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CÓDIGO CIVIL DE 2002

SUBTÍTULO III
Dos Alimentos

Art. 1.694. Podem os parentes, os cô njuges ou companheiros pedir uns aos outros
os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condiçã o
social, inclusive para atender à s necessidades de sua educaçã o.

§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporçã o das necessidades do


reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

§ 2 o Os alimentos serã o apenas os indispensá veis à subsistência, quando a


situaçã o de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

Art. 1.695. Sã o devidos os alimentos quando quem os pretende nã o tem bens


suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à pró pria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessá rio ao seu sustento.

Art. 1.696. O direito à prestaçã o de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e


extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigaçã o nos mais pró ximos em
grau, uns em falta de outros.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigaçã o aos descendentes, guardada a
ordem de sucessã o e, faltando estes, aos irmã os, assim germanos como unilaterais.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, nã o estiver em


condiçõ es de suportar totalmente o encargo, serã o chamados a concorrer os de
grau imediato; sendo vá rias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem
concorrer na proporçã o dos respectivos recursos, e, intentada açã o contra uma
delas, poderã o as demais ser chamadas a integrar a lide.
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situaçã o financeira de
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz,
conforme as circunstâ ncias, exoneraçã o, reduçã o ou majoraçã o do encargo.

Art. 1.700. A obrigaçã o de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do


devedor, na forma do art. 1.694.

Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando,


ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessá rio à
sua educaçã o, quando menor.

Pará grafo ú nico. Compete ao juiz, se as circunstâ ncias o exigirem, fixar a forma do
cumprimento da prestaçã o.

Art. 1.702. Na separaçã o judicial litigiosa, sendo um dos cô njuges inocente e


desprovido de recursos, prestar-lhe-á o outro a pensã o alimentícia que o juiz fixar,
obedecidos os critérios estabelecidos no art. 1.694.

Art. 1.703. Para a manutençã o dos filhos, os cô njuges separados judicialmente


contribuirã o na proporçã o de seus recursos.

Art. 1.704. Se um dos cô njuges separados judicialmente vier a necessitar de


alimentos, será o outro obrigado a prestá -los mediante pensã o a ser fixada pelo
juiz, caso nã o tenha sido declarado culpado na açã o de separaçã o judicial.

Pará grafo ú nico. Se o cô njuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e


nã o tiver parentes em condiçõ es de prestá -los, nem aptidã o para o trabalho, o
outro cô njuge será obrigado a assegurá -los, fixando o juiz o valor indispensá vel à
sobrevivência.
Art. 1.705. Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o
genitor, sendo facultado ao juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a
açã o se processe em segredo de justiça.

Art. 1.706. Os alimentos provisionais serã o fixados pelo juiz, nos termos da lei
processual.

Art. 1.707. Pode o credor nã o exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a
alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessã o, compensaçã o ou
penhora.

Art. 1.708. Com o casamento, a uniã o está vel ou o concubinato do credor, cessa o
dever de prestar alimentos.

Pará grafo ú nico. Com relaçã o ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se
tiver procedimento indigno em relaçã o ao devedor.

Art. 1.709. O novo casamento do cô njuge devedor nã o extingue a obrigaçã o


constante da sentença de divó rcio.

Art. 1.710. As prestaçõ es alimentícias, de qualquer natureza, serã o atualizadas


segundo índice oficial regularmente estabelecido.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 2015

Art. 53. É competente o foro:

I - para a açã o de divó rcio, separaçã o, anulaçã o de casamento e


reconhecimento ou dissoluçã o de uniã o está vel:
a) de domicílio do guardiã o de filho incapaz;

b) do ú ltimo domicílio do casal, caso nã o haja filho incapaz;

c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do


casal;

d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos


da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela
Lei nº 13.894, de 2019)

II - de domicílio ou residência do alimentando, para a açã o em que se pedem


alimentos;

Lei 10.741/03

CAPÍTULO III
Dos Alimentos

Art. 11. Os alimentos serã o prestados ao idoso na forma da lei civil.

Art. 12. A obrigaçã o alimentar é solidá ria, podendo o idoso optar entre os
prestadores.

Art. 13. As transaçõ es relativas a alimentos poderã o ser celebradas perante o


Promotor de Justiça, que as referendará , e passarã o a ter efeito de título executivo
extrajudicial nos termos da lei processual civil.
Art. 13. As transaçõ es relativas a alimentos poderã o ser celebradas perante o
Promotor de Justiça ou Defensor Pú blico, que as referendará , e passarã o a ter
efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.
(Redaçã o dada pela Lei nº 11.737, de 2008)

Art. 14. Se o idoso ou seus familiares nã o possuírem condiçõ es econô micas de


prover o seu sustento, impõ e-se ao Poder Pú blico esse provimento, no â mbito da
assistência social.

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