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Protocolo de Medicoes Da Rede de Manejo
Protocolo de Medicoes Da Rede de Manejo
Ministério do
Meio Ambiente
PROTOCOLO DE MEDIÇÕES
DE PARCELAS PERMANENTES
Organização
Comitê Técnico Científico
da Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Recife, PE
2005
Elaboração
Comitê Técnico Científico da Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Projeto Gráfico
José Luiz Vieira
Créditos
Fotos - Acervo da Rede de Manejo Florestal da Caatinga
João Vital Evangelista Souto
Figuras - Isabelle Meunier e Frank Silva
Colaboradores
Enrique Mário Riegelhaupt
Anette Maria de Araújo Leal
Equipe da Unidade de Apoio ao Programa Nacional de Florestas do Nordeste
Apoio
Ministério do Meio Ambiente - Governo Federal
Programa Nacional de Florestas
C733r
21 p.: Il.
ISBN: 85-89692-04-3
CDU - 581.5
CDU - 581.7
CCB/UFPE - 10
Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Sumário
Lista de abreviaturas 04
Apresentação 05
Introdução 07
1. Localização e marcação dos limites das parcelas 08
2. Tamanho e forma das parcelas e subparcelas 10
3. Critérios de inclusão 11
4. Dados a serem coletados e formas de obtenção 12
4.1. Nas parcelas 12
4.2. Nas subparcelas 19
5. Período e freqüência de medições 20
6. Fichas de campo 21
6.1. Das parcelas 21
6.2. Das subparcelas 21
ANEXOS
I. Lista de códigos para as espécies 22
II. Ilustração do dendrômetro 24
III. Ficha de campo 1 - Parcelas 25
IV. Ficha de campo 2 - Subparcelas de regeneração 26
Instituições Parceiras 27
Contatos 28
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Lista de abreviaturas
APNE Associação Plantas do Nordeste
CAP Circunferência na altura do peito
CNB Circunferência na base
DAP Diâmetro na altura do peito
DNB Diâmetro na base
EMPARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação
GPS Global Positioning System
H Altura
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IPA Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária
MMA Ministério do Meio Ambiente
PNF Programa Nacional de Florestas
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RMFC Rede de Manejo Florestal da Caatinga
SEMARH Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da
Bahia
SFC Superintendência de Desenvolvimento Florestal e Unidades de
Conservação
UFCG Universidade Federal de Campina Grande
UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Apresentação
A Rede de Manejo Florestal da Caatinga (RMFC) foi criada no âmbito do
Programa Nacional de Florestas (PNF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), por
meio de um convênio assinado com a Associação Plantas do Nordeste (APNE), em
dezembro de 2003. Esta iniciativa consolida um trabalho de mais de 15 anos na região
Nordeste realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA) e outros parceiros - a exemplo da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) - com o apoio das Nações Unidas,
por intermédio da FAO e do PNUD.
Visando consolidar e ampliar a base técnico-científica através de
experimentação de práticas de manejo florestal na Caatinga, gerando informações
consistentes e sistematizadas e divulgando-as para os mais diferentes setores e atores
que trabalham em prol do desenvolvimento deste bioma, a Rede tem como uma de
suas principais características a cooperação interinstitucional. Sob a coordenação da
APNE, são parceiros, nessa iniciativa: a Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE), o IBAMA, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG - campus
de Patos/PB), a EMPARN, a Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA)
e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, por meio da
Superintendência de Desenvolvimento Florestal e Unidades de Conservação da Bahia
(SEMARH/SFC), contando ainda com a participação da iniciativa privada (a exemplo
da Itapetinga S.A., propriedades privadas e assentamentos).
Por meio da articulação com outras instituições e iniciativas, da geração de
informação técnico-científica como subsídio para o manejo sustentável da Caatinga e
para a definição de políticas públicas específicas para o desenvolvimento do setor
florestal nordestino, da construção de um banco de dados e sistema de informação e da
publicação de documentos técnico-científicos, o MMA, no âmbito do PNF, estará
contribuindo efetivamente para o aumento da área florestal manejada e para o
desenvolvimento sustentável do Semi-árido brasileiro.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
Introdução
Apesar de necessitarem de algum investimento e demandarem tempo e
esforço das equipes de campo para sua instalação e medição, as parcelas permanentes
constituem a mais importante ferramenta para estudos de manejo florestal e ecologia.
Com o objetivo de padronizar procedimentos para coleta de dados, o Comitê
Técnico-Científico da Rede de Manejo Florestal da Caatinga definiu um único
Protocolo de Medição de parcelas permanentes para todas as áreas avaliadas. Este
documento contém diretrizes que orientam quanto à área útil de medição, marcação e
identificação de parcelas, parâmetros a serem avaliados (circunferência na base,
circunferência à altura do peito, altura, sanidade, entre outros), além da época de
medição e técnicas de identificação de espécies.
A padronização nas medições permitirá a comparação do comportamento da
Caatinga em suas diferentes tipologias ao longo do tempo, no que diz respeito, entre
outros aspectos, ao crescimento, composição florística e regeneração, sob diferentes
tratamentos e para a obtenção de diferentes produtos.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
01-01 01-01
RMFC RMFC
80cm
80cm
20cm 20cm
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
01-01 RMFC
Ponto de GPS
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
20m 40 m
5m
5m
20m
Figura 4 - Área útil da parcela permanente e localização da sub-parcela.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
3 - Critérios de inclusão
Serão consideradas árvores mensuráveis nas parcelas todos os fustes com
CAP > 6,0cm. Nas subparcelas, além das árvores mensuráveis que receberão plaqueta
de identificação, serão considerados os indivíduos da regeneração natural com altura
igual ou superior a 0,5m. Toda árvore cuja base do tronco esteja dentro da parcela será
incluída, mesmo que o fuste e a copa fiquem fora. Se o fuste e a copa estiverem dentro
da parcela, mas a base estiver fora, a árvore não será incluída.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
01
Figura 5 - Etiqueta de identificação das árvores nas parcelas permanentes, onde o código 01 se
refere à árvore 1.
a) Espécies
A identificação das espécies será feita no campo por nome vulgar, coletando
sempre que possível, material botânico daquelas ainda não corretamente
identificadas, para identificação em herbário. O material deverá estar acompanhado
do nome vulgar, número de registro da árvore na parcela e de descrição dendrológica
simples, com as principais características observadas ou mencionadas pelo mateiro.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
É muito importante a devida atenção com as espécies desconhecidas para que elas não
componham um único e heterogêneo grupo. Para evitar que isso aconteça, deve-se registrar a
ocorrência de Des1, Des2,...., etc a cada morfoespécie desconhecida encontrada, ou
associá-la à família se houver condição de reconhecer algumas características - ou ao nome
vulgar de alguma espécie parecida para posterior pesquisa (p.ex. Euforbiácea desconhecida;
jurema tipo2).
Árvores mortas com tecidos lenhosos ainda íntegros e com serventia para lenha serão
medidas e, caso não permitam identificação por nome vulgar, poderão integrar a categoria
das desconhecidas gerais.
Nomes vulgares muito abrangentes é outro problema freqüente em inventários da Caatinga:
jurema, por exemplo, há várias: branca, preta, vermelha, de embira, que correspondem a um
elenco ainda maior de Mimosa spp. Ao ser mencionada a ocorrência jurema, é importante
perguntar “o tipo de jurema?” e coletar material botânico correspondente. É sempre
recomendável perguntar se existem outros tipos de árvores com o mesmo nome e quais as
diferenças entre elas, evitando sempre anotar nomes vulgares muito genéricos.
Também não se pode confiar totalmente no mateiro. Apesar do bom mateiro conhecer bem as
matas, sua forma de raciocínio é diferente quando comparada à dos botânicos. Muitas vezes
os mateiros chamam espécies diferentes por um único nome, dadas às suas semelhanças
quanto a alguma característica como madeira ou fruto. O técnico deverá desenvolver, ao
longo do trabalho, a necessária experiência para diferenciar essas espécies até que consiga
realmente identificá-las.
b) Solo
Em cada área experimental deverá ser feita uma caracterização do solo,
identificando o respectivo tipo (classificação brasileira) e, a partir de amostras
coletadas ou de referências de levantamentos detalhados, as características físicas e
químicas principais. Essa avaliação será feita uma única vez, na ocasião das primeiras
medições.
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e) Altura total
É o comprimento entre a base e o ápice, medida individualmente em cada
fuste, com régua graduada e aproximação de 10cm. Alternativamente pode-se adotar
hipsômetro, principalmente para as árvores maiores.
Observação geral:
Cada base (CNB) será considerada um fuste. Para cada base/fuste se utilizará
uma linha na ficha de campo. Portanto, uma árvore poderá ser composta por diversos
fustes e cada um deles poderá ter uma ou mais ramificações na altura do peito (CAP).
Para fustes que tenham mais de uma ramificação (CAP), será mensurada a
altura da ramificação mais alta.
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Rede de Manejo Florestal da Caatinga
f) Classe de vitalidade
Avaliar cada fuste em função de sua vitalidade e sanidade, registrando o
código correspondente.
1. Fuste sadio;
2. Fuste doente ou muito atacado por insetos ou patógenos;
3. Fuste morto.
g) Qualidade de fuste
Registrar o código correspondente ao estado que prevalece na maior parte do
fuste.
1. Totalmente reto, sem defeitos, sem bifurcações até 2,50m;
2. Ligeiramente torto ou com poucos defeitos, sem bifurcações até 2,50m;
3. Muito torto, com defeitos graves (oco, rachado, podre), ou com
bifurcações até 2,50m.
h) Posição da copa
Avaliada em função do dossel geral da parcela e não apenas das árvores
vizinhas.
1. Dominante (se pertence aos 10% das árvores mais altas da parcela);
2. Intermediária (se localizada no nível médio de altura das árvores da
parcela);
3. Oprimida (se localizada por debaixo de outras copas da parcela).
O Anexo III apresenta a ficha de campo para as parcelas do estrato arbóreo (ou
seja, para CAP > 6,0cm), onde também serão registradas as árvores mensuráveis das
subparcelas.
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• 03 A • 03 B 1 • 03 B 2 • 03 B 3
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6 - Fichas de campo
6.1. Das parcelas
A ficha de campo para as parcelas encontra-se no Anexo III. Abaixo,
apresenta-se um exemplo de preenchimento da ficha para diversas situações comuns
na Caatinga. As árvores registradas correspondem aos exemplos da Figura 7.
REDE DE MANEJO FLORESTAL DA CAATINGA Pagina __1_ de _3_
Local:.................................................................. Número da parcela:.....................Data:......................
Equipe:......................................................................................................................................................
Coordenadas geográficas: S...................................................... W.......................................................
CNB CAP Altura
Número de Número da Classe de Qualidade Posição no
Espécie OBERVAÇÕES
ordem plaqueta* (cm) (cm) total (m) vitalidade de fuste dossel
CNB2 CAP3 H2 D 2 O
Na borda da
4 JUPR CNB1 CAP1/CAP2 H1 S 2 I
parcela
CNB2 CAP3 H2 D 2 O
CNB3 CAP4/CAP5 H3 S 2 I
5 MARM CNB1 CAP1 H1 S 1 I
CNB2 CAP2 H2 S 1 I
CNB3 CAP3 H3 S 1 I
CNB4 CAP4 H4 S 1 I
Classe de vitalidade S = sadio; D = doente; M = Morto. Qualidade do fuste: 1 = Totalmente reto, sem
defeitos, sem bifurcações até 2,50 m; 2 = ligeiramente torto ou poucos defeitos, sem bifurcações ate 2,50
m; 3 = muito torto, com defeitos graves, com bifurcações até 2,50 m. Posição da copa : D = dominante, O
= oprimida e I = intermediária.
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Instituições Parceiras
APNE Associação Plantas do Nordeste
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Contatos
Portal: http://rmfc.cnip.org.br
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http://rmfc.cnip.org.br