preocupação das partes de qual será o julgamento do árbitro
com base no que elas falarem ao longo das negociações .

LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.

DISPÕE SOBRE ARBITRAGEM

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem


para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir
conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.                    (Incluído pela Lei nº 13.129, de
2015)        (Vigência)

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a


celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou
transações

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das


partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que
serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons
costumes e à ordem pública.

§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se


realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas
regras internacionais de comércio.

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e


respeitará o princípio da publicidade.

Art. 3º As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios


ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula
compromissória e o compromisso arbitral.

Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as


partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios
que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

§ 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo


estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira.

§ 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia


se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar,
expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento
anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa
cláusula.

Art. 5º Reportando-se as partes, na cláusula compromissória, às regras de


algum órgão arbitral institucional ou entidade especializada, a arbitragem será
instituída e processada de acordo com tais regras, podendo, igualmente, as
partes estabelecer na própria cláusula, ou em outro documento, a forma
convencionada para a instituição da arbitragem.

Art. 6º Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem,


a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à
arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação,
mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e
local certos, firmar o compromisso arbitral.

Parágrafo único. Não comparecendo a parte convocada ou,


comparecendo, recusar-se a firmar o compromisso arbitral, poderá a outra
parte propor a demanda de que trata o art. 7º desta Lei, perante o órgão do
Poder Judiciário a que, originariamente, tocaria o julgamento da causa.

Art. 7º Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à


instituição da arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da
outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso,
designando o juiz audiência especial para tal fim.
§ 1º O autor indicará, com precisão, o objeto da arbitragem, instruindo o
pedido com o documento que contiver a cláusula compromissória.

§ 2º Comparecendo as partes à audiência, o juiz tentará, previamente, a


conciliação acerca do litígio. Não obtendo sucesso, tentará o juiz conduzir as
partes à celebração, de comum acordo, do compromisso arbitral.

§ 3º Não concordando as partes sobre os termos do compromisso,


decidirá o juiz, após ouvir o réu, sobre seu conteúdo, na própria audiência ou
no prazo de dez dias, respeitadas as disposições da cláusula compromissória e
atendendo ao disposto nos arts. 10 e 21, § 2º, desta Lei.

§ 4º Se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de


árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, podendo nomear
árbitro único para a solução do litígio.

§ 5º A ausência do autor, sem justo motivo, à audiência designada para a


lavratura do compromisso arbitral, importará a extinção do processo sem
julgamento de mérito.

§ 6º Não comparecendo o réu à audiência, caberá ao juiz, ouvido o autor,


estatuir a respeito do conteúdo do compromisso, nomeando árbitro único.

§ 7º A sentença que julgar procedente o pedido valerá como compromisso


arbitral.

Art. 8º A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em


que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica,
necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória.

Parágrafo único. Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação


das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção
de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória.

Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes


submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser
judicial ou extrajudicial.

§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos,


perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda.

§ 2º O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito


particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.

Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:

I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;


II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o
caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de
árbitros;

III - a matéria que será objeto da arbitragem; e

IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral.

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem;

II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade,


se assim for convencionado pelas partes;

III - o prazo para apresentação da sentença arbitral;

IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à


arbitragem, quando assim convencionarem as partes;

V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e


das despesas com a arbitragem; e

VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.

Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos


árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial;
não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário
que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por
sentença.

Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral:

I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação,


desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto;

II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos


árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto;
e

III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a
parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral,
concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da
sentença arbitral.

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